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Krause Wosniak, B1
Baumer, M.H2
- UNIDEP
CORREDOR
RESUMO
A corrida de rua é a atividade física mais praticada do planeta pelo seu baixo custo, sendo
capaz de propiciar benefícios como bem-estar e qualidade de vida. Os componentes
estressantes do treinamento levam a fadiga e prejudicam o desempenho do atleta onde a
capacidade contrátil musculoesquelética se altera devido à ausência no suprimento de
substratos. O aumento na intensidade do exercício converte piruvato em lactato,
caracterizando o limiar de lactato, onde sua capacidade de produção é maior que sua remoção.
Deste modo, a intervenção terapêutica com a eletroestimulação de baixa frequência com
parâmetros bem ajustados e tempo ideal de aplicação podem ser fundamentais na remoção dos
metabólitos provenientes do exercício físico, otimizando o tempo de recuperação muscular
além de atuar na profilaxia de possíveis lesões no sistema musculoesquelético. Objetivo:
Avaliar o efeito da eletroestimulação de baixa frequência na recuperação muscular pós treino
de corrida de alta intensidade. Materiais e Métodos: A conduta foi organizada para
apresentação de um relato de caso, tratava-se de um atleta amador, sexo masculino, 37 anos,
que submeteu-se ao seguinte protocolo de treino/intervenção: na primeira semana foram
realizadas coletas sanguíneas para avaliação de ácido lático, sem a intervenção da
eletroestimulação de baixa frequência sendo realizado apenas o Yo Yo Teste de Recuperação
Intermitente I. Na segunda semana repetiu-se o mesmo protocolo com a aplicação do Yo Yo
Teste de Recuperação Intermitente I, com a realização das coletas sanguíneas e à aplicação da
eletroestimulação de baixa frequência no pós teste. Resultados: Comparando a primeira
semana sem a intervenção e a segunda semana com a intervenção da eletroestimulação de
baixa frequência, pudemos observar uma grande diferença nos valores obtidos através das
coletas sanguíneas indicando que a janela terapêutica que resultou de dados significativos se
deu do período da aplicação 1 hora após o teste até o período de 48 horas. Conclusões: A
partir do estudo realizado observou-se através da intervenção terapêutica utilizando a
eletroestimulação de baixa frequência após exercício físico de alta intensidade, a sua grande
importância em otimizar a recuperação muscular, auxiliando na remoção de ácido lático do
sistema musculoesquelético.
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INTRODUÇÃO
humano, sem exigências de uso de equipamentos, oferece um baixo custo e pode ser realizada
aspecto limitante no que toca à capacidade de performance humana, sendo assim, um fator
estudado, mas por outro lado, tais estudos resultam em discussões controversas. Se trata de
e difícil interação entre actina e miosina no estabelecimento das pontes cruzadas (AMENT;
VERKERKE, 2009).
aumento não linear do lactato sanguíneo, a qual caracteriza-se o limiar de lactato (SVEDAHL,
MACINTOSH, 2003).
recuperação nível um e dois tem, como objetivo levar a uma máxima ativação do sistema
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repetida, caracterizado por corridas de ida e volta com mudanças de direção a cada vinte
exercício, em virtude de seus efeitos a nível de fluxo sanguíneo e aceleração na remoção dos
(LFES) tem uma aprimorada função de bomba muscular, resultando de um maior fluxo
pode se tornar um meio eficaz para aumentar significativamente o retorno venoso ao coração
MATERIAIS E MÉTODOS
resolução 466, de 12 de dezembro de 2012, sendo que a coleta de dados será realizada
Livre e Esclarecido em duas vias, sendo que uma via permanecerá com o participante e a
outra com os pesquisadores, assim como as assinaturas nos termos de Compromisso para uso
velocidade até a máxima exaustão voluntária, com velocidade inicial de 10km/h sendo
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progredida a cada nível. O teste foi realizado na Associação Colosso da Baixada localizada no
Bairro Bonatto na cidade de Pato Branco - Paraná, em campo de futebol com o atleta calçando
tênis. Cones foram utilizados para demarcar o espaço do estímulo de corrida, bem como fita
O avaliado percorreu 20 metros de corrida na ida, seguidos por 20 metros de corrida na volta
respeitando o sinal sonoro mediado via aplicativo “Bleep Test” do celular, transmitido em
caixa de som, totalizando 40 metros entre ida e volta e tempo de recuperação de 10 segundos.
Após o avaliado falhar duas vezes consecutivas na chegada em sincronicidade com o sinal
segunda semana. As amostras sanguíneas serão coletadas pré aplicação do teste intermitente
Após a realização das duas semanas de teste foram analisados todos os resultados
obtidos através dos laudos de cada coleta sanguínea, comparando a semana 1 “um” sem
RESULTADOS
protocolo utilizado.
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GR Á F IC O 0 1 - V A R IA Ç Ã O N OS N ÍV E IS D E Á C ID O L Á T IC O E M
MM OL /L N A S C OL E T A S S E M U S O D A E L E T R O E S T IM U L A Ç Ã O
D E B A IX A F R E QU Ê N C IA
9 8.5
8
4 3.8
3
2.2
2
1 0.8
0
PRÉ TESTE PÓS TESTE 24 HORAS 48 HORAS
ácido lático. Não foi aplicado nenhum tipo de conduta específica, o praticante realizou a
ingesta de alimentos a seu gosto no período matutino pré coleta sanguínea e estava sem
realizar nenhum exercício físico exaustivo nas últimas 48 horas antes da realização do teste.
Logo após a realização do teste intermitente, considerou-se a segunda coleta sanguínea como
quarta coleta após 48 horas. A primeira coleta sanguínea realizada denominada aqui de “pré
teste”, obteve-se o valor basal de 2,2 mmol/L, então o sujeito realizou o Teste YoYo até sua
exaustão máxima, sendo efetuada a coleta denominada “pós teste”, nessa segunda coleta
sanguínea obteve-se uma marca de 8,5 mmol/L. Após 24 horas da realização do Teste YoYo,
realizou-se a terceira coleta sanguínea denominada aqui de “24 Horas” resultando em 3,8
mmol/L. A quarta e última coleta, denominada “48 horas” foi realizada 48 horas após o teste,
Assim pôde-se verificar que do valor basal de 2,2 mmol/L no pré teste, houve um
aumento significativo de 6,3 mmol/L para pós o teste, correspondente a 286,3% de aumento
na análise de ácido lático. Do pós teste de 8,5 mmol/L para os 3,8 mmol/L da terceira coleta,
coleta para a quarta, verificou-se outra redução de 3 mmol/L, correspondentes da uma redução
percentual de 78,9%.
0.95
0.9
0.9
0.85
0.8 0.8
0.8
0.75
0.7
PRÉ TESTE PÓS TESTE 24 HORAS 48 HORAS
ácido lático. Não foi aplicado nenhum tipo de conduta específica, o praticante realizou a
ingesta de alimentos a seu gosto no período matutino pré coleta sanguínea e estava sem
realizar nenhum exercício físico exaustivo nas últimas 48 horas antes da realização do teste.
como coleta de referência principal, seguindo-se da terceira coleta sanguínea após 24 horas e
a quarta coleta após 48 horas. A primeira coleta sanguínea realizada denominada aqui de “pré
teste”, obteve-se o valor basal de 0,8 mmol/L, então o sujeito realizou o Teste YoYo até sua
exaustão máxima, sendo efetuada a coleta denominada “pós teste”, nessa segunda coleta
sanguínea obteve-se uma marca de 0,9 mmol/L. Após 24 horas da realização do Teste YoYo,
realizou-se a terceira coleta sanguínea denominada aqui de “24 Horas” resultando em 1,0
mmol/L. A quarta e última coleta, denominada “48 horas” foi realizada 48 horas após o teste,
Assim pôde-se verificar que do valor basal de 0,8 mmol/L no pré teste, houve
diferença de 0,1 mmol/L para pós o teste, correspondente a 12,5 % de aumento na análise de
ácido lático. Do pós teste de 0,9 mmol/L para os 1,0 mmol/L da terceira coleta, observando-se
outro aumento de 0,1 mmol/L correspondentes a 11,1% e da terceira coleta as 24 horas pós
testes para a quarta coleta as 48 horas pós teste, verificou-se uma redução de 0,2 mmol/L,
eletroestimulação de baixa frequência, foi possível observa-se uma grande diferença nos
valores obtidos através das coletas sanguíneas indicando que a janela terapêutica que resultou
de dados significativos se deu do período da aplicação 1 hora após o teste até o período de 48
horas.
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CONTROLE ELETRO
sanguíneas realizadas no pré teste os resultados apresentavam-se dentro dos valores basais de
referência, entre 0,5 a 2,2 mmol/L para adultos. O motivo pela variação de 1,4 mmol/L na
avaliado.
Seguindo de uma grande diferença de 7,6 mmol/L entre a segunda coleta denominada
“pós teste”, após 24 horas a diferença caiu para 2,8 mmol/L na terceira coleta. Os valores se
Através da análise dos dados obtidos através das 8 coletas sanguíneas, realizadas em
duas semanas de aplicação, sendo a primeira semana sem intervenção e a segunda semana
Ativa” parametrizado pelo eletroestimulador GLOBUS GENESY 1500, dado pela frequência
baixa de 8 Hz, largura de pulso de 420µs a qual promove um mecanismo de bomba a qual
produz uma alta demanda do fluxo sanguíneo para uma maior oxigenação do tecido muscular
DISCUSSÕES
frequência, a coleta sanguínea pré Teste YoYo apresentou o nível de ácido lático em seu valor
coleta sanguínea de 24 horas. Após 48 horas, o nível de lactato retornou ao seu nível basal
novamente. Levando em consideração o estudo apresentado por Tessitore et al. (2008), foram
avaliação do ácido lático. A primeira coleta sanguínea pré Teste YoYo teste também
apresentou em seu nível basal de referência como na primeira semana. Após a aplicação do
membros inferiores do praticante, seguiu-se para a segunda coleta sanguínea onde foi mantido
o nível de lactato em seu nível basal. Na terceira coleta sanguínea de 24 horas e na quarta
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positiva comparados com estudos feitos por Martin et al. (2004), onde apontam a necessidade
trabalho individual das fibras musculares em vez do músculo como um todo, obtendo assim
Podemos averiguar que, acerca dos resultados evidenciados por este estudo, houve
com o estudo relatado por Neric et al. (2009), onde compararam os efeitos das intervenções
baixa frequência após 200 jardas de sprint de ataque frontal na concentração de ácido lático.
Neste estudo, a eletroestimulação de baixa frequência foi realizada nos músculos reto femoral,
latíssimo do dorso e tríceps braquial. Os resultados apontaram que a recuperação ativa obteve
maior eficácia para acelerar a remoção de lactato. Quando comparada com a recuperação
passiva, a estimulação elétrica de baixa frequência também mostrou sua utilidade na remoção
Este estudo demonstrou para a casuística em questão, que após a realização de exercício
pelo protocolo terapêutico de 50 minutos nos membros inferiores bilaterais, uma otimização e
corrida em aclive, estímulo de caráter intermitente e de alta intensidade, projetada para obter
80 minutos após o fatigante exercício de corrida em aclive. Comparado com o primeiro treino
fatigante, o desempenho ainda se tornou prejudicial durante o segundo estímulo após o uso da
eletroestimulação de baixa frequência, mas retornava aos valores iniciais imediatamente após
estímulo de alta intensidade reduziu os valores para níveis iniciais. Deste modo, torna-se a
eletroestimulação de baixa frequência uma opção confiável através dos resultados obtidos
De acordo com esses diferentes estudos, parece que a estimulação elétrica quando
baixa frequência após a execução de exercício físico de alta intensidade é capaz de otimizar a
recuperação muscular no período pós atividade. Isso é realizado a partir do possível auxílio
que tal conduta trás para a remoção de ácido lático do sistema musculoesquelético.
Sugere-se ainda, a partir desse resultado, o uso de outros recursos para a recuperação
muscular pós treino intenso, nesse sentido salienta-se o uso de outros recursos combinados ao
alimentação balanceada aliada com a qualidade diária do sono, tais ações são de importância
REFERÊNCIAS