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FORENSES
Aula 1:
Neste curso vamos procurar entender a conexão que existe entre as áreas de
estudo das ciências forenses e do processo penal.
Isso resulta, portanto, em laudos periciais que são escritos de maneira direta,
prática, com a informação probabilística apontada brevemente. Quando esses laudos
chegam ao tribunal, não raras são as vezes em que os juízes não entendem bem o
que está escrito. E infelizmente os magistrados não fazem tanta questão de questionar
os peritos em juízo a fim de sanar quaisquer dúvidas associada aos laudos.
Frente a isso, iremos buscar realizar, nesse curso, uma intersecção entre as
ciências forenses e o direito, de modo a aproximar as áreas do conhecimento e a
uniformizar alguns conceitos ainda discrepantes.
Aula 2:
As ciências forenses nasceram com a medicina legal, ainda no século XIX, mas
poucas técnicas eram dominadas. Os médicos legais realizavam os exames
necroscópicos e conduzam buscas por elementos diversos que poderiam estar
associados ao fato penal, como análise de instrumentos potencialmente utilizados no
crime e evidências extrínsecas ao corpo humano. Assim, percebe-se que a medicina
legal nasce por uma demanda jurídica.
vi) Albert S. Osborn (1858 – 1946): Osborn foi um americano que desenvolveu
os princípios fundamentais do exame documentoscópico.
● Princípio da Identificação
Busca definir a natureza físico-química do vestígio (ou da evidência). Em muitos
casos, identificação é um fim em si mesmo. Por exemplo, para alguns tipos de drogas
ilícitas, a identificação é o último processo realizado.
● Princípio da Reconstrução
A reconstrução é dada no espaço e no tempo. A partir desse princípio, tenta-se
responder às questões de "onde?”, “como?” e “quando?". Deve-se ressaltar que o
"quando?" geralmente se refere a um tempo relativo, posto que a dificuldade de
afirmar um evento pretérito a posteriori é bastante elevada.
● Princípio da Análise
Dado princípio diz que a análise pericial deve sempre seguir o método científico.
Ou seja, a análise pericial deve sempre partir de uma análise do método de hipóteses,
onde uma será aceita e a outra será refutada.
● Princípio da Descrição
● Princípio da Documentação
Tal princípio diz que toda amostra deve ser documentada, desde seu nascimento
no local de crime, até sua análise e descrição final, de forma a se estabelecer um
histórico completo e fiel de sua origem.
Aula 5:
● Princípio do Contraditório
O princípio do direito de defesa também deve estar assegurado nos quatro atos
do processo (postulação, admissão, produção e valoração). O direito de defesa deve
ser tanto técnico, como pessoal. A defesa técnica obriga a presença do defensor em
todos os atos do processo, inclusive no que tange à matéria probatória.
Art. 254, CPP. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por
qualquer das partes:
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo
por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau,
inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por
qualquer das partes; IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
CAPÍTULO II
DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS
PERÍCIAS EM GERAL
Do Art. 158 até 184 (Exame Pericial)
Art. 158, CPP. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de
corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando
se tratar de crime que envolva:
I - violência doméstica e familiar contra mulher;
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.
Art. 159, CPP. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
Art. 564, CPP. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o
disposto no Art. 167;
Art. 167, CPP. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem
desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
Art. 169, CPP. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração,
a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas
até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos
ou esquemas elucidativos.
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e
discutirão, no relatório, as conseqüências dessas alterações na dinâmica dos fatos.
Art. 170, CPP. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente
para a eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão
ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas.
Aula 7:
Objetivos da perícia
Alguns doutrinadores da área das ciências forenses indicam que existem três
objetivos principais:
Cadeia de Custódia
https://www.estadao.com.br/noticias/geral,serial-killer-procurada-por-15-anos-
na-ale
manha-pode-nunca-ter-existido,345511
https://www.theguardian.com/lifeandstyle/2008/nov/09/germany-serial-
killer http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/7341360.stm
https://www.iso.org/news/2016/07/Ref2094.html
Aula 11: