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Universidade do Algarve

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO


LICENCIATURA EM DESPORTO

ESTÁGIO I e II
Dossier de Estágio

Coordenador Institucional: Professor Doutor João Herculano Carvalho

Coordenador Cooperante: Professor Ângelo Caetano

Estagiário: Daniel Correia nº64934

1
Agradecimentos
O desporto sempre foi a minha área de preferência pois desde cedo
comecei a praticar futebol, nas aulas de Educação Física procurava ser sempre
o melhor e anisava para que o dia das mesmas chegasse. Também frequentei o
desporto escolar em desportos destintos, e por isso mesmo a minha vinda para
a Licenciatura em Desporto foi algo natural.

Esta foi uma odisseia extraordinária, cheia altos e baixos, de muita


aprendizagem, amizades novas, muito companheirismo e, por vezes, também
de muita solidão, porém, tive o privilégio de contar com o apoio da minha família
e amigos, e a sorte de encontrar pelo caminho pessoas que me marcaram e
certamente ficarão para a vida.

Primeiramente, começar por agradecer aos meus pais e irmã que


convivem diretamente comigo e que sempre estiveram presentes em todos os
momentos, seja para dar apoio e incentivo ou até mesmo para repreender
quando foi necessário. Sem eles este percurso não seria possível, portanto, o
meu maior agradecimento é a eles que dirijo.

À restante família e amigos, um especial obrigado por me terem


acompanhado neste percurso e por estarem sempre disponíveis para me
aconselhar e serem um ombro amigo.

No que à universidade diz respeito, um especial agradecimento a todos


os docentes que tive o privilégio de ter como professores, realçando o professor
André Ferin, Elsa Pereira, Joana Serpa, Ricardo Minhalma e Vanda Correia, que
contribuíram positivamente para a minha evolução e aprendizagem, e sempre se
mostraram disponíveis. O maior destaque vai para o professor João Carvalho,
que me orientou neste período e sempre se mostrou disponível para esclarecer
as minhas dúvidas.

Para a Dragon Force Algarve não há palavras que descrevam o quanto


eu lhes estou agradecido. Foi um estágio repleto de aprendizagem e de muita
partilha, numa área que eu conheço, contudo, nunca tinha trabalhado de perto e
de forma séria. Um grande obrigado ao treinador Ângelo Caetano, coordenador
desta organização, que me ajudou sempre em tudo o que precisei e também por

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me ter confiado responsabilidades, tarefas e desafios que superei com
sucesso e me fizeram crescer. Agradecer também à restante equipa técnica, aos
treinadores João Mestre, José Gonçalves, Luís Mestre, Nélson Moreira, Nuno
Ramos e Pedro Mendes, ao team manager Nuno Bastos, à fisioterapeuta Sara
Fernandes e à nutricionista Marisa Gerardo, pois aprendi com cada um
diferentes formas de trabalhar. Por fim, agradecer ao treinador Luís Afonso,
responsável pelo departamento de scouting, que desde cedo mostrou interesse
em contar comigo na equipa e sempre me orientou no sentido de melhorar a
minha aptidão para a observação.

O meu último agradecimento é direcionado à Jéssica Sousa, uma jovem


mulher que eu tive o prazer de conhecer no meu percurso académico e que irá
certamente ficar na minha vida, ou não fosse ela minha namorada. Ainda hoje
eu não sei que efeito teve em mim, mas reconheço que me tornei melhor pessoa,
mais objetivo e responsável, e que foi e será certamente um pilar bastante
importante na minha vida.

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Resumo

A Dragon Force é um projeto que teve início no ano de 2008 e surgiu com
o intuito de formar jogadores de forma sustentada. A deteção e o
aperfeiçoamento de novos valores para a formação do FC Porto são um dos
objetivos do projeto e hoje, como resultado do trabalho desenvolvido, uma
grande parte dos jovens presentes nas camadas jovens da formação do FC
Porto provém do projeto Dragon Force.

Para que este tenha sucesso, a metodologia Dragon Force é global a toda
a instituição, desde o escalão mais jovem ao mais velho, e em todas as escolas
espalhadas pelo país e pelo mundo. Há um conjunto de orientações prévias, tais
como as macro referências, o que é ser um jogador do FC Porto, os processos
de treino, planificação semanal, entre outros, que vão ao encontro desta
metodologia. No fundo, estas referências visam estimular e moldar a essência
do FC Porto, que procura de forma agressiva o golo, tem uma reação muito forte
à perda da bola e é uma equipa coesa e solidária com e sem bola.

De forma que tudo isto seja colocado em prática, toda a estrutura e


profissionais do FC Porto investem e procuram formar os seus treinadores e
estagiários, para que estes obtenham o máximo de conhecimento possível e
conheçam o projeto Dragon Force para posteriormente transmitirem os valores
aos seus atletas. Para além da componente desportiva, também se concentram
em ajudar os atletas e os seus encarregados de educação no processo de
crescimento, prestando apoio em três grandes áreas, como a pedagogia, a
psicologia e na saúde.

O presente relatório é relativo ao estágio curricular, realizado no âmbito


da unidade curricular de Estágio I e II, do 3º ano da Licenciatura em Desporto,
da Universidade do Algarve, e contém os planos de sessão realizados e
implementados, as observações internas e externas, as reflexões dos
seminários, o plano individual de estágio, entre outros.

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Índice

1. Introdução ................................................................................................... 8
2. Revisão de literatura ................................................................................... 9
• Caracterização da modalidade ................................................................ 9
• O treinador de futebol de formação ....................................................... 10
• O treino no futebol de formação ............................................................ 12
• A comunicação e o comportamento dos treinadores ............................. 13
• As fases do desenvolvimento humano .................................................. 14
• A criança e o desporto ........................................................................... 16
3. Plano individual de estágio ...................................................................... 17
• Introdução.............................................................................................. 17
• Intervenção Pedagógica ........................................................................ 18
• Caracterização da Entidade de Estágio................................................. 22
4. Caracterização do jogar “à Porto” .......................................................... 27
• Modelo de jogo ...................................................................................... 27
• Organização ofensiva ............................................................................ 28
• Organização defensiva .......................................................................... 28
• Transição ofensiva................................................................................. 28
• Transição defensiva............................................................................... 29
• Microciclo de treino ................................................................................ 29
• Organização e planeamento da sessão de treino ................................. 32
5. Relatórios Quinzenais .............................................................................. 33
• Relatório Quinzenal nº1 ......................................................................... 33
• Relatório Quinzenal nº2 ......................................................................... 38
• Relatório Quinzenal nº3 ......................................................................... 43
6. Seminários................................................................................................. 49
• Seminário 1: “Exercício físico na gravidez”............................................ 49
• Seminário 2: “À Conversa com Atletas Olímpicos” ................................ 52
• Seminário 3: “Mesa Redonda: Educação Física de miúdos a graúdos” 56
• Seminário 4: “Desportos Náuticos e Desenvolvimento Turístico” por
Ricardo Barradas (Algarve Cruising Center). ........................................ 59
• Seminário 5: “Treino de Alto Rendimento em Águas Abertas” por Daniel
Viegas (Diretor Técnico Nacional de águas abertas)............................. 62
7. Atas de Reunião ........................................................................................ 65

5
8. Observações internas............................................................................... 66
• Observação interna 1 ............................................................................ 66
• Observação Interna 2 ............................................................................ 69
• Observação interna 3 ............................................................................ 72
• Observação interna 4 ............................................................................ 76
• Observação interna 5 ............................................................................ 80
• Observação interna 6 ............................................................................ 83
• Observação interna 7 ............................................................................ 87
• Observação interna 8 ............................................................................ 90
• Observação interna 9 ............................................................................ 94
• Observação interna 10 .......................................................................... 97
• Observação Interna 11 .......................................................................... 99
• Observação Interna 12 ........................................................................ 102
• Observação Interna 13 ........................................................................ 106
• Observação Interna 14 ........................................................................ 109
• Observação Interna 15 ........................................................................ 112
• Observação Interna 16 ........................................................................ 115
• Observação Interna 17 ........................................................................ 119
• Observação Interna 18 ........................................................................ 122
• Observação Interna 19 ........................................................................ 125
• Observação Interna 20 ........................................................................ 129
9. Observações externas ............................................................................ 132
• Observação externa 1 ......................................................................... 132
• Observação externa 2 ......................................................................... 136
• Observação Externa 3 ......................................................................... 140
• Observação Externa 4 ......................................................................... 143
10. Planos de sessão realizados ................................................................. 147
• Iniciação/Básico ................................................................................... 147
• Intermédio/avançado ........................................................................... 179
• Reflexão .............................................................................................. 180
11. Scouting................................................................................................... 181
12. Projeto de estágio “Taça de “Skills” ..................................................... 183
• Gestão do âmbito ................................................................................ 183
• Visão Geral do Projeto......................................................................... 183
Objetivos do Projeto ................................................................................ 185

6
Justificação Empresarial .......................................................................... 185
• Gestão do Tempo ................................................................................ 186
WBS......................................................................................................... 186
• Gestão dos Recursos Humanos .......................................................... 186
Distribuição de tarefas ............................................................................. 187
• Gestão de Recursos Materiais ............................................................ 188
• Gestão Financeira ............................................................................... 189
• Parceria ............................................................................................... 189
• Gestão da Comunicação ..................................................................... 189
Comunicação interna ............................................................................... 189
Contactos................................................................................................. 189
Comunicação externa .............................................................................. 189
• Gestão de Risco .................................................................................. 190
• Gestão de Qualidade ........................................................................... 191
• Reflexão sobre o Projeto de Estágio ................................................... 192
13. Reflexão final........................................................................................... 195
14. Bibliografia .............................................................................................. 197
15. Anexos ..................................................................................................... 198
• Mapa de presenças ............................................................................. 198
• Poster .................................................................................................. 202
• “Taça de Skills”- Termo de Abertura .................................................... 203
• Certificados de Formação.................................................................... 215

7
Introdução

O presente relatório é relativo ao estágio curricular, realizado no âmbito


da unidade curricular de Estágio I e II, do 3º ano da Licenciatura em Desporto na
Universidade do Algarve, e este concentra todo o trabalho desenvolvido ao longo
desta UC. A organização de estágio em questão é a Dragon Force Algarve,
projeto desenvolvido pelo Futebol Clube do Porto, e que pretende o
desenvolvimento do futebol de formação.

O mesmo é de cariz teórico-prático e tem como objetivo promover o


conhecimento do funcionamento das organizações, proporcionar vivências em
contexto real, desenvolver a autonomia do estagiário nos processos de
planeamento, enquadramento e avaliação de práticas desportivas, permitir o
contacto com outros profissionais e desenvolver no estagiário a necessidade de
atualização regular. Neste estágio contei com o apoio do supervisor institucional
que me foi atribuído, o professor Doutor João Herculano Carvalho, e como
coordenador cooperante, o treinador Ângelo Caetano, Licenciado em Educação
Física e Desporto, e também coordenador da Dragon Force Algarve.

A escolha da Dragon Force Algarve como entidade de estágio surgiu de


acordo com um gosto pessoal pela área e pela grande vontade de prosperar no
futebol, uma vez que tem todas as condições e uma boa organização que me
permite evoluir como pessoa e profissional. Deste modo, vai permitir-me adquirir
competência ao nível do treino, do scouting de jovens, de análise de treino e
jogo. Por último, também me vai ser dada a oportunidade de participar em
formações organizadas e lecionadas por profissionais do clube.

A Dragon Force Algarve é um projeto criado pelo clube Futebol Clube do


Porto e visa o desenvolvimento dos mais novos no futebol de formação, com
uma filosofia única, em que é partilhada a mesma ideia de jogo, metodologia de
treino e características psicológicas e físicas, com todo o universo Futebol Clube
do Porto e que abrange todas as escolas distribuídas pelo país e noutros
continentes.

Relativamente aos conteúdos abordados neste documento, é um conjunto


de toda a aprendizagem que adquiri ao longo destes três anos da licenciatura,

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de todo o trabalho desenvolvido enquanto estagiário e da constante procura em
saber mais e evoluir como profissional na área do desporto.

Revisão de literatura

Caracterização da modalidade

Segundo Castelo (2004) o futebol enquadra-se no plano dos jogos


desportivos condicionados, no qual os intervenientes são agrupados em duas
equipas numa relação de antagonismo, num confronto de ideias pela conquista
da posse de bola com o objetivo de a introduzir na baliza adversária, com o intuito
de obter a vitória.

Castelo e Matos (2006) elaboraram vários conceitos sobre a modalidade


e dizem que, vou enumerar: O jogo de futebol é um jogo coletivo, engloba
participantes em relações/reações constantes, combatendo pela obtenção da
bola, com uma dimensão estratégica e uma enorme competência de resolução
das ações; O jogo de futebol é um jogo com uma congruência interna, visto que
comporta uma especificidade própria e única, apresenta vários vetores de
organização interligados sucessivamente; O jogo de futebol é um jogo de
decisões, está mais do que comprovado que na lógica da especificidade, o mais
rápido, o mais forte e o mais resistente não obtém o êxito competitivo, mas sim
o mais organizado no conhecimento do jogo sobrevalorizando um saber sobre
um saber fazer; O jogo de futebol é um jogo de múltiplos fatores, sistema aberto
(conexões externas) e dinâmico (não permanece em simetria), onde opera
relações de ordem (organização) e caos (desorganização), e auto-organiza-se
em equilíbrio; O jogo de futebol é um jogo de mudança, dentro dos padrões de
cada jogar, não existe nenhuma igualdade, mas sim uma identidade com o todo,
fractal.

Carneiro (2018) sustenta que a forma como os jogadores desenvolvem as


suas ações dentro do sistema torna-se um dos maiores problemas de resolução
no jogo, visto que o trabalho coletivo tem que ser distribuído pelo individual,
setorial e intersectorial, sem perder a sua eficácia, o que pode comprometer todo
o processo. A forma como criam sinergias positivas, enquadra-se nas missões

9
táticas atribuídas a cada jogador na sua especialização e no seu setor, de forma
a criar articulações eficazes e com sucesso potenciando desta forma o êxito
coletivo.

Posto isto, Quina (2001) afirma que todas as equipas de futebol retratam,
quando joga, uma organização mais ou menos elaborada, visível
fundamentalmente, na forma como os jogadores se colocam no terreno de jogo,
na forma como os jogadores atacam e defendem e na forma como os jogadores
se movimentam para resolverem as situações momentâneas de jogo. Isto é,
segundo Teodorescu (1984), os jogadores têm tarefas individuais no decurso de
jogo em conceitos como as fases do jogo, nos métodos de jogo ofensivo e
defensivo, princípios de jogo ofensivo e defensivo.

O treinador de futebol de formação

Ser treinador implica compromisso, envolvimento, responsabilidade e


conhecimento, de forma a certificar que proporcionam às crianças uma formação
integral. Um bom desempenho desportivo nos treinos e nos jogos vai muito mais
além dos limites físicos do campo e dos resultados quantitativos. A sua
transmissão de valores, tais como o respeito pelo outro, a responsabilidade, o
compromisso e a lealdade, são essenciais.

Para Lage (2019), independentemente dos títulos que se queira


conquistar, o maior contributo que um treinador pode ter na vida dos atletas é a
sua adequada formação. Diz ainda que o que mais valoriza é a preparação e
orientação de um treino organizado, que permita retirar o melhor de cada um e
dê a todos os atletas as mesmas oportunidades de aprender e evoluir no treino.

Daniela Freitas (2021 in “Papel do treinador no desenvolvimento pessoal,


social e escolar da criança”) afirma que a postura, a atitude e o comportamento
adequado do treinador, em diferentes momentos, terá uma forte influência na
aprendizagem e desenvolvimento da criança, uma vez que os treinadores no
futebol de formação são modelos de referência.

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Porém, o trabalho do treinador não se pauta apenas por estas
características e soma ainda as funções de: construir o modelo de jogo; definir
as opções estratégicas e táticas para a equipa; planeamento e execução dos
treinos; realizar as convocatórias; e ter a capacidade de liderar.

A sua intervenção junto da criança será influenciada pelas crenças,


competências e comportamentos de cada um, logo, a eficácia da ação de cada
um depende dos processos de liderança e comunicação. Segundo Loureço e
Ilharco (2007), a construção de uma liderança eficaz, está eminentemente,
ligada à visão do treinador enquanto líder e a sua partilha perante o grupo. É
importante a visão de o líder contemplar ambição, clareza e desafio, mas que
não seja utópica e, quando bem aplicada, pode ser inspiradora para os seus
seguidores.

Garcia de Oro (2012) enumera algumas características que um líder deve


ter: capacidade de comunicar e ouvir; organização e confiança; honestidade;
ambição; empatia; capacidade de delegar; adaptação; e capacidade de gerir
conflitos.

Outro aspeto onde o treinador também pode ter uma grande influência
positiva, é no contexto escolar da criança e nas problemáticas emergentes. Para
Daniela Freitas (2021 in “Papel do treinador no desenvolvimento pessoal, social
e escolar da criança”), abordar o tema em grande grupo para sensibilizar para a
importância da questão, é fundamental. Diz ainda que reforçar aspetos positivos
do comportamento e atitude que a criança tem no treino, é importante e que os
devem transportar para o contexto de sala de aula. Outro dos exemplos dado
pela autora é que, devemos demonstrar que para melhorar e potenciar as
diferentes habilidades futebolísticas é necessário fazê-lo através de diferentes
exercícios, e na escola é necessário adequar o estudo às diferentes disciplinas,
utilizando estratégias distintas. O treino e o jogo vão contribuir para uma prática
escolar sustentada, e é onde a criança desenvolve competências e adquire
estratégias para utilizar nas diferentes problemáticas do âmbito escolar.

Por fim, outra das grandes dúvidas do futebol de formação é saber se é


essencial dar prioridade à vitória ou ao desenvolvimento. No meu entender o
resultado não deve ser o barómetro no futebol de formação pois este trata-se de

11
um longo e contínuo processo de aprendizagem onde acontecem naturalmente
derrotas. Para Bruno Lage (2019) não há equipas que entrem em campo para
não ganhar pois faz parte da natureza do jogo, jogá-lo e tentar vencê-lo. Incutir
a maior ambição, motivação e superação possíveis na procura da vitória é

apenas uma das muitas funções do treinador, e o que é determinante, para o


positivo ou para o negativo, e pode condicionar o processo de formação dos
jovens atletas, é a importância e o significado que se dá ao resultado.

O treino no futebol de formação

Segundo Ramos (2009), o treino deverá perseguir os objetivos de


desenvolvimento das capacidades dos jogadores, utilizando formas cuja
natureza contenham os restantes elementos do jogo e sob uma atmosfera o mais
próximo possível da que impera na atividade competitiva, sendo que o objetivo
central do treino é a melhoria do rendimento desportivo que se expressa em
competição, logo os fatores que interessa melhorar são os que influenciam a
capacidade competitiva dos praticantes.

Vilar (2008) afirma que o treino pretende permitir aos jogadores afinarem
a sua relação com o contexto competitivo em geral e com as suas invariantes
informacionais-chave, ficando a mesma armazenada na memória dos sujeitos
sob a forma de representações, e para se atingir este objetivo a abordagem
baseada nos constrangimentos é a que melhor permite a construção de um
modelo de treino, onde a tomada de decisão de um jogador tem um papel
preponderante, pois ao ser direcionada para um objetivo e sendo integrada numa
organização de equipa, ocorre em função da interação dos seus próprios
constrangimentos, com os do ambiente envolvente e com a tarefa em particular,
permitindo aos atletas e equipas elevarem o seu rendimento, por meio de uma
melhor organização e articulação dos seus membros constituintes, tendo em
vista a competição.

Lage (2019) afirma que independentemente da natureza do seu treino,


todo o treinador deve ter como objetivo ensinar o jogo e desenvolver
competências nos seus jogadores para que estes tenham capacidade de jogar.

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Esta deve ser a principal função do treinador no processo de formação e é pela
qualidade do seu treino que se deve distinguir. Prossegue dizendo que é
fundamental que o desenvolvimento da técnica individual seja bastante
estimulado, que o atleta em formação seja constantemente encorajado a
aperfeiçoar as suas habilidades técnicas e quanto mais cedo isso acontecer
melhor, pois é nas idades mais baixas que a técnica pode e deve ser
desenvolvida.

A comunicação e o comportamento dos treinadores

Santos e Pinheiro (2020) referem que um treinador pode dominar todos


os conhecimentos relativos ao treino e à competição, no entanto as
competências ao nível da comunicação têm se mostrado relevantes para o
sucesso da sua atividade

Araújo (2016) diz que para alcançar o respetivo empenho e entusiasmo


daqueles que dirige o treinador precisa, entretanto, saber qual o seu impacto
comunicacional e se possui um grau de influência suficiente em todos eles.

De acordo com o “Modelo Multidimensional de Liderança” de Chelladurai


(1984) a eficácia da liderança depende da interação entre as características do
líder (formação desportiva, capacidade intelectual e instrumental, personalidade,
habilidades interpessoais, experiência e tomada de decisões), características
dos atletas (nível de maturidade biológica e psicológica, idade, género,
experiência e motivação) e o contexto (tamanho do grupo, estrutura formal da
organização, objetivos a alcançar, normas e valores em vigor, fatores da tarefa,
modalidade e importância da competição/jogo).

Durante o treino, para além das tarefas relacionadas com o planeamento,


organização, controlo e gestão, o treinador emite instrução, que se pretende que
seja de qualidade, com o objetivo de contribuir para a eficácia do mesmo.
Segundo Jowett, Nicolas e Yang (2017) os treinadores são responsáveis por
fornecer feedback, corrigir erros, garantir a compreensão, reforçando,
demonstrando, descrevendo e explicando. Santos e Pinheiro (2020) afirmam que
a instrução emitida no decorrer da prática dos exercícios de treino tem como

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principal objetivo, através de frases curtas e concisas, alertar os jogadores para
aspetos específicos a ter em atenção, bem como a reagir às ações e
comportamentos dos jogadores, grupo de jogadores ou equipa através de
feedback.

Durante a competição, Launder e Piltz (1999) dizem que o treinador pode


influenciar o rumo dos jogos através de alterações táticas e substituição de
jogadores, sendo fundamental a análise de jogo das duas equipas. Segundo os
mesmos autores, a observação e análise, por parte do treinador, deve passar
por verificar o sistema de jogo, métodos de jogo, missões táticas dos jogadores,
ver se a sua equipa está a cumprir a planificação tático-estratégica e tirar partido
das substituições.

Relativamente ao trabalho com jovens e crianças da formação devemos


ter em conta cada fase do desenvolvimento da criança uma vez que a criança
está a contruir o seu conhecimento, posto isto, Siedentop (1991) afirma que a
instrução se define como os comportamentos de ensino que fazem parte do
reportório do treinador para comunicar informação substantiva. A sua eficácia na
condução do processo de treino é o resultado do seu comportamento de
instrução, dado esta ser responsável pela estruturação e modificação das
situações de aprendizagem, proporcionando a própria aprendizagem. Rink
(1996) diz que neste processo de instrução o treinador é confrontado com a
preocupação de que tipo de linguagem utilizar, a seleção de informação
relevante e de como e quando transmitir essa informação aos alunos.

As fases do desenvolvimento humano

Cada fase do desenvolvimento é caracterizada por um momento em que


a criança constrói o seu conhecimento. As idades-limites de duração nessas
fases são valores intermediários, isto é, não se muda de uma fase para outra em
uma data definida, variando em função de vários fatores.

Segundo a pirâmide de desenvolvimento motor de Gallahue (1982), as


fases do desenvolvimento motor são constituídas pela fase dos movimentos
reflexos (até 1 ano), fase dos movimentos rudimentares (até 2 anos), fase dos

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movimentos básicos (até 7 anos, maturo elementar inicial) e fase dos
movimentos desportivos (dos 7 anos em diante, especialização específico geral).
Relativamente às fases do desenvolvimento humano, e que são acompanhadas
nas escolas Dragon Force, estas são a segunda infância, terceira infância e
adolescência. O material de apoio ao treinador, desenvolvido pelo departamento
de psicologia Dragon Force (2021) diz o seguinte:

A segunda infância ocorre entre os 2 e os 5 anos, e é caracterizada por


um crescimento rápido e constante, são normalmente egocêntricos e o seu estilo
de pensamento também o é, são muito focados no “eu para o eu”, têm uma
imaturidade cognitiva na aprendizagem pois é muito à base da imaginação, e a
sua integração social é baseada na família.

A terceira infância ocorre entre os 5 e os 7 anos, e é caracterizada por um


crescimento constante e mais variável, são altruístas, o pensamento continua a
ser egocêntrico, a sua aprendizagem é determinada pela moldagem, ou seja,
eles absorvem tudo o que ouvem e veem, e a sua integração social continua a
ser a família, porém já há início de amizades.

Ainda na terceira infância, mas dos 7 aos 11 anos, esta é caracterizada


por um crescimento estável, a sua especificidade emocional é baseada no
autoconceito, ou seja, são avaliações que o indivíduo tem de si próprio, e o seu
estilo de pensamento já é mais concreto e objetivo, a sua aprendizagem
desenvolve-se muito ao nível das habilidades de memória e linguagem, e a sua
integração social começa a desenvolver-se, uma vez que os colegas assumem
importância.

A adolescência ocorre dos 11 aos 18 anos, e é caracterizada por um


crescimento estável ou precoce e rápido, a sua especificidade emocional é volátil
e busca pela sua identidade, tem um pensamento imaturo e abstrato, com
tendência para fazer julgamento morais, a sua aprendizagem já é característica
de respeito, desafio e raciocínio científico, e a sua integração social é fortemente
influenciada pelos outros.

15
A criança e o desporto

Se é certo que nas primeiras idades o desenvolvimento se processa a


partir de uma estimulação casual, explicado como parte de um processo
maturacional que resulta da imitação, tentativa e erro e liberdade de movimento,
é também verdade que as crianças, quando expostas a uma estimulação
organizada, em que as circunstâncias sejam apropriadamente encorajadoras, as
suas capacidades e habilidades motoras tendem a desenvolver-se para além do
que é normalmente esperado (Lopes, 1997; Neto & Piéron, 1993; Neto, 1987).
No âmbito da motricidade infantil, os autores Pangrazi, Chmokos & Massoney
(1981) afirmam que os anos críticos para a aprendizagem das habilidades
motoras situam-se entre os 3 e os 9/10 anos de idade. Depois, talvez nada do
que nós aprendemos seja completamente novo. Os anos seguintes são a
continuação do processo de evolução dos “standards” da maturação.

Neto (2004) diz que tendo em atenção as características do crescimento


e desenvolvimento motor nestes níveis de escolaridade (3 aos 10 anos), a
literatura científica produzida até então, indica várias áreas do desenvolvimento
humano em que a prática de atividades motoras (através dos efeitos produzidos
pelo exercício físico, jogo ou habilidades motoras) têm um efeito evidente: no
desenvolvimento físico (ósseo, muscular, cardiovascular e controlo da
obesidade); no desenvolvimento de habilidades não-locomotoras (posturais),
locomotoras (transporte do corpo) e manipulativas (controlo e transporte de
objetos); no desenvolvimento percetivo-motor.

Edwar Santos Santana (2012), refere que é através dos movimentos e


das ações que a criança expressará os seus sentimentos e a sua forma de
pensar. Ainda, segundo o autor, durante as atividades físicas, através de cada
ação que a criança expressa, o professor ou treinador verificará as suas
carências e dificuldades. Todo em qualquer ato revela a sua personalidade, e
assim o educador poderá auxiliar a criança, melhorando o seu desenvolvimento.

Neste sentido, é possível constatar que o desporto na criança é de


extrema importância para um desenvolvimento motor, social e afetivo, e também
promove um estilo de vida saudável desde cedo.

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Plano individual de estágio

Introdução

De acordo com o que está estabelecido no plano de estudos antigo da


Licenciatura em Desporto da Universidade do Algarve, o terceiro ano tem como
unidade curricular o Estágio, e este está dividido em dois semestres (Estágio I e
Estágio II). Porém, dado que existe um novo plano de estudos em
funcionamento, este plano antigo vai deixar de estar em vigor no fim do ano de
2021, e a título excecional, os dois momentos de estágio serão realizados
apenas num semestre, mas mantendo os mesmos parâmetros de avaliação.

O mesmo é de cariz teórico-prático e tem como objetivo promover o


conhecimento do funcionamento das organizações, proporcionar vivências em
contexto real, desenvolver a autonomia do estagiário nos processos de
planeamento, enquadramento e avaliação de práticas desportivas, permitir o
contacto com outros profissionais e desenvolver no estagiário a necessidade de
atualização regular.

Conforme o que está descrito no regulamento de estágio, foi proposto a


realização de um plano individual de estágio (PIE) onde caracterizamos de forma
pormenorizada a entidade de estágio e quais as atividades a desenvolver ao
longo do semestre. A realização deste documento tem como finalidade auxiliar
o supervisor institucional que me foi atribuído, o professor Doutor João Herculano
Carvalho, de modo a tomar conhecimento de como irá funcionar o estágio, as
atividades, a calendarização, horários, e controlar se os objetivos estão a ser
cumpridos por parte do aluno e da entidade acolhedora.

A escolha da Dragon Force Algarve como entidade de estágio surgiu de


acordo com um gosto pessoal pela área e pela grande vontade de prosperar no
futebol, uma vez que tem todas as condições e uma boa organização que me
permite evoluir como pessoa e profissional. Deste modo, vai permitir-me adquirir
competência ao nível do treino, do scouting de jovens, de análise de treino e
jogo. Por último, também me vai ser dada a oportunidade de participar em
formações organizadas e lecionadas por profissionais do clube.

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A Dragon Force Algarve é um projeto criado pelo clube Futebol Clube do
Porto e visa o desenvolvimento dos mais novos no futebol de formação, com
uma filosofia única, em que é partilhada a mesma ideia de jogo, metodologia de
treino e características psicológicas e físicas, com todo o universo Futebol Clube
do Porto e que abrange todas as escolas distribuídas pelo país e noutros
continentes.

O plano individual de estágio (PIE) estará dividido em três partes, sendo


a primeira parte sobre a intervenção pedagógica, seguido das tarefas de estágio
e por último a caracterização da entidade de estágio.

Intervenção Pedagógica

Caracterização da entidade de estágio

O Estágio I e II terão duração de doze semanas e iniciou oficialmente no


dia 13 de setembro de 2021 e terminará no dia 18 de dezembro de 2021. Contará
com 400 horas, sendo que dessas horas, 120 são dedicadas ao trabalho
presencial no local de estágio e 280 dedicadas ao trabalho autónomo. Uma vez
que eu já estava inserido no departamento de scouting do FC Porto, o
coordenador da Dragon Force, treinador e supervisor cooperante Ângelo
Caetano, contactou-me para iniciar no início da época, dia 01 de setembro de
2021.

Após reunião inicial com o supervisor cooperante sobre as atividades a


desenvolver, ficou estabelecido que irei ficar com as equipas de
Iniciação/Básico, Intermédio/Avançado (a iniciar no dia 06 de outubro de 2021)
e Sub-12, como treinador-adjunto, assim como também continuarei no
departamento de scouting do FC Porto.

A tabela seguinte representa o horário de trabalho semanal que irei


realizar na entidade de estágio e dos seminários propostos pela universidade.

18
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
Seminário
14h30-16h30
Treino Treino Jogo ou Jogo ou
17h30-18h30 17h30-18h30 Scouting Scouting
Treino Treino Treino Treino Treino
18h30-20h00 18h30-20h00 18h30-20h00 18h30-20h00 18h30-20h00
(inicia em Out) (inicia em Out)

Objetivos

Objetivos Gerais
Segundo o Regulamento de Estágio do Curso de Desporto da Escola
Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve, estes
objetivos passam por:

- Promover o conhecimento da estrutura e da dinâmica das organizações;

- Proporcionar a vivência de situações no domínio da organização e


gestão de projetos desportivos;

- Participar e autonomizar o estagiário nos processos de planeamento,


enquadramento e avaliação de práticas desportivas;

- Permitir o contato com outros profissionais que possam contribuir, pelo


seu conhecimento e experiência, para a sua formação;

- Desenvolver no estagiário a necessidade de uma constante atualização


nos domínios da investigação e do conhecimento científico, pedagógico e
tecnológico.

Objetivos Específicos
- Observar e extrair o máximo de conhecimento;

- Criar uma rede de contactos e boa ligação com o universo Dragon Force
e FC Porto;

- Respeitar as macro referências do “jogar à Porto”;

- Elaborar e implementar unidades de treino nos escalões em que estou


inserido;

19
- Desenvolver competências metodológicas e de organização;

- Desenvolver competências de observação e elaboração de relatórios no


scouting.

Atividades
Embora ainda estejamos em período de pandemia do Covid-19, a época
2021/2022 iniciou de forma normal no que diz respeito ao treino propriamente
dito, havendo apenas algumas pequenas restrições que em nada afetam o
treino. Contudo a Dragon Force continua a ter medidas de prevenção que são
cumpridas de forma efetiva e rigorosa.

Assim sendo, e como estou numa fase inicial do estágio, as minhas


tarefas passam por ser de muita observação e de ajuda naquilo que é a
implementação da unidade de treino. No entanto, como tenho o gosto pela
modalidade e tenho de ganhar autonomia, em conjunto com os treinadores
principais dos escalões em que estou inserido, irei começar a elaborar e
implementar as sessões. Cada plano de sessão de treino elaborada será
entregue com uma semana de antecedência ao supervisor cooperante para
aprovação.

Relativamente às atividades de fim de semana, irei estar envolvido nos


jogos do escalão em que estou inserido (Sub-12) e na observação de atletas
sempre que me for solicitado pelo departamento de scouting do FC Porto.

Tarefas de Estágio

Relatórios Quinzenais
Os relatórios quinzenais têm como finalidade o seguimento do trabalho
que está a ser realizado no estágio, por parte do supervisor institucional. Este
retrata aquilo que foi o meu trabalho, os pontos fortes e fracos, as atividades que
realizei e por fim uma reflexão final sobre a quinzena. Antes da entrega final e
como acordado com o supervisor cooperante, este terá acesso ao documento
uma semana antes da data de entrega para aprovação.

20
Relatórios de Observação

A conceção dos relatórios de observação permite-me discriminar de forma


detalhada aquilo que foi a implementação do treino e o comportamento do
treinador durante o mesmo, e por fim será feita uma reflexão ou análise de
opinião pessoal sobre o que foi observado. Esta é também uma forma de
aprender com outros treinadores as suas metodologias, como lidam com as
adversidades e como se relacionam com todos os intervenientes.

Serão feitas dez observações internas, na entidade de estágio em que


estou inserido, e outras duas externas, em locais de estágio de outros alunos.

Atas de Reunião
Devido às normas de privacidade e confidencialidade da organização, não
possui incluir quaisquer atas de reunião no dossier final.

Cronograma

Calendarização

I/B- Iniciação/Básico I/A- Intermédio/Avançado S12- Sub 12 JS12- Jogo Sub 12

21
Seminários
Carece de confirmação por parte do professor.

Caracterização da Entidade de Estágio

Caracterização Externa
Dragon Force Algarve

Dados do Clube
Nome Dragon Force Algarve Fundação 2014
Email dragonforce.algarve@fcporto.pt Telefone 967820770
Local Estádio Municipal de Almancil Localidade Loulé
Rua Rua Cristóvão Pires Norte Código 8135-138
Postal Almancil
O clube tem estatuto de utilidade publica

Instalações
Estádio Municipal de Almancil
Relva sintética
Iluminação artificial
500 lugares sentados
Três balneários: dois para as equipas
e um para os árbitros
Gabinete médico
Bar
Anexo para material (por baixo da
bancada)
Parque de estacionamento exterior
Escritório Dragon Force (contentor)

Campo Principal
Este campo é equipado com um relvado sintético, apresenta as
dimensões legais, e serve não só para os treinos Dragon Force, como para o
clube local, o Internacional de Almancil, treinar e disputar as competições que
está inserido.

22
Material

Material
- 100 cones pequenos;
- 20 Pinos grandes;
- 7 sacos/redes de bolas;
- 15 bolas New Balance nº3;
- 40 bolas New Balance nº4;
- 30 bolas New Balance nº5;
- 2 balizas PVC nº1 (1x1);
- 2 balizas PVC nº3 (1,5x2);
- 1 baliza PVC nº5 (2x3);
- 40 coletes New Balance tamanho S
Material Dragon Force (laranja, amarelo, verde e branco, 10
cada cor);
- 40 coletes New Balance tamanho M
(laranja, amarelo, verde e branco, 10
cada cor);
- 40 coletes New Balance tamanho L
(laranja, amarelo, verde e branco, 10
cada cor);
- 40 coletes New Balance tamanho
XL (laranja, amarelo, verde e branco,
10 cada cor).
Material do Estádio - 4 balizas futebol 7;
- 3 balizas futebol 11.

Caracterização Interna

Política de Qualidade- Intenção estratégica


- Posicionar e consolidar a Dragon Force como a melhor escola de
formação em Portugal;

- Ser o maior fornecedor de atletas para a formação do FC Porto;

- Maximizar satisfação dos alunos, encarregados de educação e


parceiros;

- Continuar a expandir de forma sustentável a nível nacional;

- Manter elevados padrões de qualidade;

- Continuar a expandir de forma cirúrgica a nível internacional, usando os


World Camps como ferramenta de penetração em novos mercados.

23
Missão Dragon Force
Posicionar e consolidar a Dragon Force como a melhor escola de
formação em Portugal, garantindo a satisfação dos alunos, encarregados de
educação, parceiros e colaboradores, sempre sob elevados padrões de
qualidade e responsabilidade social.

Visão Dragon Force


A Dragon Force é um projeto que privilegia o crescimento sustentado de
todos os seus alunos, através de uma metodologia desportiva e pedagógica
inovadora

Objetivos da Escola Dragon Force


A Dragon Force aposta na qualificação dos treinadores e métodos de
trabalho com assinatura FC Porto. É o espaço ideal para os jovens com idade
compreendida entre os 4 e os 15 anos, com vocação para o futebol,
desenvolverem as suas aptidões.

A escola de futebol Dragon Force tem como principais objetivos:

- DESENVOLVER AS CAPACIDADES DOS ALUNOS (Estimular a


prática desportiva e potenciar as competências técnicas dos alunos para jogar
futebol);

- EXPLORAR NOVAS ÁREAS DE SCOUTING (Ser a maior fonte de


captação para o futebol de formação);

- INOVAR NA EDUCAÇÃO (Através de um acompanhamento próximo e


articulado ajudar os pais no processo de crescimento de melhores atletas e
cidadãos);

- APROXIMAR OS ADEPTOS MAIS JOVENS (Com uma linguagem


jovem e com a expansão territorial, aumentar o nível de adeptos e sócios a nível
nacional e internacional);

- RESPONSABILIDADE SOCIAL (Dar a oportunidade a crianças


institucionalizadas de fazerem e poderem evoluir nas escolas de futebol DF);

24
- SER AUTO-SUSTENTÁVEL (Ter um serviço de qualidade que atraia
muitos alunos e que possa ser uma ferramenta de comunicação importante para
parceiros e sponsors).

Planeamento
A Dragon Force tem o seu modelo de aprendizagem dividido em três
fases:

- 1ª fase: criação das primeiras interações com a bola, de modo a provocar


os primeiros estímulos aos escalões mais novos;

- 2ª fase: ensino das componentes técnicas e táticas aos atletas, de modo


a começarem a aprender o futebol em si e os seus modelos, ensinando da
mesma forma em todas as escolas Dragon Force, para que a forma com que as
equipas se apresentem a competir seja sempre a mesma. Aqui inicia-se o
processo competitivo dos jogadores, vivenciando pela primeira vez a
responsabilidade de jogar e defender as cores do FC Porto;

- 3ª fase: nos atletas que se destacam, a passagem para o escalão de


Elite, para poder aumentar a fasquia de treino e competição, promovendo o alto
rendimento físico, técnico, tático e psicológico, competindo num escalão acima
à sua idade, para que o jogador possa continuar a evoluir.

Caracterização dos Escalões de Formação Dragon Force Algarve


Escalão Ano de Nascimento Formato Número de
Atletas
Iniciação/Básico 2014/2015/2016/2017 Taças Internas 19

Intermédio/Avançado 2010/2011/2012/2013 Taças Internas 15

Sub-10 Elite 2012/2013/2014 Futebol 7 11


Sub-13 Elite 2009/2010 Futebol 9 20
Sub-12 DF 2010/2011 Futebol 7 15
Sub-15 DF 2007/2008/2009 Futebol 11 22

25
Recursos Financeiros
A Dragon Force obtém receita proveniente das mensalidades dos atletas
de formação, que por sua vez é reinvestida na renovação dos materiais e nos
profissionais dentro da instituição.

Recursos Humanos
Organograma

Caracterização da Equipa Técnica


Nome Formação Cargo

Ângelo Caetano Licenciatura em Desporto e Coordenador Técnico


Educação Física (FADEUP) Treinador Principal
Nuno Basto Curso nacional de dirigente Team Manager
desportivo
Nuno Ramos Nível II de treinador Treinador Principal
Licenciatura em Educação
Física
Luís Afonso Nível II de treinador Licenciado Treinador Principal
em Educação Física Pós-
Graduação em Sports
Preformance Scouting nível II
João Mestre Nível I de treinador Treinador Principal
Pedro Mendes Nível I de treinador Treinador Principal
José Gonçalves Diversos Cursos de treino Treinador de guarda-redes
específico de guarda-redes
Nélson Moreira Nivel I de treinador tirado em Estagiário
Inglaterra

26
Diversos cursos da Barcelona
Universitas
Luís Rocha Nível I de treinador Estagiário
Sara Fernandes Licenciada em Fisioterapia Fisioterapeuta
Marisa Gerardo A frequentar licenciatura em Nutricionista (estagiária)
nutrição

Caracterização do jogar “à Porto”

Modelo de jogo

Dentro de uma organização ou equipa de futebol, é comum haver uma


organização tática definida e implementada pelo treinador e a sua equipa
técnica, e que é suportada por um conjunto de princípios que têm como objetivo
conferir uma identidade própria à equipa, ou seja, forma de jogar. Para que tal
aconteça, devemos treinar conforme queremos jogar pois é no treino que
criamos adaptações comportamentais. Silva (2008) constata que que o processo
de treino deve ter por base um modelo consubstanciado num conjunto de
princípios que servirão de referência à condução do mesmo e que,
concomitantemente, permitirão dotar a equipa com determinadas regularidades
ou padrões.

Como salienta Castelo (2009), é importante assegurar-se dentro de uma


equipa uma linguagem comum, para que os jogadores possam atribuir um
significado homogéneo às várias situações de jogo e, consequentemente,
determinar-se um quadro relacional de participação ativa na racionalização dos
comportamentos técnico-táticos. O autor refere ainda que, devemos ter em conta
não só as ideias do treinador e as características dos jogadores como, também,
a própria instituição como uma macroestrutura carregada de tradição, valores e
identidade que consubstanciam uma forma de jogar.

Na Dragon Force e em todo o universo Futebol Clube do Porto, o modelo


de jogo está sujeito a um conjunto de princípios afixados no Manual do Treinador
Dragon Force, mas deve respeitar a essência do clube, como a procura
agressiva do golo, a reação muito forte à perda da bola e uma equipa coesa e
solidária com e sem bola. Para dar resposta a estes princípios e construir um
modelo de jogo que concorra para a essência FC Porto, devemos ter em conta

27
os seguintes aspetos: que jogadores temos; qual o contexto competitivo; qual o
contexto da escola DF; a idade dos jogadores; os objetivos da equipa; o meu
estilo de liderança; entre outros.

Antes de enumerar os referenciais gerais definidos para as escolas


Dragon Force, nos quatro momentos de jogo, é de realçar que existe um critério
que é comum a todos os momentos e deveras importante, o critério segurança.
Ou seja, para cada ação que a equipa realize, deve sempre ter atenção para não
comprometer a sua equipa ou a baliza.

Organização ofensiva

• Chegar à baliza adversária o mais cedo possível, quer seja em vertigem


(jogo direto) ou em posse de bola (ataque organizado);
• Chegar à baliza adversária o maior número de vezes possível;
• Alternância entre o jogar longo-curto quando iniciamos a jogada a partir
do guarda-redes ou mesmo no decorrer da jogada, com o critério de
chegar o mais rapidamente possível à baliza;
• Sem perda da posse de bola até chegar à baliza adversária.

Organização defensiva

• Defender alto para recuperar a bola o mais perto possível da baliza


adversária;
• Saber defender com o bloco médio e baixo, ou seja, em bloco defensivo;
• Manter sempre o bloco junto e compacto (equipa curta em largura e
profundidade);
• Equipa pressionante, agressiva e voluntariosa;
• Tentar recuperar a bola o mais perto da baliza adversária, o mais rápido
possível.

Transição ofensiva

• Atacar a profundidade entre setores ou entre a linha defensiva e guarda-


redes;
• Chegar o mais rapidamente possível à baliza adversária;

28
• Sair da zona de perda de bola para ganhar tempo e espaço, para iniciar
um novo momento ofensivo.

Transição defensiva

• Reagir de forma individual e coletiva à perda da bola, de forma agressiva;


• Recuperar a bola o mais rapidamente possível;
• Condicionar o adversário para não permitir a saída da bola em zona da
perda da mesma.

Microciclo de treino

De acordo Castelo e Matos (2009) os microciclos são entendidos como o


conjunto de treinos e competições que se realizam ao longo de sete dias, isto é,
uma semana, na medida em que estão de acordo com o regime geral da vida
dos praticantes.

Valter Pinheiro, Bruno Batista e Fernando Santos (2020) afirmam que o


planeamento do microciclo semanal é uma tarefa na qual deverá ter em conta
os seguintes aspetos:

• Número de treinos a realizar, bem como os horários dos mesmos;


• Número de competições a realizar;
• Momentos para analisar os vídeos dos adversários e da própria equipa;
• Horários das refeições;
• Dias e horários dos treinos de força no ginásio.

Num microciclo com uma competição semanal de Domingo a Domingo, a


distribuição dos treinos pelos diferentes dias da semana, poder-se-á realizar da
seguinte forma

Microciclo uni competitivo (equipa inserida apenas numa competição)


2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira Sábado Domingo

Recuperação? Recuperação? Força de Resistência Velocidade Afinação competição


Folga? Folga? contração/ de de para o
Ginásio? Espaços contração/ contração jogo
reduzidos Espaços
grandes

29
Domingo- jogo oficial.

Segunda-feira- treino de recuperação ou folga têm as suas vantagens,


porém também desvantagens.

Vantagens do treino de recuperação:

• Acelera a recuperação fisiológica;


• Permite diferenciar o trabalho a realizar em relação aos que jogaram e
àqueles que não jogaram, recuperando os primeiros e treinando com
exigência os segundos.

Desvantagens do treino de recuperação:

• Inviabiliza ou torna mais difícil aos atletas passarem tempo em família,


quando esta se encontra longe.

Vantagens da folga:

• Recuperação da fadiga mental;


• Permitir aos atletas que têm família noutra parte geográfica de Portugal
poderem passar o dia com os mesmos.

Desvantagens da folga:

• Obriga a que haja no dia do jogo, treinos de atletas não convocados, a fim
de os mesmos não terem dupla folga.

Terça-feira- este dia pode ser encarado como o primeiro treino da


semana, ou como folga. Dependendo dos atletas que jogaram e não jogaram.

Para os que jogaram no jogo anterior, realizarão um treino de


recuperação, com exercícios que não provoquem muita fadiga. Porém, os
jogadores que não foram utilizados, ou seja, não foram submetidos à carga física
e mental no jogo anterior, serão sujeitos a treinos como jogos reduzidos e
condicionados para que exercitem às intensidades fisiológicas semelhantes às
da competição. Para isso basta manipular os constrangimentos da tarefa, como
o espaço do exercício, número de atletas, tempo de exercício e o de
recuperação.

30
Quarta-feira- segundo Clemente e Mendes (2015) este treino é
caracterizado pela força de contração, usando espaços reduzidos, como tal,
preconiza-se a utilização de jogos muito reduzidos (1x1; 2x1; 2x2...) em espaços
também eles muito reduzidos, apelando a elevadas velocidades de contração
muscular, porém de curta duração e elevada tensão. Oliveira (2015) afirma que
a ideia do número de atletas e espaço reduzido é a de aumentar a participação
individual de cada jogador, apelando sobretudo a contrações de natureza
excêntrica, manifesta em ações como saltar, travar, acelerar e mudar de direção.

Tendo isto em conta, devemos conciliar com o propósito tático do nosso


modelo de jogo, isto é, quando escolhemos os exercícios, o foco não pode ser
só a dimensão física e fisiológica, também devemos ter em conta a dimensão
tática.

Quinta-feira- neste treino apela-se a contrações musculares com maior


duração, porém reduz-se a tensão e a velocidade das mesmas. São realizados
exercícios com mais atletas e em espaços grandes, que se assemelhem mais
aos espaços reais de jogo (7x7; 8x8...). Para Clemente e Mendes (2015) este
tipo de treino acarretará um aumento da concentração de lactato sanguíneo bem
como da fadiga acumulada pelos atletas, razão pela qual aparece neste dia, por
se encontrar temporalmente mais distante do jogo anterior e daquele que se vai
disputar.

Sexta-feira- Carvalhal, Lage e Oliveira (2014) reiteram que neste dia se


realizam jogos com elevada velocidade de contração muscular, porém de curta
duração e de tensão não máxima. Tendo isto em conta, Clemente e Mendes
(2015) preconizam a realização de jogos em espaços pequenos ou médios, com
reduzido número de jogadores e reduzido número de repetições, evitando
contactos diretos com os adversários.

Sábado- este dia serve para afinar o plano estratégico para o jogo, como
os pormenores, zonas de pressão, esquemas táticos ofensivos e defensivos,
entre outros.

No Manual Técnico da Dragon Force, a planificação semanal do


microciclo é divido em três sessões de treino, com o jogo ao Sábado, quando
em período competitivo.

31
2ª feira 3ª feira 5ª feira Sábado
Força Resistência Velocidade Jogo

Organização e planeamento da sessão de treino

Segundo o Manual Técnico da Dragon Force, “o treino, para ser jogo, tem
que ter oposição, imprevisibilidade e competição”, como tal, o tempo da prática
é condição fundamental. Posto isto, a construção do exercício tem de respeitar
três pilares importantes: quantidade da prática; qualidade da prática;
postura/emoção/mentalidade.

Quantidade da prática- diz respeito às variáveis a privilegiar para a


exercitação dos conteúdos de treino.

• Tempo de exercitação;
• Configurações base;
• Espaço de jogo (dimensões);
• Superioridades/inferioridades;
• Regras;
• Número de jogadores e composição das equipas;
• Balizas (tamanho e número);
• Desempenho/recuperação.

Qualidade da prática- diz respeito aos “ingredientes” que aplicamos, ou seja,


constrangimentos da tarefa.

• Competição (sempre presente);


• Ajuste nos níveis de desempenho;
• Criação de desafios/problemas (dificuldade);
• Variabilidade/liberdade;
• Paixão.

Devemos ainda ter em conta cada fase do desenvolvimento da criança uma


vez que a criança está a contruir o seu conhecimento, posto isto, Siedentop
(1991) afirma que a instrução se define como os comportamentos de ensino que
fazem parte do reportório do treinador para comunicar informação substantiva.

32
A sua eficácia na condução do processo de treino é o resultado do seu
comportamento de instrução, dado esta ser responsável pela estruturação e
modificação das situações de aprendizagem, proporcionando a própria
aprendizagem.

Rink (1996) diz que neste processo de instrução o treinador é confrontado


com a preocupação de que tipo de linguagem utilizar, a seleção de informação
relevante e de como e quando transmitir essa informação aos alunos.

Relatórios Quinzenais

Relatório Quinzenal nº1

De 13 de setembro a 10 de outubro de 2021


Clube Supervisor Institucional Supervisor Cooperante Estagiário
Dragon Force Algarve João Carvalho Ângelo Caetano Daniel Correia

Mapa de presenças

Data Atividade Início Fim Horas


Acumuladas
01-09-2021 Reunião inicial pré-época 18h00 19h30 1h30 (1h30)

01-09-2021 Formação interna: “Sessão de boas-vindas”; “O treinador Dragon Force”; 21h30 23h00 1h30 (3h00)
“Estruturação da época”
02-09-2021 Formação interna: “O Manual Técnico DF 21/22”; “Processos e 21h30 23h00 1h30 (4h30)
procedimento Dragon Force”
03-09-2021 Formação interna: “O importante processo dos Little Dragons: como do 21h30 23h00 1h30 (6h00)
simples fazer o complexo?”; “Estágios de desenvolvimento da criança”
05-09-2021 Scouting: Padernense Clube vs Imortal Desportivo Clube (juvenis) 9h00 12h00 3h00 (9h00)

06-09-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (11h30)

07-09-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30 (13h00)

09-09-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (15h30)

13-09-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (18h00)

13-09-2021 Formação interna: “Formação e departamentos transversais Dragon Force” 21h30 23h00 1h30 (19h30)

14-09-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30 (21h00)

16-09-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (23h30)

18-09-2021 Scouting: Imortal Desportivo Clube vs J.S. Campinense (benjamin: A-A/B- 10h00 12h30 2h30 (26h00)
A/B-B)
20-09-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (28h30)

21-09-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30 (30h00)

33
23-09-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (32h30)

27-09-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (35h00)

28-09-2021 Treino- Sub 12 18h30 20h00 1h30 (36h30)

30-09-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (39h00)

04-10-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (31h30)

04-10-2021 Reunião: com treinador da equipa Iniciação/Básico 20h00 21h00 1h00 (32h30)

05-10-2021 Jogo: Sub 12 vs Imortal Desportivo Clube 09h00 12h00 3h00 (35h30)

06-10-2021 Formação: “A Postura diferenciada do Treinador Dragon Force (exemplos 21h30 00h00 2h30 (38h00)
práticos a seguir) Papel do adjunto no treino e no jogo”
07-10-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (40h30)

09-10-2021 Scouting: IberLeague 15h30 18h30 3h00 (43h30)

10-10-2021 Scouting: Ferreiras vs Olhanense (Sub 15) 11h00 13h00 2h00 (45h30)

Controlo dos planos individuais de trabalho


- Início e conclusão do Plano Individual de Estágio, referente ao Estágio I
e II;

- Acompanhamento, prescrição e implementação de planos de treino nas


equipas de Iniciação/Básico e Sub-12;

- Observação de jogadores e elaboração de relatórios para o


departamento de Scouting do FC Porto Algarve.

Boas práticas e exemplos de sucesso


- Enquanto treinador-adjunto das equipas de Iniciação/Básico e Sub 12,
procurei observar, compreender e adquirir o máximo de informação de forma a
ser mais fácil dar feedback aos meus atletas para que pudessem melhorar e
aprender de forma simples e eficaz;

- Tomada de iniciativa em observar o meu coordenador


cooperante/treinador principal, para planear e implementar várias sessões de
treino, orientando os atletas e indo ao encontro dos objetivos de treino e da
equipa;

34
- Autonomia em procurar literatura que aumente a minha capacidade de
conhecimento, de modo a melhorar todos os meus planos de treino e relatórios
de observação, para que sejam mais dinâmicos e compreensivos;

- Atender às necessidades de todos os atletas de todas as faixas etárias,


adequando e respeitando as capacidades coordenativas motoras e as diferentes
dificuldades de cada atleta.

Destaques e sugestões
Aspetos positivos
- Reconhecimento por parte dos treinadores e o orientador cooperante,
em todo o meu trabalho realizado até agora e todo o tempo autónomo
disponibilizado, para aprender, de modo a implementar tudo o que adquiro e filtro
nos treinos;

- Maiores responsabilidades nas tarefas que me são atribuídas durante o


treino e no trabalho complementar realizado em casa;

- Maior tempo de trabalho autónomo;

- Uma boa relação com todos os atletas, sendo que os mesmos mostram
confiança em mim e no meu trabalho.

Aspetos a melhorar
- Ganhar uma maior confiança e reconhecimento de todos os treinadores
do clube e do meu orientador de cooperante;

- Organizar melhor o meu tempo, de modo que possa realizar um maior


número de trabalho autónomo;

- Continuar a melhorar todos os relatórios;

- Ganhar maior confiança para transmitir todas a minha ideologia de treino


aos treinadores de cada equipa, onde me encontro inserido.

Aspetos a eliminar
- Nada acrescentar.

Obstáculos e oportunidades para o programa

35
- O grande obstáculo com o qual me deparei nesta quinzena foi com a
liderança, que os atletas respeitassem a minha autoridade durante todo o treino.
Este ponto pode surgir, devido à faixa etária dos atletas e por ainda não me
verem como treinador deles uma vez que sou recente na equipa e os mesmos
estão habituados ao treinador principal.

Sugestões para a próxima quinzena


- Na próxima quinzena quero continuar a observar os treinadores das
equipas em que estou inserido, de modo a perceber que estratégia implementar
para que os mesmos comecem a ganhar uma maior confiança em mim, dando-
me mais responsabilidades;

- Organizar melhor a minha agenda de modo a conseguir fazer todo o trabalho a


que me proponho;

- Planear e realizar mais treinos.

Reflexão Quinzenal
A primeira quinzena do Estágio decorreu de forma tranquila e foi um
processo de conhecimento e adaptação à organização Dragon Force. Fui
acolhido muito bem, ao ponto de me ligarem para contar comigo logo no início
da época, ou seja, mais cedo que a data de início de estágio. Dado que comecei
mais cedo, fui à reunião inicial onde pude conhecer todos os meus colegas de
trabalho, e tive acesso às primeiras formações do universo Dragon Force o que
fez com que ficasse a par de toda a filosofia e metodologia utilizada na
organização.

Junto do supervisor cooperante e coordenador da Dragon Force Algarve,


Ângelo Caetano, ficou definido que iria ficar como treinador-adjunto nas equipas
de Iniciação/Básico e Sub-12. O meu trabalho nos primeiros treinos foi de
observação e absorção de informação de tudo aquilo que acontecia ao meu
redor, contudo também intervinha dando apoio ao treinador e feedback aos
atletas, onde corrigia e os encaminhava a novas formas de exploração dos
movimentos.

36
Os treinos na equipa de Iniciação/Básico consiste em “brincar” com a bola
no sentido de promover o desenvolvimento individual com base em
constrangimentos e exploração do envolvimento e da tarefa. Neste, focamos a
atenção para o básico, maioritariamente a relação com a bola e começamos a
implementar algumas regras do futebol. Já os treinos na equipa de Sub-12 são
mais organizados e estruturados para a competição, e por isso mesmo
trabalhamos e planeamos os treinos de forma a ir ao encontro daquilo que é o
modelo de jogo da Dragon Force.

A partir da terceira semana de trabalho propus aos treinadores das


equipas em que estava inserido, Ângelo Caetano e Pedro Mendes, planear um
treino e implementar junto com eles, no sentido de receber feedback e perceber
quais os aspetos positivos e negativos. Esta minha iniciativa obrigou-me a
pensar em unidades de treino que fossem ao encontro dos objetivos pretendidos
e ver a sua aplicação fez-me ter noções de tempo logístico a montar os
exercícios, da reação dos atletas ao que lhes era pedido e do que resultava ou
não, no fundo, evoluí um pouco mais as minhas competências.

Tive também, no feriado nacional, dia 05 de outubro de 2021, a minha


primeira experiência em contexto de jogo formal com a equipa de sub-12, o que
me deu a possibilidade de observar a minha equipa a competir, o seu
comportamento, se aplicavam o que foi treinado e quais os aspetos negativos e
a melhorar.

No que diz respeito ao departamento de scouting fiz observação de


jogadores em dois dias destintos e pude ver diferentes faixas etárias em ação,
dando-me uma visão da disparidade do desenvolvimento motor e maturação, e
a influência que isso tem no jogo, e também ganhei uma maior noção do que é
o futebol de formação no Algarve. Do responsável pelo departamento, o treinador
Luís Afonso, recebi sempre apoio e dicas naquilo que posso melhorar, tanto na
observação em campo como na conceção do relatório de observação.

Completada a primeira quinzena, que na verdade foi um mês de trabalho,


posso concluir que foi bastante proveitosa e deu-me oportunidade de aplicar e
cruzar o conhecimento adquirido na Universidade ao longo destes três anos.
Tenho aprendido imenso com os treinadores Ângelo Caetano e Pedro Mendes,

37
que são formados na área do futebol, e me têm ajudado dando dicas de como
intervir e a relacionar com os atletas. Para a próxima quinzena irei continuar a
realizar o trabalho proposto, começar a fazer observações internas e a planear
e aplicar sessões de treino para a equipa de Iniciação/Básico, uma vez que
temos muitos atletas e ficarei a cargo de uma metade (iniciação) e o treinador
Ângelo Caetano com a restante metade (básico).

Relatório Quinzenal nº2

De 11 de outubro a 31 de outubro de 2021


Clube Supervisor Institucional Supervisor Cooperante Estagiário
Dragon Force Algarve João Carvalho Ângelo Caetano Daniel Correia

Mapa de presenças
Data Atividade Início Fim Horas
Acumuladas
11-10-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (49h30)

12-10-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30 (51h00)

13-10-2021 Seminário: “Exercício físico na gravidez” com Nídia Agostinho 14h30 16h30 2h00 (53h00)

13-10-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30 (54h30)

14-10-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (57h00)

18-10-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (59h30)

19-10-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30 (61h00)

20-10-2021 seminário “Exercício físico na gravidez” com Nídia Agostinho 14h30 16h30 2h00 (63h00)

20-10-2021 Treino: Intermédio/Avançado (Taça da Alimentação- torneio interno) 18h30 20h00 1h30 (64h30)

20-10-2021 Reunião Técnica de outubro 21h00 01h00 4h00 (68h30)

21-10-2021 Treino: Iniciação/Básico (Taça da Alimentação- torneio interno); Sub 12 17h30 20h00 2h30 (71h00)

22-10-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30 (72h30)

23-10-2021 Jogo Sub 12: Guia FC vs Sub 12 Dragon Force 10h00 12h30 2h30 (75h00)

24-10-2021 Scouting: Guia FC vs Lusitano 11h30 13h30 2h30 (77h30)

25-10-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (80h00)

26-10-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30 (81h30)

27-10-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30 (83h00)

38
27-10-2021 Formação: "Papel do Treinador no Desenvolvimento Pessoal, Social e 21h30 23h00 1h30 (84h30)
Escolar da Criança"
28-10-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (87h00)

29-10-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30 (88h30)

30-10-2021 Jogo Sub 12: Sub 12 Dragon Force vs Lagoa 10h00 12h30 2h30 (91h00)

Controlo dos planos individuais de trabalho


- Acompanhamento, prescrição e implementação de planos de treino nas
equipas de Iniciação/Básico, Intermédio/Avançado e Sub-12;

- Realização do primeiro jogo competitivo da época no escalão de Sub-


12;

- Participação na Taça da Alimentação (torneio interno);

- Início das observações internas e externas;

- Observação de jogadores e elaboração de relatórios para o


departamento de Scouting do FC Porto Algarve;

- Participação na reunião técnica do mês de outubro;

- Participação na formação “A Postura diferenciada do Treinador Dragon


Force (exemplos práticos a seguir) Papel do adjunto no treino e no jogo”;
- Participação na formação: "Papel do Treinador no Desenvolvimento
Pessoal, Social e Escolar da Criança";
- Participação no seminário “Exercício físico na gravidez” com Nídia
Agostinho;
- Participação no seminário “Exercício físico na gravidez” com Nídia
Agostinho.

Boas práticas e exemplos de sucesso


- Enquanto treinador-adjunto das equipas de Iniciação/Básico,
Intermédio/Avançado e Sub 12, procurei observar, compreender e adquirir o
máximo de informação de forma a ser mais fácil dar feedback aos meus atletas
para que pudessem melhorar e aprender de forma simples e eficaz;

39
- Uma vez que os escalões de Iniciação/Básico e Intermédio/Avançado
têm muitos atletas, fiquei encarregue de planear e implementar as sessões de
treino do Básico e Avançado, orientando os atletas e indo ao encontro dos
objetivos de treino e da equipa;

- Autonomia em procurar literatura que aumente a minha capacidade de


conhecimento, de modo a melhorar todos os meus planos de treino e relatórios
de observação, para que sejam mais dinâmicos e compreensivos;

- Atender às necessidades de todos os atletas de todas as faixas etárias,


adequando e respeitando as capacidades coordenativas motoras e as diferentes
dificuldades de cada atleta.

Destaques e sugestões
Aspetos positivos
- Reconhecimento por parte dos treinadores e o orientador cooperante,
em todo o meu trabalho realizado até agora e todo o tempo disponibilizado, para
aprender, de modo a implementar tudo o que adquiro e filtro nos treinos;

- Maiores responsabilidades nas tarefas que me são atribuídas durante o


treino e no trabalho complementar realizado em casa. No início deste mês, o
coordenador e mister Ângelo Caetano atribui-me a responsabilidade de ficar
encarregue das equipas de iniciação e avançado, dado que o número de atletas
nestes escalões era extenso. Posto isto, agora acumulo a função de
planeamento e implementação de unidades de treino, de forma totalmente
autónoma, procurando sempre melhorar os atletas na sua relação com a bola.

- Maior tempo de trabalho autónomo;

- Uma boa relação com todos os atletas, sendo que os mesmos mostram
confiança em mim e no meu trabalho.

Aspetos a melhorar
- Ganhar uma maior confiança e reconhecimento de todos os treinadores
do clube e do meu orientador de cooperante;

40
- Organizar melhor o meu tempo, de modo que possa realizar um maior
número de trabalho autónomo;

- Continuar a melhorar todos os relatórios;

- Ganhar maior confiança para transmitir todas a minha ideologia de treino


aos treinadores de cada equipa, onde me encontro inserido.

Aspetos a eliminar
- Nada acrescentar.

Obstáculos e oportunidades para o programa


- O problema da liderança, que os atletas respeitem a minha autoridade
durante todo o treino, mantém em alguns momentos;

- Outro dos obstáculos encontrados nesta quinzena foi o planeamento dos


treinos para a equipa de iniciação. Exigiu de mim muito investimento na criação
de exercícios que fossem apelativos e cativantes para a idade, e que
concorressem para o seu desenvolvimento motor.

Sugestões para a próxima quinzena


- Na próxima quinzena quero continuar a observar os treinadores das
equipas em que estou inserido, de modo a adquirir mais conhecimento e criar
ligações com os mesmos;

- Organizar melhor a minha agenda de modo a conseguir fazer todo o


trabalho a que me proponho;

- Planear e realizar mais treinos com qualidade, cativantes e que


promovam o desenvolvimento dos atletas.

Reflexão Quinzenal
A segunda quinzena decorreu de forma tranquila e foi um continuar do
trabalho realizado na primeira, contudo, com maiores responsabilidades. Fiquei
encarregue do planeamento e implementação dos treinos nas equipas de
41
iniciação e avançado de forma totalmente autónoma, no entanto discuto sempre
o treino que planeio com o treinador principal de cada equipa, no sentido de aferir
se os exercícios vão ao encontro do objetivo pretendido, se têm aplicabilidade e
se estão ajustados à idade e capacidade dos atletas.

Nas equipas iniciação e avançado, o objetivo de treino não difere muito


de um para o outro, ou seja, o desenvolvimento individual com base em
constrangimento para o aumento de graus de liberdade, e dessa forma, a
vertente competitiva desse treino consiste no maior número de repetições. O
foco maioritário é a relação com bola. Já na equipa de Sub-12, em que estou

como treinador-adjunto, os treinos são mais organizados e estruturados


para a competição, e por isso mesmo trabalhamos e planeamos os treinos de
forma a ir ao encontro daquilo que é o modelo de jogo da Dragon Force.

Nesta nova etapa de trabalho senti dificuldades na liderança dos atletas


na equipa de iniciação, fruto da sua tenra idade e da minha inexperiência. No
início, os exercícios estavam bem planeados e estruturados, mas depois durante
a sua aplicação os mesmos não fluíam da melhor forma. Com o passar dos
treinos, fui melhorando a minha forma de estar no treino, ajustei a minha
linguagem, o conhecimento dos atletas tornou-se maior e acima de tudo,
comecei a perceber que tipo de exercícios os motivava e tornava a sessão mais
fluída. Ao dia de hoje, os treinos já correm melhor, não sinto tantas dificuldades
e o feedback por parte do supervisor cooperante tem sido positivo e mostrou
agrado pela minha melhoria.

Durante este mês decorreu o primeiro torneio temático organizado pela


Dragon Force, a Taça da Alimentação, que consiste numa competição interna
entre os atletas e dar a conhecer e promover a importância da alimentação
saudável. A minha participação neste torneio consistiu em organizar um torneio
independente dentro da equipa de iniciação, onde todos jogavam entre si, e
liderar a equipa de avançado, no torneio disputado contra as equipas de
intermédio e sub-10.

Também participei na primeira reunião técnica da Dragon Force Algarve,


para debater e refletir sobre o trabalho realizado até ao momento, e ficar a par
de outros assuntos relacionados com os vários departamentos da organização.

42
Realizei as primeiras observações, três internas e um externa. Estive presente
nos dois primeiros seminários organizados pela Universidade do Algarve. E
relativamente ao departamento de scouting, este mês apenas fiz uma
observação.

Em suma, posso afirmar que esta foi uma quinzena de grande evolução
de trabalho e de superação, onde pude continuar a aplicar conhecimento
adquirido na universidade e também de aprendizagem com os meus colegas,
profissionais na área. Para a próxima quinzena irei continuar a realizar o bom

trabalho que tenho vindo a fazer, continuar com as observações, a planear e


implementar treinos às equipas que estão ao meu encargo e a comparecer nos
seminários.

Relatório Quinzenal nº3

De 1 de novembro a 30 de novembro de 2021


Clube Supervisor Institucional Supervisor Cooperante Estagiário
Dragon Force Algarve João Carvalho Ângelo Caetano Daniel Correia

Mapa de presenças

Data Atividade Início Fim Horas


Acumuladas
02-11-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30 (92h30)

03-11-2021 Seminário: “Mesa Redonda: Educação Física de miúdos a graúdos” com 14h30 16h30 2h00 (94h30)
Sónia Picamilho (EF Pré-Escolar), Joana Elias (EF 1º, 2º e 3º ciclo) e Bruno
Gomes (EF Secundário).
03-11-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30 (96h00)

04-11-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (98h30)

04-11-2021 Formação: Desenvolvimento Integral do Aluno DF 21h30 23h30 2h00


- Competências Técnicas, táticas e físicas (100h30)
- Competências Psicológicas, Mentais e Emocionais
05-11-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30
(102h00)
06-11-2021 Jogo Sub 12: Sub 12 Dragon Force vs Messinense 10h00 12h30 2h30
(104h30)
06-11-2021 Jogo Iniciação: AEF Faro X DF Algarve 12h30 14h00 1h30
(106h00)
07-11-2021 Scouting: Ferreiras vs Lusitano (iniciados) 10h30 13h00 2h30
(108h30)
08-11-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30
(111h00)
09-11-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30
(112h30)
10-11-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30
(114h00)

43
11-11-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30
(116h30)
12-11-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30
(118h00)
13-11-2021 Scouting: observação de vários jogos. 09h00 13h00 4h00
(122h00)
13-11-2021 Jogo: SC Farense vs Sub 15 DF 17h30 20h30 3h00
(125h00)
14-11-2021 Jogo: Sub 15 DF vs Imortal DC 10h00 13h00 3h00
(128h00)
15-11-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30
(130h30)
16-11-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30
(132h00)
17-11-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30
(133h30)
18-11-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30
(136h00)
19-11-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30
(137h30)
20-11-2021 Jogo: Sub 12 Dragon Force vs Imortal DC 10h00 13h00 3h00
(140h30)
22-11-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30
(142h00)
23-11-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30
(143h30)
24-11-2021 Seminário: “Desportos Náuticos e Desenvolvimento Turístico” por Ricardo 14h30 16h30 2h00
Barradas (Algarve Cruising Center) (145h30)
24-11-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30
(147h00)
25-11-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30
(149h30)
26-11-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30
(151h00)
27-11-2021 Jogo: Sub 12 Dragon Force vs Guia FC 10h00 13h00 3h00
(154h00)
28-11-2021 Scouting: Imortal DC vs Ferreiras FC 11h00 13h00 2h00
(156h00)
29-11-2021 Planeamento do projeto de estágio no escritório do clube 15h00 17h30 2h30
(158h30)
29-11-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30
(161h00)
30-11-2021 Planeamento do projeto de estágio no escritório do clube 15h00 18h30 3h30
(164h30)
30-11-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30
(166h00)
30-11-2021 Reunião Técnica Dragon Force Algarve 20h30 00h00 3h30
(169h30)

Controlo dos planos individuais de trabalho


- Acompanhamento, prescrição e implementação de planos de treino nas
equipas de Iniciação/Básico, Intermédio/Avançado e Sub-12;

- Participação no primeiro jogo com a equipa de Iniciação/Básico no


torneio Campinense Cup;

44
- Observação de jogadores e elaboração de relatórios para o
departamento de Scouting do FC Porto Algarve;

- Participação na reunião técnica do mês de novembro;

- Conclusão das observações internas e externas;

- Desenvolvimento do Dossier referente ao Estágio I e II;

- Início do desenvolvimento do Projeto de Estágio;

- Participação na formação” Desenvolvimento Integral do Aluno DF -


Competências Técnicas, táticas e físicas; Competências Psicológicas, Mentais
e Emocionais

- Participação no seminário “Mesa Redonda: Educação Física de miúdos


a graúdos” com Sónia Picamilho (EF Pré-Escolar), Joana Elias (EF 1º, 2º e 3º
ciclo) e Bruno Gomes (EF Secundário);

- Participação no seminário “Desportos Náuticos e Desenvolvimento


Turístico” por Ricardo Barradas (Algarve Cruising Center).

Boas práticas e exemplos de sucesso


- Enquanto treinador-adjunto das equipas de Iniciação/Básico,
Intermédio/Avançado e Sub 12, procurei observar, compreender e adquirir o
máximo de informação de forma a ser mais fácil dar feedback aos meus atletas
para que pudessem melhorar e aprender de forma simples e eficaz;

- Uma vez que os escalões de Iniciação/Básico e Intermédio/Avançado


têm muitos atletas, fiquei encarregue de planear e implementar as sessões de
treino do Básico e Avançado, orientando os atletas e indo ao encontro dos
objetivos de treino e da equipa;

- Autonomia em procurar literatura que aumente a minha capacidade de


conhecimento, de modo a melhorar todos os meus planos de treino e relatórios
de observação, para que sejam mais dinâmicos e compreensivos;

45
- Atender às necessidades de todos os atletas de todas as faixas etárias,
adequando e respeitando as capacidades coordenativas motoras e as diferentes
dificuldades de cada atleta.

Destaques e sugestões
Aspetos positivos
- Reconhecimento por parte dos treinadores e o orientador cooperante,
em todo o meu trabalho realizado até agora e todo o tempo disponibilizado, para
aprender, de modo a implementar tudo o que adquiro e filtro nos treinos;

- O mister Ângelo Caetano atribui-me a responsabilidade de ficar


encarregue das idas aos jogos como treinador principal da equipa de
Iniciação/Básico;

- Maior tempo de trabalho autónomo;

- Uma boa relação com todos os atletas, sendo que os mesmos mostram
confiança em mim e no meu trabalho.

Aspetos a melhorar
- Ganhar uma maior confiança e reconhecimento de todos os treinadores
do clube e do meu orientador de cooperante;

- Organizar melhor o meu tempo, de modo que possa realizar um maior


número de trabalho autónomo;

- Continuar a melhorar todos os relatórios;

- Ganhar maior confiança para transmitir toda a minha ideologia de treino


aos treinadores de cada equipa, onde me encontro inserido.

Aspetos a eliminar
- Nada acrescentar.

Obstáculos e oportunidades para o programa


- O problema da liderança, que os atletas respeitem a minha autoridade
durante todo o treino, mantém-se em alguns momentos.

Sugestões para a próxima quinzena

46
- Na próxima quinzena quero continuar a observar os treinadores das
equipas em que estou inserido, de modo a adquirir mais conhecimento e criar
ligações com os mesmos;

- Organizar melhor a minha agenda de modo a conseguir fazer todo o


trabalho a que me proponho;

- Planear e realizar mais treinos com qualidade, cativantes e que


promovam o desenvolvimento dos atletas.

Reflexão Quinzenal
A terceira quinzena decorreu de forma tranquila e foi um continuar do
trabalho realizado nas anteriores, contudo, com maiores responsabilidades. Para
além de estar encarregue do planeamento e implementação dos treinos nas
equipas de iniciação e avançado de forma totalmente autónoma, também
acumulei a função de guiar e orientar a equipa de Iniciação/Básico nos jogos do
Torneio “Campinense Cup” que decorrem a cada duas semanas. Relativamente
aos treinos discuto sempre o que planeio com o treinador principal de cada
equipa, no sentido de aferir se os exercícios vão ao encontro do objetivo
pretendido, se têm aplicabilidade e se estão ajustados à idade e capacidade dos
atletas.

Nas equipas iniciação e avançado, o objetivo de treino não difere muito


de um para o outro, ou seja, o desenvolvimento individual com base em
constrangimento para o aumento de graus de liberdade, e dessa forma, a
vertente competitiva desse treino consiste no maior número de repetições. O
foco maioritário é a relação com bola. Já na equipa de Sub-12, em que estou
como treinador-adjunto, os treinos são mais organizados e estruturados para a
competição, e por isso mesmo trabalhamos e planeamos os treinos de forma a
ir ao encontro daquilo que é o modelo de jogo da Dragon Force.

Como referi anteriormente, no início senti dificuldades na liderança dos


atletas na equipa de iniciação, fruto da sua tenra idade e da minha inexperiência.
Os exercícios estavam bem planeados e estruturados, mas depois durante a sua
aplicação os mesmos não fluíam da melhor forma. Com o passar dos treinos, fui

47
melhorando a minha forma de estar no treino, ajustei a minha linguagem, o
conhecimento dos atletas tornou-se maior e acima de tudo, comecei a perceber
que tipo de exercícios os motivava e tornava a sessão mais fluída. Atualmente
os treinos já correm melhor, não sinto tantas dificuldades e o feedback por parte
do supervisor cooperante tem sido positivo e mostrou agrado pela minha
melhoria.

Durante este mês decorreu o primeiro jogo competitivo para a equipa de


Iniciação/Básico, que participou na Campinense Cup. Este foi um momento
marcante para os atletas e igualmente para mim, pois foi a primeira vez que
participaram num contexto de jogo e que eu orientei uma equipa sozinho. Foi
uma boa experiência e que correu de forma positiva, onde procurei não dar
importância ao resultado, de forma que todos pudessem estar envolvidos e terem
participação no jogo.

Também participei na segunda reunião técnica da Dragon Force Algarve,


para debater e refletir sobre o trabalho realizado até ao momento, e ficar a par
de outros assuntos relacionados com os vários departamentos da organização.
Concluí as observações internas e externas, dei início à elaboração do Projeto
de Estágio e continuei a desenvolver o dossier de Estágio. Estive presente em
mais dois seminários organizados pela Universidade do Algarve. Relativamente
ao departamento de scouting, continuei a observar jogadores e redigir relatórios.

Em suma, posso afirmar que esta foi uma quinzena de grande evolução
de trabalho e de superação, onde pude continuar a aplicar conhecimento
adquirido na universidade e também de aprendizagem com os meus colegas,
profissionais na área. Para a próxima quinzena irei continuar a realizar o bom
trabalho que tenho vindo a fazer, a planear e implementar treinos às equipas que
estão ao meu encargo, a comparecer nos seminários e se tudo correr bem, irei
implementar o meu projeto de estágio.

48
Seminários

Seminário 1: “Exercício físico na gravidez”

No dia 13 de outubro de 2021, pelas 14h30, o auditório da Biblioteca


Municipal António Ramos Rosa, recebeu o primeiro seminário do ano letivo
2021/2022, da Licenciatura em Desporto. A sessão teve como oradora
convidada, Nídia Agostinho, especialista em “exercício físico na gravidez”, tema
a ser abordado e discutido ao longo da palestra.

Licenciada em Ciências do Desporto e Educação Física pela Universidade


de Coimbra e mestre em Psicologia do Desporto pela Faculdade de Motricidade
Humana, Nídia Agostinho em início de carreira foi professora de educação física
e com o passar do tempo, explorou e aproximou-se de outras temáticas sendo
que atualmente é instrutora de várias mobilidades pré e pós-parto na Ervilhitas,
instituição que tem como princípio orientar e apoiar famílias para um bom
desenvolvimento das crianças. É também embaixadora do parto ativo em
Portugal e doula, profissional que acompanha as grávidas durante o período de
gravidez e pós-parto.

A dedicação ao bem-estar do corpo é essencial a todos, durante toda a


vida, mas é fundamental quando os hábitos irão transmitir-se diretamente para
terceiros. A gravidez é o maior exemplo e mostra que muitas mulheres lutam
diariamente para dar e prestar a melhor qualidade de vida aos seus filhos.

O período inicial da gravidez é frágil e fulcral para o desenvolvimento do


feto. Por isso, os cuidados devem ser redobrados e o exercício apenas deve ser
realizado após as 12 semanas, de forma a evitar o aborto espontâneo resultante
da ação das hormonas. A partir das 24 semanas não devemos deitar as grávidas
em decúbito dorsal pois o peso da barriga cai sobre a veia cava e impede o
sangue de ir ao cérebro e causa náuseas ou perda dos sentidos. Com o passar
do tempo, cada vez mais famílias procuram profissionais que possam contribuir
para um planeamento e acompanhamento personalizado. Numa fase inicial,
estes profissionais devem conhecer o indivíduo num todo (alterações fisiológicas
e psicológicas) e definir objetivos.

49
Tal como se dá alteração hormonal, a respiração e o volume sanguíneo sofrem
igualmente processos de transformação e os 140 batimentos por minuto numa
grávida nunca devem ser ultrapassados, na prática de exercício físico. O
profissional deve, se possível, trabalhar com cardiofrequencímetro, máscara de
esforço, com especial atenção à expressão facial da aluna, realizar testes de fala
e captar o nível de esforço, através da escala de Borg.

Para uma gravidez com maior conforto e menores algias (dores em


determinada região, embora sem lesões visíveis), a zona lombar e dos ombros
deve ser trabalhada para que não exista curvatura acentuada. EX- treinar 3 de
costas para 1 de peito. O trabalho de glúteos é importante para aliviar o nervo
ciático, assim como os alongamentos são extremamente indispensáveis assim
como as contrações. Os movimentos articulares não devem ser repetitivos para
que não haja demasiada fricção. As varizes também são comuns na gravidez,
uma vez que o retorno venoso se torna mais complicado e, por isso mesmo,
devemos trabalhar os “gémeos”.

Dadas as alterações diárias que ocorrem no corpo da mulher, uma delas


é o equilíbrio, e tendo isso em conta, devemos treinar o sistema nervoso
propriocetivo de forma a ganhar ou manter o equilíbrio.

Grandes alterações que ocorrem na gravidez e que foram referidas pela


oradora:

+ Ganho de peso (em média 12 kg);

+ Hiperfagia/placenta/líquido amniótico;

+ Atividade lipoproteína lípase;

+ Adiposidade corporal;

+ Volume sanguíneo;

- Gasto energético (lassidão).

Desconfortos que ocorrem na gravidez e que foram referidos pela oradora:

• Dor ciática/lombar;
• Sinfisite;

50
• Diástase abdominal (incontinência);
• Varizes;
• Azia;
• Síndrome do túnel do carpo/túnel do tarso;
• Dor pélvica;
• Diabetes gestacional.

A gravidez é normalmente composta por três trimestres, sendo o primeiro


e o terceiro chamados de dois picos de stress. O primeiro pico de stress ocorre
pelo pânico da notícia da gravidez, onde se põe em causa o futuro, se há
capacidade para ter e criar um filho, entre outros. O segundo pico de stress tem
que ver com o término da gravidez, onde se começa a pensar no parto e há
preocupação com os resultados das análises e exames pois não se querem más
notícias.

Tendo em conta todos estes fatores e dicas da oradora, fruto da tua


experiência e dedicação, aprendi que na hora da prescrição de exercício
devemos ter em conta os seguintes aspetos:

• 1º Trimestre da gravidez;
• As duas principais alterações corporais (fisiológica e psicológica);
• Os desconfortos;
• Saber os objetivos da grávida;
• As regras de segurança (frequência
cardíaca/exercícios/limitações);
• Nível de condição física (sedentária/ativa/atleta).

Sinto que foi um seminário bastante enriquecedor sobre uma temática que
a muitos da nossa idade ainda não nos diz nada. Foram-me dadas dicas e
ferramentas importantes para juntar ao conhecimento já adquirido na licenciatura
e abriram-se novos horizontes, pois nunca pensei que se podia usar o exercício
físico para iniciar o parto (libertação de hormonas essenciais “oxitocinas”). E a
paixão e a dedicação da oradora Nídia Agostinho, no meu entender, foi
estimulante e cativou o meu interesse para aprender sobre o tema em questão.

51
Seminário 2: “À Conversa com Atletas Olímpicos”

No dia 20 de outubro de 2021, pelas 14h30, o auditório da Biblioteca


Municipal António Ramos Rosa, recebeu o segundo seminário do ano letivo
2021/2022, da Licenciatura em Desporto. A sessão teve como convidados, Ana
Cabecinha (atletismo) e José Costa (vela), ambos atletas de alto rendimento nos
seus respetivos desportos.

Este seminário foi em formato de mesa-redonda, onde eram colocadas


questões aos atletas e todos podiam intervir. O professor Ricardo Minh’alma foi
o fio condutor da mesma e o principal interveniente a colocar questões, tendo
começado por fazer uma breve introdução dos convidados.

Ana Cabecinha, é atualmente a recordista nacional de 20km marcha e


conta com a participação em 4 Jogos Olímpicos.

José Costa participou em dois Jogos Olímpicos e sempre com o mesmo


par.

Feitas as apresentações, deu-se início às perguntas e a primeira a ser


colocada foi de como tudo começou para os atletas, qual foi o seu percurso até
chegarem ao patamar em que estão atualmente.

Ana Cabecinha

Conta que tudo começou porque em criança caiu de uma ponte e para
ajudar na recuperação precisou de praticar exercício e fazer fisioterapia. Com o
treino vieram as primeiras provas, os primeiros resultados positivos e, ao ver que
até levava jeito, decidiu dedicar-se mais a sério e acabou por chegar ao topo.

José Costa

Este revelou que praticou diversos desportos, mas onde levava mais jeito
era no andebol, onde chegou a representar o SL Benfica no escalão de juniores
e a Seleção Nacional, no entanto também fazia vela, iniciou aos 11 anos de
idade. Já em idade adulta e na transição de júnior para sénior, acabou por
desistir devido à falta de oportunidades dadas no clube e por ser baixo para jogar
na sua posição (central). Depois disso, decidiu dedicar-se aos estudos e ao
treino de vela. A primeira vez que foi a um campeonato do mundo, logo no

52
primeiro dia, ficou em segundo na classificação com os mesmos pontos do
primeiro lugar. O atleta em primeiro era o número um da modalidade, o português
Gustavo Lima, e que no final o convidou para começar a treinar com ele.

Segunda pergunta: Qual o dia a dia de um atleta de alto rendimento? O


que devemos abdicar?

Ana Cabecinha

Tem treinos bi-diários todos os dias desde os tempos em que era juvenil,
menos ao domingo porque é dia de descanso. Raramente está com a família
pois passa muito do seu tempo em estágio e os anos olímpicos são os mais
intensos. Para estes Jogos Olímpicos, e devido à Covid-19, esta ausência foi
ainda maior uma vez que o medo e a probabilidade de apanhar o vírus era
grande e iria estragar 5 anos de preparação, caso ficasse infetada.

José Costa

José, subscreve tudo o que foi dito pela Ana e conta que para ele não há
dias de folga, mas sim dias de descanso. O seu trabalho é diário e prioritário.

Terceira pergunta: Como foi o processo de treino no confinamento?

Ana Cabecinha

Como é atleta de alta competição, podia e tinha alguma liberdade para


fazer o seu treino, e a zona onde mora era excelente para treinar, contudo, conta
que um casal se apercebeu dessa rotina e começou a reclamar e a ameaçar
para que se fechasse em casa. Como tinha rolos de bicicleta e passadeira, a
maior parte do seu treino foi em casa.

José Costa

Usou igualmente rolos de bicicleta e passadeira, porém perdeu 7kg’s de


massa muscular por falta de treino de força. Por conta disso, encheu uma
garagem de pesos e máquinas de musculação para fazer o seu treino e começou
a usar os parques a seu favor, aproveitando para fazer TRX e conseguiu simular
uma das posições da vela, colocando cabos numa árvore.

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Quarta pergunta: Qual a relação ou o bom de ter suporte e acesso aos
materiais e profissionais científicos?

Ana Cabecinha

No algarve tem mais dificuldade do que um atleta que esteja em Lisboa


ou no Porto. Deu o exemplo de uma lesão que teve e não conseguiu encontrar
um profissional especialista que a pudesse ajudar. Atualmente, trabalha com um
nutricionista, osteopata, psicólogo, fisiologista e com o professor Ricardo
Minh’alma.

José Costa

Desde 2005/2006 que trabalha no centro de alto rendimento do Jamor e


sente a mesma diferença, de que há mais facilidade de ter acesso aos meios.
Deu um exemplo próprio, dizendo que quando quer uma massagem ou precisa
de outro serviço, basta marcar e o tem nos dias seguintes.

Quarta pergunta: Contem a vossa experiência na câmara quente?

Ana Cabecinha

Usou-a para a prova do Rio de Janeiro, uma vez que a prova seria às 13h
no mês de agosto, e esta servia para simular as condições que ia encontrar.
Treinava duas horas seguidas e fez isso durante cinco dias, e por cada dia de
treino perdia 5/6kg’s. Uma vez que esta câmara não era natural, todas as
condicionantes eram desconfortáveis, como a máscara que tinha de usar, entre
outros.

José Costa

Conta que não a usou uma vez que a sua intensidade e volume de treino
é diferente do treino da Ana, pois está dependente de uma condicionante
importante no seu desporto, o vento. Dá ainda o exemplo de que quanto mais
vento há, mais intensidade terá o seu treino. Posto isto, planeava o seu treino
em mesociclos, ou seja, períodos mais alargados, e determinava objetivos para
2/3 meses e alternava o treino em mar e terra.

Quarta pergunta: O que esperam de um treinador? Quais as suas


funções?

54
Ana Cabecinha

O seu treinador, uma vez que já se conhecem e trabalham juntos há anos,


para além da função óbvia, acumula função de pai, psicólogo, médico, manager,
entre outras.

José Costa

Subscreve o que a Ana diz e acrescenta que é por isso que há na


universidade disciplinas como a Anatomia, Bioquímica, Fisiologia, entre outras,
porque todas se complementam umas às outras e nos dão capacidade para
responder ou estar por dentro do assunto.

Quinta pergunta: O que era preciso para manter ou atrair o alto rendimento no
Algarve? Recursos materiais/humanos/financeiros?

Ana Cabecinha

Diz que é a centralização que faz com que os atletas se vão embora, seja
para seguir o seu caminho a estudar ou porque os grandes clubes os levam e a
ligação ao Algarve acaba por se perder. Queixa-se ainda da burocracia em
Portugal para conseguir algo, como por exemplo usar as instalações do
complexo desportivo de Vila Real de Santo António, uma vez que é atleta de alto
rendimento e residente na região há muitos anos.

José Costa

No entender do José, falta competência técnica no país, para que se


possa crescer como um todo nos diversos desportos.

Sexta pergunta: Como é a experiência de viver os Jogos Olímpicos?

Ana Cabecinha

A experiência em contexto de covid não foi agradável, tudo era sinistro,


como a ausência de adeptos, o dia a dia era muito limitado, não podiam circular
livremente, tudo era controlado. Nem era possível sair para treinar, teve de se
adaptar e treinar nos corredores da aldeia olímpica. Depois das 12h30/13h00 já
não havia possibilidade de comer e houve reclamações por parte de algumas
comitivas.

55
José Costa

Teve a mesma experiência e referiu ainda que perdeu peso por não
consumir as calorias necessárias.

Antes do vírus, ambos frisaram que o ambiente na aldeia olímpica e a


envolvência nos jogos era muito boa, havia bastante convívio entre comitivas e
atletas, e que era uma experiência bastante enriquecedora.

Sétima pergunta: Como é o ambiente antes de uma prova nos Jogos


Olímpicos?

Ambos assumem que é um ambiente tenso e que na viagem para a prova,


com a condicionante da máscara, as pessoas não se falam e mal se veem as
caras por estarem todos concentrados.

Terminadas as perguntas e sendo eu um fã dos Jogos Olímpicos, foi para


mim uma experiência enriquecedora pois pude conhecer e ficar a par da
experiência que é viver uma prova tão prestigiosa no mundo. Há muito trabalho,
dedicação, sacrifício e paixão envolvida no treino e no planeamento, e todos
remam para o mesmo lado para que o sucesso seja alcançado. E não é à toa
que a edição deste ano foi a que teve melhor prestação por parte da comitiva
portuguesa, só demonstrou que realmente há pessoas e atletas que transpiram
os valores referidos acima e que lutam por ser os melhores e vencer a medalha.

Seminário 3: “Mesa Redonda: Educação Física de miúdos a graúdos”

No dia 03 de novembro de 2021, pelas 14h30, o auditório da Biblioteca


Municipal António Ramos Rosa, recebeu o terceiro seminário do ano letivo
2021/2022, da Licenciatura em Desporto. A sessão teve como convidados, Sónia
Picamilho (EF Pré-Escolar), Joana Elias (EF 1º, 2º e 3º ciclo) e Bruno Gomes
(EF Secundário). Este seminário foi em formato de mesa-redonda, onde cada
um dos convidados falou um pouco sobre a sua experiência e do que é trabalhar
em cada fase escolar, e também houve espaço para serem colocadas questões.
E teve início com a professora Sónia Picamilho.

56
Educação Física no Pré-escolar - Sónia Picamilho (EF Pré-Escolar) Crianças
entre os 3 e 6 anos.

“A atitude de permanente disponibilidade para a educação cultiva-se


desde o início da vida, com uma educação rica e geradora de indivíduos
equipados com ferramentas para aprender e querer aprender”

“Este período é crítico para o desenvolvimento de aprendizagens


fundamentais, bem como para o desenvolvimento de atitudes e valores
estruturantes para aprendizagens futuras”.

Áreas de Conteúdo

• Formação Pessoal e Social


• Conhecimento do Mundo
• Expressão e Comunicação (educação física; educação artística;
matemática)

• Língua Oral e Abordagem Escrita


• Eu – Os Objetos – Os Outros (Quanto maior é o estímulo maior é a
aprendizagem)

Aprendizagens a Promover

• Dominar movimentos que implicam deslocamentos e equilíbrios como:


trepar, correr, saltar, deslizar, rodopiar, baloiçar, rastejar e rolar.
• Controlar movimentos de perícia e manipulação como: lançar, receber,
pontapear, lançar em precisão, transportar, driblar e agarrar.
• Cooperar em situações de jogo, seguindo orientações ou regras.

Trabalhar em conjunto com os educadores é muito importante para que haja


uma aprendizagem mais facilitadora para as crianças.

Para Refletir:

• Brincar é uma atividade natural que é muito importante no pré-escolar.


• As crianças devem participar ativamente nas suas aprendizagens.

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• A comunicação é fundamental, pois faz com que consigamos “controlar”
os alunos para que consigam fazer as atividades propostas.
• Promover a criação de espaços de aprendizagem inovadores e ricos em
experiências.
• Tomar decisões sobre a prática e adequá-la às características de cada
criança, do grupo e do contexto social em que trabalhamos.
• Identificar sinais como prazer, concentração, persistência e empenho.
• Identificar conquistas, tais como, ter iniciativa, fazer descobertas, imitar os
outros, expressar as suas opiniões, resolver problemas, persistir nas
tarefas, colaborar com os outros, desenvolver a criatividade, a curiosidade
e o gosto por aprender.

Professor deve ter uma ação Pedagógica: observar; planear; agir; avaliar.

Educação Física no 1º, 2º e 3º ciclo - Joana Elias (EF no 1º, 2º e 3º ciclo)


Crianças entre os 6 anos e os 15 anos (do 1º ano ao 9ºano escolar).

Que crianças temos?

Que ocupação de tempos livres?

• No recreio
• Aos fins-de-semana
• Nas férias escolares

Fase altamente sensível do desenvolvimento. Tanto ao nível das


competências motoras como das competências sociais.

Quem é o professor de educação física?

• Aula com regras bem definidas com princípio meio e fim.


• Importância de se criarem rotinas de aula para aula.
• Espaço onde se possam sentar e ouvir.
• Limites espaciais e limites comportamentais.
• Objetivos a atingir ajustados às capacidades de cada aluno.
• Constante preocupação com a procura de novos desafios.

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Em qualquer idade a aula de EF terá de ser um espaço de …
• Bem-Estar
• Superação
• Cooperação

Educação Física no Secundário - Bruno Gomes (EF no secundário) Jovens


dos 15 aos 18 anos.

Papel único e insubstituível da disciplina.

Sociedade atual VS Estilo de vida Saudável.

A EF no secundário provoca momentos de aprendizagem que iremos


utilizar um dia mais tarde na nossa vida, seja no trabalho ou nível social, como
trabalhar em equipa, superação, etc.

A média da disciplina deixa de contar para o acesso ao ensino superior


2012/2013. Média da disciplina volta a contar para o acesso ao ensino superior
2018/2019.

A temática deste seminário foi interessante e serviu para escutar a


experiência por parte de profissionais, sobre assuntos que abordamos muito na
Licenciatura de Desporto, e perceber como são aplicados os conhecimentos. Ao
mencionarem que atualmente há mais de 40 mil alunos sem aulas de Educação
Física e que no futuro vai haver falta de professores na área, mais do que já há,
despertou o meu interesse relativamente ao futuro uma vez que é outra das
áreas que tenho interesse e dá para conciliar com o futebol, outra das áreas que
adoro.

Seminário 4: “Desportos Náuticos e Desenvolvimento Turístico” por Ricardo


Barradas (Algarve Cruising Center).

No dia 24 de novembro de 2021, pelas 14h30, o auditório da Biblioteca


Municipal António Ramos Rosa, recebeu o quarto seminário do ano letivo

59
2021/2022, da Licenciatura em Desporto. A sessão teve como orador convidado
o Ricardo Barradas.

Ricardo Barradas começou por tirar uma Licenciatura em Educação Física


e foi dar AECS em 2007, mais tarde tirou um Mestrado em Barcelona- INEF, no
curso de Treino Desportivo e acabou desempregado. Ao voltar para Portugal
decidiu criar o seu próprio emprego e participou no concurso “Ideias em Caixa”
com o projeto “Natura Algarve” (ecoturismo) onde oferecia passeios de barco
pela ria, e ganhou.

Neste projeto “Natura Algarve” tentou implementar algo igual ao que já se


fazia no porto de Barcelona, que consistia em formação profissional e atividades
escolares, e contactou a Câmara Municipal de Faro, a Delegação Marítima de
Faro e outras entidades, porém não teve sucesso nos apoios. Este projeto
acabou por ser implementado com dinheiro oriundo de fundos privados e
continha, como mencionado anteriormente, com passeios na ria onde se podia
fazer observação de cetáceos, aves, cavalos-marinhos, atividades diferenciadas
e pioneiras, chegando inclusive a fazer observação de aves com invisuais.

Mais tarde, Ricardo sentiu necessidade de procurar novos projetos com


intuito de obter crescimento pessoal e decidiu especializar-se em Yatchmaster,
ou seja, ser instrutor de vela, e fê-lo na Royal Yatching Association. Depois disso
andou pelo mundo em trabalho, nas Ilhas Canárias, Gibraltar, entre outros sítios.

Prosseguindo no seminário, continuou dizendo que para os desportos


náuticos, Portugal é um excelente destino uma vez que tem bom clima, a sua
centralidade na Europa, o preço, diversidade de litoral- mar, rio, estuários e rias,
os desportos que se podem praticar, como o surf, windsurf, kitesurf, pesca,
mergulho, vela de cruzeiro e regata. Falando especificamente sobre a vela, que
é a sua área de especialização, começou por explicar a diferença entre regata e
cruzeiro, o contexto turístico, e o desporto e atividade física, e fez uma
comparação entre os praticantes de vela com os desportos mais praticados em
Portugal, mostrando que a vela em 2021 tem 1978 praticantes federados, já o
futebol tem 190 865. Isto para dizer que a vela enquanto desporto é bastante
lucrativo- como mostrou nos artigos, é o 26º país que mais lucra com turismo, e

60
que se devia apostar mais na diversidade no Algarve e não apenas no surf, como
é apanágio.

Relativamente à estratégia ou falta dela, tentou fazer uma


consciencialização para as problemáticas na ria e com o desaparecimento de
espécies, mais concretamente o desaparecimento dos cavalos-marinhos, devido
à poluição e às más práticas dentro da ria. Outro problema referido foi os
acidentes com embarcações, que têm sido frequentes e aponta a culpa para
quem forma, dizendo que a formação é fraca e não tem a devida seriedade.

Para se ser “Skipper”, atividade praticada por quem faz excursões de


barco, um indivíduo deve ter como qualidades a capacidade técnica, saber de
segurança, dos conteúdos, capacidade de comunicação e empatia. Para se
trabalhar nos desportos náuticos, devia haver uma estratégia definida, estruturas
e qualidade de formação, ou seja, considerar o turismo em Portugal como algo
sério, haver fiscalização, estratégias e coordenação com outras entidades, como
por exemplo a UAlg, haver como formação específica- mestrado em desporto de
recreação.

Para finalizar o seminário, Ricardo falou-nos do seu recente projeto,


“Crescer pelo Mar”, onde trabalham na formação, educação e sensibilização
para as questões ambientais. O projeto começou quando este esteve em
Inglaterra, e viu um projeto pioneiro chamado “Scaramouche” que consistia em
“pegar” em jovens problemáticos e colocá-los nos desportos náuticos. Tudo
começou com o restauro de barcos, depois passaram a saídas de mar com os
mesmos, e rapidamente se tornou num sucesso.

Ricardo pegou nisso e tentou implementar em Portugal, com parceria de


algumas escolas de Faro, em que dá formação aos jovens estudantes. Tem
diversos departamentos, como a vela, o barco a motor, marketing, entre outros,
e quem sai desta escola, sai com formação de técnico marítimo-turístico válido
em Portugal e outros países.

Em suma, foi um seminário bastante estimulante sobre um tema que a


mim pessoalmente não me desperta interesse, porém, como se costuma dizer o
saber não ocupa espaço e desse ponto de vista foi enriquecedor pois fiquei a

61
conhecer projetos e organizações que não conhecia e que estão tão próximas
de mim.

Seminário 5: “Treino de Alto Rendimento em Águas Abertas” por Daniel Viegas


(Diretor Técnico Nacional de águas abertas).

No dia 06 de dezembro de 2021, pelas 14h30, o auditório da Biblioteca


Municipal António Ramos Rosa, recebeu o quarto seminário do ano letivo
2021/2022, da Licenciatura em Desporto. A sessão teve como orador convidado
o Daniel Viegas.

Daniel Viegas começou por tirar uma licenciatura em Ciências do


Desporto na Faculdade de Motricidade Humana e atualmente é Diretor Técnico
Nacional de Águas Abertas e Selecionador Nacional da Natação em Águas
Abertas.

O orador começou o seminário a fazer um enquadramento do que é o


treino de alto rendimento em águas abertas e o que significa o termos águas
abertas, dizendo que esta é uma extensão da área da natação, uma atividade
em franca expansão no país e no mundo, disciplina olímpica desde 2008, é a
génese da natação. Este desporto iniciou com 5km, mas as provas olímpicas
são de 10km. Águas abertas, genericamente, significam nadar em ambiente
natural, e este pode ser no mar, rios, albufeiras, entre outros.

De seguida, referiu os mitos existentes na natação em águas abertas, que


faz mal aos ombros, que estes atletas precisam de ter a mente ocupada com
coisas externas, a vida marinha é nociva, que só se nada muitos metros nas
águas abertas, o treino é monótono e que a velocidade não é importante. Todos
estes mitos foram desfeitos pelo próprio, ao afirmar que o que faz mal é nadar
com a técnica errada, os atletas têm de estar sempre concentrados na estratégia
e no percurso, que realmente os atletas nadam muitos metros, mas têm de saber
gerir o esforço e também virar na boia, e que o treino não é tão monótono como
as pessoas pensam, pois estes podem treinar em qualquer contexto. Deu o
exemplo de um atleta que treino boxe para aprender a defender-se nos duelos.

62
Daniel Viegas prosseguiu referindo o material utilizado nas provas em
águas abertas, enumerando o material que é realmente importante e o outro que
é opcional ou acessório. O importante é o fato isotérmico (proibido em águas
acima de 20º e obrigatório abaixo dessa temperatura), fato de banho, touca,
óculos e boia. O acessório é o relógio GPS (proibido em provas oficiais),
vaselina, proteção do pescoço, barbatanas e palas.

Depois falou das especificidades das águas abertas, do enquadramento


destas na natação e nas escolas de natação. Relativamente às especificidades,
este pode ser praticado em diferentes ambientes (rios, mar, barragens, entre
outros), diferentes temperaturas, diferentes circuitos, uso do fato isotérmico,
contacto físico, número de praticantes, tipos de partida, o abastecimento (esta
zona é obrigatória em provas acima dos 7,5km). Quanto ao enquadramento das
águas abertas na natação, este pode ser usado para o ensino da natação pura
ou em provas como o triatlo, pentatlo, entre outros. Nas escolas de natação,
seja qual for o objetivo, a base do ensino é a mesma, começar do início para o
mais complexo, ensino das técnicas (ensino multidisciplinar- vários tipos de
natação e desportos, competência aquática- aprender a fazer tudo o que quiser
na água: sustentação, remada, apneia, entre outros).

Mais tarde fez uma comparação entre a técnica de natação entre a piscina
e as águas abertas, esta é influenciada pela duração da prova, competição entre
adversários, as referências visuais, as condições climatéricas e o estado do
plano de água.

Para se nadar em águas abertas é preciso criar uma adaptação e estas


passam por: nadar com a cabeça levantada, adaptar a braçada (em função da
corrente, ondulação, entre outros), adaptar a frequência da braçada, ter em conta
a rotação do tronco (uma boa rotação do tronco permite uma braçada mais
eficiente), aprender a usar as pernas (este é importante na velocidade e no
levantar da cabeça, pois ajuda a que o tronco não afunde), aprender a ter
orientação (necessário para ter pontos de referência pois nem sempre é possível
ver as boias, aprender a contornar boias (é preciso antecipação, aceleração,
tomada de decisão, agressividade e capacidade física), adaptação ao fato
isotérmico, realizar treinos específicos (como o treino de abastecimento ou a
viragem da boia), entre outros. Caso não seja possível fazer esta adaptação
63
diretamente no mar, também é possível realizar aulas ou treino específico de
águas abertas dentro da piscina, para isso temos de: tirar pelo menos uma pista,
pôr boias na piscina, nadar em grupos e na cola, treinar “drills” específicos (olhos
fechados por exemplo), nado de paraquedas (aumenta o tempo a nadar),
trabalho de carrossel e treinar semanalmente com o fato para criar uma
adaptação ao mesmo.

No que às provas em águas abertas dizem respeito, estas exigem uma


preparação prévia, uma tática ou estratégia definida, há uma partida (esta pode
ser com salto ou já dentro de água), colocação no pelotão, saber as referências
e definir o contorno de boia, gerir a distância, definir o abastecimento
(normalmente entre 3 e 5 vezes) e definir a chegada. Relativamente ao
abastecimento, este é normalmente de hidratação isotónica ou hidratos de
absorção lenta.

Por fim, Daniel Viegas mostrou como é o planeamento atual da competição


e como são definidos os escalões competitivos. O campeonato nacional de longa
distância ocorre me fevereiro; o campeonato nacional Primavera ocorre a 5/7 e
10 de maio; campeonato nacional de Verão 5km ocorre em julho e agosto; e o
circuito nacional AA ocorre em outubro e entre junho e setembro.

• AA 13/14 (Masculino) e AA 12/13 (Feminino)- até 2km


• AA 15 (Masculino) e AA 14/15 (Feminino)- até 5km
• AA 16/17- 7,5km
• AA 18/19- 10km
• AA 20+-5/10/25km

Para concluir, este foi um seminário bastante interessante sobre um tema


que conhecia, porém, desconhecia o seu formato, as suas características e as
metodologias de treino. É sempre bom e estimulante aprender coisas novas pois
alarga os nossos horizontes e o nosso conhecimento. Relativamente aos
seminários anteriores e à sua organização, dou mérito aos professores que
organizaram, pois, foram temas bastante interessantes e enriquecedores.

64
Atas de Reunião

Mensalmente, é convocada uma reunião técnica por parte do coordenador


da escola Dragon Force Algarve, Ângelo Caetano, onde todos os recursos
humanos, incluindo os diversos departamentos da organização, são convocados
via email e no qual nos é facultado o horário, data, local e a ordem dos trabalhos
que vai ser debatida.

Por motivos de confidencialidade não me é permitido expor a informação


a que tive acesso nas reuniões em que estive presente, contudo, posso relatar
em que moldes decorre a mesma. É iniciada com uma chamada de forma a aferir
os presentes e os ausentes, segue-se o debate dos temas a abordar onde é
permitida a discussão de ideias. Por fim, e com todos em concordância, é
elaborado um documento com tarefas e aspetos a melhorar, caso haja
necessidade. Posteriormente é nos enviada a ata da reunião via email.

65
Observações internas

Observação interna 1

Treinador Pedro Mendes Data 14-10-2021


Escalão Sub 12 FCP Local Estádio Municipal
de Almancil

Observação do treinador
O treinador tem uma postura profissional, ativa e autoritária
Postura para que os atletas não se percam e comecem a brincar.
A linguagem do treinador é adequada à idade. Introduz alguns
Linguagem termos técnicos da modalidade de forma que os atletas
comecem a familiarizar-se com a terminologia.
O tom de voz também é adequado à idade. Autoritário quando
Tom de Voz tem de chamar à atenção ou advertir, tranquilo a explicar os
exercícios e sempre amigável com os atletas.
Na explicação o treinador perde tempo a explicar os exercícios
Explicação e demonstra-os para que se tornem claros aos atletas.
Tem sempre o cuidado de demonstrar os exercícios para que
Demonstração sejam bem compreendidos pelos atletas.
Procura sempre intervir durante os exercícios de modo a
Feedback corrigir posicionamentos ou falhas técnicas, mostrando
sempre como se faz para que os atletas tenham sucesso.
O treinador tem sempre o cuidado de integrar todos os atletas
Pedagogia nos exercícios e de criar um bom ambiente no grupo, para que
todos evoluam e estejam ao mesmo nível.
Repreende e dá castigos quando a conduta dos atletas não é
Outras
a melhor, ou seja, há brincadeira, falta de atenção ou vontade
Observações de treinar.

Treino
O planeamento é feito antecipadamente
em conjunto com o treinador-adjunto, e
Planeamento ajustado consoante a evolução dos
atletas.
São planeados de forma que haja um
Construção dos Exercícios melhoramento contínuo dos atletas, a
nível tático, técnico e físico.
Tem uma boa noção do espaço e
Organização do material/espaço prepara o material necessário para não
perder tempo e otimizar o treino.
Gere bem e decide na construção dos
exercícios quem fica com quem, e tem o
Organização dos jogadores cuidado de separar os mais distraídos ou
conversadores.
O tempo também é definido na
construção dos exercícios, mas pode ser
Gestão do tempo alterado conforme o decorrer dos
exercícios.
66
Ajuste da intensidade Neste treino isso não se verificou.
Ajuste das variáveis/regras dos Neste treino isso não se verificou.
exercícios
O treinador tem a preocupação de
chegar mais cedo para organizar e
preparar o campo de treino;
Outras observações As pausas para ir beber água são
aproveitadas para montar/desmontar
exercícios.

Data Horário Local Nº de Material Fase da


jogadores época
14-10-2021 18h30/20h00 EMA 12 Bolas Pré-
Pinos/cones Competitivo
Coletes
Objetivos Gerais
Resistência e tomada de decisão

1- Objetivo: trabalhar condução de 2-Objetivo: procurar linhas de passe


bola, passe, desmarcação, visão de e resistência.
jogo e apoios.

Dois c/bola dentro da grande Grupos de três c/bola, dois em cada


área em condução, passe e pino e um no meio. Os das pontas
desmarcação por parte de quem têm a bola e o do meio terá de ir ao
não tem a bola. encontro dos colegas receber o
passe e devolver.
- cabeça levantada;
- o passe só pode ser realizado
Variantes: limitação de toques; quando o colega estiver próximo,
aumentar e diminuir distância do para obrigar este a deslocar-se;
passe. - passe bem feito;
10min - não há bolas a “morrer”.

2x3’ c/30’’ descanso= 20min

3- Objetivo: 1x1 e finalização. 4- Objetivo: 2x2, velocidade e


transições rápidas.

67
Minicampos com mini balizas e Formar duas filas e colocar dois
solicitar 2x2. defesas á entrada da área, e uma
mini baliza entre as filas.
- os jogadores devem, em equipa,
ultrapassar os adversários e fazer - fintar defesa e finalizar;
golo;
- quem remata vai buscar a bola e
- quem perde em cada série faz 10 troca de fila;
agachamentos.
- se o defesa recuperar, marca golo
Variantes: nº de toques, pé usado. na mini baliza.

3x5’ c/1’ de descanso + água no Variantes: mudar defesa; mudar pé.


final= 20min
15/20min

Reflexão

Na observação ao trabalho do treinador Pedro Mendes, este surpreendeu-


me pela sua dedicação, paixão, e comprometimento com a equipa. Segundo
Jowett, Nicolas e Yang (2017) os treinadores são responsáveis por fornecer
feedback, corrigir erros, garantir a compreensão, reforçando, demonstrando,
descrevendo e explicando, posto isto, o treinador tem uma boa postura e sabe
comunicar com os atletas, consegue transmitir o seu conhecimento e aquilo que
quer para a equipa ou nos exercícios, sabe gerir o comportamento dos seus
atletas uma vez que é autoritário e assertivo com os mesmos quando tem de ser,
e tem uma boa noção de organização e gestão dos espaços.

A equipa que o treinador Pedro Mendes treina é a do escalão de Sub-12


da Dragon Force, com as idades dos atletas a rondar os 10, 11 e 12 anos.

Relativamente à questão do treino pareceu-me ser adequado ao contexto


da equipa, ou seja, idades dos atletas e as suas capacidades atuais. Os
exercícios concorriam para uma melhoria constante dos atletas e para a forma
de jogar da instituição Dragon Force.

68
Antes de iniciar a sessão de treino gosta de juntar todos os atletas e
informar como vai decorrer o mesmo, o que para mim me parece correto porque
como diz Santos e Pinheiro (2020) a instrução emitida antes do exercício tem
por principal objetivo a organização, procurando ser de pouca duração, havendo
necessidade de um maior tempo quando se apresenta novos conteúdos ou
exercícios.

No final do treino é realizado uma roda onde todos os atletas alongam e


se faz uma reflexão sobre o treino, no sentido de apurar aquilo que os jogadores
sentiram durante a sessão.

Em suma o treino correu normalmente e sem incidentes, os atletas


estavam motivados e todas as unidades de treino foram executadas conforme o
planeamento.

Observação Interna 2

Treinador Ângelo Caetano Data 25-10-2021


Escalão Sub-10 FCP Local Estádio Municipal
de Almancil

Observação do Treinador
Segura e observadora para entender o rumo que o treino e os
exercícios estão a tomar. Autoritário a puxar pela equipa e
Postura duro.
Exige sempre o máximo dos atletas.
Adequada à idade. Introduz alguns termos técnicos. Usa
termos infantis para melhor entendimento dos exercícios e do
Linguagem jogo, como por exemplo “procurar barrigas”. Significa que têm
de procurar alguém que esteja de frente e em condições de
receber a bola.
Alto e autoritário para se fazer ouvir e ter a atenção de todos,
Tom de Voz no entanto em momentos de brincadeira e relaxe, é amigável
com os atletas.
Tenta que todos percebam o exercício e fá-lo de forma calma.
Explicação Caso não esteja a correr como devia, para e corrige.
Coloca os atletas a fazer o exercício passo a passo para que a
Demonstração explicação seja visual e de fácil entendimento.
Corrige sempre os atletas, individualmente ou em grupo, para
Feedback que todos tenham evolução.
O treinador tem sempre o cuidado de integrar todos os atletas
Pedagogia nos exercícios e de criar um bom ambiente no grupo, para que
todos evoluam e estejam ao mesmo nível.

69
Tem tendência para repreender os atletas quando há falta de
Outras
atenção ou brincadeira, no sentido de agarrar o grupo e os
Observações manter focados.

Treino
É feito com antecedência e em conjunto
Planeamento com o treinador-adjunto.
Tem em conta aquilo que os atletas mais
Construção dos Exercícios necessitam para continuarem o seu
desenvolvimento.
É feito antes de começar o treino para
Organização do material/espaço que esteja tudo pronto à hora do treino.
São escolhidos de forma pensada para
Organização dos jogadores que seja bom para todos e todos
evoluam.
É controlado para que o treino seja fluido
e não haja muita paragem. Também era
Gestão do tempo alterado consoante a facilidade do
exercício.
Esta era introduzida pelo treinador ao
Ajuste da intensidade exigir mais dos atletas na realização dos
exercícios.
Ajuste das variáveis/regras dos O treino fluiu do mais simples para o
exercícios complexo.
Os exercícios são interrompidos sempre
que necessário dar algum feedback à
Outras observações equipa;
Os atletas podem beber água no meio
temporal do treino.

Data Horário Local Nº de Material Fase da


jogadores época
25-10-2021 18h30 EMA 12 Balizas/Pinos/ Período
Bolas/Coletes competitivo
Objetivos Gerais
Força- Transições rápidas e movimentação constante.

70
1-Objetivo: desequilibrar o 2-Objetivo: oferecer linha de passe e
adversário, proteger a bola, passe e soluções, ajuda ao portador da bola.
receção.

1- Cada um c/bola dentro do Jogo do meio com um ao centro.


quadrado e roubar as bolas dos O do centro tem um colete na
colegas protegendo a sua. mão e tem de apanhar o colega.
- Quem perde a bola ou sai do - Quando consegue apanhar o
campo, fica fora. colega troca com esse mesmo;
2- dois c/bola e faz - Quem falha passe troca com o
passe/receção e passe de 1ª. do meio.
10’ + 10’- 20min 3x6’ c/1’ de descanso= 20min

3-Objetivo: igual ao exercício anterior 4- Pôr em prática o que foi treinado.


+ pressão ao portador da bola.

Quatro equipas, mas apenas três


Jogo.
dentro do quadrado
(verde/laranja/azul/branco). Uma 20/25min
fica no meio a tentar intercetar a
bola e os restantes ficam a trocar
entre si. Enquanto o exercício
decorre, uma equipa fica de fora a
fazer um exercício igual, mas mais
reduzido.

- Movimentações constantes;

- Agressividade a pressionar.

20min

71
Reflexão

Nesta observação o treinador em questão foi o Ângelo Caetano, na equipa


de Sub-10 Elite. Esta equipa é caracterizada por jogadores de qualidade que
estão diretamente ligados à formação do Futebol Clube do Porto, e que são
promissores, com qualidade acima da média. Segundo Schorer e Elferink-
Gemser (2013) os jogadores são considerados talentosos se apresentarem
níveis de rendimento melhores que os seus pares, ou se são identificados como
tendo potencial para atingir um nível de elite.

Durante o treino o treinador tem uma postura observadora para analisar o


decorrer dos exercícios, dado que tem o contributo do treinador ajunto, no
entanto quando tem de intervir é bastante assertivo. Normalmente intervém
quando vê que há falta de intensidade, erros técnico-táticos, entre outros, o que
para mim me parece correto, porque segundo Clemente, Martins e Mendes
(2014) o encorajamento durante os jogos reduzidos condicionados, como forma
de motivação externa, aumenta a resposta fisiológica dos jogadores, bem como
a sua perceção de esforço.

Relativamente às unidades de treino, estas concorrem para o


desenvolvimento contínuo dos atletas pois segundo Sarmento, Calco e Coutinho
(2020) o treino, caracterizado por ser uma prática de cariz formal, desenvolvida
num contexto legalmente organizado (clube ou instituição) e orientada por um
adulto (treinador ou professor), é o tipo de prática capaz de potenciar a evolução
do atleta.

No final do treino é realizado uma roda onde todos os atletas alongam e


se faz uma reflexão sobre o treino, no sentido de apurar aquilo que os
jogadores sentiram durante a sessão.
Em suma, o treino correu normalmente e sem incidentes, os atletas
estavam motivados e todas as unidades de treino foram executadas conforme
o planeamento.

Observação interna 3

Treinador Nélson Moreira Data 25-10-2021


(T. Adjunto)

72
Escalão Sub-10 Local Estádio Municipal
de Almancil

Observação do Treinador
Segura e observadora para entender o rumo que o treino e os
Postura exercícios estão a tomar, porém é pouco interventivo.
Adequada à idade pois usa termos infantis para melhor
Linguagem entendimento dos exercícios e do jogo.
Tem um tom amigável para com os atletas, mas fala baixo
Tom de Voz dado que a maioria das intervenções são feitas pelo treinador
principal.
Tenta que todos percebam o exercício e fá-lo de forma calma.
Explicação Caso não esteja a correr como devia, para e corrige.
Coloca os atletas a fazer o exercício passo a passo para que a
Demonstração explicação seja visual e de fácil entendimento.
Fá-lo se tiver de o fazer, mas normalmente comenta com o
Feedback treinador principal sobre o que observa.
Sempre que é responsável por um exercício, tem sempre o
cuidado de integrar todos os atletas e de criar um bom
Pedagogia ambiente no grupo, para que todos evoluam e estejam ao
mesmo nível.
No que toca a repreensões e feedback, tem sempre o cuidado
Outras
de alertar ou comentar o treinador antes de o fazer, para não
Observações haver divergência de ideias.

Treino
É feito com antecedência e em conjunto
Planeamento com o treinador.
Tem em conta aquilo que os atletas mais
Construção dos Exercícios necessitam para continuarem o seu
desenvolvimento.
É feito antes de começar o treino para
Organização do material/espaço que esteja tudo pronto à hora do treino.
São escolhidos de forma pensada para
Organização dos jogadores que seja bom para todos e todos
evoluam.
É controlado para que o treino seja fluido
e não haja muita paragem. Também era
Gestão do tempo alterado consoante a facilidade do
exercício.
Esta era introduzida pelo treinador ao
Ajuste da intensidade exigir mais dos atletas na realização dos
exercícios.
Ajuste das variáveis/regras dos O treino fluiu do mais simples para o
exercícios complexo.
Intervém pouco nas questões do treino
Outras observações pois é mais o papel do treinador principal
assumir a responsabilidade do treino.

73
Data Horário Local Nº de Material Fase da
jogadores época
25-10-2021 18h30 EMA 12 Balizas/Pinos/ Período
Bolas/Coletes competitivo
Objetivos Gerais
Força- Transições rápidas e movimentação constante.
1-Objetivo: desequilibrar o 2-Objetivo: oferecer linha de passe e
adversário, proteger a bola, passe e soluções, ajuda ao portador da bola.
receção.

1- Cada um c/bola dentro do Jogo do meio com um ao centro.


quadrado e roubar as bolas dos O do centro tem um colete na
colegas protegendo a sua. mão e tem de apanhar o colega.
- Quem perde a bola ou sai do - Quando consegue apanhar o
campo, fica fora. colega troca com esse mesmo;
2- dois c/bola e faz - Quem falha passe troca com o
passe/receção e passe de 1ª. do meio.
10’ + 10’- 20min 3x6’ c/1’ de descanso= 20min

3-Objetivo: continuar o exercício 4- Pôr em prática o que foi treinado.


anterior mais pressão ao portador da
bola.

74
Quatro equipas, mas apenas três
Jogo.
dentro do quadrado
(verde/laranja/azul/branco). Uma 20/25min
fica no meio a tentar intercetar a
bola e os restantes ficam a trocar
entre si. Enquanto o exercício
decorre, uma equipa fica de fora a
fazer um exercício igual, mas mais
reduzido.

- Movimentações constantes;

- Agressividade a pressionar.

20min

Reflexão

Nesta observação o treinador em questão foi o Nélson Moreira (treinador-


adjunto), na equipa de Sub-10 Elite. Esta equipa é caracterizada por jogadores
de qualidade que estão diretamente ligados à formação do Futebol Clube do
Porto, e que são promissores, com qualidade acima da média. Segundo Schorer
e Elferink-Gemser (2013) os jogadores são considerados talentosos se
apresentarem níveis de rendimento melhores que os seus pares, ou se são
identificados como tendo potencial para atingir um nível de elite.

Durante o treino o treinador tem uma postura interventiva e é responsável


por iniciar o treino, com o aquecimento, porém a sua linguagem e tom de voz, no
meu entender não são os mais adequados pois é bastante amigável e fala num
tom demasiado baixo, e segundo Sampaio e Maças (2012) o desempenho dos
jogadores é resultado do processo de treino que os prepara para enfrentar os
requisitos da complexidade e dinâmica da competição de um jogo de futebol,
posto isto, se o treinador não for exigente e assertivo a este nível, pode haver
displicência por parte dos jogadores.

75
Relativamente às unidades de treino são planeadas antecipadamente em
conjunto com o treinador principal e estas concorrem para o desenvolvimento
contínuo dos atletas pois segundo Sarmento, Calco e Coutinho (2020) o treino,
caracterizado por ser uma prática de cariz formal, desenvolvida num contexto
legalmente organizado (clube ou instituição) e orientada por um adulto (treinador
ou professor), é o tipo de prática capaz de potenciar a evolução do atleta.

No final do treino é realizado uma roda onde todos os atletas alongam e


se faz uma reflexão sobre o treino, no sentido de apurar aquilo que os jogadores
sentiram durante a sessão. O alongamento é uma tarefa que está ao seu cargo.

Em suma, o treino correu normalmente e sem incidentes, os atletas


estavam motivados e todas as unidades de treino foram executadas conforme o
planeamento.

Observação interna 4

Treinador João Mestre Data 26-10-2021


Escalão Sub-15 DF Local Estádio Municipal
de Almancil

Observação do Treinador
O treinador tem uma postura calma, uma vez que os atletas já
o conhecem e têm alguma maturidade para prestar atenção ao
Postura que é dito. Gosta de observar o treino para ver a sua evolução
e intervir quando necessário.
Adequada á idade e introduz termos técnicos da modalidade.
Linguagem Usa expressões para melhor entendimento do jogo, como por
exemplo “fechar portas”, o que significa fechar espaços.
Alto para se fazer ouvir e amigável com os atletas. O tom de
Tom de Voz voz aumenta quando o treino não está a fluir como esperado
ou tem de intervir para corrigir algum erro.
Explica os exercícios ao mesmo tempo que os demonstra para
Explicação que seja de fácil entendimento para todos, e fá-lo até que
todos entendam o que têm de fazer.
Demonstração Ele próprio demonstra o exercício com os jogadores.
Está sempre presente e a observar para corrigir erros e se for
Feedback preciso para o treino para intervir.
Pedagogia Tem o cuidado de preparar o treino de forma a envolver todos.
Outras Junta o grupo antes de iniciar o treino e gosta de refletir sobre
Observações o jogo passado.

76
Treino
Planeia os treinos em conjunto com o
Planeamento treinador-adjunto.
Planeado com base no que os atletas
Construção dos Exercícios conseguem fazer e tenta passar por
todas as fases do jogo.
Faz bom uso do espaço que lhe é
Organização do material/espaço disponibilizado e do respetivo material.
Não olha a nomes na hora de o dividir
dado que tem uma equipa homogénea,
Organização dos jogadores mas divide-os da melhor forma para que
o treino flua.
É ajustado, mas tem muitos atletas e por
Gestão do tempo vezes é difícil gerir todos e atrasa os
exercícios.
É incutida pelo treinador ao exigir mais
Ajuste da intensidade dos atletas durante os exercícios.
Um dos exercícios foi alterado por ter
Ajuste das variáveis/regras dos
jogadores a menos, mas manteve a
exercícios mesma dinâmica.
O grupo é dividido em dois e o treinador
é responsável por um grupo, e o adjunto
Outras observações por outro, e fazem os mesmos
exercícios.

Data Horário Local Nº de Material Fase da


jogadores época
26-10- 18h30 EMA 21 Balizas/Pinos/ Período
2021 Bolas/Coletes competitivo

Objetivos Gerais

Treino de força- jogos reduzidos de transições rápidas, procura constante da bola.

77
1- Objetivo: aquecimento- procura 2-Objetivo: transições rápidas,
pela bola e movimentações, passe e reação à perda.
receção.

Meios (dois) com dois jogadores Três corredores e três equipas de


no meio. quatro elementos, com uma em
cada corredor. As equipas das
- dois toques na bola; pontas trocam a bola sem que a do
meio consiga intercetar a mesma.
- quem falha passe vai ao meio; Ao quarto toque, a equipa em
posse de bola pode trocar a bola
- sai quem está à mais tempo.
com a equipa da ponta contrária.
3x6’ c/1’ de descanso= 20min A equipa do meio pode ter dois
jogadores no corredor em posse de
bola.

15 min

3- Objetivo: transições rápidas, 4- Objetivo: jogar em largura.


reação à perda.

Enquanto o exercício anterior Três equipas, com duas dentro


decorre, os restantes atletas do campo e outra por fora a dar
ficam com o adjunto a fazer apoio em largura.
finalização 1x1 com guarda-
redes. O defesa, que está junto Posse de bola com finalização,
à baliza grande, passa para o e uma delas ataca a baliza
atacante, que está à entrada da grande enquanto a outra ataca
área. Este ataca e tenta finalizar duas balizas pequenas.
na baliza grande. Caso o defesa - há um joker.
recupere a bola, finaliza em
duas balizas pequenas. 30min
15min

78
Reflexão

Nesta observação o treinador em questão foi o João Mestre, na equipa de


Sub-15 Dragon Force. Esta equipa é caracterizada por jogadores de qualidade
e que são promissores, com idades entre os 12 e os 14 anos e em que alguns
competem no campeonato de futebol de 9 e outros no futebol de 11.

Os jogadores já o conhecem dos anos anteriores e sabem o que o


treinador gosta de treinar e como funciona, por isso durante o treino o treinador
tem uma postura observadora para analisar o decorrer dos exercícios, dado que
tem o contributo do treinador ajunto, no entanto quando tem de intervir é bastante
assertivo. Normalmente intervém quando vê que há falta de intensidade, erros
técnico-táticos, entre outros, o que para mim me parece correto, porque segundo
Clemente, Martins e Mendes (2014) o encorajamento durante os jogos reduzidos
condicionados, como forma de motivação externa, aumenta a resposta
fisiológica dos jogadores, bem como a sua perceção de esforço.

Relativamente às unidades de treino são planeadas antecipadamente em


conjunto com o treinador principal e estas concorrem para o desenvolvimento
contínuo dos atletas pois segundo Sarmento, Calco e Coutinho (2020) o treino,
caracterizado por ser uma prática de cariz formal, desenvolvida num contexto
legalmente organizado (clube ou instituição) e orientada por um adulto (treinador
ou professor), é o tipo de prática capaz de potenciar a evolução do atleta.

Ainda relativamente ao treino e em conversa com o treinador, o mesmo


confidenciou-me que gosta muito de realizar exercícios com apoios nos jogos
reduzidos no sentido de trabalhar em toda a largura do campo e para que os
jogadores assimilem que o campo é grande e há muito espaço para jogar.

No final do treino é realizado uma roda onde todos os atletas alongam e


se faz uma reflexão sobre o treino, no sentido de apurar aquilo que os jogadores
sentiram durante a sessão. O alongamento é uma tarefa que está ao seu cargo.

Em suma o treino correu normalmente e sem incidentes, os atletas estavam


motivados e todas as unidades de treino foram executadas conforme o
planeamento.

79
Observação interna 5

Treinador Luís Rocha Data 26-10-2021


(T. Adjunto)
Escalão Sub-15 DF Local Estádio Municipal
de Almancil

Observação do Treinador
O treinador tem uma postura calma e gosta de observar o
Postura treino para ver a sua evolução e intervir quando necessário.
Adequada à idade pois usa termos infantis para melhor
Linguagem entendimento dos exercícios e do jogo.
Tem um tom amigável e moderado para com os atletas, dado
Tom de Voz que a maioria das intervenções são feitas pelo treinador
principal.
Explica os exercícios ao mesmo tempo que os demonstra para
Explicação que seja de fácil entendimento para todos, e fá-lo até que
todos entendam o que têm de fazer.
Demonstração Ele próprio demonstra o exercício com os jogadores.
Fá-lo se tiver de o fazer, mas normalmente comenta com o
Feedback treinador principal sobre o que observa.
Tem o cuidado de preparar o treino em conjunto com o
Pedagogia treinador principal, de forma a envolver todos.
Outras Em conjunto com o treinador principal, junta o grupo antes de
Observações iniciar o treino e gosta de refletir sobre o jogo passado.

Treino
É feito com antecedência e em conjunto
Planeamento com o treinador.
Planeado com base no que os atletas
Construção dos Exercícios conseguem fazer e tenta passar por
todas as fases do jogo.
Faz bom uso do espaço que lhe é
Organização do material/espaço disponibilizado e do respetivo material.
Não olha a nomes na hora de o dividir
dado que tem uma equipa homogénea,
Organização dos jogadores mas divide-os da melhor forma para que
o treino flua.
É ajustado, mas tem muitos atletas e por
Gestão do tempo vezes é difícil gerir todos e atrasa os
exercícios.
Esta era introduzida pelo treinador ao
Ajuste da intensidade exigir mais dos atletas na realização dos
exercícios.
Um dos exercícios foi alterado por ter
Ajuste das variáveis/regras dos
jogadores a menos, mas manteve a
exercícios mesma dinâmica.

80
O grupo é dividido em dois e o treinador
é responsável por um grupo, e o adjunto
Outras observações por outro, e fazem os mesmos
exercícios.

Data Horário Local Nº de Material Fase da


jogadores época
26-10- 18h30 EMA 21 Balizas/Pinos/ Período
2021 Bolas/Coletes competitivo

Objetivos Gerais
Treino de força- jogos reduzidos de transições rápidas, procura constante da bola.

1- Objetivo: aquecimento- procura 2-Objetivo: transições rápidas,


pela bola e movimentações, passe e reação à perda.
receção.

Meios (dois) com dois jogadores Três corredores e três equipas de


no meio. quatro elementos, com uma em
cada corredor. As equipas das
- dois toques na bola; pontas trocam a bola sem que a do
meio consiga intercetar a mesma.
- quem falha passe vai ao meio; Ao quarto toque, a equipa em
posse de bola pode trocar a bola
- sai quem está à mais tempo. com a equipa da ponta contrária.
3x6’ c/1’ de descanso= 20min A equipa do meio pode ter dois
jogadores no corredor em posse de
bola.

15 min

3- Objetivo: transições rápidas, 4- Objetivo: jogar em largura.


reação à perda.

81
Enquanto o exercício anterior Três equipas, com duas dentro
decorre, os restantes atletas do campo e outra por fora a dar
ficam com o adjunto a fazer apoio em largura.
finalização 1x1 com guarda-
redes. O defesa, que está junto Posse de bola com finalização,
à baliza grande, passa para o e uma delas ataca a baliza
atacante, que está à entrada da grande enquanto a outra ataca
área. Este ataca e tenta finalizar duas balizas pequenas.
na baliza grande. Caso o defesa - há um joker.
recupere a bola, finaliza em
duas balizas pequenas. 30min
15min

Reflexão

Na quinta observação o treinador em questão foi o Luís Rocha (treinador-


adjunto), na equipa de Sub-15 Dragon Force. Esta equipa é caracterizada por
jogadores de qualidade e que são promissores, com idades entre os 12 e os 14
anos e em que alguns competem no campeonato de futebol de 9 e outros no
futebol de 11.

Durante o treino o treinador tem uma postura calma, amigável e é


responsável por iniciar o treino, com o aquecimento, a sua linguagem e tom de
voz é bastante amigável e moderado, fala num tom médio. Tem a autorização
para dar feedback aos atletas e normalmente gosta de elogiar, o que para Potrac,
Jones e Armour (2002) os altos valores de elogio não estão só relacionados com
o objetivo de aumentar os níveis de confiança e autoeficácia dos jogadores, mas
também reforçar comportamentos desejados pelo treinador.

Relativamente às unidades de treino são planeadas antecipadamente em


conjunto com o treinador principal e estas concorrem para o desenvolvimento
contínuo dos atletas pois segundo Sarmento, Calco e Coutinho (2020) o treino,

82
caracterizado por ser uma prática de cariz formal, desenvolvida num contexto
legalmente organizado (clube ou instituição) e orientada por um adulto (treinador
ou professor), é o tipo de prática capaz de potenciar a evolução do atleta.

No final do treino é realizado uma roda onde todos os atletas alongam e


se faz uma reflexão sobre o treino, no sentido de apurar aquilo que os jogadores
sentiram durante a sessão. O alongamento é uma tarefa que está ao seu cargo.

Em suma, o treino correu normalmente e sem incidentes, os atletas


estavam motivados e todas as unidades de treino foram executadas conforme o
planeamento.

Observação interna 6

Treinador Nuno Ramos Data 28-10-2021


Escalão Sub-13 FCP Local Estádio Municipal
de Almancil

Observação do Treinador
O treinador tem uma postura autoritária, calma e amigável,
gosta de brincar com os seus atletas no início do treino.
Postura Observa bastante o desenrolar dos exercícios e é assertivo
quando necessário.
Adequada à idade e introduz termos técnicos da modalidade
Linguagem uma vez que estes na próxima época já iniciarão no futebol de
11.
Tem um tom de voz alto e faz-se ouvir, mas a maioria das
Tom de Voz vezes não é necessário porque o grupo respeita quando este
fala.
Explica uma vez e eles fazem, caso não percebam este vai,
durante o exercício, um a um, explicar. Normalmente faz
Explicação sempre os mesmos exercícios mudando algumas variáveis,
daí a ausência de grandes explicações.
A demonstração é feita pelos atletas, que fazem o exercício
Demonstração passo a passo para que seja de fácil entendimento.
Vai sempre um a um para dar o seu feedback e se for preciso,
Feedback para o treino para intervir mais assertivamente.
Existe uma aproximação ao atleta para ajudá-lo a cumprir os
Pedagogia seus objetivos, acompanhar a aprendizagem e todos os
atletas são incluídos nos exercícios, aproveitando o tempo útil.
A repreensão dos atletas quando se verifica faltas de atenção,
Outras brincadeira ou falta de vontade para treinar, é sempre
Observações aplicada;
O castigo é aplicado, flexões e voltas ao campo a correr;

83
Em termos mais práticos de treino, o castigo não existe, o que
existe sim o intuito de ‘premiar’ quem vence quando se
compete dentro do grupo.

Treino
Este é feito antecipadamente e tem em
Planeamento conta o desenvolvimento dos atletas.
A construção dos exercícios concorre
para o melhoramento constante dos
atletas e normalmente são iguais ou
Construção dos Exercícios parecidos para que os mesmos
aprendam e adquiram autonomamente
soluções para ultrapassar o desafio de
cada exercício.
Faz bom uso do espaço que tem à sua
Organização do material/espaço
disposição e dos materiais disponíveis.
Os grupos de jogadores são distribuídos
conforme a idade e qualidade individual
Organização dos jogadores dos jogadores, de modo a ficarem no
mesmo nível.
O exercício poderia vir a ser alterado
quando se verificava facilidade e que o
mesmo já não concorria para a criação
Gestão do tempo de novos estímulos, ou o contrário, o
exercício não era mudado caso o
rendimento do mesmo estivesse a ser
positivo.
Este é imposto pelo treinador durante o
Ajuste da intensidade decorrer dos exercícios.
Ajuste das variáveis/regras dos Não houve alterações.
exercícios
Os jogadores podiam ir beber água a
meio do treino ou enquanto o treinador
arrumava algum material não necessário
Outras observações que pudesse comprometer o desenrolar
do treino;
Usa apito para chamar a atenção dos
seus atletas.

Data Horário Local Nº de Material Fase da


jogadores época
28-10-2021 18h30 EMA 18 Balizas/bolas/ Período
pinos/coletes competitivo
Objetivos Gerais
Reação à perda da bola, velocidade e transições.

1- Objetivo: aquecimento- passe e 2-Objetivo: 2x1- transições rápidas e


receção de bola para ativação. reação à perda.

84
Passe e receção de bola a pares, 2x1 nos mesmos pinos do
para ativação muscular. exercício anterior.
Variantes: - quem perde a bola defende;
- domina com um pé e dá com
- quem recupera a bola sai em
outro;
transição rápida para finalizar.
- domina a bola orientada para a
direita/esquerda e passa; 20min

- conduz a bola até ao colega,


passa, e volta para o lugar.

20min

3- Objetivo: velocidade, transições 4- Objetivo: jogo 9x9


rápidas, reação à perda e finalização.

2x2 em transições rápidas, com dois a Jogo em meio-campo com


defender e outros dois a atacar. Caso
posições definidas.
os atacantes consigam finalizar o
exercício acaba, mas se os defesas 25min
recuperarem a bola, têm de a colocar
rapidamente nos corredores laterais
para que estes ataquem a baliza, e os
que estavam a atacar automaticamente
passam a defender.

- A bola sai dos defesas, que passam


para quem ataca e têm de ir contornar
os pinos que estão à sua frente.

20min

85
Reflexão

Nesta sexta observação o treinador em questão foi o Nuno Ramos, na


equipa de Sub-13 Elite. Esta equipa é caracterizada por jogadores de qualidade
que estão diretamente ligados à formação do Futebol Clube do Porto, e que são
promissores, com qualidade acima da média. Segundo Schorer e Elferink-
Gemser (2013) os jogadores são considerados talentosos se apresentarem
níveis de rendimento melhores que os seus pares, ou se são identificados como
tendo potencial para atingir um nível de elite.

Antes de iniciar a sessão de treino gosta de juntar todos os atletas e


informar como vai decorrer o mesmo, o que para mim me parece correto porque
como diz Santos e Pinheiro (2020) a instrução emitida antes do exercício tem
por principal objetivo a organização, procurando ser de pouca duração, havendo
necessidade de um maior tempo quando se apresenta novos conteúdos ou
exercícios. Relativamente aos novos conteúdos ou exercícios, o treinador
confidenciou-me que gosta de repetir unidades de treino para que os atletas
consigam autonomamente aprender ou descobrir soluções de ultrapassar a
dificuldade dos exercícios.

Durante o treino o treinador tem uma postura observadora para analisar o


decorrer dos exercícios, amigável dado que os atletas já o conhecem e gosta de
brincar com eles. Normalmente intervém quando vê que há falta de intensidade,
erros técnico-táticos, entre outros, o que para mim me parece correto, porque
segundo Clemente, Martins e Mendes (2014) o encorajamento durante os jogos
reduzidos condicionados, como forma de motivação externa, aumenta a
resposta fisiológica dos jogadores, bem como a sua perceção de esforço.

Relativamente às unidades de treino, estas concorrem para o


desenvolvimento contínuo dos atletas pois segundo Sarmento, Calco e Coutinho
(2020) o treino, caracterizado por ser uma prática de cariz formal, desenvolvida
num contexto legalmente organizado (clube ou instituição) e orientada por um
adulto (treinador ou professor), é o tipo de prática capaz de potenciar a evolução
do atleta. Na explicação do exercício não perde muito tempo, mas caso haja
alguém que não entende o que é pretendido, vai individualmente explicar por
forma a não interromper o treino todo.

86
No final do treino é realizado uma roda onde todos os atletas alongam e
se faz uma reflexão sobre o treino, no sentido de apurar aquilo que os jogadores
sentiram durante a sessão.

Em suma, o treino correu normalmente e sem incidentes, os atletas


estavam motivados e todas as unidades de treino foram executadas conforme o
planeamento.

Observação interna 7
Treinador Pedro Mendes Data 30-10-2021
Escalão Sub 12 DF Local Estádio Municipal
de Almancil

Observação do Treinador
O treinador tem uma postura ativa, dando indicações
constantes relativamente ao posicionamento dos jogadores e
Postura aos comportamentos da equipa, coletiva e individualmente,
nos diferentes momentos do jogo.
A linguagem do treinador é adequada à idade e tenta ser
Linguagem claro, objetivo e motivador.
O tom de voz varia entre o moderado e alto, de modo que a
Tom de Voz mensagem a ser transmitida para dentro de campo chegue de
uma forma clara e objetiva.
Este, quando os jogadores não entendem o que é pretendido,
Explicação usa as paragens do jogo para dar as explicações. Caso não
esteja a resultar, tira o jogador para explicar com mais calma.
o treinador utiliza exemplos que aconteceram no jogo para que
Demonstração os jogadores entendam o que é, ou não, pretendido.
Procura sempre intervir de modo a corrigir posicionamentos ou
Feedback falhas técnicas, para que os atletas tenham sucesso.
O treinador tem sempre o cuidado de integrar todos os atletas
Pedagogia no jogo, e de criar um bom ambiente no grupo, para que todos
evoluam e estejam ao mesmo nível.
Outras A repreensão dos atletas quando se verifica faltas de atenção,
Observações brincadeira ou falta de vontade para jogar, é sempre aplicada.

Treino
O planeamento é feito antecipadamente
Planeamento em conjunto com o treinador-adjunto, e
ajustado consoante o adversário.
São construídos de forma que haja um
Construção dos Exercícios melhoramento contínuo dos atletas, a
nível tático e técnico.
Tem uma boa noção do espaço e
Organização do material/espaço prepara o material necessário para não
perder tempo e otimizar o aquecimento.

87
Gere e decide de forma que todos
Organização dos jogadores
tenham tempo de jogo.
O tempo de aquecimento é igual para
Gestão do tempo todos, porém o tempo de jogo é variável
entre os atletas.
O nível de intensidade aumentava com o
Ajuste da intensidade
desenrolar do aquecimento
As regras dos exercícios não se
alteravam, pois, é necessário
Ajuste das variáveis/regras dos
proporcionar o estímulo aos atletas, o
exercícios
que se podia vir a alterar era o nível de
intensidade.
Por se tratar de um escalão de
competição, a exigência é sempre maior,
Outras observações e a tolerância para comportamentos que
nada tivessem a ver com o treino era
muito pouca.

Data Adversário Horário Local Nº de Material Fase da


jogadores época
30-10-2021 Lagoa 10h00/ EMA 12 Bolas Competitivo
12h30 Coletes

1- Objetivo: manutenção da posse de 2-Objetivo: finalização.


bola e ativação muscular.

Meios (dois) com um jogador no O atleta deve fazer tabela com o


meio. colega, preparar o remate e
finalizar. Na primeira ronda, remate
- dois toques na bola;
colocado para aquecer o guarda-
- quem falha passe vai ao meio. redes.
3x6’ c/1’ de descanso= 20min

3- Objetivo: velocidade. 4- Objetivo: jogo

88
Sistema tático: 1-2-3-1

Organização ofensiva: Ataque


Os atletas que vão iniciar o jogo, posicional – equipa em largura, jogo
entrelinhas, manutenção da posse de
serão colocados em cima da linha
bola, exploração de espaços.
lateral e fazer três a quatro sprints.
Organização defensiva: Defesa à zona
- ativos; – equipa compacta, 1ª linha defensiva
com 4 elementos, proteger corredor
- partem ao sinal do treinador.
central, empurrar equipa adversária
para os corredores.

Transição defensiva: Reação rápida à


perda, recuperação posicional, fechar
corredor central.

Transição ofensiva: Saída rápida para o


ataque, exploração de espaços.

Relatório

A sétima observação interna foi a primeira que realizei em contexto de


competição. A equipa em questão é a de Sub-12 Dragon Force, com atletas em
idades a rondar os 10, 11 e 12 anos, e que é orientada pelo treinador Pedro
Mendes.

É na competição que o treinador põe em prática o seu modelo de jogo, as


suas capacidades de liderança e gestão de recursos humanos. Segundo
Campos (2020) este deve perceber o que o jogo pede, sabendo lê-lo para tomar
decisões que poderão ser simples nuances táticas, a mudanças estruturais
envolvendo substituição de jogadores.

Antes de iniciar o aquecimento e o jogo o treinador dá uma palestra onde


foca alguns aspetos da equipa adversária, alerta para faltas de atenção e tenta
motivar. Para Abranja (2020) a palestra é uma “obrigação” do treinador principal.

No aquecimento é realizado um jogo reduzido condicionado, finalização e um


exercício final de velocidade. Este momento serve como preparação para a
competição e segundo Weineck (2003) o seu propósito é a obtenção do estado

89
funcional ideal orgânico e psíquico, bem como a preparação cinética e
coordenativa contribuindo para a prevenção de lesões. Abad (2011) refere que
o aquecimento pode ser caracterizado como geral e específico e que a sua
principal finalidade é a de aumentar a temperatura do corpo através de atividades
inespecíficas para melhorar o desempenho.

Durante o jogo o treinador é bastante interventivo, procura sempre dar


feedback para corrigir posicionamentos, faltas de concentração ou para dar dicas
do que fazer nos lances seguintes.

No final do jogo o treinador gosta de juntar o grupo e em conjunto discutir


em forma de balanço aquilo que foi o jogo.

Observação interna 8
Treinador José Gonçalves Data 03-11-2021
Escalão Treina os GR dos Local Estádio Municipal
vários escalões de Almancil

Observação do Treinador
O treinador tem uma postura autoritária, calma e
Postura amigável, gosta de brincar com os seus atletas no início
do treino.
Adequada à idade e introduz termos técnicos da
Linguagem
modalidade e mais especificamente da posição.
Tem um tom de voz alto e faz-se ouvir, mas a maioria
Tom de Voz das vezes não é necessário porque o grupo respeita
quando este fala.
Explica uma vez e eles fazem, caso não percebam,
interrompe o exercício e volta a explicar. Normalmente
Explicação
faz sempre os mesmos exercícios mudando algumas
variáveis, daí a ausência de grandes explicações.
A demonstração é feita pelos atletas, que fazem o
Demonstração exercício passo a passo para que seja de fácil
entendimento.
Vai sempre um a um para dar o seu feedback e se for
Feedback
preciso, para o treino para intervir mais assertivamente.
Existe uma aproximação ao atleta para ajudá-lo a cumprir
os seus objetivos, acompanhar a aprendizagem e todos
Pedagogia
os atletas são incluídos nos exercícios, aproveitando o
tempo útil.
A repreensão dos atletas quando se verifica faltas de
Outras
atenção, brincadeira ou falta de vontade para treinar, é
Observações
sempre aplicada.

90
Treino
Este é feito antecipadamente e tem
Planeamento em conta o desenvolvimento dos
atletas.
A construção dos exercícios concorre
para o melhoramento constante dos
atletas e normalmente são iguais ou
parecidos para que os mesmos
Construção dos Exercícios
aprendam e adquiram
autonomamente soluções para
ultrapassar o desafio de cada
exercício.
Faz bom uso do espaço que tem à
Organização do material/espaço sua disposição e dos materiais
disponíveis.
Como costuma ter poucos atletas,
Organização dos jogadores
este não é um problema.
O exercício poderia vir a ser alterado
quando se verificava facilidade e que
o mesmo já não concorria para a
Gestão do tempo criação de novos estímulos, ou o
contrário, o exercício não era
mudado caso o rendimento do
mesmo estivesse a ser positivo.
Este é imposto pelo treinador durante
Ajuste da intensidade
o decorrer dos exercícios.
Ajuste das variáveis/regras dos Não houve alterações.
exercícios
- Os jogadores podiam ir beber água
a meio do treino ou enquanto o
Outras observações treinador arrumava algum material
não necessário que pudesse
comprometer o desenrolar do treino.

Data Horário Local Nº de Material Fase da


jogadores época
03-11-2021 18h30 EMA 3 Balizas/bolas/ Período
pinos competitivo
Objetivos Gerais
Noção de onde está a baliza

91
1- Objetivo: aquecimento, ativação 2-Objetivo: defesa da baliza.
muscular.

Aquecimento livre dos membros Os GR 2 e 3 circulam a bola entre


superiores e inferiores, com e si e à ordem do treinador, rematam
sem bola. à baliza.

15min. O GR1 tem de ir ajustando a sua


posição em função da bola, à
medida que as bolas são
rematadas.

GR 1- amarelo/ GR 2- vermelho/GR
3- azul

20min.

3- Objetivo: defesa da baliza e duelos 4- Objetivo: jogo.


1x1.

Os GR 2 e 3 conduzem a bola Os guardes-redes regressam às


livremente e depois decidem se suas respetivas equipas para
rematam ou se fazem duelos fazerem situação de jogo.
1x1.
- têm de alternar entre remate e
duelo;
- faz um de cada vez.
GR 1- amarelo/ GR 2- vermelho/GR
3- azul

15min.

92
Relatório

A oitava observação interna foi a primeira que realizei a um treinador de


guarda-redes. Este não tem uma equipa em concreto ao seu encargo, porém
trabalha com os guarda-redes de todos os escalões de competição existentes
na escola Dragon Force Algarve.

No meu entender, hoje em dia o treinador de guarda-redes tem um papel


preponderante numa equipa técnica uma vez que o guarda-redes já não se limita
apenas a defender as bolas, este é cada vez mais importante no processo de
construção ofensiva nas equipas, sendo mesmo o primeiro jogador responsável
por iniciar a construção. Como refere Abranja (2020) a sua preocupação já não
é só defender, mas passou a ser, igualmente, importante o seu desempenho na
construção ofensiva da sua equipa.

Relativamente aos treinos, Santos J. (2020) o treino deve ter como


preocupação os princípios científicos do mesmo, no que diz respeito às
capacidades físicas, motoras e coordenativas a desenvolver em cada etapa de
forma a permitir o desenvolvimento físico sustentável do atleta, nomeadamente
as capacidades coordenativas que são fundamentais para o guarda-redes. O
autor prossegue dizendo ainda que o treino deve fomentar, estimular e
desenvolver a alegria, a confiança, autoestima, a identificação com as funções
da posição e a capacidade de trabalho no guarda-redes. E no meu entender o
treinador tem todos estes cuidados no planeamento e na implementação das
sessões de treino.

A sua comunicação e estilo de liderança é adequado e tenta sempre


passar a sua experiência e conhecimento do jogo aos atletas, uma vez que já foi
jogador de futebol como guarda-redes.

Em suma o treino correu normalmente e sem incidentes, os atletas


estavam motivados e todas as unidades de treino foram executadas conforme o
planeamento. No final do treino os atletas voltam para as suas respetivas
equipas para a realização do último exercício, que normalmente é jogo.

93
Observação interna 9
Treinador Ângelo Caetano Data 04-11-2021
Escalão Iniciação/Básico Local Estádio Municipal
de Almancil

Observação do Treinador
Ativa e observadora para entender o rumo que o treino e os
exercícios estão a tomar. Autoritário a puxar pela equipa e
Postura duro quando percebe que alguns não prestam atenção ou não
fazem o exercício de forma correta.
Adequada à idade. Usa termos infantis para melhor
entendimento do jogo, como por exemplo “procurar um ladrão”
Linguagem ou “roubar um tesouro”, isto para que entendessem que
deveriam fazer marcação e tirar a bola ao adversário.
Alto e autoritário para se fazer ouvir e ter a atenção de todos,
Tom de Voz no entanto em momentos de brincadeira e relaxe, é amigável
com os atletas.
Tenta que todos percebam o exercício e fá-lo de forma calma.
Explicação Caso não esteja a correr como devia, para e corrige.
Coloca os atletas a fazer o exercício passo a passo para que a
Demonstração explicação seja visual e de fácil entendimento.
Corrige sempre os atletas, individualmente ou em grupo, para
Feedback que todos tenham evolução.
O treinador tem sempre o cuidado de integrar todos os atletas
Pedagogia nos exercícios e de criar um bom ambiente no grupo, para que
todos evoluam e estejam ao mesmo nível.
Outras
Observações

Treino
É feito com antecedência e em conjunto
Planeamento com o treinador-adjunto.
Tem em conta aquilo que os atletas mais
Construção dos Exercícios necessitam para continuarem o seu
desenvolvimento.
É feito antes de começar o treino para
Organização do material/espaço que esteja tudo pronto à hora do treino.
São escolhidos de forma pensada para
Organização dos jogadores que seja bom para todos e todos
evoluam.
É controlado para que o treino seja fluido
e não haja muita paragem. Também era
Gestão do tempo alterado consoante o “feeling” que ele
tinha dos atletas e do rumo do exercício.
Esta era introduzida pelo treinador ao
Ajuste da intensidade exigir mais dos atletas na realização dos
exercícios.
Ajuste das variáveis/regras dos O treino fluiu do mais simples para o
exercícios complexo.

94
Os exercícios são sempre interrompidos
Outras observações quando o treinador sente que os
jogadores começam a ficar dispersos.

1-Objetivo: TPC + aquecimento. 2-Objetivo: roubar o carro (bola). Treino


16

Data
28-10-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
Todos com bola e a conduzir o Dois com bola e a tentar roubar
Material
carro (bola) dentro do quadrado. o tesouro dos colegas.
Pinos
- entrar com a bola dentro do - bola junto ao pé; Cones
quadrado à minha ordem; Coletes
- manter a bola junto enquanto
- cada quadrado tem uma cor. rouba a dos colegas.

- ver TPC. 10min.

15min.

3-Objetivo: 1x1 4-Objetivo:2x2/3x3 Notas


Corrigir TPC.

Conteúdos
do treino
Tudo o que
foi treinado
anteriormente
+ preparação
para o jogo.
Conteúdos
treino
seguinte

95
Melhorar o
que foi feito
de errado no
jogo.

Montar dois ou três campos Montar um campo dentro do


dentro do quadrado e promover quadrado e promover
competição. competição.
- 1x1. - 2x2/3x3.
10min.

Reflexão

Nesta observação o treinador em questão foi novamente o Ângelo


Caetano, mas desta vez na equipa de iniciação/básico. Este é o escalão mais
jovem da escola Dragon Force, com idades entre os 5 e 6/7 anos, e como o
nome indica, são atletas que estão a iniciar na modalidade. O seu foco principal
nesta equipa passa muito por brincar com a bola, por forma a treinar a relação
com a mesma visto que no que toca ao seu desenvolvimento técnico, este é
muito reduzido.

Durante o treino tenta aplicar exercícios que sejam atrativos, educativos


e que os motive a praticar e a querer aprender mais, como por exemplo jogos
com cores em que os atletas têm de fazer condução de bola até uma
determinada cor, ou finalizar numa determinada baliza de cor, entre outros.

Relativamente à sua linguagem parece-me a mais adequada e foi com ele


que aprendi e comecei a aplicar também, uma vez que foi a que melhor resultou.
Inventa expressões infantis para determinados princípios do jogo, para que seja
ajustado à idade e mais fácil de assimilar, como por exemplo “roubar o tesouro”

96
para desarmar o adversário, ou então “procura o ladrão” para que estes saibam
que têm de marcar o adversário.

Segundo Jowett, Nicolas e Yang (2017) os treinadores são responsáveis


por fornecer feedback, corrigir erros, garantir a compreensão, reforçando,
demonstrando, descrevendo e explicando. Esta frase é a que melhor caracteriza
o seu trabalho com estes atletas uma vez que o mesmo procura aplicar todos
estes conceitos com o objetivo de melhorar constantemente os seus atletas.

No final do treino todos são responsáveis pela tarefa de arrumar o


material, no sentido de ganhar responsabilidade e só podem sair do campo
quando estiver formada uma fila.

Observação interna 10
Treinador Ângelo Caetano Data 06-11-2021
Escalão Iniciação/Básico Local EB 2,3 Padre João
Coelho Cabanita,
Loulé

Observação do Treinador
Segura e observadora para entender o rumo que o jogo está a
Postura tomar. Tenta sempre motivar os atletas para que cumpram os
objetivos e consigam dar o seu melhor.
Adequada à idade. Usa termos infantis para melhor
entendimento do jogo, como por exemplo “procurar um ladrão”
Linguagem ou “roubar um tesouro”, isto para que entendessem que
deveriam fazer marcação e tirar a bola ao adversário.
Alto e assertivo para se fazer ouvir e ter a atenção de todos,
Tom de Voz no entanto em momentos de brincadeira e relaxe, é amigável
com os atletas.
Explicação Tenta que todos percebam o objetivo e fá-lo de forma calma.
Demonstração Por se tratar de um jogo, não aconteceu.
Corrige sempre os atletas, individualmente ou em grupo, para
Feedback que todos tenham evolução.
O treinador teve sempre o cuidado de integrar todos os atletas
Pedagogia no jogo e de criar um bom ambiente no grupo, para que todos
evoluam e estejam ao mesmo nível.
Para muitos foi a primeira vez que tiveram jogo.
Outras
Observações

97
Data Horário Local Nº de Material Fase da
jogadores época
06-11-2021 12h30 Loulé 7 coletes

Objetivos Gerais
Jogo- Vencer e procurar divertimento.

1-Objetivo: vencer.

Cada parte tem duração de


20min, com um intervalo de
5min.
- trocar guarda-redes para que
todos passem pela experiência;
- ninguém fica de fora, jogam
todos.

Reflexão

A décima observação interna foi a segunda que realizei em contexto de


competição. A equipa em questão é a de iniciação Dragon Force, com atletas de
5 anos de idade e que é orientada pelo treinador Ângelo Caetano.

Como refere Lage (2019) não existem equipas, independentemente da


idade dos seus jogadores, que não entrem em campo para não ganhar. Faz parte
da natureza do jogo, jogá-lo e tentar vencê-lo. Porém, para todos estes jogadores
foi a primeira vez que estiveram num contexto de jogo formal e por isso mesmo
o foco principal do treinador neste jogo foi dar o mesmo tempo de jogo a todos

98
os atletas e que os mesmos se divertissem, deixando de lado a importância de
um resultado positivo.

Durante o jogo o treinador deu liberdade aos jogadores e todo o feedback


e instrução que deu foi com uma linguagem adequada à idade e com expressões
que costuma usar no treino como “procura o ladrão” e “caça o tesouro”.

No final do jogo todos estavam felizes por terem participado no jogo e por
terem tido os seus pais a puxar por eles.

Observação Interna 11
Treinador Luís Rocha Data 14-11-2021
(T. Adjunto)
Escalão Sub-15 DF Local Estádio da Penha

Observação do Treinador
O treinador tem uma postura ativa, dando indicações
constantes relativamente ao posicionamento dos jogadores e
Postura aos comportamentos da equipa, coletiva e individualmente,
nos diferentes momentos do jogo.
A linguagem do treinador é adequada à idade e tenta ser
Linguagem claro, objetivo e motivador.
O tom de voz varia entre o moderado e alto, de modo que a
Tom de Voz mensagem a ser transmitida para dentro de campo chegue de
uma forma clara e objetiva.
Este, quando os jogadores não entendem o que é pretendido,
Explicação usa as paragens do jogo para dar as explicações. Caso não
esteja a resultar, tira o jogador para explicar com mais calma.
o treinador utiliza exemplos que aconteceram no jogo para que
Demonstração os jogadores entendam o que é, ou não, pretendido.
Procura sempre intervir de modo a corrigir posicionamentos ou
Feedback falhas técnicas, para que os atletas tenham sucesso.
O treinador tem sempre o cuidado de integrar todos os atletas
Pedagogia no jogo, e de criar um bom ambiente no grupo, para que todos
evoluam e estejam ao mesmo nível.
Outras A repreensão dos atletas quando se verifica faltas de atenção,
Observações brincadeira ou falta de vontade para jogar, é sempre aplicada.

Treino
O planeamento é feito antecipadamente
Planeamento em conjunto com o treinador e ajustado
consoante o adversário.
São construídos de forma que haja um
Construção dos Exercícios melhoramento contínuo dos atletas, a
nível tático e técnico.

99
Tem uma boa noção do espaço e
Organização do material/espaço prepara o material necessário para não
perder tempo e otimizar o aquecimento.
Gere e decide de forma que todos
Organização dos jogadores tenham tempo de jogo.
O tempo de aquecimento é igual para
Gestão do tempo todos, porém o tempo de jogo é variável
entre os atletas.
O nível de intensidade aumentava com o
Ajuste da intensidade desenrolar do aquecimento
As regras dos exercícios não se
alteravam, pois, é necessário
Ajuste das variáveis/regras dos
proporcionar o estímulo aos atletas, o
exercícios que se podia vir a alterar era o nível de
intensidade.
Por se tratar de um escalão de
competição, a exigência é sempre maior,
Outras observações e a tolerância para comportamentos que
nada tivessem a ver com o treino era
muito pouca.

1-Objetivo: posse de bola. 2-Objetivo: finalização. Treino

Data
14-11-2021

Equipa
Sub-15 DF

Treinadores
LR
Meios (dois) com um jogador no O atleta deve fazer tabela com o
meio. colega, preparar o remate e Material
finalizar. Na primeira ronda, Bolas
- dois toques na bola; remate colocado para aquecer o Pinos
Cones
- quem falha passe vai ao meio. guarda-redes.
Coletes
20min

3-Objetivo: velocidade. 4-Objetivo: jogo de 9. Notas


13 jogadores.

100
Conteúdos
do treino
Jogo
competitivo.

Conteúdos
Sistema tático: 1-4-3-1 treino
Organização ofensiva: Ataque seguinte
Os atletas que vão iniciar o jogo, posicional – equipa em largura, jogo
serão colocados em cima da linha entrelinhas, manutenção da posse de
bola, exploração de espaços.
lateral e fazer três a quatro sprints.
Organização defensiva: Defesa à zona
- ativos;
– equipa compacta, 1ª linha defensiva
- partem ao sinal do treinador. com 4 elementos, proteger corredor
central, empurrar equipa adversária
para os corredores.

Transição defensiva: Reação rápida à


perda, recuperação posicional, fechar
corredor central.

Transição ofensiva: Saída rápida para o


ataque, exploração de espaços.

Relatório

A décima primeira observação interna que realizei foi em contexto de


competição. A equipa em questão é a de Sub-15 Dragon Force, com atletas em
idades a rondar os 13, 14 e 15 anos, e que é orientada pelo treinador Luís Rocha.

É na competição que o treinador põe em prática o seu modelo de jogo, as


suas capacidades de liderança e gestão de recursos humanos. Segundo
Campos (2020) este deve perceber o que o jogo pede, sabendo lê-lo para tomar
decisões que poderão ser simples nuances táticas, a mudanças estruturais
envolvendo substituição de jogadores.

Antes de iniciar o aquecimento e o jogo o treinador dá uma palestra onde


foca alguns aspetos da equipa adversária, alerta para faltas de atenção e tenta
motivar. Para Abranja (2020) a palestra é uma “obrigação” do treinador principal.

No aquecimento é realizado um jogo reduzido condicionado, finalização e


um exercício final de velocidade. Este momento serve como preparação para a
competição e segundo Weineck (2003) o seu propósito é a obtenção do estado
funcional ideal orgânico e psíquico, bem como a preparação cinética e

101
coordenativa contribuindo para a prevenção de lesões. Abad (2011) refere que
o aquecimento pode ser caracterizado como geral e específico e que a sua
principal finalidade é a de aumentar a temperatura do corpo através de atividades
inespecíficas para melhorar o desempenho.

Durante o jogo o treinador é bastante interventivo, procura sempre dar


feedback para corrigir posicionamentos, faltas de concentração ou para dar dicas
do que fazer nos lances seguintes.

No final do jogo o treinador gosta de juntar o grupo e em conjunto discutir


em forma de balanço aquilo que foi o jogo.

Observação Interna 12
Treinador Ângelo Caetano Data 15-11-2021
Escalão Sub-10 Local Estádio Municipal
de Almancil

Observação do Treinador
Segura e observadora para entender o rumo que o treino e os
Postura exercícios estão a tomar. Autoritário a puxar pela equipa e
duro. Exige sempre o máximo dos atletas.
Adequada à idade. Introduz alguns termos técnicos. Usa
termos infantis para melhor entendimento dos exercícios e do
Linguagem jogo, como por exemplo “procurar barrigas”. Significa que têm
de procurar alguém que esteja de frente e em condições de
receber a bola.
Alto e autoritário para se fazer ouvir e ter a atenção de todos,
Tom de Voz no entanto em momentos de brincadeira e relaxe, é amigável
com os atletas.
Junta o grupo todo e tenta que todos percebam o exercício e
Explicação fá-lo de forma calma. Caso não esteja a correr como devia,
para e corrige.
Coloca os atletas a fazer o exercício passo a passo para que a
Demonstração explicação seja visual e de fácil entendimento.
Corrige sempre os atletas, individualmente ou em grupo, para
Feedback que todos tenham evolução.
O treinador tem sempre o cuidado de integrar todos os atletas
Pedagogia nos exercícios e de criar um bom ambiente no grupo, para que
todos evoluam e estejam ao mesmo nível.
Tem tendência para repreender os atletas quando há falta de
Outras
atenção ou brincadeira, no sentido de agarrar o grupo e os
Observações manter focados.

102
Treino
É feito com antecedência e em conjunto
Planeamento com o treinador-adjunto.
Tem em conta aquilo que os atletas mais
Construção dos Exercícios necessitam para continuarem o seu
desenvolvimento.
É feito antes de começar o treino para
que esteja tudo pronto à hora do treino.
Organização do material/espaço o treinador tem uma noção do espaço e
gere bem o material que tem à sua
disposição.
São escolhidos de forma pensada para
Organização dos jogadores que seja bom para todos e todos
evoluam.
É controlado para que o treino seja fluido
e não haja muita paragem. Também era
Gestão do tempo alterado consoante a facilidade do
exercício.
Esta era introduzida pelo treinador ao
Ajuste da intensidade exigir mais dos atletas na realização dos
exercícios.
Ajuste das variáveis/regras dos O treino fluiu do mais simples para o
exercícios complexo.
Os exercícios são interrompidos sempre
que necessário dar algum feedback à
Outras observações equipa;
Os atletas podem beber água no meio
temporal do treino.

1- Objetivo: desmarcações + passe. 2-Objetivo: jogo do meio. Treino

Data
15-11-2021

Equipa
Sub-10 FCP

Treinadores
AC/NM

Material

103
Bolas
Pinos
Cones
Coletes
Balizas

Formar meios. Quem está


1- dentro do quadrado, 1x1 a dentro do quadrado deve
tentar fintar o colega. apanhar o colega que tem a
2- dentro do quadrado fazer bola e tocar com o colete. Quem
passes para o colega, está por fora deve esperar que o
livremente. do meio chegue perto e só
depois fazer o passe.
- fugir da confusão e não bater
nos colegas. - não ter medo e arriscar o
passe estando pressionado
- procurar estar desmarcado. porque assim desmarca os
colegas.
15min.
15min.

3- Objetivo: jogo do meio com 3 4- Objetivo: jogo. Notas


equipas.
12 jogadores.

Conteúdos
do treino
Cobertura
defensiva e
desmarcações
Formas três equipas e duas Jogo.
trocam a bola entre si dentro do
20/25min Conteúdos
quadrado, enquanto a outra
treino
tenta intercetar a bola.
seguinte
- troca a equipa do meio quando
estes recuperam a bola ou uma
das equipas falhe o passe.
Objetivo: trabalhar desmarcação
e reação à perda da bola.
15min.

104
Reflexão

Esta é a décima segunda observação que realizo e a terceira ao treinador


Ângelo Caetano em contexto de treino. A equipa em questão é a de Sub-10 elite
e esta é caracterizada por jogadores de qualidade que estão diretamente ligados
à formação do Futebol Clube do Porto, e que são promissores, com qualidade
acima da média. Segundo Schorer e Elferink-Gemser (2013) os jogadores são
considerados talentosos se apresentarem níveis de rendimento melhores que os
seus pares, ou se são identificados como tendo potencial para atingir um nível
de elite.

Comparativamente ao treino desta equipa observado anteriormente, o


comportamento não se alterou. Durante o treino o treinador tem uma postura
observadora para analisar o decorrer dos exercícios, dado que tem o contributo
do treinador ajunto, no entanto quando tem de intervir é bastante assertivo.
Normalmente intervém quando vê que há falta de intensidade, erros técnico-
táticos, entre outros, o que para mim me parece correto, porque segundo
Clemente, Martins e Mendes (2014) o encorajamento durante os jogos reduzidos
condicionados, como forma de motivação externa, aumenta a resposta
fisiológica dos jogadores, bem como a sua perceção de esforço.

Relativamente às unidades de treino, estas concorrem para o


desenvolvimento contínuo dos atletas pois segundo Sarmento, Calco e Coutinho
(2020) o treino, caracterizado por ser uma prática de cariz formal, desenvolvida
num contexto legalmente organizado (clube ou instituição) e orientada por um
adulto (treinador ou professor), é o tipo de prática capaz de potenciar a evolução
do atleta.

No final do treino é realizado uma roda onde todos os atletas alongam e


se faz uma reflexão sobre o treino, no sentido de apurar aquilo que os jogadores
sentiram durante a sessão.

Em suma o treino correu normalmente e sem incidentes, os atletas


estavam motivados e todas as unidades de treino foram executadas conforme o
planeamento.

105
Observação Interna 13
Treinador Nélson Moreira Data 15-11-2021
(T. Adjunto)
Escalão Sub-10 Local Estádio Municipal
de Almancil

Observação do Treinador
Segura e observadora para entender o rumo que o treino e os
Postura exercícios estão a tomar, porém é pouco interventivo.
Adequada à idade pois usa termos infantis para melhor
Linguagem entendimento dos exercícios e do jogo.
Tem um tom amigável para com os atletas, mas fala baixo
Tom de Voz dado que a maioria das intervenções são feitas pelo treinador
principal.
Tenta que todos percebam o exercício e fá-lo de forma calma.
Explicação Caso não esteja a correr como devia, para e corrige.
Coloca os atletas a fazer o exercício passo a passo para que a
Demonstração explicação seja visual e de fácil entendimento.
Fá-lo se tiver de o fazer, mas normalmente comenta com o
Feedback treinador principal sobre o que observa.
Sempre que é responsável por um exercício, tem sempre o
cuidado de integrar todos os atletas e de criar um bom
Pedagogia ambiente no grupo, para que todos evoluam e estejam ao
mesmo nível.
No que toca a repreensões e feedback, tem sempre o cuidado
Outras
de alertar ou comentar o treinador antes de o fazer, para não
Observações haver divergência de ideias.

Treino
É feito com antecedência e em conjunto
Planeamento com o treinador.
Tem em conta aquilo que os atletas mais
Construção dos Exercícios necessitam para continuarem o seu
desenvolvimento.
É feito antes de começar o treino para
Organização do material/espaço que esteja tudo pronto à hora do treino.
São escolhidos de forma pensada para
Organização dos jogadores que seja bom para todos e todos
evoluam.
É controlado para que o treino seja fluido
e não haja muita paragem. Também era
Gestão do tempo alterado consoante a facilidade do
exercício.
Esta era introduzida pelo treinador ao
Ajuste da intensidade exigir mais dos atletas na realização dos
exercícios.
Ajuste das variáveis/regras dos O treino fluiu do mais simples para o
exercícios complexo.
Intervém pouco nas questões do treino
Outras observações pois é mais o papel do treinador principal
assumir a responsabilidade do treino.

106
1- Objetivo: desmarcações + passe. 2-Objetivo: jogo do meio. Treino

Data
15-11-2021

Equipa
Sub-10 FCP

Treinadores
AC/NM
Formar meios. Quem está
1- dentro do quadrado, 1x1 a dentro do quadrado deve
tentar fintar o colega. Material
apanhar o colega que tem a Bolas
2- dentro do quadrado fazer bola e tocar com o colete. Quem Pinos
passes para o colega, está por fora deve esperar que o Cones
livremente. do meio chegue perto e só Coletes
depois fazer o passe. Balizas
- fugir da confusão e não bater
nos colegas. - não ter medo e arriscar o
passe estando pressionado
- procurar estar desmarcado. porque assim desmarca os
colegas.
15min.
15min.

3- Objetivo: jogo do meio com 3 4- Objetivo: jogo. Notas


equipas.
12 jogadores.

Conteúdos
do treino
Cobertura
defensiva e
desmarcações
Formas três equipas e duas Jogo.
trocam a bola entre si dentro do
20/25min Conteúdos
quadrado, enquanto a outra
treino
tenta intercetar a bola.
seguinte
- troca a equipa do meio quando
estes recuperam a bola ou uma
das equipas falhe o passe.
Objetivo: trabalhar desmarcação
e reação à perda da bola.
15min.

Reflexão

107
Esta é a décima terceira observação que realizo e a segunda ao treinador-
adjunto Nelson Moreira. A equipa em questão é a de Sub-10 elite e esta é
caracterizada por jogadores de qualidade que estão diretamente ligados à
formação do Futebol Clube do Porto, e que são promissores, com qualidade
acima da média. Segundo Schorer e Elferink-Gemser (2013) os jogadores são
considerados talentosos se apresentarem níveis de rendimento melhores que os
seus pares, ou se são identificados como tendo potencial para atingir um nível
de elite.

Comparativamente ao treino desta equipa observado anteriormente, o


comportamento não se alterou. Durante o treino o treinador tem uma postura
interventiva e é responsável por iniciar o treino, com o aquecimento, porém a sua
linguagem e tom de voz, no meu entender não são os mais adequados pois é
bastante amigável e fala num tom demasiado baixo, e segundo Sampaio e
Maças (2012) o desempenho dos jogadores é resultado do processo de treino
que os prepara para enfrentar os requisitos da complexidade e dinâmica da
competição de um jogo de futebol, posto isto, se o treinador não for exigente e
assertivo a este nível, pode haver displicência por parte dos jogadores.

Relativamente às unidades de treino são planeadas antecipadamente em


conjunto com o treinador principal e estas concorrem para o desenvolvimento
contínuo dos atletas pois segundo Sarmento, Calco e Coutinho (2020) o treino,
caracterizado por ser uma prática de cariz formal, desenvolvida num contexto
legalmente organizado (clube ou instituição) e orientada por um adulto (treinador
ou professor), é o tipo de prática capaz de potenciar a evolução do atleta.

No final do treino é realizado uma roda onde todos os atletas alongam e


se faz uma reflexão sobre o treino, no sentido de apurar aquilo que os jogadores
sentiram durante a sessão. O alongamento é uma tarefa que está ao seu cargo.

Em suma o treino correu normalmente e sem incidentes, os atletas


estavam motivados e todas as unidades de treino foram executadas conforme o
planeamento.

108
Observação Interna 14
Treinador João Mestre Data 16-11-2021
Escalão Sub-15 DF Local Estádio Municipal
de Almancil

Observação do Treinador
O treinador tem uma postura calma, uma vez que os atletas já
o conhecem e têm alguma maturidade para prestar atenção ao
Postura que é dito. Gosta de observar o treino para ver a sua evolução
e intervir quando necessário.
Adequada á idade e introduz termos técnicos da modalidade.
Linguagem Usa expressões para melhor entendimento do jogo, como por
exemplo “fechar portas”, o que significa fechar espaços.
Alto para se fazer ouvir e amigável com os atletas. O tom de
Tom de Voz voz aumenta quando o treino não está a fluir como esperado
ou tem de intervir para corrigir algum erro.
Explica os exercícios ao mesmo tempo que os demonstra para
Explicação que seja de fácil entendimento para todos, e fá-lo até que
todos entendam o que têm de fazer.
Demonstração Ele próprio demonstra o exercício com os jogadores.
Está sempre presente e a observar para corrigir erros e se for
Feedback preciso para o treino para intervir.
Pedagogia Tem o cuidado de preparar o treino de forma a envolver todos.
Outras Junta o grupo antes de iniciar o treino e gosta de refletir sobre
Observações o jogo passado.

Treino
Planeia os treinos em conjunto com o
Planeamento treinador-adjunto.
Planeado com base no que os atletas
Construção dos Exercícios conseguem fazer e tenta passar por
todas as fases do jogo.
Faz bom uso do espaço que lhe é
Organização do material/espaço disponibilizado e do respetivo material.
Não olha a nomes na hora de o dividir
dado que tem uma equipa homogénea,
Organização dos jogadores mas divide-os da melhor forma para que
o treino flua.
É ajustado, mas tem muitos atletas e por
Gestão do tempo vezes é difícil gerir todos e atrasa os
exercícios.
É incutida pelo treinador ao exigir mais
Ajuste da intensidade dos atletas durante os exercícios.
Um dos exercícios foi alterado por ter
Ajuste das variáveis/regras dos
jogadores a menos, mas manteve a
exercícios mesma dinâmica.
O grupo é dividido em dois e o treinador
é responsável por um grupo, e o adjunto
Outras observações por outro, e fazem os mesmos
exercícios.

109
1-Objetivo: Jogo do meio. 2-Objetivo: transições rápidas, Treino
reação à perda.

Data
16-11-2021

Equipa
Sub-15 DF

Treinadores
JM/LR
Meios (dois) com dois jogadores Três corredores e três equipas de
no meio. quatro elementos, com uma em Material
cada corredor. As equipas das Bolas
- dois toques na bola; pontas trocam a bola sem que a do Pinos
meio consiga intercetar a mesma. Cones
- quem falha passe vai ao meio; Ao quarto toque, a equipa em Coletes
- sai quem está à mais tempo.
posse de bola pode trocar a bola Balizas
com a equipa da ponta contrária.
Procura pela bola e A equipa do meio pode ter dois
movimentações, passe e jogadores no corredor em posse de
receção. bola.
3x6’ c/1’ de descanso= 20min 15 min

3-Objetivo: jogo com apoios. 4-Objetivo: jogo livre. Notas


26 jogadores

Conteúdos
do treino
Cobertura
defensiva.

Três equipas, com duas dentro Jogo em meio-campo com


do campo e outra por fora a dar posições definidas.
Conteúdos
apoio em largura.
30min. treino
Posse de bola com finalização, seguinte
e uma delas ataca a baliza
grande enquanto a outra ataca
duas balizas pequenas.
- há um joker.
Jogar em toda a largura.
30min

110
Reflexão

Nesta observação, que foi a décima quarta, o treinador em questão foi o


João Mestre, na equipa de Sub-15 Dragon Force. Esta equipa é caracterizada
por jogadores de qualidade e que são promissores, com idades entre os 12 e os
14 anos e em que alguns competem no campeonato de futebol de 9 e outros no
futebol de 11.

Os jogadores já o conhecem dos anos anteriores e sabem o que o


treinador gosta de treinar e como funciona, por isso durante o treino o treinador
tem uma postura observadora para analisar o decorrer dos exercícios, dado que
tem o contributo do treinador ajunto, no entanto quando tem de intervir é bastante
assertivo. Normalmente intervém quando vê que há falta de intensidade, erros
técnico-táticos, entre outros, o que para mim me parece correto, porque segundo
Clemente, Martins e Mendes (2014) o encorajamento durante os jogos reduzidos
condicionados, como forma de motivação externa, aumenta a resposta
fisiológica dos jogadores, bem como a sua perceção de esforço.

Comparativamente com o treino anteriormente observado, as unidades de


treino são planeadas antecipadamente em conjunto com o treinador principal e
estas concorrem para o desenvolvimento contínuo dos atletas pois segundo
Sarmento, Calco e Coutinho (2020) o treino, caracterizado por ser uma prática
de cariz formal, desenvolvida num contexto legalmente organizado (clube ou
instituição) e orientada por um adulto (treinador ou professor), é o tipo de prática
capaz de potenciar a evolução do atleta.

No treino anterior o treinador tinha-me transmitido que gosta muito de


realizar exercícios com apoios nos jogos reduzidos no sentido de trabalhar em
toda a largura do campo e para que os jogadores assimilem que o campo é
grande e há muito espaço para jogar, e neste treino isso manteve-se.

No final do treino é realizado uma roda onde todos os atletas alongam e


se faz uma reflexão sobre o treino, no sentido de apurar aquilo que os
jogadores sentiram durante a sessão. O alongamento é uma tarefa que está ao
seu cargo.

111
Em suma o treino correu normalmente e sem incidentes, os atletas
estavam motivados e todas as unidades de treino foram executadas conforme
o planeamento.

Observação Interna 15
Treinador Luís Rocha Data 16-11-2021
(T. Adjunto)
Escalão Sub-15 DF Local Estádio Municipal
de Almancil

Observação do Treinador
O treinador tem uma postura calma e gosta de observar o
Postura treino para ver a sua evolução e intervir quando necessário.
Adequada à idade pois usa termos infantis para melhor
Linguagem entendimento dos exercícios e do jogo.
Tem um tom amigável e moderado para com os atletas, dado
Tom de Voz que já tem autonomia para intervir nos exercícios.
Explica os exercícios ao mesmo tempo que os demonstra para
Explicação que seja de fácil entendimento para todos, e fá-lo até que
todos entendam o que têm de fazer.
Demonstração Ele próprio demonstra o exercício com os jogadores.
Fá-lo se tiver de o fazer, mas normalmente comenta com o
Feedback treinador principal sobre o que observa.
Tem o cuidado de preparar o treino em conjunto com o
Pedagogia treinador principal, de forma a envolver todos.
Outras Em conjunto com o treinador principal, junta o grupo antes de
Observações iniciar o treino e gosta de refletir sobre o jogo passado.

Treino
É feito com antecedência e em conjunto
Planeamento com o treinador.
Planeado com base no que os atletas
Construção dos Exercícios conseguem fazer e tenta passar por
todas as fases do jogo.
Faz bom uso do espaço que lhe é
Organização do material/espaço disponibilizado e do respetivo material.
Não olha a nomes na hora de o dividir
dado que tem uma equipa homogénea,
Organização dos jogadores mas divide-os da melhor forma para que
o treino flua.
É ajustado, mas tem muitos atletas e por
Gestão do tempo vezes é difícil gerir todos e atrasa os
exercícios.
Esta era introduzida pelo treinador ao
Ajuste da intensidade exigir mais dos atletas na realização dos
exercícios.

112
Um dos exercícios foi alterado por ter
Ajuste das variáveis/regras dos
jogadores a menos, mas manteve a
exercícios mesma dinâmica.
Outras observações

1-Objetivo: Jogo do meio. 2-Objetivo: transições rápidas, Treino


reação à perda.

Data
16-11-2021

Equipa
Sub-15 DF

Treinadores
JM/LR
Meios (dois) com dois jogadores Três corredores e três equipas de
no meio. quatro elementos, com uma em Material
cada corredor. As equipas das Bolas
- dois toques na bola; pontas trocam a bola sem que a do Pinos
meio consiga intercetar a mesma. Cones
- quem falha passe vai ao meio; Ao quarto toque, a equipa em Coletes
- sai quem está à mais tempo.
posse de bola pode trocar a bola Balizas
com a equipa da ponta contrária.
Procura pela bola e A equipa do meio pode ter dois
movimentações, passe e jogadores no corredor em posse de
receção. bola.
3x6’ c/1’ de descanso= 20min 15 min

3-Objetivo: jogo com apoios. 4-Objetivo: jogo livre. Notas


26 jogadores

Conteúdos
do treino
Cobertura
defensiva.

Conteúdos
treino
seguinte

113
Três equipas, com duas dentro Jogo em meio-campo com
do campo e outra por fora a dar posições definidas.
apoio em largura.
30min.
Posse de bola com finalização,
e uma delas ataca a baliza
grande enquanto a outra ataca
duas balizas pequenas.
- há um joker.
Jogar em toda a largura.
30min

Reflexão

Na décima quinta observação o treinador em questão foi o Luís Rocha


(treinador-adjunto), na equipa de Sub-15 Dragon Force. Esta equipa é
caracterizada por jogadores de qualidade e que são promissores, com idades
entre os 12 e os 14 anos e em que alguns competem no campeonato de futebol
de 9 e outros no futebol de 11.

Durante o treino o treinador tem uma postura calma, amigável e é


responsável por iniciar o treino, com o aquecimento, a sua linguagem e tom de
voz é bastante amigável e moderado, fala num tom médio. Tem a autorização
para dar feedback aos atletas e normalmente gosta de elogiar, o que para Potrac,
Jones e Armour (2002) os altos valores de elogio não estão só relacionados com
o objetivo de aumentar os níveis de confiança e autoeficácia dos jogadores, mas
também reforçar comportamentos desejados pelo treinador.

Relativamente às unidades de treino são planeadas antecipadamente em


conjunto com o treinador principal e estas concorrem para o desenvolvimento
contínuo dos atletas pois segundo Sarmento, Calco e Coutinho (2020) o treino,

114
caracterizado por ser uma prática de cariz formal, desenvolvida num contexto
legalmente organizado (clube ou instituição) e orientada por um adulto (treinador
ou professor), é o tipo de prática capaz de potenciar a evolução do atleta.

No final do treino é realizado uma roda onde todos os atletas alongam e


se faz uma reflexão sobre o treino, no sentido de apurar aquilo que os jogadores
sentiram durante a sessão. O alongamento é uma tarefa que está ao seu cargo.

Em suma o treino correu normalmente e sem incidentes, os atletas


estavam motivados e todas as unidades de treino foram executadas conforme o
planeamento.

Observação Interna 16
Treinador José Gonçalves Data 17-11-2021
Escalão Treina os GR dos Local Estádio Municipal
vários escalões de Almancil

Observação do Treinador
O treinador tem uma postura autoritária, calma e
Postura amigável, gosta de brincar com os seus atletas no início
do treino.
Adequada à idade e introduz termos técnicos da
Linguagem
modalidade e mais especificamente da posição.
Tem um tom de voz alto e faz-se ouvir, mas a maioria
Tom de Voz das vezes não é necessário porque o grupo respeita
quando este fala.
Explica uma vez e eles fazem, caso não percebam,
interrompe o exercício e volta a explicar. Normalmente
Explicação
faz sempre os mesmos exercícios mudando algumas
variáveis, daí a ausência de grandes explicações.
A demonstração é feita pelos atletas, que fazem o
Demonstração exercício passo a passo para que seja de fácil
entendimento.
Vai sempre um a um para dar o seu feedback e se for
Feedback
preciso, para o treino para intervir mais assertivamente.
Existe uma aproximação ao atleta para ajudá-lo a cumprir
os seus objetivos, acompanhar a aprendizagem e todos
Pedagogia
os atletas são incluídos nos exercícios, aproveitando o
tempo útil.
A repreensão dos atletas quando se verifica faltas de
Outras
atenção, brincadeira ou falta de vontade para treinar, é
Observações
sempre aplicada.

Treino

115
Este é feito antecipadamente e tem
Planeamento em conta o desenvolvimento dos
atletas.
A construção dos exercícios concorre
para o melhoramento constante dos
atletas e normalmente são iguais ou
parecidos para que os mesmos
Construção dos Exercícios
aprendam e adquiram
autonomamente soluções para
ultrapassar o desafio de cada
exercício.
Faz bom uso do espaço que tem à
Organização do material/espaço sua disposição e dos materiais
disponíveis.
Como costuma ter poucos atletas,
Organização dos jogadores
este não é um problema.
O exercício poderia vir a ser alterado
quando se verificava facilidade e que
o mesmo já não concorria para a
Gestão do tempo criação de novos estímulos, ou o
contrário, o exercício não era
mudado caso o rendimento do
mesmo estivesse a ser positivo.
Este é imposto pelo treinador durante
Ajuste da intensidade
o decorrer dos exercícios.
Este é feito antecipadamente e tem
Ajuste das variáveis/regras dos
em conta o desenvolvimento dos
exercícios
atletas.
A construção dos exercícios concorre
para o melhoramento constante dos
atletas e normalmente são iguais ou
parecidos para que os mesmos
Outras observações
aprendam e adquiram
autonomamente soluções para
ultrapassar o desafio de cada
exercício.

1-Objetivo: aquecimento, ativação 2-Objetivo: duelos 1x1. Treino


muscular.

Data
17-11-2021

Equipa
Sub-15/14/13

Treinadores
JG

116
Material
Bolas
Pinos
Cones
Balizas

Aquecimento livre dos membros Três balizas e três guarda-redes


superiores e inferiores, com e posicionados como na imagem.
sem bola. O GR que tem a bola define
qual baliza atacar, podendo
15min. mudar a cada instante.

3-Objetivo: duelos 1x1. 4-Objetivo: jogo Notas


Bernardo DF
Bráulio DF
Simão Elite

Conteúdos
do treino
Duelos 1x1.

Dois guarda-redes um contra o Os guardes-redes regressam às


outro em duelos 1x1. O que suas respetivas equipas para
Conteúdos
ganha o duelo fica na baliza e o fazerem situação de jogo.
treino
outro sai, dando lugar ao que
seguinte
está de fora.

117
Relatório

A décima sexta observação interna foi a segunda que realizei a um


treinador de guarda-redes. Este não tem uma equipa em concreto ao seu
encargo, porém trabalha com os guarda-redes de todos os escalões de
competição existentes na escola Dragon Force Algarve.

No meu entender, hoje em dia o treinador de guarda-redes tem um papel


preponderante numa equipa técnica uma vez que o guarda-redes já não se limita
apenas a defender as bolas, este é cada vez mais importante no processo de
construção ofensiva nas equipas, sendo mesmo o primeiro jogador responsável
por iniciar a construção. Como refere Abranja (2020) a sua preocupação já não
é só defender, mas passou a ser, igualmente, importante o seu desempenho na
construção ofensiva da sua equipa.

Relativamente aos treinos, Santos J. (2020) o treino deve ter como preocupação
os princípios científicos do mesmo, no que diz respeito às capacidades físicas,
motoras e coordenativas a desenvolver em cada etapa de forma a permitir o
desenvolvimento físico sustentável do atleta, nomeadamente as capacidades
coordenativas que são fundamentais para o guarda-redes. O autor prossegue
dizendo ainda que o treino deve fomentar, estimular e desenvolver a alegria, a
confiança, autoestima, a identificação com as funções da posição e a capacidade
de trabalho no guarda-redes. E no meu entender o treinador tem todos estes
cuidados no planeamento e na implementação das sessões de treino.

A sua comunicação e estilo de liderança é adequado e tenta sempre


passar a sua experiência e conhecimento do jogo aos atletas, uma vez que já foi
jogador de futebol como guarda-redes.

Em suma o treino correu normalmente e sem incidentes, os atletas


estavam motivados e todas as unidades de treino foram executadas conforme o
planeamento. No final do treino os atletas voltam para as suas respetivas
equipas para a realização do último exercício, que normalmente é jogo.

118
Observação Interna 17
Treinador Nuno Ramos Data 18-11-2021
Escalão Sub-13 FCP Local Estádio Municipal
de Almancil

Observação do Treinador
O treinador tem uma postura autoritária, calma e amigável,
gosta de brincar com os seus atletas no início do treino.
Postura Observa bastante o desenrolar dos exercícios e é assertivo
quando necessário.
Adequada à idade e introduz termos técnicos da modalidade
Linguagem uma vez que estes na próxima época já iniciarão no futebol de
11.
Tem um tom de voz alto e faz-se ouvir, mas a maioria das
Tom de Voz vezes não é necessário porque o grupo respeita quando este
fala.
Explica uma vez e eles fazem, caso não percebam este vai,
durante o exercício, um a um, explicar. Normalmente faz
Explicação sempre os mesmos exercícios mudando algumas variáveis,
daí a ausência de grandes explicações.
A demonstração é feita pelos atletas, que fazem o exercício
Demonstração passo a passo para que seja de fácil entendimento.
Vai sempre um a um para dar o seu feedback e se for preciso,
Feedback para o treino para intervir mais assertivamente.
Existe uma aproximação ao atleta para ajudá-lo a cumprir os
Pedagogia seus objetivos, acompanhar a aprendizagem e todos os
atletas são incluídos nos exercícios, aproveitando o tempo útil.
A repreensão dos atletas quando se verifica faltas de atenção,
brincadeira ou falta de vontade para treinar, é sempre
aplicada;
Outras
O castigo é aplicado, flexões e voltas ao campo a correr;
Observações Em termos mais práticos de treino, o castigo não existe, o que
existe sim o intuito de ‘premiar’ quem vence quando se
compete dentro do grupo.

Treino
Este é feito antecipadamente e tem em
Planeamento conta o desenvolvimento dos atletas.
A construção dos exercícios concorre
para o melhoramento constante dos
atletas e normalmente são iguais ou
Construção dos Exercícios parecidos para que os mesmos
aprendam e adquiram autonomamente
soluções para ultrapassar o desafio de
cada exercício.
Faz bom uso do espaço que tem à sua
Organização do material/espaço disposição e dos materiais disponíveis.
Os grupos de jogadores são distribuídos
conforme a idade e qualidade individual
Organização dos jogadores dos jogadores, de modo a ficarem no
mesmo nível.

119
O exercício poderia vir a ser alterado
quando se verificava facilidade e que o
mesmo já não concorria para a criação
Gestão do tempo de novos estímulos, ou o contrário, o
exercício não era mudado caso o
rendimento do mesmo estivesse a ser
positivo.
Este é imposto pelo treinador durante o
Ajuste da intensidade decorrer dos exercícios.
Ajuste das variáveis/regras dos Não houve alterações.
exercícios
Os jogadores podiam ir beber água a
meio do treino ou enquanto o treinador
arrumava algum material não necessário
Outras observações que pudesse comprometer o desenrolar
do treino;
Usa apito para chamar a atenção dos
seus atletas.

1- Objetivo: jogo do meio. 2-Objetivo: jogo do meio com 3 Treino


equipas.

Data
18-11-2021

Equipa
Sub-13 FCP

Treinadores
NR
Meios (dois) com dois jogadores Posse de bola com três equipas
no meio. (azul/amarela/vermelha) Material
Bolas
- dois toques na bola; - 5 passes no mínimo. Pinos
Cones
- quem falha passe vai ao meio; - caso não aconteça tem castigo Coletes
de flexões. Balizas
- sai quem está à mais tempo.
Trabalhar desmarcações, passe
Procura pela bola e e reação à perda.
movimentações, passe e
receção. 15min.

3x6’ c/1’ de descanso= 20min

3- Objetivo: transições ofensivas e 4- Objetivo: Jogo. Notas


defensivas.
16 jogadores.

120
Conteúdos
do treino
Jogos
reduzidos.

Conteúdos
treino
seguinte
Duas filas à entrada da área, um Jogo em meio-campo com
ataca e o outro parte um pouco posições definidas.
mais atrás e tenta intercetar a
30min.
bola.
Variável: o mister dá a bola,
rasteira e depois alta; pode
marcar qualquer um.
20min.

Reflexão

Nesta sexta observação o treinador em questão foi o Nuno Ramos, na


equipa de Sub-13 Elite. Esta equipa é caracterizada por jogadores de qualidade
que estão diretamente ligados à formação do Futebol Clube do Porto, e que são
promissores, com qualidade acima da média. Segundo Schorer e Elferink-
Gemser (2013) os jogadores são considerados talentosos se apresentarem
níveis de rendimento melhores que os seus pares, ou se são identificados como
tendo potencial para atingir um nível de elite.

Antes de iniciar a sessão de treino gosta de juntar todos os atletas e


informar como vai decorrer o mesmo, o que para mim me parece correto porque
como diz Santos e Pinheiro (2020) a instrução emitida antes do exercício tem
por principal objetivo a organização, procurando ser de pouca duração, havendo
necessidade de um maior tempo quando se apresenta novos conteúdos ou
exercícios. Relativamente aos novos conteúdos ou exercícios, o treinador
confidenciou-me que gosta de repetir unidades de treino para que os atletas

121
consigam autonomamente aprender ou descobrir soluções de ultrapassar a
dificuldade dos exercícios.

Durante o treino o treinador tem uma postura observadora para analisar o


decorrer dos exercícios, amigável dado que os atletas já o conhecem e gosta de
brincar com eles. Normalmente intervém quando vê que há falta de intensidade,
erros técnico-táticos, entre outros, o que para mim me parece correto, porque
segundo Clemente, Martins e Mendes (2014) o encorajamento durante os jogos
reduzidos condicionados, como forma de motivação externa, aumenta a
resposta fisiológica dos jogadores, bem como a sua perceção de esforço.

Relativamente às unidades de treino, estas concorrem para o


desenvolvimento contínuo dos atletas pois segundo Sarmento, Calco e Coutinho
(2020) o treino, caracterizado por ser uma prática de cariz formal, desenvolvida
num contexto legalmente organizado (clube ou instituição) e orientada por um
adulto (treinador ou professor), é o tipo de prática capaz de potenciar a evolução
do atleta. Na explicação do exercício não perde muito tempo, mas caso haja
alguém que não entende o que é pretendido, vai individualmente explicar por
forma a não interromper o treino todo.

No final do treino é realizado uma roda onde todos os atletas alongam e


se faz uma reflexão sobre o treino, no sentido de apurar aquilo que os jogadores
sentiram durante a sessão.

Em suma o treino correu normalmente e sem incidentes, os atletas


estavam motivados e todas as unidades de treino foram executadas conforme o
planeamento.

Observação Interna 18
Treinador Ângelo Caetano Data 22-11-2021
Escalão Iniciação/Básico Local Estádio Municipal
de Almancil

Observação do Treinador
Ativa e observadora para entender o rumo que o treino e os
exercícios estão a tomar. Autoritário a puxar pela equipa e
Postura duro quando percebe que alguns não prestam atenção ou não
fazem o exercício de forma correta.

122
Adequada à idade. Usa termos infantis para melhor
entendimento do jogo, como por exemplo “procurar um ladrão”
Linguagem ou “roubar um tesouro”, isto para que entendessem que
deveriam fazer marcação e tirar a bola ao adversário.
Alto e autoritário para se fazer ouvir e ter a atenção de todos,
Tom de Voz no entanto em momentos de brincadeira e relaxe, é amigável
com os atletas.
Tenta que todos percebam o exercício e fá-lo de forma calma.
Explicação Caso não esteja a correr como devia, para e corrige.
Coloca os atletas a fazer o exercício passo a passo para que a
Demonstração explicação seja visual e de fácil entendimento.
Corrige sempre os atletas, individualmente ou em grupo, para
Feedback que todos tenham evolução.
O treinador tem sempre o cuidado de integrar todos os atletas
Pedagogia nos exercícios e de criar um bom ambiente no grupo, para que
todos evoluam e estejam ao mesmo nível.
Ativa e observadora para entender o rumo que o treino e os
Outras exercícios estão a tomar. Autoritário a puxar pela equipa e
Observações duro quando percebe que alguns não prestam atenção ou não
fazem o exercício de forma correta.

Treino
É feito com antecedência e em conjunto
Planeamento com o treinador-adjunto.
Tem em conta aquilo que os atletas mais
Construção dos Exercícios necessitam para continuarem o seu
desenvolvimento.
É feito antes de começar o treino para
Organização do material/espaço que esteja tudo pronto à hora do treino.
São escolhidos de forma pensada para
Organização dos jogadores que seja bom para todos e todos
evoluam.
É controlado para que o treino seja fluido
e não haja muita paragem. Também era
Gestão do tempo alterado consoante o “feeling” que ele
tinha dos atletas e do rumo do exercício.
Esta era introduzida pelo treinador ao
Ajuste da intensidade exigir mais dos atletas na realização dos
exercícios.
Ajuste das variáveis/regras dos O treino fluiu do mais simples para o
exercícios complexo.
Os exercícios são sempre interrompidos
Outras observações quando o treinador sente que os
jogadores começam a ficar dispersos.

1-Objetivo: finalização + controlo 2-Objetivo: controlo de bola + Treino


de bola. travar.
22

Data
22-11-2021

123
Equipa
Iniciação

Treinadores
DC

Material
Bolas
Pinos
Cones
1- todos com bola dentro da Todos com bola dentro do Coletes
área a rematar à baliza. quadrado, em condução e ao Baliza
meu sinal devem ir o mais
2- todos com bola dentro do rápido possível para o quadrado
quadrado a driblar os pinos. da cor indicada.
- sem acidentes; - travar dentro do quadrado com
- bola colada ao pé. a parte debaixo do pé;

Variantes: pé dir/esq/ext/int. - várias cores.

15min. Variantes: pé dir/esq/ext/int.


10min.

3-Objetivo: roubar o tesouro. 4-Objetivo: jogo 1x1/2x2/3x3. Notas


Melhores
jogadores
com os
melhores
jogadores.
Conteúdos
do treino
Controlo de
bola + travar.

Dois com bola e a tentar roubar Montar dois ou três campos


o tesouro dos colegas. dentro do quadrado e promover
Conteúdos
competição.
- bola junto ao pé; treino
- 1x1/2x2; seguinte
- manter a bola junto enquanto Controlo de
rouba a dos colegas. - aplicar tudo o que foi treinado bola + travar.
na sessão.
10min.
10min.

Reflexão

124
Nesta observação o treinador em questão foi novamente o Ângelo
Caetano, mas desta vez na equipa de iniciação/básico. Este é o escalão mais
jovem da escola Dragon Force, com idades entre os 5 e 6/7 anos, e como o
nome indica, são atletas que estão a iniciar na modalidade. O seu foco principal
nesta equipa passa muito por brincar com a bola, por forma a treinar a relação
com a mesma visto que no que toca ao seu desenvolvimento técnico, este é
muito reduzido.

Durante o treino tenta aplicar exercícios que sejam atrativos, educativos


e que os motive a praticar e a querer aprender mais, como por exemplo jogos
com cores em que os atletas têm de fazer condução de bola até uma
determinada cor, ou finalizar numa determinada baliza de cor, entre outros.

Relativamente à sua linguagem parece-me a mais adequada e foi com ele


que aprendi e comecei a aplicar também, uma vez que foi a que melhor resultou.
Inventa expressões infantis para determinados princípios do jogo, para que seja
ajustado à idade e mais fácil de assimilar, como por exemplo “roubar o tesouro”
para desarmar o adversário, ou então “procura o ladrão” para que estes saibam
que têm de marcar o adversário.

Segundo Jowett, Nicolas e Yang (2017) os treinadores são responsáveis


por fornecer feedback, corrigir erros, garantir a compreensão, reforçando,
demonstrando, descrevendo e explicando. Esta frase é a que melhor caracteriza
o seu trabalho com estes atletas uma vez que o mesmo procura aplicar todos
estes conceitos com o objetivo de melhorar constantemente os seus atletas.

No final do treino todos são responsáveis pela tarefa de arrumar o


material, no sentido de ganhar responsabilidade e só podem sair do campo
quando estiver formada uma fila.

Observação Interna 19
Treinador Pedro Mendes Data 24-11-2021
Escalão Intermédio Local Estádio Municipal
de Almancil

Observação do Treinador

125
O treinador tem uma postura profissional, ativa e autoritária
Postura para que os atletas não se percam e comecem a brincar.
A linguagem do treinador é adequada à idade. Introduz alguns
Linguagem termos técnicos da modalidade de forma que os atletas
comecem a familiarizar-se com a terminologia.
O tom de voz também é adequado à idade. Autoritário quando
Tom de Voz tem de chamar à atenção ou advertir, tranquilo a explicar os
exercícios e sempre amigável com os atletas.
Na explicação o treinador perde tempo a explicar os exercícios
Explicação e demonstra-os para que se tornem claros aos atletas.
Tem sempre o cuidado de demonstrar os exercícios para que
Demonstração sejam bem compreendidos pelos atletas.
Procura sempre intervir durante os exercícios de modo a
Feedback corrigir posicionamentos ou falhas técnicas, mostrando
sempre como se faz para que os atletas tenham sucesso.
O treinador tem sempre o cuidado de integrar todos os atletas
Pedagogia nos exercícios e de criar um bom ambiente no grupo, para que
todos evoluam e estejam ao mesmo nível.
Repreende e dá castigos quando a conduta dos atletas não é
Outras
a melhor, ou seja, há brincadeira, falta de atenção ou vontade
Observações de treinar.

Treino
O planeamento é feito antecipadamente
em conjunto com o treinador-adjunto, e
Planeamento ajustado consoante a evolução dos
atletas.
São planeados de forma que haja um
Construção dos Exercícios melhoramento contínuo dos atletas, a
nível tático, técnico e físico.
Tem uma boa noção do espaço e
Organização do material/espaço prepara o material necessário para não
perder tempo e otimizar o treino.
Gere bem e decide na construção dos
exercícios quem fica com quem, e tem o
Organização dos jogadores cuidado de separar os mais distraídos ou
conversadores.
O tempo também é definido na
construção dos exercícios, mas pode ser
Gestão do tempo alterado conforme o decorrer dos
exercícios.
Ajuste da intensidade Neste treino isso não se verificou.
Ajuste das variáveis/regras dos Neste treino isso não se verificou.
exercícios
O treinador tem a preocupação de
chegar mais cedo para organizar e
preparar o campo de treino;
Outras observações As pausas para ir beber água são
aproveitadas para montar/desmontar
exercícios.

126
1-Objetivo: jogo da raposa. 2-Objetivo: passe e receção de Treino
bola.
23

Data
24-11-2021

Equipa
Intermédio
Avançado

Treinadores
Todos com bola dentro do Formar grupos de 3 como na PM/DC
quadrado e com o colete atrás imagem. O lado que tem bola
das costas, devem tentar roubar conduz até ao meio, passa e Material
o colete dos colegas. fica lá, o outro receciona e faz Bolas
Pinos
igual.
- o vencedor escolhe o castigo; Cones
- depois faz o passe do seu Coletes
- para roubar o colete deve ter a sítio, vai ao meio e o colega Balizas
bola controlada. passa a bola, que este devolve
15min. de novo para que ele siga o
exercício.
15min.

3-Objetivo: jogo do meio com 3 4-Objetivo: jogo 2x2/3x3. Notas


equipas.
Juntar os
melhores no
jogo.
21 atletas.

Conteúdos
do treino
Passe e
receção de
bola +
desmarcação.
Formas três equipas e duas Formar dois campos e promover
trocam a bola entre si dentro do competição nos atletas.
Conteúdos
quadrado, enquanto a outra
30min. treino
tenta intercetar a bola.
seguinte
- troca a equipa do meio quando Desmarcações
estes recuperam a bola ou uma
das equipas falhe o passe.
Objetivo: trabalhar desmarcação
e reação à perda da bola.
15min.

127
Reflexão

Nesta observação o treinador em questão foi novamente o treinador


Pedro Mendes, na equipa de Intermédio/Avançado Dragon Force. Esta equipa é
caracterizada por jogadores com idades entre os 8 e os 12 anos que não
competem e à semelhança do escalão inferior a este, o seu foco principal passa
por treinar a relação com a bola visto que no que toca ao seu desenvolvimento
técnico este é não é muito desenvolvido. Também é o escalão onde se começa
a iniciar a introdução de conteúdos mais específicos uma vez que alguns deles
irão competir no próximo escalão.

Segundo Jowett, Nicolas e Yang (2017) os treinadores são responsáveis


por fornecer feedback, corrigir erros, garantir a compreensão, reforçando,
demonstrando, descrevendo e explicando, posto isto, o treinador tem uma boa
postura e sabe comunicar com os atletas, consegue transmitir o seu
conhecimento e aquilo que quer para a equipa ou nos exercícios, sabe gerir o
comportamento dos seus atletas uma vez que é autoritário e assertivo com os
mesmos quando tem de ser, e tem uma boa noção de organização e gestão dos
espaços.

Relativamente à questão do treino pareceu-me ser adequado ao contexto


da equipa, ou seja, idades dos atletas e as suas capacidades atuais. Antes de
iniciar a sessão de treino gosta de juntar todos os atletas e informar como vai
decorrer o mesmo, o que para mim me parece correto porque como diz Santos
e Pinheiro (2020) a instrução emitida antes do exercício tem por principal objetivo
a organização, procurando ser de pouca duração, havendo necessidade de um
maior tempo quando se apresenta novos conteúdos ou exercícios.

No final do treino é realizado uma roda onde todos os atletas alongam e


se faz uma reflexão sobre o treino, no sentido de apurar aquilo que os jogadores
sentiram durante a sessão.

Em suma o treino correu normalmente e sem incidentes, os atletas


estavam motivados e todas as unidades de treino foram executadas conforme o
planeamento.

128
Observação Interna 20
Treinador Luís Afonso Data 25-11-2021
Escalão Sub-11/12 Local Estádio Municipal
Elite de Almancil

Observação do Treinador
O treinador tem uma postura ativa, aproxima-se de cada
Postura jogador para dar feedback e espera por uma resposta positiva.
É assertivo quando tem de intervir dessa forma.
Tem uma linguagem adequada à modalidade e à faixa etária
Linguagem dos atletas, com uma forma de falar clara, objetiva e
motivadora.
O tom de voz é moderado a explicar um exercício perto dos
jogadores e na correção de um jogador, já na repreensão,
Tom de Voz como dito acima, o tom de voz pode subir consideravelmente.
Por outras palavras, o seu tom de voz irá depender do
contexto da situação apresentada.
A explicação é dada de forma rápida e objetiva, e por muitas
Explicação vezes reforçada, dado à faixa etária da equipa e à desatenção
muitas vezes gerada.
Demonstração Os exercícios são demonstrados pelos jogadores.
Dado à faixa etária, o feedback tem que estar sempre
presente para corrigir os erros desde cedo, e o treinador
Feedback analisa atleta por atleta, dando feedback até ao jogador
efetuar corretamente.
A pedagogia é boa porque existe uma aproximação ao atleta
para ajudá-lo a cumprir os seus objetivos, acompanhar a
Pedagogia aprendizagem e todos os atletas estão incluídos nos
exercícios, aproveitando o tempo útil.
A repreensão dos atletas quando se verifica faltas de atenção,
Outras brincadeira ou falta de vontade para treinar, é sempre
Observações aplicada;
O castigo é aplicado, flexões e voltas ao campo a correr.

Treino
Este é feito antecipadamente e tem em
Planeamento conta o desenvolvimento dos atletas.
A construção dos exercícios concorre
para o melhoramento constante dos
atletas e normalmente são iguais ou
Construção dos Exercícios parecidos para que os mesmos
aprendam e adquiram autonomamente
soluções para ultrapassar o desafio de
cada exercício.
Faz bom uso do espaço que tem à sua
Organização do material/espaço disposição e dos materiais disponíveis.
Os grupos de jogadores são distribuídos
conforme a idade e qualidade individual
Organização dos jogadores dos jogadores, de modo a ficarem no
mesmo nível.

129
O exercício poderia vir a ser alterado
quando se verificava facilidade e que o
mesmo já não concorria para a criação
Gestão do tempo de novos estímulos, ou o contrário, o
exercício não era mudado caso o
rendimento do mesmo estivesse a ser
positivo.
Este é imposto pelo treinador durante o
Ajuste da intensidade decorrer dos exercícios.
Ajuste das variáveis/regras dos Não houve alterações.
exercícios
Os jogadores podiam ir beber água a
meio do treino ou enquanto o treinador
Outras observações arrumava algum material não necessário
que pudesse comprometer o desenrolar
do treino.

1-Objetivo: jogo do meio. 2-Objetivo: reação à perda Treino


4x2/4x1.

Data
25-11-2021

Equipa
Sub-11/12
Elite
Treinadores
LA
Formar 3 meios com 3 jogadores a Dois meios com 4 por fora em cada
jogar por fora a trocar bola. Dois e 3 no meio, sendo que um defesa Material
meios têm um jogador no meio a tem de andar de um quadrado para Bolas
tentar intercetar a bola e outro fica o outro. Pinos
livre. Cones
- 10 passes e toca a bola para o Coletes
- quem perde bola terá de ir a correr outro meio/passe forte;
procura um meio livre para roubar a
- chamar os defesas e só depois
bola;
passar;
- reagir rápido à perda, agressivos e
intensos. - agressivos na conquista da bola.

20min. 20min.

3-Objetivo: desmarcações. 4-Objetivo: jogo. Notas


11 jogadores.

Conteúdos
do treino

130
Passe,
desmarcações
e reação à
perda da bola.

Conteúdos
treino
seguinte

Quatro atletas dentro de um Jogo.


quadrado, 3 trocam a bola
enquanto o outro fica no meio a 20/25min
tentar intercetar a bola. Quem troca
deve procurar desmarcar-se e dar
linha de passe.

- dar no mínimo 10 passes/passe


forte;

- receção orientada;

- agressivos a intercetar a bola.

20min.

Reflexão

A última observação foi ao treinador Luís Afonso, na equipa de Sub-11


Elite. Esta equipa é caracterizada por jogadores de qualidade que estão
diretamente ligados à formação do Futebol Clube do Porto, e que são
promissores, com qualidade acima da média. Segundo Schorer e Elferink-
Gemser (2013) os jogadores são considerados talentosos se apresentarem
níveis de rendimento melhores que os seus pares, ou se são identificados como
tendo potencial para atingir um nível de elite.

Antes de iniciar a sessão de treino gosta de juntar todos os atletas e


informar como vai decorrer o mesmo, o que para mim me parece correto porque
como diz Santos e Pinheiro (2020) a instrução emitida antes do exercício tem
por principal objetivo a organização, procurando ser de pouca duração, havendo
necessidade de um maior tempo quando se apresenta novos conteúdos ou
exercícios.

Durante o treino o treinador tem uma postura observadora para analisar o


decorrer dos exercícios, amigável dado que os atletas já o conhecem e gosta de

131
brincar com eles. Normalmente intervém quando vê que há falta de intensidade,
erros técnico-táticos, entre outros, o que para mim me parece correto, porque
segundo Clemente, Martins e Mendes (2014) o encorajamento durante os jogos
reduzidos condicionados, como forma de motivação externa, aumenta a
resposta fisiológica dos jogadores, bem como a sua perceção de esforço.

Relativamente às unidades de treino, estas concorrem para o


desenvolvimento contínuo dos atletas pois segundo Sarmento, Calco e Coutinho
(2020) o treino, caracterizado por ser uma prática de cariz formal, desenvolvida
num contexto legalmente organizado (clube ou instituição) e orientada por um
adulto (treinador ou professor), é o tipo de prática capaz de potenciar a evolução
do atleta. Na explicação do exercício não perde muito tempo, mas caso haja
alguém que não entende o que é pretendido, vai individualmente explicar por
forma a não interromper o treino todo.

No final do treino é realizado uma roda onde todos os atletas alongam e


se faz uma reflexão sobre o treino, no sentido de apurar aquilo que os jogadores
sentiram durante a sessão.

Em suma o treino correu normalmente e sem incidentes, os atletas


estavam motivados e todas as unidades de treino foram executadas conforme o
planeamento.

Observações externas

Observação externa 1
Treinador Pedro Mendes Data 21-10-2021
Clube/Escalão Inter C Almancil Local Estádio Municipal
Júniores de Almancil

Observação do Treinador
O treinador tem uma postura profissional, ativa e
Postura
autoritária para que os atletas mantenham o foco.
A linguagem do treinador contém terminologia técnica da
Linguagem
modalidade.
O tom de voz também é adequado à idade. Autoritário
Tom de Voz quando tem de chamar à atenção ou advertir, tranquilo a
explicar os exercícios e sempre amigável com os atletas.

132
Na explicação o treinador perde tempo a explicar os
Explicação exercícios e demonstra-os para que se tornem claros aos
atletas.
Tem sempre o cuidado de demonstrar os exercícios para
Demonstração
que sejam bem compreendidos pelos atletas.
Procura sempre intervir durante os exercícios de modo a
Feedback
corrigir posicionamentos ou falhas técnicas.
O treinador tem sempre o cuidado de integrar todos os
atletas nos exercícios e de criar um bom ambiente no
Pedagogia grupo, para que todos evoluam e estejam ao mesmo
nível, seja com atividades de grupo ou pequenas
reuniões.
Outras
Observações

Treino
O planeamento é feito
antecipadamente em conjunto com o
Planeamento treinador-adjunto, e ajustado
consoante a evolução dos atletas e
período competitivo.
São planeados de forma que haja um
Construção dos Exercícios melhoramento contínuo dos atletas, a
nível tático, técnico e físico.
Tem uma boa noção do espaço e
Organização do material/espaço prepara o material necessário para
não perder tempo e otimizar o treino.
Gere bem e decide na construção
Organização dos jogadores dos exercícios quem fica com quem,
para benefício da equipa.
O tempo também é definido na
construção dos exercícios, mas pode
Gestão do tempo
ser alterado conforme o decorrer dos
exercícios.
Encorajou os atletas para que
Ajuste da intensidade dessem mais deles mesmos na
realização dos exercícios.
Ajuste das variáveis/regras dos Neste treino isso não se verificou.
exercícios
- O treinador tem a preocupação de
chegar mais cedo para organizar e
preparar o campo de treino;
Outras observações
- As pausas para ir beber água são
aproveitadas para montar/desmontar
exercícios.

133
134
Reflexão

A primeira reflexão externa que realizei foi ao treinador Pedro Mendes no


Internacional Club de Almancil, escalão de juniores onde os atletas têm entre os
17 e os 18 anos de idade. Fazendo uma breve comparação entre estes atletas
e os atletas de formação da Dragon Force, é possível ver que há uma diferença
significativa ao nível do desenvolvimento físico e psicológico, pois na formação
estou habituado a lidar com atletas muito mais jovens. Em relação à constituição
da sua equipa pude verificar que tem atletas muito desenvolvidos tecnicamente
e que são capazes de realizar qualquer tipo de habilidade motora com a bola, o
que me leva a concluir que houve uma grande aquisição ao nível do repertório
motor ao longo do seu crescimento.

Relativamente à postura e ao comportamento do treinador neste escalão


e equipa, é completamente diferente daquele que tem no escalão mais jovem da
Dragon Force, nos Sub-12. Tem mais exigência para com os atletas e a sua
linguagem é caracterizada pelo uso de muitos termos técnicos e também o
feedback é constante.

Antes do treino se iniciar gosta de juntar o grupo e dar uma palestra para
abordar pequenas questões caso haja, mas principalmente para esboçar o que
vai ser a sessão de treino. Para Abranja (2020) a palestra é uma “obrigação” do
treinador principal. Enquanto esta está a ser dada o treinador-adjunto está a
montar os exercícios, tarefa previamente delegada pelo treinador, para que o
treino corra de forma fluída e sem muitas interrupções. Segundo Urbea e Garcia
de Oro (2012) a capacidade de delegar é uma das características importantes
que o treinador deve ter, e uma equipa técnica competente permite que o

135
treinador principal delegue tarefas permitindo a todos os intervenientes estarem
motivados e comprometidos com o objetivo da equipa.

No decorrer da sessão o treinador tem uma postura tranquilo e


observadora para analisar se tudo está a ir de encontro com o planeado, mas
também foi interventivo para exigir mais dos atletas, porque segundo Clemente,
Martins e Mendes (2014) o encorajamento durante os jogos reduzidos
condicionados, como forma de motivação externa, aumenta a resposta
fisiológica dos jogadores, bem como a sua perceção de esforço.

Em suma o treino correu normalmente e sem incidentes, os atletas


estavam motivados e todas as unidades de treino foram executadas conforme o
planeamento.

Observação externa 2
Treinador Tomás Salsa Data 21-10-2021
Clube/Escalão Inter C Almancil Local Estádio Municipal
Júniores de Almancil

Observação do Treinador
O treinador tem uma postura observadora e calma para
Postura
com os atletas.
A linguagem do treinador contém terminologia técnica da
Linguagem
modalidade.
O tom de voz também é adequado à idade. Quando tem
Tom de Voz
de intervir é sempre calmo e amigável com os atletas.
Normalmente não intervém na explicação, mas caso haja
Explicação necessidade de dar uma explicação individualmente tem
autorização para o fazer.
Participa na demonstração dos exercícios a mando do
Demonstração
treinador principal.
Procura sempre alertar o treinador sobre algum aspeto
Feedback
que o mesmo não tenha reparado.
Tem sempre o cuidado de integrar todos os atletas nos
exercícios e de criar um bom ambiente no grupo, para
Pedagogia
que todos evoluam e estejam ao mesmo nível, seja com
atividades de grupo ou pequenas reuniões.
Outras O treinador-adjunto tem autonomia para intervir, caso
Observações necessário.

Treino

136
O planeamento é feito
antecipadamente em conjunto com o
Planeamento treinador, e ajustado consoante a
evolução dos atletas e período
competitivo.
São planeados de forma que haja um
Construção dos Exercícios melhoramento contínuo dos atletas, a
nível tático, técnico e físico.
Tem uma boa noção do espaço e
Organização do material/espaço prepara o material necessário para
não perder tempo e otimizar o treino.
Gere bem e decide na construção
Organização dos jogadores dos exercícios quem fica com quem,
para benefício da equipa.
O tempo também é definido na
construção dos exercícios, mas pode
Gestão do tempo
ser alterado conforme o decorrer dos
exercícios.
Ajuste da intensidade É aplicado pelo treinador.
Ajuste das variáveis/regras dos Neste treino isso não se verificou.
exercícios
O treinador tem a preocupação de
Outras observações chegar mais cedo para organizar e
preparar o campo de treino.

137
Reflexão

A segunda observação que realizei foi ao treinador-adjunto Tomás Salsa,


do treinador Pedro Mendes, no Internacional Club de Almancil na equipa de
juniores. Gostava que esta segunda observação externa tivesse sido realizada
numa outra organização, porém a minha falta de disponibilidade não me permitiu
que isso fosse possível, uma vez que estou a estagiar todos os dias e os meus

138
horários coincidem com os da minha colega Filipa Neto, que também está a
estagiar na mesma área que eu. Estando a estagiar em futebol, no meu entender
faz mais sentido aprender com outros colegas da mesma área.

O seu papel enquanto adjunto é auxiliar o treinador principal em tudo o


que este precise. Neste caso concreto que é o treino, o treinador-adjunto prepara
o campo com o necessário para a realização dos exercícios, acompanha a
realização dos mesmos e tem uma postura observadora para ajudar o treinador
em alguma coisa que este não consiga ver ou acompanhar.

Fazendo uma breve comparação entre estes atletas e os atletas de


formação da Dragon Force, é possível ver que há uma diferença significativa ao
nível do desenvolvimento físico e psicológico, pois na formação estou habituado
a lidar com atletas muito mais jovens. Em relação à constituição da sua equipa
pude verificar que tem atletas muito desenvolvidos tecnicamente e que são
capazes de realizar qualquer tipo de habilidade motora com a bola, o que me
leva a concluir que houve uma grande aquisição ao nível do repertório motor ao
longo do seu crescimento.

As suas tarefas no treino passam por organizar os exercícios em campo,


para que tudo esteja pronto antes do treino e este decorra de forma fluída, e
auxiliar o treinador principal em tudo o que este precise, pois para Abranja (2020)
hoje em dia, o treinador-adjunto tem um papel de extrema importância e o seu
trabalho deve complementar o do treinador principal, mas com independência de
pensamento e espírito crítico.

No decorrer da sessão o treinador tem uma postura tranquilo e


observadora para analisar se tudo está a ir de encontro com o planeado e para
comentar com o treinador principal e dar a sua opinião, mas também tem
autonomia e foi interventivo para exigir mais dos atletas, porque segundo
Clemente, Martins e Mendes (2014) o encorajamento durante os jogos reduzidos
condicionados, como forma de motivação externa, aumenta a resposta
fisiológica dos jogadores, bem como a sua perceção de esforço.

No final este trata de recolher todo o material utilizado no treino e em suma


o treino correu normalmente e sem incidentes, os atletas estavam motivados e
todas as unidades de treino foram executadas conforme o planeamento.

139
Observação Externa 3
Treinador Pedro Mendes Data 18-11-2021
Escalão Inter C Almancil Local Estádio Municipal
juniores de Almancil

Observação do Treinador
O treinador tem uma postura profissional, ativa e autoritária
Postura para que os atletas mantenham o foco.
A linguagem do treinador contém terminologia técnica da
Linguagem modalidade.
O tom de voz também é adequado à idade. Autoritário quando
Tom de Voz tem de chamar à atenção ou advertir, tranquilo a explicar os
exercícios e sempre amigável com os atletas.
Na explicação o treinador perde tempo a explicar os exercícios
Explicação e demonstra-os para que se tornem claros aos atletas.
Tem sempre o cuidado de demonstrar os exercícios para que
Demonstração sejam bem compreendidos pelos atletas.
Procura sempre intervir durante os exercícios de modo a
Feedback corrigir posicionamentos ou falhas técnicas.
O treinador tem sempre o cuidado de integrar todos os atletas
nos exercícios e de criar um bom ambiente no grupo, para que
Pedagogia todos evoluam e estejam ao mesmo nível, seja com atividades
de grupo ou pequenas reuniões.
Outras O respeito por parte dos atletas é tão grande que não precisa
Observações de se preocupar com repreensões ou castigos aos atletas.

Treino
O planeamento é feito antecipadamente
em conjunto com o treinador-adjunto, e
Planeamento ajustado consoante a evolução dos
atletas e período competitivo.
São planeados de forma que haja um
Construção dos Exercícios melhoramento contínuo dos atletas, a
nível tático, técnico e físico.
Tem uma boa noção do espaço e
Organização do material/espaço prepara o material necessário para não
perder tempo e otimizar o treino.
Gere bem e decide na construção dos
Organização dos jogadores exercícios quem fica com quem, para
benefício da equipa.
O tempo também é definido na
construção dos exercícios, mas pode ser
Gestão do tempo alterado conforme o decorrer dos
exercícios.
Ajuste da intensidade Neste treino isso não se verificou.
Ajuste das variáveis/regras dos Neste treino isso não se verificou.
exercícios
O treinador tem a preocupação de
Outras observações chegar mais cedo para organizar e
preparar o campo de treino;

140
As pausas para ir beber água são
aproveitadas para montar/desmontar
exercícios.

141
Reflexão

A terceira reflexão externa que realizei foi novamente ao treinador Pedro


Mendes no Internacional Club de Almancil, escalão de juniores onde os atletas
têm entre os 17 e os 18 anos de idade. Fazendo uma breve comparação entre
estes atletas e os atletas de formação da Dragon Force, é possível ver que há
uma diferença significativa ao nível do desenvolvimento físico e psicológico, pois
na formação estou habituado a lidar com atletas muito mais jovens. Em relação
à constituição da sua equipa pude verificar que tem atletas muito desenvolvidos
tecnicamente e que são capazes de realizar qualquer tipo de habilidade motora
com a bola, o que me leva a concluir que houve uma grande aquisição ao nível
do repertório motor ao longo do seu crescimento.

Relativamente à postura e ao comportamento do treinador neste escalão


e equipa, é completamente diferente daquele que tem no escalão mais jovem da
Dragon Force, nos Sub-12. Tem mais exigência para com os atletas e a sua
linguagem é caracterizada pelo uso de muitos termos técnicos e também o
feedback é constante.

Antes do treino se iniciar gosta de juntar o grupo e dar uma palestra para
abordar pequenas questões caso haja, mas principalmente para esboçar o que
vai ser a sessão de treino. Para Abranja (2020) a palestra é uma “obrigação” do
treinador principal. Enquanto esta está a ser dada o treinador-adjunto está a
montar os exercícios, tarefa previamente delegada pelo treinador, para que o
treino corra de forma fluída e sem muitas interrupções. Segundo Urbea e Garcia
de Oro (2012) a capacidade de delegar é uma das características importantes

142
que o treinador deve ter, e uma equipa técnica competente permite que o
treinador principal delegue tarefas permitindo a todos os intervenientes estarem
motivados e comprometidos com o objetivo da equipa.

No decorrer da sessão o treinador tem uma postura tranquilo e


observadora para analisar se tudo está a ir de encontro com o planeado, mas
também foi interventivo para exigir mais dos atletas, porque segundo Clemente,
Martins e Mendes (2014) o encorajamento durante os jogos reduzidos
condicionados, como forma de motivação externa, aumenta a resposta
fisiológica dos jogadores, bem como a sua perceção de esforço.

Relativamente ao treino anteriormente observado não notei diferenças


nos parâmetros observador e em suma o treino correu normalmente e sem
incidentes, os atletas estavam motivados e todas as unidades de treino foram
executadas conforme o planeamento.

Observação Externa 4
Treinador Tomás Salsa Data 18-11-2021
Escalão Inter C Almancil Local Estádio Municipal
Juniores de Almancil

Observação do Treinador
O treinador tem uma postura observadora e calma para
Postura
com os atletas.
A linguagem do treinador contém terminologia técnica da
Linguagem
modalidade.
O tom de voz também é adequado à idade. Quando tem
Tom de Voz
de intervir é sempre calmo e amigável com os atletas.
Normalmente não intervém na explicação, mas caso haja
Explicação necessidade de dar uma explicação individualmente tem
autorização para o fazer.
Participa na demonstração dos exercícios a mando do
Demonstração
treinador principal.
Procura sempre alertar o treinador sobre algum aspeto
Feedback
que o mesmo não tenha reparado.
Tem sempre o cuidado de integrar todos os atletas nos
exercícios e de criar um bom ambiente no grupo, para
Pedagogia
que todos evoluam e estejam ao mesmo nível, seja com
atividades de grupo ou pequenas reuniões.
Outras O treinador-adjunto tem autonomia para intervir, caso
Observações necessário.

Treino

143
O planeamento é feito
antecipadamente em conjunto com o
Planeamento treinador, e ajustado consoante a
evolução dos atletas e período
competitivo.
São planeados de forma que haja um
Construção dos Exercícios melhoramento contínuo dos atletas, a
nível tático, técnico e físico.
Tem uma boa noção do espaço e
Organização do material/espaço prepara o material necessário para
não perder tempo e otimizar o treino.
Gere bem e decide na construção
Organização dos jogadores dos exercícios quem fica com quem,
para benefício da equipa.
O tempo também é definido na
construção dos exercícios, mas pode
Gestão do tempo
ser alterado conforme o decorrer dos
exercícios.
Ajuste da intensidade É aplicado pelo treinador.
Ajuste das variáveis/regras dos Neste treino isso não se verificou.
exercícios
O treinador tem a preocupação de
Outras observações chegar mais cedo para organizar e
preparar o campo de treino.

144
Reflexão

A quarta observação que realizei foi ao treinador-adjunto Tomás Salsa, do


treinador Pedro Mendes, no Internacional Club de Almancil na equipa de juniores
onde os atletas têm entre os 17 e os 18 anos de idade.

145
O seu papel enquanto adjunto é auxiliar o treinador principal em tudo o
que este precise. Neste caso concreto que é o treino, o treinador-adjunto prepara
o campo com o necessário para a realização dos exercícios, acompanha a
realização dos mesmos e tem uma postura observadora para ajudar o treinador
em alguma coisa que este não consiga ver ou acompanhar.

Fazendo uma breve comparação entre estes atletas e os atletas de


formação da Dragon Force, é possível ver que há uma diferença significativa ao
nível do desenvolvimento físico e psicológico, pois na formação estou habituado
a lidar com atletas muito mais jovens. Em relação à constituição da sua equipa
pude verificar que tem atletas muito desenvolvidos tecnicamente e que são
capazes de realizar qualquer tipo de habilidade motora com a bola, o que me
leva a concluir que houve uma grande aquisição ao nível do repertório motor ao
longo do seu crescimento.

As suas tarefas no treino passam por organizar os exercícios em campo,


para que tudo esteja pronto antes do treino e este decorra de forma fluída, e
auxiliar o treinador principal em tudo o que este precise, pois para Abranja (2020)
hoje em dia, o treinador-adjunto tem um papel de extrema importância e o seu
trabalho deve complementar o do treinador principal, mas com independência de
pensamento e espírito crítico.

No decorrer da sessão o treinador tem uma postura tranquilo e


observadora para analisar se tudo está a ir de encontro com o planeado e para
comentar com o treinador principal e dar a sua opinião, mas também tem
autonomia e foi interventivo para exigir mais dos atletas, porque segundo
Clemente, Martins e Mendes (2014) o encorajamento durante os jogos reduzidos
condicionados, como forma de motivação externa, aumenta a resposta
fisiológica dos jogadores, bem como a sua perceção de esforço.

No final este trata de recolher todo o material utilizado no treino e em suma


o treino correu normalmente e sem incidentes, os atletas estavam motivados e
todas as unidades de treino foram executadas conforme o planeamento.

146
Planos de sessão realizados
Iniciação/Básico
1-Objetivo: relação com bola. 2-Objetivo: relação com bola. Treino
5

Data
20-09-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
AC/DC
Cada um com bola a conduzir Jogo do espelho.
livremente dentro do quadrado. Material
Igual ao exercício anterior, eu Bolas
10min. faço e eles imitam. Pinos
Cones
Variantes: pé esquerdo, direito, Coletes
parte debaixo, exterior e interior Balizas
do pé.
10min.

3-Objetivo: relação com bola. 4-Objetivo: relação com bola. Notas


Juntas
melhores
jogadores

Conteúdos
do treino
Relação com
bola

Controlo e condução de bola Jogo do ladrão.


livre sobre os obstáculos.
- dois com uma bola;
- sem acidentes;
- um conduz e o outro tenta Conteúdos
- bola junto ao pé. roupar o tesouro; treino
seguinte
10min. 10min. Relação com
bola

147
1-Objetivo: relação com bola. 2-Objetivo: jogo das cores. Treino
10

Data
07-10-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
Dentro do quadrado. Condução livre dentro do
Material
quadrado e ao sinal devem
- brincar com a bola; Cones
deslocar-se e parar a bola em
Pinos
- bola colada ao pé; cima da linha. Coletes
- cada linha tem uma cor; Bolas
- sem acidentes.
Variantes: pé esquerdo, direito, - bola colada ao pé;
parte debaixo, exterior e interior - cabeça levantada.
do pé.
10min.
10min.

3-Objetivo: roubar tesouro 4-Objetivo: 1x1 Notas


(caçadinhas).
Pares:
Gémeas;
David/Salvador
Rodrigo/Diego

Tpc:
Conduzir+
Travar
Conteúdos do
treino
Relação com
Todos com bola e devem roubar Formar pares e cada um deve bola
o tesouro dos outro colegas. levar o carro até à garagem. Orga.
Ofensiva:
- 2/3 ladrões com colete e sem 1º- livre e podem escolher onde identificação
bola; marcar. O par deve impedir. dos alvos
- bola colada ao pé; 2º- cada um terá um número de
garagem atribuído e só pode Conteúdos
- proteger o tesouro. treino
marcar nessa.
seguinte
10min, Relação com
bola + Toques

148
1-Objetivo: jogo do gato e do cão. 2-Objetivo: precisão do passe. Treino
11

Data
11-10-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
Gato/cão fica no centro do Cada um com bola e por fora do
Material
quadrado e tenta roubar a bola mini quadrado, devem tentar
Cones
dos que estão na extremidade e derrubar os pinos.
Pinos
tentam chegar ao lado contrário. Bolas
- 2/3 de cor diferente são
- bola junto ao pé; bombas e não podem ser
derrubados;
Quem perde vira gato/cão;
- ganha quem derrubar mais.
Variantes: pé forte/fraco
10min.
10min.

3-Objetivo: passar com o carro na 4-Objetivo: passe e receção de bola. Notas


garagem.
TPC:
Treinar passe
e receção
contra a
parede.

Conteúdos
do treino
Passe e
receção de
Andar pelas diversas garagens Dentro do quadrado a circular a bola
(balizas) e passar o carro (bola) bola livremente e passar para
através delas, e ir buscar do mim quando eu disser o nome.
outro lado.
- a bola é devolvida a quem Conteúdos
- não pode bater nos pinos; passa para que este possa treino
passar e rececionar; seguinte
- variar os pés;
- passar e receber de forma Passe e
- ganha quem fizer mais. receção de
correta.
bola
10min.

149
1-Objetivo: TPC + gato/rato 2-Objetivo: passe com a mão. Treino
12

Data
14-10-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
Perguntar pelo TPC e corrigir o A pares, um passa com a mão e
Material
que estiver a falhar. o outro faz o passe de volta.
Cones
Jogo do gato e do rato com 1º- pé forte/fraco; Pinos
bola. Bolas
2º- bola a meia altura, para o pé;
- 2 gatos;
3º- para a cabeça.
- bola colada ao pé.
10min.
10min.

3-Objetivo: jogo das garagens. 4-Objetivo: jogo dos passes a dois. Notas
Corrigir TPC
TPC para o
próximo dia,
igual ao
anterior.
Conteúdos
do treino
Passe e
receção de
bola.

A pares com uma bola. Quem A pares e frente a frente, um passa


não a tem, escolhe a baliza por e o outro receciona e devolve. Conteúdos
onde que receber o passe. 1º- por duas balizas grandes; treino
seguinte
- não repetir a mesma baliza; 2º- por duas balizas pequenas; Toques e
- sem bater nos pinos. 3º- tenta acertar no pino para que
finalização.
este caia.
10min.
10/20x duas primeiras etapas. A
última faz 5x.

10min.

150
1-Objetivo: TPC + jogo do gato/rato. 2-Objetivo: toques. Treino
13

Data
18-10-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
Perguntar pelo TPC e corrigir o Cada um com a bola a dar
Material
que estiver a falhar. toques.
Bolas
Jogo do gato e do rato com - levantar do chão com o pé; Pinos
bola. Cones
- começar com a mão, dá com a Coletes
- 2 gatos; parte do corpo e volta a agarrar Baliza
(pé, joelho, peito, cabeça);
- bola colada ao pé.
- ver quem dá mais toques.
10min.
10min.

3-Objetivo: finalização 1. 4-Objetivo: finalização 2. Notas


Corrigir TPC.
TPC: fazer
uma baliza
com duas
garrafas e
tentar marcar
golo.

Conteúdos
do treino
Cada um com uma bola e Cada um com uma bola e Toques e
procurar balizas livres para devem finalizar na baliza finalização.
marcar. grande.
- menos uma baliza que o - quem chuta vai buscar;
número de atletas no treino; Conteúdos
- ver quem marca mais golos.
- ver quem marca mais golos. treino
seguinte
10min. Taça da
Alimentação.

151
1-Objetivo: Taça da Alimentação 2-Objetivo: Nutrição Treino
14

Data
21-10-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
Competição “sobe e desce”. Atividade lúdica com o
Material
departamento de nutrição em
- 1x1; Bolas
quem têm de procurar os
Pinos
- todos jogam contra todos; alimentos. Coletes
- formar pares; Balizas
- quem ganha sobe no campo e
quem perde, desce. - procurar os alimentos
5min por jogo. designados.
20min.

3-Objetivo: 4-Objetivo: Notas


Torneio
interno onde
todos jogam
contra todos.

Conteúdos
do treino
Taça da
Alimentação

Conteúdos
treino
seguinte
Mudar de
direção
+
Enganar
(fintas).

152
1-Objetivo: condução de bola. 2-Objetivo: mudar de direção. Treino
15

Data
25-10-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
Todos com bola e a conduzir o Todos com bola e a conduzir o
Material
carro sem bater. carro sem bater, dentro do
Bolas
quadrado cheio de bombas
- mudar de direção e “enganar” Pinos
(pinos). Cones
os colegas.
- mudar de direção sempre que
Depois: vir bombas no chão;
. brincadeira de roubar o tesouro - bola colada ao pé.
e proteger o seu.
10min.
10min.

3-Objetivo: procurar a baliza livre. 4-Objetivo: procurar baliza de cor. Notas


TPC: andar
por casa com
a bola e
enganar o pai
e a mãe
quando se
cruzarem
com eles.

Conteúdos
do treino
Todos com bola e a procurar Igual ao exercício anterior, mas Mudar e
uma baliza livre para passar por agora as balizas têm cor. enganar
entre ela. (fintas).
- só pode marcar golo na baliza
- mudar de direção quando a da cor que eu indicar.
baliza estiver cheia; Conteúdos
- bola junto ao pé; treino
seguinte
- sem acidentes. Promover
competição
10min. 1x1 e 2x2.

153
1-Objetivo: TPC + aquecimento. 2-Objetivo: roubar o carro (bola). Treino
16

Data
28-10-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
Todos com bola e a conduzir o Dois com bola e a tentar roubar
Material
carro (bola) dentro do quadrado. o tesouro dos colegas.
Pinos
- entrar com a bola dentro do - bola junto ao pé; Cones
quadrado à minha ordem; Coletes
- manter a bola junto enquanto
- cada quadrado tem uma cor. rouba a dos colegas.

- ver TPC. 10min.

15min.

3-Objetivo: 1x1 4-Objetivo:2x2/3x3 Notas


Corrigir TPC.

Conteúdos
do treino
Tudo o que foi
treinado
anteriormente.

Montar dois ou três campos Montar um campo dentro do


dentro do quadrado e promover quadrado e promover Conteúdos
competição. competição. treino
seguinte
- 1x1. - 2x2/3x3.
Condução +
10min. Travar.

154
1-Objetivo: aquecimento + condução 2-Objetivo: condução de bola + Treino
de bola. travar.
17

Data
04-11-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
Condução de bola livre dentro Condução livre dentro do
Material
do quadrado. quadrado e ao sinal, conduzir
Bolas
rápido e parar dentro do
- sem acidentes; Pinos
quadrado com cor. Coletes
- bola colada ao pé; - quatro quadrados com cores Balizas
- espalhar pinos no campo. diferentes.

Variantes: pé 10min.
esquerdo/direito/exterior/interior.
10min.

3-Objetivo: caçadinhas. 4-Objetivo: condução de bola + Notas


remate.
TPC: fazer
condução de
bola dentro
de casa e
travar quando
chega junto
dos pais.
Conteúdos
do treino
Condução de
bola + travar.
Todos com bola dentro do Duas filas e duas filas de cones.
quadrado e dois deles são
caçadores. - contornar cones e depois
finalizar;
Conteúdos
- toca com colete para apanhar treino
- quem chuta vai buscar a bola;
o colega; seguinte
Variantes: contar com pé Remates +
- bola junto ao pé;
esquerdo e direito. toques.
- quem caça não pode estar
sem bola junto ao pé.
10min.

155
1-Objetivo: aquecimento + condução 2-Objetivo: jogo do gato/rato. Treino
de bola.
18

Data
08-11-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
Condução de bola livre dentro Condução de bola livre dentro
Material
do quadrado. do quadrado, mas agora têm de
Bolas
tentar passar por mim, que vou
- sem acidentes; Pinos
roubar bolas. Cones
- bola colada ao pé. - controlo de bola em Coletes
Variantes: pé movimento;
esquerdo/direito/exterior/interior. - controlo de bola com pressão.
10min. 10min.

3-Objetivo: roubar o tesouro 1x1. 4-Objetivo: jogo 1x1/2x2/3x3. Notas


Juntar os
melhores
jogadores.

Conteúdos
do treino
Controlo de
bola + jogo.

Dois com bola e a tentar roubar Montar dois ou três campos


o tesouro dos colegas. dentro do quadrado e promover Conteúdos
competição. treino
- bola junto ao pé;
seguinte
- 1x1/2x2;
10min. Controlo de
- aplicar tudo o que foi treinado bola + jogo.
na sessão.
10min.

156
1-Objetivo: caçadinhas. 2-Objetivo: roubar o tesouro 1x1. Treino
19

Data
11-11-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
Todos com bola dentro do Dois com bola e a tentar roubar
Material
quadrado e um é caçador. o tesouro dos colegas.
Bolas
- toca com colete para apanhar - bola junto ao pé; Pinos
o colega; Cones
- manter a bola junto enquanto Coletes
- bola junto ao pé; rouba a dos colegas.

- quem caça fica com a bola e 10min.


dá o colete ao colega.
10min.

3-Objetivo: passe e receção de bola. 4-Objetivo: jogo 1x1/2x2/3x3. Notas


Juntar os
melhores
jogadores.

Conteúdos
do treino
Controlo de
bola + passe
e receção.

Formar um quadrado ou um Montar dois ou três campos


círculo, e a bola deve circular dentro do quadrado e promover Conteúdos
entre todos. competição. treino
seguinte
- passe e receção de bola feita - 1x1/2x2;
Controlo de
com a parte interior de pé; bola.
- aplicar tudo o que foi treinado
- não podem perder a bola. na sessão.
10min. 10min.

157
1-Objetivo: caçadinhas. 2-Objetivo: toques. Treino
20

Data
15-11-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
Todos com bola dentro do Cada um com a bola a dar
Material
quadrado e um é caçador. toques.
Bolas
- toca com colete para apanhar - levantar do chão com o pé; Pinos
o colega; Cones
- começar com a mão, dá com a Coletes
- bola junto ao pé; parte do corpo e volta a agarrar
(pé, joelho, peito, cabeça);
- quem caça fica com a bola e
dá o colete ao colega. - ver quem dá mais toques.

10min. 10min.

3-Objetivo: roubar o tesouro 1x1. 4-Objetivo: jogo 1x1/2x2/3x3. Notas


Juntar os
melhores
jogadores.

Conteúdos
do treino
Controlo de
bola + jogo.

Dois com bola e a tentar roubar Montar dois ou três campos


o tesouro dos colegas. dentro do quadrado e promover Conteúdos
competição. treino
- bola junto ao pé;
seguinte
- 1x1/2x2;
- manter a bola junto enquanto Jogo.
rouba a dos colegas. - aplicar tudo o que foi treinado
na sessão.
10min.
10min.

158
1-Objetivo: aquecimento com 2-Objetivo: jogo 5x5. Treino
finalização.
21

Data
18-11-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
Cada um com uma bola dentro Jogo 5x5 contra a equipa de
Material
da área e a finalizar na baliza básico.
Bolas
grande. Pinos
- com guarda-redes.
- ver quem marca mais golos. Cones
40min. Coletes
10min. Balizas

3-Objetivo: 4-Objetivo: Notas


Iniciação
misturado
com básico.

Conteúdos
do treino
Jogo.

Conteúdos
treino
seguinte
Controlo de
bola + travar.

159
1-Objetivo: finalização + controlo de 2-Objetivo: controlo de bola + travar. Treino
bola.
22

Data
22-11-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
1- todos com bola dentro da Todos com bola dentro do
Material
área a rematar à baliza. quadrado, em condução e ao
Bolas
meu sinal devem ir o mais
2- todos com bola dentro do Pinos
rápido possível para o quadrado Cones
quadrado a driblar os pinos. da cor indicada. Coletes
- sem acidentes; - travar dentro do quadrado com Baliza
- bola colada ao pé. a parte debaixo do pé;

Variantes: pé dir/esq/ext/int. - várias cores.

15min. Variantes: pé dir/esq/ext/int.


10min.

3-Objetivo: roubar o tesouro. 4-Objetivo: jogo 1x1/2x2/3x3. Notas


Melhores
jogadores
com os
melhores
jogadores.
Conteúdos
do treino
Controlo de
bola + travar.

Dois com bola e a tentar roubar Montar dois ou três campos


o tesouro dos colegas. dentro do quadrado e promover Conteúdos
competição. treino
- bola junto ao pé;
seguinte
- 1x1/2x2;
- manter a bola junto enquanto Controlo de
rouba a dos colegas. - aplicar tudo o que foi treinado bola + travar.
na sessão.
10min.
10min.

160
1-Objetivo: toques. 2-Objetivo: jogo das cores. Treino
23

Data
25-11-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
Cada um com a bola a dar Todos com bola dentro do
Material
toques. quadrado a conduzir a bola
Pinos
livremente e ao meu sinal
- levantar do chão com o pé; Cones
devem apanhar um cone da cor Bolas
- começar com a mão, dá com a escolhida. Coletes
parte do corpo e volta a agarrar - ver quem apanha mais. Baliza
(pé, joelho, peito, cabeça);
10min.
- ver quem dá mais toques.
10min.

3-Objetivo: Roubar o tesouro 1x1. 4-Objetivo: jogo 1x1/2x2/3x3. Notas


Melhores
jogadores
com os
melhores
jogadores.
Conteúdos
do treino
Controlo de
bola + travar.

Dois com bola e a tentar roubar Montar dois ou três campos


o tesouro dos colegas de forma dentro do quadrado e promover Conteúdos
a que não consiga fazer golo competição. treino
nas mini balizas. seguinte
- 1x1/2x2;
Controlo de
- bola junto ao pé; bola + travar.
- aplicar tudo o que foi treinado
- manter a bola junto enquanto na sessão.
rouba a dos colegas.
15min.
- cada um marca numa baliza de
cor diferente.
10min.

161
1-Objetivo: toques. 2-Objetivo: jogo das cores. Treino
24

Data
30-11-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
Cada um com a bola a dar Todos com bola dentro do
Material
toques. quadrado a conduzir a bola
Pinos
livremente e ao meu sinal
- levantar do chão com o pé; Cones
devem apanhar um cone da cor Bolas
- começar com a mão, dá com a escolhida. Coletes
parte do corpo e volta a agarrar - ver quem apanha mais. Baliza
(pé, joelho, peito, cabeça);
10min.
- ver quem dá mais toques.
10min.

3-Objetivo: Roubar o tesouro 1x1. 4-Objetivo: jogo 1x1/2x2/3x3. Notas


Continuação
do treino
anterior.

Conteúdos
do treino
Controlo de
bola + travar.

Dois com bola e a tentar roubar Montar dois ou três campos


o tesouro dos colegas de forma dentro do quadrado e promover Conteúdos
a que não consiga fazer golo competição. treino
nas mini balizas. seguinte
- 1x1/2x2;
Controlo de
- bola junto ao pé; bola + travar.
- aplicar tudo o que foi treinado
- manter a bola junto enquanto na sessão.
rouba a dos colegas.
15min.
- cada um marca numa baliza de
cor diferente.
10min.

162
1-Objetivo: jogo do meio com 2-Objetivo: jogo 5x5. Treino
caçadinhas.
25

Data
02-12-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
Jogo do meio normal mas quem Fazer torneio de 3 equipas de 5
Material
está no meio deve tocar com o em que todos jogam entre si.
Pinos
colete no colega que tem a bola. Cones
- aplicar as regras do futebol.
- trabalhar passe e receção de Coletes
45min. Bolas
bola orientada.
Balizas
15min.

3-Objetivo: 4-Objetivo: Notas


Treino com
equipa de
básico.

Conteúdos
do treino
Jogo.

Conteúdos
treino
seguinte
Passe e
receção de
bola.

163
1-Objetivo: caçadinhas. 2-Objetivo: roubar o tesouro 1x1. Treino
26

Data
06-12-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
Todos com bola dentro do Dois com bola e a tentar roubar
Material
quadrado e um é caçador. o tesouro dos colegas.
Bolas
- toca com colete para apanhar - bola junto ao pé; Pinos
o colega; Cones
- manter a bola junto enquanto Coletes
- bola junto ao pé; rouba a dos colegas.

- quem caça fica com a bola e 10min.


dá o colete ao colega.
10min.

3-Objetivo: passe e receção de bola. 4-Objetivo: jogo 1x1/2x2/3x3. Notas


No jogo todos
jogam com
todos.

Conteúdos
do treino
Controlo de
bola + passe
e receção.

Formar um quadrado ou um Montar dois ou três campos


círculo, e a bola deve circular dentro do quadrado e promover Conteúdos
entre todos. competição. treino
seguinte
- passe e receção de bola feita - 1x1/2x2;
Enganar +
com a parte interior de pé; Mudar.
- aplicar tudo o que foi treinado
- não podem perder a bola. na sessão.
10min. 10min.

164
1-Objetivo: condução de bola. 2-Objetivo: mudar de direção. Treino
27

Data
09-12-2021

Equipa
Iniciação

Treinadores
DC
Todos com bola e a conduzir o Todos com bola e a conduzir o
Material
carro sem bater. carro sem bater, dentro do
Bolas
quadrado cheio de bombas
- mudar de direção e “enganar” Pinos
(pinos). Cones
os colegas.
- mudar de direção sempre que
Depois: vir bombas no chão;
- brincadeira de roubar o tesouro - bola colada ao pé.
e proteger o seu.
10min.
10min.

3-Objetivo: procurar a baliza livre. 4-Objetivo: procurar baliza de cor. Notas


TPC: andar
por casa com
a bola e
enganar o pai
e a mãe
quando se
cruzarem
com eles.

Conteúdos
do treino
Todos com bola e a procurar Igual ao exercício anterior, mas Mudar e
uma baliza livre para passar por agora as balizas têm cor. enganar
entre ela. (fintas).
- só pode marcar golo na baliza
- mudar de direção quando a da cor que eu indicar.
baliza estiver cheia; Conteúdos
- bola junto ao pé; treino
seguinte
- sem acidentes. Promover
competição
10min. 1x1 e 2x2.

165
1-Objetivo: aquecimento (ativação 2-Objetivo: passe + receção de bola. Treino
muscular).
14

Data
22-10-2021

Equipa
Avançado

Treinadores
DC
Cada um com bola. Dois com bola, passe e receção.
Material
- dar toques; - dá com um pé, devolve com o Bolas
outro; Pinos
- levantar a bola do chão; Cones
- de forma alternada; Coletes
- pé
esquerdo/direito/cabeça/joelho/ - receção orientada para os dois
lados.
peito.
Treinar passe receção de bola
15min. com os apoios corretos.
15min

3-Objetivo: passe + receção 4-Objetivo: jogo. Notas


orientada.
Equipas
equilibradas.

Conteúdos
do treino
Passe e
receção de
bola +
receção de
Formar um quadrado com 3 ou Jogo livre sem posições bola
4 atletas em cada pino, e definidas. orientada.
circular a bola por todos no Conteúdos
sentido do relógio. Pôr em prática o que foi
treino
treinador nos exercícios seguinte
- dá a bola e vai ocupar o lugar anteriores. Enganar,
do colega a que passa. mudar de
Treinar passe e receção de bola direção,
fintas.
orientada.
15min.

166
1-Objetivo: aquecimento. 2-Objetivo: roubar bola do Treino
adversário.
15

Data
27-10-2021

Equipa
Avanaçado

Treinadores
DC
Todos dentro do quadrado. Formar quatro quadrados, todos
Material
com bola e começam no
- enganar/mudar de direção; Pinos
primeiro quadrado.
Cones
- não bater no colegar; - tantar roubar a bola aos Bolas
colegas; Coletes
- bola junto ao pé;
Variantes: Pé - quem rouba sobe e quem
direito/esquerdo/interiore/exterio perde desce de quadrado.
r/sola. 15min.
15min.

3-Objetivo: 1x1- jogo dos números. 4-Objetivo: 1x1- jogo. Notas


Juntar os
melhores
jogadores.

Conteúdos
do treino
Mudar de
direção,
enganar e
fintas.
Duas equipas e ao meu sinal, Formar minicampos e promover
devem atacar a bola que vou competição. Conteúdos
colocar ao centro, e marcar treino
numa das balizas. - mudar de direção/enganar
seguinte
(fintas);
Promover
- cada jogador tem um número competição
- finalização;
atribuído; 1x1/2x2/3x3.
- sobre e desce.
- partem quando eu gritar por
um número. 30min.
15min.

167
1-Objetivo: aquecimento + relação 2-Objetivo: condução + passe. Treino
com bola.
17

Data
03-11-2021

Equipa
Avançado

Treinadores
DC
Dois com bola livremente. Dois com bola frente a frente e à
Material
vez, um conduz bola, contorna
- Passes e toques. Pinos
os pinos e passa ao colega.
Cones
Ativação muscular. - volta a correr de costas. Bolas
Coletes
15min. Trabalhar condução de bola e
passe.
15min.

3-Objetivo: condução + velocidade. 4-Objetivo: jogo 3x3. Notas


5 pinos de 4
cores
diferentes
35 cones de
1 cor
7 coletes
c/um de outra
cor.

Conteúdos
do treino
Três filas de jogadores + três filas Jogo 3x3. Condução de
de pinos, e cada equipa tem de bola + travar
contornar os pinos e ir buscar um (controlo de
cone correspondente à sua cor. bola).
Ao voltar tem de contornar
novamente os pinos e passar ao Conteúdos
colega. treino
seguinte
- estafetas; Condução de
- quem perde faz 10 agachamentos. bola.

15min.

168
1-Objetivo: aquecimento. 2-Objetivo: jogo do ladrão (condução Treino
de bola).
18

Data
05-11-2021

Equipa
Avançado

Treinadores
DC
1- dois com bola a dar toques e Três ou quatro equipas e bolas
Material
passes entre si; ao centro. Cada fila tem de ir
Bolas
buscar uma bola ao centro e
2- duelos 1x1. Quem tem bola Pinos
voltar a conduzir a bola, e Cones
deve ir para cima do colega e contornar os cones antes de
fintar. O outro rouba a bola. Coletes
passar ao colega. Balizas
15min. - ganha quem tiver mais bolas;
- 10 agachamentos para quem
perde.
15min.

3-Objetivo: 1x1 + finalização. 4-Objetivo: jogo 2x2/3x3. Notas


Juntar os
melhores
jogadores.

Conteúdos
do treino
Condução de
bola + duelos
1x1/2x2/3x3.

Duas filas mais duas balizas. Eu Formar dois campos e promover


meto uma bola ao centro e sai competição nos atletas. Conteúdos
um de cada equipa para treino
30min.
disputar a bola. seguinte
- quem ganha a bola tenta
marcar na baliza do adversário;
- o adversário pode roubar a
bola;
- ganha quem tiver mais golos.
15min.

169
1-Objetivo: aquecimento. 2-Objetivo: jogo do meio. Treino
19

Data
10-11-2021

Equipa
Avançado

Treinadores
DC
1- dois com bola a dar toques e Meios de 4/5 jogadores.
Material
passes entre si;
- passe e receção de bola Bolas
2- duelos 1x1. Quem tem bola orientada; Pinos
deve ir para cima do colega e Cones
- trabalhar os apoios. Coletes
fintar. O outro rouba a bola.
Baliza
15min.
15min.

3-Objetivo: transições rápidas 4-Objetivo: jogo 2x2/3x3. Notas


2x1/3x1.
Juntar os
melhores
jogadores.

Conteúdos
do treino
Controlo de
bola +
transições
rápidas +
Formas duas a 3 filas de Formar dois campos e promover duelos
jogadores + uma fila de defesas. competição nos atletas. 2x2/3x3.
O defesa coloca a bola numa 30min.
Conteúdos
das filas e estes têm de sair em treino
transição rápida e fazer golo. O seguinte
defesa deve impedir que isso Controlo de
aconteça. bola +
transições
- acaba se o defesa roubar a
rápidas +
bola ou for golo.
duelos
15min. 2x2/3x3.

170
1-Objetivo: aquecimento. 2-Objetivo: jogo do meio. Treino
20

Data
12-11-2021

Equipa
Avançado

Treinadores
DC
Competição entre os pares para Meios de 4/5 jogadores.
Material
ver quem dá mais toques na
- passe e receção de bola Bolas
bola. Pinos
orientada;
- valem todas as partes do Cones
- trabalhar os apoios. Coletes
corpo;
Baliza
15min.
- se houver muita dificuldade,
começa com a bola mão.
15min.

3-Objetivo: jogo do meio com 3 4-Objetivo: jogo 2x2/3x3. Notas


equipas.
Juntar os
melhores
jogadores.

Conteúdos
do treino
Controlo de
bola +
transições
rápidas +
Formas três equipas e duas Formar dois campos e promover duelos
trocam a bola entre si dentro do competição nos atletas. 2x2/3x3.
quadrado, enquanto a outra
30min.
tenta intercetar a bola. Conteúdos
treino
- troca a equipa do meio quando seguinte
estes recuperam a bola ou uma Passe e
das equipas falhe o passe. receção de
bola +
15min.
controlo de
bola

171
1-Objetivo: aquecimento + 1x1. 2-Objetivo: passe e receção de bola. Treino
21

Data
17-11-2021

Equipa
Avançado

Treinadores
DC
1- 2 c/bola a dar toques e Formar grupos de 3 como na
Material
passes entre si. imagem. O lado que tem bola
Bolas
conduz até ao meio, passa e
- ver quem dá mais toques. Pinos
fica lá, o outro receciona e faz Cones
2- duelos 1x1. Um marca na igual. Coletes
mini baliza amarela e outro na - depois faz o passe do seu Balizas
vermelha. sítio, vai ao meio e o colega
- ver quem marca mais golos. passa a bola, que este devolve
de novo para que ele siga o
15min. exercício.
15min.

3-Objetivo: jogo 2x2/3x3. 4-Objetivo: jogo c/guarda-redes Notas


Jogar em
1-2-1-3.

Conteúdos
do treino
Passe e
receção de
bola +
controlo de
Formar 2 minicampos e Igual ao anterior, mas agora bola
promover competição. com 2 guarda-redes, em campo Conteúdos
maior. treino
- as equipas jogam todas umas
seguinte
com as outras. 30min.
Controlo de
30min. bola.

172
1-Objetivo: toques. 2-Objetivo: caçadinhas + 1x1. Treino
22

Data
19-11-2021

Equipa
Avançado

Treinadores
DC
Cada um com a bola a dar 1- todos com bola e tentar
Material
toques. roubar a bola aos colegas,
Bolas
dentro do quadrado;
- levantar do chão com o pé; Pinos
2- jogo da apanhada (variantes: Cones
- começar com a mão, dá com a lagarta, jogo da árvore, jogo da Coletes
parte do corpo e volta a agarrar raposa). Balizas
(pé, joelho, peito, cabeça);
15min.
- ver quem dá mais toques.
15min.

3-Objetivo: jogo 2x2/3x3 4-Objetivo: jogo 7x7 Notas


Jogo contra
equipa de
intermédio.

Conteúdos
do treino
Controlo de
bola.

Formar 2 minicampos e Igual ao anterior, mas agora


promover competição. com 2 guarda-redes, em campo Conteúdos
maior. treino
- as equipas jogam todas umas
seguinte
com as outras. 30min.
Controlo de
20min. bola.

173
1-Objetivo: jogo da raposa. 2-Objetivo: passe e receção de bola. Treino
23

Data
24-11-2021

Equipa
Avançado

Treinadores
DC
Todos com bola dentro do Formar grupos de 3 como na
Material
quadrado e com o colete atrás imagem. O lado que tem bola
Bolas
das costas, devem tentar roubar conduz até ao meio, passa e
Pinos
o colete dos colegas. fica lá, o outro receciona e faz Cones
igual. Coletes
- o vencedor escolhe o castigo;
- depois faz o passe do seu Balizas
- para roubar o colete deve ter a sítio, vai ao meio e o colega
bola controlada. passa a bola, que este devolve
15min. de novo para que ele siga o
exercício.
15min.

3-Objetivo: jogo do meio com 3 4-Objetivo: jogo 2x2/3x3. Notas


equipas.
Juntar os
melhores no
jogo.

Conteúdos
do treino
Passe e
receção de
bola +
desmarcação.
Formas três equipas e duas Formar dois campos e promover
trocam a bola entre si dentro do competição nos atletas. Conteúdos
quadrado, enquanto a outra treino
30min.
tenta intercetar a bola. seguinte
Desmarcações
- troca a equipa do meio quando
estes recuperam a bola ou uma
das equipas falhe o passe.
Objetivo: trabalhar desmarcação
e reação à perda da bola.
15min.

174
1-Objetivo: aquecimento. 2-Objetivo: jogo do meio. Treino
24

Data
26-11-2021

Equipa
Avançado

Treinadores
DC
1- dois com bola a dar toques e Meios de 4/5 jogadores.
Material
passes entre si;
- passe e receção de bola Bolas
2- duelos 1x1. Quem tem bola orientada; Pinos
deve ir para cima do colega e Cones
- trabalhar os apoios. Coletes
fintar. O outro rouba a bola.
Balizas
- quem está no meio deve tocar
15min.
no colega com o colete para
trocar.
15min.

3-Objetivo: transições rápidas 4-Objetivo: jogo 2x2/3x3. Notas


2x1/3x1/2x3.
Juntas os
melhores
jogadores.

Conteúdos
do treino
Desmarcações

Formas duas a 3 filas de


Formar dois campos e promover
jogadores + uma/duas fila de
competição nos atletas. Conteúdos
defesas.
treino
30min.
O defesa coloca a bola numa seguinte
das filas e estes têm de sair em Controlo de
transição rápida e fazer golo. O bola.
defesa deve impedir que isso
aconteça.
- acaba se o defesa roubar a
bola ou for golo.
15min.

175
1-Objetivo: aquecimento. 2-Objetivo: passe e receção Treino
orientada.
25

Data
01-12-2021

Equipa
Avançado

Treinadores
DC
Competição entre os pares para Formar grupos de 3 como na
Material
ver quem dá mais toques na imagem. O lado que tem bola
Bolas
bola. conduz até ao meio, passa e
Pinos
fica lá, o outro receciona e faz Cones
- valem todas as partes do igual.
corpo; Coletes
- depois faz o passe do seu Baliza
- se houver muita dificuldade, sítio, vai ao meio e o colega
começa com a bola mão. passa a bola, que este devolve
15min. de novo para que ele siga o
exercício.
15min.

3-Objetivo: 4-Objetivo: Notas


Treino adiado
para dia
11/12.

Conteúdos
do treino
Controlo de
bola.

Formas três equipas e duas Formar dois campos e promover


trocam a bola entre si dentro do competição nos atletas. Conteúdos
quadrado, enquanto a outra treino
30min.
tenta intercetar a bola. seguinte
Jogo.
- troca a equipa do meio quando
estes recuperam a bola ou uma
das equipas falhe o passe.
15min.

176
1-Objetivo: aquecimento. 2-Objetivo: duelos 1x1. Treino
26

Data
03-12-2021

Equipa
Avançado

Treinadores
DC
Competição entre os pares para duelos 1x1. Um marca na mini
Material
ver quem dá mais toques na baliza amarela e outro na
Bolas
bola. vermelha.
Pinos
- valem todas as partes do - ver quem marca mais golos. Cones
corpo; Coletes
15min. Baliza
- se houver muita dificuldade,
começa com a bola mão.
15min.

3-Objetivo: jogo 7x7. 4-Objetivo: Notas


Jogo contra
equipa de
intermédio.

Conteúdos
do treino
Jogo.

Jogo contra a equipa de


intermédio, com GR. Conteúdos
treino
45min.
seguinte
Drible +
Duelos.

177
1-Objetivo: aquecimento. 2-Objetivo: jogo do meio. Treino
27

Data
08-12-2021

Equipa
Avançado

Treinadores
DC
Competição entre os pares para Meios de 4/5 jogadores.
Material
ver quem dá mais toques na
- passe e receção de bola Bolas
bola. Pinos
orientada;
- valem todas as partes do Cones
- trabalhar os apoios. Coletes
corpo;
Baliza
- quem está no meio deve tocar
- se houver muita dificuldade,
no colega com o colete para
começa com a bola mão.
trocar.
15min.
15min.

3-Objetivo: 3x3 com duelos 1x1. 4-Objetivo: jogo 2x2/3x3. Notas


Juntar os
melhores
jogadores.

Conteúdos
do treino
Drible +
Duelos.

Formar 3 setores dentro de um Formar dois campos e promover


quadrado, com duas equipas de competição nos atletas. Conteúdos
3. Cada setor terá dois treino
30min.
jogadores, 1 de cada equipa, e seguinte
só poderão jogar nesse mesmo Velocidade +
setor. Finalização.

- fintar e roubar bola;


- passe e desmarcação.
15min.

178
Intermédio/avançado
1-Objetivo: jogo da raposa. 2-Objetivo: 1x1 jogo dos números + Treino
finalização.
28

Data
10-12-2021

Equipa
Avançado

Treinadores
DC
Todos com bola dentro do Duas equipas e ao meu sinal,
Material
quadrado e com o colete atrás devem atacar a bola que vou
Bolas
das costas, devem tentar roubar colocar ao centro, e marcar
Pinos
o colete dos colegas. numa das balizas. Cones
- o vencedor escolhe o castigo; - cada jogador tem um número Coletes
atribuído; Baliza
- para roubar o colete deve ter a
bola controlada. - partem quando eu gritar por
um número.
15min.
15min.

3-Objetivo: finalização. 4-Objetivo: jogo 2x2/3x3. Notas


Juntar os
melhores
jogadores.

Conteúdos
do treino
Velocidade +
Finalização.

Uma fila e à vez terão de me Formar dois campos e promover


passar a bola (vou estar em à competição nos atletas. Conteúdos
entrada da área) e ir ao treino
30min.
encontro da mesma para seguinte
finalizar. Controlo de
bola + passe
- pé direito/esquerdo/bola alta. e receção.
15min.

179
Reflexão

No decorrer do primeiro estágio, tive a oportunidade de planear e


implementar sessões de treino às equipas de iniciação e avançado. O
coordenador e treinador Ângelo Caetano, com quem tive a sorte de trabalhar e
acompanhar de perto, foi o responsável por me dar autonomia e
responsabilidade na tarefa de assumir estas equipas. É uma função que exige
muito trabalho, dedicação, gosto, paciência e capacidade de improvisação, visto
que há sempre atletas que faltam e há necessidade de ajustar o planeamento.

Relativamente à equipa de iniciação, esta é composta por atletas de 5


anos de idade e no que toca ao seu desenvolvimento técnico, este é muito
reduzido uma vez que são atletas muito novos e que estão a iniciar na
modalidade, logo, o meu foco principal nesta equipa passa muito por brincar com
a bola, por forma a treinar a relação com a mesma. Tento sempre aplicar
exercícios que sejam atrativos, educativos e que os motive a praticar e a querer
aprender mais, como por exemplo jogos com cores em que os atletas têm de
fazer condução de bola até uma determinada cor, ou finalizar numa determinada
baliza de cor, entre outros. Procuro também inventar expressões infantis para
determinados princípios do jogo, para que seja ajustado à idade e mais fácil de
assimilar, como por exemplo “roubar o tesouro” para desarmar o adversário, ou
então “procura o ladrão” para que estes saibam que têm de marcar o adversário.
No que diz respeito à minha postura nesta equipa, e tendo em conta as idades,
tentei ser amigável e tolerante, entrando sempre nas brincadeiras e realizando
os exercícios com os mesmos, no entanto estabeleci regras para que haja um
bom funcionamento do treino e para que aprendam que há momentos de pausa
em que têm de escutar. Foi a forma que eu encontrei e que mais sucesso teve
na forma de lidar com os jogadores.

Quanto à equipa de avançado, esta é composta por atletas entre os 10 e


os 11 anos de idade e no que toca ao seu desenvolvimento técnico-tático, este
é mais desenvolvido que a equipa anterior, porém ainda encontro bastantes
dificuldades e por isso mesmo os treinos não fogem muito ao que é treinado na
equipa de iniciação, onde mantenho a relação com bola como foco principal.

180
Dado que esta é uma equipa que não tem competição e tem apenas dois treinos
por semana, o meu planeamento passa por treinar duas ações individuais a cada
semana, tais como o passe e a receção de bola, o controlo e a condução, entre
outros, e ao mesmo tempo promover competição para tornar os exercícios mais
interessantes e para os motivar. Como a compreensão e o entendimento nestas
idades já é mais avançado que na anterior, também procuro introduzir alguns
termos técnicos e princípios de jogo. Segundo Queiroz (1983) estes princípios
são gerais e específicos. Os gerais dizem respeito ao não permitir a inferioridade
numérica; evitar a igualdade numérica; procurar criar a superioridade numérica.
Os específicos são: penetração; cobertura ofensiva; mobilidade; espaço;
contenção; cobertura defensiva; equilíbrio; concentração. Por fim, com estes
atletas já sou mais assertivo no sentido de acabar com brincadeiras ou faltas de
atenção, dou feedback constante para que haja uma evolução dos mesmos e
procuro elogiar ou premiar quem treinou bem ou já consegue realizar um gesto
técnico que não dominava.

Scouting

Morais (2014) afirma que, no seu entender, o scouting é uma das mais
importantes ferramentas do futebol moderno, pois consiste em detetar talentos,
em rigorosas observações, análises e posteriores avaliações de jogadores. Por
outro lado, Vicente (2005) diz a observação é um meio para diagnosticar, isto é,
analisar o que é a pessoa, que capacidades e potencialidades têm, e que
dificuldades apresenta para que seja possível rentabilizar o que ela é e não o
que se gostaria que ela fosse, sem se considerar se tem capacidades ou
potencialidades para tal.

Esta função que agora está na moda e começa também a ser uma
ferramenta usada em todos os clubes, surge como um complemento aos
treinadores e, embora estes normalmente não se insiram na equipa técnica, o
seu contributo é de inegável importância. A sua principal função é a prospeção
de jogadores, talentos, dentro daquilo que é o modelo de jogo da equipa ou que
o clube pretende para os seus quadros. Para Boto (2016) este deverá ser um
técnico com capacidade de ver o jogador como ele é num determinado contexto,

181
retirá-lo mentalmente desse contexto e tentar perspetivar como ele poderá
vir a ser adaptado ao modelo de jogo e à realidade do seu clube. Porém,
antecipar o potencial do jogador é das tarefas mais difíceis.

Quando nos propomos a realizar uma observação a um jogador,


normalmente procuramos talento, visto que os génios estão num outro patamar
e são uma raridade. Gagné (2000) refere que os talentos são o produto de uma
interação de predisposições naturais com o ambiente, ou seja, com os cotextos
físicos e sociais que envolvem o indivíduo. No entanto, Oliveira (2007) diz que o
talento só é atingido através da aprendizagem e do treino eficaz de quatro
domínios de aptidão ou habilidades naturais: intelectual, criativo, sócio-afetivo e
sensório-motor. Recentemente, Garganta (2018) afirmou que até ao momento
não foi encontrado nenhum gene, ou grupo de genes, que permita prognosticar
o sucesso no futebol, no entanto, percebe-se que a excelência desportiva
emerge da interação das singularidades biológicas e das suas adaptações
específicas às condicionantes dos ambientes onde ocorre a performance. Neste
contexto, tem-se destacado a influência da data e do local de nascimento, a
quantidade e a qualidade do treino, a qualidade dos treinadores, o apoio parental
e a cultura desportiva.

Laranjeira (2021) afirma que o significado de talento pode ser um conjunto


de características, tais como: aglomerado de capacidades, inatas ou adquiridas,
que influenciam o sucesso de certas atividades; nível sublime ou extraordinário
de determinadas habilidades ou valências particularmente apreciadas e
admiradas; enorme inteligência ou perspicácia; destreza, sagacidade ou
engenho; indivíduo que se destaca pela vocação ou inclinação excecional para
desempenhar ou realizar certa atividade.

Posto isto, para identificar talento, devemos ter em conta os seguintes


fatores: características específicas, atitudes comportamentais; competências a
potenciar e competências a desenvolver, Mendes A. (2017).

A minha experiência nesta área tem sido muito positiva, tenho aprendido
imenso sobre o futebol de formação e aquilo que é o contexto do futebol de
formação no Algarve. Esta é uma área que me desperta interesse e curiosidade

182
em saber mais, ao ponto de ter participado em algumas formações de
caracter online nos meses iniciais do presente ano, e de ter comprado alguns
livros sobre a temática em questão. O treinador Luís Afonso tem sido
fundamental no meu desenvolvimento nesta competência, quer seja dando dicas
ou a incentivar-me a melhorar os relatórios dos jogadores observados, no sentido
de não ter medo de dar uma avaliação acima ou abaixo do valor real do jogador.

Projeto de estágio “Taça de “Skills”

Gestão do âmbito

Informações Gerais

Nome do Patrocinador: Dragon Force Algarve

Data: 16 e 17 de dezembro de 2021

Local: Estádio Municipal de Almancil

Visão Geral do Projeto

Este projeto visa desenvolver uma taça interna dentro dos escalões de
Iniciação/Básico e Intermédio/Avançado, e contará com uma parte temática em
que terão um desafio de “Skills”. Uma vez que estas equipas não estão inseridas
em competições oficiais, este foi o grande motivo que me levou a organizar esta
taça, no sentido de promover competição nos atletas e a desafiá-los para se
superarem.

Iniciação/Básico
- Torneio interno de sobe e desce (Iniciação separado de Básico) onde
todos jogam contra todos. Cada jogo terá duração de 5 minutos.

- O desafio de “Skills” consiste em fazer um circuito com bola e finalizar


no final do mesmo, com o objetivo de não derrubar nenhum pino e marcar golo;

183
- Relativamente ao torneio, cada vitória vale 3 pontos, empate 1 ponto e
derrota 0 pontos. O critério de desempate neste torneio será medido pelo número
de golos marcados;

- No que ao desafio diz respeito, 0 pinos derrubados vale 5 pontos, 1


derrubado vale 4 pontos, 2 derrubados vale 3 ponto e 3 ou mais derrubados vale
1 ponto. Esta pontuação irá ser acrescentada à pontuação dos jogos realizados
no torneio. O critério de desempate neste desafio será medido pelo tempo que
cada um demora a realizar o circuito.

Intermédio/Avançado

- Torneio interno com 4 equipas de 7x7 em que todas as equipas jogam


entre si, duas vezes. Cada jogo terá duração de 7 minutos.

- O desafio de “Skills” consiste em ver quem consegue dar mais toques


na bola sem que esta caia no chão. Têm 1 minuto para o fazer e sempre que a
bola toque no chão, é reiniciada a contagem.

- Relativamente ao torneio, cada vitória vale 3 pontos, empate 1 ponto e


derrota 0 pontos. O critério de desempate neste torneio será medido pelo número
de golos marcados;

- No que ao desafio diz respeito, cada atleta irá contribuir para a sua
equipa, mas só contará a prestação do melhor e do pior de cada equipa a dar
toques. Equipa com maior número de toques ganha 10 pontos, a segunda ganha
5 pontos, a terceira ganha 1 ponto e a quarta não ganha nenhum. Esta
pontuação irá ser acrescentada à pontuação dos jogos realizados no torneio.

Tendo em conta que estamos na época natalícia, o projeto contará com


um cariz solidário, onde será pedido a cada atleta que traga um brinquedo velho
que tenha em casa, para que possa ser doado a instituições.

184
Objetivos do Projeto

Uma vez que estas equipas não estão inseridas em competições oficiais,
este foi o grande motivo que me levou a organizar esta taça, no sentido de
promover competição nos atletas e a desafiá-los para se superarem.

Objetivos (S.M.A.R.T.)

• 80% de participação dos atletas


• 90% consiga ter sucesso na realização dos desafios
• 100% dos atletas presentes participe no projeto
• Promover a continuação do desenvolvimento das capacidades dos atletas
• Realizar o projeto na última semana antes das férias

Justificação Empresarial

O formato do projeto não é novidade na organização, no entanto vai ao


encontro dos valores da mesma, em que visa desenvolver as capacidades
técnicas dos atletas, promove a competição interna e estimula nos atletas o
espírito de vencer. Outra vantagem deste projeto será a recolha de brinquedos
velhos ou que já não sejam usados (cada aluno terá de trazer algum brinquedo,
livro, entre outros, que tenha por casa- Opcional) para que possam ser doados
a instituições.

185
Gestão do Tempo
WBS

Gestão dos Recursos Humanos

Recursos Humanos Cargos Responsabilidades


Daniel Correia Coordenador do projeto Coordenação do evento e auxílio
Ângelo Caetano Coordenador DF Algarve Auxílio e supervisão do evento
Pedro Mendes Treinador DF Algarve Auxílio na atividade
Nélson Moreira Estagiário DF Algarve Auxílio na atividade
Sara Fernandes Fisioterapeuta DF Auxílio na atividade

186
Distribuição de tarefas

Tarefas Sub-Tarefas Responsável Data


Convocar via Ângelo Caetano 30-11-2021
email os
treinadores
Recursos Humanos
Confirmação dos Ângelo Caetano 30-11-2021
recursos humanos
disponíveis
Fazer uma lista do Daniel Correia 01-12-2021
material
necessário
Verificar o estado Daniel Correia 02-12-2021
Recursos Materiais
do termómetro
Verificar o estado Daniel Correia 02-12-2021
do material a ser
usado
Enviar email ao Daniel Correia 29-11-2021
coordenador com
o termo de
abertura
Aprovação do Ângelo Caetano 29-11-2021
Comunicação termo de abertura
(interna/divulgação) Criar uma Ângelo Caetano 08-12-2021
convocatória para
entregar aos pais
Entrega da Ângelo Caetano 09-12-2021
convocatória aos Daniel Correia e 10-12-2021
EE Pedro Mendes
Receber os Daniel Correia 16-12-2021
atletas à entrada Ângelo Caetano e 17-12-2021
Recebê-los de Daniel Correia 16-12-2021
máscara Ângelo Caetano e 17-12-2021
Medir a Daniel Correia 16-12-2021
temperatura Ângelo Caetano e 17-12-2021
Agrupar nas Daniel Correia 16-12-2021
Segurança (entrada/saída)
bancadas com Ângelo Caetano e 17-12-2021
distanciamento
Levar os atletas Daniel Correia 16-12-2021
em fila para a Ângelo Caetano e 17-12-2021
saída
Entregar os Daniel Correia 16-12-2021
atletas aos EE Ângelo Caetano e 17-12-2021
Criar um mapa de Daniel Correia 06-12-2021
ocupação dos
Atividade espaços
(planeamento/implementação) Formar grupos DC/AC/PM/NM 06-12-2021
dentro das
equipas

187
Criar os quadros Daniel Correia 06-12-2021
competitivos
Montar os campos Daniel Correia 16-12-2021
e os desafios e 17-12-2021
Encaminhar Daniel Correia 16-12-2021
equipas para os Ângelo Caetano e 17-12-2021
respetivos
campos
Iniciar a atividade Daniel Correia 16-12-2021
(17h30-18h30)
e 17-12-2021
(18h30-20h00)

Gestão de Recursos Materiais

Este material pertence ao clube e será disponibilizado para a realização


do projeto.

Equipa Materiais
2 bolas
Desafio 4 cones brancos
Iniciação/Básico 16 cones azuis
8 pinos
5 bolas
10 cones brancos
Iniciação
16 cones vermelhos
5 coletes
4 bolas
8 cones brancos
Básico
12 cones verdes
8 coletes
Desafio 3 bolas
Intermédio/Avançado 4 cones brancos
3 bolas
4 cones brancos
Intermédio/Avançado
2 balizas
20 coletes- 10 verde/10 laranja

188
Gestão Financeira

Este projeto não terá nenhum custo associado pois o clube já possui todo
o material necessário, e também não terá nenhuma receita uma vez que vai ser
realizado exclusivamente para os atletas inscritos no clube.

A convocatória entregue aos encarregados de educação é realizada via email.

Parceria

Parceiro Contribuição Vantagens


DF Algarve Material e espaços Desenvolvimento dos atletas

Gestão da Comunicação

Comunicação interna

A comunicação interna é feita essencialmente de forma presencial dado


que o staff se cruza todos os dias e há tempo para discutir certos temas. Neste
caso, visto que há um planeamento prévio da atividade, a comunicação é feita
via email, onde é disponibilizada toda a documentação referente ao projeto.

Contactos

Responsáveis Email Telemóvel


Ângelo Caetano coordenacaodfalgarve@fcporto.pt 965889555
(coordenador DF)
Pedro Mendes (treinador) pedromendes10reel@gmail.com 912018857
Nélson Moreira (estagiário) footballfactoryibiza@gmail.com 924251994
Daniel Correia (estagiário) daniel_correia1996@hotmail.com 962709902
Sara Fernandes sarafernandes333@gmail.com 926369992

Comunicação externa

Esta comunicação vai ser feita aos encarregados de educação via email.

189
Gestão de Risco

Muito Alta
P 71% - 90% 9 9 27 45 63 81
R
O Alta
B 51% - 70% 7 7 21 35 49 63
A
B Média
I 31% - 50% 5 5 15 25 35 45
L
I Baixa
D 11% - 30% 3 3 9 15 21 27
A
D Muito
E Baixa 1 1 3 5 7 9
1% - 10%
1 3 5 7 9
Muito
Baixo Médio Alto Muito Alto
Baixo
IMPACTO

Pontuação do
Evento de risco Probabilidade Impacto
risco

1. Ocorrências Médicas

1.1. Lesão 7 7 49

1.2. Desidratação 5 5 25

2. Condições Climáticas

2.1. Chuva 5 7 35
2.2. Muito Vento 3 7 21
3. Falha na Comunicação
5 5 25
Interna
4. Má comunicação externa
3 7 21
(repercussões negativas)

5. Segurança Geral (falta) 1 7 7

6. Atrasos no evento 5 3 15

190
Evento de risco Pontuação Soluções/medidas
Lesão 49 Ter à disposição uma fisioterapeuta.

Desidratação 25 Fazer pausas para hidratação.

Chuva 35 Só será impedimento se a chuva for extrema;

Muito Vento 21 Só será impedimento se o vento for extremo;

Falha na
Comunicação 25 Comunicação permanente entre membros.
Interna
Má Comunicação Cuidado especial na informação transmitida
21
Externa aos EE.
Segurança (geral/ Ter um local definido para guardar as águas e
9
praticante) as máscaras.
Atrasos no evento 15 Horário com margem para atrasos.

Gestão de Qualidade

Pretende-se alcançar um nível de satisfação elevado através do projeto,


e a avaliação deste indicador será realizada através da distribuição de
questionários a todos os participantes no final, via email.

QUESTIONÁRIO DE PARTICIPAÇÃO NO PROJETO “Taça de Skills”

PARA OS PARTICIPANTES (preenchido pelos EE)

Avaliação
Insatisfeito Normal Contente
Gostas de estar
no clube?
Gostas do
treinador?
Gostastes da
Taça de Skills?

191
Como foi a tua
prestação?

Reflexão sobre o Projeto de Estágio

No dia 16 de dezembro de 2021 pelas 17h30, implementei a primeira parte


do Projeto de Estágio que planeei (Taça de Skills), para a equipa de
Iniciação/Básico.

Inicialmente o projeto para esta equipa estava previsto ser dividido em


duas partes, onde a equipa de Iniciação competia em 1x1 numa competição de
sobe e desce e todos jogam contra todos, e a equipa de Básico competia em 2x2
num formato igual à anterior. Porém, dado que apenas compareceram três
atletas da equipa de Iniciação, eu, como responsável do projeto, e em conversa
com o coordenador da Dragon Force, achámos por bem juntar os três atletas à
competição de Básico e dar seguimento à mesma.

No que diz respeito à evolução do projeto, este correu sem nenhum


problema e os atletas mostraram-se motivados em participar e competir. O
desafio imposto foi superado com sucesso e os atletas não mostraram grande
dificuldade a ultrapassar o mesmo, tirando a parte da finalização, onde houve
mais dificuldade.

Por fim, esta foi a classificação final possível, onde é apresentado os


resultados da competição de 2x2 e do desafio. Relembro que o desafio era
realizado individualmente, mas o seu desempenho contribuía para a sua equipa.

192
No dia 17 de dezembro de 2021 pelas 18h30, implementei a segunda
parte do Projeto de Estágio que planeei (Taça de Skills), para a equipa de
Intermédio/Avançado.

De início, o projeto para esta equipa estava previsto ser com equipas de
7 elementos, contudo, devido à falta de atletas isso não foi possível e tive, em
conjunto com o coordenador da Dragon Force, adaptar para equipas de 5
elementos.

No que diz respeito à evolução desta segunda parte do projeto, este


correu sem nenhum problema e os atletas mostraram-se motivados em participar
e competir. O desafio imposto foi aliciante e despertou o interesse dos que diziam
que não sabiam dar toques na bola.

A seleção da equipa foi feita previamente por mim e pelo treinador Pedro
Mendes, dado que somos os responsáveis por este escalão. As equipas foram
as seguintes:

Equipa 1 Equipa 2 Equipa 3 Equipa 4


Mathieu Joel Daniel Abel
Filipe Salvador Timóteo Diogo
Daniel B. Lourenço Santiago Gustavo
Duarte Theo Ravidson Mickael
Igor Juan Rodien Martim

Por fim, esta foi a classificação final possível, onde é apresentado os


resultados da competição e do desafio. Relembro que o desafio era realizado
individualmente, mas o seu desempenho contribuía para a sua equipa. Ainda
destaco que neste escalão foi usado o critério de desempate entre duas equipas
pois tiveram a mesma classificação, e o critério era o número de golos marcados.

193
Em suma o projeto correu dentro daquilo que foi planeado, ainda que
tenha havido adaptações, no entanto estas já estavam mais ou menos previstas
e foram solucionadas com sucesso. Relativamente ao cariz de solidariedade, os
atletas responderam positivamente e trouxeram alimentos e brinquedos para que
sejam entregues a uma instituição. Penso que esta atividade contribuiu para o
contínuo desenvolvimento dos atletas, tanto a nível técnico como social, o que
para mim parece ser o mais importante nestas idades.

194
Reflexão final

Fazendo um balanço final, posso olhar para trás e afirmar que neste
momento sou muito melhor pessoa e profissional, pois foi uma vivência e
aprendizagem incrível que me fez crescer imenso. A minha integração dentro da
organização foi muito fácil porque desde o início todos tiveram o cuidado de me
pôr à vontade e fazer sentir que era um elemento válido que chegava para
acrescentar valor, e isso, ajudou ao meu crescimento profissional pois procurei
sempre aprender com cada um dos elementos da equipa e complementar essa
aprendizagem com literatura, melhorei o meu sentido de organização,
responsabilidade e a minha autonomia na realização de tarefas.

Uma das grandes mudanças que eu senti em mim mesmo foi, como referi
acima, a procura por literatura, seja em formato de livro, de artigos ou outras
fontes, pois senti a necessidade de evoluir, aprofundar os meus conhecimentos
e somar aos já adquiridos ao longo da licenciatura.

Relativamente aos objetivos estabelecidos inicialmente posso ficar


contente por tê-los cumprido com êxito, porém não foi tarefa fácil. Reconheço
que o treino em idades muitas baixas (entre os 4 e 6) foi muito desafiante e exigiu
uma grande flexibilidade no relacionamento com os atletas, na metodologia
aplicada e em muita tentativa e erro no sentido de encontrar a fórmula certa. O
facto de nesta presente época desportiva não ter havido restrições, devido à
pandemia, também foi um dos aspetos positivos neste período de estágio pois
permitiu-me estar presente em todos os momentos, seja treinos, jogos,
planeamento de sessões de treino, microciclo e modelo de jogo.

Ter estado presente e participado no departamento de scouting do FC


Porto também contribuiu positivamente para a minha evolução e aumentou o
meu sentido crítico naquilo que são as qualidades técnicas, físicas e táticas
procuradas pelo clube e também me deu conhecimento sobre a realidade dos
campeonatos algarvios.

Desta forma, e terminando assim esta etapa académica, penso que foi
muito gratificante e que me abriu os horizontes para aquilo que desejo no futuro,

195
que é trabalhar com crianças e jovens, e por isso mesmo tenciono seguir o meu
trajeto com um mestrado em ensino. Ainda relativamente ao estágio, este deu-
me a possibilidade de continuar tendo-me sido oferecido uma proposta de
trabalho para continuar a evoluir.

196
Bibliografia

A preparar campeões para a vida. (s.d.). Obtido de FC Porto:


https://www.fcporto.pt/pt/dragon-force/o-projeto

Carneiro, R. (2018). Futebol- Anatomia do jogo. PRIME BOOKS.

Garganta, J. (s.d.). Desenvolvimento e a identificação no futebol. Obtido de Federação


Portuguesa de Futebol: https://www.fpf.pt/pt/News/Todas-as-
not%C3%ADcias/Not%C3%ADcia/news/14372

Lage, B. (2019). Formação - Da iniciação à equipa B. PRIME BOOKS.

Leite, A. R. (2019). A importância da educação física nas primeiras idades: a perspetiva dos/as
educadores de infância e professores do 1º Ciclo do Ensino Básico. Obtido de
https://repositorio.ipsantarem.pt/handle/10400.15/2525

Mendes, A. (2017). Scouting, o futebol (re)nasce aqui. Chiado Books.

Porto, F. C. (2021). Manual Dragon Force - O desenvolvimento da criança-.

Porto, F. C. (2021). Manual Técnico Dragon Force - Documento não publicado.

Ribeiro, P. C. (2017). Caracterização do aquecimento no futebol. Estudo realizado com os


treinadores, treinadores adjuntos e preparadores físicos das equipas profissionais de
futebol da I e II Ligas da Federação Portuguesa de Futebol (época 2016/2017). Obtido
de https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/6737/1/5854_12407.pdf

Santos, F. (2020). Futebol do Treino à Competição. PRIME BOOKS.

Santos, P. G. (2016). A Organização do treino e do jogo no futebol de formação. Obtido de


https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/11984/1/A%20Organiza%C3%A7%C
3%A3o%20do%20Treino%20e%20do%20Jogo%20no%20Futebol%20de%20Forma%C3
%A7%C3%A3o.pdf

Castelo, J. (2004) "Organização Dinâmica do Jogo”.

Castelo, J & Matos, L. (2006) Conceção e Organização de 1100 Exercícios de Treino. Visão e
Contextos.

Costa, I.; Garganta, J.; Greco, P.J.; Mesquita, I. (2009) "Princípios Táticos do Jogo de Futebol:
conceitos e aplicações.

Quina, J. (2001) Referências para a organização do jogo. Instituto Politécnico de Bragança.

Tani, G., Bento, J. O., & Petersen, R. D. de S. (2006). Pedagogia do Desporto. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan.

197
Anexos

Mapa de presenças

Data Atividade Início Fim Horas


Acumuladas
01-09-2021 Reunião inicial pré-época 18h00 19h30 1h30 (1h30)

01-09-2021 Formação interna: “Sessão de boas-vindas”; “O treinador Dragon Force”; 21h30 23h00 1h30 (3h00)
“Estruturação da época”
02-09-2021 Formação interna: “O Manual Técnico DF 21/22”; “Processos e 21h30 23h00 1h30 (4h30)
procedimento Dragon Force”
03-09-2021 Formação interna: “O importante processo dos Little Dragons: como do 21h30 23h00 1h30 (6h00)
simples fazer o complexo?”; “Estágios de desenvolvimento da criança”
05-09-2021 Scouting: Padernense Clube vs Imortal Desportivo Clube (juvenis) 9h00 12h00 3h00 (9h00)

06-09-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (11h30)

07-09-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30 (13h00)

09-09-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (15h30)

13-09-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (18h00)

13-09-2021 Formação interna: “Formação e departamentos transversais Dragon Force” 21h30 23h00 1h30 (19h30)

14-09-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30 (21h00)

16-09-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (23h30)

18-09-2021 Scouting: Imortal Desportivo Clube vs J.S. Campinense (benjamin: A-A/B- 10h00 12h30 2h30 (26h00)
A/B-B)
20-09-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (28h30)

21-09-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30 (30h00)

23-09-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (32h30)

27-09-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (35h00)

28-09-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30 (36h30)

30-09-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (39h00)

04-10-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (31h30)

04-10-2021 Reunião Técnica 20h00 21h00 1h00 (32h30)

05-10-2021 Jogo Sub 12: Dragon Force vs Imortal Desportivo Clube 09h00 12h00 3h00 (35h30)

06-10-2021 Formação: “A Postura diferenciada do Treinador Dragon Force (exemplos 21h30 00h00 2h30 (38h00)
práticos a seguir) Papel do adjunto no treino e no jogo”
07-10-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (40h30)

08-10-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30 (42h00)

09-10-2021 Scouting: IberLeague 15h30 18h30 3h00 (45h00)

10-10-2021 Scouting: Ferreiras vs Olhanense (Sub 15) 11h00 13h00 2h00 (47h00)

198
11-10-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (49h30)

12-10-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30 (51h00)

13-10-2021 Seminário: “Exercício físico na gravidez” com Nídia Agostinho 14h30 16h30 2h00 (53h00)

13-10-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30 (54h30)

14-10-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (57h00)

18-10-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (59h30)

19-10-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30 (61h00)

20-10-2021 Seminário: “À Conversa com Atletas Olímpicos” com Ana Cabecinha 14h30 16h30 2h00 (63h00)
(atletismo) e José Costa (vela).
20-10-2021 Treino: Intermédio/Avançado (Taça da Alimentação- torneio interno) 18h30 20h00 1h30 (64h30)

20-10-2021 Reunião Técnica de outubro 21h00 01h00 4h00 (68h30)

21-10-2021 Treino: Iniciação/Básico (Taça da Alimentação- torneio interno); Sub 12 17h30 20h00 2h30 (71h00)

22-10-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30 (72h30)

23-10-2021 Jogo Sub 12: Guia FC vs Sub 12 Dragon Force 10h00 12h30 2h30 (75h00)

24-10-2021 Scouting: Guia FC vs Lusitano 11h30 13h30 2h30 (77h30)

25-10-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (80h00)

26-10-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30 (81h30)

27-10-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30 (83h00)

27-10-2021 Formação: "Papel do Treinador no Desenvolvimento Pessoal, Social e 21h30 23h00 1h30 (84h30)
Escolar da Criança"
28-10-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (87h00)

29-10-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30 (88h30)

30-10-2021 Jogo Sub 12: Sub 12 Dragon Force vs Lagoa 10h00 12h30 2h30 (91h00)

02-11-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30 (92h30)

03-11-2021 Seminário: “Mesa Redonda: Educação Física de miúdos a graúdos” com 14h30 16h30 2h00 (94h30)
Sónia Picamilho (EF Pré-Escolar), Joana Elias (EF 1º, 2º e 3º ciclo) e Bruno
Gomes (EF Secundário).
03-11-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30 (96h00)

04-11-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30 (98h30)

04-11-2021 Formação: Desenvolvimento Integral do Aluno DF 21h30 23h30 2h00


- Competências Técnicas, táticas e físicas (100h30)
- Competências Psicológicas, Mentais e Emocionais
05-11-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30
(102h00)
06-11-2021 Jogo Sub 12: Sub 12 Dragon Force vs Messinense 10h00 12h30 2h30
(104h30)
06-11-2021 Jogo Iniciação: AEF Faro X DF Algarve 12h30 14h00 1h30
(106h00)
07-11-2021 Scouting: Ferreiras vs Lusitano (iniciados) 10h30 13h00 2h30
(108h30)
08-11-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30
(111h00)

199
09-11-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30
(112h30)
10-11-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30
(114h00)
11-11-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30
(116h30)
12-11-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30
(118h00)
13-11-2021 Scouting: observação de vários jogos. 09h00 13h00 4h00
(122h00)
13-11-2021 Jogo: SC Farense vs Sub 15 DF 17h30 20h30 3h00
(125h00)
14-11-2021 Jogo: Sub 15 DF vs Imortal DC 10h00 13h00 3h00
(128h00)
15-11-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30
(130h30)
16-11-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30
(132h00)
17-11-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30
(133h30)
18-11-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30
(136h00)
19-11-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30
(137h30)
20-11-2021 Jogo: Sub 12 Dragon Force vs Imortal DC 10h00 13h00 3h00
(140h30)
22-11-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30
(142h00)
23-11-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30
(143h30)
24-11-2021 Seminário: “Desportos Náuticos e Desenvolvimento Turístico” por Ricardo 14h30 16h30 2h00
Barradas (Algarve Cruising Center). (145h30)
24-11-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30
(147h00)
25-11-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30
(149h30)
26-11-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30
(151h00)
27-11-2021 Jogo: Sub 12 Dragon Force vs Guia FC 10h00 13h00 3h00
(154h00)
28-11-2021 Scouting: Imortal DC vs Ferreiras FC 11h00 13h00 2h00
(156h00)
29-11-2021 Planeamento do projeto de estágio no escritório do clube 15h00 17h30 2h30
(158h30)
29-11-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30
(161h00)
30-11-2021 Planeamento do projeto de estágio no escritório do clube 15h00 18h30 3h30
(164h30)
30-11-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30
(166h00)
01-12-2021 Jogo: Lagoa vs Sub 12 Dragon Force 09h30 13h00 3h30
(169h30)
02-11-2021 Planeamento do projeto de estágio no escritório do clube 15h00 17h30 2h30
(172h00)
02-11-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30
(174h30)
03-11-2021 Planeamento do projeto de estágio no escritório do clube 15h00 18h30 3h30
(178h00)
03-12-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30
(179h30)
04-12-2021 Jogo Iniciação: DF Algarve vs Montenegro 10h00 12h00 2h00
(181h30)
04-12-2021 Scouting: Olhanense vs Escola de Génios 12h00 13h00 1h00
(182h30)

200
04-12-2021 Jogo Intermédio: DF Algarve vs Montenegro 15h00 17h00 2h00
(184h30)
06-12-2021 Seminário: “Treino de Alto Rendimento em Águas Abertas” por Daniel 14h30 16h30 2h00
Viegas (Diretor Técnico Nacional de águas abertas) (186h30)
06-12-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30
(189h00)
07-12-2021 Planeamento do projeto de estágio no escritório do clube 15h00 18h30 3h30
(192h30)
07-12-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30
(194h00)
08-12-2021 Treino: Intermédio/Avançado 09h30 11h00 1h30
(195h30)
08-12-2021 Jogo: Sub 10 FCP vs JS Campinense 11h00 13h00 2h00
(197h30)
09-12-2021 Planeamento do projeto de estágio no escritório do clube 15h00 18h30 3h30
(201h00)
09-12-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30
(203h30)
10-12-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30
(205h00)
10-12-2021 Reunião Técnica de outubro 21h30 00h00 2h30
(207h30)
11-12-2021 Treino: Intermédio/Avançado 09h30 11h00 1h30
(209h00)
11-12-2021 Jogo: Sub 15 DF vs SC Farense 11h00 13h00 2h00
(211h00)
12-12-2021 Scouting: Imortal DC vs Cdr Quarteirense 11h00 13h00 2h00
(213h00)
12-12-2021 Scouting: SC Farense vs Louletano DC 19h00 21h00 2h00
(215h00)
13-12-2021 Planeamento do projeto de estágio no escritório do clube 15h00 17h30 2h30
(217h30)
13-12-2021 Treino: Iniciação/Básico; Sub 12 17h30 20h00 2h30
(220h00)
14-12-2021 Planeamento do projeto de estágio no escritório do clube 15h00 18h30 3h30
(223h30)
14-12-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30
(225h00)
15-12-2021 Planeamento do projeto de estágio no escritório do clube 15h00 18h30 3h30
(228h30)
15-12-2021 Treino: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30
(230h00)
16-12-2021 Pré-implementação do projeto (montar os campos) 15h00 17h30 2h30
(232h30)
16-12-2021 Implementação do projeto: Iniciação/Básico 17h30 18h30 1h00
(233h30)
16-12-2021 Treino: Sub 12 18h30 20h00 1h30
(235h00)
16-12-2021 Formação: "Conhecimento da posição específica do GR, e a 21h30 00h00 2h30
sua importância na equipa" (237h30)
17-12-2021 Pré-implementação do projeto (montar os campos) 16h00 18h30 2h30
(239h00)
17-12-2021 Implementação do projeto: Intermédio/Avançado 18h30 20h00 1h30
(240h30)
18-12-2021 Jogo Iniciação: DF Algarve vs Casa Benfica Tavira 10h00 12h00 2h00
(242h30)
18-12-2021 Jogo Intermédio: Academia Formação Sporting x DF Algarve 15h00 17h00 2h00
(244h30)

201
Poster

202
“Taça de Skills”- Termo de Abertura

I. Informações Gerais

Nome do Projeto: “Taça de Skills”

Nome do Patrocinador: Dragon Force Algarve

Data: 16 e 17 de dezembro de 2021

Local: Estádio Municipal de Almancil

II. Visão Geral do Projeto

Este projeto visa desenvolver uma taça interna dentro dos escalões de
Iniciação/Básico e Intermédio/Avançado, e contará com uma parte temática em
que terão um desafio de “Skills”.

Iniciação/Básico

- Torneio interno de sobe e desce (Iniciação separado de Básico) onde


todos jogam contra todos. Cada jogo terá duração de 5 minutos.

- O desafio de “Skills” consiste em fazer um circuito com bola e finalizar


no final do mesmo, com o objetivo de não derrubar nenhum pino e marcar golo;

- Relativamente ao torneio, cada vitória vale 3 pontos, empate 1 ponto e


derrota 0 pontos. O critério de desempate neste torneio será medido pelo número
de golos marcados;

- No que ao desafio diz respeito, 0 pinos derrubados vale 5 pontos, 1


derrubado vale 4 pontos, 2 derrubados vale 3 ponto e 3 ou mais derrubados vale
1 ponto. Esta pontuação irá ser acrescentada à pontuação dos jogos realizados
no torneio. O critério de desempate neste desafio será medido pelo tempo que
cada um demora a realizar o circuito.

Intermédio/Avançado

- Torneio interno com 4 equipas de 7x7 em que todas as equipas jogam


entre si, duas vezes. Cada jogo terá duração de 7 minutos.

203
- O desafio de “Skills” consiste em ver quem consegue dar mais toques
na bola sem que esta caia no chão. Têm 1 minuto para o fazer e sempre que a
bola toque no chão, é reiniciada a contagem.

- Relativamente ao torneio, cada vitória vale 3 pontos, empate 1 ponto e


derrota 0 pontos. O critério de desempate neste torneio será medido pelo número
de golos marcados;

- No que ao desafio diz respeito, cada atleta irá contribuir para a sua equipa,
mas só contará a prestação do melhor e do pior de cada equipa a dar toques.
Equipa com maior número de toques ganha 10 pontos, a segunda ganha 5
pontos, a terceira ganha 1 ponto e a quarta não ganha nenhum. Esta pontuação
irá ser acrescentada à pontuação dos jogos realizados no torneio.

Tendo em conta que estamos na época natalícia, o projeto contará com um


cariz solidário, onde será pedido a cada atleta que traga um brinquedo velho que
tenha em casa, para que possa ser doado a instituições.

III. Objetivos do Projeto (S.M.A.R.T.)

Uma vez que estas equipas não estão inseridas em competições oficiais, este
foi o grande motivo que me levou a organizar esta taça, no sentido de promover
competição nos atletas e a desafiá-los para se superarem.

• 80% de participação dos atletas


• 90% consiga ter sucesso na realização dos desafios
• 100% dos atletas presentes participe no projeto
• Promover a continuação do desenvolvimento das capacidades dos atletas
• Realizar o projeto na última semana antes das férias

IV. Requisitos

Para que o projeto possa ser exequível, serão necessários recursos materiais
para a montagem do desafio e dos campos (pinos, cones, bolas, coletes e

204
balizas), de recursos humanos para que haja supervisão da atividade e dos
atletas, que para poder participar na atividade terão de pertencer a um escalão
de formação da Dragon Force Algarve.

V. Justificação Empresarial

O formato do projeto não é novidade na organização, no entanto vai ao


encontro dos valores da mesma, em que visa desenvolver as capacidades
técnicas dos atletas, promove a competição interna e estimula nos atletas o
espírito de vencer. Outra vantagem deste projeto será a recolha de brinquedos
velhos ou que já não sejam usados (cada aluno terá de trazer algum brinquedo
que tenha por casa- Opcional) para que possam ser doados a instituições.

VI. Estimativa de Recursos e Custos

Relativamente aos recursos humanos, o treinador de cada escalão


mencionado ficará encarregue de supervisionar os jogos, ficando assim um 1
responsável por cada equipa.

Quanto aos recursos materiais não será necessário nenhum orçamento, uma
vez que estes pertencem ao clube e serão disponibilizados para a realização da
atividade.

VII. Funções e Responsabilidades

Recursos Humanos Cargos Responsabilidades


Daniel Correia Coordenador do projeto Coordenação do evento e auxílio
Ângelo Caetano Coordenador DF Algarve Auxílio e supervisão do evento
Pedro Mendes Treinador DF Algarve Auxílio na atividade
Nélson Moreira Estagiário DF Algarve Auxílio na atividade
Sara Fernandes Fisioterapeuta DF Auxílio na atividade

VIII. Assinaturas

205
Convocatória “tipo”

CONVOCATÓRIA

Caro Jogador,

A tua equipa vai participar na primeira Taça de Skills da Dragon Force Algarve e tu estás
convocado para participar!

Para além do lado coletivo, este torneio vai por à prova todas as tuas capacidades individuais,
onde vais ter que dar o teu melhor para ajudar a tua equipa a vencer!

O Torneio vai decorrer na próxima quinta-feira, dia 16/17 de dezembro às 17h30/18h30 no


Estádio Municipal de Almancil, Dragon Force Algarve (no horário de treino habitual).

Deves comparecer às 17h20/18h20, devidamente equipado com o teu equipamento Dragon


Force e cheio de energia para jogar.

Não te esqueças de trazer a tua água e máscara de proteção facial.

Desafio:
Como um bom Dragão que és, sabemos que te preocupas com os outros, com a sua alegria e
bem-estar! Assim, desafiamos-te a, neste dia, participares na nossa Campanha de Solidária e
trazeres livros infantis e juvenis, brinquedos que já não uses, material escolar que já não
precises e/ou alimentos (bens essenciais não perecíveis) para que todos juntos os possamos
oferecer a uma instituição e ajudar a tornar o Natal de outros meninos um bocadinho melhor!

Contamos Contigo!

O Treinador

______________________________________________

206
Apresentação do Projeto

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Certificados de Formação

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