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aula 19.04
introdução à disciplina e case
➡Bibliografia: não está disponível na biblioteca, porém, a professora recomendou alguns
livros que estão na biblioteca virtual:
-Medicina Legal - Genival França (aulas baseadas neste); Manual de Medicina Legal -
Dalton Croce.
➡Atividades avaliativas:
-Prova 1 (08/04): discursiva - 30%
-Prova 2 (17/06): alternativa - 30%
-AMC - 10%
-Aprova UNASP - 10%
-Resenhas críticas de filmes - 20% (Resenha de Documentário “Amanda Knox” e Filme “A
condenação”)
aula 26.02
introdução à medicina legal
aula 04.03
-Caso Gouffé: Um certo médico achou um corpo, que, naquela época, não havia sido
armazenado e refrigerado da maneira correta, e ficou analisando-o durante 11 dias. Através
de algumas características do corpo, ele pôde identificar quem era o defunto, e como havia
morrido. Pela medida dos ossos, conseguiu definir a altura aproximada da pessoa, e por
lesões na parte superior da tireoide, constatou que a possível morte seria estrangulamento
violento. Verificou lesões na perna do corpo, e supôs que, pela lesão, a pessoa andava
mancando. Conseguiu identificar também a idade aproximada da pessoa, e todas as
informações bateram com os dados reais do soldado desaparecido, variando em
pequeníssimo grau.
- Dr. Lacassagne:
• Montou a cadeira de Medicina Legal na Universidade de Lyon, em 1880.
• Ele descobriu que as manchas que aparecem nos cadáveres eram devido ao sangue, por
gravidade, se deslocar para níveis inferiores. Pesquisou a fixação destas manchas, o rigor
cadavérico, o resfriamento cadavérico e várias técnicas para constatar a morte.
NOÇÕES HISTÓRICAS - Não cai na prova
a BRASIL = Primeira publicação apenas em 1814
Início dos estudos em 1832, com as faculdades de medicina no Rio de Janeiro.
-Agostinho José de Souza Lima - inaugura, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, o
primeiro curso prático de tanatologia forense.
-Raymundo Nina Rodrigues - inicia as fases da pesquisa científica médico-legal na Bahia.
OS DIAS ATUAIS
• A prática médico-legal brasileira é uma atividade oficial e pública, exercida nos Institutos
Médico-Legais (IML),
localizados nas capitais dos 26 Estados federativos e no DF, além de sua expansão no interior
do país nos chamados Postos Médicos-Legais.
• Vinculação aos órgãos de segurança pública.
-Discute-se que a prática da medicina legal precisa ser uma atividade autônoma que
se pautada na ciência e investigação, e desvinculada da polícia, para que não
interfiram.
• Movimentos a favor da autonomia da perícia médico-legal (Sociedade Brasileira de ML,
OAB, entidades de DH)
PERÍCIA MÉDICO-LEGAL
• CONCEITO = conjunto de procedimentos médicos e técnicos que procuram esclarecer um
fato de interesse da Justiça. Pode ser:
a) Sobre um fato a ser analisado (perita percipiendi): Perícia Direta.
b) Sobre uma perícia já realizada (peritia deducendi): Perícia Indireta.
-Em ambos os tipos, teremos:
-Parte objectii = alterações ou perturbações encontradas nos danos avaliados. Vistos
por todos, não podem mudar. Fatos incontroversos.
-Isto pode levar a raciocínios divergentes e contraditórios, com o surgimento de
teorias e conceitos discordantes: Parte subjecti
Ex. (Caso Matsunaga) Temos certeza que o cara morreu, e que foi esquartejado. Portanto,
parte objetiva. Porém, não temos certeza se ele foi esquartejado ainda vivo, ou morto parte
subjetiva, o que pode levantar teses tanto pro lado da acusação quanto defesa.
A tese acusatória, poderia ser que ele ainda estava vivo, pois deu positivo o teste de água no
pulmão. A tese defensiva, poderia ser que uma pessoa morre quando acaba a atividade
cerebral, e não necessariamente quando o coração para de bater, ou outros órgãos falecem.
-Finalidade da Perícia:
-Produzir provas (elemento demonstrativo do FATO).
-Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será
assistido por PERITO.
A PROVA
SISTEMAS DE AVALIAÇÃO
• Sistema Legal ou Tarifado (usado antigamente)
- Cada prova tem seu valor, umas mais do que as outras, e dependendo de quais provas
estão presentes no processo, isso influenciava na decisão do juiz. A rainha das provas
era a confissão, a que valia mais que todas as outras.
- Julgamento por combate: também ocorria na época em que esse sistema era utilizado.
O réu e o acusado, ambos escolhiam alguém para lutar em seu favor, (ou si próprio), e
quem ganhasse, era considerado dono da verdade (considerando a parte religiosa, que
se ganhou, foi porque Deus deixou). Isso definia o processo
• Sistema da Livre Convicção
- O sistema do “decido de acordo com aquilo que eu me convenci”. Hoje em dia, o juiz
precisa fundamentar sua decisão .
- Hoje em dia ainda é usado, no Tribunal do Júri, o jurado tem sua livre convicção e não
precisa fundamentar isso.
• Sistema da Persuasão Racional
- A que vale atualmente
A PROVA - QUALIDADE!
o Disciplina Metodológica - Utilização de:
1. Técnicas médico-legais reconhecidas;
2. Meios subsidiários necessários e adequados para cada caso, com tecnologia atualizada.
- No caso Amanda Knox, as provas foram periciadas em laboratório com tecnologia
desatualizada.
3. Protocolo com roteiros objetivos e atualizados, tecnicamente garantidos pela prática
legispericial.
A PROVA - Médico-Legal
• Exigências - identificar e justificar!
• Quanto mais justificada, mais credibilidade.
• FUNDAMENTACÃO!
• Ou seja, o perito não deve apontar algo que não possa JUSTIFICAR!
- Regra que existe só na teoria, porque na prática, os laudos são bem diretos e não
justificam quase nada das alegações. Porém, há a chance de o advogado arrolar o
perito para ser ouvido na Audiência de Instrução, e explicar os motivos de ter chegado
em determinada conclusão que pôs no laudo.
• Problema no processo... Quem entende?
MATERIALIZAÇÃO DA PERÍCIA
• Laudos.
• Peças escritas, tendo por base material que foi examinado.
• Não é ATESTADO! O Atestado fornecido por médico particular não substitui o
LAUDO para comprovar materialidade em um processo criminal.
• As perícias podem ser realizadas nos VIVOS, NOS CADÁVERES, NOS ESQUELETOS, nos
ANIMAIS e nos OBJETOS.
VIVOS:
• Diagnóstico de lesões corporais;
• Determinação de idade, sexo; grupo étnico, paternidade, maternidade;
• Diagnóstico de gravidez, parto e puerpério;
- Para apurar crime de aborto ou infanticídio por ex.
• Diagnóstico de conjunção carnal ou atos libidinosos (crimes sexuais);
• Diagnóstico de doenças profissionais e acidentes do trabalho
CADÁVERES:
• Diagnóstico da causa da morte e da causa jurídica de morte;
• Diagnóstico do tempo aproximado de morte;
• Identificação do morto;
• Diagnóstico da presença de veneno em suas vísceras, retirada de projétil, etc.
ESQUELETOS:
• Identificação do morto;
• Causa da morte.
ANIMAIS: • Perícias mais raras. • Exemplo: animal que participe de uma luta pode
apresentar-se ferido ou morto, trazendo em seu corpo um projétil de arma de fogo,
tornando-se útil sua retirada para identificação da arma do agressor.
OBJETOS: • Identificação de pelos; exames de armas e projéteis; levantamento de impressões
digitais; pesquisas de esperma, leite, colostro, sangue, fezes, urina, saliva e mucosidade
vaginal, nas roupas, móveis ou utensílios.
RESUMINDO...
1. Se os vestígios (o feto) desaparecerem, o fato deverá ser confirmado de forma indireta por
meio de prova testemunhal (pessoas que viram a mulher grávida) e/ou documental (CORPO
DE DELITO INDIRETO).
2. Quando houver vestígios, o exame pericial deverá ser realizado a partir destes (CORPO DE
DELITO DIRETO).
aula 18.03
antropologia forense
1. IDENTIDADE
• Identidade Objetiva = permite afirmar tecnicamente que determinada pessoa é ela mesma
por apresentar uma série de elementos que a faz distinta das demais.
Identidade Subjetiva = não faz parte do estudo da antropologia forense.
-Existem diversas características específicas que nos torna únicos. as características
objetivas, no estudo dessa disciplina, são características físicas. As subjetivas dizem respeito
à personalidade e etc.
História da Identificação
• Código de Hamurábi – identificação de criminosos através da amputação da orelha, nariz,
dedos, mãos, vazamento dos olhos.
• França (até antes da Revolução) – flor de lis marcada a ferro e fogo no rosto ou espáduas
dos ladrões e “vagabundos”.
-Ou seja, serviam para identificar o criminoso pra sempre, para mesmo após o
cumprimento da pena, todos saibam do que ele fez.
História da Identificação
• Humanização dos costumes.
• Recursos antropológicos e antropométricos;
• HOJE: avanços da hemogenética forense.
Processos Periciais de Identificação
• Vivo (desaparecidos, pacientes mentais desmemoriados, menores de idade, recusa de
identidade);
• Mortos (desastres de massa, cadáveres sem identificação, mutilados, estados avançados de
putrefação e restos cadavéricos);
• Esqueletos (decomposição em fase de esqueletização, esqueletos e ossos isolados).
FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS E TÉCNICOS:
1. UNICIDADE = individualidade, elementos específicos de determinado indivíduo.
2. IMUTABILIDADE = características que não mudam ao longo do tempo (tempo em vida). Ex.
digital e DNA
3. PERENIDADE = capacidade de certos elementos resistirem à ação do tempo,
permanecendo mesmo após a morte.
4. PRATICABILIDADE = processo não complexo, tanto para obter como para registrar os
caracteres. Ex. Digitais.
5. CLASSIFICABILIDADE = Metodologia no arquivamento, rapidez e facilidade na busca dos
registros. Ex. Digitais. Aqui no Brasil pelo menos, ainda é o método de identificação mais
rápido
• A identificação do vivo ou do cadáver é mais fácil!
• A identificação do esqueleto fundamenta-se em uma criteriosa investigação da espécie,
etnia, idade, sexo, estatura e, principalmente, das características individuais.
• Características individuais mais importantes = DENTES. Contanto que haja uma ficha
dentária bem assinalada, com o número de dentes, alterações, anomalias e restaurações.
Reconhecimento X Identificação
• Reconhecimento = ato de certificar, conhecer de novo, admitir como certo ou afirmar
conhecer. Afirmação de algum parente ou conhecido. Possibilidade de assinatura em termo
de reconhecimento.
-Ex. um avião caiu, e eu já sei quem são as possíveis pessoas donas dos corpos que
encontrei
• Identificação = conjunto de meios e técnicas científicas empregados para se obter uma
identidade. Afirmação, através de elementos antropológicos ou antropométricos. Partir do
zero
-Ex. foram encontrados alguns esqueletos de pessoas que morreram em 1500 na
peste bubônica
I. Identificação Médico-Legal:
Aspectos:
1. Espécie
2. Ossos
3. Reações Biológicas
4. Sangue
5. “Raça” (etnia)
I. Identificação Médico-Legal:
OSSOS:
1. Morfologia = exame de dimensões e caracteres que os tornam diferentes.
2. Microscopia = diferença pela análise da disposição do tamanho dos canais de Havers -
menor número e mais largos no ser humano.
OSSOS
Estudo Histológico
• Canais de Havers = série de tubos estreitos no interior dos ossos.
Função = passagem de vasos sanguíneos e células nervosas. Formados por lamelas
concêntricas de fibras colágenas. Encontradas na região mais compacta do meio de ossos
longos.