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ODONTOLOGIA

Identificação Humana II
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IDENTIFICAÇÃO HUMANA II

ETAPAS
• Genérica;
• Específica:
– Ancestralidade;
– Sexo;
– Estatura;
– Idade;

• Individual.

É importante ressaltar que quaisquer conjuntos de características podem contribuir na


identificação humana, inclusive, a forma, a fonética, forma de se expressar e a forma de andar.
Sobre isso, é preciso compreender que, na antropologia forense, existem três etapas
no processo de identificação humana. Primeiro, há a etapa genérica, momento em que o
perito irá avaliar a espécie do que está examinando, pois pode ser de um homem ou animal.
A segunda etapa é a identificação específica, a qual possui quatro itens muito importantes,
sendo elas a ancestralidade, o sexo, a estatura e a idade. E, por último, o perito tentará dar
um nome à pessoa, ou seja, é a identificação individual, que envolve nome, CPF e RG.
Sendo assim, o primeiro passo é identificar se aqueles restos mortais são de pessoas ou
de animal. Caso não seja um ser humano, deve encaminhá-los para a medicina veterinária
forense. Lembrando que, na odontologia, identificam-se pessoas. Nesse sentido, pode ser
que tenha ocorrido um crime contra um animal, no entanto, o dentista não será chamado para
esse trabalho caso não seja um indivíduo da espécie humana.
Na sequência, segue a tétrade antropológica, ou seja, quatro características que o perito
tentará determinar com base nos restos mortais. Portanto, entre as características está a
ancestralidade, que alguns autores, como Genival Veloso de França, chamam de raça. Entre-
tanto, atualmente, o termo mais comumente utilizado é a ancestralidade geográfica, que cor-
responde a origem da pessoa e de onde os antepassados dela vieram.
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Isso está bastante relacionado ao fenótipo cor da pele. Por exemplo, existem grandes
grupos que são os caucasoides, isto é, os brancos europeus; os mongoloides, ou seja, os
amarelos asiáticos; e os negros africanos. E ainda há outros grupos mais distantes da reali-
dade brasileira, como os aborígenes da Austrália e o índio americano. Nesse sentido, o rele-
vante é entender que a ancestralidade é um fator a ser verificado nos restos mortais.
Outro ponto a ser identificado é o sexo. Por exemplo, quando há uma ossada, geral-
mente, é possível verificar se é feminino ou masculino. Nessa situação, trata-se de sexo
biológico, e não a orientação, preferência ou o sexo social que a pessoa apresenta. Além
disso, determinar a estatura, isto é, a altura da pessoa, também pode ajudar na identificação.
E, por fim, a idade do indivíduo deve ser determinada, se de uma criança, se é um feto, um
jovem, um adolescente, um adulto, um adulto sênior. Depois de fazer a identificação especí-
fica, é preciso fazer a identificação individual, quando se conclui que o cadáver é de deter-
minada pessoa.
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ESPÉCIE
• Morfologia dos ossos (inspeção visual);
• Microscopia (forma e quantidade dos Canais de Havers);
• Sangue (Técnicas de Teichmann, Uhlenhuth, Coombs etc.);
• Material Genético (DNA).

Por exemplo, se uma ossada é encontrada no mato, a primeira coisa que que se deve
determinar é a espécie. Em geral, é feito simplesmente se observando, pois a morfologia dos
ossos humanos é muito diferente em relação aos ossos animais. Sobre isso, são pouquís-
simos os ossos animais que têm uma conformação semelhante à dos ossos humanos. Por
exemplo, o fêmur, a tíbia, o crânio e a pelve são bastante diferentes. Vale citar que a claví-
cula de um animal raro se parece com a clavícula humana e poderia dar confusão. Contudo,
na maioria dos casos, com uma inspeção visual, o perito já consegue diferenciar a pessoa
do animal.
O segundo método, que aparece com certa frequência nas provas, é a microscopia.
Nesse caso, o perito leva o osso para o laboratório e analisa a forma, a quantidade e a dis-
posição dos Canais de Havers, que são as unidades básicas do osso. Nesse aspecto, nos
animais é diferente a forma/quantidade e a disposição em relação ao homem. Assim, se for
feito um exame de microscopia, se chegará a um resultado com base nos Canais de Havers.
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Pode ser feito ainda um exame de sangue, nessa hipótese, seguindo as Técnicas de
Teichmann, Uhlenhuth e Coombs. Ambas as técnicas podem ser utilizadas, pois existe um
padrão diferente nesses exames, os quais usam reagentes. Vale enfatizar que o sangue
humano reage de uma forma, enquanto, o sangue animal reage de outra forma na realização
desses exames laboratoriais. Já a última opção é o exame do material genético, em que o
DNA do ser humano se apresenta bastante diferente do DNA dos animais. Mesmo em rela-
ção aos primatas, esses possuem muitos marcadores diferentes de humanos.

Retomando ao exemplo em que foi encontrada uma ossada na margem do rio e estava
faltando o crânio e mandíbula. A suposição é que essas partes poderiam ter sido levadas
pela correnteza, em razão disso, foi feita uma expedição dentro do rio para tentar encon-
trar o resto.
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Durante a busca, a mandíbula foi encontrada e verificou-se que era uma mandíbula
animal. Observe a conformação da mandíbula, a quantidade de dentes, o tamanho e as pro-
porções. Diante disso, percebe-se que não é possível confundir uma mandíbula animal com
a mandíbula humana. Desse modo, na maioria dos casos, se resolve na prática por meio da
morfologia.

A imagem acima representa o crânio de um crocodilo.


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Por exemplo, se encontrasse apenas a parte do tronco da figura acima, poderia se con-
fundir com um feto ou uma criança. No entanto, corresponde a ossada de um morcego.
Porém, com a realização de um exame mais cuidadoso, seria possível identificar que não se
trata apropriadamente de uma ossada humana.
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É essencial destacar que os primatas apresentam muitas diferenças em relação a ossos


humanos. O primeiro exemplo corresponde a uma gorila fêmea, o do meio, a um gorila macho
e, por fim, à direita, a um ser humano. Não há como confundir, pois as diferenças são signi-
ficativas.
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A imagem acima, retirada do site Malthus.com.br, apresenta as diferenças de um fêmur


humano, acima, e um fêmur bovino, abaixo. Nesse caso, um perito odontolegista não pode
se confundir. Observe que as dimensões, as proporções, as projeções ósseas, a densidade
e o peso são diferentes para cada um.
Quadro 3.1 Canais de Havers
Características Homem Animal
Forma Elíptica ou irregular Circular
Diâmetro Superior a 3 Minm Inferior a 25 mm
Muito superior ao homem, che-
Número 8 a 10 por mm2
gando a 40 por mm2

No livro do professor Genival Veloso de França, ele dispõe o Quadro 3.1, que trata sobre
os Canais de Havers. Para fins de prova, esteja bastante atento as diferenças de forma, diâ-
metro e número entre o homem e o animal. Analisando as informações, será possível perce-
ber que a diferença é muito relevante.
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Dentes humanos
• Têm coroa e raízes no mesmo plano;
• Prismas de esmalte ondulados, paralelos, perpendiculares à dentina, com estrias
escuras transversais;
• Prismas – comprimento 2 Minm; largura 5 µ; distância 4 µ.

Em relação aos dentes, é importante salientar que os seres humanos são a única espécie
que tem as coroas e as raízes no mesmo plano. Já nos animais, apresentam coroas e raízes
muito inclinadas entre si. Nesse contexto, poderia se afirmar que há uma laceração na ponta
da raiz, mas o plano da raiz é o mesmo plano da coroa. Logo, até pode ter a dilaceração,
entretanto, a maior parte da raiz está no mesmo plano da coroa. Em geral, os dentes huma-
nos são assim, mas os dentes animais têm uma inclinação entre coroa e raiz.
Observe que prismas de esmalte ondulados, paralelos, perpendiculares à dentina e com
estrias escuras transversais são características exclusivas da espécie humana. Se ao anali-
sar no microscópio, percebeu-se que está diferente, trata-se de um animal.
Vale citar que, em provas recentes, algumas questões têm abordado o fato de que os
prismas de esmalte nos humanos têm cumprimento de dois milímetros, largura de cinco
micra e distância, entre eles, de aproximadamente quatro micra. Sendo assim, esteja bas-
tante atento a essas informações, pois, provavelmente, serão cobradas em prova.

ANCESTRALIDADE
• Medidas cranianas.
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Ao iniciar a identificação específica, primeiro, há a ancestralidade, a raça, isto é, a deter-


minação do fenótipo cor da pele. Gente. Para isso, faça uma pausa e, por meio do celular,
leia o QR code acima, o que irá direciona-lo para o site do professor Malthus Galvão. Ao
acessa-lo, será possível encontrar uma lista de pontos craniométricos, ou seja, são postos-
-chaves e fundamentais para a determinação das medidas cranianas.
Logo, os pontos localizados em diversas partes do crânio e da face também, irão contri-
buir na determinação de medidas e ângulos, os quais podem ser muito importantes, principal-
mente, na determinação da ancestralidade. Esses também são válidas para algumas outras
situações, como para a determinação do sexo, pois há alguns pontos que são bastante dife-
rentes entre homens e mulheres.
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A imagem acima apresenta dois crânios humanos de indivíduos de fenótipo cor da pele
muito diferentes um do outro. O indivíduo à esquerda era escandinavo da Dinamarca, que
veio ao Brasil fazer uma expedição e decidiu permanecer no país. No entanto, ele foi morto
e sua ossada foi encaminhada para o IML. Esse indivíduo era branco europeu, diante disso,
observe a conformação do crânio e da face.
Perceba a diferença de altura da face do indivíduo escandinavo em comparação com o
outro indivíduo, o qual tinha o fenótipo cor da pele mais miscigenado e tendente ao negro afri-
cano. Logo, há um indivíduo branco caucasoide à esquerda e um indivíduo negroide à direita.
Outras distinções podem ser vistas na forma das órbitas, na abertura poliforme, a abertura
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nasal, a conformação, a projeção e altura da mandíbula. Além disso, a altura da face também
é diferente, um é dolicofacial e, o outro, é braquifacial. Por isso, quando se está identificando
uma ossada, tenta-se estabelecer a ancestralidade, ou seja, se o indivíduo é mais tendente
as características do caucasoides, negroides, mongoloide, entre outras.

A imagem à esquerda, apresenta o indivíduo branco europeu e, à direita, o indivíduo mis-


cigenado brasileiro, com uma maior tendência a uma ancestralidade africana.

Aspecto/raça Caucasoide Negroide Mongoloide


Comprimento crânio longo/curto longo longo
Largura crânio estreito/largo estreito largo
Altura crânio alto baixo mediano
Largura face estreita/larga estreita muito largo
Altura face alta baixa alta
Formato Órbita angular/redonda retangular redonda
Largura nasal estreita larga estreita
Perfil facial reto protruso reto
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A tabela acima detalha muitas características importantes e que podem aparecer na


prova. Observe que, na primeira coluna, existem os aspectos como comprimento, largura e
altura do crânio, largura e altura da face, formato da órbita, largura nasal e perfil facial. No
que diz respeito ao comprimento do crânio, entenda que este é para trás, isto é, uma dimen-
são anteroposterior. Nesse ponto, o único que pode ter o cumprimento mais curto, o cauca-
soide, os demais são longos.
Em relação à largura do crânio, o caucasoide pode ser estreito ou largo, já dos negroides,
em geral, é estreito e, dos mongoloides, é largo. No que tange à altura do crânio, o cauca-
soide é alto, o negroide é baixo e mongoloide é mediano. Sobre a largura da face, o negroide
tem a largura estreita, o mongoloide é muito mais largo e o caucasoide, normalmente, tem
uma largura mais estreita e alta. Portanto, o caucasoide é dolicofacial, já o negroide é baixo
e estreito, ou seja, é braquifacial. Enquanto isso, o mongoloide apresenta uma face alta e, ao
mesmo tempo, larga, assim, corresponde a um meio termo.
Quanto ao formato da órbita, o caucasoide tem um formato mais arredondado e, em
alguns casos, até triangular. Por outro lado, o negroide tem as órbitas mais retangulares. No
entanto, o mongoloide se assemelha ao caucasoide, pois tem uma forma mais arredondada.
No que diz respeito à largura da abertura nasal, no caucasoide é estreita, lembrando que ele
é um dolicofacial. No caso do negroide, que é braquifacial, possui uma abertura mais larga.
Por fim, o mongoloide apresenta uma abertura também estreita. Em relação ao perfil facial,
o caucasoide é reto, o negroide é bem protuso e o mongoloide é reto.
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Nas imagens a seguir, esteja atento ao formato das órbitas.
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Nesse caso, as órbitas são mais arredondadas. Além disso, apresenta uma abertura
nasal muito mais pronunciada.

Essa fotografia apresenta órbitas com formato mais retangular. Diferente do exemplo
anterior, essa possui abertura nasal com uma certa medida e menor que a outra.

Na imagem acima, é possível observar o cumprimento e a dimensão anteroposterior do


crânio. Lembrando que existem crânios mais cumpridos e outros mais curtos, sendo que isso
pode definir a ancestralidade também. Bem como a protusão maxilar e mandibular podem
contribuir na determinação da espécie.
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VANRELL, J.P. ODONTOLOGIA LEGAL & ANTROPOLOGIA FORENSE (2002).

Esteja bastante atento e estude o livro de Vanrell, pois ele é um dos mais conhecidos e
famosos livros sobre esse tema. Portanto, a possibilidade de ser cobrado em prova é muito
alta. A figura acima apresenta o hipsicrânio, mesocrânio e o platicrânio, que corresponde à
relação entre a altura e o cumprimento. Nesse sentido, quem tem a menor altura em relação
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ao cumprimento é o platicrânio, que são os crânios fósseis. Já o mesocrânio está relacionado


aos caucasoides. Enquanto isso, os mongoloides e negroides se vinculam ao hipsicrânio, ou
seja, possuem o crânio mais alto.

Índice sagital (vertical lateral ou perfil)


Índice vertical Tipo de crânio Grupos étnicos
> 75,0 Hipsicrânio Mongolóides, negróides
75,0 – 69,0 Mesocrânio Caucasóides
< 69,0 Platicrânio Crânios fósseios

VANRELL, J.P. ODONTOLOGIA LEGAL & ANTROPOLOGIA FORENSE (2002).

Ainda de acordo com o livro de Vanrell, outra especificação de acordo com a altura da
face em relação a largura da face. Dentre as figuras, o dolicofacial é mais cumprido do que
largo, por outro lado, o braquifacial é mais largo do que cumprido em relação a face.
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Índice facial superior (índice prosopométrico)


Índice vertical Tipo de crânio Grupos étnicos
Caucasóides (europeus nórdi-
> 55,0 Dolicofacial cos, escandinavos), polinésios,
árabes)
55,0 – 49,9 Mesofacial Negróides africanos
Australóides, mongolóides
< 49,9 Braquifacial
(lapões), crânios fósseios

A figura acima, retirada do livro de Vanrell, trata sobre o ângulo maxilar. Observe que é
possível identificar os pontos craniométricos, nesse caso, o násio, o prostio e básio. Esses
ângulos também são muito utilizados na ortodontia, nessa situação, há a protusão maxilar.
Se tiver ângulo menor que 83 graus, são os prógnatos, que são africanos e australianos. Já
os ângulos intermediários são os mesognatos, isto é, os orientais. Por fim, quando há um
ângulo maior e mais próximo de 90 graus, corresponde aos ortognatos, ou seja, os caucasoi-
des europeus. Com isso, perceba que os negros africanos e os australianos aborígenes têm
uma protusão maxilar bastante pronunciada.
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Aspecto/raça Caucasoide Negroide


Largura mandíbula larga estreita
Ramo ascendente Alto e estreito Baixo e largo
mento proeminente plano
Arco dental V U

Em relação à mandíbula, as diferenças são relevantes entre os caucasoides e os negroi-


des. Nesse sentido, o caucasoide tem uma mandíbula mais larga e, o negroide, mais estreita.
Por isso, talvez haja a protusão maxilar e mandibular, pois os dentes ficam em um ambiente
mais estreito, logo, ficam mais protuídos.
O ramo ascendente da mandíbula do caucasoide branco europeu é um ramo alto e
estreito. Enquanto isso, o negroide tem um ramo baixo e largo, sendo um braquifacial. Lem-
brando que o caucasoide é dolicofacial. Além disso, o mento do caucasoide é proeminente,
isto é, mais pontudo. Em contrapartida, o mento do negroide é mais plano e quadrado, como
uma placa na mandíbula, por isso, não há a proeminência. Por fim, o arco dental do cauca-
soide é mais próximo do formato em “V” e o arco dental do negroide tem um formato mais
tendente ao “U” e é mais arredondado.

ANTROPOLOGIA FORENSE
Ancestralidade – Dentes
• Índice de flower:

(distância da mesial 4 até distal 8) x 100


Distância do básio até o násio

Outro ponto relevante é que, no que tange a ancestralidade, existe um índice chamado
de Índice de Flower. Esteja atento, pois os examinadores costumam cobra-lo em provas.
Nesse caso, o Índice de Flower serve para determinar a ancestralidade por meio dos dentes.
Sendo assim, é preciso medir da mesial do primeiro do dentre quatro, isto é, primeiro pré-
-molar superior esquerdo até a distal do terceiro molar superior esquerdo. Logo, multiplica-
-se essa distância por 100 e, depois, divide o valor encontrado pela distância do básio até o
násio, que são pontos craniométricos. A partir disso, encontra-se uma proporção.
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Microdontes Caucasoides < 41,9


Mesodontes Negroides mongoloides 42 a 43,9
Megodontes Australoides > 44

Nessa situação, os indivíduos que são microdontes, ou seja, têm dentes proporcional-
mente menores, quando o índice foi menor que 41,9, correspondem aos caucasoides. Já os
mesodontes são negroides e os mongoloides, isto é, os asiáticos. Sendo que, nesse caso, o
índice resulta entre 42 e 43,9. Porém, se o índice for maior que 44, está relacionado aos aus-
traloides, que são os megodontes, nos quais, os dentes têm um cumprimento médio distal
maior quando comparados a distância entre o básio e o násio.
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Em prova, é possível que a questão peça para calcular Índice de Flower e indique as
opções. Entretanto, é algo muito raro de acontecer. Em geral, as provas cobram o conceito
do Índice de Flower.

Couto, R.C. Perícias em Medicina Legal & Odontologia Legal (2011).

A partir da figura acima, observe que leucoderma corresponde ao fenótipo cor da pele
branca, ou seja, caucasoide. Enquanto isso, melanoderma é o fenótipo cor da pele negro,
isto é, o africano. Além disso, o faioderma é o indivíduo miscigenado, que seria um mulato
entre o branco e o negro.
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Em relação ao formato das cúspides dos dentes, o indivíduo caucasoide tem a forma das
suas oclusais mamelonada. Na sequência, o faioderma, que é o intermediário, tem a forma
intermediária. Enquanto, o melanoderma possui uma forma estrelada, de acordo com o pro-
fessor Couto, no seu livro Perícias em Medicina Legal & Odontologia Legal. Logo, é possível
determinar a ancestralidade por meio da oclusão dos dentes.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Paulo Ênio Garcia da Costa Filho.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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