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FACULDADE DE SINOP
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Sinop/MT
2019
1
Sinop/MT
2019
_____________________________________________
PROF
Professor Orientador Hercules Costermani
Departamento de Educação Física - FASIPE
______________________________________________
Professor (a)
Departamento de Educação Física - FASIPE
________________________________________________
Professor (a)
Departamento de Educação Física - FASIPE
_________________________________________________
Me. Claudemir Gomes Da Cruz
Coordenador do Curso de Bacharel em Educação Física
FASIPE – Faculdade de Sinop
Sinop/MT
2019
3
DEDICATÓRIA
III
4
AGRADECIMENTOS
IV
5
Arthur Schopenhauer
V
CAMASSOLA; Jefferson Buratto. Lesões musculares no futebol - Um estudo
6
RESUMO
VI
CAMASSOLA; Jefferson Buratto. Muscle Injuries in Football - A Comparative Study
7
ABSTRACT
The large occurrence of muscle injuries in soccer players has become frequent and worrying,
and produces direct complications in the sports performance of the athletes and consequently
of the team they serve. The production of this study is based on the selection and analysis of
the bibliographic information already produced, which showed that the thigh and the knee are
the most affected anatomical regions. Bibliographic data revealed that the thigh is the
anatomical region where most muscle injuries occur. In general, the most common muscle
injuries in soccer are classified as bruises and tears, the latter occurring in muscles that work
in more than one joint, the bi-joint muscles. In addition, we found that hamstring rupture has
the highest recurrence rate. Prevention involves the performance of a trained professional, the
physical trainer, who in addition to establishing preventive measures, such as strength and
flexibility training, and knowing the means of prevention. Upon recovery and before returning
to competition, the player must undergo functional tests to assess his readiness.
VII
LISTA DE QUADROS
8
VII
LISTA DE GRAFICOS
9
IX
10
SUMÁRIO
1. Introdução.....................................................................................................................11
1.1 Justificativa...................................................................................................................12
1.2 Problematização............................................................................................................12
1.3. Objetivo Geral...............................................................................................................13
1.3.1 Objetivos Especificos....................................................................................................13
2. REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA..................................................................................14
2.1. O futebol........................................................................................................................14
2.1.1. Definição de lesão no futebol........................................................................................15
2.1.2. Tipo, localização e gravidade das lesões no
futebol.......................................................16
2.2. Lesões na
coxa...............................................................................................................21
2.2.1. Considerações anatómicas e funcionais dos músculos da
coxa......................................21
2.2.2.
Corrida...........................................................................................................................21
2.2.3. Contato com a bola........................................................................................................23
2.2.4. Salto e cabeceio.............................................................................................................24
2.3. Tipo de lesões na
coxa...................................................................................................23
2.3.1. Contusões......................................................................................................................25
2.3.2. Principais lesões musculares e classificação.................................................................26
2.4. Prevenção de lesões no
futebol......................................................................................29
2.4.1. O papel do treinador e do prepador
físico......................................................................29
2.4.2. Os fatores de riscos intrínsecos e
extrínsecos................................................................30
2.4.3. Treino da força na prevenção de
lesões.........................................................................33
2.4.4. Treino da flexibilidade na prevenção de
11
lesões.............................................................35
2.4.5. Treino proprioceptivo na prevenção de lesões..............................................................36
3. METODOLOGIA.........................................................................................................38
3.1. Tipo de Pesquisa............................................................................................................38
3.2. Abordagem....................................................................................................................39
3.3. Amostra de estudo.........................................................................................................40
3.4. Coleta de
dados..............................................................................................................40
4. ANALISE E DISCUSSÕES.........................................................................................41
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................47
BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................... 49
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
Assim, as lesões retiram os atletas dos jogos e das temporadas, alguns fatores
predispõem os atletas a lesões, como fatores intrínsecos e extrínsecos.
De acordo com Souza (2011), uma lesão no futebol é definida como qualquer tipo de
ocorrência sofrida por um jogador, em competição ou treino, que o force a interromper a sua
atividade e o impossibilite de participar de pelo menos um jogo ou treino. Passos (20017)
completa, nos dizendo que a lesão do jogador de futebol será todo dano físico observado ao
longo de uma temporada desportiva ou acometida durante um treino ou competição.
O bom desenvolvimento e desempenho no futebol depende de fatores tanto
táticos/técnicos quanto físicos e psicológicos. Um bom profissional necessita de uma
capacidade física elevada, entender os aspectos táticos e técnico, ter um autoconhecimento
das suas capacidades físicas e mentais para ter um bom desenvolvimento.
Surgiu da necessidade de investigar as lesões mais acometidas no futebol através de
dados compartilhados por instituições que regem o futebol, bem como contribuir para a
melhoria na prevenção. Muitas vezes a carreira dos atletas é prejudicada e até mesmo
interrompida precocemente devido a lesões. A pesquisa é de suma importância, pois sabendo
quais lesões são mais incidentes, podem-se tomarem medidas preventivas para diminuir a
incidência das lesões.
1.1. JUSTIFICATIVA
Cada vez mais, vemos uma maior exigência competitiva no futebol, associada à
importância de um jogador a sua equipe, isso faz com que muitas vezes tenha uma pressão
intensa quanto a recuperação do mesmo, podendo muitas vezes, logo após a recuperação
acelerada, este sofre uma nova lesão, fazendo com que a equipe perca por mais tempo.
Conhecer as principais lesões que acometem os jogadores de futebol é de suma
importância para o profissional que deseje trabalhar com esta vertente da educação física,
entender os mecanismos que compõem a lesão, e entender os meios para evita-las são dados
necessários.
Segundo Emery, Meeuwisse e Hartmann (2006) grande maioria dos estudos são
realizados em categorias de base ou com times que não são dá primeira divisão do
campeonato brasileiro, algo que tem bastante relevância de acordo com time da primeira
divisão, possuem maior número de lesões, comparado a outras divisões.
Sendo assim, um estudo especifico no futebol profissional brasileiro, da primeira
divisão, se faz necessário para mapear os casos mais frequentes e recorrentes de lesões, e
13
comparar com o futebol europeu, visto que o futebol europeu tende a ter uma melhor base de
prevenção e recuperação de lesões no esporte.
1.2. PROBLEMATIZAÇÃO
1.2. OBJETIVOS
CAPÍTULO II
REVISÃO DE LITERATURA
2.1. O futebol
Segundo Oliveira (2012), a prática do futebol não era considerada um esporte entre os
séculos XVI e meados do XIX, uma vez que praticar esportes era uma atividade exclusiva da
nobreza, que tinha preferência por outras atividades, tais como a prática do arco-flecha e
equitação.
O futebol foi durante muitos anos praticado apenas pela classe camponesa, e vista
como atividade vulgar pela nobreza inglesa.
A marginalização na Inglaterra, segundo Helal (1997), seguiu até por volta de 1870,
quando em plena era vitoriana os trabalhadores conquistaram o direito a folga nas tardes de
15
sábado, que seriam ocupadas pela prática do então novo esporte que havia sido recém
regulamentado.
E em 1894, o futebol chega ao Brasil:
Como consequência destes desencontros por parte dos pesquisadores, se tornou difícil
fazer comparações com estudos já realizados nas décadas passadas. Massada (2001), diz que
apenas através da uniformização e sistematização dos métodos se poderá comparar
corretamente os estudos e avançar no conhecimento sobre este tema.
Sobre as definições especificas de lesão no futebol, muitos autores concordam com a
definição de que a lesão no futebol é caracterizada como um incidente ocorrido ao longo da
época ativa do atleta, durante um jogo ou treino, obrigando o atleta a abandonar a atividade
por determinado tempo e consultar um médico.
Larson et al. (1996) sugeriram que só fossem consideradas as lesões que obriguem ao
atleta a parar pelo menos uma semana. Sendo assim, lesões onde a recuperação acontece em
um curto espaço de tempo, não são contabilizadas.
Para Soares (2007), lesão no futebol é todo o tipo de ocorrência, de origem traumática
ou de sobre uso, que resulta numa incapacidade funcional, obrigando o jogador a interromper
a sua atividade, não participando em, pelo menos num treino ou jogo.
No quadro seguinte, podemos ver a distribuição dos vários tipos de lesão no futebol e
o seu grau de gravidade.
Lesão ligamentar 28 16 7 5
Lesão muscular 24 17 5 2
Contusão 20 15 5 0
Lesão de tendão 18 9 7 2
Fraturas 4 1 1 2
Deslocação 2 0 2 0
Outras 4 4 0 0
Total 100 62 27 11
Quadro 1: Diferentes tipos de lesão no futebol (adaptado de Ekstrand, 2003)
Segundo a análise do quadro feita por Ekstrand (2003), podemos observar facilmente
que as lesões ligamentares (29%) e as roturas musculares (23%) são as mais frequentes, a par
das contusões (20%).
Gonçalves (2000), ao analisar a localização destas lesões verificou que a coxa é a
região anatómica mais afetada, com 60,8% de todas as lesões ocorridas no membro inferior.
Analisando as lesões ocorridas nos grupos musculares quadríceps e isquiotibiais
separadamente, observou- se que o primeiro contou com 15,2% da totalidade das lesões,
enquanto que o grupo muscular dos isquiotibiais registou 45,6% da totalidade das lesões
registradas.
Ekstrand (2003) também constatou que a coxa e o joelho são as regiões anatómicas
onde ocorre o maior número de lesões e ordenou os vários tipos de lesões de acordo com três
categorias de gravidade.
De acordo com o mesmo autor:
18
Período preparatório 19 13 32
Fase de grupo 5 32 37
Jogo Final 1 7 8
Mas a lesão no futebol nao esta somente restrita aos membros inferiores, elas podem,
segundo Reilly (2003), ocorrer lesões na cabeça, tronco e membros superiores, no entanto as
lesões mais frequentes, de uma forma geral, são dos membros inferiores e com maior
incidência na coxa.
Segundo Soares (2007), as lesões musculares que ocorrem através de um contato
durante o jogo, tendem a tirarem por menos tempo o atleta dos jogos, do que as lesões se
contato.
Este enorme número de lesões é decorrente de um alto grau de exigência que o futebol
necessita, o recrutamento muscular e mudanças de força e velocidade tendem a serem
inconstantes e variadas, desgastando a musculatura e propiciando as lesões.
19
Ficou unanime entre os autores acima, já que todos tiveram resultados quase idênticos
em relação às lesões que mais acometem o jogador de futebol profissional. Podemos destacar
também que as três lesões mais frequentes, praticamente entre todos os autores, foram na
coxa, ruptura de ligamento de joelho e torção articular no tornozelo. Esses dados confirmam a
necessidade de uma maior preocupação quanto às lesões no futebol.
Esses grupamentos musculares, formam a parte mais acometida por lesões, pois são as
mais exigidas, pois são os músculos bases de toda a funcionalidade de movimentos no
futebol: corrida, chutes, passes, saltos, etc.
2.2.2. Corrida
Um dos comportamentos mais observados nos futebolistas em competição é, sem
dúvida, o deslocamento através da corrida. Os jogadores de futebol percorrem em média
distâncias superiores a 10 km por jogo (Bangsbo, 2002).
De acordo com Soares (2005), a corrida pode ser dividida em duas fases: A fase de
apoio, onde o pé está em contato com o solo e a fase de suspensão, quando o pé perde o
contato com o solo.
Inicialmente dá-se a extensão da perna de apoio com grande força, tanto ao nível do
quadril, bem como ao nível do joelho e do tornozelo. Ao iniciar a fase de suspensão,
o pé deixa o contato com o solo, e as articulações do quadril e do joelho estão em
extensão. Neste momento, os músculos isquiotibiais assumem um papel importante
na extensão do quadril. A recuperação da perna é conseguida, para além da ação dos
músculos isquiotibiais na flexão do joelho, pela ação dos músculos quadríceps na
flexão do quadril. Na preparação para o contato com o solo, o quadril está
flexionado e o joelho em ligeira flexão. Os isquiotibiais e os quadríceps asseguram a
extensão do quadril e do joelho respectivamente. Estes grupos musculares
asseguram a estabilidade do joelho quando o peso do corpo do jogador se encontra
sobre o membro inferior de apoio (SOARES, 2005).
Sendo assim, mesmo uma atividade simples como a corrida, um fundamento básico de
todos os esportes e do nosso dia a dia, pode ser uma causa de lesão no esporte, mais
precisamente nos esportes com bola sendo conduzidas pelos pés, ja que o cuidado se torna
muito mais elevado que esportes que a bola não está em contato com o solo e os pés.
2.2.3. Contato com a bola
Howe e Hanchard (2003) fazem uma análise sobre o movimento do remate, que após a
preparação do remate, em que o membro inferior se desloca para trás, através da ação dos
músculos da face posterior da coxa na extensão do quadril e flexão do joelho, a fase de
aproximação ocorre pela flexão do quadril levada a cabo pelo músculo quadríceps. Depois
disso, verifica-se uma controlada desaceleração da coxa pela ação dos isquiotibiais, e uma
forte extensão do joelho através da ação dos músculos da face anterior da coxa.
Frade (2004) completa falando que o bíceps femural estende a perna para trás ao
contrair-se (flexão do joelho), enquanto que o músculo anterior da coxa (reto anterior) se
alonga durante o movimento. O mesmo sucede quando se arma ou se prepara para a
realização de um remate forte. Aquando da realização do remate, acontece exatamente o
inverso, ou seja, o músculo anterior da coxa se contrai (extensão do joelho), enquanto que o
bíceps femural se alonga.
24
Seguidamente, de acordo com Howe e Hanchard (2003), verificam-se potentes contrações dos
mesmos grupos musculares ao elevar o centro de massa pela extensão da anca e joelhos.
O ato de saltar e cabecear a bola exige, de acordo com Frade (2004) um trabalho
coordenado e forte dos seguintes grupos musculares:
a) Músculos do dorso;
b) Músculos do quadril;
c) Músculos isquiotibiais;
d) Os abdominais;
e) Os flexores do quadril;
f) Os extensores do quadril.
Este tipo de salto recebe o nome de salto na passada, caso haja a necessidade de
realizar uma passada antes de se realizar o salto. No entanto, caso o movimento
implicado necessite de um número de passadas superior à três, a velocidade tornar-se-
á tal, que a melhor forma de realizar o salto será sobre uma perna. Utiliza-se a
velocidade e uma flexão da perna inferior como forma de compensar (Frade, 2004).
Muitas vezes, associa-se com alguma frequência a força e a altura do salto. Esta
equação, segundo Frade (2004), revela-se incompleta e como tal carece de ser completada por
26
2.3.1. Contusões
De acordo com Gonçalves (2000), as contusões fazem parte da lista das lesões mais
comuns no futebol. Esta lesão é definida como sendo uma lesão muscular fechada,
desencadeada pela ação de um vector externo contundente ou atuando como tal (Massada,
1989). O mesmo autor afirma que é uma lesão extremamente frequente em desportos
coletivos e naqueles onde existe o contato físico.
Massada (1989) afirma que as contusões resultam na maior parte das vezes da ação
localizada e concentrada de uma força traumática desencadeada pela ação do adversário. Por
outro lado, Soares (2007) afirma que está lesão é sofrida quando o músculo é comprimido
27
A fase de destruição é caracterizada pela ruptura e necrose das fibras musculares, que
se segue à formação de um hematoma entre os cotos musculares rompidos e a reação
de células inflamatórias.
Uma vez que a fase de destruição tenha diminuído, a reparação efetiva do músculo
lesado inicia-se com dois processos concomitantes: a regeneração das fibras
musculares interrompidas e a formação de uma cicatriz de tecido conjuntivo.
Dentro do primeiro dia, as células inflamatórias, incluindo fagócitos, invadem o
hematoma e começam a eliminar o hematoma. Fibrina derivados do sangue e
fibronectina ligação transversal para formar tecido de granulação precoce, que age
como um andaime e local de ancoragem dos invasores fibroblastos. A cicatriz de
tecido conjuntivo produzida no local da lesão é o ponto mais fraco do músculo
esquelético lesionado logo após o trauma, mas a sua tensão aumenta
consideravelmente a força com a produção do colágeno tipo I.
A restauração do suprimento vascular à área lesada é o primeiro sinal de regeneração e
um pré-requisito para a recuperação morfológica e funcional posterior dos músculos
feridos (JÄRVINEN ET AL., 2005).
Commandre et al. (1982) ainda classifica a lesão muscular em leve, moderada e grave,
sendo a contusão leve, as dores são localizadas no pronto do trauma direto, mas não
dificultam a mobilização do joelho. Já a contusão moderada, as dores são intensas,
localizadas, mas com algum sinal de difusão, aumento pronunciado da coxa, postura antálgica
em semiflexão do joelho, com amplitude de movimento menor que 90°. E a contusão grave,
as dores são intensas, localizadas, com algum sinal de difusão, impotência funcional e postura
antálgica, com mobilidade do joelho menor do que 45°.
O atleta deve ser retirado imediatamente do campo de competição se a lesão for
moderada ou grave.
Algumas atividades, segundo Cohen e Abdalla (2003), são tidas como verdadeiras
armas que atuam na redução de lesões com alongamentos antes e depois da atividade física,
porem ainda tem sua validade contestada em alguns estudos.
O fortalecimento da musculatura dos adutores e da musculatura dos isquiotibiais
ajudou a reduzir o número de lesões musculares em atletas (Herbert, Gabriel, 2002).
Croisier et al. (2008), dizem que assimetria de força muscular é responsável por lesões
30
profissional passa por várias etapas e entre elas está a definição do conceito de equipe que se
pretende, a política necessária para operacionalizar a sua formação e finalizando com o
planejamento de trabalho que envolve a atuação técnica dos profissionais.
Nessa perspectiva, as etapas de treinamento devem ser englobadas e entendidas de
forma integral, e interativa pelo treinador e o preparador fisico no processo da performance.
Assim, segundo Medina et al. (2000) temos seis etapas para serem concretizadas:
A definição de conceito de futebol, para o clube, segundo Silva (2002), passa pela
política de geração dos recursos e pelo planejamento de trabalho, facilitando o
desenvolvimento da atividade em linhas gerais. Ou seja, Silva (2000) afirma que é do clube a
responsabilidade pela composição de um grupo de atletas qualificados técnica e atleticamente,
até a interação das situações operacionais e estruturais no processo que protagoniza a
performance no futebol e potencializa o êxito no desenvolvimento do trabalho do treinador de
futebol.
Nesse mundo do futebol, onde as lesões são tão comuns, não deveriam, a figura do
preparador físico ganhou destaque, pois o mesmo trabalha a composição dos treinamentos,
visando o aumento da performance dos atletas e consequentemente aumentando a sua
resistência a lesões, aumentando assim a sua vida ativa no esporte.
O preparador físico começou a ocupar espaço no futebol profissional, conforme
observa Medina (1999), a partir da década de 50, porque era cada vez mais sentida a
necessidade de um especialista que se encarregasse da preparação física dos jogadores, devido
à exigência rotineira de conhecimentos mais detalhados nessa área.
32
O sucesso naquela competição determinou que não apenas o preparador físico, mas
também os outros integrantes da comissão técnica – como o médico – começassem a
se especializar, fazendo com que ações antes centralizadas no treinador, passassem a
ficar divididas com outros profissionais (MEDINA, 1999).
Como qualquer atividade desportiva, o futebol possui risco de lesão. De acordo com
Massada (2001) a quantificação da ocorrência de lesões traumáticas sofridas pelos
desportistas é feita usando dois índices: Incidência e Prevalência:
A incidência é uma medida descritiva de novos casos de lesões surgidos numa dada
população e por determinado período de tempo, enquanto a prevalência representa
uma avaliação da manifestação desta lesão num período ou ponto específico de tempo
(Massada, 2001; Massada, 2003).
Internos Externos
Idade Tensão
Sexo Nível de competição
Morfologia Corporal Nº de jogos e recuperação
Estado de saúde Estágios
Técnica Proteções e calçados
Alterações Anatómicas Tipo de piso
Estabilidade articular Concepção Táctica
Agilidade Coordenação Arbitragem
Força Condições atmosféricas
Flexibilidade
História de lesão prévia
Personalidade
Quadro 4: Fatores de Risco, internos e externos, de lesão no futebolista
Fonte: Soares, 2007.
34
energia” sem comprometer a integridade destas estruturas (Soares, 2007). Neste sentido, ter
uma falta de elasticidade pode aumentar os riscos de lesões, embora não seja
cientificamente comprovado.
Existe uma maior facilidade de aparecimento de lesões em indivíduos com histórias
de lesões anteriores (Costa e Silva, 1965). Segundo Soares (2007), aproximadamente 15% a
30% das lesões em futebolista são recorrentes. E a motivação desempenha um papel
primordial na performance do jogador, bem como na prevenção de lesões (Massada, 2001).
Os fatores de riscos extrínsecos são responsáveis por uma boa porcentagem de
lesões no futebol. Esses fatores são inerentes a vontade do indivíduo, pois ele não as pode
controlar.
Segundo Ekstrand (2004), o risco de lesão aumenta com o nível competitivo, pois
jogadores profissionais passam mais tempo treinando e a jogando do que os jogadores
amadores, sendo assim, eles possuem um risco maior de se lesionarem.
De acordo com Soares (2007), no futebol atual é um fenômeno televisivo, um
fenômeno que se caracteriza por um número excessivo de jogos com tempos de
recuperações inadequadas. Com a soma de alterações emocionais, evidencia um alto risco
de lesão.
CAPITULO III
METODOLOGIA
41
3.2 Abordagem
O presente trabalho teve uma abordagem de pesquisa quantitativa e qualitativa, onde
buscou produzir um levantamento de dados que serão quantificados em informações mais
detalhadas sobre a incidência de lesões em jogadores de futebol profissional.
Sobre isso, Fonseca (2002), esclarece que:
42
CAPITULO V
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
44
Os dados do grafico 1 mostra que foram detectadas 299 lesões no decorrer dos 380
jogos do Campeonato Brasileiro de 2016.
Notamos que as lesões na coxa lideram a lista, com 127 ocorrências ou 42,47% do
total de lesões. Os lances envolvendo a cabeça do jogador vêm em seguida. Segundo a CBF
(2017), foram 29 lesões na cabeça/face, sendo 11 delas de concussão cerebral, a mais
perigosa, sendo estes dos dados mais alarmantes.
45
Desdes dados, a CBF (2017), separou as lesões mais frequentes, segundo o local de
ocorrencia. Na coxa vemos as lesões no isquitibiais como as mais frequentes, com 68 lesões
no total, seguida da lesão no adutores, com 25 lesões, no quadriceps, 19, e no biceps femural
tivemos 7 ocorrencias de lesões. Outros locais totalizaram apenas 8 lesões.
diferentes níveis.
Essa necessidade de força passou a requerer treinamento intensivo, provocando
esforços maiores das articulações, aumentando a tendência de lesão.
Quintana (2010) explica que o músculo da coxa se compõe de várias fibras que,
quando ocorre o movimento, escorregam umas sobre as outras. Se este movimento não for
harmônico ocorre um estiramento. E segundo Dutra e Teixeira (2010) os fatores que podem
levar ao estiramento são, dentre outros, deficiências de flexibilidade, fatores relacionados ao
treinamento e sobrecarga e fadiga muscular.
As lesões mais frequentes no futebol, segundo o Manual Merck (2010) são as
distensões dos tornozelos, distensões dos músculos da perna, fraturas, lesões do joelho e
cabeça.
50
CAPÍTULO VI
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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BADILLO, J.J.G.; AYESTARÁN, E.G. Fundamentos do Treinamento de Força: aplicação ao
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http://www.universidadedofutebol.com.br/2008/08/. Acesso em: 20 outubro de 2019.