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PONTA GROSSA – PR
2017
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Química Forense
1. Introdução:
Nas últimas décadas, o uso do conhecimento científico como ferramenta não ape-
nas coadjuvante, porém muitas vezes decisiva, na elucidação de crimes, tem se intensifi-
cado. Assim, a chamada Ciência Forense estabeleceu-se de forma definitiva. Nela, a
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Química Forense (QF) tem um papel de grande destaque.
Dessa forma, a ciência forense é uma área interdisciplinar que envolve física, bio-
logia, química, matemática e várias outras ciências de fronteira, com o objetivo de dar su-
porte as investigações relativas à justiça civil e criminal. [2]
Sendo assim, como o próprio nome indica, a química forense é a utilização ou apli-
cação dos conhecimentos da ciência química aos problemas de natureza forense. Segun-
do Zarzuela (1995), denomina-se Química Forense o ramo da Química que se ocupa da
investigação forense no campo da química especializada, a fim de atender aspectos de
interesse judiciário. [3]
Farias (2008) em seu livro Introdução à Química Forense, concorda e afirma que o
perito forense precisa ser um “super-químico”, pois além dos conhecimentos das subá-
reas da química e noções de outras disciplinas, deverá ter a segurança para decidir se as
análises efetuadas serão suficientes para obter um resultado satisfatório. Ou seja, é o
químico que determina o que vai ser analisado e de que maneira o fará. De acordo com o
autor, cabe o perito a identificação, coleta e análises dos vestígios presentes no local do
crime, sendo, portanto de fundamental importância sua atuação, visto que, em frequência,
a presença ou ausência de uma determinada prova material pode ser a diferença entre
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resolver ou não um caso, prender ou não um criminoso.
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2. Histórico:
"A Química Forense pode ser definida como a química aplicada à solução de de-
terminados problemas que surgem em conexão com a administração da justiça. É a quí-
mica exercida no serviço da lei" (LUCAS, 1921)
A palavra forense vem do latim forensis, que significa público, ao fórum ou à dis-
cussão pública. Portanto, ciência forense é a ciência utilizada em um sistema judiciário,
para finalidades da lei. O trabalho de um químico forense é encontrar pistas, rastros e
vestígios e determinar os seus significados. Algumas das análises realizadas pelos profis-
sionais dessa área são voltadas à identificação e constituição dos elementos como: análi-
ses de disparos de armas de fogo, identificação de adulterações em veículos, revelação
de impressões digitais, identificação de sangue em locais de crime, constatação de subs-
tâncias entorpecentes e várias outras apreciações que contribuem fortemente para solu-
cionar os crimes.
No século XIII, foi publicado na China um livro com explicações de como realizar o
reconhecimento de sinais de afogamento e estrangulamento, e explicações de como feri-
das podiam revelar o tipo e o tamanho da arma utilizada no crime. Esse foi o primeiro livro
relacionado com a prática forense.
Na atualidade, o primeiro registro que se tem notícia do uso da química forense, foi
em um caso ocorrido em 1850, na Bélgica. Suspeitava-se que a vítima havia sido enve-
nenada, porém a polícia necessitava de provas concretas para constatar o envenenamen-
to para isso solicitou a ajuda do químico francês Jean Stas. Stas conseguiu desenvolver
um método para detectar o veneno nos tecidos do cadáver, o que levou a condenação do
assassino.
Sir Alec Jefreys, é o "pai" da tipagem de DNA moderno, usado na ciência forense e
também nos casos de paternidade.
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Dr. Calvin Goddard, outro pioneiro da ciência forense, é responsável pelas primei-
ras análises de disparos de armas de fogo – Balística Forense – Utilizava o microscópio
de comparação para descobrir de qual arma a bala foi disparada.
3. Papiloscopia:
Como cada ser humano tem um conjunto único de impressões digitais, sua identifi-
cação é muito importante para elucidar casos forenses no âmbito criminal, civil ou traba-
lhista. Como a superfície dos dedos estão sempre em contato com substâncias químicas
excretadas pelo corpo ou de via externa, as marcas das digitais ficam facilmente aderidas
ao longo de uma superfície, de modo a se obter um molde fiel dos sulcos existentes em
nossos dedos. Estes desenhos podem ser revelados a partir do uso de outras substâncias
químicas reveladoras, sendo estes por processos físicos ou químicos.
Os sulcos presentes nas impressões digitais formam imagens específicas, que po-
dem ser enquadradas em quatro tipos de formatos: arco, presilha interna, presilha externa
e verticilo. As impressões que apresentam formações triangulares chamadas de “deltas”
podem ser do tipo presilha interna ou externa, enquanto que as que não apresentam esta
formação podem ser do tipo arco ou verticilo.
Figura 1: Exemplos dos tipos de impressões digitais possíveis (Arco, presilha interna, Presilha externa e
verticilo).
FONTE:
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Apesar de poderem ser dividas em apenas quatro tipos de digitais, cada impressão
digital tem suas peculiaridades e são estas que fazem com que cada ser humano tenha
uma impressão única. Estas peculiaridades são conhecidas como pontos característicos,
que acabam produzindo que figuras que lembram pontos, bifurcações, ilhas, entre outros.
No Brasil, a legislação exige que haja a coincidência de, no mínimo, 12 pontos idênticos e
na mesma localização, além de ter que ter a mesma nomenclatura e não haver nenhum
ponto discrepante, para confirmar a identidade.
FONTE:
Deve-se saber que a técnica do pó não é sensível a impressões digitais que são
sejam recentes, já que o principal composto responsável pela aderência do pó é a água e
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A técnica do pó tem como principais vantagens seu baixo custo e sua simplicidade
de aplicação. Contudo, os compostos químicos presentes no pó podem interferir com ou-
tros exames periciais, logo, deve-se considerar todos os aspectos envolvidos antes de
sua utilização.
O método do pó é mais indicado pra superfícies sólidas lisas, limpas e polidas, para
que se possa aplicar, posteriormente, a fita adesiva. Materiais finos, como folhas plásticas
e de papel, que podem sofrer ruptura de suas estruturas quando se aplica a fita não se
enquadram no tipo de material em que se pode aplicar o pó. Para estes tipos de superfí-
cies recomenda-se a utilização de métodos químicos.
A ninidrina apresenta boa reatividade com aminoácidos, esta substância tem sido
utilizada com frequência para revelar digitais. O reagente, inicialmente incolor, ao entrar
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em contato com os aminoácidos, produz uma coloração rosada, sendo indicado para su-
perfícies claras e porosas, como papéis, gesso, madeiras e documentos.
FONTE:
FONTE:
Iodo Sólido
Papel Sulfite
Bico de Bunsen
Vidros de Relógio
Béqueres
1. Colocar as digitais nas folhas de papel sulfite e após isso utilizar luvas descartáveis
para a manipulação dos materiais.
2. Despejar alguns cristais de iodo sólido no béquer e, em seguida, colocar o papel
sulfite no mesmo e tampar com o vidro de relógio.
3. Aquecer o béquer no bico de Bunsen para a revelação das impressões digitais.
Pó de carvão
Papel Sulfite
Pincel
Fita adesiva
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Almofariz e pistilo
1. Colocar as digitais nas superfícies aonde se deseja retirá-las e após isso utilizar
luvas descartáveis para a manipulação dos materiais.
2. Passar o pó de carvão nas superfícies com um pincel.
3. Com a fita adesiva, retirar cuidadosamente a impressão dos objetos.
4. Colocar a fita no papel sulfite para facilitar a visualização.
Com o passar do tempo e a evolução da tecnologia, está a cada dia mais difícil pa-
ra um criminoso esconder vestígios da polícia. Em quase todo local de crime contra a
pessoa como homicídio, infanticídio, aborto, lesão corporal, maus-tratos e acidentes de
um modo geral, diante de tais vestígios, é possível extrair muitas informações, as quais
serão decisivas para a investigação policial, como a compatibilidade entre volume sanguí-
neo e o ferimento, a dinâmica do fato, a dosagem de algumas drogas, a identificação da
vítima e/ou suspeito.
O teste presuntivo é baseado na ideia de spot test criada por Fritz Feigl, utilizado
em locais de crime para a identificação da mancha de hematóide. Que aplica-se a rea-
ções químicas sensíveis e seletivas, com manipulações de pequenos volumes da subs-
tância desconhecida e também dos reagentes. A olho nu, se o teste der positivo é identifi-
cado pela mudança de cor causada.
dá a origem de sua cor: a hemoglobina. Essa molécula é composta por quatro subunida-
des polipeptídicas, cada uma das quais contendo um grupo heme que apresenta um áto-
mo de ferro.
Desde o século XIX, sabe-se que a hemoglobina possui atividade catalítica típica
de uma peroxidase. Com base nesse comportamento catalítico, alguns testes presuntivos
para constatação de sangue foram propostos.Trata-se do teste que utiliza um reagente
denominado Kastle-Meyer.
Pipetas
0,1 g Fenolftaleína
Cotonetes
2,0 g Hidróxido de sódio
Béquer
2,0 g Zinco metálico em pó
Espátulas
10 mL Água destilada
Amostra
A explicação por trás desse método, que ao adicionar água oxigenada (peróxido de
hidrogênio), a atividade catalítica das moléculas de hemoglobina entra em ação e decom-
põe o peróxido em água e gás oxigênio, como na figura:
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FONTE:
Mesmo o resultado sendo positivo para o teste, ainda que seja realmente sangue,
não significa ser necessariamente sangue humano. Todos os vertebrados e até poucos
invertebrados possuem hemoglobina, portanto qualquer desses organismos resultaria na
cor avermelhada. Existem outros testes bioquímicos que são específicos para a compro-
vação de sangue humano, sendo mais elaborados e feitos em laboratórios.
Figura 6: A adulteração na numeração original de uma peça de automóvel pode ser constatada
com o uso de agentes reveladores
FONTE:
6. Balística:
Balística Interna: estuda os fenômenos que ocorrem dentro do cano de uma arma de
fogo durante o seu disparo, ou seja, estuda as variações de pressão dentro do cano, as
acelerações sofridas pelos projéteis, a vibração do cano, etc.
Balística Externa: estudo das forças que atuam nos projéteis correspondentes aos
movimentos destes durante a sua travessia na atmosfera, desde que ficaram livres das
influências dos gases do propulsantes, até aos choques com os seus alvos.
O disparo de uma arma de fogo produz vestígios, os quais são expelidos pela
expansão gasosa oriunda da combustão da carga explosiva - 75% de Salitre, 15% de
carvão e 10% de enxofre. O principal componente, o Salitre - ou Nitrato de Sódio
(NaNO3), possui alto poder de combustão e explosão.
Durante o disparo, esses gases são expelidos também para a região posterior da
arma, depositando resíduos na mão do atirador, parte desse material se solidifica na
forma de material particulado pelo choque térmico, formando o que é conhecido como
resíduo de tiro ou GSR (gunshot residues). A análise química de chumbo consiste na
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coleta prévia de amostra das mãos do suspeito, mediante aplicação de tiras de fita
adesiva do tipo esparadrapo nas mesmas e subsequente imobilização dessas tiras em
superfície de papel de filtro.
7. Fluídos Corporais
Sêmen:
tase ácida para formar fosfato de sódio e naftol. Em seguida, reage-se o naftol com bren-
tamina, dando coloração roxa à amostra. A limitação deste teste é o fato da fosfatase áci-
da ser solúvel em água, ou seja, ela pode ser retirada com a lavagem. Além deste, exis-
tem, ainda, vários testes para detecção de sêmen, como, por exemplo, por Espectrosco-
pia Raman.
Fluído Vaginal:
Saliva:
Uma das enzimas presentes em nossa saliva é a amilase salivar, também conheci-
da como ptialina (ou amilase), que inicia a digestão do amido e do glicogênio, quebrando-
os em maltose. A ptialina age no pH neutro da boca, mas é inibida ao chegar no estôma-
go, por causa da acidez do suco gástrico.
Urina:
A urina é um liquido excretado pelos rins através das vias urinárias, pelo qual são
eliminadas substâncias desnecessárias ao organismo. Desempenha um papel importante
na regulação do balanço de líquidos e no equilíbrio entre ácidos e bases. Nas pessoas
sadias possui coloração clara (amarelada). A quantidade de urina produzida diariamente
é de 1 a 1,5 litro, contudo, esta referência pode aumentar ou diminuir dependendo da
quantidade de liquido ingerido.
8. Identificação de Drogas
As análises preliminares são de grande importância, sendo a partir delas que as solici-
tações de análises definitivas são feitas. Estas análises devem ser práticas e sim-
ples, sendo o primeiro passo para a análise de material suspeito. Todo o processo de
análise deve ser documentado, gerando uma história cronológica do material.
Maconha:
É uma das plantas mais antigas que o homem conhece, com uso relatado há mais
de 4000 anos. Seu principal princípio ativo é o D9-THC devido ao seu potencial psicoati-
vo. O teste usado para sua determinação é o teste do Fast Blue B, onde a coloração ver-
melha indica a presença de maconha na amostra. O teste é baseado no caráter fenólico
da molécula do canabinois.
Cocaína:
Trata-se de um composto cristalino que ocorre como resultado das reações meta-
bólicas do fungo claviceps purpúrea. Seus efeitos foram descobertos acidentalmente por
Albert Hoffman. Para a identificação da substância usa-se o teste de Ehrlich, onde o sur-
gimento da coloração violeta indica a presença de lisergida.
Conhecida por ser uma droga estimulante do sistema nervoso central, das capaci-
dades físicas e psíquicas, a anfetamina foi sintetizada primeiramente na Alemanha, em
1887. Anos depois a medicina passou a usá-la em pacientes para laiviar a fadiga e como
estimulante do SNC, porém foi banida de muitos países a partir de 2011, incluindo o Bra-
sil. O ecstasy é uma droga sintetizada a partir da anfetamina, diminuindo a reabersorção
da serotonina, dpamina e noradrenalina, intensificando assim os efeitos de euforia. O seu
uso tornou-se notório em festas tecno ou raves. O teste para a identificação destas subs-
tâncias é o de Marquis, onde:
Álcool:
Seu consumo é liberado, diferentemente das outras drogas, seu principal efeito é a
embriaguez. O álcool é um depressor do SNC e este é o órgão mais rapidamente afetado
pelo álcool quando comparado a qualquer outro órgão ou sistema. Seu consumo se tor-
nou um dos principais problemas para sociedade, sendo o causador de muitas mortes,
principalmente de trânsito.
Experimento do bafômetro
Materiais
Explicação
O cromo tem, dentre suas várias aplicações, seu uso na detecção da porcentagem
do álcool no organismo, devido a reação a seguir:
9. DNA
O exame de DNA
1 ml de sangue 20 a 40
2
Manchas de sangue seco em 1 cm 200 ng
1 ml de saliva 1 a 10
Álcool
Detergente
NaCl
Opcional: Corante
Dicas
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Não mexa demais a solução com o detergente para não formar muita espuma.
Se for usar algum corante, dê preferência a cores mais escuras como azul ou ver-
de. Assim, o resultado aparece melhor.
1. Fazer um bochecho com uma solução saturada de NaCl por, no mínimo, 1 minuto.
2. Após o bochecho, mexer a solução com uma gota de detergente. Tomando o cui-
dado para não formar muita espuma.
3. Inserir o álcool, com o corante, na mistura onde contém o DNA.
4. Após 2 minutos o DNA começa a aparecer.
O DNA está presente no núcleo das células de qualquer organismo, dentro de pe-
quenos pacotes genéticos chamados cromossomos. Para isolá-los os cientistas separa-
ram-no dos outros componentes celulares. As células são fragmentadas e o DNA é sepa-
rado do conteúdo lipídico das membranas da célula e dos organitos. Em seguida o DNA é
separado das proteínas.
Papel
O papel é um suporte complexo, pode ser manufaturado por fibras celulósicas ex-
traídas de vegetais distintos por processos variados. Pode conter carga e aditivos, sendo
grande a possibilidade de escolha destes. Além disso, pode-se incorporar ao papel ele-
mentos de segurança (marcas d’agua; branqueadores ópticos presentes em todos os pa-
peis brancos para imprimir e escrever; tintas invisíveis; hologramas; entre outros.). Jun-
tam-se a isto inúmeras possibilidades de elementos de impressão, fazendo com que pro-
var a autenticidade de documentos seja uma tarefa complexa.
Tintas
No tocante a tintas, sua análise pode ser crucial para esclarecer, por exemplo, aci-
dentes de transito, nos quais vestígios de tinta do(s) veículo(s) envolvido(s) tenham sido
deixados no local da infração ou crime.
Fibras
A análise de uma única fibra (de uma peça de roupa por exemplo) pode ser um
elemento-chave para a resolução de um crime. A comparação entre as fibras encontradas
em um local de crime e as contidas em uma peça do vestuário dos suspeitos, podem ser
feitas utilizando diferentes técnicas, com destaque para as microscopias. Em se tratando
de fibras sintéticas poliméricas, a espectroscopia na região do infravermelho pode ser
uma técnica bastante útil para fins de diferenciação caso as análises por microscopia não
sejam suficientes para uma conclusão.
Técnicas
Incêndios
Fogo pode ser definido como uma reação química que envolve um combustível e
um comburente, normalmente O2, havendo a liberação de energia térmica, calor, e lumi-
nescência, chama. Um incêndio nada mais é que a propagação do fogo.
Figura 7: Triângulo do Fogo representa os três fatores determinantes para que a reação química ocorra.
Os incêndios podem ser naturais, sem intervenção humana, ou artificiais, com in-
tervenção o ser humano. Sendo estes últimos de interesse para a química forense. Para
cada tipo de incêndio deve se utilizar um determinado tipo de extintor, caso haja a utiliza-
ção de algo não recomendado pode haver o aumento das chamas.
No caso do perito, suas funções em uma perícia de incêndio são: encontrar o ponto
de origem do incêndio, encontrar a fonte que deu inicio ao mesmo, determinar a causa do
incêndio e classifica-lo.
Uma queima uniforme e superficial no teto é indicativa de queima lenta, tendo, por-
tanto, o calor emergido também de maneira lenta;
Uma queima rápida é caracterizada por danos localizados, sendo que o foco estará
situado na projeção do dano;
Esfumaçamento intenso e rachaduras de janelas são indicativos de uma queima
rápida. No caso de uma queima lenta, isto não será visto;
Queimas em uma superfície são mais difusas quanto mais lentas tenham ocorrido;
Quando queimada rapidamente, a madeira apresentará intensas rachaduras.
Quando o indivíduo, ainda vivo, é atingido pelo fogo, a hemoglobina tende a trans-
formar-se em metahemoglobina. Além disso, a inalação de grandes quantidades de
CO implica na formação da carboxiemoglobina. Isso pode esclarecer se determina-
do individuo realmente morreu no local do incêndio ou foi levado para o local já
morto. Ao contrário do senso comum, as queimaduras causadas pelo fogo não é a
causa principal de mortes relacionadas a incêndios. Na realidade, a principal causa
de mortes é a intoxicação ao se inalar monóxido de carbono. Geralmente, as viti-
mas já estavam mortas quando o corpo foi queimado.
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Explosivos
Explosivos são substâncias puras ou misturas que podem sofrer uma decomposi-
ção química violenta quando sujeitas a estímulos térmicos, elétricos ou mecânicos. Estes
explosivos podem ser sólidos, líquidos ou gasosos. Em relação às possíveis reações
químicas dos explosivos existem quatro tipos, havendo em todos eles liberação de muito
calor, com a presença de altas temperaturas e de pressão:
Pólvora Negra
→
Celulose TNC
Referências Bibliográficas
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13;
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<www.colegiobarbosa.com.br>. Data de acesso em 19 de agosto de 2016;
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[9] Trabalho de Intervenção sobre Química Forense – Programa Institucional de Bolsas de
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[10] Sítio da American AcademyofForensicSciences. Disponível em
<http://www.aafs.org>. Data de acesso em 26 de fevereiro de 2017;
[11] ZARZUELA, J.L. Química Legal. Em: TOCHETTO, D. (Coord.). Tratado de perí- cias
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[12] HO, M. H. Analytical methods in forensic chemistry. Nova Iorque: Ellis Horwood,
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[13] STUMVOLL, V.P. e QUINTELA, V. Criminalística. Em: TOCHETTO, D. (Coord.). Tra-
tado de perícias criminalísticas. Porto Alegre: Ed. Sagra-DC Luzzatto, 1995. p. 47-52;
[14] Disponível em <www.revista.oswaldocruz.br>. Data de acesso em 27 de fevereiro de
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