Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Preparação
DE
Jovens Atletas
1a Edição
2015
A163e
Achour Jr, Abdallah
Esporte : preparação de jovens atletas / Abdallah
Achour Jr, Antonio Carlos Gomes.- Londrina :
Sport Training, 2015.- 95p. : il. (Esportes Olímpicos).
CDD – 796.0192
Elaborada pela Bibliotecária Clarice Tsuruda Takehana – CRB-9/653
Comissão Editorial
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................86
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
Parte 1
1. PREPARAÇÃO DO JOVEM ATLETA:
DESENVOLVENDO UM CAMPEÃO ESPORTIVO
Como exemplo, temos os estudos realizados com gêmeos jovens, que evi-
denciaram influência genética moderada a alta na velocidade (Sklad, 1973), for-
ça explosiva e força estática (Beunen et al., 2003) e pouca influência genética na
resistência muscular localizada (Pérusse et al., 1987).
O treinamento de uma determinada capacidade motora reage diferentemen-
te em vários genes envolvidos num processo adaptativo. Portanto, é provável que
o treinamento em longo prazo regule vários genes importantes no sistema mus-
culoesquelético. Essa mudança possivelmente ocorrerá mediante modulação no
processo que controla o RNAm com longo estímulo adaptativo para lidar com
repetidos esforços de treinamento (Stepto et al., 2009).
A maior influência genética acontece na estatura em comparação à massa
corporal. Independentemente do treinamento e/ou do esporte, o tamanho das
alavancas ósseas e a estatura não podem ser modificadas significativamente, as
exigências na estrutura musculoesquelética somente podem contribuir para
atingir o alcance estimado na estatura.
Em alguns esportes, a estatura é determinante: uma pessoa de baixa estatura
tem poucas chances de sucesso no voleibol e basquetebol e uma pessoa com es-
tatura elevada, apresenta poucas possibilidades de sucesso na ginástica artística.
No futebol, no entanto, a estatura não é determinante, excetos para o goleiro e
zagueiro.
Alguns atletas apresentam características fisiológicas essenciais aos esportes
que praticam e os tornam diferenciais, tais como estatura e proporcionalidade:
Michael Phelps, na natação, Anderson Silva nas artes marciais, Usain Bolt no
atletismo, Artur Zanetti na ginástica artística e Lebron James no basquetebol.
9
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
É certo que existem exceções nos esportes; uma “pessoa baixa” no voleibol
pode ser um bom líbero, mas não se pode esperar uma alteração estrutural exor-
bitante para atender a uma função quando a genética for determinante. A exce-
ção pode ocorrer pelos níveis altíssimos de aptidão física e/ou habilidade que
um atleta apresente em comparação a outros atletas de estatura apropriada.
Uma hipótese razoável para se tornar atleta de elite é quando se apresenta
uma combinação de genes necessários àquelas características essenciais nos res-
pectivos esportes selecionados.
Além dos genes, um jovem atleta que apresente as características mais im-
portantes para os esportes, poderá absorver muito de um treinamento. Se estiver
inserido num ambiente com boa orientação a fim de eliminar as adversidades
do cotidiano, manter o foco e dedicar-se perseverantemente por longos anos,
algumas horas diárias.
Um bom exemplo é o relato de Michael Jordan: “se há uma característica
comum aos grandes campeões em qualquer área de atividade, é a habilidade
de manter o foco”. Oscar Schimidt descreve: “vocês já viram muitos jogadores
melhores que eu, mas não vão ver nenhum que tenha treinado mais e que tenha
tanta obstinação pelo basquete quanto eu” (Jordan, 2010).
Para aqueles que possuem um conjunto de genes privilegiados para um de-
terminado esporte, é apenas uma questão de aceitar a sua essência, desafiar-se,
adaptando-se ao novo estilo de vida e preparar-se para um desenvolvimento
muito além do que esperam dele.
jovem atleta como se já fosse o que ele potencialmente poderá vir a ser, e estará
fazendo do jovem o que deveria se tornar”.
Atletas com grande potencial genético geralmente apresentam facilidades
nos treinamentos com sobrecargas impostas na fase de crescimento e desen-
volvimento (Capranica et al., 2011). Enquanto atletas com muita disposição ao
treinamento e pouca contribuição genética requerem muito boa orientação, pla-
nejamento adequado e um bom treinador para não resultar em frustração, so-
bretreinamento, esgotamento e lesões.
Nesse sentido, é preciso paciência do treinador para não queimar as etapas
naturais do crescimento e desenvolvimento. A composição do estado da arte de
ensinar e o conhecimento científico fornecem o equilíbrio para acrescentar qua-
lidade nas habilidades esportivas e controle de sobrecarga adequada à criança
em crescimento e desenvolvimento, fatores essenciais ao treinamento.
Na visão de Hollmann e Hettinger (2005), um vencedor potencial dos jogos
olímpicos do futuro precisaria preencher os seguintes pressupostos:
• Ter um talento extraordinário para um determinado esporte;
• Ter uma capacidade muito alta de adaptação estrutural, bioquímica e
biofísica como treinamento;
• Satisfazer as especificidades do tipo do esporte de acordo com os aspec-
tos antropométricos, estrutura dos órgãos, composição química dos ór-
gãos, composição neural e hormonal;
• A motivação precisa corresponder ao chamado tipo vencedor.
A forma como o jovem atleta dedica-se aos treinamentos é um dos fatores
determinantes para o seu futuro no esporte. Alie o talento à dedicação para de-
senvolver de forma otimizada as habilidades esportivas e a aptidão motora. E,
após alguns anos e com milhares de horas de treinamento, seu talento “despon-
tará da noite para o dia”. Como se nota nas palavras de Rafael Nadal, “passei toda
minha vida pensando e conversando sobre o que faria se ganhasse um Grand
Slam, e de repente, me dei conta que tinha conseguido” (Oldfield, 2011). Para
tal, a cada dia há um novo treinamento que somente é repetido se você permitir,
pois se suas referências de treino forem vastas, existem infinitas possibilidades
de criar e variar os movimentos.
Finalizamos esse tópico com uma parábola. Certo dia, um treinador estava
no quintal de sua casa e observou um casulo pendurado numa árvore. Curioso,
ele ficou admirando aquele casulo durante um longo tempo. Ele via que a bor-
boleta fazia um esforço enorme para tentar sair através de um pequeno buraco,
sem sucesso. Depois de algum tempo, a borboleta parecia que tinha desistido de
sair do casulo, as suas forças haviam se esgotado. O treinador, vendo a aflição
15
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
dela para querer sair, resolveu ajudá-la: pegou uma tesoura e cortou o restante
do casulo para libertar a borboleta. A borboleta saiu facilmente, mas seu corpo
estava murcho e as suas asas, amassadas.
O treinador, feliz por ajudá-la a sair, disse para si mesmo: “mais uma que eu
ajudei a desenvolver” e aguardou o momento em que ela fosse afastar as asas e
sair voando, mas nada aconteceu. A borboleta passou o resto da sua vida com as
asas encurtadas e rastejando o seu corpo atrofiado. Nunca foi capaz de voar…
O treinador então compreendeu que o casulo apertado e o esforço da bor-
boleta para conseguir sair de lá eram necessários para que o fluido do corpo da
borboleta fosse para as suas asas para fortalecê-las e ela poder voar assim que se
libertasse do casulo. Assim, é preciso saber aguardar o período de tempo certo
para conseguir o desenvolvimento.
16
Parte 2
2. Preparação Morfo Funcional do Jovem Atleta
18
2. Preparação Morfo Funcional do Jovem Atleta
19
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
Figura 8. Envolve uma thera band (elástico) no tronco e realiza a flexão e extensão de braços.
Na fase final da extensão de braços, faz-se mais uma elevação (eleva mais as escápulas).
20
2. Preparação Morfo Funcional do Jovem Atleta
Figura 9 e 10. Com as mãos apoiadas no solo faz-se algumas flexões de braços, em seguida, abandona
uma das mãos do solo e passa ambas as pernas pela lateral finalizando o movimento sentado.
Variação: faz algumas flexões e passa as duas pernas entre os braços finalizando sentado.
Figura 11. Em apoio nas barras paralelas (ou em dois bancos suecos)
faz-se a flexão e extensão de braços.
Variação: faz-se a flexão de braços com os joelhos estendidos e mantém o quadril contraído durante a
flexão de braços. Finalmente, mantém-se em isometria em diferentes ângulos do exercício.
Figura 12. Em apoio nas barras paralelas (ou em dois bancos suecos) faz a flexão de braços e
estende-os rapidamente. Mantém o corpo totalmente contraído com propósito
de evitar a lordose acentuada da coluna lombar.
21
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
Figura 13. Nesse exercício eleva-se o máximo possível o quadril contraindo fortemente os glúteos.
Variação: abandona um dos pés da paralela (ou bancos suecos), estende o joelho e retorna.
nais (15 a 18), a estatura e o índice de massa óssea obtida não foram afetados. O
que permitiu concluir que, dependendo da constituição física do atleta, faz-se a
seleção do esporte que se pretende praticar (Damsgaard et al., 2000).
Entretanto, se esportes com impacto forem praticados em excesso e/ou hou-
ver má nutrição, pode-se inibir a formação óssea, tornando os ossos mais fracos
e propensos a fraturas. Como os ossos estão em formação, requerem sobrecarga
moderada, boa nutrição e repouso para estimular o crescimento e desenvolvi-
mento (Karlsson et al., 2008). A linha crítica que distingue a quantidade benéfica
do esforço físico da quantidade prejudicial não está nítida (Gallahue e Ozmun,
2001).
Com o treinamento, ocorrem microfraturas e, consequentemente, remode-
lagem óssea com a função de restaurar as microfraturas provocadas, ou seja, a
ativação dos osteoclastos conduz à reabsorção óssea pela ativação dos osteoblas-
tos reconstruindo a massa óssea, levando à remineralização óssea e maior com-
pactação do colágeno (Nigg e Herzog, 1994).
Diferenças entre as ações dos osteoblastos e osteoclastos podem elevar ou
reduzir a mineralização, sendo que é o equilíbrio dinâmico entre eles que possi-
bilita a manutenção da densidade mineral óssea (Nordin e Frankel, 2003).
As fraturas de fadiga acontecem durante atividades extenuantes intermiten-
tes ou contínuas, as quais fatigam os músculos e reduzem sua capacidade de
contração. Como resultado, os músculos tornam-se menos aptos a armazenar
energia e também a neutralizar o estresse imposto aos ossos (Riegger, 1993).
Por exemplo, durante atividades de corrida prolongada, se os músculos ultra-
passarem o pico de resistência, eles não conseguirão sustentar o osso durante o
impacto do pé ao solo. A carga é então transferida diretamente para o esqueleto
e por fim, a resistência é excedida e a fratura pode ocorrer (Hamill e Knutzen,
2012).
A falta de repouso após o treinamento pode acarretar prejuízos ósseos, por
exemplo, dois ou mais treinamentos fortes sucessivos ou um macrociclo não
ajustado aos adolescentes não fornecem tempo para reconstituir a formação ós-
sea e pode originar lesões e fraturas tanto com carga de forte impacto intermi-
tente ou com carga baixa de longa duração (Magness et al., 2011).
Numa revisão sistemática, Nielsen et al. (2012), concluíram que podem
ocorrer lesões quando do aumento da duração do treinamento; para evitá-las,
revelam-se como fatores-chave o controle da intensidade, da frequência e, tam-
bém, da duração das atividades.
A alteração na estrutura óssea resultante da distribuição de sobrecarga infere
que a implementação de cargas elevadas e fadiga podem ocasionar fratura. O
osso pode falhar no lado tensionado, no lado comprimido ou em ambos. A falha
23
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
Todavia, saibamos das diferenças culturais a respeito das faixas etárias que
determinam a infância e suas subdivisões. Gallahue e Ozmun (2001) e Weineck
(2005), referem-se à infância como o período dos 6 aos 10 anos e pré-púbere,
dos 10-12 anos nas meninas e dos 11-13 anos nos meninos, logo após a adoles-
cência.
É difícil definir a adolescência pela idade cronológica. Seu início é caracte-
rizado pela puberdade, determinada pelas mudanças anatômicas e fisiológicas
que marcam o período de transição entre o estado sexual não maduro para o
de completa fertilidade, decorrente do hormônio estrógeno nas mulheres e tes-
tosterona nos homens, fatores determinantes à reprodução (Wilmore e Costill,
2001).
O desenvolvimento de algumas variáveis fisiológicas impulsiona o desem-
penho físico, tais como a massa muscular, níveis hormonais e força. Elas podem
ocorrer ao mesmo tempo em que o pico do crescimento da velocidade da estatu-
ra, mas a idade em que isso ocorre pode variar, sendo mais precoce nas meninas
do que nos meninos (Bouchard et al., 2004).
Identificar periodicamente os processos de crescimento, desenvolvimento e
maturação possibilita estruturar um treino orientado por essas evoluções e res-
peitar os atletas com idades idênticas com desempenhos diferentes.
Seria extremamente relevante ao treinamento se pudessem ser estabelecidos
com precisão os períodos sensíveis (críticos) e a fase áurea para o desenvolvi-
mento do atleta, percebendo-se maior prontidão e elevada sensibilidade aos es-
tímulos de treinamento (Magill, 1988).
Se houver desperdiçado o período sensível do desenvolvimento de uma de-
terminada capacidade motora fundamental para o esporte em que a genética
tenha uma contribuição significativa, a natureza até poderá lhe dar uma segunda
oportunidade, mas não significa necessariamente que teria o mesmo potencial,
caso tivesse tido uma boa iniciação naquele período ótimo e um bom treina-
mento daquela capacidade motora.
Formar um atleta é um longo processo de preparação que requer empenho
transdisciplinar, de preferência iniciado na infância, oportunidade propícia para
apropriar-se das riquezas de movimentos dos esportes e da plasticidade neural
e muscular.
As atividades esportivas na infância e na adolescência promovem conside-
ráveis adaptações. Uma delas é a capacidade de mudar as conexões cerebrais,
definida como plasticidade do córtex cerebral (Silverthorn, 2003). Sua funcio-
nalidade em resposta à entrada de sensações e experiências passadas às quais são
transformadas em novas experiências favorece as capacidades coordenativas (Le
Bouch, 1983).
29
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
e a maioria ainda pode ser beneficiada pelos esportes para fins de saúde e desen-
volvimento social. Como bem observou Fernando Scherer: “pratiquem esporte,
mesmo que não competitivamente, pois é saudável e você faz boas amizades, que
duram para o resto da vida”.
Se o desempenho da criança não for excelente e não atender às expectativas,
não adianta ser criticada pelo treinador, pais e parentes ou mesmo frustrar-se,
pois se trata de uma questão de aprendizagem e de tempo para alcançar seu po-
tencial e não o que se estimam para alcançar em torno de rendimento elevado.
Devido a isso, pouco vale um treinador exigir muito das pessoas com poucas
condições para os esportes de elite e, ainda, de nada adianta os pais terem uma
visão mecanicista, tentando fazer do jovem aquilo no qual não conseguiram se
tornar, ou de modo antagonista, tornar seu filho igual a eles, um atleta de elite.
Muito adequada a mensagem feita pela Nextel com o jogador Ricardinho do
voleibol, servindo como uma lição de vida para ser um campeão no esporte e
na vida. “Eu era o melhor do mundo. Achei que podia tudo. Meu ego falou mais
alto. Falei o que devia e o que eu não devia. Acertei, errei, só sei que perdi aquilo
que mais amava. Hoje, para eu ser melhor do mundo, só se for bom para todo
mundo”. Lembrando que o atleta saiu da seleção de vôlei em 2007.
Nesse contexto, incentiva-se o jovem atleta a tornar-se uma pessoa melhor,
um campeão na vida, contribuindo para que outros também evoluam e, caso
tenha que acontecer, deverá estar preparado para ser um campeão nos esportes.
O desenvolvimento nos esportes, juntamente com as exigências escolares e
familiares, geram um sistema complexo que merece organização e responsabili-
dade dos pais e da equipe de profissionais.
A American Sport Education Program (1994) elaborou 11 recomendações
sobre as “Responsabilidades dos Pais para os Filhos na Prática Esportiva”:
1. Estimular seus filhos a praticar esportes, mas sem exercer pressão exage-
rada. Permitir que seus filhos escolham o esporte e possam abandoná-lo
se assim desejarem;
2. Entender o que a criança espera do esporte e oferecer uma atmosfera de
apoio para que a criança atinja seu objetivo;
3. Perceber os limites do seu filho, observando quando ele está física e emo-
cionalmente preparado para o esporte e garantir que as condições sejam
seguras para a prática;
4. Garantir que o técnico seja qualificado para orientar a criança em sua
experiência esportiva;
5. Manter a perspectiva de vitória e ajudar seu filho a proceder da mesma
forma;
36
2. Preparação Morfo Funcional do Jovem Atleta
No estudo de revisão, Oliver (2011) apontou que jovens atletas são menos
acometidos de dor muscular tardia, podem necessitar de maior intensidade de
exercício, requererem menos tempo para recuperação e sofrem menos fadiga
fisiológica, se comparados aos adultos. Reportou ainda que há uma linha tênue
dividindo treinamento intenso que permite ao jovem atleta desenvolver-se am-
plamente, daqueles treinamentos em que é explorado e usado. O esporte, se pra-
ticado como forma de punição com excesso de treinamento, prejudica o sistema
imunológico, causa lesões, fadiga, esgotamento, diminuição do desempenho e
até aversão ao esporte.
Em conformidade com o estudo elaborado por Kutz e Secrest (2009), o es-
gotamento vai além da fadiga, causando desistência de um esporte que há pouco
tempo apreciava muito.
Ele adentra o componente emocional e cognitivo, enquanto o sobretreina-
mento (fadiga) tem um componente essencial fisiológico, decorrente do treina-
mento. Esses dois componentes – esgotamento e sobretreinamento – agregam
fatores comuns, sendo a motivação uma diferença primária, presumindo-se que
um atleta com sobretreinamento ainda esteja motivado para competir, enquanto
um atleta com esgotamento mostra-se desmotivado. Entretanto, um atleta com
sobretreinamento começa desanimado, fator que, por sua vez, pode conduzir ao
esgotamento. Reconhecer sobretreinamento envolve observação psicofisiológica
dos jovens atletas, sendo uma tarefa conjunta, envolvendo o treinador e os pais.
Um organismo deve ser protegido para que o treinamento não extrapole o
limiar do jovem, decorrente de menor capacidade glicolítica e menor concen-
tração de catecolaminas para proteger o organismo contra o excesso de acidose
e a degradação de glicogênio, economizando o carboidrato para o cérebro, que
depende de glicose, conforme revisou (Weineck, 2005).
Cabem aqui as palavras de Bernardinho: “é útil também sentir-se confortá-
vel no desconforto constante da preparação” (Rezende, 2006).
É muito apropriado o texto de Lynch (2006), sobre a cilada do cansaço. “Os
campeões sabem que o cansaço é universal, ele não poupa ninguém, uma vez
que atinge todas as faixas etárias e todos os níveis de habilidades. Combater o
cansaço é inútil, se você resiste ele persiste, o esforço para combatê-lo só serve
para despender energia e aumentar a ansiedade e agravar a situação já difícil. Em
vez de combatê-lo, coopere com ele, procure pensar nele como um aspecto fami-
liar a ser descoberto, fale com ele oh... você de novo, parece que você sempre me
visita nesse momento da corrida; ótimo, você pode me acompanhar se quiser,
mas eu não vou reduzir o passo nem desistir, portanto corra para permanecer
ao meu lado”.
38
2. Preparação Morfo Funcional do Jovem Atleta
A crítica não verbal pode causar instabilidade nas ações motoras subsequen-
tes, pois o atleta sabe que não acertou, mas desconhece qual foi o motivo na téc-
nica para causar desaprovação. Seria apropriado se o atleta tivesse liberdade para
perguntar “o que eu posso fazer para corrigir essa habilidade?”, mas para que
isso ocorra, é necessário existir um ambiente recíproco de segurança e respeito
entre o treinador e o atleta.
Elogie antes de criticar e, quando fizer a crítica, não exponha o jovem atleta;
seja breve, sincero e, quando possível, faça a crítica em particular. Use poucas
palavras para explicar o movimento, dê as informações na medida e, no momen-
to certo, olhe nos olhos dos atletas.
É fundamental verificar se o atleta compreendeu a informação. As frases e
as palavras-chave que funcionam como dicas eficazes são sucintas, precisas e
adequadas à idade e à capacidade de cada um deles. E não se dá informações
sobre uma habilidade em excesso uma ou duas informações por vez. Seja espe-
cífico, não atrase a informação da correção, faça-o de maneira positiva. Forneça
as informações constantes, principalmente aos iniciantes, use dicas para passar
instruções e faça uso de várias abordagens e estratégias (Knudson e Morrison,
2001).
Aos técnicos, se tiver dificuldade de ensinar um movimento, refaçam seus
métodos, pois nem sempre a dificuldade localiza-se no jovem atleta. Ainda, re-
lembrem que quanto maior a complexidade da habilidade esportiva, mais se
considera importante os requisitos fisiológicos terem sido desenvolvidos para
uma boa aprendizagem. O desenvolvimento da habilidade origina-se da consci-
ência durante a aprendizagem e, na medida em que se aprende e torna-se hábil,
automatiza-se o movimento.
Quanto maior a complexidade de uma habilidade esportiva, maior a im-
portância de qualidade da coordenação. Sua melhora faz com que a partir de
um acontecimento consciente, associado ao córtex cerebral, surja um processo
que ocorre de maneira inconsciente, cujo automatismo fica entregue aos centros
subordinados. Dessa maneira, o córtex cerebral é aliviado por um lado e, por
outro, a sequência de movimentos é dominada de maneira mais segura e mais
exata do que antes (Hollmann e Hettinger, 2005).
O segredo de ser um campeão é ter um desempenho estável e eficaz, sem
pensamento consciente sobre o processo (Knudson e Morrison, 2001).
Após essa etapa, dá-se mais ênfase à qualidade das habilidades esportivas.
Quando for orientar um treinamento, o treinador/preparador físico tem que
construir estratégias para os jovens sentirem-se importantes. Para tal, o trei-
namento será realizado atendendo às características individualizadas, mas com
gerenciamento para a equipe com alta congruência dos atletas.
42
2. Preparação Morfo Funcional do Jovem Atleta
43
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
Parte 3
3. BASES PARA DESENVOLVIMENTO
DAS CAPACIDADES MOTORAS
Figura 24. Lança a bola para cima e para trás e a retoma com a extensão de joelhos.
Logo após, lança para frente flexionado os joelhos e retoma a bola.
Variação: lança a bola por cima e para trás e retoma com afastamento lateral das pernas.
Finalmente, lança a bola por cima da cabeça e retoma atrás do corpo na linha do quadril.
44
3. Bases para Desenvolvimento das Capacidades Motoras
Figura 27. Dois em dois, passa a bola para o companheiro que a leva fixa aos
pés em direção ao tórax e retorna. Aumenta-se o número de repetições.
Variação: colocam-se os atletas em círculo dois em dois passando a bola
um para o outro até completar o círculo.
45
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
Figura 28. Em decúbito ventral, entrelaçam-se os dedos atrás do corpo e faz-se extensão do tronco,
em seguida realiza uma isometria tensionando-se as mãos. Compara ambos os lados do corpo. Varia-
ção: estende os cotovelos e pressiona as palmas das mãos.
Figura 29. Faz se extensão de tronco com os braços elevados. Em seguida, estende o tronco
alternando os movimentos de elevação dos membros inferiores com os superiores.
Eleva o braço esquerdo e a perna direita, eleva-se o braço direito e a perna esquerda.
49
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
Figura 30. Em decúbito ventral estende o elástico simultâneo com a extensão de tronco,
segura por dois a três segundos em extensão de tronco.
Figura 31A. Em decúbito ventral com os elásticos nos pés e segurando atrás do tronco.
Faz primeiro afastamento dos braços, em seguida afastamento das pernas e,
depois, de forma simultânea, afastam os braços e pernas.
Figura 31B. Elevam-se os braços e estende o elástico simultâneo com
afastamento dos braços e das pernas.
Figura 32. Coloca o thera band (elástico) nos pés e eleva o quadril até que os pés fiquem no
prolongamento dos olhos, retorna um pouco o quadril em direção ao solo e o eleva, novamente.
Pressiona os braços ao solo e contrai o quadril, para facilitar a realização do movimento.
50
4. Treinamento das Capacidades Motoras
Figura 36. Locomove-se com passadas amplas em seguida, mantém-se numa posição
estática com o joelho direito bem estendido, e continua o exercício tornando o
alongamento uma combinação de estático e dinâmico.
Figura 37. Desloca-se um passo a frente com amplitude de movimento e interrompe com as pernas
bem afastadas, faz-se uma rotação parcial do tronco, olha para a mão e continua o movimento.
53
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
Figura 38. Com uma passada ampla a frente apoia com suavidade o pé ao solo
contrai o abdome, em seguida, faz-se uma extensão com rotação do tronco.
Figura 39. Para realizar a contração excêntrica dos músculos isquiotibiais, alguém segura os pés,
e te permite cair à frente com o tronco totalmente estendido, coloca-se as palmas das mãos
ao solo para amortecer e faz a extensão dos cotovelos para retornar à posição inicial.
Figura 40. Para realizar a contração concêntrica dos músculos isquiotibiais, manter
o abdome bem contraído e tentar aproximar o calcanhar ao quadril.
Variação: faz a aproximação do calcanhar ao quadril e
mantém-se em isometria. Retorna lentamente em contração excêntrica.
55
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
Para saber mais, propomos a leitura de dois excelentes artigos, Pull e Ranson
(2007) e Hedayatpour e Falla (2012), os quais tecem vários apontamentos fisio-
lógicos sobre os efeitos dos exercícios com contração excêntrica.
Por outro lado, a contração excêntrica tem sido indicada para proteção e
recuperação de lesões. Para efeito preventivo de lesão, sugere treinar a contração
excêntrica com elevada amplitude de movimento, o que provoca aumento do
número de sarcômeros em série e permite um menor ângulo articular para a
qual a força máxima é produzida e, com isso, proteja a unidade músculo tendí-
nea.
Figura 43. Em pé, mãos atrás da cabeça, com os pés paralelos e desloca a frente flexionando os joelhos.
É importante manter o tronco estendido e o alinhamento dos pés.
Figuras 44, 45 e 46. Pode se construir linhas em paralelo para saltar sobre elas com considerável
amplitude de movimento. Variam-se a direção do movimento, com deslocamentos
para frente e para os lados. As linhas podem ser feitas ampliando as distancias para
estimular a maior amplitude de movimento.
61
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
4.2 Aquecimento
Para a maioria dos adolescentes, o peso pode ser aumentado, depois de uma
boa adaptação, entre 1 a 4kg para o membro superior e de 4 a 7kg para os infe-
riores (Faigenbaum et al., 2009). Essas referências acima são somente indicações
para controle do treino, não um critério ou um padrão rigidamente estabelecido.
O que realmente importa é prescrever o treino de acordo com a avaliação,
realizar os exercícios com técnica refinada, garantindo a intensidade do treino.
Fundamental também é o período de tempo entre as séries, pois as característi-
cas individuais, tais como nível de condicionamento e a adaptabilidade à sobre-
carga, o tipo de contração muscular e o sistema de energia, permitem abreviar
ou estender o tempo de recuperação entre as séries.
Um período de recuperação ativa entre as séries de exercícios serve para
restabelecer o fluxo sanguíneo intramuscular e liberar oxigênio, que possibilita
reposição do estoque de fosfatocreatina e remoção dos produtos metabólicos, o
que permitirá maior continuidade de produção de força com velocidade.
A recuperação ativa não pode ser longa, a fim de não prejudicar o potencial
pós-ativação, ou muito curta, impedindo a recuperação energética. Uma obser-
vação importante seria ensinar as crianças a diminuir a conversa durante os in-
tervalos de treinamentos e, quando conversarem, que continuem movimentan-
do o corpo.
66
4. Treinamento das Capacidades Motoras
67
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
Figura 55. Eleva a bola acima da cabeça e a arremessa o mais distante possível.
Figura 56. Em decúbito ventral segurando a bola a frente, faz extensão de tronco.
Em seguida, eleva-se um pouco os pés e braços do solo e rotaciona longitudinal
o corpo sem que os pés e braço toquem ao solo.
68
4. Treinamento das Capacidades Motoras
Figura 58. Dois em dois faz-se flexão do tronco, arremessa a bola para o companheiro a frente.
Variação: ao receber a bola, estende o tronco (desce em direção ao solo) e sem
encostar as escápulas ao solo, flexiona o tronco arremessando a bola.
Figuras 59 e 60. Sentado com a bola nas mãos eleve-a acima da cabeça. Faz-se rotação do
tronco com a bola acima da cabeça para ambos os lados e novamente coloca a bola ao
tórax e desce lentamente até o solo, e retorna em flexão do tronco.
Figuras 61 e 62. Sobre um banco sueco ou um plinto, salta para baixo para aprender a
aterrissar (amortecer o impacto) ao solo, de maneira relativamente macia.
Variação: sobre o plinto (banco sueco) salta para cima e amortece o salto.
70
4. Treinamento das Capacidades Motoras
77
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
Figura 65. Em pé, eleva a perna para trás com o joelho estendido até pelo menos a altura do quadril.
O membro de apoio inicia e permanece bem contraído durante o exercício.
Variação: faz o exercício anterior com os olhos fechados. Finalmente, flexiona-se um pouco
o joelho da perna de apoio e flexiona o joelho da perna elevada aproximando o calcanhar
ao glúteo fazendo simultaneamente algumas repetições.
78
4. Treinamento das Capacidades Motoras
Figuras 66 e 67. Na cama elástica, mini tramp ou superfície instável, tal como um colchão “gordo” faz-
se a elevação da perna de trás e movimenta os braços para cima até que as mãos se encostem.
Variação: faz rotação do tronco para um lado e para outro contraindo ao máximo o membro
de elevação e os oblíquos para manter o equilíbrio.
Figura 68. Desenho de uma faixa reta e locomove-se lentamente para frente em seguida para trás.
Fecha os olhos e se locomove para frente em seguida para trás.
Variação: se movimenta com amplitude de movimentos e com passos bem amplos.
Figura 69 e 70, 71, 72. Assim, com os dois pés paralelos, no desenho de um Y, coloca-se
o pé à frente e ao lado direito, retorna, coloca-se a frente e ao lado esquerdo e retorna,
em seguida coloca o pé na linha atrás. Procede da mesma forma com outro pé.
Variação: Aumenta-se a amplitude das passadas.
Figuras 73, 74, 75. Em pé, segura um bastão a frente do corpo e faz uma
rotação longitudinal em torno dele. A rotação é feita para os dois lados.
Variação: libera a mão faz a rotação longitudinal e segura o bastão.
Figuras 77 e 78. Deitado com a coluna dorsal sobre a bola, faz-se uma contração
isométrica do abdome, eleva-se a bola para cima e para trás da cabeça com o braço
estendido, em seguida para o lado direito e lado esquerdo.
Variação: Segurando a bola com os braços estendidos flexiona os cotovelos e estende os braços,
em seguida flexiona os cotovelos e lança a bola para cima e retoma flexionando os cotovelos.
84
4. Treinamento das Capacidades Motoras
85
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
REFERÊNCIAS
ACHOUR JUNIOR, A. Exercícios de alongamento: anatomia e fisiologia. São Paulo:
Manole, 2002.
AQUINO, C. F.; VIANA, S. O.; FONSECA, S. T.; BRICIO, R. S.; VAZ, D. V. Mecanismos
neuromusculares de controle da estabilidade articular. Revista Brasileira de Ciência e
Movimento, v.12, n.2, p.35-41, 2004.
BEHRINGER, M.; VOM HEED, A.; METTHEWS, M.; MESTER, J. Effects of strength
training on motor performance skills in children and adolescents: a meta-analysis. Pe-
diatric Exercise Science, v.23, p.186-206, 2011.
BEUNEN, G. et al. Genetics of strength and power characteristics in children and ado-
lescents. Pediatric Exercise Science, v.15, p.123-138, 2003.
86
Referências
BISHOP, D. Warm up II: performance changes following active warm up and how to
structure the warm up. Sports Med., v.33, n.7, p.483-498, 2003b.
BOTTINELLI, R.; REGGIANI, C. Human skeletal muscle fibers: molecular and func-
tional diversity. Progress in Biophysics & Molecular Biology, v.73, p.195-262, 2000.
BOUCHARD, C.; MALINA, R. M.; PÉRUSSE, L. Genetic of fitness and physical per-
formance. Champaign: Human Kinetics, 2004.
CARTER, C. W.; MICHELI, L. J. Training the child athlete for prevention, health pro-
motion, and performance: how much is enough, how much is too much? Clin Sports
Med, v.30, p. 679-690, 2011.
CERMAK, N. M.; SNIJDERS, T.; MCKAY, B.R.; PARISE, G.; VERDIJK, L. B.; TARNO-
POLSKY, M. A.; GIBALA, M. J.; VAN LOON, L. J. Eccentric Exercise Increases Satellite
Cell Content in Type II Muscle Fibers. Med. Sci. Sports Exerc., v. 45, n. 2, p. 230-237,
2013.
DEBOLD, E. P. Recent insights into the molecular basis of muscular fatigue. Medicine
& Science in Sports & Exercise, v.44, n.8, p.1440-1452, 2012.
87
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
FOREMAN, G. Sem nunca jogar a toalha: uma história de sucesso, boxe e espirituali-
dade. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2007.
88
Referências
JOHNSON, J.H. Overuse injuries in young athletes: cause and prevention. Strength
and Conditioning Journal. v.30, n.2, p.27-31 2008.
KAY, A. D.; BLAZEVICH, J. Effect of acute static stretch on maximal muscle perfor-
mance: a systematic review. Medicine & Science In Sports e Exercise, v.44, n.1 p.154-
164, 2012.
89
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
LEDERMAN, E. The myth of core stability. Journal of Bodywork & Movement The-
rapies, v.14, p.84-98, 2010.
LLOYD, R. S.; OLIVER, J. L.; MEYERS, R.W. The natural development and trainability
of plyometric ability during childhood. Strength and Conditioning Journal, v.33, n.2,
p.23-32, 2011.
LYNCH, J. A arte na guerra, nos esportes e na vida. São Paulo: Pensamento, 2006.
MCHUGH, M. P. Recent advances in the understanding of the repeated bout effect: the
protective effect against muscle damage from a damage from a single bout of eccentric
exercise. Scand. Journal Med. Sci. Sport, v.13, p.89-97, 2003.
90
Referências
MOUNTJOY, M.; ARMSTRONG, N.; BIZZINI, L.; BLIMKIE, C.; EVANS, J.; GER-
RARD, D.; HANGEN, J.; KNOLL, K.; MICHELI, L.; SANGENIS, P. IOC consensus
statement: training the elite child athlete. British Journal of Sports Medicine, v.42,
p.163-164, 2008.
NAKAMURA, M.; IKEZOE, T.; TAKENO, Y.; ICHIHASHI, N. Time course of changes
in passive properties of the gastrocnemius muscle-tendon unit during 5 min of static
stretching. Manual Therapy, p.1-5, 2012.
NIELSEN, R. O.; BUIST, I.; SORENSEN, H. LIND.; M.; RASMUSSEN, S. Training er-
rors and running related Injuries: a systematic review. The International Journal of
Sports Physical Therapy, v. 7, n. 1, p.58-75, 2012.
OLDFIELD, T. Rafael Nadal: a biografia de um ídolo do tênis. São Paulo: Editora Gen-
te, 2011.
OLIVER, J. L. Training elite child athletes. Promoting welfare and well-being. National
Strength and Conditioning Association, v.33, n.4, p.79-86, 2011.
91
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
PERRIER, E. T.; PAVOL, M. J.; HOFFMAN, M. A. The acute effects of a warm-up in-
cluding static or dynamic stretching on countermovement jump height, reaction time,
and flexibility. Journal of Strength and Conditioning Research, v.25, n.7, p.1925-
1931, 2011.
PULL, M. R.; RANSON, B. Eccentric muscle actions: implications for injury preven-
tion and rehabilitation. Physical Therapy in Sport, v.8, p.88-97, 2007.
RUMPF, M. C.; CRONIN, J. B.; PINDER, S. D.; OLIVER, J.; HUGHES, M. Effect of
different training methods on running sprint times in male youth. Pediatr Exerc Sci.
v.24, n.2, p.170-186, 2012.
SALTIN, B. Morphology, enzyme activities and buffer capacity in leg muscles of Ke-
nyan and Scandinavian runners. Scandinavian Journal of Medicine & Science in
Sport, v.5, n.4, p. 220-230, 1995.
92
Referências
STEIN, N. Treinamento da velocidade nos esportes. In: ELLIOT, B.; MESTER, J. Trei-
namento no Esporte. Aplicando ciência no esporte. São Paulo: Phorte, 2000.
STEPHEN, B.; WILL, S. Integrating Balance and Postural Stability Exercises into the
Functional Warm-up for Youth Athletes. Strength & Conditioning Journal, v.34, n.3,
p.73-79, 2012.
TAYLOR, K. L.; SHEPPARD, J. M.; LEE, H.; PLUMMER, N. Negative effect of static
stretching restored when combined with a sport specific warm-up component. Journal
of Science and Medicine in Sport, v.12, p.657-661, 2009.
TURKI, O.; CHAOUACHI, A.; BEHM, D.G.; CHTARA, H.; CHTARA, M.; BISHOP,
D.; CHAMARI, K.; AMRI, M. The effect of warm-ups incorporating different volumes
of dynamic stretching on 10- and 20- sprint performance in highly trained males athle-
tes. Journal of Strength and Conditioning Research, v.26, p.63-72, 2012.
WEERDT, T.; SPAEPEN, I. Equilíbrio postural. In: VIELLE. A marcha humana, a cor-
rida e o salto. São Paulo: Manole, 2001.
93
ESPORTE: Preparação de Jovens Atletas
WONG, D. P.; CHAOUACHI, A.; LAU, P.W.; BEHM, D.G. Short durations of static
stretching when combined with dynamic stretching do not impair repeated sprints and
agility. Journal of Sports Science and Medicine, v.10, n.2, p.408-416, 2011.
. . . . .
94
Referências
95