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Medicina Legal

Identidade e identificação:
Antropologia médico-legal / Identificação policial e forense.
Professor: Gustavo Nogueira Cardoso - CRMMG 45.787
Médico Legista concursado (PC-MG)
Professor Universitário de Medicina Legal
Especialista em Medicina Legal e Perícia Médica - AMB / ABMLPM - RQE Nᵒ 45520
Especialista em Geriatria - AMB / SBGG - RQE Nᵒ 42935
Especialista em Medicina de Família e Comunidade - AMB / SBMFC - RQE Nᵒ 30816
Mestrando em Ciências da Saúde pela UFVJM

2º Semestre de 2022
Fonte: Acervo IML-BH
Fonte: Acervo IML-BH

Fonte: Acervo IML-BH

Fonte: Acervo IML-BH


Fonte: Acervo IML-BH
Identidade e Identificação

Termos mais comuns:


◦ Reconhecimento
◦ Identidade
◦ Identificação
Reconhecimento

◦ Ato de certificar-se, conhecer de novo, admitir como certo ou afirmar conhecer.

◦ Comparação leiga entre a experiência visual, auditiva, olfativa ou tátil vivenciada no passado
com a mesma experiência vivenciada no presente.

(“conhecer de novo”);

◦ Requer uma comparação psíquica de quem reconhece;

◦ Pode ser realizada por qualquer pessoa.


Identidade

• Conceitos:
- “É o conjunto de caracteres que individualiza uma pessoa ou uma coisa, fazendo-a distinta
das demais. É um elenco de atributos que torna alguém ou alguma coisa igual apenas a si
próprio.”
- “É a qualidade de ser a mesma coisa, e não diversa” (Dicionário Morais).
Identidade objetiva
• Permite afirmar tecnicamente que determinada pessoa é ela mesma por apresentar um elenco de
elementos positivos e mais ou menos perenes que a faz distinta das demais.
• Interação genótipo, fenótipo
e meio ambiente.
Identidade subjetiva

• A sensação que cada indivíduo tem de que foi, é e será ele


mesmo, ou seja, a consciência da sua própria identidade, ou do
seu “eu”.
• Esta é uma questão ligada à estrutura da personalidade.
Identificação
• Conceitos:
- Processo técnico-científico (preciso) pelo qual se determina a identidade ou o conjunto de
diligências cuja finalidade é levantar uma identidade.

- Baseada fundamentalmente em sinais físicos (elementos morfológicos) e/ou moleculares.


• Tipos de identificação:
- Identificação médico-legal e odonto-legal: feita por Médicos Legistas e Odonto-legistas.
- Identificação judiciária ou policial: independe de conhecimentos médicos.
É feita por peritos em identificação (Ex.: método datiloscópico >> papiloscopistas).
Fases fundamentais da identificação

◦ 1o registro
◦ 2o registro
◦ Comparação
(identificação propriamente dita)

Fonte: IML-BH
Fundamentos dos métodos de identificação

Elementos sinaléticos: sinais e dados utilizados na identificação.

Quatro requisitos fundamentais (Hygino):


1. Unicidade: ou individualidade, ou seja, que determinados elementos sejam específicos
daquele indivíduo e diferentes dos demais.
2. Imutabilidade: não mudam e não se alteram ao longo do tempo.
3. Praticabilidade: processo que não seja complexo, tanto na obtenção como no registro
dos caracteres (além do custo e adequação a parâmetros socioculturais).
4. Classificabilidade: é necessário certa metodologia no arquivamento, assim como
rapidez e facilidade na busca dos registros.
U.I.P.P.C. (França, 2011)
Cinco requisitos fundamentais (França):
1. Unicidade: ou individualidade, ou seja, que determinados elementos sejam específicos
daquele indivíduo e diferentes dos demais.
2. Imutabilidade: não mudam e não se alteram ao longo do tempo.
3. Perenidade: capacidade de certos elementos resistirem à ação do tempo, e que
permanecem durante toda a vida, e até após a morte.
4. Praticabilidade: processo que não seja complexo, tanto na obtenção como no registro
dos caracteres (além do custo e adequação a parâmetros socioculturais).
5. Classificabilidade: é necessário certa metodologia no arquivamento, assim como rapidez
e facilidade na busca dos registros.
Antropologia forense:
Identificação médico-legal
Atuação:

• Casos forenses
• Exumações
• Desastres de massa
• Expedições ao local de crime
• Estimativa de idade em indivíduos vivos
Antropologia forense: Identificação médico-legal
Objetivos do exame:
1. Espécie (determinação)
2. Raça / Etnia / Ancestralidade (estimativa) - Tipos étnicos
3. Sexo (determinação / estimativa)
4. Idade (estimativa) - Tipos: Intra-uterina e extra-uterina.
5. Estatura (estimativa)
6. Cronotanatognose - Tempo decorrido desde a morte.
7. Causa da morte
8. Identificação do cadáver
Espécie

Fonte: IML-BH
Espécie

Fonte: IML-BH
Espécie

X
Esqueleto de uma criança humana Esqueleto de um mico.
de 14 meses de idade.
Espécie

Fonte: IML-BH
Espécie
• Espécie:
Diferenças entres ossos de animais e ossos humanos.

Canais de HAVERS Homem Animais

Número Menor número Maior número


(8-10/mm²) ( Chega a 40/mm²)
Diâmetro + Largos. Geralmente + Estreitos.
superior a 25 μm* Inferior a 25 μm
Forma Elíptica ou irregular Circular

* No livro de Medicina Legal do França 11ª Ed. está escrito errado: 3μm.
Considerar então a correção da tabela acima.
Espécie
Espécie:
Diferenças entres sangue de animais e sangue humano.
1ª pergunta a ser respondida: “É sangue ?”
Cristais de Teichmann Técnica de Addler
Solução Ácido acético glacial Benzidina em álcool a 96°
+ calor para evaporação lenta ou em ácido acético
Característica do Cristais de forma rômbica, alongados, cor Cor azul-esverdeada que se
teste positivo de chocolate, isolados ou agrupados, ou transforma imediatamente em
em forma de charuto ou roseta. azul-intenso
Espécie
Espécie: Diferenças entres sangue de animais e sangue humano.
Identificação específica:
Mamíferos Outros vertebrados
Hemácias Anucleadas e Circulares Nucleadas e elípticas
Homem ≅ 7 micra

Humanos Observação:
Albuminorreação Sangue pesquisado Soro precipitante para o Qualquer soro preparado
ou Processo de + antígeno humano de animais passa a ser o
Uhlenhuth Soro preparado de “soro anti-homem.”
Método + confiável diversos animais*
*Soro de cobaias, cavalos,
bois e carneiros.
Raça / etnia (ancestralidade)

Método não métrico de


Estimativa da ancestralidade.

Hefner, 2009.
Raça / etnia (ancestralidade)
Método não métrico de estimativa da ancestralidade (Hefner):
11 características craniomórficas:
1. Espinha nasal anterior
2. Abertura nasal inferior
3. Largura interorbital
4. Tubérculo malar
5. Largura da abertura nasal
6. Contorno do osso nasal
7. Crescimento do osso nasal
8. Depressão pós-bregmática
9. Sutura supra-nasal
10. Sutura palatina transversa
11. Sutura zigomático-maxilar
Raça / etnia (ancestralidade)
5 tipos étnicos fundamentais: Ottolenghi classifica em cinco os tipos étnicos fundamentais.

• Tipo caucásico: Pele branca / trigueira; cabelos lisos / crespos, louros / castanhos; íris azuis/ castanhas;
contorno craniofacial anterior ovoide ou ovoide-poligonal; perfil facial ortognata e ligeiramente prognata.
• Tipo mongólico: Pele amarela; cabelos lisos; face achatada de diante para trás; fronte larga e baixa; espaço
interorbital largo; maxilares pequenos e mento saliente.
• Tipo negroide: Pele negra; cabelos crespos, em tufos; crânio pequeno; perfil facial prognata; fronte alta e
saliente; íris castanhas; nariz pequeno, largo e achatado; perfil côncavo e curto; narinas espessas e afastadas,
visíveis de frente e circulares.
• Tipo indiano: Tipo racial indefinido. Estatura alta; pele amarelo-trigueira, tendente ao avermelhado; cabelos
pretos, lisos, espessos e luzidios; íris castanhas; crânio mesocéfalo; supercílios espessos; orelhas pequenas; nariz
saliente, estreito e longo; barba escassa; fronte vertical: zigomas salientes e largos.
• Tipo australoide: Estatura alta; pele trigueira; nariz curto e largo; arcadas zigomáticas largas e
volumosas; prognatismo maxilar e alveolar; cinturas escapular larga e pélvica estreita; dentes fortes;
mento retraído; arcadas superciliares salientes e crânio dolicocéfalo.
Sexo

Fonte: Acervo IML-BH

Fonte: Acervo IML-BH


Fonte: Acervo IML-BH
Fonte: Acervo IML-BH

Fonte: Acervo IML-BH


Fonte: Acervo IML-BH

Fonte: Acervo IML-BH


Fonte: Acervo IML-BH

Fonte: Acervo IML-BH

Fonte: Acervo IML-BH


Sexo

• Tipos:
- Somático, morfológico, cromossomial, gonadal, cromatínico, da genitália interna, da genitália
externa, jurídico, sexo de identificação e o sexo médico-legal.

• Dimorfismo sexual:
- Dimensões e arquitetura das junturas e articulações, buscando adaptações:
- Eficiência mastigatória
- Deambulação
- Parto.
Características do crânio feminino e masculino:

Fonte: Acervo IML-BH Fonte: Acervo IML-BH


Características do crânio feminino e masculino:

Fonte: Acervo IML-BH Fonte: Acervo IML-BH


Características da pelve óssea feminina e masculina:
Idade

Morfologia da superfície sinfisial.


Adulto
Articulações costo-condrais
Subadulto Morfologia da superfície da face auricular do ilio
Feto Morfologia do acetábulo
Fechamento das suturas cranianas
Desgastes dentários
Formação da dentina esclerótica
Estatura
Métodos métricos:
- Fundamentam-se em uma relação matemática entre as dimensões ósseas lineares e
a estatura, associadas a um intervalo de confiança.
- Ossos mais utilizados: - Tábua osteométrica de Broca
◦ Fêmur - Tabelas de Étienne-Rollet
◦ Tíbia - Tabela de Trotter e Gleser
◦ Úmero - Tabela de Mendonça
- Tabela de Lacassagne e Martin

Multiplica-se o comprimento de um dos ossos longos pelo índice da tabela.


Antropologia forense: Identificação médico-legal
Processo em duas etapas:

1ª etapa – Reconstrutiva 2ª etapa – Comparativa


Perfil Biológico: Fatores Individualizantes:
- Raça (Ancestralidade) - Variações Anatômicas
- Sexo - Patologias
- Idade - Osteobiografia
- Estatura - Confronto: cadáver post mortem x ante mortem (suposto)
Exame Antropológico Forense: Médico-legal e Odonto-legal
- Método datiloscópico
- DNA
Antropologia forense: Identificação médico-legal

Identificação por radiografias:


- Frequentemente usadas são:
- Radiografias da face (contornos dos seios frontais e maxilares)
- Crânio (Ex.: marcas vasculares correspondentes à ramificação da artéria meníngea média)
- Ossos (próteses, malformações, placas metálicas e consolidações viciosas)
- Dentes / Elementos dentários.
- Não importa o tempo decorrido entre os dois registros.
Fonte: Acervo IML-BH

Fonte: Acervo IML-BH

Fonte: Acervo IML-BH


Fonte: Acervo IML-BH
Identificação por radiografias
Identificação por radiografias dos seios faciais

Fonte: IML-BH
Crânio após limpeza

Fonte: IML-BH
Fonte: IML-BH

RADIOGRAFIA DO SUPOSTO RADIOGRAFIA DA OSSADA 040/02


RADIOGRAFIA
DO SUPOSTO

RADIOGRAFIA
DA OSSADA
Fonte: IML-BH
Identificação por radiografias de elementos dentários
Identificação por radiografias de elementos dentários
Identificação por radiografias de elementos dentários

• Resultados:
Foram considerados 12 pontos de semelhança:
◦ Dez pontos estavam relacionados com o material restaurador e a forma da restauração.
◦ Dois pontos relacionavam-se com o posicionamento dos dentes nos arcos dentais.
• Conclusão:
O método de identificação humana utilizado em Odontologia é efetivo, apresenta baixo custo
e boa margem de segurança, visto que trabalha com caracteres altamente individualizadores.
Identificação médico-legal

Impressão digital genética do DNA:


- A prova em DNA não está ainda cientificamente consolidada e reconhecida como de
inquestionável valor probatório.
- Nunca se deve iniciar um processo de identificação com uma metodologia mais sofisticada,
principalmente quando se leva em conta a carência dos setores especializados. Só em última
instância ela deve ser utilizada.
Outros métodos de identificação:
- Sinais individuais: Há certos sinais que, mesmo não identificando uma pessoa, servem para excluí-la.
- Malformações. Ex.: lábio leporino, genus valgus ou varus, pé torto, consolidação viciosa de fratura,
mama supranumerária, desvio da coluna, polidactilia, sindactilia, etc.
- Sinais profissionais. Estigmas deixados pela constância de um tipo de trabalho.
- Biotipo.
- Tatuagem. Ingente (enorme) valor médico-legal.
- Cicatrizes. Valiosas para uma identificação individual. Devem ser estudadas quanto à forma, região,
dimensões, colorido, resistência e mobilidade.
- Palatoscopia (rugosidade palatina).
- Queiloscopia (impressões dos sulcos da estrutura anatômica dos lábios).
Outros métodos de identificação:

- Identificação por superposição de imagens. (método de Piacentino ou craniofotocomparativo.


Superposição de negativos de fotos de um indivíduo sobre fotos do crânio).
- Identificação pelo pavilhão auricular. (características individuais que persistem a vida inteira)
- Superposição craniofacial por vídeo. (superposição de fotografias ampliadas e radiografias do crânio.
Expectativa de identificação de uma pessoa pela coincidências de elementos antropológicos.)
- Cadastro de registro de artroplastias.
- Identificação pelo registro da voz. (método eletroacústico utilizando-se um sonógrafo)
- Banco de dados com DNA. (pessoas investigadas ou condenadas por crimes violentos ou hediondos)
- Entre outros.
Mal formações

Consolidação óssea viciosa. Malformação congênita (ectrodactilia)

Fonte: Medicina Legal. Genival Veloso de França. 11ª Edição.


Mal formações

Malformação congênita (sindactilia) Mama supranumerária.

Fonte: Medicina Legal. Genival Veloso de França. 11ª Edição.


Tatuagens e identificação
Queiloscopia
Identificação
Judiciária ou Policial
Identificação judiciária ou policial

• Independente de conhecimentos médicos.


• Uso de dados antropométricos e antropológicos.
• É feita por peritos em identificação.
(Ex.: método datiloscópico >> papiloscopistas).
Sistema antropométrico de Bertillon

◦ Sistema antropométrico de Bertillon – 1879 (“bertillonagem”).


◦ Antropometria: 1º método científico de identificação.
◦ Embasava-se ele em dados antropométricos, em descrição e sinais individuais.
Outros métodos de identificação judiciária
(França, 2011)
◦ Processos antigos: marcas (Ex.: ferrete – ferro em brasa) e mutilações.
◦ Fotografia simples.
◦ Retrato falado. (Embora não inserido como um meio de prova, este método pode ser útil no
sentido de apontar indivíduos suspeitos.)
◦ Sistema geométrico de Matheios: medidas de regiões fixas da face após certa idade,
baseadas em fotografias.
◦ Sistema dermográfico de Bentham: tatuagens ao nascimento.
◦ Sistema craniométrico de Anfosso: ângulos em perfis cranianos por meio de
taquiantropômetro.
◦ Sistema otométrico de Frigério: medidas de pavilhões auriculares por meio de otômetro.
Outros métodos de identificação judiciária
(França, 2011)

◦ Sistema oftométrico de Capdeville: cor e medidas dos olhos.


◦ Sistema oftalmoscópico de Levinsohn: fotografias de fundo de olho.
◦ Sistema radiológico de Levinsohn: radiografias de metacarpo e metatarso.
◦ Sistema flebográfico de Tamassia: rede venosa do dorso das mãos.
◦ Sistema flebográfico de Ameuille: rede venosa da fronte.
◦ Sistema palmar de Stockes e Wild: delineamento dos sulcos palmares.
◦ Sistema onfalográfico de Bert e Viamay: variabilidade formal da cicatriz umbilical.
◦ Sistema poroscópico de Locard: avaliação dos poros das glândulas sudoríparas.
◦ Fotografia sinalética de Bertillon: comparação de fotografias de frente e de perfil.
Mugshot de Jim Morrison.
Sistema dactiloscópio de Vucetich

◦ William Herschel (1850) e Henry Faulds (1880).


◦ Francis Galton e Richard Henry (1897).
◦ Juan Vucetich (primeiro caso forense de utilização da datiloscopia - 1892).
◦ Meio mais utilizado no mundo desde o início do século XX.
◦ No Brasil:
- 1902 (Lei 947 de 29/12/1902).
- 1903 (Decreto Federal 4.764 de 05/02/1903).
Sistema dactiloscópio de Vucetich

- Método exclusivo e mais eficiente.


-Apresentando quase todos os requisitos, exceto a perenidade:
◦ Unicidade: elementos qualitativos (desenhos – pontos característicos).
◦ Imutabilidade: 6o mês de vida intra-uterina até alguns dias após a morte.
X

◦ Perenidade: Não é perene! Degrada-se após a morte!


◦ Praticabilidade: coleta rápida, segura e adequada socialmente.
◦ Classificabilidade: 4 tipos fundamentais.
Sistema dactiloscópio de Vucetich

- Desenho digital: conjunto de cristas e sulcos nas polpas dos dedos.


- Impressão digital: ajuntamento de linhas brancas e pretas sobre um determinado suporte.
(contrário / reverso do desenho)
Impressão digital

Desenho digital
Sistema dactiloscópio de Vucetich
Sistema dactiloscópio de Vucetich

◦ Baseado na disposição das cristas dermopapilares.


◦ Sistemas ou regiões:
- Basilar (basal): Conjunto de linhas pretas e brancas que se
situam na base da impressão digital, abaixo do núcleo.
- Marginal: Conjunto de linhas superiores e sobrepostas ao núcleo.
- Nuclear: São linhas situadas entre as basilares e as marginais.
Sistema dactiloscópio de Vucetich
◦ Delta:
- Ponto de confluência dos 3 sistemas de linhas
Os 4 tipos fundamentais da classificação de Vucetich
Os 4 tipos fundamentais da classificação de Vucetich
Delta: Ponto de confluência dos 3 sistemas de linhas
◦ Arco: Sem delta (adéltico)
◦ Presilha interna: Delta à diiiiireita do observador
◦ Presilha externa: Delta à eeeeesquerda do observador
◦ Verticilo: Dois deltas
Os 4 tipos fundamentais da classificação de Vucetich

Presilha Interna

Verticilo VEIA Arco

Presilha Externa
Os 4 tipos fundamentais da classificação de Vucetich

VERTICILO:

Presença de dois deltas e um núcleo central

V (letra) para o polegar


4 (numeral) para os demais dedos
Os 4 tipos fundamentais da classificação de Vucetich

PRESILHA EXTERNA:

Presença de um delta à esquerda do observador.

Presilha Externa = Esquerda = 3


Presilha Exxxxxxxxterna = Essssssquerda = 3

E (letra) para o polegar


3 (numeral) para os demais dedos
Os 4 tipos fundamentais da classificação de Vucetich

PRESILHA INTERNA:

Presença de um delta à direita do observador.

Presilha interna = direita = 2.


Presilha iiiiiiiiiiinterna = diiiiiiiiiiiiiireita = 2.

I (letra) no polegar
2 (numeral) para os demais dedos
Os 4 tipos fundamentais da classificação de Vucetich

ARCO:

Ausência de delta.

Apenas linhas basilares

Arco = Ausência de delta = 1.

A (letra) no polegar
1 (numeral) para os demais dedos
Classificação das impressões

Exemplos:

Verticilo ( V ou 4 ) Presilha Externa ( E ou 3 ) Verticilo ( V ou 4 )


Fórmula dactiloscópica

a) Numerador (série):
- dedos da mão direita.
- começando pelo polegar (representado por uma letra).
- demais dedos (indicador, médio, anular e mínimo): representados por números.

b) Denominador (secção):
- os dedos da mão esquerda na mesma sequência da mão direita.
Fórmula dactiloscópica

Série (mão direita)


FD =
Secção (mão esquerda)

Atenção!!
No enunciado das questões, a fórmula dactiloscópica pode vir assim:
Série / Secção.
Sistema dactiloscópico de Vucetich
TIPO FUNDAMENTAL POLEGAR DEMAIS DEDOS

VERTICILO V 4

PRESILHA EXTERNA E 3

PRESILHA INTERNA I 2

ARCO A 1

DEDOS DEFEITUOSOS X X

AMPUTAÇÕES 0 0
TIPO POLEGAR DEMAIS
FUNDAMENTAL DEDOS

Exemplo: (V-2221 / I-1134) VERTICILO V 4

PRESILHA EXT. E 3

V – 2221 Numerador – mão direita PRESILHA INT. I 2

________ ARCO A 1

I - 1134 Denominador – mão esquerda DEDOS c/ defeitos X X

AMPUTAÇÕES 0 0

Mão Direita: Mão Esquerda:


Polegar: V - verticilo Polegar: I - presilha interna
Indicador: 2 - presilha interna Indicador: 1 - arco
Médio: 2 - presilha interna Médio: 1 - arco
Anular: 2 - presilha interna Anular: 3 - presilha externa
Mínimo: 1 - arco Mínimo: 4 - verticilo
Fórmula dactiloscópica

◦ Para a identificação de uma pessoa a fórmula dactiloscópica não é suficiente, pois existem
apenas 1.048.576 FÓRMULAS FUNDAMENTAIS.
◦ Portanto, é necessário pesquisar outros elementos: os pontos característicos.
Pontos característicos

◦ São os acidentes encontrados nas cristas papilares.


◦ São os elementos individualizadores de impressão digital.
◦ A evidenciação de 12 pontos característicos permite o estabelecimento da identidade
de uma pessoa (Brasil).
Pontos característicos
- Bifurcação
- Ilhota
- Forquilha
- Encerro
- Cortada
- Ponto
Comparação
◦ 12 a 20 pontos característicos coincidentes:
- Identificação realizada.
Vítima identificada pelo
método datiloscópico.
Coleta de impressões digitais do cadáver

Fonte: IML-BH
Após 5 dias de hidratação:

Fonte: IML-BH
Após 5 dias de hidratação:

Fonte: IML-BH
Registro inicial de identificação / recém nascidos
(França, 2011)
◦ Impressões plantares (plantograma ou papilograma):
Técnica de Preller: registro das impressões da região tenar (base do primeiro dedo do pé).

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