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Hematologia Forense

Criminalística

Direito 5 – A
Isaac Viol da Silva
Renato A. de Moura
Samuel Viol da Silva
Vitor Amorim Bianchetti
Wiharlley Y. A. A. S. de Sá
Índice
Hematologia Forense

1. Introdução

Um dos vestígios mais proeminentes em locais de crime, especialmente crimes


voltados contra a vida, é o sangue. Através da Hematologia Forense é possível
deduzir sobre quem esteve presente no local, o tipo de ferramenta utilizada para o
crime até a linha do tempo dos eventos ocorridos.

A compreensão da análise sanguínea, sua interpretação e repercussão na


esfera jurídica constituem o arcabouço de estudo da Hematologia Forense. [Filho
2018]
A Hematologia Forense subdivide-se em reconstrutora e analítica.

2. Hematologia Forense Analítica


As técnicas utilizadas ajudam a identificar o estado da vítima, do autor, se
estavam sobre efeito de entorpecentes, álcool, ou outras condições;
Em geral, as técnicas utilizadas são:

 Coloração das Manchas: Através da coloração dá para descobrir se


a mancha é recente ou se está seca (podendo concluir se o crime
cometido foi recente ou não);
 Idade da Mancha: A idade da mancha contém dois elementos cor e
solubilidade, através deles pode o perito concluir a idade e o quão
solúvel se encontra esta mancha, portanto há alguns fatores como
umidade e temperatura que atrapalha o perito a tirar uma conclusão
precisa;
 Topografia das Manchas: A partir da análise do local do crime, pode-
se dizer se a vítima foi deslocada, determinar quais foram as ações
do autor, qual a posição do corpo;
 Forma da Mancha: Com as várias formas de manchas, o perito
poderá concluir qual a altura, o ângulo e a violência utilizada para a
prática do delito;
 Manchas por projeção: As manchas de sangue localizadas no local
no crime podem projetar gotas ou salpicos, onde será determinada
altura, forma, impulso;
 Manchas por Escorrimento: Quando há uma quantidade significativa
de perda de sangue, o local apresenta poças, fletes ou arco de
sangue;
 Manchas por contato: O contato à uma superfície seja com a parte
do corpo ou um objeto ensanguentado, deixará marcas que podem
ser extraídas de lá, impressões digitais ou o tamanho da mão,
podendo também saber qual objeto foi utilizado no crime pela sua
forma apresentada na marca;
 Manchas por Impregnação: Existem superfícies que absorvem o
sangue através do contato, dificilmente será retirada do local onde
ficou impregnada;
 Manchas por Limpeza: Com a evolução da tecnologia, foi criada a
luz forense capaz de detectar manchas que tentaram ser limpadas,
podendo demonstrar que houve a tentativa de ocultação do delito, a
olho nu as manchas passariam despercebidas;

A hematologia é um estudo que abrange os diversos aspectos


das manchas, como demonstrado acima, o perito deve analisar
todos os parâmetros para chegar a uma conclusão precisa e ajudar
na resolução do caso.

3. Hematologia Forense Reconstrutora

Ao se deparar com uma cena de crime, o perito busca responder as


principais perguntas para encontrar a elucidação dos fatos (Como? Quem?
Quando? Como? Com o quê?). Após identificar a presença de sangue e
confirmar que é material genético humano, o perito, com base nas manchas
analisará quais foram as dinâmicas dos eventos. Dessa forma, a análise da
situação mediante a ótica da hematologia tem caráter imprescindível, pois a
disposição da mancha de sangue pode significar muitas coisas. Sabendo
disso, nessa modalidade o objeto de estudo são os padrões formados pelas
manchas de sangue bem como os mecanismos envolvidos em sua
formação, visando assim, encontrar hipóteses dos eventos que teriam
originado o fato mediante a interpretação dos indícios hematológicos
deixados no local do crime.
Dessa forma, ao analisar uma mancha de sangue o perito se dispõe de
uma série de procedimentos a serem seguidos, devendo ele realizar
cálculos e observar minuciosamente o cenário, chegando em suas
conclusões por meio de embasamento científico. Através das técnicas
corretas, observando a dinâmica dos indícios hematológicos encontrados e
o estado de coagulação, é possível descobrir os meios e os modos pelo
qual o crime foi cometido, bem como a sucessão de eventos,
posicionamento relativo dos agentes, tipos de golpes e suas respectivas
direções, dentre outros aspectos importantes para a resolução do mérito.
Na tentativa de descaracterizar o local ou ocultar indícios de crime, o
criminoso pode lavar as manchas de sangue, no entanto o uso de luzes
forenses e outras técnicas podem revelar tal dissimulação.

 Coloração das manchas: Manchas recentes são vermelhas e


úmidas, já as mais antigas possuem aspecto escamoso.

 Idade da mancha: a cor e o grau de solubilidade serão capazes de


dizer a idade da mancha.

 Forma da mancha: é capaz de dizer a altura, o ângulo e a violência


com que a vítima foi atingida.

 Projeção da mancha: Formatos de gotas e salpicos, sendo as gotas


mais arredondadas, pequenas e irregulares, com os salpicos,
possuindo uma forma alongada.

 Escorrimento: são as poças, e traços escorridos.

 Por contato: Quando uma parte do corpo esbarra no sangue e


posteriormente esbarra em alguma parte da cena do crime, podendo
deixar traços como digitais.

 Por impregnação: quando algum material absorve o sangue.

 Por limpeza: São as manchas identificadas com o uso de luminol,


não visíveis a olho nu.

4. Hematologia forense identificadora

É necessário saber qual a natureza dos vestígios, esse preceito,


direcionará o perito para qual tipo de exame deverá ser realizado, já que
locais de crimes são de fácil contaminação, para isso existem testes
específicos que devem ser feitos visando esse objetivo.

 Testes de orientação: É um teste rápido, feito geralmente no local de


coleta da amostra, visando orientar o médico. Não possui uma
precisão grande, mas já é capaz de dizer se a amostra é de sangue
ou não.

 Testes de luminescência: É realizado quando há uma grande área


de busca, e as manchas não são visíveis ou estão muito fracas,
também é usado quando a cena do crime passa por um processo de
limpeza.
 Testes de certeza: Os testes de certeza, irão confirmar a existência
de sangue na amostra coletada, também irá dizer se a amostra
possui ou não sangue humano.

Conclusão – Isaac Viol da Silva

A hematologia forense é um meio técnico bastante recorrido por peritos para


analisar em locais de crime, uma vez que, a partir dos vestígios encontrados pode-
se constatar os fatos ocorridos (o que, como sucedeu).

Os fatores analisados pelos peritos através da hematologia mediante: sangue,


pegadas, locais com marcas e manchas, sejam ocasionadas pela vítima ou pelo
autor do crime, são essenciais para os estudos na investigação levando ao
originador do delito.

A hematologia está correlacionada ao fato genético, juntamente ao perfil hipotético


obtido pelas análises. Obtendo-se pormenores pistas que sejam é possível atingir
sucesso no caso, fazendo assim seu indispensável e de grande desenvolvimento
nas investigações.

Conclusão – Renato Augusto de Moura


Com sua previsão expressa no Código de Processo Penal, a perícia criminal é
uma atividade responsável pela identificação, análise e interpretação dos vestígios
deixados em uma cena de crime. Dessa forma, durante a investigação criminal,
diversos fatores devem ser levados em consideração, e no tocante à cena do
crime, a análise dos padrões de manchas de sangue possui papel indispensável
na conclusão dos fatos.

Ao se pensar na análise hematológica de um crime, a primeira coisa que se vem à


cabeça é a importância do material genético encontrado no local, no entanto,
apesar desse fator ser extremamente importante para o caso, o sangue deixa
outros indícios relevantes para a elucidação situacional, principalmente no que
tange à reconstrução dos fatos, sendo possível determinar a sucessão dos
eventos, os mecanismos e instrumentos utilizados na prática do crime.

Dessa forma, é possível inferir que a perícia especializada nesse assunto é de


extrema importância no processo criminal como um todo, pois ao dissecar os
vestígios encontrados no local do crime e relatar a reconstrução em seu laudo, o
perito atribui extremo valor à peça pericial, que passa a ter papel fundamental na
caracterização dos indícios de autoria e materialidade do crime, podendo auxiliar
ainda na confirmação dos depoimentos de suspeitos, vítimas e testemunhas.

Conclusão – Samuel Viol da Silva


Sem a Hematologia Forense, o perito não seria capaz de interpretar de forma
correta o fato ocorrido, e em um país com altas taxas de crimes violentos como o
Brasil, é comum ser encontrado vestígios sanguíneos em locais de crimes,
vestígios esses, que através somente de uma análise hematológica será capaz de
trazer as informações necessárias sobre o suspeito ou vítima de um crime.
Como o DNA humano é único, através dessa análise completa, a perícia
consegue gerar provas concretas e irrefutáveis de que alguém esteve ou não
presente na cena, assim, vê-se a importância de uma análise completa e profunda
do sangue encontrado nas cenas de crimes.

Conclusão – Vitor Amorim Bianchetti


Faça sua conclusão.

Conclusão – Wiharlley Y. A. A. de Sá
Faça sua conclusão.
Referências

Kasvi. Hematologia Forense: O que Dizem as Manchas de Sangue. Kasvi


2019. Disponível em: https://kasvi.com.br/hematologia-forense/

Filho, Claudemir Rodrigues Dias. Hematologia Forense (Cap. 2). Editora Jus
Podivm 2018. Disponível em:
https://www.editorajuspodivm.com.br/cdn/arquivos/77c6ccb4d0cef56687e3192411
168c24.pdf

Boarin, Lucas. Manchas de Sangue. JusBrasil 2015. Disponível em:


https://lucasboarin.jusbrasil.com.br/artigos/148156637/manchas-de-sangue

Gomes, Michele Rocha. Da breve análise criminológica do transgressor à


classificação das manchas de sangue por meio da hematologia forense
reconstrutora. Unilavras 2019. Disponível em:
http://dspace.unilavras.edu.br/bitstream/123456789/300/1/TCC%20Michele
%20Rocha.pdf

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