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Almada, 2022
Campus Universitário de Almada
Instituto de Estudos Interculturais e Transdisciplinares de Almada
Almada, 2022
ÍNDICE
I
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Comparação entre praticantes e não praticantes nos saltos monopedais. Pé
direito e pé esquerdo ........................................................................................................... 6
Gráfico 2 - Comparação entre praticantes dos dois sexos nos saltos monopedais ................. 7
Gráfico 3 - Comparação entre não praticantes dos dois sexos nos saltos monopedais .......... 7
Gráfico 4 - Comparação entre praticantes e não praticantes de modalidades na tarefa
transferências de plataformas .............................................................................................. 8
Gráfico 5 - Comparação entre praticantes dos dois sexos nas transferências de plataformas 8
Gráfico 6 - Comparação entre não praticantes de modalidades dos dois sexos na tarefa
transferência de plataformas ............................................................................................... 9
Gráfico 7 - Comparação entre praticantes e não praticantes na tarefa equilíbrio à
retaguarda ........................................................................................................................... 9
Gráfico 8 - Comparação entre praticantes femininos e masculinos na tarefa de equilíbrio à
retaguarda ......................................................................................................................... 10
Gráfico 9 - Comparação entre não praticantes sexo feminino e não praticantes sexo
masculino na tarefa de equilíbrio à retaguarda .................................................................. 10
Gráfico 10 - Comparação entre praticantes e não praticantes de uma modalidade na tarefa
saltos laterais ..................................................................................................................... 11
Gráfico 11 - Comparação entre praticantes dos dois sexos na tarefa saltos laterais. ........... 11
Gráfico 12 - Comparação entre não praticantes femininos e não praticantes masculinos nos
saltos laterais ..................................................................................................................... 12
II
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Resultados da recolha de dados dos participantes praticantes do sexo masculino
............................................................................................................................................ 5
Tabela 2 – Resultados da recolha de dados dos participantes praticantes do sexo feminino . 5
Tabela 3 – Comparação entre géneros e participantes praticantes de uma modalidade e não
praticantes ........................................................................................................................... 6
III
RESUMO
O presente estudo, teve como objetivo investigar os níveis de coordenação motora em
crianças com idades compreendidas entre os 10 e os 11 anos dentro do mesmo ambiente
escolar. A mostra foi constituída por 62 crianças, de ambos os sexos, sendo que parte deste
número pratica uma modalidade desportiva federada. Dentro das modalidades praticadas
pelos avaliados, estão incluídas o Futebol, Ginástica, Andebol, Desportos de combate,
Voleibol, Atletismo, Basquetebol, Natação, Ténis e Badminton. Para a possível comparação
dos níveis de coordenação motora, foi identificado um grupo de controlo de crianças da
mesma idade, mas que não praticam qualquer modalidade fora do contexto curricular no
estabelecimento de ensino. Para a concretização do estudo, foi utilizado a bateria de testes
KTK (Körperkoordinationteste Für Kinder). Analisando dos resultados obtidos, na tarefa de
Equilíbrio, avaliando o equilíbrio dinâmico, o Voleibol e o Judo foram as modalidades que
apresentaram melhores resultados. Relativamente aos Saltos monopedais, que avaliava a
potência dos membros inferiores, apresentou a maior média, novamente em praticantes da
modalidade de Voleibol e Taekwondo. Os saltos laterais, medindo a agilidade e a precisão
dos membros inferiores, o Basquetebol e o Karaté obtiveram os melhores resultados. Por
último, a Transferência de plataformas, visando a avaliar a lateralidade e a capacidade de
perceção espacial e temporal, apresentou a melhor média na Ginástica rítmica e na
Natação. O grupo de controlo, obteve sempre resultados abaixo do grupo de praticantes de
uma modalidade. Podemos concluir que é de extrema importância a prática de
modalidades desportivas para uma melhoria do desenvolvimento motor, oferecendo
capacidades de execução das várias tarefas diárias no quotidiano, evitando o declínio motor
no futuro adulto.
IV
ABSTRACT
The present study aimed to investigate the levels of motor coordination in children aged
between 10 and 11 years within the same school environment. The show consisted of 62
children, of both sexes, with part of this number practicing a federated sport. Among the
modalities practiced by those evaluated, are included Football, Gymnastics, Handball,
Combat Sports, Volleyball, Athletics, Basketball, Swimming, Tennis and Badminton. For the
possible comparison of the motor coordination levels, a control group of children of the same
age was identified, but who do not practice any sport outside the curricular context in the
educational establishment. To carry out the study, the KTK test battery
(Körperkoordinationteste Für Kinder) was used. Analyzing the results obtained, in the
Balance task, evaluating the dynamic balance, Volleyball and Judo were the modalities that
presented better results. Regarding the single-pedal jumps, which evaluated the power of
the lower limbs, it presented the highest average, again in practitioners of Volleyball and
Taekwondo. Lateral jumps, measuring the agility and precision of the lower limbs, Basketball
and Karate obtained the best results. Finally, the Transfer of platforms, aiming to evaluate
the laterality and the capacity of spatial and temporal perception, presented the best average
in Rhythmic Gymnastics and Swimming. The control group always obtained results below the
group of practitioners of a modality. We can conclude that it is extremely important to
practice sports for an improvement of motor development, offering skills to perform the
various daily tasks in everyday life, avoiding motor decline in the future adult.
V
1. Introdução
Atualmente, os hábitos de vida saudáveis começam a ser cada vez mais inexistentes:
o tempo passado em frente aos ecrãs e dietas desequilibradas são fatores que contribuem
para um corte significativo dos níveis de atividade física (Mendes et al., 2013). O
desenvolvimento motor está, deste modo, comprometido devido ao sedentarismo. As
habilidades locomotoras, manipulativas e de estabilidade fornecem a base fundamental para
uma vida ativa da criança e são importantes ao nível do desenvolvimento físico, cognitivo e
social das crianças onde a idade pré-escolar (3 aos 5 anos) e do primeiro ciclo (6 aos 10 anos)
representam as fases mais importantes do seu desenvolvimento. É, assim, importante
estudar a relação entre a prática desportiva extracurricular e o grau de desenvolvimento
motor de forma a compensar a insuficiência física para um bom desenvolvimento e
promoção de um estilo de vida saudável.
O desenvolvimento motor é um conjunto de mudanças que ocorrem ao longo do
ciclo de vida de um indivíduo em harmonia com o deslocamento de partes do corpo, ou,
inclusive de todo o corpo, no espaço. É através do movimento que possibilita a interação com
o próprio meio, adquirindo informações espaciais e visuais desse mesmo ambiente (Alleoni
et al., 2005).
A coordenação motora é útil e necessária para qualquer criança para que haja um
saudável desenvolvimento havendo uma necessidade de estar presente no quotidiano das
crianças desde muito cedo (Fernandes et al., 2017). A importância desta temática é
fundamental e transversal a qualquer aprendizagem do indivíduo, seja em idades precoces
ou mais tardias, e complementa o sucesso de várias tarefas diárias, tornando-se uma base
para todos os desafios em que o indivíduo tiver que intervir. A coordenação motora torna-
se, assim, um alicerce para o processo de desenvolvimento, exigindo estímulos para haver
alterações importantes no comportamento motor. Quanto maior a complexidade dos
desafios motores, maior é o nível de exigência para um desempenho eficiente (Gallahue &
Ozmun, 2005), o que nos leva a crer que é possível trabalhar com altos níveis de dificuldade
durante a aprendizagem do movimento.
Segundo Lopes (1997), após uma análise da capacidade motora em 100 crianças dos 10
anos de idade, utilizando também a bateria de testes KTK, onde seriam avaliadas durante
todo ano letivo, avaliando-as em três momentos (períodos). Os participantes foram ainda
sujeitos a um grupo experimental do qual teriam aulas de educação física, como programa
suplementar, com sessões de 50 minutos. Esta adição de aulas tinha como objetivo a
compensação de maus níveis de postura e coordenação motora. Após a utilização do teste
KTK, no final do ano letivo, verificou-se que, de facto, o grupo experimental tinha obtido, de
forma geral, melhores resultados que anteriormente. Lopes, ainda permitiu confirmar que
as crianças que tinham estas aulas adicionais, tinham diferenças significativas em relação às
crianças que frequentavam o programa oficial (apenas duas aulas semanais), tendo no final,
comprovado que as crianças que estavam inseridas no programa alternativo (3 aulas
semanais) tinham melhorado face às crianças com apenas 2 aulas semanais.
Do mesmo modo, Mota, em 1991, foi quem originou a ideia de aulas complementares a
fim de promover melhores níveis de postura e coordenativos das crianças com idades
1
compreendidas entre os 10 e 11 anos, obtendo exatamente os mesmos resultados de
progresso na coordenação motora do grupo experimental.
Por outro lado, a diferença entre os géneros é particularmente uma variável que o
dimorfismo sexual beneficia o sexo masculino (Willimczik, 1980 e Lopes, 2003).
Caso a criança não seja exposta a estímulos que proporcionam uma atividade
motora, há uma elevada probabilidade de a longo prazo o indivíduo desenvolver distúrbios
motores podendo apresentar um fraco desempenho, que pode levar à exclusão social ou, até
mesmo, à autoexclusão das tarefas motoras, aumentando os riscos de sobrepeso ou
obesidade (Lopes et al., 2003).
2. Materiais e Métodos
2.1 Amostra
No presente estudo a amostra é heterogénea, isto é, as crianças são escolhidas de
forma a todas as características estarem presentes, crianças com idade compreendida entre
os 10 e 11 anos e ainda divididas em dois grupos distintos: crianças que praticam uma
modalidade federada e crianças que não praticam qualquer modalidade.
2.3 Procedimentos
Realização de um consentimento para os encarregados de educação confirmando a
participação dos seus educandos no estudo (anexo I), e ainda, um Consentimento Informado,
Esclarecido e Livre (de acordo com a Declaração de Helsínquia e a Convenção de Oviedo),
2
(anexo II), respondendo a todas as possíveis duvidas provenientes dos Encarregados e
Educação.
2.4 Ferramentas
Para ser possível a realização do trabalho de pesquisa, foi necessário utilizar:
• Blocos de foam;
• Placas de transposição;
• Trave de equilíbrio;
O aluno coloca-se em cima da trave para iniciar o teste efetuando a travessia de 325cm até
à plataforma anexada à trave. Tem a largura de 6cm e uma altura de 3cm. O aluno efetua a
travessia de costas. É contabilizada a distância em função do número de apoios na trave
que o aluno consegue percorrer num máximo de 3 tentativas. Tem como objetivo avaliar o
equilíbrio dinâmico.
São colocados blocos de foam (espuma) sobrepostos, com uma altura de 5cm. O teste
consiste em saltar com apenas um pé por cima dos blocos que se encontram orientados
transversalmente do ponto de visão do executante. Inicialmente são colocadas entre 5-7
blocos de espuma para o primeiro salto. Conforme o decorrer do teste, e o sucesso ao
longo do teste, é colocado sempre mais 1 bloco (mais 5cm de altura) e assim
progressivamente. São permitidas 3 tentativas em cada altura para executar o salto e é
3
permitida uma pequena corrida de balanço. Caso não haja sucesso na altura em que se
encontra é retirado um bloco até se detetar a altura máxima da criança. A tarefa é feita
para o pé direito como para o esquerdo. O objetivo é avaliar a adaptação do salto
monopedal em função do aumento progressivo da dificuldade.
2.6 Procedimentos
Os testes foram aplicados durante o tempo útil das aulas de educação física. Foi montado
um percurso com os testes previamente preparados e chamados dois a dois para a realização
do teste. Apenas um dos alunos realizou o teste enquanto o outro estaria a ajudar nas
contagens de tempo ou do número de repetição das tarefas do teste. Os alunos não serão
prejudicados relativamente ao tempo útil e de contacto com as aulas de Educação Física
(EDF) uma vez que é realizado o teste numa única instância naquele preciso dia.
4
3. Resultados
5
Tabela 3 – Comparação entre géneros e participantes praticantes de uma modalidade e não
praticantes
Pé Esquerdo Pé Direito
10
9
8
7
6
MÉDIA
5
4
3
2
1
0
Praticantes Não Praticantes
Gráfico 1 - Comparação entre praticantes e não praticantes nos saltos monopedais. Pé direito e pé
esquerdo
6
No gráfico 2 é comparado o sexo feminino e o sexo masculino em função dos
resultados obtidos para praticantes de uma modalidade nos saltos monopedais.
Pé Esquerdo Pé Direito
10,4
10,2
10
9,8
9,6
MÉDIA
9,4
9,2
9
8,8
8,6
8,4
Praticantes Feminino Praticantes Masculino
Gráfico 2 - Comparação entre praticantes dos dois sexos nos saltos monopedais
Pé Esquerdo Pé Direito
5,6
5,4
5,2
MÉDIA
4,8
4,6
4,4
Não Praticantes Feminino Não Praticantes Masculino
Gráfico 3 - Comparação entre não praticantes dos dois sexos nos saltos monopedais
7
No gráfico 4 estão representadas as diferenças entre os praticantes de uma
modalidade e não praticantes de qualquer modalidade, assim como, as diferenças em
ambos os pés na tarefa da transferência de plataformas do teste KTK.
10
9
8
7
6
MÉDIA
5
4
3
2
1
0
Praticantes Não Praticantes
9,8
9,6
9,4
9,2
9
MÉDIA
8,8
8,6
8,4
8,2
8
7,8
Praticantes Feminino Praticantes Masculino
Gráfico 5 - Comparação entre praticantes dos dois sexos nas transferências de plataformas
8
O gráfico 6 mostra os resultados em não praticantes de entre os géneros,
comparando ainda, ambos os pés na tarefa de transferências de plataformas.
7,2
7,1
7
6,9
MÉDIA
6,8
6,7
6,6
6,5
6,4
6,3
Não Praticantes Feminino Não Praticantes Masculino
Gráfico 6 - Comparação entre não praticantes de modalidades dos dois sexos na tarefa transferência
de plataformas
30
25
20
MÉDIA
15
10
9
O gráfico 8 mostra os resultados na tarefa de equilíbrio entre praticantes femininos
e praticantes masculinos.
24,55
24,5
24,45
24,4
24,35
MÉDIA
24,3
24,25
24,2
24,15
24,1
24,05
Praticantes Femininos Praticantes Masculinos
9,85
9,8
9,75
9,7
9,65
MÉDIA
9,6
9,55
9,5
9,45
9,4
9,35
Não Praticantes Feminino Não Praticantes Masculino
Gráfico 9 - Comparação entre não praticantes sexo feminino e não praticantes sexo masculino na
tarefa de equilíbrio à retaguarda
10
No gráfico 10 são apresentados os valores referentes à tarefa dos saltos laterais.
35
30
25
20
MÉDIA
15
10
0
Praticantes Não Praticantes
Gráfico 10 - Comparação entre praticantes e não praticantes de uma modalidade na tarefa saltos
laterais
35
30
25
20
MÉDIA
15
10
0
Praticantes Feminino Praticantes Masculino
Gráfico 11 - Comparação entre praticantes dos dois sexos na tarefa saltos laterais.
11
O gráfico 12 representa os valores quando comparando os participantes que não
praticam qualquer modalidade, entre o sexo feminino e o sexo masculino.
16,15
16,1
16,05
16
MÉDIA
15,95
15,9
15,85
15,8
Não praticantes Feminino Não Praticantes Masculino
Gráfico 12 - Comparação entre não praticantes femininos e não praticantes masculinos nos saltos
laterais
4. Discussão
Analisando os dados, é percetível que o grupo das crianças praticantes tem melhores
resultados relativamente ao grupo das crianças que não praticam qualquer atividade para
além das aulas de Educação Física, sendo visível com maior discrepância nas tarefas de
Equilíbrio à Retaguarda e Saltos Laterais.
Apesar de haver uma alteração fase aos valores obtidos nas quatro tarefas, a mais
próxima entre os dois grupos foi na tarefa Transferência de Plataformas.
Segundo Lopes (1997), após uma análise da capacidade motora em 100 crianças dos 10
anos de idade, utilizando também a bateria de testes KTK, onde seriam avaliadas durante
todo ano letivo, avaliando-as em três momentos (períodos). Os participantes foram ainda
sujeitos a um grupo experimental do qual teriam aulas de educação física, como programa
suplementar, com sessões de 50 minutos. Esta adição de aulas tinha como objetivo a
compensação de maus níveis de postura e coordenação motora. Após a utilização do teste
KTK, no final do ano letivo, verificou-se que, de facto, o grupo experimental tinha obtido, de
12
forma geral, melhores resultados que anteriormente. Lopes, ainda permitiu confirmar que
as crianças que tinham estas aulas adicionais, tinham diferenças significativas em relação às
crianças que frequentavam o programa oficial (apenas duas aulas semanais), tendo no final,
comprovado que as crianças que estavam inseridas no programa alternativo (3 aulas
semanais) tinham melhorado face às crianças com apenas 2 aulas semanais.
Do mesmo modo, Mota, em 1991, foi quem originou a ideia de aulas complementares a
fim de promover melhores níveis de postura e coordenativos das crianças com idades
compreendidas entre os 10 e 11 anos, obtendo exatamente os mesmos resultados de
progresso na coordenação motora do grupo experimental.
A diferença entre os géneros é visível ao longo do estudo, sendo que seria esperado,
como em muitos estudos realizados anteriormente, que o dimorfismo sexual fosse
beneficiado pelo sexo masculino (Willimczik, 1980 e Lopes, 2003), contudo tal não se
verifica no presente estudo. Ambos os sexos apresentam resultados idênticos ao longo do
estudo, quer entre praticantes ou entre não praticantes, e por vezes, o sexo feminino
apresenta valores superiores.
No que diz respeito aos resultados das várias modalidades no sexo masculino, Gráfico
5, os valores obtidos apresentam uma maior oscilação. Relativamente às transferências das
plataformas, a Natação apresenta o melhor resultado. Face aos saltos laterais, o
Basquetebol e o Boxe obtiveram os melhores resultados. O Taekwondo apresenta a melhor
pontuação nos saltos monopedais, sendo que o Voleibol, o Basquetebol, e o Andebol,
apresentam resultados muito semelhantes entre si e, por último, no equilíbrio à retaguarda
o Voleibol tem resultados significantes relativamente às outras modalidades.
Badillo e Ayestarán (2001) definem potência como a aplicação de uma força em função
de uma velocidade de execução. Esta ideia é aplicada na tarefa dos saltos monopedais
(Gráficos 6,7 e 8), que, de acordo com os resultados obtidos, exigem uma elevada
capacidade técnica e ainda uma forte impulsão dos membros inferiores. Estas capacidades
são frequentemente desenvolvidas em modalidades como o Voleibol, Andebol e
Basquetebol.
Na tarefa dos saltos monopedais, existe alguma discrepância nos resultados, uma vez
que é um elemento da bateria de testes que exige muito a capacidade técnica de execução,
aumentando assim a dificuldade na sua realização. Contudo, Braga (2007) afirma que esta
componente coordenativa pode ser melhorada com apenas 15 minutos semanais seguido
de um programa intenso, conforme as limitações de cada indivíduo. Os resultados
apresentados (Gráficos 6,7 e 8) indicam que o grupo de crianças que praticam modalidades
têm maior capacidade de execução técnica e de impulsão a um pé. De acordo com o
Gráfico 7, é obtida uma diferença entre os pés usados, sendo que os melhores resultados
são destinados aos pés preferenciais, neste caso, o pé direito. Contudo, em crianças que
não praticam modalidades, os resultados são ligeiramente contrários: no sexo masculino
não apresentam preferência no membro inferior, e, no sexo feminino, o pé preferido foi o
direito, provando que, de forma geral, não existe uma lateralização excessiva.
5. Limitações do Estudo
O presente estudo apresenta algumas limitações que podem justificar alguns resultados
de serem menos assertivos, provenientes do material utilizado.
O mesmo se aplica às placas de foam (espuma), utilizadas nos saltos monopedais. Estas
apresentam menor comprimento que o suposto, pelo que também limitou a recolha de
dados, uma vez que os participantes, por vezes, executavam incorretamente o salto,
passando frequentemente com um dos pés ao lado das placas de foam.
6. Conclusão
Após a análise dos resultados obtidos, é possível encontrar algumas diferenças ao longo
das quatro tarefas que constituem o teste KTK. Comparando os grupos experimentais,
crianças que praticam modalidades e crianças que não praticam, podemos concluir que as
que são praticantes de atividades extracurriculares, possuem melhores níveis de
desenvolvimento motor em relação às não praticantes, sendo transversal a todas as tarefas
da bateria de testes KTK.
15
Em referência às modalidades praticadas, estas possuem um grande peso no
desenvolvimento motor das crianças, assim como a especificidade motora desenvolvida pela
criança, isto é, a prática de uma modalidade irá ter influência, em função dos estímulos nela
inseridos, numa determinada tarefa.
O mesmo se aplica aos saltos laterais, que teve como melhores resultados o Karaté, dada
a capacidade ágil e precisa dos membros inferiores na prática da modalidade.
16
7. Referências
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Cubana de Medicina Militar, 46(4).
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crianças. Phorte.
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Idade) da Região Autónoma dos Açores. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto
3(1), 47-60.
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expressão da aptidão física, coordenação e habilidades motoras em crianças do
ensino primário. Instituto Politécnico de Bragança (Portugal).
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das principais variáveis influenciadoras. Revista Paulista de Pediatria, 37, 372-381.
Pacher, L. A. G., & Fischer, J. (2003). Lateralidade e educação física. Revista Leo-nardo
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Desenvolvendo a coordenação motora no ensino fundamental. São Paulo: UNESP.
Ribeiro A., David A., Barbacena M., Rodrigues M., França N., Teste de Coordenação
Corporal para Crianças (KTK): aplicações e estudos normativos. 2012, vol. 8, n. 3, pp.
40-51.
18
7. Anexos
19