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ANTROPOLOGIA FORENSE
É a ciência que estuda o ser humano, a sua origem e sua evolução não somente em aspecto físico,
mas também no social e cultural.
A Antropologia Forense é a parte da antropologia geral que interessa a medicina legal,
especificamente em duas modalidades:
1) A identificação policial ou judiciária;
2) A identificação médica legal.
IDENTIDADE
É o conjunto de caracteres próprios e exclusivos de uma pessoa, de animais, das coisas e de objetos,
sendo, portanto, soma dos sinais, marcas, caracteres que permitem afirmar ser uma pessoa ela
mesma ou não.
MÉTODOS
Médica: Conhecimentos médicos;
Policial: Antropometria e datiloscopia.
RECONHECIMENTO
É também processo de identificação, todavia sem técnicas de bases científicas, apenas utilizando-se
de comparação empírica.
Tanto o reconhecimento, tanto a identificação, consiste em demonstrar-se que determinado corpo
humano que se apresente naquele momento é o mesmo que já havia se apresentado anteriormente.
Na identificação, diversa do reconhecimento que não se utiliza de base técnica científica, a mesma é
usada.
MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO
• Empírica • Antropométrica • Fotográfica • Tatuagens, Sinais Individuais e Mutilações • Datiloscopia.
IDENTIFICAÇÃO DE OSSADAS
RAÇAS
Negróide: Prognata (maxilar projetado), platirrino (nariz espalhado), cabelos crespos, pele
negra, crânio pequeno, fronte alta.
Caucasiano: Ortognata (mandíbula e maxilar alinhado), Leptorrino (nariz pra frente), formato do
crânio oval, cor branca, cabelos lisos ou crespos, Iris azul ou castanha.
Indiano: Não se afigura com nenhum tipo racial, pele amarelada, tendendo ao avermelhado,
cabelos lisos, negros e espessos. Olhos castanhos, orelhas pequenas, estatura alta e nariz saliente.
Australóide: Pele trigueira, estatura alta, cabelos pretos, ondulados e longos; dentes fortes, raiz
curto e com narinas afastadas.
Mongólico: Pele amarela, cabelos lisos, face achatada, fronte larga e baixa, maxilares
pequenos.
MÁ FORMAÇÃO: Se revestem de grande importância, Ex. Fraturas com consolidação viciosa, calos
ósseos, lábio leporino, dentre outros
CICATRIZES: Podendo ser elas de diversas origens, tais como varíola, vacinas, cirúrgicas, acidentais,
patológicas, etc.
TATUAGEM: É uma forma de identificação que pode auxiliar na identificação de uma pessoa, são feitas
com varias intenções, demonstrar um sentimento, uma identificação com algum grupo de pessoas ou
simplesmente de forma artística.
DENTES: São importantes, principalmente nos corpos carbonizados e sem esqueletos, cáries, próteses,
tipos de restauração etc, são comparados a fichas, prontuários e radiografias.
DATILOSCOPIA
Princípios:
Unicidade: cada desenho é único (não há duas impressões idênticas);
Perenidade: uma vez existentes perduram por toda a existência;
Imutabilidade: não podem ser alteradas, mesmo se houver queimaduras que as apaguem, elas se
recompõem sem qualquer alteração;
Praticabilidade: fácil de ser estudada.
ORIGEM
Impressões digitais eram usadas como prova de identidade desde a Babilônia, em 2 mil AC.
Eram usadas em contratos.
Os chineses passaram a usá-las a partir de 246 AC, e os japoneses depois de 702 de nossa era.
O rei babilônio Hamurabi (1810 - 1792 AC) foi o primeiro monarca a usar impressões digitais
como identificação criminal, processo imitado depois por monarcas chineses.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
O primeiro arquivo datiloscópico do mundo foi criado em Buenos Aires, na Argentina, no ano de 1892,
por um antropólogo e policial de origem croata, Juan Vucetich (1858 – 1925).
No Brasil, o criador do primeiro centro de datiloscopia, no Rio de Janeiro, foi o escritor e político
piauiense José Felix Alves Pacheco (1879 - 1935), também membro da Academia Brasileira de
Letras, em 1903, durante o governo de Rodrigues Alves. O primeiro caso famoso de identificação
criminal datiloscópica também se deu na Argentina, quando Francisca Rojas, em 1892, foi acusada e
condenada pela morte dos próprios filhos, de seis e quatro anos, devido a uma impressão digital
ensanguentada que deixou na cena do crime.
A IMPRESSÃO DIGITAL POSSUI:
Sistema Nuclear: Localiza-se entre os ramos inferior e superior das linhas diretrizes e a performance
de suas linhas, juntamente com a posição em que se encontra o delta, determina o tipo e o sub-tipo da
impressão digital.
Sistema Basal: Localiza-se entre a prega interfalangeana e o ramo inferior das linhas diretrizes, e suas
linhas seguem de um lado ao outro do dedo mais ou menos paralelo.
Sistema Marginal: localiza-se acima do ramo superior das linhas diretrizes até a base da unha e suas
linhas segue de um lado ao outro do dedo mais ou menos paralelas tomando uma forma abalada.
Acima e nas laterais do sistema basal pode haver a presença de deltas, e de acordo com o número de
deltas é possível realizar a identificação por meio da datiloscopia. –O polegar é identificado por letras e
os demais dedos são identificados por números. – Existem aproximadamente 24 pontos de
identificação; – Para uma identificação positiva, no Brasil, há necessidade de coincidência de 12 pontos.
SISTEMA DE VUCETICH
O Sistema decadactilar de Vucetich é o adotado no Brasil e foi lançado na Argentina em 1891.
Compreende a identificação utilizando as impressões de todos os dedos de ambas às mãos.
Uma impressão digital apresenta três sistemas de linhas:
a. Sistema Basal ou basilar - corresponde ao conjunto de linhas paralelas ao sulco que separa
a segunda e a terceira falanges. No polegar é o da primeira e terceira falanges;
b. Sistema marginal - conjunto de linhas das bordas de impressão;
c. Sistema central ou nuclear - conjunto de linhas entre os dois anteriores.