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CRIMINALÍSTICA

EVOLUÇÃO E CONCEITOS
A criminalística é uma ciência que se utiliza do
conhecimento de outras ciências para poder
realizar o seu mister.

Sua finalidade é extrair informações provindas


de qualquer vestígio encontrado em um local
de infração penal que propiciem a obtenção de
conclusões acerca do fato ocorrido,
reconstituindo os gestos do agente da infração
e, se possível, identificando-os,
A criminalística é considerada uma disciplina
nascida da medicina legal, que é quase tão
antiga quanto a própria humanidade. Uma vez
que em épocas passadas o médico era pessoa
de notório saber, sendo sempre consultado
No século XIX era a medicina legal que
tratava da pesquisa, da busca e da
demonstração de elementos
relacionados com a materialidade do
crime.
Com avanço dos diversos ramos da ciência
(química, biologia e a física) houve a
necessidade de uma maior especialização, o
que fez com que outros profissionais
passassem a ser consultados.
O termo criminalística foi empregado pela
primeira vez em 1898 pelo magistrado HANS
GROSS, que reconheceu desde cedo, no
exercício profissional, a completa ineficiência
dos métodos de investigação então
empregados na polícia de sua terra natal.

A Criminalística se apresenta em duas fases:


A) aquela em se buscava a verdade
através de métodos primitivos,
mágicos ou através de tortura,
considerando que na maioria das
vezes não se conseguia obter uma
confissão do acusado de forma
espontânea.
Aquela que procurava a verdade através
de métodos racionais, surgindo assim os
fundamentos científicos da criminalística
deixando de lado as crenças nos milagres
e nas mágicas.
PRINCÍPIOS DA CRIMINALÍSTICA

PRINCÍPIO DE LOCARD

Todo o contato deixa um traço (vestígio).


O princípio de Locard é aplicável nas cenas
do crime, no qual o interveniente (ou
intervenientes) da cena do crime entra em
contato com a própria cena onde o crime foi
executado, trazendo algo para a cena do
crime. 
Cada contato deixa o seu rasto.
Quando um crime é cometido, as evidências
precisam de ser coletados da cena. Uma equipe
de polícia especializada vai até a cena do crime e
selam-no.

Gravam as imagens e tiram fotografias da cena


do crime, e da vítima (caso haja), e todos os
vestígios que constituam uma evidência / prova.

Se necessário examinam as armas e balas.


Procuram pegadas de sapatos, ou de pneus,
examinam veículos e impressões digitais
b) PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE – dois
objetos podem parecer indistinguíveis, mas
não há dois objetos absolutamente idênticos.
• É a combinação destes dois princípios que torna
possível a identificação e a prova científica. De
acordo com o princípio da troca de Locard,
qualquer um, ou qualquer coisa, que entra em
um local de crime leva consigo algo do local e
deixa alguma coisa para trás quando parte.
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MEDICINA LEGAL

Há 3000 a.c. com os Egípcios.

Processo de mumificação
PERÍCIA MÉDICO-LEGAL

CONCEITO – é todo procedimento médico


(exames clínicos/ laboratoriais, necroscopia,
exumação) provocado por autoridade policial
ou judiciária, praticado por MÉDICO, com
vistas a prestar esclarecimentos à Justiça.
Perícia ou Diligência

É toda sindicância praticada por


médico, objetivando esclarecer à
Justiça os fatos de natureza específica e
caráter permanente, cumprindo
determinação de autoridade
competente
PERÍCIA – é o conjunto de exames técnicos
realizados no universo da criminalística.

A partir das conceituações iniciais e de forma


ampla, a perícia é definida numa expressão
genérica que abriga diversos tipos de exames de
natureza especializada, visando a esclarecer
determinado fato sob a ótica científica.
A perícia, para fins de
aplicação prática, seguindo o
sistema judicial, é dividida em
perícia cível e criminal
PERÍCIA CIVEL

É aquela que trata dos conflitos judiciais na área patrimonial


e/ou pecuniária.

Na perícia cível existem profissionais atuando:

A) o perito do juízo;

B) os assistentes técnicos nomeados por cada uma das partes


envolvidas.
PERÍCIA CRIMINAL

É aquela que atua no âmbito das infrações


penais, onde o Estado assume a defesa do
cidadão em nome da sociedade.

Na perícia criminal só existe a figura do perito


oficial (dois para cada exame), onde o seu
trabalho deve servir para todas as partes
interessadas (polícia, justiça, MP, advogados,
etc).
FIM

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