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Parte 3: revisão
O estudo de Lepley et al. (2015) investigou a relação entre a força do quadríceps após a
reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) e as alterações no movimento do joelho no
plano sagital. Descobriu-se que pacientes com maior força pós-operatória do quadríceps
apresentaram padrões de movimento semelhantes aos de indivíduos não lesionados durante
tarefas como caminhada e corrida. Por outro lado, pacientes com déficit de força do
quadríceps mostraram redução nos ângulos de flexão do joelho e momentos de extensão
durante a atividade.
Uma hipótese levantada foi que um programa de reabilitação com base excêntrica, comparado
ao tratamento padrão e à intervenção apenas com eletroestimulação neuromuscular (EENM),
resultaria em uma maior simetria no movimento do joelho no plano sagital. Além disso, os
pesquisadores especularam que uma maior simetria na força do quadríceps estaria
positivamente associada a uma maior simetria biomecânica do membro.
O estudo de Toth et al. (2020) destaca que as lesões de LCA causam fraqueza muscular pós-
operatória, podendo levar à insatisfação e até mesmo à osteoartrite. A EENM é utilizada como
tratamento adjuvante para contornar os déficits de ativação neural, minimizando a degradação
do complexo articular do joelho. O estudo buscou avaliar os efeitos da EENM iniciada logo
após a lesão, foi observado que após 3 semanas e 6 meses de tratamento a eletroestimulação
precoce preservou a contratilidade muscular no membro lesionado e preveniu a atrofia
muscular e déficit de força causados pelo tempo de imobilização e pouca ativação muscular.