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Definições
Corpo de Delito
Corpo de Delito Direto: avaliação feita diretamente sobre os vestígios, sempre que a infração
deixar vestígios será indispensável o exame de corpo de delito direto e quando não for
possível, é necessário que se realize o exame de corpo de delito indireto -> subjetivo
Art 161 – o exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora
Art. 162 – a autópsia/necropsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os
peritos, pela evidencia dos sinais de morte, julgares que possa ser feita antes daquele prazo, o
que declararão no auto. (deve aguardar 6 horas pois as vezes não tem mais circulação, mas
ainda não chegou ao óbito, exceto em casos onde está claro o sinal de morte, ex: carbonizado
ou sem cabeça)
Parágrafo único: nos casos de morte violenta, basta o simples exame externo do cadáver,
quando não houver infração penal quando lesões externas permitirem apurar a causa da morte
Declaração de Óbito:
Natural de doença ou situação mal definida – serviço de verificação de óbito, quando não foi
acompanhada por medico, assim, o patologista vai fazer o atestado, caso ele veja algo suspeito,
pode ser encaminhado ao IML.
Perito
Pericia complexa é aquela que abrange mais de uma área de conhecimento especializado.
Laudo: 10 dias em casos excepcionais podem ser prorrogados.
Art, 182. O juiz não ficara preso ao laudo, podendo aceita-lo ou rejeita-lo no todo ou em parte
Art. 159. O assistente técnico atuara a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos
exames e elaboração dos laudos dos peritos oficiais sendo as partes intimadas desta decisão
Art 158. Quando a infração deixar vestígios será indispensável o exame de corpo de delito,
direto ou indireto não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Documentos Médico-legais
Finalidade: elucidar a justiça e servir para a prova ou de prova do ato neles representados.
relatórios (auto ou laudo) mais importante, escritos pelo perito = auto dirigido por escrivão
(nem existe mais) DESCRIÇÃO: visum et repertum
depoimento oral.
RELATÓRIO
Histórico: informes, a história contata para o perito, quem vai avaliar se condiz com o ocorrido
Descrição: detalhar tudo o que foi visto no local, claro ético, preciso, de forma minuciosa
Atestado: puro e simples, por escrito. Não serve como laudo e afirma a veracidade de um fato.
=> cabeçalho, qualificação do interessado, solicitação, finalidade, fato medico, consequências,
local...
Prontuário: anamnese do paciente => acervo documental dos cuidados médicos prestados.
Pode produzir efeito jurídico ex: maria da penha
Identidade: soma dos caracteres que individualiza uma pessoa, distinguindo das demais
Secundária: antropologia
Identificação médico-legal: médico legista, por meio da raça, sexo, estatura, idade, dentes,
peso, cicatrizes, tatuagens.
Identidade objetiva: características físicas e funcionais que fazem com que o indivíduo seja
idêntico apenas a ele mesmo. Até mesmo gêmeos
Fundamentos Biológicos
Fundamentos Técnicos:
Praticabilidade: processo que não seja complexo, tanto na obtenção como no registro de
caracteres
Queiloscopia: desenho dos lábios, através de sulcos e estrias, é imutável e perene, pode ser
usada impressões labiais
Identificação Médico-Legal
1º se é humano
2º sexo
Espécie: Tipo sanguíneo – consegue estabelecer a espécie se é humano ou não, mas em casos
avançados de decomposição não é utilizado.
Canais de Havers: tubos estreitos dentro dos ossos por onde passam vasos sanguíneos e
células nervosas. Em seres humanos, menor quantidade e maior largura com até 8 por mm².
Nos animais é o contrário.
Sexo: Cromossomos (XY ou XX) – DNA, presença de órgãos genitais, homem não tem
corpúsculo de Barr e Ductos de Wolff homem e Ducstos de Muller n amulher.
Cranio: glabela do homem tem maior relevo; Processo mastoide – presente maior no homem;
Rebordo suportario é mais redondo no homem, caninos mais desenvolvidos no homem que na
mulher. *todos os elementos são avaliados em conjunto
Pelve: Feminina: mais larga, canal do parto arredondado, arco púbico >90 em mulher, mais
triangular
Raça:
Crânio: índice cefálico horizontal – 100 * largura máxima / comprimento do crânio. (formula de
retzuis)
Idade:
Princípios:
entende que depois de 20 anos seu esqueleto não sofre mais alterações;
facilidade de precisão relativas com certas dimensões do esqueleto que podem ser medidas.
Limitações:
Retrato Falado
Método subjetivo: não pode usar como prova, é apenas um meio auxiliar
Fotografia Sinalética: frente e perfil, imagens reduzidas a 1/7 e faziam sobreposição para
comparar indivíduos.
PAPILOSCOPIA
Podoscopia: plantar/pé
TRAUMATOLOGIA
1. hemorragia abundante
2. Bordas nítidas e regulares
3. Cauda de escoriação saída: indica o sentido que foi causado o corte.
4. Comprimento maior que a largura e profundidade
5. Ausência de vestígios traumáticos em torno da lesão, já que tem bordas regulares.
6. Aspecto em V perpendicular, devido a elasticidade, retração.
7. Extensão da ferida: quase sempre menor que a produzida, por conta da elasticidade
Lesão cortante
Sinal de Chavigny – quando há dois cortes, o primeiro vai ser reto e o segundo vai
começas reto e ao passar pela ferida já presente, vai seguir por um caminho diferente.
Primeira Lei de Filhos: instrumentos de médio calibre, soluções de continuidade das feridas
assemelham-se às produzidas por instrumentos de dois gumes, aparência de casa de botão, ou
seja, nas lesões punctorias duas extremidades são parecidas, isso acontece porque ao invés de
ficar redondinha, a lesão acompanha o sentido da pele, parecendo uma casa de botão. (lei da
semelhança)
Segunda Lei de Filhos: quando as feridas se mostram em uma mesma região onde as linhas de
força (linhas da pele) tenham um só sentido, seu maior eixo tem sempre a mesma direção (lei
do paralelismo)
Lesões em acordeão de Lacassagne: a lesão interna mostra que a profundidade é maior que o
comprimento do instrumento, dada a depressibilidade dos tecidos.
Feridas:
Lesões contusas:
Equimose: infiltração e coagulação do sangue extravasado nas malhas dos tecidos – sangue sai
das veias e coagula nas malhas no tecido – roxo
Rubefação: eritema traumático – vermelhidão, transitória, ações físicas por calor, frio.
Hematoma: maior extravasamento de sangue de um vaso calibroso e a sua não difusão, mas
malhas dos tecidos moles, absorção mais demorada que a equimose, fica com a região toda
roxa.
Bossa sanguínea: hematoma sobre plano ósseo e uma camada não tão grossa da pele – galo
Edema: acumulo de liquido no espaço intersticial e é constituído por uma solução aquosa de
sais e proteínas do plasma.
Fratura em galho verde: nas crianças pelo fato de terem o esqueleto mais cartilaginoso pode
haver apenas deformação do osso sem fratura ou esta apresentar-se de forma incompleta
Tríade do pisao: rupturas de órgãos macios + ausência de sinais de violência sobre o tegumento
abdominal + prolapso retal.
Explosão: as lesões produzidas por esses artefatos podem ser por ação mecânica e por ação da
onda explosiva. (blast injury)
Lesões de Precipitação:
INSTRUMENTOS PERFUROCORTANTES
Um só gume:
Dois gumes: espada por exemplo – fenda de bordos iguais e ângulos agudos dos dois lados
Projétil (PAF)
Efeitos primários:
BALISTICA FORENSE
SINAL DE BONNET: quando há um tiro sobre CALOTA CRANIANA ele entra como se
fosse um cone, começa pequeno e sai mais largo como um cone mesmo “<”. Quando
transfixar vai entrar e sair também na forma de cone, entrada com orifício menor, e
saída com lascas irregulares e maiores. INDICA O SENTIDO DO TIRO
SINAL DE BENASSI: encostado sobre a pele, tem um halo fuliginoso, graças a pólvora
transferida para a região da calota craniana
CAMARA DE MINA DE HOFFMANN: tiros encostados sobre a superfície óssea, os gases
por não terem por onde sair, acabam ficando por baixo da pele e fazendo um estrago,
lesões em forma de estrela. Não ocorre com armas com recuo
SINAL DE PUPE WERKGAERTNER: tiros encostados sobre superfície mole, marca
produzida pelo cano da arma
SINAL DE SHUSSKANOL: esfumaçamento na parede do conduto entre as lâminas
internas e externas de um osso chato
BURACO DE FEHCADURA: em tiros oblíquos no crânio pode apresentar forma de
fechadura, pode ser a curta distancia
O ferimento de entrada quando projeteis de alta energia é sempre maior que o diâmetro
destes.
A orla de escoriação está ausente ou pouco nítida e as bordas do orifício são irregulares
Elementos que indicam morte por frio: hipóstase vermelho clara, rigidez antecipada e intensa,
sangue menos escuro.
Fases: palavras chave – anserino; flictenas; necrose; gangrena.
Calor:
Mais cobrado.
Som e luz também são físicas.
Sinais:
Sinal de Montalti: alta taxa de oxido de carbono, fuligem e fumaça nas vias respiratórias
(indicativo de que a pessoa respirou durante o incêndio, estava viva) adquirida através da
respiração durante o incêndio.
Eletricidade:
* a corrente elétrica que passa pelo nosso corpo tende a sair, geralmente por mãos e pés. – O
pé é como uma resistência e essa fusão óssea, recebe o nome de perolas ósseas. Efeito Joule
Baropatia: pressão, o aumento da pressão a baixo do nível de mar conhecido como “mal dos
caixões” em mergulhadores. Intoxicação por oxigênio, nitrogênio e gás carbônico
Anoxia: (mal das montanhas) falta oxigênio, ocasiona aumento de glóbulos vermelhos, cai a
concentração dos gases dissolvidos no sangue.
Ácidos – necrose e queimadura seca por tirar a água do corpo principalmente da pele
Cáusticos
Venenos
Mitridatização: elevada resistência orgânica aos efeitos tóxicos dos venenos, através da
ingestão repetida e progressiva de substancia de alto teor venenoso até alcançar um estágio de
resistência não encontrado nas outras pessoas. Começou com mitriades, que ingeriu aos
poucos e no final não morreu envenenado.
Sinais importantes:
Afogamentos
Afogado branco de Parrot: sinais de asfixia, morte por inibição nervosa, morre por AVC
Afogado azul: é a asfixia resultante da respiração em meio liquido com imersão total ou
parcial
Choque hipovolêmico: violenta redução do volume sanguíneo. Ex: idoso perdendo muito
liquido por vomito. Pode ser de origem interna ou externa.
Lesões corporais quanto à avaliação quantitativa e qualitativa do dano, de natureza penal tem
o significado medico jurídico de caracterizar no dolo ou na culpa um ato ilícito contra a
integridade física ou saúde da pessoa como proteção da ordem pública e social. Objetivo é
caracterizar sua extensão de sua gravidade ou de sua perenidade, quantidade e qualidade.
Não apenas a integridade física coopera para a caracterização da lesão, mas sim o aspecto
biopsicossocial.
Causas e concausas:
Concausa superveniente: ferimentos de pequenas proporções, mas que com descuido, como
vacinas podem ocasionar algo mais grave, como o tétano.
Lesões leves: por exclusão, o código não caracteriza. Pouca repercussão orgânica
SEXOLOGIA FORENSE:
Violência efetiva:
Conjunção carnal: vagina – com ou sem ejaculação e com ou sem ruptura dos himens
A comprovação:
TANATOLOGIA FORENSE
Perda de sensibilidade;
Cessação da respiração;
Tríade da morte: livor mortis (hipóstase), algor mortis (esfriamento), rigor mortis (rigidez)
Comum pergaminho da pele, dessecamento das mucosas do lábio, mancha no olho sinal de
sommer e Larcher – 3 a 6 horas. Pelo menos 8 horas depois a íris e a pupila sofrem deformação
com a impressão digital.
Esfriamento:
Fenômenos Destrutivos
Putrefação – tem 4 fases, é uma decomposição causada pelas bactérias, com presença de
oxigênio ou não, mas as ações no cadáver ocorre pelas bactérias pré existentes.
Fases: cromática (coloração esverdeada aparece em partes do corpo que se dá pelo hidrogênio
sulforado que se combina com a hemoglobina originando a sulfometemoglobina, iniciando na
região abdominal direita, perto do apêndice, por conta da presença das bactérias, surge entre
18 e 24 horas, dura em média 7 dias e depois passa a ser irreconhecida. Com exceção de
afogados e fetos, onde aparece na parte superior do tórax e na cabeça)
-> coliquativa ou liquefação -> o tecido fica decomposto, reduzindo os tecidos, ocorre a
dissolução pútrida das partes moles do corpo pela ação conjunta das bactérias e fauna
necrófaga, muitos insetos de diferentes espécies, principalmente em regiões mais quentes. O
odor é fétido e o corpo perde gradativamente sua forma, a variação para chegar a
esqueletização depende se o cadáver foi enterrado, se está com roupa ou sem. Massa de
putrilagem, a epiderme se desprega, o chorume humano. Fase da esqueletização: exposição
dos ossos, livres de ligamentos, ficando com cabelo, unhas, silicone... A decomposição, em
locais de grandes níveis de acidez, pode haver o desaparecimento do corpo, mas pode ser
identificada a mancha cadavérica.
Maceração – ocorre quando os restos mortais ficam imersos em meio liquido sob ação de
germes, onde ocorre a enrugação tecidual e esanguinação. Séptica: mais comum em rios,
lagos, mares – pés e mãos de lavadeira. Asséptica: feto intraútero.