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Medicina legal

A Medicina Legal é uma especialidade concomitantemente médica e jurídica que


utiliza conhecimentos técnico-científicos da medicina para o esclarecimento de
fatos de interesse da justiça.

O especialista médico praticante é denominado médico legista.

Conceituação

Variam as definições, conforme os autores. Algumas delas:

"É a contribuição da medicina e da tecnologia e ciências afins às questões do


Direito, na elaboração das leis, na administração judiciária e na consolidação da
doutrina" (Genival Veloso de França)

"É a aplicação dos conhecimentos médicos aos problemas judiciais" (Ambroise


Paré);

“A Medicina Legal se ocupa das causas trazidas diante dos tribunais e das cortes
de justiça. Ela pode ser definida como o conjunto de conhecimentos médicos
próprios a esclarecer diversas questões de direito e a conduzir os legisladores na
composição de leis.” (Mathieu Orfila);

"Arte de pôr os conceitos médicos a serviço da administração da Justiça"


(Lacassagne);

"A aplicação dos conhecimentos médico-biológicos na elaboração e execução das


leis que deles carecem" (Flamínio Fávero);

"É o conjunto de conhecimentos médicos e para-médicos, destinados a servir ao


Direito e cooperando na elaboração, auxiliando na interpretação e colaborando na
execução dos dispositivos legais no seu campo de ação de medicina aplicada."
(Hélio Gomes).

Para muitos, é uma especialidade médica, embora seja um corpo próprio de


conhecimentos, que reúne o estudo não somente da medicina, como também
do Direito, paramédicos, da Biologia - uma disciplina própria, com especializações,
que serve mais ao Direito que propriamente à Medicina.
Histórico

Na Antiguidade já se fazia presente a Medicina Legal, até então uma arte como a
própria Medicina. No Egito, por exemplo, mulheres grávidas não podiam ser
supliciadas - o que implicava o seu prévio exame. Na Roma Antiga, antes da
reforma de Justiniano a Lei Régia de Numa Pompílio prescrevia
a histerectomia quando a gestante morresse - e da aplicação desta lei, segundo a
crença de muitos - refutada por estudiosos, como Afrânio Peixoto - teria advindo o
nascimento de Júlio César (quando o nome César, assim como Cesariana, advêm
ambos de cœdo → cortar).

O próprio César, após seu assassinato, foi submetido a exame tanatológico pelo
médico Antíscio, que declarou que apenas um dos ferimentos fora efetivamente o
causador da morte. Este exame, entretanto, ainda era superficial, posto que
a necropsia constituía-se em violação ao cadáver. Também foram casos históricos
de exame post-mortem de Tarquínio e Germânico, ambos assassinados.

No Digesto justiniano tanto a Medicina como o Direito foram dissociadas, e vê-se


no primeiro caso intrínseca a Medicina Legal, na disposição que preconizava que
"Medici non sunt proprie testes, sed magis est judicium quam testimonium".
Outras leis romanas dispunham sobre assuntos afeitos à perícia médico-legal.

Durante a Idade Média ressalta-se o período carolíngio, onde diversos exames


eram referidos na legislação, desde aqueles que determinavam os ferimentos em
batalha, até que os julgamentos submetiam-se ao crivo médico - prática que foi
suprimida com a adoção do direito germânico.

Na Baixa Idade Média e Renascença ocorre a intervenção do Direito Canônico, e a


prova médica retoma paulatinamente sua importância. É na Alemanha que
encontra seu verdadeiro berço, com a Constituição do Império Germânico, que
tornava obrigatória a perícia em casos como ferimentos, homicídios, aborto, etc.

Caso exemplar foi a necropsia feita no Papa Leão X, suspeito de haver sido
envenenado, em 1521.
Antropologia Forense

A antropologia forense é a aplicação prática ao Direito de um conjunto de


conhecimentos da Antropologia Geral, visando principalmente às questões
relativas com a identidade médico-legal e a identidade judiciária ou policial. É o
ramo da medicina legal que estuda a identidade e identificação do ser humano
através de um processo técnico-cientifico organizado de individualização da idade,
do sexo, do padrão racial e da estatura.

SE LIGA NO CONCEITO! Conceitua-se identidade como o conjunto de caracteres


que individualiza uma pessoa ou uma coisa, fazendo-a distinta das demais. É um
elenco de atributos que torna alguém ou alguma coisa igual apenas a si próprio.
Consiste na soma de sinais, marcas e caracteres positivos ou negativos que, no
conjunto, individualizam o ser humano ou uma coisa. A identificação é a
determinação da identidade, ou seja, da individualidade. É a demarcação da
individualidade. E, para fazê-la, ela se serve de um conjunto de diligências, em uma
sucessão de atos sobre o vivo, o morto, animais e coisas.

Para um método de identificação ser considerado aceitável, deve-se priorizar a


análise das características do indivíduo que possuam os seguintes fundamentos
biológicos ou técnicos:

Unicidade: Também chamado de individualidade, ou seja, que determinados


elementos sejam específicos daquele indivíduo e diferentes dos demais.

Imutabilidade: São as características que não mudam e não se alteram ao longo


do tempo.

Perenidade: Consiste na capacidade de certos elementos resistirem à ação do


tempo, e permanecerem durante toda a vida e até após a morte, como por
exemplo, o esqueleto.

Praticabilidade: Um processo que não seja complexo, tanto na obtenção como no


registro dos caracteres.

Classificabilidade: Este requisito é muito importante, pois é necessária certa


metodologia no arquivamento, assim como rapidez e facilidade na busca dos
registros.

O material de estudo para o processo de identificação pode ser


o vivo (desaparecidos, pacientes mentais desmemoriados, menores de idade,
recusa de identidade), o morto (desastres de massa, cadáveres sem identificação,
mutilados, estados avançados de putrefação e restos cadavéricos) ou os restos
mortais (decomposição em fase de esqueletização, esqueletos e ossos isolados).
Utilizam-se comumente dois processos na identificação: um médico (a
identificação médico-legal) e outro policial (a identificação judiciária ou policial). O
primeiro, evidentemente, requer conhecimentos de medicina e demais ciências
correlatas; o segundo, não sendo de natureza médica, dispensa esses
conhecimentos e diz respeito à antropometria e à dactiloscopia.

SE LIGA! É necessário que se diferencie o reconhecimento da identificação. O


primeiro significa apenas o ato de certificar-se, conhecer de novo, admitir como
certo ou afirmar conhecer. É, pois, uma afirmação leiga, de
um parente ou conhecido, sobre alguém que se diz conhecer ou de sua
convivência. Já a identificação é um conjunto de meios científicos ou técnicas
específicas empregados para que se obtenha uma identidade. É um procedimento
médico-legal cuja finalidade é afirmar efetivamente, por meio de elementos
antropológicos ou antropométricos, que aquele indivíduo é ele mesmo e não
outro.

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL:

Poderá ser feita no vivo, no cadáver inteiro ou esquartejado, ou ainda reduzido a


fragmentos ou a simples ossos. Examina-se, sumariamente, a espécie, a etnia,
o sexo, a estatura, a idade, a identificação pelos dentes, o peso e conformação,
as malformações, os sinais profissionais e os sinais individuais (como as cicatrizes,
os tipos sanguíneos, as tatuagens, os pertences, como no caso de próteses, etc.).

Os sinais e dados a serem utilizados na identificação devem ser elementos


sinaléticos, que em conjunto são capazes de identificar um indivíduo. O conjunto
de elementos sinaléticos deve preencher aos cinco quesitos
técnicos: Unicidade, Imutabilidade, Perenidade, Praticabilidade e Classificabilidade.

Espécie

Quando se encontra um animal, vivo ou morto, com configuração normal, a


identificação se apresenta como tarefa fácil. Às vezes, no entanto, podem-se
surpreender fragmentos ou partes de seu corpo, inspirando maiores cuidados na
sua distinção com restos humanos.

Este estudo pode ser realizado a partir da análise do esqueleto encontrado. A


distinção entre os ossos de animais e do homem é feita de início,
morfologicamente, pelo exame de suas dimensões e caracteres que os tornam
diferentes. Microscopicamente, a diferença é dada pela análise da disposição do
tamanho dos canais de Havers, que são em menor número e mais largos no
homem, com até 8 por mm2. Nos animais, são mais estreitos, redondos e mais
numerosos, chegando a 40 por mm2.

Pode ser feita a distinção também pelas reações biológicas, usando-se as provas
de anafilaxia, fixação do complemento e soroprecipitação, análise sanguínea, etc.
Perícia Médico-legal

A perícia, do latim “peritia”, é um exame efetuado por médicos a fim de contribuir


com as autoridades que dependem de seu resultado para a conclusão de uma
investigação, como policiais, advogados, promotores de justiça e juízes. A perícia
médica, em seu sentido mais amplo, é ato privativo e exclusivo do médico,
podendo ser exercida tanto pelo médico civil quanto pelo militar, desde que o
mesmo tenha capacidade para tal(8).

A perícia médico-legal é definida como um conjunto de procedimentos médicos e


técnicos que tem como objetivo o esclarecimento de um fato de interesse da
Justiça ou como um ato pelo qual a autoridade procura conhecer, por meios
técnicos e científicos, a existência ou não de certos acontecimentos, capazes de
interferir na decisão de uma questão judiciária ligada à vida ou à saúde do homem
ou o que com ele tenha relação(3).

O Conselho Federal de Medicina em parecer Jurídico de n.163/1997, estabelece


que “O perito médico-legista deve obediência aos preceitos éticos da medicina. O
trabalho desempenhado pelo médico legista é de natureza médico pericial e não
policial.” (9).

Todo delito gera vestígios de sua existência, em não havendo vestígios é o mesmo
que afirmar que não houve delito. As perícias são efetuadas sobre os vestígios, e
esses compõem o corpo material do delito e, por isso, são chamados, em
conjunto, de corpo de delito(2).

As perícias podem ser feitas em pessoas vivas, cadáveres, animais, substâncias e


objetos. Sobre as pessoas, as perícias visam apontar a identidade, a idade, a raça,
o sexo, a altura; diagnosticar prenhez, parto e puerpério, lesão corporal,
sociopatias, sedução e estupro, doenças venéreas; determinar exclusão da
paternidade, doença e retardamento mental, simulação de loucura; investigar,
ainda, envenenamentos e intoxicações, doenças profissionais e acidentes do
trabalho(1).

As perícias são sempre requisitadas por autoridades que legalmente estiverem a


frente do inquérito ou da ação instaurada de direito público. Todavia, se a prova
não for obrigatória, pode ser requerida pelas partes, inclusive oferecendo quesitos
até a realização da diligência(3).

O ambiente mais apropriado para a realização das perícias são as instituições


oficiais, para onde devem ser conduzidas as pessoas e as coisas relacionadas com
o fato a esclarecer. Contudo, no caso de exames de local, seja no foro penal, seja
no cível, o perito tem que se dirigir para lá a fim de realizar o levantamento de
elementos materiais que não podem ser removidos, bem como para ter noção do
conjunto da cena em que se deu o fato(5).

PERÍCIA MÉDICO-LEGAL NO DIREITO PENAL

O Código de Processo Penal (CPP) de 1941, vigente até os dias de hoje, estabelece
que as perícias sejam executadas apenas por peritos oficiais(10). A Associação
Brasileira de Medicina Legal possui o seguinte olhar: “Ser referência na atividade
que une os fundamentos da ciência atinente ao Médico Perito com as
necessidades da Justiça, esta, enquanto maior bem da sociedade.” (11).

O Processo Penal Brasileiro prevê em seu Título VII no Capítulo I, iniciando no


artigo 155, as espécies de prova que o magistrado deve se atentar em
determinada situação probatória(10,12). Assim, de acordo com o Decreto Lei
3689/41, os artigos corroboram:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo
de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado(10).

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito
oficial, portador de diploma de curso superior(10,13).

É com a medicina, que o processo penal, por meio da medicina médico legal,
consegue desvendar mais de 90% (noventa por cento) de seus casos, visto que
diversos são os crimes que envolvem a aplicação da medicina médico legal, como
o homicídio, o infanticídio, lesão corporal, estupro, aborto, entorpecentes, dentre
outros(12)

Tanatologia

Na mitologia da Grécia antiga Thanatos é um personagem que aparece em


inúmeros mitos e lendas. Filho de Nix (a Noite) e Érebo (a Escuridão) e irmão
gêmeo de Hipnos (o Sono), habitava os Campos Elíseos (o paraíso do país de
Hades, o mundo dos mortos). Thanatos é a personificação e é o deus da morte.

A palavra Tanatologia provém de: Thanatos= morte e Logos= estudo. Ou seja, o


estudo da morte e do morrer, especialmente em seus aspectos psicológicos e
sociais. Assim, a Tanatologia é a ciência da vida e da morte que visa entender o
processo do morrer e do luto. E, simultaneamente, humanizar o atendimento aos
que estão sofrendo perdas graves, podendo contribuir dessa forma na melhor
qualificação dos profissionais que se interessam pelos Cuidados Paliativos,
procedimentos que visam atenuar a dor e o sofrimento e aprimorar a qualidade
de vida dos pacientes e de seus familiares diante de uma quadro ou doença
terminal.

Segundo Kübler-Ross (1992) um paciente em estágio terminal e seus familiares


podem passar por cinco fases no processo do morrer:

Negação: ajuda a aliviar o impacto da notícia, servindo como uma defesa


necessária a seu equilíbrio. Geralmente em pacientes informados abruptamente e
prematuramente. O paciente desconfia de troca de exames ou competência da
equipe de saúde. Geralmente o pensamento que traduz essa defesa é: "não, eu
não, não é verdade". O médico deve respeitar, porém ter o cuidado de não
estimular, compactuar ou reforçar a negação.

Raiva: o paciente já assimilou seu diagnóstico e prognóstico, mas se revolta por ter
sido escolhido. Surgem sentimentos de ira, revolta, e ressentimento e tenta
arranjar um culpado por sua condenação. Geralmente se mostra muito queixoso e
exigente, procurando ter certeza de não estar sendo esquecido, reclamando
atenção, talvez como último brado: Não esqueçam que ainda estou vivo! Nesta
fase deve-se tentar compreender o momento emocional do paciente, dando
espaço para que ele expresse seus sentimentos, não tomando as explosões de
humor como agressões pessoais.

Negociação: tentativa de negociar o prazo de sua morte, através de promessas e


orações. A pessoa já aceita o fato, mas tenta adiá-lo. Deve-se respeitar e ajudar o
paciente.

Depressão: aceita o fim próximo, fazendo uma revisão da vida, mostrando-se


quieto e pensativo. É um instrumento na preparação da perda iminente,
facilitando o estado de aceitação. Neste momento, as pessoas que o acompanham
devem procurar ficar próximas e em silêncio. Cabe ressaltar que o termo
"depressão" não está sendo utilizado aqui para designar a doença depressiva, mas
sim um estado de espírito.

Aceitação: a pessoa espera a evolução natural de sua doença. Poderá ter alguma
esperança de sobreviver, mas não há angústia e sim paz e tranquilidade. Procura
terminar o que deixou pela metade, fazer suas despedidas e se preparar para
morrer.

São fatores que dificultam a aceitação da morte:

• Desequilíbrio financeiro que o tratamento da doença ou a falta daquela pessoa


podem acarretar à família.

• Dificuldade da pessoa em aceitar cuidados, quando esta estiver acostumada com


o cuidar.

• História e elaboração de perdas anteriores e crenças com relação a morte.

• Momento em que a morte ocorre no ciclo da vida, quanto mais jovem for o
paciente, mais difícil será a aceitação de sua morte.

• A morte súbita impede os familiares de elaborarem gradativamente o luto, ao


contrário da morte prolongada.

A fim de ajudar o paciente e seus familiares o profissional de saúde pode:

• Ajudar a pessoa a enfrentar a crise, auxiliando-a a expressar seus sentimentos.

• Ajudar a pessoa a descobrir os fatos, desmistificando fantasias e esclarecendo


suas dúvidas, evitando especulações sobre a doença.

• Não dar a pessoa uma falsa confiança, oferecendo ajuda e reconhecendo a


validade de seus temores.

• Não encorajar a pessoa a culpar as outras.

• Ajudá-la a aceitar ajuda.

• Incentivar e sugerir uma reorganização das tarefas cotidianas, para que a pessoa
receba assistência.

Não há uma ordem para a ocorrência dessas manifestações, tão pouco uma
cronologia, sendo que o paciente pode vivenciar mais de uma destas fases,
concomitantemente, num mesmo período ou até mesmo não vivenciar algumas
delas.
Estas fases são como mecanismos de defesa para enfrentar o processo
desconhecido do morrer, em que os conflitos de ordem emocional, material,
psicológica, familiar, social, espiritual, entre outros, surgem de forma acentuada.
Há um vasto rol de situações de perdas que podem levar ao luto e que segundo
Viorst (1998, p.13):

[...] perdemos, não só pela morte, mas também por abandonar e ser abandonado,
por mudar e deixar coisas para trás e seguir nosso caminho. E nossas perdas
incluem não apenas separações e partidas dos que amamos, mas também a perda
consciente ou inconsciente de sonhos românticos, expectativas impossíveis,
ilusões de liberdade e poder, ilusões de segurança – e a perda do nosso próprio eu
jovem, o eu que se julgava para sempre imune às rugas, invulnerável e imortal.
Kovács (1996, p.12) complementa dizendo que são várias as experiências de morte
em vida e que embora não tendo acontecido no concreto, implicam em
sentimentos de dor, ruptura, interrupção, desconhecimento, tristeza:

[...] separações, doenças, situações-limite com muita dor e sofrimento. Já outras,


estão camufladas porque podem ser de cunho festivo, tais como: homenagens e
acontecimentos onde a alegria parece ser o sentimento que predomina, mas,
observando melhor, vê-se o espectro da “morte”, ou seja, o fim de uma situação
ou estado: início e o final da adolescência, viagens, entrada na universidade,
casamento, nascimento do filho, etc.

Evidencia-se, portanto, que há dois tipos de perdas: 1) a real, quando acontece a


morte de uma pessoa amada ou algo concreto (privação do que foi perdido) há
uma ausência física, são perdas tangíveis. Por exemplo: além da morte, perda de
um membro ou parte do corpo por amputação ou trauma, separação, divórcio,
perda de emprego ou uma posição importante; 2) E a simbólica, que são perdas
de natureza psicossocial. Tais como: velhice, gravidez e o nascimento do filho, final
da infância, o final da adolescência, etc.

Para elaborar este processo ocorre o estado de luto, que consiste em uma
elaboração da consciência da perda, ou seja, num processo de absorção da
experiência e a reestruturação de sua vida (processo que leva o enlutado a uma
ação, em outras palavras, a se adaptar a nova realidade a ser vivida).

O luto é uma reação natural e saudável à perda. Na maioria dos casos, este é
descomplicado, com sinais, manifestações ou expressões de luto saudáveis.
Porém, quando este é extensamente prolongado por anos a fio, diz-se que seja
um luto patológico, uma vez que a pessoa não se torna capaz de concluir este
processo (RANGEL, 2008).

As reações consideradas normais no luto são:

• Sensações físicas: sensação de vazio no estômago; aperto no peito; nó na


garganta; extrema sensibilidade ao barulho; sentimento de irrealidade e
despersonalização; respiração curta; falta de ar; fraqueza muscular; baixa energia
e secura na boca;

• Cognições ou padrões diferentes de pensamento: descrença (reação inicial numa


função protetora), confusão, preocupação, sensação de presença e alucinações
(ex: ouvir a voz do falecido ou achar ter visto sua imagem);

• Comportamentos associados: distúrbios do sono, do apetite, comportamento


aéreo, tendência a esquecer das coisas, isolamento social, sonhos com a pessoa
que faleceu, evitação de coisas que lembrem o morto, procurar e chamar pela
pessoa, suspiros, hiperatividade, choro, dentre outros;

• Sentimentos: frustração, dor, sofrimento, revolta, etc.

• A insensibilidade pode manifestar-se como um período de indiferença que não


deve persistir por mais de duas semanas. Intelectualmente, há uma conformidade
com o que aconteceu, mas sem estar acompanhado de sentimento. A sensação
para a pessoa é de um sonho, pois se sente perdida e irreal.
Já os indícios de um luto não elaborado incluem:

a pessoa não consegue falar do morto sem se fazer acompanhar de sentimentos


intensos;

pequenos fatos desencadeiam intensa reação de luto;

o enlutado não quer mexer com os pertences do morto;

o enlutado apresenta sintomas físicos iguais àqueles que o morto sentia;

o enlutado faz mudanças radicais em seu estilo de vida no pós-perda ou exclui de


seu relacionamento pessoas com as quais convivia antes da perda;
o enlutado pode apresentar depressão (doença) ou euforia (extrema reação de
bem-estar com ideias ou reações fora da realidade);

como uma compensação pela perda o enlutado, identificando-se com o morto,


tem uma compulsão por imitá-lo;

aparecimento de impulsos autodestrutivos numa variedade de situações;

uma tristeza não justificada em datas nas quais o enlutado passava com o morto,
como feriados e aniversários;

o enlutado apresenta fobia de alguma doença ou morte relacionada ao


acontecimento com o morto;

uma falta de contato com o que cercou a morte, tais como participação em rituais
e visitas ao túmulo.

Por estas considerações, entende-se que o entendimento sobre o processo da


morte ou do morrer é necessário, não apenas, para a visão do profissional da área
da saúde, mas também para sua própria vivência pessoal.

Documentos médicos

Os documentos médicos podem ser definidos como informações escritas por um


médico que relatam uma questão médica de interesse jurídico.

São considerados documentos médicos, entre outros: atestado, receituário,


prontuário, relatório, laudo e o termo de consentimento motivado.

Os documentos médicos são sigilosos, devendo ser redigidos pelos profissionais


de forma legível, sempre com sua identificação - nome completo e do número do
CRM. É importante ressaltar que o médico se responsabiliza pelo conteúdo do
documento que ele está assinando, sendo vedada pelo Código de Ética Médica a
assinatura de qualquer documento em branco!

Esclarecidos estes pontos, vamos analisar alguns destes documentos:

Atestado médico
É o documento por meio do qual o médico afirma um fato e, normalmente, indica
um período de tempo em que o paciente deve se manter afastado de suas
atividades habituais, para recuperação.

Em razão do princípio do sigilo médico, o diagnóstico da doença só pode ser


informado no atestado (por meio do CID) quando expressamente autorizado pelo
paciente. Recomenda-se, inclusive, que essa autorização seja dada por escrito, no
próprio documento.

Prontuário Médico

O Prontuário é um dos documentos médicos mais importantes, que fica sob a


guarda do médico ou da instituição que assiste o paciente.

O prontuário é um documento único, formado por um conjunto de informações,


sinais, imagens, etc, que são anexados a cada avaliação feita pelo médico do
paciente, em ordem cronológica, com data, hora, assinatura e número de CRM, de
forma a constar, em um só documento, todos os dados clínicos necessários para a
boa condução do caso.

Este documento é fundamental para que haja efetiva comunicação entre


membros de uma equipe multiprofissional e para a continuidade do tratamento
do paciente.

Além disso, um prontuário bem elaborado é imprescindível para uma boa defesa
em eventuais demandas éticas ou judiciais.

Relatório médico

O relatório é um documento emitido pelo médico assistente, no qual o profissional


faz um resumo do caso, descrevendo todos os fatos ocorridos, sem emitir opinião.

É um documento integrante do ato médico. Normalmente é elaborado quando o


paciente está sendo encaminhado ou transferido para continuação do tratamento
em outro local ou por outro profissional, bem como nos casos de solicitação de
alta.

Laudo médico

O laudo médico é um documento técnico, de caráter jurídico, elaborado por um


médico perito, que se manifesta acerca de fatos a ele submetidos.

A partir da análise de um conjunto de documentos (exames, atestados,


prontuários, etc.) o especialista faz uma auditoria, e chega a uma conclusão que
terá efeitos jurídicos, orientando a opinião de outras pessoas, como, por exemplo,
de magistrados.

Termo de consentimento livre e esclarecido

O termo de consentimento tem ganhado cada vez mais destaque no meio médico.
Ele está relacionado ao dever do médico de manter o paciente bem informado da
sua condição de saúde, bem como de todos os atos e procedimentos médicos aos
quais será submetido.

A ideia de formalizar este dever em um documento escrito (e assinado pelo


paciente) tem por objetivo atestar que o médico concedeu todas as informações
que devia ao paciente, que este as compreendeu e, após, consentiu no
tratamento.

Trata-se, portanto, de um ato que abrange duas etapas: o esclarecimento do


paciente e, após, seu consentimento.

Por esta razão, é importante que o termo de consentimento seja elaborado em


linguagem simples e acessível, e que seja redigido especificamente para cada caso,
a fim de se evitar padronizações e informações genéricas.

Diante das crescentes demandas em face dos profissionais de saúde, é importante


que estes comecem a enxergar os documentos que elaboram como meio de prova
da boa prestação de seus serviços, e até como meio de defesa, caso venham a ser
questionados em relação a algum ato médico praticado.

Dada a importância destes documentos, é indispensável o acompanhamento por


um profissional especializado para uma boa orientação acerca da se sua
elaboração.

No Brasil, a ortopedia e a traumatologia são uma única especialidade médica.


Ambas cuidam de problemas anatômicos e fisiológicos do sistema locomotor, mas
a traumatologia tem como foco as lesões ósseas e tendinosas decorrentes de um
trauma.

Assim, o médico traumatologista cuida especificamente de lesões causadas pela


aplicação excessiva de força física ou por contusões. Seu papel é elaborar um
plano de tratamento para reabilitar o sistema locomotor ósseo e muscular em
casos de acidentes, quedas e traumas.

Já deu para perceber que o trabalho de um médico traumatologista é bastante


dinâmico, não é mesmo? Continue conosco para saber um pouco mais sobre essa
especialidade!
A traumatologia como especialidade médica

A formação de um médico traumatologista é a mesma de um ortopedista.


Portanto, após concluir a faculdade de Medicina, é preciso se especializar na área
de interesse e cumprir a residência por 3 anos.

A partir daí, o traumatologista pode trabalhar em hospitais, empresas,


consultórios particulares ou, ainda, ocupar cargos públicos. O profissional pode
ser consultado tanto em casos leves quanto naqueles de extrema gravidade,
atuando em parceria com radiologistas e fisioterapeutas.

A traumatologia tem, à sua disposição, diversos métodos de tratamento que são


empregados de acordo com as particularidades de cada situação. Na hora de
decidir a melhor conduta a ser seguida, o profissional avalia o tipo de lesão, a
gravidade do quadro e o histórico do paciente.

Entre as opções de tratamento, que podem ou não ser combinadas, destacam-se:

cirurgias (emergenciais ou programadas);

exercícios físicos;

fisioterapia;

imobilização;

implantação de próteses.

As lesões mais frequentemente tratadas por um traumatologista

A traumatologia não se encarrega apenas do tratamento de pacientes que


sofreram acidentes graves e correm risco de vida. Diversos tipos de lesões são
frequentemente tratadas por um traumatologista. Vamos conhecer algumas delas!

Acidentes de trabalho

De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, a maior


parte dos afastamentos de trabalhadores são decorrentes de fraturas, de luxações
e de entorses de punho, mão, antebraço, fêmur e joelho. As lesões mais comuns
ocorrem quando o funcionário cai de uma plataforma elevada, escada ou
andaime.

O traumatologista atua tanto no tratamento dessas lesões quanto em campanhas


cujo foco é a segurança no trabalho.
Lesões desportivas

Na prática esportiva, as lesões são comumente causadas por sobrecarga. Quando


há a atuação de uma força que excede a resistência das estruturas corporais,
ocorrem macrotraumatismos que causam uma incapacidade imediata
proporcional à gravidade da lesão.

Muitas vezes, no entanto, são os esforços repetitivos ou mal executados que


geram danos. Nesse caso, surgem microtraumatismos com efeito cumulativo que
podem, até mesmo, comprometer o desenvolvimento de atletas mais jovens.

Não é apenas no tratamento de atletas lesionados que o traumatologista atua. Ele


também pode se aprofundar no estudo da cinesiologia, da resposta do organismo
ao esforço, das limitações fisiológicas e da recuperação da fadiga. Dessa forma, o
profissional contribui ainda para a prevenção das lesões.

Acidentes no trânsito

Nos primeiros 6 meses de 2018, mais 19 mil pessoas morreram em decorrência de


acidentes de trânsito no Brasil. Mas engana-se quem pensa que a atuação do
traumatologista se restringe ao atendimento imediato das vítimas. Os
profissionais acompanham também o processo de recuperação, o que pode
representar cirurgias, colocação de implantes, entre outras medidas.

Além disso, os especialistas em traumatologia se envolvem em campanhas para


promover um trânsito mais seguro. Entre elas, podemos destacar os movimentos
que resultaram na obrigatoriedade do uso de capacetes pelos motociclistas e de
cadeirinhas próprias para o transporte de crianças.

Acidentes domésticos

Quando pensamos em acidentes com quedas em casa, normalmente lembramos


apenas dos idosos. No entanto, crianças e adultos jovens também podem se
acidentar dessa forma, principalmente ao andar sobre um piso molhado ou subir
em móveis ou eletrodomésticos para alcançar lugares altos.

Em idosos, as quedas já são consideradas um problema de saúde pública. Além de


auxiliar no atendimento emergencial, o traumatologista faz o acompanhamento
do paciente durante a sua recuperação. Na terceira idade, o restabelecimento é
mais lento e deve ser seguido com mais atenção pelo profissional.

Outras lesões

Além dos traumas que mencionamos, diversos outros tipos de lesão também
requerem acompanhamento de um profissional em traumatologia. Entre eles,
destacamos as quedas de qualquer natureza, choques mecânicos e agressões
físicas.

De maneira geral, os traumatologistas cuidam das lesões e fraturas decorrentes


de um acidente. As lesões congênitas do sistema locomotor, por sua vez, são
normalmente acompanhadas por um ortopedista.

A importância de um médico traumatologista

Após um trauma grave, como um acidente de carro ou uma queda severa, é


bastante evidente o papel de um médico especializado em traumatologia. Afinal,
ele é o profissional mais indicado para fazer o atendimento de emergência e
elaborar um plano de ação para restaurar as funções motoras da vítima.

Contudo, traumas leves acontecem cotidianamente. Nesses casos, os pacientes


costumam se queixar de febre, dores (articulares, nos braços, quadril, pernas e
coluna) e dificuldade para desempenhar tarefas simples, como levantar, sentar ou
andar. Esses sintomas podem vir de:

pequenas batidas;

quedas no trabalho;

mau jeito na hora de desempenhar uma atividade;

acidentes durante momentos de lazer.

Quando isso acontece, o acompanhamento de um traumatologista é essencial


para tratar a lesão e evitar consequências mais sérias. Afinal, ele é o profissional
mais qualificado para fazer um diagnóstico preciso e determinar quais são os
exames necessários para avaliar o dano e, a partir daí, propor condutas para
restaurar o bem-estar do paciente.

Assim, o traumatologista lida com diversos tipos de traumas, desde os pequenos


acidentes do dia a dia até desastres de grande repercussão. Sua atuação não é
restrita a hospitais. Ele também pode atender em consultórios, clínicas de
reabilitação motora, centros desportivos e empresas. Além disso, ele pode
trabalhar como perito em casos de acidentes de trabalho ou análises criminais.

Viu como a traumatologia pode ser uma carreira desafiadora e com inúmeras
possibilidades? Se essa for a sua escolha, não deixe de se manter sempre
atualizado, investindo em cursos de especialização, indo a congressos e eventos e
acompanhando as revistas da sua área de perto.
Anatomia

A anatomia humana estuda toda a estrutura do corpo humano, desde os sistemas


até os órgãos. O significado do termo vem do grego ‘Anatemnein’, que quer dizer
corte. Esta ciência começou suas investigações nos primórdios da civilização, no
século II, com a dissecação de animais e, posteriormente, em corpos humanos.

O filósofo, pintor, escultor, músico, engenheiro, cientista, arquiteto, Leonardo Da


Vincci, embora não tenha sido médico, contribuiu com seus conhecimentos e
revolucionou o que se conhecia sobre anatomia humana.

Por questões religiosas, houve um período em que os estudos foram proibidos.


Embora houvessem inúmeros impedimentos da época, Da Vinci foi transgressor e
fez desenhos de órgãos e dos sistemas da anatomia humana. Ele conseguiu
entender o interior do corpo, características dos órgãos vitais bem como seus
movimentos.

Sua primeira descrição foi feita através de uma dissecação da aterosclerose –


entupimento de uma artéria em função do acúmulo de gordura. Vale ainda
destacar que no período em que se arriscou no desbravamento do corpo humano,
a maior parte do organismo humano não tinha nome. Galeno de Pérgamo,
Mondino dei Luzzi e Avicena também foram exemplos de autores que
contribuíram para o estudo da anatomia humana através de dissecações.

Os cortes eram feitos em cadáveres de animais e vegetais inicialmente, mas com o


passar do tempo começaram a estudar organismos vivos para consolidar a
pesquisa e obter mais informações sobre a matéria como um todo. A anatomia
humana é responsável pelo detalhamento de cada parte de um corpo.
Minuciosamente, estuda as informações voltadas à genética, que podem ser
usadas para cura de doenças, por exemplo.
Desenho de Leonardo da Vinci, 1490, sobre suas percepções da anatomia
humana. (Foto: Wikipedia)

Avanços da Anatomia Humana

Embora os estudos acerca da anatomia humana sejam datados desde quinhentos


a.C, o que propiciou o conhecimento desta ciência foi o interesse de muitas
pessoas. Um destes avanços foi o uso do microscópio. Na técnica antiga, os corpos
eram abertos de forma manual. Com a tecnologia foi possível aprimorar a técnica
e o que só poderia ser visto a olho nu, hoje ganha amplitude e rapidez no
processo de investigação do corpo humano.

Já a anatomia macroscópica é o estudo da morfologia - estudo da aparência


externa da matéria - por meio de dissecção (corte) a olho nu ou com pequeno
aumento.

A anatomia humana pode ser estudada por partes: cabeça, pescoço, membros,
tórax, abdome e demais regiões. Quando se fala nos sistemas de órgãos do corpo
humano, a chamada anatomia sistêmica que é a mais utilizada.

A anatomia tem se renovado a cada dia e uma das formas de perceber essas
mudanças é analisando as descobertas desta ciência. Antes os estudos eram feitos
através de desenhos em cavernas, hoje tem-se uma tecnologia mais moderna e
que compreende os ambientes virtuais em três dimensões.

Divisões da anatomia humana

O corpo humano é divido em cabeça, tronco e membros. Eles possuem


características específicas, funcionamento interligado e harmonioso. A anatomia
humana tem divisões importantes. São elas:

Anatomia sistêmica: estuda o sistema digestório (digestão), sistema respiratório


(respiração), esquelético (ossos), muscular (músculos), cardiovascular (coração),
endócrino (produção de hormônios) e demais sistemas.

Anatomia Regional ou topográfica: é o estudo em regiões como tórax, abdômen


e demais. Necessita de um conhecimento muito amplo da anatomia sistêmica.

Anatomia clínica: a anatomia das imagens. Nela se consegue estudar o corpo


com o auxílio de aparelhos como radiografias, tomografias, ressonância, entre
outros.

Anatomia palpatória ou de superfície: também requer um conhecimento amplo


da anatomia sistêmica e da regional, uma vez que o profissional vai executar o
estudo através do toque. Para isso ele precisa conhecer e identificar, por exemplo,
alguma patologia, deformidade das estruturas que compõem o corpo humano.

Posição da Anatomia Humana

Para não haver erros de referência e padronizar o estudo acerca da anatomia


humana, os estudiosos aplicaram um modelo específico de posição anatômica.
Essa posição é de pé, ereto, com a cabeça e olhos para o horizonte, além dos
braços ao lado do corpo e mãos viradas para frente.
Anatomia humana estuda a estrutura do corpo humano. (Public Domain Pictures)

Planos da Anatomia Humana

É a divisão imaginária do corpo em partes para promover o estudo e dar nome às


estruturas anatômicas. É utilizado para descrever a localização espacial do corpo e
a direção dos seus movimentos. São três os planos principais, sendo eles:

Plano coronal: corta o corpo lateralmente indo de uma orelha a outra. Passa na
sutura coronal do crânio. Também chamado de plano frontal. Ele determina se
uma estrutura é anterior ou posterior.

Plano Sagital: corta o corpo em dois lados, mais precisamente direta e esquerda.
Passa pela testa, sutura sagital do crânio. Ocorre simetria externa, mas
internamente alguns órgãos não ficam simétricos.

Plano Transversal: corta o corpo ao meio, de forma que ele esteja separado em
superior (parte de cima) e inferior (parte de baixo). Pode também ser chamado de
plano horizontal.

Eixos e Movimentos da Anatomia Humana

Eixo Látero-lateral: ele vai perfurar o plano de uma extremidade a outra e entra
no plano sagital, que divide o corpo em metades iguais (direita e esquerda). Este
eixo gera movimentos pendulares que podem ser eles de flexão e extensão. Esses
movimentos são, basicamente, articulações que se mexem para frente e para trás
(braço, cotovelo, antebraço e demais).
Eixo Ântero- posterior: ele vai penetrar no corpo de trás para frente (posterior
para anterior) ou vice- versa (anterior para posterior). Também é um plano que
perfura o corpo perpendicularmente. Neste eixo os movimentos gerados são de
abdução e adução. Exemplo: (abrir os braços na lateral e fechar).

Eixo Longitudinal ou crânio-caudal: ele corta o corpo de cima para baixo. Neste
eixo os movimentos são de rotação. Exemplo: articulação do ombro, cotovelo e
demais.

Fisiologia

Os primeiros estudos acerca da Fisiologia são datados a partir de 2500 anos atrás,
na Grécia. Cláudio Galeno foi um grande influente da Fisiologia. Médico de
gladiadores, muitos o consideram o pai da fisiologia experimental por conta das
descobertas por meio da dissecação dos animais. Um dos seus estudos se baseava
na doutrina dos ‘quatro humores’.

Além de Galeno, outro nome de referência contribuiu neste estudo, o médico


belgo Andreas Versalius, considerado o pai da anatomia moderna (1514-1564).
Versalius publicou ‘De Humani Corporis Fabrica’ (1543), na qual trouxe ilustrações
da anatomia humana e da fisiologia. Devido a Vesalius, uma importante escola de
anatomia e fisiologia se instituiu em Pádua.

William Harvey médico britânico, também foi destaque na pesquisa da Fisiologia.


Ele derrubou a teoria de Galeno no século século XVII. Publicou o livro ‘Exercitatio
Anatomica de Motu Cordis et Sanguinis in Animalibus’, primeiro a descrever
corretamente o sistema circulatório do sangue. Suas contribuições foram
importantes para o que se conhecia sobre a circulação do sangue no corpo.

Foi a partir dessa teoria que o entendimento do funcionamento do corpo humano


foi totalmente mudado e tomou a forma que se conhece hoje. A evolução
tecnológica trouxe muitas mudanças, um desses exemplos foi o entendimento da
teoria celular (um dos conhecimentos fundamentais da biologia). Outro ponto
importante foi a definição de homeostasia, que passou a ser crucial para o estudo
da Fisiologia.
Fisiologia Humana

A fisiologia humana se ocupa em estudar o funcionamento do corpo dos seres


humanos. Outra área que tem relação com esta ciência é a Anatomia, pois é um
campo também muito importante para as análises do corpo humano, como é
estruturado e organizado. Ela se concentra na forma e a fisiologia, por sua vez, se
atribui da função dos sistemas e órgãos de cada parte do corpo. São, portanto,
duas áreas complementares.

O corpo humano é constituído da seguinte forma:

• moléculas: união dos átomos, necessário para as reações químicas do corpo;

• células: formação de várias moléculas, menor unidade funcional e estrutural


dos seres vivos;

• tecidos: conjunto de células que realizam funções diferentes;

• órgãos: conjunto de tecidos que realizam funções diferentes;

• sistema: união de órgãos que realizam uma função comum, que é o


funcionamento do corpo, regular a homeostase e o equilíbrio necessário do
corpo.

O corpo humano possui muitos sistemas e os principais para citá-los são:

• sistema tegumentar: formado por pele e anexos, é responsável por manter a


temperatura equilibrada do corpo;

• sistema esquelético: formado por ossos e cartilagens. Responsável pela


movimentação e equilíbrio do corpo, além de proteger os órgãos;

• sistema articular: formado por articulações, é a união funcional do esqueleto


humano;

• sistema muscular: formado por músculos, esse sistema é responsável pela


contração de órgãos, produção de calor, movimentação do esqueleto do corpo
humano e etc;

• sistema cardiovascular: composto pelo tecido sanguíneo e o coração. É


responsável por levar oxigênio e nutrientes até as células;
• sistema respiratório: formado pelos pulmões e vias respiratórias, é responsável
pela expiração e respiração através das narinas.

• sistema digestório: responsável por desgastar todo alimento que se ingere. Os


órgãos que fazem parte são o ânus, reto, intestino grosso, intestino delgado,
duodeno, estômago, esôfago, faringe e boca;

• sistema urinário: formado pelos rins e vias urinárias, é responsável por expelir
as substâncias tóxicas do organismo;

• sistema genital: formado por testículos e vias espermáticas (homem), na mulher


constitui os ovários, tubas uterinas, útero e vagina. É responsável pela reprodução
humana e produção de hormônios;

• sistema nervoso: formado pelo Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema


Nervoso Periférico (SNP) são responsáveis pela transmissão de informação entre
as partes do corpo e coordena as ações voluntárias e involuntárias.

Fisiologia Vegetal

A Fisiologia Vegetal se ocupa em estudar as funções dos organismos vegetais.


Dentre as principais características das plantas é a presença de células com núcleo
delimitado, chamadas de eucarióticas, são seres que possuem mais de uma célula
(pluricelulares) e não se movem. Além disso produzem seu próprio alimento por
meio da fotossíntese (autótrofos) e possuem paredes celulares, formadas por
celulose, principal componente deste organismo.

Sua estrutura, na maior parte plantas angiospermas, é formada por raiz, caule,
folha, frutos e semente. Cada parte dela é responsável por uma função, de forma
que mantenha a proliferação dessa espécie. Nelas são encontrados elementos
como carbono, oxigênio, hidrogênio, cálcio, fósforo e etc.

Principal fonte de energia dos ecossistemas, os organismos vegetais possuem a


capacidade de converter a energia do sol em moléculas orgânicas. Além disso,
deles são extraídas substâncias para produção de remédios, fibras, etc.

Homeostase

É o termo usado por fisiologistas para definir a tendência que o corpo humano
tem para manter o interno constante ou quase constante por meio do líquido
intersticial. Esse componente contém nutrientes necessários para a manutenção
da vida da célula.
A homeostase garante que ocorra mudanças internas no organismo e para que
isso ocorra, a temperatura corporal deve permanecer em 37º, para assegurar as
trocas indispensáveis para o desenvolvimento das células e os órgãos funcionem
em perfeito equilíbrio.

Genética

A Genética é uma área da biologia que estuda os mecanismos da hereditariedade


ou herança biológica.

Para estudar as formas de transmissão das informações genéticas nos indivíduos


e populações, existem várias áreas de conhecimento que se relacionam com a
genética clássica como a biologia molecular, a ecologia, a evolução e mais
recentemente se destaca a genômica, em que se utiliza a bioinformática para o
tratamento de dados.

Conceitos Básicos

Conheça os principais conceitos genéticos e entenda sobre cada um deles:

Células Haploides e Diploides

Célula diploide e haploide

As células haploides (n) possuem apenas um conjunto de cromossomos. Assim,


nos animais, as células sexuais ou gametas são haploides. Essas células possuem
metade do número de cromossomos da espécie.
As células diploides (2n) são aquelas que possuem dois conjuntos de
cromossomos, como é o caso do zigoto, que possui um conjunto de cromossomos
originários da mãe e um conjunto originário do pai. São células diploides, os
neurônios, células da epiderme, dos ossos, entre outras.

Cromossomos

Os cromossomos são encontrados no núcleo da célula

Os cromossomos são sequencias da molécula de DNA, em forma de espiral, que


apresentam genes e nucleotídeos.

O número de cromossomos varia de uma espécie para outra, é representado por


n.

Por exemplo, a mosca Drosophila possui 8 cromossomos nas células do corpo e 4


nos gametas. A espécie humana possui um número total de 46 cromossomos nas
células diploides e 23 nos gametas.

Cromossomos Homólogos

Cada cromossomo presente no espermatozoide encontrará correspondência nos


cromossomos do óvulo.

Em outras palavras, os cromossomos de cada gameta são homólogos, uma vez


que possuem genes que determinam certa característica, organizados na mesma
sequência em cada um deles.
Representação de cromossomos homólogos e a localização (ou locus gênico) de
alguns genes alelos, que determinam características específicas.

Genes

Genes são fragmentos de DNA encontrados no núcleo da célula


Os genes são esses fragmentos sequenciais do DNA, responsáveis por codificar
informações que irão determinar a produção de proteínas que atuarão no
desenvolvimento das características de cada ser vivo.

Eles são considerados a unidade funcional da hereditariedade.

Os genes alelos são aqueles que ocupam o mesmo lócus em cromossomos


homólogos e estão envolvidos na determinação de um mesmo caráter.

Eles são responsáveis pela determinação de certa característica, por exemplo, cor
do pelo nos coelhos, possuem variações, determinando características diferentes,
por exemplo pelo marrom ou branco. Além disso, ocorrem aos pares, sendo um
de origem materna e outro de origem paterna.

Alelos e Alelos Múltiplos

Exemplos de genes alelos

Um alelo é cada uma das várias formas alternativas do mesmo gene que ocupa
um locus no cromossomos e atuam na determinação do mesmo caráter. Os alelos
múltiplos ocorrem quando os genes apresentam mais de duas formas alélicas.

Nesse caso, mais de dois alelos estão presentes na determinação de um caráter.


Homozigotos e Heterozigotos

Exemplos de homozigotos e heterozigotos

Os seres homozigotos são aqueles que apresentam pares de genes alelos


idênticos (AA/aa), ou seja, possuem genes alelos idênticos.

Enquanto isso, os heterozigotos caracterizam os indivíduos que possuem dois


genes alelos distintos (Aa).

Genes Dominantes e Recessivos

Quando um indivíduo heterozigótico possui um gene alelo dominante ele se


expressa determinando uma certa característica. Os genes dominantes são
representados por letras maiúsculas (AA, BB, VV) e expressos fenotipicamente em
heterozigose.

Quando o gene alelo não se expressa nesse indivíduo, ele é um gene recessivo. Os
genes recessivos são representados por letras minúsculas (aa, bb, vv) donde os
fenótipos são expressos somente em homozigose.
Fenótipo e Genótipo

Fenótipo e Genótipo

O genótipo é o conjunto das informações contidas nos genes, desse modo, irmãos
gêmeos têm o mesmo genótipo pois possuem os mesmo genes. Ele representa a
constituição genética do indivíduo.

Já o fenótipo é a expressão dos genes, ou seja, é o conjunto das características que


vemos nos seres vivos, por exemplo, a cor dos olhos, o tipo sanguíneo, a cor das
flores de uma planta, a cor do pelo de um gato, entre outras.

Herança Ligada ao Sexo

Os cromossomos sexuais são aqueles que determinam o sexo dos indivíduos.

As mulheres possuem 2 cromossomos X, enquanto os homens possuem um


cromossomo X e um Y. Desse modo, é o gameta masculino que determina o sexo
dos filhos.

Como os cromossomos X tem muito mais genes o que o Y, alguns dos genes do X
não têm alelo correspondente no Y, desse modo determinam a herança ligada ao
cromossomo sexual ou ligada ao sexo.
Representação da transmissão hereditária da hemofilia, cujos genes se localizam
no cromossomo X

O daltonismo e a hemofilia são exemplos de doenças determinadas por genes


presentes no cromossomo X. O daltonismo, que é um tipo de cegueira para cores,
é uma condição produzida por um alelo mutante responsável pela produção de
um dos pigmentos visuais.

Citologia

A Citologia ou Biologia Celular é o ramo da Biologia que estuda as células.

A palavra citologia deriva do grego kytos, célula e logos, estudo.

A citologia foca-se no estudo das células, abrangendo a sua estrutura e


metabolismo.

O nascimento da citologia e a invenção do microscópio são fatos relacionados. Em


1663, Robert Hooke cortou um pedaço de cortiça e observou ao microscópio. Ele
notou que existiam compartimentos, os quais ele denominou de células.

A partir daí, a citologia começou a desenvolver-se como ciência. O avanço dos


microscópios contribuiu para que as estruturas das células fossem observadas e
estudadas.
Teoria Celular

O estabelecimento da Teoria Celular foi possível graças ao desenvolvimento da


microscopia.

A Teoria Celular apresenta postulados importantes para o estudo da Citologia:

Todos os seres vivos são constituídos por células;

As atividades essenciais que caracterizam a vida ocorrem no interior das células;

Novas células se formam pela divisão de células preexistentes através da divisão


celular;

A célula é a menor unidade da vida.

Tipos de Células

As células podem ser divididas em dois tipos: as procariontes e eucariontes.

Procariontes

A principal característica da célula procarionte é a ausência de carioteca


delimitando o núcleo celular. O núcleo da célula procarionte não é individualizado.

As células procariontes são as mais primitivas e possuem estruturas celulares mais


simples. Esse tipo celular pode ser encontrado nas bactérias.

Eucariontes

As células eucariontes são mais complexas. Essas possuem carioteca


individualizando o núcleo, além de vários tipos de organelas.

Como exemplos de células eucariontes estão as células animais e as células


vegetais.

Partes da Célula

As células eucariontes apresentam partes morfológicas diferenciadas. As partes


principais da célula são: membrana plasmática, citoplasma e núcleo celular.
Estruturas presentes na célula eucarionte animal

Membrana Plasmática

A membrana plasmática ou membrana celular é uma estrutura celular fina e


porosa. Ela possui a função de proteger as estruturas celulares ao servir de
envoltório para todas as células.

A membrana plasmática atua como um filtro, permitindo a passagem de


substâncias pequenas e impedindo ou dificultando a passagem de substâncias de
grande porte. A essa condição damos o nome de Permeabilidade Seletiva.

Citoplasma

O citoplasma é a porção mais volumosa da célula, onde são encontradas as


organelas celulares.

O citoplasma das células eucariontes e procariontes é preenchido por uma matriz


viscosa e semitransparente, o hialoplasma ou citosol.

As organelas são pequenos órgãos da célula. Cada organela desempenha uma


função diferente.

Saiba quais são as Organelas Celulares:

Mitocôndrias: Sua função é realizar a respiração celular, que produz a maior parte
da energia utilizada nas funções celulares.
Retículo Endoplasmático: Existem 2 tipos de retículo endoplasmático, o liso e o
rugoso.

O retículo endoplasmático liso é responsável pela produção de lipídios que irão


compor as membranas celulares.

O retículo endoplasmático rugoso tem como função realizar a síntese proteica.

Complexo de Golgi: As principais funções do complexo de golgi são são modificar,


armazenar e exportar proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso.
Ele também origina os lisossomos e os acrossomos dos espermatozoides.

Lisossomos: São responsáveis pela digestão intracelular. Essas organelas atuam


como sacos de enzimas digestivas, digerindo nutrientes e destruindo substâncias
não desejadas.

Ribossomos: A função dos ribossomos é auxiliar a síntese de proteínas nas células.

Peroxissomos: A função dos peroxissomos é a oxidação de ácidos graxos para a


síntese de colesterol e respiração celular.

Núcleo Celular

O núcleo celular representa a região de comando das atividades celulares.

No núcleo encontra-se o material genético do organismo, o DNA. É no núcleo que


ocorre a divisão celular, um processo importante para o crescimento e reprodução
das células.

Vírus e Bactérias

Sabe qual a diferença entre vírus e bactérias e as principais características de cada


ser?

Apesar dos contrastes, ambos têm uma coisa em comum: a grande e complexa
capacidade de causar doenças graves. Vírus e bactérias nem sempre provocam
esses problemas, mas são potenciais patógenos de enfermidades graves.
Vírus e bactérias: o que são

Pouquíssimas são as similaridades entre os dois organismos. Por exemplo, eles


não podem ser vistos a olho nu e se multiplicam com grande facilidade. Mas, há
mais diferenças do que semelhanças.

Vamos começar falando das bactérias.

Seres unicelulares de composição simples, elas medem cerca de 0,05 milésimos de


milímetro, mas são dez mil vezes maiores que os vírus!

A bactéria é a forma de vida mais antiga do nosso planeta e têm um papel


importante na limpeza do ambiente, pois são altamente eficientes no processo de
decomposição de animais e de plantas mortas.

Os vírus, por outro lado, são tão simples que nem chegam a ser considerados
seres vivos, antes, são tidos como um material genérico. Além disso, eles
necessitam de estruturas celulares de organismos vivos para se reproduzir e
possuem apenas uma capa protéica para proteção.

Cientistas consideram que podem existir trilhões de espécies de vírus no planeta!


Esse dado nos diz muito sobre o quão pouco ainda sabemos sobre eles.

Doenças virais e bacterianas


Basicamente, a diferença entre doenças virais e bacterianas está no modo como
elas se desenvolvem no hospedeiro. Uma vez que todos os tipos de vírus
necessitam das células para se reproduzir, a progressão do problema se dá na
proporção em que células são afetadas.

As bactérias, por outro lado, não necessitam disso. Circulam livremente no


organismo e o avanço da patologia por ela causada também acontece à medida
que se espalha.

Por outro lado, esses agentes apresentam sintomas muito similares no início das
doenças infecciosas. Mal estar, febre, diarreia, náuseas, entre outros, são os
primeiros sinais e, de acordo com seu progresso, os sintomas vão se
diferenciando.

Doenças bacterianas

Bactérias são seres altamente interativos. Na verdade, nós vivemos uma relação
íntima, no estrito sentido da palavra, com elas. Alguns cientistas apostam, ainda,
que os micro-organismos formam boa parte do corpo humano.

Precisamos delas e elas precisam de nós. A esse relacionamento damos o nome


de cooperação. Fica claro, portanto, que o problema não é ter bactérias no nosso
organismo e sim quais vivem nele.

As doenças causadas por bactérias mais comuns são:

Botulismo;

Cólera;

Sífilis;

Desinteria;

Febre maculosa;

Pneumonia bacteriana;

Gonorreia;

Hanseníase;

Leptospirose;

Tuberculose;

Tétano.

Doenças virais

Os vírus são responsáveis por problemas complexos e, ao contrário das bactérias,


muitas doenças virais não têm cura!
Conheça as principais viroses:

AIDS;

Herpes;

Resfriado Comum;

Gripe;

Novo Coronavírus;

Febre amarela;

Hepatite;

Dengue;

Caxumba;

Catapora;

Raiva;

Varíola;

Rubéola;

Sarampo;

Poliomielite;

Mononucleose Infecciosa.

É possível contrair essas patologias de diversas formas, com a má higiene, relações


sexuais desprotegidas, picadas de insetos, etc.

Prevenção e tratamento de doenças

O modo mais eficaz de combater as doenças bacterianas é com o uso prescrito de


antibióticos; já no caso das viroses não há medicação específica. Por outro lado,
em ambos cenários, a vacinação é uma grande aliada!

É muito importante que os profissionais intensivistas e emergencistas tenham


conhecimento e experiência prática para socorrer vítimas de casos críticos desses
agentes. Isso envolve, por exemplo, o correto manejo da Sequência Rápida de
Intubação (SRI).

Para isso, a Sociedade Mineira de Terapia Intensiva (Somiti) desenvolveu o Suporte


Avançado de Vida em Infectologia (SAVI) oferecendo às equipes de CCIH educação
avançada e simulação realística para o controle de infecção hospitalar.

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