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A criminalística é considerada uma disciplina nascida da Medicina Legal, que é quase tão antiga
quanto a própria humanidade. Uma vez que em épocas passadas o médico era pessoa de notório
saber, sendo sempre consultado. No século XIX era a medicina legal que tratava da pesquisa, da
busca e da demonstração de elementos relacionados com a materialidade do crime.
Mas com os avanços dos diversos ramos das ciências, como a Química, a Biologia e a Física,
houve a necessidade de uma maior especialização, o que fez com que outros profissionais
passassem a ser consultados.
Desse modo, surge a necessidade da criação de uma nova disciplina para a pesquisa, análise e
Consta que a criminalística nasceu com Hans Gross, que é considerado o pai dessa ciência, já
que foi ele quem cunhou este termo. Juiz de instrução e professor de
direito penal austríaco, autor da obra “System Der Kriminalistik”, em 1893. Considerada um
manual de instruções dos juízes de direito, que definia a criminalística como “O estudo da
fenomenologia do crime e dos métodos práticos de sua investigação”.
A criminalística pode ser dividida em duas fases: a primeira aquela em que se buscava a verdade
através de métodos primitivos, mágicos ou através da tortura, considerando que na maioria das
vezes não se conseguia obter uma confissão do acusado de forma espontânea; a segunda fase que
procurava a verdade através de métodos racionais, surgindo assim os fundamentos científicos da
criminalística deixando de lado as crenças nos milagres e nas mágicas. Paralelamente verificou-
se que através das ciências naturais é possível interpretar os vestígios do delito através da analise
das evidências do fato e sua autoria.
Desde o seu surgimento a criminalística visa estudar o crime de forma a não distorcer os fatos,
zelando pela integridade e sempre perseguindo a evidência, com o fim de promover a justiça e
como um meio de obter os argumentos decisórios para a prolação da sentença (ZARZUELA,
1996). Dois são os seus princípios básicos:
b) Princípio da Individualidade: Dois objetos podem parecer indistinguíveis, mas não há dois
objetos absolutamente idênticos.
É a combinação destes dois princípios que torna possível a identificação e a prova científica. De
acordo com o Princípio da Troca de Locard, qualquer um, ou qualquer coisa, que entra em um
local de crime leva consigo algo do local e deixa alguma coisa para trás quando parte.
No mundo virtual dos computadores, o Princípio da Troca de Locard é válido (ou pelo menos
parte dele) onde quer que o intruso interfira ele deixa rastros. Tais rastros podem ser
extremamente difíceis ou praticamente impossíveis de serem identificados e seguidos, mas eles
existem. Nesses casos, o processo de análise forense pode tornar-se extremamente complexo e
demorado, necessitando do desenvolvimento de novas tecnologias para a procura de evidências.
Nesse sentido, a criminalística baseia-se no fato de que um criminoso deixa no lugar do crime,
alguns vestígios, e por outro lado também recolhem na sua pessoa, na sua roupa e no seu
material, outros vestígios, e todos eles imperceptíveis, mas característicos da sua presença ou da
sua atividade (princípio de LOCARD).
série de técnicas, procedimentos e ciências que estabelecem a verdade jurídica acerca do ato
criminal.
Vejamos algumas definições de criminalística que nos permitem ampliar esse entendimento,
começando por um entendimento mais básico: “Criminalística é uma ciência, dentre aquelas
consideradas auxiliares do Direito Penal”. Nesse sentido tem por objeto a descoberta do crime,
bem como a identificação de seus autores. Ainda em busca de uma definição ampla, vejamos o
que diz a Enciclopédia Saraiva de Direito sobre Criminalística:
Nas entrelinhas desta conceituação, mais do que uma simples definição, objetiva-se que a
moderna Criminalística necessariamente esteja imbuída do fator da dinâmica, com a análise dos
vestígios materiais, as interligações entre eles, bem como dos fatos geradores, a origem e a
interpretação dos vestígios, os meios e modos como foram perpetrados os delitos, não se
restringindo, tão somente, à fria estática narrativa, sem vida, da forma como se apresentam os
vestígios, isto é, ao simples visum et repertum.
De acordo com a história, na velha Roma, o Imperador César aplicara o método de “exame
do local”, ou seja, tendo chegado aos seus ouvidos que um de seus servidores, Plantius Silvanius,
tendo jogado sua mulher, Aprônia, de uma janela, compareceu ao local e foi examinar o seu
quarto de dormir “e nele encontrou sinais certos de violência”. Considerando que um dos
aspectos mais importantes da Criminalística é o exame do local do delito, este ato de César foi,
talvez a aplicação primeira do método do exame direto de um local de crime, para a constatação
do ali ocorrido.
1) Em 1560, na França, Ambroise Paré falava sobre os ferimentos produzidos por arma de fogo;
3) Em 1651, em Roma, Paolo Zachias publicou “Questões Médicas”, sendo considerado, assim,
o “pai da Medicina Legal”;
5) Em 1753, na França, Boucher realizava estudos sobre balística, disciplina que mais tarde se
chamaria Balística Forense;
6) Em 1805, na Áustria, teve início o ensino da Medicina Legal; na Escócia, ocorreu em 1807 e
na Alemanha, em 1820; por essa época também se verificou na França e na Itália;
7) Em 1809, a polícia francesa permitiu a inclusão de Eugene François Vidocq , um célebre
delinquente dessa época, originando, para alguns, o maior equívoco para a investigação policial,
mas, para outros, a transformação em uma das melhores polícias do mundo, já que muitos de
seus sistemas de investigação foram difundidos a muitos países; em 1811, Vidocq fundou a
Sûretê (Segurança);
9) Em 1829, na Inglaterra, Sir Robert Peel fundou a Scotland Yard (este nome é originário do
fato de a polícia de Londres estar ocupando uma construção que antes havia servido de
residência aos príncipes escoceses, quando visitavam Londres);
10) Em 1840, o italiano Orfila criou a Toxicologia e Ogier aprofundou os estudos em 1872; esta
ciência auxiliava os juízes a esclarecer certos tipos de delitos, principalmente naqueles em que os
venenos eram usados com frequência; esta ciência, ou disciplina, também é considerada como
precursora da Criminalística;
11) Em 1844, uma bula de Inocêncio VII recomendava a intervenção dos médicos nos assuntos
criminais;
que fossem examinadas com lente; que existe certa semelhança entre
13) Em 1864, Lombroso propôs o Sistema Antropométrico como processo de identificação (na
Itália);
14) Em 1866, Allan Pinkerton, em Chicago, nos EUA, colocava em prática a fotografia criminal
para reconhecimento de delinquentes, disciplina que, posteriormente, seria chamada Fotografia
Judicial e atualmente se conhece como Fotografia Forense;
15) Em 1882, Alfonso Bertillón criava, em Paris, o Serviço de Identificação Judicial, em que
ensaiava seu método antropométrico, outra das disciplinas que se incorporaria à Criminalística
geral; nessa mesma época, Bertillón publicava tese sobre o Retrato Falado, outra das precursoras
disciplinas Criminalísticas, constituindo- -se na descrição minuciosa de certos característicos
cromáticos e morfológicos do indivíduo;
16) Em 1888, na Inglaterra, Sir Francis Galton foi convidado pelo “Real Instituto de Londres”
para opinar sobre o melhor sistema de identificação; deveria proceder a estudos comparativos
entre os sistemas de Bertillón (Antropométrico) e o das impressões digitais.
18) Em 1892, em Graz, Áustria, o mais ilustre e distinguido criminalista de todos os tempos, o
Doutor em Direito Hans Gross publicou sua obra: Manual do Juiz de Instrução – todos os
sistemas de Criminalística; em 1893, foi impressa na mesma cidade austríaca, a segunda edição
de sua obra, e a terceira em 1898. Do conteúdo científico desta obra se depreende que o Doutor
Hans Gross, em sua época, constituiu a Criminalística com as seguintes matérias:
19) Em 1896, Juan Vucetich (nascido na Croácia, Yugoslávia), consegue que a Polícia do Rio da
Prata, Argentina, deixe de utilizar o método antropométrico de Bertillón; ainda, reduz a quatro os
tipos fundamentais da Datiloscopia, determinados pela presença ou ausência de delta;
21) Em 1902, em Portugal, começou a utilização das impressões plantares e palmares como
complemento da identificação datiloscópica;
22) Em 1903, no Rio de Janeiro, Brasil, foi fundado o Gabinete de Identificação, onde já estava
estabelecido o Sistema Datiloscópico de Vucetich;
23) Em 1908, na Espanha, Constancio Bernaldo de Quiroz reduzia a três as fases da formação e
evolução da Polícia Científica: a) uma primeira fase, equívoca, quando os policiais, incluindo o
Chefe, como Vidocq, eram recrutados entre os próprios delinquentes porque eram conhecedores
dos criminosos e as artes dos malfeitores;
b) uma segunda fase, empírica, na qual o pessoal, já não recrutado entre os delinquentes, luta
com meios empíricos e com as faculdades naturais, vulgares ou excepcionais; c) uma terceira
fase, a científica, em que a estas faculdades naturais se unem métodos de investigação técnica
fundados na observação racional e nas experiências químicas, fotográficas, etc.;
24) Em 1909, nos Estados Unidos, Osborn publicou um livro intitulado Questioned Documents;
26) Em 1933, nos Estados Unidos, foi criado o F.B.I. (Federal Bureau of Investigation), em
Washington, por iniciativa do Procurador- -Geral da República, Mr. Homer Cummings.
Criminalística Estática
A Criminalística tem sido definida como a ciência ou disciplina que estuda os vestígios materiais
extrínsecos, com a finalidade de caracterizar o crime e suas circunstâncias, identificar seu autor e
o seu modo de atuação. Identifica-se com a “prova material” nos moldes atuais, à chamada
CRIMINALÍSTICA ESTÁTICA, aquela do visum et repertum (do latim reporta-se ao que se
vê), formalizada por uma simples verificação e exames materiais rotineiros.
Criminalística Dinâmica
Em sua trajetória até nossos dias, passou por mínimas e cautelosas metamorfoses, representadas
pela CRIMINALÍSTICA DINÂMICA, conservando a mesmíssima matriz axiológica original,
continuando no culto aos vestígios materiais, entretanto utilizando as “informações técnicas”
colhidas nos locais das ocorrências apenas para orientar procedimentos e raciocínios sobre os
fatos assinalados objetivamente.
Como sucede até hoje, a Criminalística tem por esteio as ciências naturais modernas, marcadas
pela objetividade, em nome da qual, inicialmente, suprimiu todo e qualquer elemento subjetivo
do processo de conhecimento, por entendê-los como fatores de perturbação da “racionalidade”
da ciência e, só no passado recente, passou a admiti-los restritivamente a certos aspectos
periféricos, de caráter meramente figurativo do trabalho pericial.
Ora, se, sob o ponto de vista eminentemente técnico, sempre tivermos os vestígios materiais
qualitativa e quantitativamente suficientes, toda e qualquer discussão se faz inócua. Sabemos que
esta não é a vivência diária, restando à Criminalística reconhecer as lacunas, aderindo
passivamente à capitulação, ou lançar-se à busca de alternativas saneadoras.
Será que, num contexto de circunstâncias não cognoscíveis, quando os vestígios materiais
inclusos por si só não forem satisfatórios para lastrear uma conclusão pericial inequívoca ou
quando simplesmente inexistirem, a Criminalística não poderia abdicar, ainda que parcial e
criteriosamente, da decantada objetividade científica, aproveitando tais elementos subjetivos
como matéria de consideração e de análise no modelo clássico de perícia criminalística?
Há uma orientação nessa direção. Observe-se que o paradigma (do grego parádeigma = modelo,
a forma como procedemos e atuamos no mundo) da ciência moderna é dito newtoniano,
mecanicista; outros o chamam de cartesiano, em alusão ao racionalismo de René Descartes (1596
– 1650). Esse paradigma de ciência, newtoniano-cartesiano, entrou em crise com Einstein (1879
– 1955), a Mecânica Quântica e outras descobertas científicas desde o início do século XX,
iniciando, desde então, uma profunda e irreversível revolução científica ainda em curso,
configurando aquilo que se chamou de Ciência Pós-Moderna.
Criminalística Pós-Moderna
Dentro desse contexto, vislumbra-se que o papel da Criminalística atual, que bem poderíamos
chamar de CRIMINALÍSTICA PÓS-MODERNA, como um sistema permeável e em constante
evolução, não é só reportar-se ao que se vê, fazendo cotejos ou interpretações, mas sim o de
construir uma esquematização, um modelo inteligível que englobe todos os elementos válidos,
pondo-os a serviço do homem e da justiça.
No ambiente em que surgiu, no cultivo de sua etiologia científica e no atendimento a seus bem
definidos objetivos, a Criminalística edificou-se como uma das ciências da prova material,
firmando-se através dos seguintes princípios:
Princípio do Uso: os fatos apurados pela Criminalística são produzidos por agentes físicos,
químicos ou biológicos;
Princípio da Produção: sobreditos agentes agem produzindo vestígios indicativos de suas
ocorrências, com uma grande variedade de naturezas, morfologias e estruturas;
Princípio da Interpretação: dois objetos podem ser indistinguíveis, mais nunca idênticos;
Princípio da Documentação: Toda amostra deve ser documentada, desde seu nascimento na cena
do crime até sua análise e descrição final, de forma a se estabelecer um histórico completo e fiel
de sua origem. Este princípio, baseado na Cadeia de Custódia da prova material, visa proteger,
seguramente, a fidelidade da prova material, evitando a consideração de provas forjadas,
incluídas no conjunto das demais, para provocar a incriminação ou a inocência de alguém. Todo
caminho do vestígio deve ser documentado em cada passo oficializando-o, de modo a não
pairarem dúvidas sobre tais elementos probatórios.
Relação entre a Criminaística e outras Ciências (Medicina Legal, Química e Física)
Medicina Legal
A medicina legal, como ciência auxiliar do direito, tem a função de realizar estudos ao examinar
pessoas, descrevendo a natureza de ferimentos, as lesões produzidas, os objectos utilizados;
substâncias orgânicas, o exame de órgãos e vísceras para detectar substâncias; o exame
cadavérico para determinar a causa da morte, entre outras.
Reconstituição do Crime
Finalmente, para esclarecer os crimes, técnicas de caráter estritamente policial não podem ser
esquecidas. Uma delas é a reprodução simulada dos fatos, a chamada reconstituição do crime,
que se compõe das descrições dos fatos "in loco", feitas pelo acusado, vítimas e evetuais
testemunhas.
A reprodução simulada tem como objetivo verificar a coerência das versões apresentadas, bem
como confrontá-las com os vestígios levantados pela perícia. É aqui que a vida imita a arte e os
conflitos psicológicos do acusado podem levá-lo a contradições significativas para um bom
detetive.
Química Legal
Química Legal como é o ramo da química que se ocupa da investigação forense no campo da
química especializada, a fim de atender aspectos de interesse judiciário, atendendo basicamente
as áreas de estudos da criminalística e damedicina legal.
As diversas ramificações da química feitas meramente por questões didácticas, quer sejam elas,
química geral, orgânica, analítica, bioquímica, entre outras, diariamente são utilizados nas
ciências forenses laboratoriais de forma isolada ou associada, pois não raro existe a necessidade
de complementação de análises de corpos de delito a fim de se identificar sua origem e
composição.
Laboratório Forense
Os laboratórios Químicos Legais em sua grande maioria realizam análises por via clássica ou
química húmida, ou seja, exames que são realizados através de reagentes específicos no
reconhecimento de substâncias desconhecidas ou na comparação de substâncias químicas com
padrões industriais. Maia diz ainda que nesta área situam-se os exames de falsificação de
líquidos (bebidas, combustíveis, tintas, entre outras), fluidos biológicos (sémen, sangue, entre
outros), resíduos de tiro, produtos de perspiração das impressões digitais, dentre outros.
A espectrometria de massas é uma técnica usada para o estudo das massas de átomos, moléculas
ou fragmentos de moléculas. Para se obter um espectro de massa, asmoléculas no estado gasoso
ou espécies dessorvidas a partir de fases condensadas são ionizadas . Trata-se de uma técnica
destrutiva, ou seja, necessita-se de alíquotas das amostras que serão destruídas no decorrer da
análise, porém é uma técnica com bastante sensibilidade, sendo amplamente utilizada em
diversas aplicações.
A partir do reservatório do sistema de amostragem, moléculas neutras são inseridas no
espectrômetro, o qual apresenta feixes de elétrons responsáveis pela ionização dessas moléculas.
Placas aceleradoras e de focalização mandam esses íons na direção de um tubo analisador, porém
antes passam por um campo magnético, para que pela diferença de suas cargas e massas, sofram
diferença na trajetória. O campo separa os íons em um padrão chamado espectro de massas. A
leitura dos espectros possibilita conhecer o comparar com espectros de bancos de dados, a
identidade das espécies-problema.
Cromatográfia
A fase estacionária é fixa (se a separação for feita em coluna, a fase estacionária fica fixada a
coluna), sendo um material poroso, sólido ou líquido viscoso. Já a fase móvel pode ser líquida ou
gasosa, a qual se move através da coluna.
Os diferentes tipos de cromatografia se devem aos diferentes tipos de interações possíveis entre
os solutos e as fases estacionárias e móveis, podendo ser realizadas em uma coluna ou de forma
planar. A cromatografia líquida se dá quando a fase móvel é líquida, enquanto a fase estacionária
é sólida, havendo interação soluto-fase estacionária, como na cromatografia de adsorção, onde
um soluto tem mais facilidade em ser adsorvido por poros na fase estacionária, levando mais
tempo para se deslocar.
Testes Colorimétricos
O uso de teste de cor talvez seja a forma de análise mais comum e utilizada para se determinar a
presença de certa substância em uma amostra, se tratando unicamente de uma técnica qualitativa.
Devido ao baixo custo de reagentes, fácil reprodução, a qual por uma reação química simples
revela resultados que podem ser interpretadas a olho nu, as técnicas colorimétricas ainda hoje são
utilizadas largamente em rotina de laboratórios de química analítica. Até mesmo quem não é
químico por formação pode utilizar os testes de cor sem larga experiência, como o exemplo de
policiais em procedimentos de rotina, na busca de substâncias ilícitas, sem a necessidade de um
laboratório.
O desenvolvimento de uma cor pode indicar a presença de uma droga ou de uma determinada
classe de drogas. Uma vez que mais de um composto pode dar o mesmo resultado, os testes de
cor não são específicos e não identificam conclusivamente a presença de um composto. Devido a
esse fato, o uso do teste colorimétrico entra como uma técnica primária, servindo para identificar
a presença do possível grupo alvo na amostra, para posteriormente passar por uma técnica
analítica mais sofisticada, determinando o teor e a composição da amostra problema.
A rotina forense, como já citado, não se restringe apenas a laboratórios e a ocorrências policiais,
sendo essas apenas uma parte do vasto ramo de aplicação dos conhecimentos forense. Os
serviços de um perito podem ser solicitados em perícias ambientais, onde este avaliará possíveis
danos causados por pessoas ou empresas Perturba do o equilíbrio e a preservação do meio
ambiente; perícias industriais, avaliando o espaço físico, equipamentos e condições de trabalho,
ou então sobre os produtos ali fabricados, se há riscos para trabalhadores e consumidores; na
análise de vestígios deixados pelo disparo de armas de fogo, os quais são expelidos na
combustão da carga explosiva contidas nos cartuchos que compõe as munições das armas.
Física Legal
A física legal é a ciência que estuda e aplica os conceitos e leis da física em situações de especial
interesse para as ciências forenses. O perito deverá descrever e explicar os fenómenos físicos
responsáveis por determinado acontecimento contribuindo, deste modo, para uma decisão
judicial.
Estudo e análise dos padrões de manchas de sangue (tipos e morfologia) como contributo para o
esclarecimento da relação causa-efeito importante na reconstrução da cena do crime e na
descoberta da verdade;
Ex: Imagine que você esteja andando tranquilamente com o seu carro, e quando atravessa uma
rua, um outro motorista apressado que vinha pela rua perpendicular não consegue parar,
colidindo então com o seu veículo. O outro motorista afirma para o policial que sua velocidade
era compatível com a via. Porém, se fosse verdade ele provavelmente teria conseguido parar o
carro antes da colisão.
Neste caso para saber a real velocidade do veículo, os peritos utilizam o conceito de conservação
da Quantidade de Movimento, para saber as velocidades dos veículos apόs a colisão.
O Perito irá verificar a marca dos pneus deixadas pelos carros, medindo então a distância que
eles percorreram até parar completamente. Como o pneu está deslizando, teremos então uma
força de atrito envolvida e sabendo disso, podemos encontrar a velocidade final dos automoveis.