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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

MILENA CRISTINA DIENER

PERFIL DO TREINAMENTO DOS 10 MELHORES ATLETAS DE POWERLIFTING


DO BRASIL

Palhoça
2012
MILENA CRISTINA DIENER

PERFIL DO TREINAMENTO DOS 10 MELHORES ATLETAS DE POWERLIFTING


DO BRASIL

Relatório de estágio apresentado ao Curso de


Educação Física da Universidade do Sul de Santa
Catarina como requisito parcial para obtenção do
titulo de Bacharel em Educação Física.

Orientador: Prof. Erasmo Paulo Miliorini Ouriques, Msc.

Palhoça
2012
MILENA CRISTINA DIENER

PERFIL DO TREINAMENTO DOS 10 MELHORES ATLETAS DE POWERLIFTING DO


BRASIL

Este Relatório de Estágio foi julgado


adequado à obtenção do título de Bacharel em
Educação Física e aprovado em sua forma final
pelo Curso de Educação Física da Universidade
do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, de novembro de 2012.

_____________________________________________

Prof. e orientador Erasmo Paulo Miliorini Ouriques, Msc

Universidade do Sul de Santa Catarina

_____________________________________________

Prof. Tiago Baptista, Msc.

Universidade do Sul de Santa Catarina

_____________________________________________

Prof. Jucemar Benedet, Msc.

Universidade do Sul de Santa Catarina


Dedico este trabalho ao meu esposo
Leonardo por sempre estar ao meu lado
dando força e conselhos para que eu
busque o sucesso pessoal.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus e a Nossa Senhora Aparecida por sempre me dar


forças e paciência para buscar meus objetivos.

Ao meu orientador e professor Erasmo Ouriques, por acreditar em minhas


ideias e apoiar meu trabalho, e também por sempre colaborar de maneira efetiva
para a elaboração do mesmo. Além disso, colaborou na construção do meu
conhecimento por ser um exemplo de pessoa e profissional.

Ao meu amor Leo, por sempre estar ao meu lado dando apoio, carinho e
incentivo para mais um objetivo ser alcançado. Agradecer também por toda a
paciência que teve comigo nesses meses de trabalho e por todas as contribuições.

A toda família pela paciência, compreensão e fé em minha pessoa, por


sempre acreditarem na minha vocação e pelas contribuições que de alguma maneira
me ajudaram a buscar esse sonho. Meus pais Edi e Sandra, meus sogros Mingo e
Hilda que me ajudaram muito nesse caminho. Obrigada de coração a todos vocês.

A todos meus colegas da faculdade, aos meus queridos alunos que


sempre me deram palavras de incentivo e aos queridos amigos do Powerlifting, que
contribuíram para a construção desse projeto.

A todos meus professores que fizeram parte disso, e agradecer também


por ter tido a chance de mostrar um pouco do meu esporte á vocês por estes 4 anos
de curso.
Na minha vida tudo acontece, e quanto mais a gente rala, mais a gente
cresce. Hoje estou feliz por que eu sonhei com você, e amanhã posso
chorar por não te ver mais. O seu sorriso vale mais que um diamante, e se
você vier comigo ai nós vamos adiante, com a cabeça erguida e mantendo
a fé em Deus o seu dia mais feliz vai ser o mesmo que o meu. A vida me
ensinou a nunca desistir, nem ganhar, nem perder mas procurar evoluir.
Podem me tirar tudo o que tenho, só não podem me tirar as coisas boas
que eu já fiz pra quem eu amo, eu sou feliz e canto o universo é uma
canção e eu vou que vou. Histórias, nossas histórias dias de luta dias de
glória. (CHARLIE BROWN JUNIOR, 2005)
RESUMO

Este trabalho foi um estudo realizado com os 10 melhores atletas de


Powerlifting do Brasil, com o objetivo principal de investigar o perfil de treinamento
dos mesmos. É um estudo descritivo exploratório com abordagem quantitativa, onde
foi utilizado um questionário com 19 perguntas abertas e fechadas, aplicado durante
o Campeonato Sulamericano de Powerlifting e Supino 2012, na Colômbia.
Observou-se que 4 dos 10 atletas não seguem nenhuma escola de treinamento e 3
trabalham com um pouco de cada, os demais seguem a Escola da Europa Oriental
(Rússia). A frequência de treinamento mais utilizada para o supino e agachamento
foi de 2 vezes na semana, seguida por 3 vezes. Para o levantamento terra foi de
uma a duas vezes na semana. A maioria descansa 2 dias para treinar novamente o
mesmo movimento. A intensidade mais utilizada fica em torno de 80% de 1RM
sendo que nenhum atleta relatou utilizar carga em 100% de 1RM e praticamente
todos, utilizam alguma forma de variação de volume e intensidade. Quanto ao
material de competição, a maioria sempre utiliza no treinamento. Os exercícios de
apoio mais utilizados para o agachamento são as correntes com anilhas, caixotes e
elásticos. Para o supino são os tacos de madeira e os elásticos. Para o
levantamento terra são caixotes e elásticos. A respeito da semana de competição
nenhum atleta treina pesado, 4 atletas treinam leve, 4 treinam moderado e 2 não
treinam. Um dos pontos mais divergentes deste estudo foi a pausa pré-competição,
onde alguns atletas parecem adotar um tempo de pausa diferente de outros. Outro
ponto percebido foi que a maioria tem acompanhamento de educador físico, no
entanto, o responsável pela montagem do treino é o próprio atleta, que busca suas
fontes de informações em artigos científicos, livros e intercâmbio com outros atletas.

Palavras-chave: Powerlifting. Perfil dos Atletas. Treinamento.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Fotografia 1 – Agachamento ultrapassando 90º de flexão de joelhos.......................16


Fotografia 2 - Supino em competição.........................................................................19
Fotografia 3 – Levantamento terra tradicional e sumô...............................................20
Fotografia 4 - Materiais de suporte para competição.................................................26
Fotografia 5 – Supino com correntes; anilhas amarradas em elásticos.....................29
Fotografia 6 – Camisa de supino Metal Militia e supino de competição....................29
Fotografia 7 – Agachamento com elásticos e com correntes....................................41
Fotografia 8 – Supino com taco de madeira...............................................................43
Fotografia 9 – Supino com elásticos e correntes; supino na gaiola com elásticos...44
Fotografia 10 – Levantamento terra com elástico vertical; levantamento terra com
elásticos na posição dianteira e traseira do atleta......................................................45
Fotografia 11 – Barra posicionada em caixotes.........................................................46
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Frequência de respostas da pergunta 1 do questionário: Você é


competidor de Powerlifting há quantos anos?............................................................34
Gráfico 2 - Frequência de respostas da pergunta 2 do questionário: Você já competiu
em quais campeonatos?............................................................................................35
Gráfico 3 - Frequência de respostas da pergunta 3 do questionário: Você segue
alguma escola de treinamento? (Westside Barbel, Metal Militia, Europa Oriental)....36
Gráfico 4 - Frequência de respostas da pergunta 4 do questionário: Quais destas
escolas você segue?..................................................................................................37
Gráfico 5 - Frequência de respostas da pergunta 5 do questionário: Quantas vezes
na semana você treina o agachamento?...................................................................38
Gráfico 6 - Frequência de respostas da pergunta 7 do questionário: Quantas vezes
na semana você treina o supino?...............................................................................38
Gráfico 7 - Frequência de respostas da pergunta 9 do questionário: Quantas vezes
na semana você treina o levantamento terra?...........................................................39
Gráfico 8 - Frequência de respostas da pergunta 6 do questionário: Quais exercícios
de apoio você utiliza para o agachamento?...............................................................40
Gráfico 9 - Frequência de respostas da pergunta 8 do questionário: Quais exercícios
de apoio você utiliza para o supino?..........................................................................42
Gráfico 10 - Frequência de respostas da pergunta 10 do questionário: Quais
exercícios de apoio você utiliza para o levantamento terra?.....................................44
Gráfico 11 - Frequência de respostas da pergunta 12 do questionário: Qual é o
tempo de recuperação que você utiliza para treinar novamente o mesmo
movimento?................................................................................................................50
Gráfico 12 - Frequência de respostas da pergunta 13 do questionário: Como é o seu
treino durante a semana da competição? Baseado em 1RM (Leve = até 50% /
Moderado = até 80% / Pesado = até 100%)..............................................................51
Gráfico 13 - Frequência de respostas da pergunta 14 do questionário: Qual é o seu
tempo de pausa pré-competição?..............................................................................52
Gráfico 14 - Frequência de respostas da pergunta 15 do questionário: Como você
usa o material de competição?...................................................................................53
Gráfico 15 - Frequência de respostas da pergunta 16 do questionário: Você tem
acompanhamento de quais profissionais em seu treinamento?................................55
Gráfico 16 - Frequência de respostas da pergunta 17 do questionário: Quem é o
responsável pela montagem do seu treinamento?.....................................................56
Gráfico 17 - Frequência de respostas da pergunta 18 do questionário: Se você é o
responsável por montar seu treino, ou colabora na montagem do mesmo, de onde
busca suas fontes?.....................................................................................................57
Gráfico 18 - Frequência de respostas da pergunta 19 do questionário: Você tem
outra ocupação além do Powerlifting?.......................................................................58
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Categorias de idade masculino................................................................21


Tabela 2 – Categorias de idade feminino...................................................................22
Tabela 3 – Categorias de peso masculino.................................................................22
Tabela 4 – Categorias de peso feminino....................................................................23
Tabela 5 – Modelo de plano para competição alvo de Powerlifting...........................28
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................12
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA..............................................12
1.2 OBJETIVO GERAL...............................................................................................13
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...............................................................................13
1.4 JUSTIFICATIVA...................................................................................................13
2 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................15
2.1 POWERLIFTING..................................................................................................15
2.1.1 AGACHAMENTO..............................................................................................16
2.1.2 SUPINO.............................................................................................................17
2.1.3 LEVANTAMENTO TERRA...............................................................................19
2.1.4 COMPETIÇÕES DE POWERLIFTING.............................................................20
2.2 MATERIAIS DE SUPORTE..................................................................................25
2.2.1 ESCOLAS INTERNACIONAIS DE POWERLIFTING .......................................27
2.2.2 TREINAMENTO DE FORÇA............................................................................30
2.2.3 TREINAMENTO DE FORÇA MÁXIMA.............................................................31
3 MÉTODO.................................................................................................................32
3.1 TIPO DE PESQUISA............................................................................................32
3.2 PARTICIPANTES DA PESQUISA........................................................................32
3.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA..........................................................................32
3.4 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS.....................................................33
3.5 ANÁLISE DOS DADOS........................................................................................33
4 DESCRIÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ..............................................34
5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES...............................................................................57
REFERÊNCIAS..........................................................................................................59
ANEXOS....................................................................................................................62
12

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA

O levantamento básico ou Powerlifting é um esporte de três


levantamentos – agachamento, supino regulamentar e levantamento terra, que
exige força e técnica, mas não apresenta limitação de tempo ou velocidade
(GROVES, 2002).
Segundo Groves (2002), os levantamentos devem seguir a seguinte
ordem: agachamento, supino e levantamento terra. O melhor agachamento,
melhor supino e melhor levantamento terra somam um total, onde o campeão é o
atleta que atinge o maior total. Conforme a IPF (2011), as competições
acontecem em categorias divididas por peso, sexo e idade.
Uchida et al. (2006), comenta que o objetivo principal do powerliftter é o
ganho de força pura, e Groves (2002), relata que o Powerlifting é um esporte de
força pura.
Para Pereira e Gomes (2003), força máxima é a capacidade máxima de
um músculo ou grupamento muscular de gerar tensão e Uchida et al. (2006),
completa ao colocar que força máxima dinâmica é uma repetição máxima (ou
maior peso) que pode ser levantada ou vencida em que há alternância entre
contrações concêntricas e excêntricas.
O treinamento de força deve ser o mais específico possível em relação
ao esporte. Pelo menos parte do treinamento deve incluir movimentos que
simulam ao máximo, tanto no que concerne ao padrão quanto a velocidade,
aqueles necessários para a atividade ou o esporte do atleta (RAMOS E ZEN,
2010).
Para atender aos objetivos do atleta é necessário um programa de
treinamento com base em uma profunda compreensão dos princípios básicos do
treinamento de força, treinamento este que permita adaptações e melhorias na
performance (RAMOS E ZEN, 2010).
Conforme Coutinho (2011), o conhecimento aprofundado sobre os
levantamentos basicos é importante também para definir estilos, forma de
13

treinamento e abordagem competitiva. Cada levantamento tem seus especialistas


e suas escolas.
De acordo com Coutinho (2011), no Powerlifting temos várias escolas
de treinamento, sendo que estas diferem quanto aos seus métodos de
treinamento, levando em consideração volume, intensidade, tempo de
recuperação e exercícios de apoio.
Com base no texto supracitado formulou-se a questão problema: qual é
o perfil do treinamento dos 10 melhores atletas de powerlifting do Brasil?

1.2 OBJETIVO GERAL

Investigar qual é o perfil do treinamento dos 10 melhores atletas de


Powerlifting do Brasil.

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Investigar características sobre a frequência, volume e intensidade do


treinamento dos 10 melhores atletas de Powerlifting do Brasil.
Comparar estratégias de treinamento pré-competição e como é o uso
dos materiais de competição.
Investigar se os atletas seguem alguma escola de treinamento e qual
seria essa escola (Westside Barbel, Metal Militia, Europa Oriental (Rússia)).
Classificar quais exercícios de apoio são mais utilizados para cada
levantamento (elásticos, correntes, caixotes, tacos de madeira).
Analisar se os atletas tem acompanhamento do profissional de
educação física.
Verificar informações sobre as fontes de pesquisa e a montagem do
treinamento.

1.4 JUSTIFICATIVA

Com mais de cinco anos dedicados ao Powerlifting e ao supino, não


somente como atleta, mas também como organizadora e divulgadora deste
14

esporte, com experiência em campeonatos nacionais e internacionais, percebeu-


se que os atletas de powerlifting utilizam diferentes métodos de treinamento,
sendo que alguns destes, diferem bruscamente em relação a intensidade, volume
e tempo de recuperação.
De acordo com Coutinho (2011), no mundo existem diversas escolas
de powerlifting, dentre elas podemos citar as mais importantes: Westside Barbel,
Metal Militia e as escolas da Europa Oriental.
O powerlifting nacional recebe influência dessas escolas acima citadas,
no entanto, como dito anteriormente as mesmas diferem quanto ao método de
treinamento, por isso torna-se importante averiguar quais são os métodos
utilizados pelos melhores atletas brasileiros.
Movida a motivações pessoais, este estudo vem auxiliar técnicos e
atletas de powerlifting, a compreenderem quais métodos são mais utilizados pelos
melhores atletas do Brasil, se há maior predominância em uma escola de
treinamento ou não e também vem auxiliar a categoria dos profissionais de
educação física a entenderem melhor a complexidade do treinamento destes
atletas.
15

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 POWERLIFTING

O Powerlifting, cujo nome vem do inglês “power” (força, poder) e “lifting”


(levantar), recebeu na União Soviética a denominação de triatlo de força, já que
em suas competições estão incluídos três levantamentos (OLESHKO, 2008).
No Brasil, é conhecido como levantamento básico, e seus praticantes
como basistas. A consagração do termo como nome do esporte, foi mais uma
evidência do papel estruturador que as organizações do fisiculturismo tiveram
sobre o powerlifting (COUTINHO, 2011).
Segundo Groves (2002), o termo levantamentos básicos apresenta
diferentes significados para diferentes pessoas. A maioria pensará imediatamente
em atletas imensos e anilhas muito pesadas, enquanto alguém que não sabe
nada sobre o esporte pensará no levantamento olímpico devido à grande
exposição durante as Olimpíadas.
Fleck e Kraemer (1999), comentam que na América do Norte os
levantamentos básicos, desenvolveram-se porque os técnicos de futebol
americano identificaram estes exercícios como ótimos para o desenvolvimento da
força muscular, logo, os levantamentos competitivos foram aprovados para o uso
nos programas de condicionamento. Logo depois, a modalidade começou a
difundir-se, a princípio para treinamento de atletas de futebol americano em
universidades e colégios de segundo grau e, depois para qualquer outro tipo de
condicionamento.
Ramos e Zen (2010), comentam que nos EUA e na Europa o esporte é
bastante difundido, no Brasil existem praticantes a mais de 20 anos, porém não é
tão popular como nos países acima citados, mas tem crescido muito.
O halterofilismo é a modalidade esportiva dentro do treinamento de
força onde o atleta tem como objetivo manejar a maior quantidade de peso em
qualquer tipo de levantamento, onde não importa a estética corporal e sim o
quanto de peso ele consegue levantar (RAMOS E ZEN, 2010).
16

2.1.1 Agachamento

O agachamento é um levantamento competitivo no esporte do


powerlifting ou um exercício tradicional do treinamento de força (COUTINHO,
2011).
O levantador deve flexionar os joelhos e abaixar o corpo até que a
superfície das pernas na junção com o quadril esteja abaixo da linha do topo dos
joelhos (IPF, 2011).

Fotografia 1 – Agachamento ultrapassando 90º de flexão de joelhos.

Fonte: Google imagens, 2012.

A execução do agachamento envolve a apneia e a manobra de


Valsalva. Essa técnica consiste de primeiro encher o pulmão e conter a
respiração (apneia) e depois fazer um esforço máximo ao mesmo tempo que é
feito um esforço respiratório com a glote fechada (manobra de Valsalva)
(COUTINHO, 2011).
17

Groves (2002), comenta que no powerlifting o agachamento é dividido


em três fases: a preparação, a descida e subida. O atleta posiciona-se com a
barra sobre os ombros e em seguida realiza o agachamento com o peso máximo
uma única vez. O agachamento deve ser feito de tal forma que os joelhos
ultrapassem 90º. de flexão, caso contrário o movimento será inválido (IPF, 2011;
OLESHKO, 2008).
Para Dantas (2010), o exercício de agachamento é a base do
treinamento de um levantador. Por se tratar de um exercício dinâmico,
multiarticular e que envolve simultaneamente as articulações do quadril, joelhos e
tornozelos, o agachamento esta diretamente ligado a maioria das modalidades
esportivas pelo princípio da especificidade.
“As principais forças envolvidas no movimento de
agachamento são as forças de tensão do LCP (ligamento cruzado posterior), do
LCA (ligamento cruzado anterior) e as forças de tensão pressivas, TF
(tibiofemoral) e PF (patelofemoral). Todas essas forças crescem com o aumento
da flexão do joelho” Escamilla et al.(2001 apud COUTINHO, 2011).
O agachamento estimula o crescimento físico e o desenvolvimento do
atleta jovem, aumenta a densidade óssea, juntamente com um aumento
correspondente na força de ligamentos e tendões, produzindo maior estabilidade
das articulações (GROVES, 2002).
Para Groves (2002), negligenciar esse exercício retarda o
desenvolvimento geral e evita que o atleta conquiste um ótimo desempenho. Isso
é válido para atletas de todos os esportes, e não apenas para os levantadores
básicos.
Das três modalidades essa é a que os atletas costumam executar com
o maior peso, é um teste de força de pernas. É o primeiro exercício a ser
executado na competição (RAMOS E ZEN, 2010).

2.1.2 Supino

Os levantadores mais admirados tanto no fisiculturismo quanto nos


levantamentos básicos são chamados de big benchers (GROVES, 2002).
18

Para Coutinho (2011), o supino é o levantamento mais popular das três


disciplinas do powerlifting. Dentre os três levantamentos o supino ganhou tanta
popularidade que acabou se tornando um esporte á parte, relacionado com o
powerlifting de três movimentos, mas não igual a ele.
No supino, o levantador posiciona-se em decúbito dorsal, abaixa a
barra a partir de uma posição com os braços estendidos até o peito e então
empurra a barra de volta a posição inicial (FLECK E KRAEMER, 1999).
Segundo Fleck e Simão (2008), este poderoso exercício tem como
principais músculos atuantes o Peitoral Maior e Menor, Deltóide Anterior e Tríceps
Braquial.
A atividade competitiva desempenha um papel importante no sistema
da preparação de atletas, pois fornece ao mesmo a oportunidade de apresentar
todo o potencial físico de seu organismo e contribui como estimulo eficaz, no
processo da adaptação a cargas máximas (OLESHKO, 2008). O mesmo autor
completa ao mencionar que por um lado, a competição é o momento final do
processo de preparação. Por outro, consiste num fator importante para o aumento
do preparo especializado.
Coutinho (2011), comenta que uma boa parte dos técnicos e dos atletas
concordam que, dos três levantamentos, o supino é o mais imprevisível. Como
todo movimento multiarticular, a curva de tensão não é linear, o recrutamento dos
diversos grupos musculares não é sincronizado, apresenta um complexo padrão
de sinergismo e, na prática, não é um, mas uma combinação de movimentos.
19

Fotografia 2 - Supino em competição.

Fonte: Dos autores, 2012.

2.1.3 Levantamento Terra

O levantamento terra é um dos melhores testes de força corporal geral


e tem sido usado para o treinamento de força de atletas há muitos anos
(GROVES, 2002).
No levantamento terra, a barra é levantada do chão até o nível da coxa,
e o levantador termina na posição em pé (FLECK E KRAEMER, 1999).
Para Groves (2002), o levantamento terra possui dois estilos, usados
em todos os níveis de competição. Levantamento terra com postura normal e
levantamento terra com postura sumô. Ao executar o levantamento na postura
normal, os pés do atleta estão próximos um do outro, a uma distância menor do
que a largura dos ombros, e as mãos estão posicionadas externamente as
pernas. A postura de sumô é executada com os pés afastados uma distância
maior do que a largura dos ombros, como a posição de um lutador de sumô, e as
mãos estão posicionadas entre as pernas e junto a elas.
20

Fotografia 3 – Levantamento terra tradicional e sumô.

Fonte: Dos autores, 2012.

Segundo Coutinho (2011), a maioria dos atletas experientes e


competentes se aproxima mais de um tipo ou de outro. As diferenças
biomecânicas e sinesiológicas, de maneira geral, são grandes entre eles. Os
diversos fatores individuais interferem na adaptação do atleta a um ou outro estilo.
Levantadores muito altos tem mais dificuldade com o estilo sumô, que, no caso
deles, torna-se uma espécie de postura híbrida (já que possuem pernas muito
longas). Entre os fatores, entra também a relação do levantador com o
aprendizado da técnica.

2.1.4 Competições de Powerlifting

Segundo Fleck e Kraemer (1999), o primeiro campeonato oficial de


levantamentos básicos dos Estados Unidos (U.S. National Power Lifting
Championship) foi realizado em 1965.
A I.P.F. (INTERNATIONAL POWERLIFTING FEDERATION) entidade
que comanda o esporte internacionalmente reconhece os seguintes
levantamentos, onde estes seguem a respectiva ordem: agachamento, supino,
21

levantamento terra e total (total = maior agachamento + maior supino + maior


levantamento terra). A competição ocorre entre levantadores de categorias
definidas por sexo, peso corporal e idade, onde é permitido para cada competidor
ter três tentativas em cada levantamento. A melhor tentativa válida do levantador
em cada levantamento, conta em seu total na competição. O atleta que conseguir
obter o maior “total” é campeão, no entanto em caso de empate no “total”, o atleta
mais leve vence.
A I.P.F. também reconhece competições somente de supino, onde um grupo de
atletas se tornam especialistas neste único tipo de levantamento (IPF, 2011;
GROVES, 2002).

Categorias de Idade:

Masculino

Tabela 1 – Categorias de idade masculino.

Do dia em que completar 14 anos em diante (não é necessário


Aberto
aplicar restrições à categoria).

Do dia em que completar 14 anos e durante todo o calendário do


Pré-juvenil
ano em que completar 18 anos.

De 1de Janeiro do calendário anual em que completar 19 anos e


Juvenil
durante todo o calendário do ano em que completar 23 anos.

De 1 de Janeiro do calendário anual em que completar 40 anos e


Máster I
durante todo o calendário do ano em que completar 49 anos.

De 1 de Janeiro do calendário anual em que completar 50 anos e


Máster II
durante todo o calendário do ano em que completar 59 anos.

De 1 de Janeiro do calendário anual em que completar 60 anos e


Máster III
durante todo o calendário do ano em que completar 69 anos.

De 1 de Janeiro do calendário anual em que completar 70 anos


Máster IV
em diante. Deve ser reconhecido que a categoria de idade Master
22

IV não está incluída nas categorias de peso.

Fonte: IPF, 2011.

Feminino

Tabela 2 – Categorias de idade feminino.

Do dia em que completar 14 anos em diante (não é necessário


Aberto
aplicar restrições à categoria).

Pré- Do dia em que completar 14 anos e durante todo o calendário do


juvenil ano em que completar 18 anos.

De 1 de Janeiro do calendário anual em que completar 19 anos e


Juvenil
durante todo o calendário do ano em que completar 23 anos.

De 1 de Janeiro do calendário anual em que completar 40 anos e


Master I
durante todo o calendário do ano em que completar 49 anos.

De 1 de Janeiro do calendário anual em que completar 50 anos e


Master II
durante todo o calendário do ano em que completar 59 anos.

De 1 de Janeiro do calendário anual em que completar 60 anos


Master III em diante. Deve ser reconhecido que a categoria de idade
Master III não está incluída nas categorias de peso.

Fonte: IPF, 2011.

Categorias de Peso

Masculino

Tabela 3 – Categorias de peso masculino.

Categoria até 53 kg: apenas para Sub-junior e Junior


23

Categoria até 59,0 kg: até 59,0 kg

Categoria até 74,0 kg: de 66,01 até 74,0kg

Categoria até 83,0 kg: de 74,01 até 83,0 kg

Categoria até 93,0 kg: de 83,01 até 93,0 kg

Categoria até 105,0 kg: de 93,01 até 105,0 kg

Categoria até 120,0 kg: de 105,01 até 120,0 kg

Categoria + 120,0 kg: de 120,01 em diante

Fonte: IPF, 2011.

Feminino

Tabela 4 – Categorias de peso feminino.


Categoria até 43 kg – apenas para Sub-junior e Junior

Categoria até 47,0 kg: até 47,0 kg

Categoria até 52,0 kg: de 47,01 até 52,0 kg

Categoria até 57,0 kg: de 52,01 até 57,0 kg

Categoria até 63,0 kg: de 57,01 até 63,0 kg

Categoria até 72,0 kg: de 63,01 até 72,0 kg

Categoria até 84,0 kg: de 72,01 até 84,0 kg

Categoria + 84,0 kg: de 84,01 em diante

Fonte: IPF, 2011.

A I.P.F. (International Powerlifting Federation), por meio de suas


federações-membro, conduz e sanciona os seguintes campeonatos mundiais
(IPF, 2011):
24

 Campeonatos Mundiais Abertos Masculinos (Men’s Open World


Championships);
 Campeonatos Mundiais Abertos Femininos (Women’s Open
World Championships);
 Campeonatos Mundiais Juniores Combinados Masculino e
Feminino (Men’s and Women’s Combined Junior World
Championships);
 Campeonatos Mundiais Master Combinados Masculino e
Feminino (Men’s and Women’s Combined Master World
Championships);
 Campeonatos Mundiais de Supino Regulamentar (Bench Press
World Championships).
Em todos os Campeonatos da I.P.F. (International Powerlifting
Federation), um prêmio de “Melhor Atleta” é entregue ao levantador que realizar
as melhores performances, baseadas na Fórmula Wilks. Conforme I.P.F. (2011),
esta fórmula é usada para determinar o melhor atleta, onde esta leva em
consideração o peso levantado em relação ao peso corporal.
O Coeficiente de Wilks ou Fórmula de Wilks é um coeficiente que pode
ser usado para medir a força de um levantador de peso básico contra outros
powerlifters de diferentes pesos corporais. Robert Wilks é o autor da fórmula
(WIKIPEDIA, 2012).
A seguinte equação é usada para calcular o coeficiente de Wilks. O
peso total levantado é multiplicado pelo coeficiente, para encontrar a quantidade
padrão levantada normalizada em todos os pesos. X é o peso do corpo do
levantador em quilogramas.

Figura 1: Equação Wilks.

Fonte: Wikipedia, 2012.


25

Os coeficientes para os homens são: a= -216.0475144;


b=16.2606339; c= -0.002388645; d= -0.00113732; e=7.01863E-06; f= -1.291E-08.
Os coeficientes para mulheres são: a=594.31747775582; b= -27.23842536447;
c=0.82112226871; d= -0.00930733913; e=0.00004731582; f= -0.00000009054
(WIKIPEDIA, 2012).
O objetivo do atleta de powerlifting é executar uma única vez um
levantamento com a maior carga possível, dentro de regras que, de maneira
geral, regulamentam uma fase concêntrica contínua (COUTINHO, 2011).
Para Groves (2002), é extremamente importante formular uma
estratégia ao ingressar em uma competição. Você pode mudar seu plano original
se necessário, mas vale a pena estar preparado. É muito importante iniciar com
um peso que possa ser manejado com facilidade.
Ramos e Zen (2010), comentam que há dois fatores para o sucesso
esportivo: praticar a habilidade atlética e treinamento de força para fortalecer o
maior número de grupos musculares envolvidos no gesto motor para resultar em
menor gasto energético e maior eficiência mecânica.

2.2 MATERIAIS DE SUPORTE

Groves (2002), comenta que um equipamento auxiliar é qualquer


objeto que ajuda o levantamento e não é parte de seu próprio corpo. Alguns itens
comuns são cintos, macacões, camisas para supino e faixas para pulsos e
joelhos.
26

Fotografia 4 - Materiais de suporte para competição.

Fonte: IPF, 2011.

Esse efeito de força adicional com as roupas-suporte e as faixas é


também chamado de carry-over (COUTINHO, 2011).
Coutinho (2011), afirma que roupas-suporte são camisas de supino, os
macaquinhos de agachamento e terra, os calções de suporte e as camisas
erector. São feitas de tecidos especiais, bastante resistentes, cuja a elasticidade
limitada permite que exerçam dois efeitos: o primeiro, é o da proteção a
determinadas articulações sensíveis durante o movimento, e o segundo efeito é a
melhora da performance esportiva.
Para Ramos e Zen (2010), o atleta que não utiliza desses recursos que
os favoreçam ou auxiliem na melhora da performance, sempre estará um passo
atrás dos outros atletas. A verdade é que os trajes não deixam o indivíduo mais
27

forte, apenas fornecem auxílio mecânico. Trajes para treinamento com pesos
usados em competições não são necessários para o desempenho seguro dos
exercícios em praticantes de academia (FLECK E SIMÃO, 2008).
Somente trajes registrados oficialmente e aprovados pelo Comitê
Técnico são permitidos para o uso em competições de Powerlifting e Supino (IPF,
2011).
Coutinho (2011), relata que nas camisas de força não é a elasticidade
do material que auxilia o movimento, e sim outro princípio, a deformação do corpo
humano dentro do molde da camisa sob o peso da barra. Assim, a pressão do
corpo (deformado sob a barra, estando dentro da camisa) contra a camisa, é o
que fornece força adicional para o levantador.
A disseminação do uso de camisas de força diminuiu a incidência de
lesões na articulação do ombro e dos tendões e nos músculos peitorais
(COUTINHO, 2011).

2.2.1 Escolas Internacionais de Powerlifting

Boris Ivanowich Sheiko, criou um sistema de treino (Europa Oriental,


Rússia), que inclui uma série de variáveis bastante particulares, como a
quantificação precisa do volume de treino. Um volume baixo corresponde a 50
levantamentos, um médio entre 51 e 100, e um alto acima de 100 levantamentos
(COUTINHO, 2011).
Coutinho (2011), comenta que a intensidade é calculada sobre valores
percentuais, sendo uma fração da carga máxima (carga-meta para o campeonato
seguinte, Tabela 5).
28

Tabela 5 – Modelo de plano para competição alvo de Powerlifting.

Fonte: Coutinho, 2011.

A escola Westside Barbell, também chamada por alguns de Louie


Simmons, consiste na combinação de duas estratégias. Uma é a divisão semanal
entre um dia para esforço máximo e um dia para treino dinâmico ou de velocidade
(periodização). Esse esforço máximo não será executado com o levantamento
stricto sensu (movimento completo, do ponto de vista técnico de modo geral), e
sim em algum exercício semelhante (funcional). Nos treinos de velocidade, as
cargas são baixas. Há amplo uso de elásticos e de correntes como equipamentos
adequados ao desenvolvimento da potência nos levantamentos (COUTINHO,
2011).
29

Fotografia 5 – Supino com correntes; anilhas amarradas em elásticos.

Fonte: Google imagens, 2012.

A ideia da escola Metal Militia é executar os movimentos da maneira


mais próxima possível da forma competitiva, para que o atleta se adapte
precisamente a ela. O uso da camisa de força é obrigatório. Desenvolveu-se uma
mecânica de execução especialmente para do supino que torna a melhor possível
a ação dos cinergistas de uma forma particular. O posicionamento dos pés de
maneira que estabilize fortemente o corpo do atleta no banco é importante, mas o
ponto importante é a retroversão do quadril. Isso resulta numa trajetória diagonal,
e não vertical (COUTINHO, 2011).

Fotografia 6 – Camisa de supino Metal Militia e supino de competição.

Fonte: Google imagens, 2012.


30

2.2.2 Treinamento de Força

Para Fleck e Simão (2008), o treinamento de força com pesos é uma


atividade muito segura, com menores riscos de lesão do que os oferecidos
durante um jogo de basquete, squash, futebol ou rugby ou atletismo.
O treinamento de força deve ser o mais específico possível em relação
ao esporte. Pelo menos parte do treinamento deve incluir movimentos que
simulam ao máximo, tanto no que concerne ao padrão quanto a velocidade,
aqueles necessários para a atividade ou o esporte do atleta (RAMOS E ZEN,
2010).
De acordo com Groves (2002), a seleção de um local apropriado para
treinamento pode significar a diferença entre o sucesso e o fracasso de um
programa de levantamento. Vários elementos devem ser considerados “[...] como
a qualidade e os tipos de equipamentos [...] a disponibilidade de parceiros de
treino [...]”.
O uso incorreto da técnica no levantamento de pesos pode causar
lesão tanto aguda quanto crônica durante o treinamento com pesos. O indivíduo
deve conhecer bem a técnica de execução do exercício para poder usá-la com
segurança e precisão (FLECK E SIMÃO, 2008).
As pessoas que participam de um programa de treinamento de força
esperam que ele produza alguns benefícios como o aumento da força, aumento
da massa magra, diminuição do percentual de gordura, melhora no desempenho
físico em atividades esportivas e melhora da qualidade de vida (RAMOS E ZEN,
2010).
Para Uchida et al (2006), a hipertrofia muscular é um aumento na
secção transversa do músculo, e isso significa aumento no tamanho e no número
de filamentos de actina e miosina e adição de sarcômeros dentro das fibras
musculares já existentes.
Para Ramos e Zen (2010), a recuperação do grupo ou dos grupos
musculares exercitados durante o treinamento de força pode ser de 24 a 72 horas
dependendo a intensidade, o volume de treino e o tamanho do grupo muscular.
Para atender os objetivos específicos de cada pessoa, é necessário um programa
31

de treinamento individualizado, que permita adaptações e melhorias na


performance.
A genética, os hábitos alimentares, o metabolismo, as experiências
anteriores com o treinamento, a carga de treinamento, o tempo de recuperação,
os objetivos e as adaptações são diferentes para cada indivíduo (RAMOS E ZEN,
2010).

2.2.3 Treinamento de força máxima

A demonstração de força máxima depende de três fatores principais:


potencial muscular, uso do potencial muscular e técnica. O potencial muscular é a
soma de forças de todos os músculos que colaboram com o desempenho em um
movimento (BOMPA, 2002).
O uso do potencial muscular refere-se á capacidade de empregar
muitas fibras musculares simultaneamente, tanto as centrais quanto as periféricas
(BOMPA, 2002).
O emprego da força máxima concêntrica e excêntrica, provoca a curto
prazo, sobretudo um aumento da força devido a melhoria da coordenação
intramuscular (WEINECK, 2003).
A força máxima é distinguida em força máxima estática e dinâmica.
Segundo Frey (1977 apud WEINECK 2003), a força máxima é a maior força que o
sistema neuromuscular pode mobilizar através de uma contração voluntária
contra uma determinada resistência. Por outro lado, a força máxima dinâmica é a
força máxima que o sistema neuromuscular pode desenvolver por uma contração
voluntária dentro de uma determinada sequência de movimentos. A força máxima
estática é sempre maior que a força máxima dinâmica, pois uma força máxima
somente pode ser desenvolvida se a carga e a capacidade de contração do
músculo estiverem em equilíbrio.
Weineck (2003), afirma que com o aumento da carga há a mobilização
da força explosiva, e com cargas excepcionalmente altas, da força máxima.
32

3 MÉTODO

3.1 TIPO DE PESQUISA

De acordo com a caracterização de Thomas e Nelson (2002), este


estudo pode ser definido como do tipo descritivo exploratório, utilizando-se de um
questionário. Esse tipo de estudo tem o propósito de investigar as ações do
indivíduo diante de um fato ocorrido ou que ainda está ocorrendo". Para Santos
(2001), caracteriza-se segundo os procedimentos de coleta, como sendo do tipo
quantitativa “aquela pesquisa onde é importante a coleta e análise quantificada
dos dados, e de cuja quantificação resultados automaticamente apareçam”.

3.2 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Para a amostra deste estudo de caso, foram selecionados


intencionalmente os 10 melhores atletas de Powerlifting do Brasil (7 do sexo
masculino e 3 do sexo feminino), que fazem parte da Confederação Brasileira de
Levantamentos Básicos, conduzidos sob as regras da I.P.F. (International
Powerlifting Federation).
A seleção foi feita através da Fórmula Wilks, baseado nos resultados do
Campeonato Brasileiro de Powerlifting de 2011, ou Sulamericano de Powerlifting
2011 ou no Campeonato Mundial 2011.
Os voluntários assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido
(TCLE) para a participação da pesquisa (ANEXO A).

3.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA

Para esta pesquisa, foi aplicado um questionário com perguntas


fechadas e abertas (ANEXO B).
33

O questionário contou com 19 perguntas que buscam responder sobre


questões sociodemográficos e questões relativas as metodologias do
treinamento.

3.4 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

O questionário foi aplicado nos dias 17/18 e 19 de agosto na cidade de


Cali, Colômbia. Durante o Campeonato Sulamericano de Powerlifting e Supino
masculino e feminino Open, Júnior, Sub-Junior e Masters.
Os atletas foram abordados de forma aleatória durante o campeonato,
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e foram
informados sobre a pesquisa. Os participantes foram orientados a preencher o
questionário e a qualquer dúvida, solicitar informações a pesquisadora.

3.5 ANÁLISE DOS DADOS

Os dados foram tabulados e armazenados em um banco de dados, e


todos os dados de identificação serão mantidos em sigilo e a identidade dos
atletas não será revelada em momento algum, apenas os pesquisadores terão
acesso a essas informações, e após cinco anos, todos os questionários serão
incinerados.
Para a análise dos dados foi utilizado a frequência de respostas. Os
dados foram apresentados em forma de gráficos.
34

4 DESCRIÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Neste capítulo serão abordados a descrição e a discussão dos


resultados, obtidos através do questionário aplicado aos atletas de Powerlifting.

Gráfico 1 - Frequência de respostas da pergunta 1 do questionário:


Você é competidor de Powerlifting há quantos anos?

Fonte: elaboração dos autores, 2012.


35

No gráfico 1, pode-se perceber que todos os atletas treinam há mais de


3 anos. Oleshko (2008), comenta que a atividade competitiva desempenha um
papel importante no sistema da preparação de atletas, pois fornece ao mesmo, a
oportunidade de apresentar todo o potencial físico de seu organismo e contribui
como estimulo eficaz, no processo da adaptação a cargas máximas.
Para Tubino e Moreira (2003), quando um atleta se submete a
seguidas temporadas encadeadas de treinamento, é natural que vá se
aproximando dos seus limites pessoais de máximo desempenho. Quanto mais
treinado um indivíduo estiver, mais difícil e demorado se tornará galgar, por menor
que seja, um degrau em seu desenvolvimento.

Gráfico 2 - Frequência de respostas da pergunta 2 do questionário:


Você já competiu em quais campeonatos?

Fonte: elaboração dos autores, 2012.

Como demonstrado no gráfico 2, a bagagem esportiva dos 10 melhores


atletas de Powerlifting do Brasil é grande, sendo que todos já participaram de
eventos internacionais (Sulamericanos), e 8 já participaram de Campeonatos
Mundiais.
36

Hotz (1994 apud WEINECK, 2003), comenta que o treinamento presta-


se para o desenvolvimento do desempenho, a competição para o seu
aperfeiçoamento e consolidação. Weineck (2003), afirma que as competições são
fonte única de aprendizado para um determinado tipo de desempenho, pois elas
incluem alguns elementos como: estimulação física e psíquica extrema,
experiência (de participar de uma competição), avaliação tática do opositor,
reconhecimento das falhas do treinamento, etc.
Conforme FESUPO (2012), os campeonatos sulamericanos dos últimos
10 anos, foram realizados nos seguintes países: Argentina (2002, 2005 e 2011);
Brasil (2003, 2006 e 2007), Equador (2004, 2008 e 2009); Uruguai (2010);
Colômbia (2012).
Weineck (2003), comenta sobre os atletas experientes e viajados, onde
estes adaptam-se melhor as novas condições do que os iniciantes. Competições
realizadas sob condições não usuais e que exigem uma adaptação a um novo
ritmo “noite-dia”, a novo clima, temperaturas, umidade, pressão, etc., requerem
uma preparação imediata mais longa do que aquelas realizadas em local familiar.

Gráfico 3 - Frequência de respostas da pergunta 3 do questionário:


Você segue alguma escola de treinamento? (Westside Barbel, Metal Militia,
Europa Oriental)

Fonte: elaboração dos autores, 2012.


37

Gráfico 4 - Frequência de respostas da pergunta 4 do questionário:


Quais destas escolas você segue?

Fonte: elaboração dos autores, 2012.

Como podemos perceber nos gráficos 3 e 4, os atletas que seguem


alguma escola de treinamento, seguem apenas as Escolas da Europa Oriental, o
que vai ao encontro de Coutinho (2011), onde comenta que a observação dos
treinos dos atletas de elite no Brasil, mostra que os sistemas de periodização de
uma forma ou de outra foram herdadas da Europa Oriental, com variações
maiores ou menores no seu treinamento.
Coutinho (2011), afirma que a altíssima performance dos atletas russos
em competições da IPF (International Powerlifting Federation), trouxe aos
sistemas de treinamento adotados por eles, uma reputação e tanto, além de
algumas lendas urbanas.
O mesmo autor afirma que esta escola inclui uma série de variáveis
bastante particulares, como a quantificação precisa do volume de treino. Esta
periodização é baseada numa variação especial de volume, calculado por um
número absoluto de levantamentos. Já a intensidade, é calculada em valores
percentuais, que é uma fração da carga máxima desejada para o campeonato
seguinte.
38

Gráfico 5 - Frequência de respostas da pergunta 5 do questionário:


Quantas vezes na semana você treina o agachamento?

Fonte: elaboração dos autores, 2012.

Gráfico 6 - Frequência de respostas da pergunta 7 do questionário:


Quantas vezes na semana você treina o supino?

Fonte: elaboração dos autores, 2012.


39

Gráfico 7 - Frequência de respostas da pergunta 9 do questionário:


Quantas vezes na semana você treina o levantamento terra?

Fonte: elaboração dos autores, 2012.

Um dos aspectos mais controvertidos da musculação é o intervalo entre


as sessões. Waszny (1971 apud TUBINO E MOREIRA 2003), sugeriu um dia de
descanso entre cada dois dias consecutivos de treinamento. Esses intervalos
dependem do estágio de treinamento, do nível dos atletas e da complexidade do
treinamento em desenvolvimento.
Como podemos perceber nos gráficos 5, 6 e 7 a maioria dos atletas
tanto para o agachamento, como para o supino treinam 2 vezes na semana,
seguidos por aqueles que treinam 3 vezes na semana. No entanto o levantamento
terra apresentou uma menor frequência semanal, com a maioria dos atletas
treinando entre 2 a 1 vez na semana. De acordo com Ramos e Zen (2010),
quando se utilizam programas não periodizados, 2 ou 3 sessões por semana
resultam em ganhos de força próximos do máximo. No entanto, segundo os
mesmos autores a frequência ideal para indivíduos treinados é 2 vezes por
semana.
40

Groves (2002), concorda com os autores acima citados, que o supino


geralmente é executado 2 vezes por semana. No entanto, comenta que alguns
atletas executam o agachamento e o levantamento terra uma vez por semana, e
outros atletas, a cada 10 dias. Essas sessões são espassadas de modo que a
cada 3 a cada 5 dias, os levantadores estão executando um agachamento ou um
levantamento terra. A razão para isso, é que ambos os exercícios utilizam alguns
músculos em comum e são muito cansativos.
Para Coutinho (2011), a maioria dos basistas praticam cada
levantamento duas a três vezes na semana.

Gráfico 8 - Frequência de respostas da pergunta 6 do questionário:


Quais exercícios de apoio você utiliza para o agachamento?

Fonte: elaboração dos autores, 2012.

Os atletas que demarcaram outros, descreveram que também utilizam


em seus treinos, o agachamento frontal, o bom dia, o meio agachamento na
gaiola, o leg press e a cadeira extensora.
No gráfico 8, percebe-se que a grande maioria dos atletas, utilizam
correntes com anilhas em seu treinamento, com foco de causar um desequilíbrio
e trabalhar os músculos estabilizadores, além de aumentar gradativamente a
carga, enquanto as correntes vão saindo do chão. Segundo Coutinho (2011),
41

treinar estabilização é crucial para o sucesso do agachamento, pois ainda que um


levantador tenha estrutura e força para suportar uma determinada carga, se não
tiver o sistema de estabilização treinado, terá problemas para administrar o peso.
Outros dois exercícios de apoio bastante utilizados para o
agachamento, são os elásticos e caixotes. Os elásticos, além de trabalhar com
maior ênfase a fase final do movimento, os mesmos, segundo Coutinho (2011),
são utilizados também nos treinos de velocidade, diminuindo as cargas e
tornando o levantamento mais rápido.

Fotografia 7 – Agachamento com elásticos e com correntes.

Fonte: dos autores e Google imagens, 2012.

Estes treinamentos em que se trabalham a potência, consegue-se


melhorar a força, pois o atleta aprende a sair rápido no início da contração
concêntrica e permanecer com velocidade por toda a fase (COUTINHO, 2011).
O treinamento com caixotes utilizados nos treinos de agachamento,
segue o mesmo princípio dos boards utilizados no supino, que segundo Coutinho
(2011), trabalha a faze final do movimento.
42

Gráfico 9 - Frequência de respostas da pergunta 8 do questionário:


Quais exercícios de apoio você utiliza para o supino?

Fonte: elaboração dos autores, 2012.

O atleta que demarcou outros, descreveu que utiliza em seus treinos o


exercício tríceps supinado e desenvolvimento em pé com a barra.
Entre todos os exercícios de apoio estudados, como podemos verificar
no gráfico 9, o mais utilizado é o taco de madeira, sendo que 9 dos 10 atletas
utilizam este recurso. Os tacos de madeira permitem treinar o supino em
diferentes alturas. A barra encosta na madeira como se encostasse no peitoral do
levantador, trabalhando com alturas diferentes (COUTINHO, 2011).
Segundo o mesmo autor, os treinos com tacos de madeira permitem
tanto fixar uma altura problema a ser trabalhada, como fazer uma progressão ao
longo do treino, com espessuras diferentes (tamanho das madeiras), trabalhando
com o mesmo peso, regredindo das maiores para as menores espessuras. Ou
com pesos crescentes, trabalhando com os menores tacos passando para os
maiores no decorrer do treino.
43

Fotografia 8 – Supino com taco de madeira.

Fonte: dos autores, 2012.

Os elásticos são utilizados por 5 dos 10 atletas. Estes, conforme


Coutinho (2011), além de aumentar a resistência sobre a barra ao final do
movimento e ser um bom recurso para aumentar a potência, no supino o aumento
da resistência se torna muito mais importante devido a camisa de força
praticamente não oferecer nenhum aporte ao final do movimento.
Outro exercício utilizado pelos atletas é o supino na gaiola, que é
utilizado para trabalhar a fase final do movimento. Segundo Coutinho (2011), este
exercício é executado ajustando as barras de aço laterais da gaiola, para que o
atleta deitado no banco pegue a barra apoiada nelas, a um ângulo aproximado de
120º., e faça apenas uma pequena extensão dos cotovelos com o peso.
Ao contrário dos exercícios com correntes e com elásticos, os
exercícios de finalização são feitos com cargas altas, geralmente acima de 90%
da carga máxima, indo até 120% a 130% (COUTINHO, 2011).
44

Fotografia 9 – Supino com elásticos e correntes; supino na gaiola com elásticos.

Fonte: Coutinho, 2011.

Gráfico 10 - Frequência de respostas da pergunta 10 do questionário:


Quais exercícios de apoio você utiliza para o levantamento terra?

Fonte: elaboração dos autores, 2012.


45

Os atletas que demarcaram outros, descreveram que também utilizam


em seus treinos, o levantamento terra até os joelhos (meio terra), remada com a
barra, hiperextensão lombar e bom dia.
No gráfico 10, a maioria dos atletas usam caixotes e elásticos em seu
treinamento.
Coutinho (2011), comenta que o terra com elástico, tem por objetivo
trabalhar a parte final do exercício. Utilizam-se também como forma de
treinamento, elásticos tracionados á frente e nas costas do atleta, com o objetivo
de melhor a técnica. Pois o atleta, deve executar o movimento com o quadril baixo
e o tronco projetado, numa trajetória sempre vertical. A quantidade de carga não é
tão alta, pois a tensão do elástico aumenta muito no final do movimento.

Fotografia 10 – Levantamento terra com elástico vertical; levantamento terra com


elásticos na posição dianteira e traseira do atleta.

Fonte: Coutinho, 2011.

Para o mesmo autor, o treinamento com caixotes visa aumentar a força


do atleta na fase final do exercício. Usam-se caixotes, para que a barra fique
numa posição mais alta em relação ao solo, e o atleta bem posicionado, puxa a
barra imprimindo a máxima velocidade do início ao fim do levantamento. Os
treinamentos em que se trabalham a potência, também conseguem melhorar a
força.
46

Fotografia 11 – Barra posicionada em caixotes.

Fonte: Google imagens, 2012.

Segundo Verkhoshanski (2001), o papel principal da preparação de


velocidade e força para o aperfeiçoamento desportivo é muito próprio para as
modalidades desportivas caracterizadas pelos esforços explosivos. O crescimento
do nível da preparação de velocidade e força é o fator determinante do progresso
desportivo. As exigências técnicas e a sequência de seu aperfeiçoamento durante
o treinamento de muitos anos deverão ser bem coordenadas com as capacidades
do desportista.
A pergunta número 11 do questionário, foi aberta para os atletas
responderem: Se você treina o mesmo levantamento (agachamento, supino e
terra) mais de uma vez por semana, faz variação de volume e intensidade? Caso
sim, como é feita esta variação de volume e intensidade para cada levantamento?
Pela dificuldade de elaborar um gráfico demonstrando as respostas,
todas foram transcritas abaixo. Sendo um perfil de treinamento, todas as
respostas tem suas particularidades demonstrando assim, o perfil de cada um
deles.
47

Atleta 1: Este atleta treina de 2 a 3 vezes na semana o agachamento,


o supino e o levantamento terra. Normalmente treina com 80% de 1 RM. Um dia
usando material e no outro não utilizando. O volume do treino é determinado pelo
calendário das competições. Quanto mais próximo da competição, menor é o
volume do treino.
Atleta 2: Treina apenas um movimento por semana, com cargas que
variam entre 80% até 85% de 1RM.
Atleta 3: Este atleta treina o agachamento e o levantamento terra 2
vezes na semana, já o supino 4 vezes na semana. Macrociclo de 16 semanas,
com volume de 4 semanas em bloco fixo. As 8 primeiras semanas com volume e
intensidade alta e as outras 8 semanas finais, com menor volume e intensidade,
com média de 75% a 85% de 1RM.
Atleta 4: Este atleta, treina o agachamento 5 vezes na semana. O
supino 2 vezes na semana e o levantamento terra 1 vez na semana. No
agachamento faz repetições curtas, e depois mais longas. O primeiro treino de 5 a
1 repetições. O segundo treino de 8 a 12 repetições. No supino segue-se o
mesmo treino. No levantamento terra é um treino por semana, pesado.
Atleta 5: Este atleta treina o agachamento e o levantamento terra 2
vezes na semana e o supino 5 vezes na semana. Seu treino varia em média de
75% até 85% de 1RM no primeiro treino da semana. No outro treino, a carga varia
em 70% até 75% de 1RM.
Atleta 6: Este atleta treina o agachamento, o supino e o levantamento
terra 2 vezes na semana, variando as cargas. O primeiro treino sendo
considerado de leve a moderado e o segundo treino, de moderado a pesado.
Atleta 7: Este atleta treina de 2 a 3 vezes na semana o agachamento
e o levantamento terra. O supino é treinado 3 vezes na semana. Agachamento:
segunda-feira 85% de 1RM, quarta-feira 70% de 1RM e na sexta-feira 80% de
1RM. Supino: segunda-feira 80% de 1RM, quarta-feira 70% de 1RM e na sexta-
feira 85% de 1RM. Levantamento terra: segunda-feira 70% de 1RM, quarta-feira
85% de 1RM e na sexta-feira 70% de 1RM.
Atleta 8: Este atleta treina o agachamento e o supino 2 vezes na
semana. O levantamento terra 1 vez. A intensidade varia em 80% até 95% de
48

1RM para todos os levantamentos. A variação da intensidade é feita a cada 3


semanas.
Atleta 9: Este atleta treina o agachamento e o levantamento terra 2
vezes na semana. Já o supino é treinado de 2 a 3 vezes na semana. A
intensidade é calculada em 70% até 90% de 1RM e o volume fica em torno de 1 a
5 repetições.
Atleta 10: Este atleta treino o agachamento e o supino 3 vezes na
semana, e o levantamento terra 2 vezes. Varia seu treino conforme o calendário
competitivo. Um dia o treino fica em torno de 70% de 1RM. No outro em 85% até
90% de 1RM. Variando o uso de material.
Sobre a análise do questionamento feito aos atletas nessa pergunta,
podemos perceber algumas semelhanças entre a maioria deles feita sobre a
frequência de treino, intensidade e variação de volume x intensidade.
Quanto há frequência dos treinos, nota-se que a maioria treina de 2 a 3
vezes na semana cada levantamento, sendo que somente o atleta 2, treina cada
levantamento 1 vez na semana. Essas informações vão ao encontro de Uchida et
al. (2006), que comenta que para o treinamento de força máxima, deve-se usar
frequência semanal para o mesmo grupo muscular de 2 a 3 dias por semana.
Outro fator curioso, é que dos três levantamentos, o mais treinado é o
supino e o menos treinado é o levantamento terra. Isto pode acontecer pelo fato
do levantamento terra utilizar músculos maiores e mais grupos musculares, pois
segundo Zatsiorsky (1999), o tempo de recuperação dos exercícios varia de
acordo com o tamanho do músculo, assim pequenos grupos musculares podem
ser exercitados com maior frequência do que grandes grupos musculares. Outro
fator que pode levar a essa menor frequência de treinamento para o levantamento
terra é o fato, segundo Groves (2002), que ambos os exercícios (agachamento e
levantamento terra) utilizam alguns músculos em comum, sendo assim estes
músculos teriam a frequência de treinamento somados em agachamento e
levantamento terra.
O atleta 4, é o único que treina o agachamento 5 vezes na semana. E o
atleta 5, é o único que treina o supino 5 vezes na semana, apesar deste atleta
treinar o supino com uma frequência maior que os outros atletas, esta informação
vai ao encontro de Gilliam (1981 apud FLECK E KRAEMER 1999), onde este fez
49

um estudo onde comparou um número de 1 a 5 sessões de treinamento por


semana, onde mostrou que 5 sessões de treinamento eram mais efetivas na
obtenção de aumento de 1RM no supino. No entanto, estes dois descreveram que
oscilam a intensidade e o volume em seus treinos.
Quanto à intensidade nos treinos, os atletas utilizam uma carga em
torno de 80% de 1RM, sendo que alguns deles chegam a 95% de 1RM. A carga
mínima relatada, foi de 70% de 1RM. Para Robergs & Roberts (2002 apud
RAMOS E ZEN 2010), cargas próximas de 80% de 1RM, resultam em ganhos
máximos de força em indivíduos treinados, e para Zatsiorsky (1999), a mais alta
proporção de pesos levantados consiste daquelas de 70% a 80% de 1RM e
cargas acima de 90% perfazem somente 7% de todos os levantamentos. No
entanto, Uchida et al. (2006), comenta que para treinamento de força máxima,
deve-se utilizar um peso superior a 85% de 1RM.
Nenhum deles utiliza carga em 100% de 1RM, segundo Fleck e Kraemer (1988
apud UCHIDA ET AL. 2006), comentam que não se devem utilizar pesos menores
que 2RM, pois caso contrário a resposta em aumento de força parece não ser
ótima. Ramos e Zen (2010), discordam dessa afirmação comentando que no
treinamento para powerlifters a intensidade de treino é alta, com pesos próximos
ou iguais a 100% de 1RM.
Dois atletas, (atleta 1 e 10), comentaram que fazem também variação conforme o
calendário competitivo, e Ramos e Zen (2010), afirmam comentando que as
cargas, número de repetições, de séries e equipamentos de competição utilizados
nos treinos são determinados conforme as fases de treinamento e as datas de
competições.
Percebeu-se outro ponto interessante, que a maioria dos atletas utiliza
de uma forma ou de outra, variação de volume e intensidade no seu treino.
Apenas o atleta 2, não relatou essa variação.
Conforme demonstrado no gráfico 4 sobre as escolas de treinamento,
seis dos atletas seguem a Escola da Europa Oriental (Rússia), onde a mesma
conforme Coutinho (2011), utiliza uma variação de volume e intensidade dentro
da semana de treinamento.
50

Gráfico 11 - Frequência de respostas da pergunta 12 do questionário:


Qual é o tempo de recuperação que você utiliza para treinar novamente o mesmo
movimento?

Fonte: elaboração dos autores, 2012.

Segundo Ramos e Zen (2010), o treinamento com altas cargas


aumenta o tempo de recuperação necessário antes de sessões subsequentes,
especialmente para os exercicios multiarticulares. Segundo Uchida et al. (2006), o
agachamento, o supino e o levantamento terra são exercicios multiarticulares. O
uso de cargas extremamente pesadas pode requerer 72 horas de recuperação,
enquanto cargas moderadas e leves necessitam um tempo de recuperação menor
(48 a 24 horas).
Percebe-se no gráfico 11 que os atletas treinam na grande maioria de 2
a 3 vezes por semana, e alguns deles oscilam entre 2 a 3 vezes na semana, que
vai ao encontro aos autores supracitados, onde esta oscilação pode ser devido ao
aumento ou a diminuição das cargas.
51

Gráfico 12 - Frequência de respostas da pergunta 13 do questionário:


Como é o seu treino durante a semana da competição? Baseado em 1RM (Leve =
até 50% / Moderado = até 80% / Pesado = até 100%)

Fonte: elaboração dos autores, 2012.

Conforme o gráfico 12, os atletas treinam de leve a moderado na


semana da competição, onde 2 deles param totalmente.
Para Bompa (2002), o atleta precisa estar fisiologicamente e
psicologicamente completamente recuperado do último ciclo de treinamento
quando a competição iniciar. Ele deve se sentir em ótima condição física e
psicológica, além de estar supercompensado. Deve-se contar com a redução do
volume e intensidade do treinamento de 5 a 8 dias antes da competição.
Ramos e Zen (2010), comentam que a genética, os hábitos
alimentares, o metabolismo, as experiências anteriores com o treinamento, á
carga de treinamento, o tempo de recuperação, os objetivos e as adaptações são
diferentes para cada indivíduo.
52

Gráfico 13 - Frequência de respostas da pergunta 14 do questionário:


Qual é o seu tempo de pausa pré-competição?

Fonte: elaboração dos autores, 2012.


53

Conforme o gráfico 13, pode-se perceber que as respostas foram bem


diferenciadas, mostrando que cada atleta tem seu próprio perfil de treinamento,
onde os mesmos tem o tempo de pausa pré-competição diferente uns dos outros,
variando desde 2 dias até 7 dias.
Segundo Bompa (2002), os dias que antecedem a competição são tão
importantes quanto a própria competição e os atletas devem evitar intensidades
de treinamento extremas.
Groves (2002), aconselha descansar durante a semana anterior da
competição, enquanto o atleta avalia a reação de seu corpo, fazendo ajustes em
seu programa de treinamento, que funcione melhor para cada indivíduo, o que vai
ao encontro de Zatsiorsky (1999), que comenta que os agachamentos são
excluídos dos programas de treinamento 1 semana ou 10 a 12 dias antes de uma
competição.
Gráfico 14 - Frequência de respostas da pergunta 15 do questionário:
Como você usa o material de competição?

Fonte: elaboração dos autores, 2012.


54

Na opção outro, dois atletas usam material 8 semanas antes das


competições, variando o material uma vez por semana a cada movimento. Outro
atleta descreveu que sempre utiliza o material de competição, deixando de usá-
los apenas longe das competições.
Conforme o gráfico 14, 4 atletas sempre utilizam o material de
competição. Para Groves (2002), usar material de competição por todo o
programa de treinamento, não é o procedimento geral, porque em uma fase de
ganho você deseja melhorar a força de seus músculos, e quando o macaquinho e
a camisa de supino são usados, seu desempenho melhora devido ao auxílio
oferecido por eles, por causa da compressão do tórax e dos braços.
A estratégia de sempre usar materiais de competição é utilizada pela
Escola Metal Militia que segundo Coutinho (2011), a idéia é executar os
movimentos da maneira mais próxima possível da forma competitiva, para que o
atleta se adapte precisamente a mesma.
55

Gráfico 15 - Frequência de respostas da pergunta 16 do questionário:


Você tem acompanhamento de quais profissionais em seu treinamento?

Fonte: elaboração dos autores, 2012.

Os atletas que demarcaram outro, não informaram qual seria o outro


profissional que os acompanha.
Conforme o gráfico 15, a maioria dos atletas tem profissionais de
educação física os acompanhando em seu treinamento, no entanto um estudo de
Gonçalves et al. (2007 apud PICOLLI 2011), realizado com uma das principais
equipes de Powerlifting do Brasil, demostrou que quase toda a totalidade dos
atletas treina sem o acompanhamento de profissionais de educação física. Para
Bompa (2002), um treinador lidera, organiza, planeja o treinamento e educa o
atleta. Tubino e Moreira (2003), concordam que o treinador contribui para o
desenvolvimento da personalidade do seu atleta. Essa colocação exige uma
adequação permanente do relacionamento treinador-atleta no esquema de
preparação.
56

Apenas dois atletas tem acompanhamento nutricional. Moura et al.


(2004 apud PICOLLI 2011), realizaram um estudo sobre aspectos morfológicos de
basistas, e encontraram divergências entre os atletas brasileiros e estrangeiros.
Os atletas nacionais apresentaram maior teor de gordura corporal e menor teor de
massa muscular quando comparados atletas internacionais da mesma
modalidade. Esta prática comum, em não ter acompanhamento nutricional
contribui para uma ingestão alimentar inadequada, sem considerar necessidades
individuais de cada atleta, associado à crença errônea de que a massa corporal é
fundamental para a obtenção de um desempenho físico superior.

Gráfico 16 - Frequência de respostas da pergunta 17 do questionário:


Quem é o responsável pela montagem do seu treinamento?

Fonte: elaboração dos autores, 2012.

Conforme o gráfico 16, a maioria dos atletas são os responsáveis pela


elaboração do seu próprio treino.
Groves (2002), afirma que levantadores experientes aprenderam, com
os anos de treinamento, o que funciona melhor para eles. Conhecem os
exercícios úteis e os que não oferecem vantagens. Tubino e Moreira (2003),
comentam que um apuro técnico-tático, físico e psicológico, fundamentado em
57

observações dos treinadores e de todos os especialistas envolvidos no esquema


de preparação, são os responsáveis pelo aperfeiçoamento final para a
competição.
Gráfico 17 - Frequência de respostas da pergunta 18 do questionário:
Se você é o responsável por montar seu treino, ou colabora na montagem do
mesmo, de onde busca suas fontes?

Fonte: elaboração dos autores, 2012.

Os atletas que demarcaram outro, descreveram que também utilizam


as viagens, intercâmbio com outros atletas (workshops), tentativas de acertos e
erros, o empirismo para colaborar na montagem de seu treino.
Conforme o gráfico 17, a maioria dos atletas buscam informações em
livros e artigos científicos, o que vai de encontro com Picolli (2011), quando
comenta que uma grande parte dos atletas de Powerlifting no Brasil treina sem
parâmetros científicos.
58

Gráfico 18 - Frequência de respostas da pergunta 19 do questionário:


Você tem outra ocupação além do Powerlifting?

Fonte: elaboração dos autores, 2012.

Conforme o gráfico 18, todos os atletas trabalham e quatro deles


também estudam. Groves (2002), comenta que a maioria dos atletas de
Powerlifting, já passou dos 30 anos de idade quando adquirem renome nacional,
o que coincide com a idade em que obrigações, como o trabalho, se tornam
maiores.
59

5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES

Este estudo buscou verificar o perfil de treinamento dos 10 melhores


atletas de Powerlifting do Brasil.
Foi possível perceber que todos os atletas treinam há mais de 3 anos e
já participaram de campeonatos internacionais.
Notou-se que 4 dos 10 atletas não seguem nenhuma escola de
treinamento, 3 seguem e 3 deles trabalham com um pouco de cada. Dos atletas
que seguem alguma escola de treinamento, todos seguem a Escola da Europa
Oriental (Rússia).
Percebeu-se quanto a frequência semanal de treinamento para o
agachamento e supino, que os atletas treinam em sua maioria 2 vezes por
semana, seguido por aqueles que treinam 3 vezes na semana. Alguns deles,
oscilam entre 2 a 3 vezes na semana. No levantamento terra, a maior frequência
ficou entre 2 a 1 vez na semana.
Quanto ao tempo de recuperação para treinar novamente o mesmo
movimento, notou-se que a maioria descansa 2 dias para treinar novamente o
mesmo movimento.
Quando questionados sobre os exercícios de apoio que utilizam para o
agachamento, os mais utilizados foram: correntes com anilhas, caixotes e
elásticos. Para o supino, os mais utilizados foram: tacos de madeira, elásticos e o
supino na gaiola, já para o levantamento terra, os mais utilizados foram: caixotes
e elásticos.
Em relação ao treinamento semanal sobre a variação de volume e
intensidade para cada levantamento, podemos perceber alguns pontos em
comum, sendo estes: a intensidade da carga mais utilizada fica em torno de 80%
de 1RM, sendo que a maior é 95% de 1RM e a menor relatada é de 70% de 1RM.
A frequência semanal mais utilizada ficou em 2 a 3 vezes na semana, e
praticamente todos atletas utilizam de alguma forma uma variação de volume e
intensidade.
Nenhum dos atletas na semana da competição treina pesado (até
100% de 1RM), no entanto, 4 deles treinam leve e 4 treinam moderado, onde 2
60

não treinam nessa semana. Percebeu-se que a maior diferença foi em relação ao
tempo de pausa pré-competição, onde estes atletas tem o tempo de pausa
diferenciado, variando de 2 a 7 dias.
Quando perguntados sobre como utilizam o material de competição, a
maioria descreveu que sempre os utiliza.
A maioria dos atletas tem acompanhamento de profissionais de
educação física, no entanto a maioria comentou que o próprio atleta é o
responsável pela montagem do treinamento, buscando suas fontes principalmente
em artigos científicos, livros e intercâmbio com outros atletas (workshop).
Outro ponto percebido é que todos os atletas tem outra ocupação além
do Powerlifting, sendo que todos trabalham e 4 deles estudam.
É muito importante novas pesquisas relacionadas ao treinamento de
Powerlifting para que seja possível melhorar ainda mais o conhecimento de novos
atletas e técnicos do esporte.
Sugere-se a realização de novos estudos dando ênfase a periodização
do treinamento desses atletas, além de pesquisar o perfil do treinamento dos
melhores atletas do ranking mundial.
61

REFERÊNCIAS

BARNEY, Groves. Powerlifting Levantamentos Básicos. São Paulo: Manole,


2002.
BOMPA, Tudor O. Periodização: teoria e metodologia do Treinamento. São
Paulo: Phorte, 2002.
COUTINHO, Marilia. De volta ao básico: powerlifting – treinamento funcional,
esporte de alto rendimento e prática corporal para todos. São Paulo: Phorte,
2011.
DANTAS, Edmilson; COUTINHO, João. Força e potência no esporte:
levantamento olímpico. São Paulo: Ícone, 2010.
FLECK, Steven. J.; JUNIOR, Aylton Figueira. Treinamento de força para
Fitness e Saúde. São Paulo: Phorte, 2003.
FLECK, Steven J.; KRAEMER J. William. Fundamentos do treinamento de
força muscular. 2ª. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.
FLECK, Steven J.; SIMÃO, Roberto. Força - Princípios Metodológicos para o
Treinamento. São Paulo: Phorte, 2008.
FORTEZA, Armando de La Rosa. Treinamento desportivo: carga, estrutura e
planejamento. São Paulo: Phorte, 2001.
GENTIL, Paulo. Bases cientificas do treinamento de hipertrofia. 2ª. ed. Rio de
Janeiro: Sprint, 2006.
GROVES, Barney. Powerlifting levantamentos básicos. São Paulo: Manole,
2002.
IPF. International Powerlifting Federation. Disponível em: <www.powerlifting-
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NEGRI, Leonardo Fritzke. Análise descritiva do agachamento de competição:
um estudo sobre a incidência de dor em atletas de Powerlifting. 2007. 79f.
Monografia a (Graduação em Fisioterapia) - Universidade do Sul de Santa
Catarina, Palhoça, 2007.

______. Análise Cinemática da técnica da “ponte” do supino: uma


comparação com a técnica comum. 2009. 54f. Monografia a (Graduação em
Bacharel em Educação Física e Esporte) – Universidade do Sul de Santa
Catarina, Palhoça, 2009.
NETO, Waldemar Marques Guimarães. Musculação: além do anabolismo. 2ª.
ed. São Paulo: Phorte, 2006.
OLESHKO, V.G. Treinamento de força: teoria e prática do levantamento de
peso, powerlifting e fisiculturismo. São Paulo: Phorte, 2008.
62

PICOLLI, Marcelo Loss. Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 161, out.
2011. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd161/caracteristicas-do-
treinamento-de-powerlifting.htm.> Acesso em: 20 set. 2012.
PRAVATTO, Alexandra. Levantamentos Básicos: Recursos lícitos e ilícitos da
Modalidade e seus efeitos sobre o organismo. 2005. 112f. Monografia a
(Graduação em Educação Física)- Universidade do Estado de Santa Catarina,
Florianópolis, 2005.
RAMOS, Madison; ZEN, Vinícius Roberto. Treinamento de força avançado:
uma abordagem prática e científica para profissionais, atletas e praticantes
de musculação. Curitiba: edição do autor, 2010.
SANTOS, Azenildo Moura. O mundo anabólico: análise do uso de esteroides
anabólicos nos esportes. 2ª. ed. Ver. e ampl. – Barueri: Manole, 2007.
SANTOS, Iran Nazareno Steinke dos. Bases metodológicas do treinamento
desportivo. Lages: Uniplac, 2005.
SANTOS, Antonio Raimundo dos. Metodologia Científica: a construção do
conhecimento. 4ª. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
SIMAO, Roberto. et al. Efeito de diferentes intervalos de recuperação em um
programa de treinamento de força para indivíduos treinados. Rev Bras Med
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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-
86922008000400006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 23 Mar. 2012.
SOUZA JUNIOR, Tácito Pessoa de. et al . Suplementação de creatina e
treinamento de força: alterações na resultante de força máxima dinâmica e
variáveis antropométricas em universitários submetidos a oito semanas de
treinamento de força (hipertrofia). Rev Bras Med Esporte, Niterói, v. 13, n.
5, Oct. 2007 . Disponivel em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-
86922007000500005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 17 Ago. 2012.
STRAMBI, Santiago Luis. Modelo de periodização de Powerlifting. 2008. 50f.
Monografia a (Graduação em Educação Física e Esporte)- Universidade do Sul de
Santa Catarina, Palhoça, 2008.
THOMAS, J.R.; NELSON, J.K. Métodos de pesquisa em Atívidade Física. 3ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.
TUBINO, Manoel José Gomes. Metodologia Científica do Treinamento
Desportivo. 13ª. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
UCHIDA, et al. Manual de musculação: uma abordagem teórico-prática do
treinamento de força. 4ª. ed. São Paulo: Phorte, 2006.
VERKHOSHANSKI, Yuri V. Treinamento desportivo: teoria e metodologia.
Porto Alegre: ARTMED, 2001.
63

WEINECK, Jurgen. Treinamento Ideal: instruções técnicas sobre o


desempenho fisiológico, incluindo considerações específicas de
treinamento infantil e juvenil. 9ª. ed. Barueri: Manole, 2003.
WIKIPEDIA, the free encyclopedia. Wilks Coefficient.
<http://en.wikipedia.org/wiki/Wilks_Coefficient.> Acesso em: 27 abr 2012.
ZAKHAROV, Andrei Anatolovitch. Ciência do treinamento desportivo:
aspectos teóricos e práticos da preparação do desportista, organização e
planejamento do processo do treino: controle da preparação do desportista.
2ª. ed. Rio de Janeiro: Palestra Sport, 2003.
ZATSIORSKY, Vladimir M. Biomecânica no esporte: performance do
desempenho e prevenção de lesão. Rio Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

______. Ciência e prática do treinamento de força. São Paulo: Phorte, 1999.


64

ANEXOS
ANEXO A – Ficha de freqüência das sessões de orientação

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA – UNISUL


CURSO DE EDUCAÇAÕ FÍSICA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

FICHA DE FREQUÊNCIA - SESSÕES DE ORIENTAÇÃO


Estagiário: Milena Cristina Diener

Orientador Pedagógico: Erasmo Paulo Miliorini Ouriques

Identificação do Estágio: ( )I ( x )II

Assinatura Assinatura
Data CH Pauta
Orientador Estagiário

10/08 60’ Encontro para vermos a


resposta do Comitê de Ética em
Pesquisa e decidir como ficará a
apresentação do questionário
aos entrevistados.

14/08 45’ Última conferida dos


questionários para levar na
viagem do campeonato que será
aproveitada para fazer as
entrevistas.

24/08 60’ Verificamos todos os


questionários respondidos e
começamos a analisar o que
faremos com a pergunta aberta,
pela dificuldade de fazer a
tabulação dos dados.

31/08 60’ Verificamos a frequência de


resposta de todas as perguntas
e começamos a elaborar os
gráficos para a tabulação das
informações.

14/09 60’ Analisamos os gráficos que


estavam prontos e decidimos
deixar do jeito que esta, sem
fazer nenhuma alteração no
modelo. Referente a pergunta
aberta, decidimos transcrever
todas as respostas ao invés de
agrupar as informações, devido
a particularidade das respostas.

21/09 60’ Verificamos todas as respostas


da pergunta aberta.

28/09 60’ Analisamos a disposição dos


gráficos na análise e discussão
dos resultados e algumas
referências a respeito dos
mesmos.

05/10 60’ Verificamos todos os gráficos e


novamente as discussões a
respeito deles.

19/10 60’ Conversamos sobre as


discussões dos gráficos para a
entrega da próxima tarefa.

Decidimos quem serão os


membros da banca.

26/10 60’ Decidimos manter a revisão de


literatura com os mesmos
tópicos. Apenas em um deles,
preencher um pouco mais.

Conferimos a conclusão.
07/11 60’ Conferimos todo o TCC e
conversamos sobre o que
acrescentar.

14/11 60’ Conforme conversado por e-mail


durante a semana, revimos
pessoalmente a conclusão e o
resumo.

23/11 45’ Olhamos a apresentação em


Powerpoint e decidimos tirar os
objetivos específicos para a
apresentação final, por ter
apenas 20 minutos para a
apresentação.

04/12 120’ Conferimos o TCC com as


considerações feitas pelos
membros da banca e
conversamos sobre o que
mudar.

Carga total de horas: 14,333 horas


ANEXO D - Formulário de identificação do Estágio em Educação Física

FORMULÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO


SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL

Campus Grande Florianópolis

Unidade Pedra Branca

Disciplina: Estágio Supervisionado em Educação Física

Formulário de identificação do Estágio Supervisionado

( )I ( x ) II Ano/Semestre: 2012/2
Nome do Estagiário: Milena Cristina Diener

Contatos Telefônicos: (48) 8421-2332

Nome do Supervisor de Campo: Leonardo Fritzke Negri

Contatos Telefônicos: (48) 8421-2332

Setor do estágio: Musculação

Local do estágio: Leonardo Negri Gym Academia LTDA-ME

Período de Realização do Estágio: 30/07/12 a 26/10/12


ANEXO E - Desenvolvimento da prática do Estágio

Objetivo CH Relato

Auxiliar o 20h O professor orientador me


profissional ensinou como fazer uma divisão
Semana 1 orientador. de treino e quais grupos
musculares são trabalhados por
30/07 – 03/08 dia.

Auxiliar o 20h Auxiliei os alunos na prática dos


profissional exercícios, corrigindo-os com a
Semana 2 orientador. ajuda do profissional orientador.
06/08- 10/08

Auxiliar o 20h Auxiliei os alunos na execução de


profissional exercícios e acompanhei alguns
Semana 3 orientador. alunos iniciantes. Além disso,
analisei o atendimento aos alunos
13/08 – 17/08 novos e os exercícios passados
aos alunos pelo profissional
orientador.

Auxiliar o 20h Participei de uma avaliação


profissional antropométrica com o professor
Semana 4 orientador. orientador, mostrando-me como é
feita a coleta das dobras
20/08 – 24/08 cutâneas.

Auxiliar o 20h O professor orientador me


profissional ensinou como fazer os cálculos
Semana 5 orientador. da avaliação antropométrica e
analisar qual é o melhor protocolo
27/08- 31/08 para o aluno. Na academia a
avaliação é calculada pelo
professor, e não por software.

Auxiliar o 20h O professor orientador me


profissional ensinou como fazer uma divisão
Semana 6 orientador. de treino e quais grupos
musculares são trabalhados por
03/09 – 06/09 dia.

Auxiliar o 20h Novamente revimos os cálculos


profissional de uma avaliação física e também
Semana 7 orientador. conversamos sobre divisões de
um treino.
10/09 – 14/09

Auxiliar o 20h O professor orientador me auxilia


profissional na elaboração de treinos,
Semana 8 orientador. ensinando como fazer uma
divisão correta e quais grupos
17/09 – 21/09 musculares são trabalhados a
cada dia.

Auxiliar o 20h Auxiliei os alunos na prática dos


profissional exercícios, corrigindo-os com a
Semana 9 orientador. ajuda do profissional orientador.
24/09 - 28/09

Auxiliar o 20h Auxiliei os alunos na execução de


profissional exercícios e acompanhei alguns
Semana 10 orientador. alunos iniciantes
01/10 - 05/10

Auxiliar o 20h Além de auxiliar na sala de


profissional musculação, participei de uma
Semana 11 orientador. avaliação antropométrica com o
professor orientador.
08/10 - 12/10

Auxiliar o 20h O professor orientador me


profissional ensinou como fazer os cálculos
Semana 12 orientador. da avaliação antropométrica e
analisar qual é o melhor protocolo
15/10 - 19/10 para o aluno. Na academia a
avaliação é calculada pelo
professor, e não por software.

Auxiliar o 20h O professor orientador me


profissional ensinou como fazer uma divisão
Semana 13 orientador. de treino e quais grupos
musculares são trabalhados por
22/10 - 26/10 dia.

Carga Horária Total: 260 horas


ANEXO F - Controle de freqüência do estagiário (Campo)
12

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA – UNISUL

CURSO DE EDUCAÇAÕ FÍSICA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

CONTROLE DE FREQÜÊNCIA DO ESTAGIÁRIO

Estagiário: Milena Cristina Diener

Supervisor de Campo: Leonardo Fritzke Negri

Local de Estágio: Leonardo Negri Gym Academia LTDA-ME

Identificação do Estágio: ( )I ( X )II

PERÍODO ASS. SUPERVISOR DE


SEMANA C.H. ASS. ALUNO
(exemplo: 22/06 à 26/06)
CAMPO
Carimbo do Local de Estágio
1 30/07 – 03/08 20h
2 06/08- 10/08 20h
3 13/08 – 17/08 20h
4 20/08 – 24/08 20h
5 27/08- 31/08 20h
6 03/09 – 06/09 20h
7 10/09 – 14/09 20h
8 17/09 – 21/09 20h
9 24/09 - 28/09 20h
10 01/10 - 05/10 20h
11 08/10 - 12/10 20h
12 15/10 - 19/10 20h
13 22/10 - 26/10 20h
14
15
16
17

___________________________________________

Assinatura do Orientador Pedagógico


13

ANEXO G – Avaliação de Campo

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA – UNISUL

CURSO DE EDUCAÇAÕ FÍSICA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

AVALIAÇÃO DE CAMPO

Estagiário: Milena Cristina Diener

Supervisor de Campo: Leonardo Fritzke Negri

Local de Estágio: Leonardo Negri Gym Academia LTDA-ME

Identificação do Estágio: ( )I ( x )II


Carimbo do Local de Estági

Comprometimento com as atividades correspondentes de estágio Nota Observação

Cumprimento dos prazos de entrega da documentação referente ao 10


estágio (a concedente de estágio ficou com uma cópia do Termo de
Compromisso e do Plano de Atividades)

Comparecimento assíduo e pontual a todas as atividades de supervisão 10


e atividades de estágio (cumpriu horários e carga horária e realizou
justificativa formal de faltas, quando necessário)

Cuidado na conservação dos materiais que lhe forem confiados nos 10


locais de estágio

Observância de normas e procedimentos estabelecidos na instituição 10


concedente (inclusive uniforme solicitado)

Colaboração com iniciativas e idéias para o incremento e 10


desenvolvimento do estágio (proatividade)

Desempenho técnico Nota Observação


14

Capacidade de fundamentar teoricamente os procedimentos de sua 10


intervenção

Capacidade de reflexões próprias e críticas relacionadas à prática de 10


estágios

Interesse e motivação quanto à eficiência dos resultados de sua atuação 10

Qualidade das trocas sociais com as pessoas pertencentes ao Nota Observação


campo de estágio e com o supervisor

Capacidade de escuta e respeito para com supervisores, colegas e 10


demais profissionais do local de estágio

Capacidade de realizar trocas com supervisor e demais colegas 10


apontando problemas e soluções para as atividades de estágio

Observação dos preceitos éticos Nota Observação

Conhecimento e cumprimento das normas definidas pelo código de ética 10


profissional no exercício do estágio e nas relações interpessoais com
supervisores, colegas e demais profissionais nos locais de atividades do
estágio

Capacidade de manter sigilo sobre os assuntos referentes ao seu 10


estágio

MÉDIA (SOMA DAS NOTAS DOS CRITÉRIOS ÷ POR 12) 010

___________________________________________________________

Assinatura e carimbo do Supervisor de Campo


15

ANEXO H – Termo de Realização de Estágio

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA – UNISUL

GERÊNCIA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

CAMPUS DA GRANDE FLORIANÓPOLIS

PROGRAMA DE ESTÁGIOS E MONITORIAS

TERMO DE REALIZAÇÃO DE ESTÁGIO: (X ) Obrigatório ( ) Não-Obrigatório

Nome do Estagiário: Milena Cristina Diener

Curso: Educação Física Cód. de Matrícula: 409009

Concedente (Empresa/Instituição/Profissional Liberal): Leonardo Negri Gym Academia


LTDA-ME

Setor/Local de Estágio: Musculação

Supervisor de Campo da Concedente: Leonardo Fritzke Negri

Período de Estágio: 30/07/12 à 26/10/2012

a) Atividades desenvolvidas no estágio:

Auxiliar os alunos na sala de musculação, corrigindo a postura dos mesmos e a execução dos
exercícios, sendo supervisionada pelo supervisor de campo.
Como fazer anamnese e iniciar um aluno no seu primeiro dia de aula, e como elaborar treinos
para alunos iniciantes e intermediários.

OBS: Caso necessário, amplie o espaço para este texto ou anexe folha.

b) Avaliação de desempenho do estagiário, com relação às atividades desenvolvidas:

( x )Excelente ( )Bom ( )Regular ( )Ruim ( )Péssimo

Observações adicionais: ___________________________________________________

CASO O ESTÁGIO TENHA SIDO INTERROMPIDO ANTES DO TÉRMINO PREVISTO NO


TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO, PREENCHA O ITEM C:

c) A rescisão (término) do estágio ocorreu em ___/___/____, por motivo de___________

__________________________________ ____________________________________

Assinatura e Carimbo da Concedente Assinatura do Estagiário


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ANEXO I – Diagnóstico da Instituição

A Academia Leonardo Negri Gym esta localizada em Governador Celso Ramos,


no bairro Fazenda da Armação, em Santa Catarina.

Atualmente é considerada academia de destaque na região por ter um diferencial


no atendimento aos seus clientes, atingindo não apenas o bairro da Fazenda da Armação,
como as demais praias do município.

A academia trabalha com a musculação e o público alvo é o adulto jovem, onde a


maioria prevalece, também atendendo idosos e adolescentes.

Oferece treinamento de alto-rendimento para atletas da modalidade de Powerlifting, Supino


e demais esportes de força.

Seu horário de funcionamento é das 07:00hrs as 23:00hrs de segunda-feira a sexta-feira e


nos sábados das 07:00hrs as 12:00hrs, estando nestes horários os professores à disposição
dos alunos.

No momento a academia trabalha com 4 funcionários, sendo dois sócios e duas


auxiliares de serviços gerais. Um dos sócios é o responsável técnico do local, o outro sócio
cuida da administração da empresa e faz estágio na academia.

Sua infra-estrutura conta com equipamentos para pesos olímpicos, onde na


mesma encontram-se equipamentos oficiais para competição de Powerlifting e também jogo
de pesos olímpico, homologados pela I.P.F. (International Powerlifting Federation).

A sala de musculação é climatizada e conta com vários tipos de equipamentos, pesos livres,
colchonetes, caneleiras, etc. Tem uma pequena recepção, uma copa e dois banheiros.
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ANEXO J – Cópia do parecer do Comitê de Ética em Pesquisa – CEP UNISUL


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ANEXO K – Instrumento de Pesquisa

1- Você é competidor de Powerlifting há quantos anos?


( ) De 1 a 3 anos ( ) De 3 a 6 anos ( ) De 6 a 9 anos ( ) De 9 a 12 anos

( ) Mais de 12 anos ( ) Mais de 15 anos ( ) Mais de 20 anos

2- Você já competiu em quais campeonatos?


( ) nacional ( ) sul-americano ( ) pan-americano ( ) mundial ( ) Arnold Classic

3- Você segue alguma escola de Treinamento? (Westside Barbel, Metal Militia, Europa Oriental
(Rússia)):
( ) Sim ( ) Trabalho com um pouco de cada ( ) Não ( ) Não conheço

4- Quais destas escolas você segue?


( ) Westside Barbel ( ) Metal Militia ( ) Escolas da Europa Oriental ( Rússia)

( ) Nenhuma delas

5- Quantas vezes na semana você treina o agachamento?


( ) 1x na semana ( ) 2x na semana ( ) 3x na semana ( ) 4x na semana

( ) 5x na semana ( ) 6 x na semana ( ) 7x na semana

6- Quais exercícios de apoio você utiliza para o agachamento?


( ) Elásticos ( ) Apenas correntes ( ) Correntes com anilhas ( ) Caixotes ( ) Saltos

( ) Nenhum ( ) outros__________________________

7- Quantas vezes na semana você treina o supino?


( ) 1x na semana ( ) 2x na semana ( ) 3x na semana ( ) 4x na semana

( ) 5x na semana ( ) 6 x na semana ( ) 7x na semana

8- Quais exercícios de apoio você utiliza para o supino?


( ) Elásticos ( ) Apenas correntes ( ) Correntes com anilhas ( ) Tacos de madeira

( ) Isométricos ( ) Supino na gaiola ( ) Nenhum ( ) outros_____________________________

9- Quantas vezes na semana você treina o levantamento terra?


( ) 1x na semana ( ) 2x na semana ( ) 3x na semana ( ) 4x na semana

( ) 5x na semana ( ) 6 x na semana ( ) 7x na semana

10- Quais exercícios de apoio você utiliza para o levantamento terra?


( ) Elásticos ( ) Apenas correntes ( ) Correntes com anilhas ( ) Caixotes ( ) Saltos

( ) Levantamento terra com halteres ( ) Pneus ( ) outros_______________________


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11- Se você treina o mesmo levantamento (agachamento, supino e terra) mais de uma vez por
semana, faz variação de volume e intensidade? Caso sim, como é feita esta variação de
volume e intensidade para cada levantamento?
R:_____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
12- Qual é o tempo de recuperação que você utiliza para treinar novamente o mesmo
movimento?

( ) 1 dia ( ) 2 dias ( ) 3 dias ( ) 4 dias ( ) 5 dias ( ) 6 dias ( ) 7 dias

( ) a cada 15 dias ( ) a cada 20 dias ( ) em média 30 dias ( ) em média 45 dias

13-Como é o seu treino durante a semana da competição? Baseado em 1RM (Leve = até 50% /
Moderado = até 80% / Pesado = 100%)

( ) leve ( ) moderado ( ) pesado

14- Qual é o seu tempo de pausa pré-competição?


( ) não paro o treinamento ( ) paro 1 dia ( ) paro 2 dias ( ) paro 3 dias

( ) paro 4 dias ( ) paro 5 dias ( ) paro 6 dias ( ) paro 7 dias ( ) Outro:____________________

15- Como você usa o material de competição?


( ) sempre ( ) uma semana antes da competição ( ) na semana da competição

( ) 2 semanas antes ( ) 3 semanas antes ( ) 1 mês antes ( ) a cada 15 dias

( ) a cada 20 dias ( ) em média 30 dias ( ) em média 45 dias ( ) Outro __________________

16- Você tem acompanhamento de quais profissionais em seu treinamento?


( ) Educador físico graduado ( ) Psicólogo

( ) Fisioterapeuta ( ) Médico

( ) Nutricionista ( ) Outro__________________________

17- Quem é o responsável pela montagem do seu treinamento?


( ) eu mesmo ( ) professor da academia ( ) meu técnico ( ) outro atleta ( ) outro:_________

18- Se você é o responsável por montar seu treino, ou colabora na montagem do mesmo, de
onde busca suas fontes?
( ) revistas técnicas ( ) livros ( ) internet ( ) artigos científicos ( ) outros:_________________

19- Você tem outra ocupação além do Powerlifting?


( ) apenas treino ( ) trabalho ( ) estudo
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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA - CEP UNISUL

Cep.contato@unisul.br, (48) 3279.1036

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Você está sendo convidado (a) para participar, como vo1untário (a), em uma pesquisa que
tem como título “Perfil do treinamento dos 10 melhores atletas de Powerlifting do Brasil”. A
pesquisa tem como objetivo, investigar qual é o perfil do treinamento (frequência semanal, duração
e intensidade), dos 10 melhores atletas de Powerlifting do Brasil.

É muito importante pesquisar a respeito desse assunto para revelar detalhes sobre o
treinamento, pois observa-se que os atletas de powerlifting utilizam diferentes métodos de
treinamento, sendo que alguns destes, diferem bruscamente em relação à intensidade, volume e
tempo de recuperação. Este estudo vem auxiliar técnicos e atletas de powerlifting, a
compreenderem quais métodos são utilizados pelos melhores atletas do Brasil. Também irá auxiliar a
categoria dos profissionais de educação física a entenderem melhor a complexidade do treinamento
destes atletas, colaborando para melhorar o desempenho de atletas.

Esta pesquisa será realizada com 7 homens e 3 mulheres, escolhidos pela performance em
determinado campeonato baseado na fórmula Wilks. As pessoas responderão um questionário de 19
perguntas há respeito da intensidade do treino, volume, tempo de recuperação semanal e pré-
competição, escolas de treinamento, materiais de competição e exercícios auxiliares.

A pesquisa será aplicada em um lugar onde você possa sentir-se à vontade para responder as
perguntas. A pesquisadora ficará por perto para esclarecer possíveis dúvidas a respeito do
questionamento.

Você não é obrigado (a) a responder todas as perguntas e poderá desistir de participar da
pesquisa a qualquer momento (antes, durante ou depois de já ter aceitado participar dela ou de já
ter feito a entrevista), sem ser prejudicado (a) por isso. A partir dessa pesquisa, como benefício, você
poderá aprender sobre o treinamento de outros atletas. Como o objetivo da pesquisa é saber sobre
treinamento, não são previstos desconfortos durante a entrevista.

Você poderá quando quiser, pedir informações sobre a pesquisa, à pesquisadora. Esse
pedido pode ser feito pessoalmente, antes ou durante o preenchimento do questionário, ou depois
dela por telefone, a partir dos contatos do pesquisador que constam no final deste documento.
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Todos os seus dados de identificação serão mantidos em sigilo e a sua identidade não será
revelada em momento algum. Dessa forma, os dados que você fornecer serão mantidos em sigilo,
todos os participantes da pesquisa serão identificados por um código e só os pesquisadores terão
acesso aos seus dados.

Lembramos que sua participação é voluntária, o que significa que você não poderá ser pago,
de nenhuma maneira, por participar desta pesquisa.

Eu, _______________________________, abaixo assinado, concordo em participar desse estudo


como sujeito. Fui informado (a) e esclarecido (a) pela pesquisadora Milena Cristina Diener sobre o
tema e o objetivo da pesquisa, assim como a maneira que ela será feita e os benefícios e os possíveis
riscos decorrentes de minha participação. Recebi a garantia de que posso retirar meu consentimento
a qualquer momento, sem que isto me traga qualquer prejuízo.

Nome por extenso: _______________________________________________

RG: _______________________________________________

Local e Data: _______________________________________________

Assinatura: _______________________________________________

Pesquisador Responsável: Erasmo Paulo Miliorini Ouriques

Telefone para contato: (48) 9632-5213

Outros Pesquisadores: Milena Cristina Diener

Telefone para contato: (48) 8421-2332

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