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Olá aluno e aluna sejam bem vindos ao módulo quatro, no presente módulo
vamos falar sobre atuação profissional e elaboração de pareceres, vamos dividir esse
tema em algumas partes. Bons estudos.
Introdução
Vamos começar abordando qual será nossos principais objetivos neste módulo:
Objetivos:
Com o avanço dos diversos ramos da ciência como Química, Biologia e Física
houve necessidade de maior especialização fazendo com que outros profissionais
fossem considerados importantes na análise de crimes.
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CRIMINALÍSTICA
Criminalística – o que é?
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CRIMINALÍSTICA
A criminalística visa estudar o crime sem distorcer os fatos, zela pela integridade
e persegue as evidências (ZARZUELA, 1996). Desde Gross, vários autores e
estudiosos vêm pesquisando o tema criminalístico e aperfeiçoando a definição inicial.
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CRIMINALÍSTICA
Para tanto, segue dois princípios básicos: Princípio de Locard que valoriza o
vestígio e afirma “que todo contato deixa um rastro”;
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CRIMINALÍSTICA
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CRIMINALÍSTICA
Referências
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CRIMINALÍSTICA
Olá aluno e aluna na aula de hoje vamos dar continuação ao tema e falar um
pouco a respeito do perito criminal. Bons estudos.
Perito Criminal é o profissional que realiza perícia no local onde ocorreu o crime.
Essa é a definição genérica e mais popular para perito criminal. Mas pode-se
acrescentar a esta definição outras condições que qualificam melhor este profissional.
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CRIMINALÍSTICA
Faz parte, também, das atividades dos peritos, oferecer segurança e integridade
ao vestígio. Assim, o trabalho do perito estará voltado para responder às seguintes
questões:
O que ocorreu?
Registro do laudo
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CRIMINALÍSTICA
Vestígio – pode ser qualquer marca objeto ou sinal sensível que possa ter relação
com o fato investigado. A existência do vestígio confirma a existência de um agente
que o causou ou que contribuiu para o fato investigado.
Autor desconhecido
Referências
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CRIMINALÍSTICA
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CRIMINALÍSTICA
Olá aluno e aluna nesta aula vamos falar um pouco a respeito do perfil do perito
criminal e quais são as formações necessárias para prestar um concurso público. Bons
estudos.
REQUISITOS ESPECÍFICOS:
REQUISITOS:
O Código de Processo Penal não faz diferenciações entre os tipos de Peritos, mas
ocorre comumente nas Polícias Civis dos estados a distinção entre Perito Criminal e
Perito Legista. Perito Criminal exige formação de nível superior em qualquer área do
conhecimento.
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CRIMINALÍSTICA
somente em cadáveres de pessoas vitimadas por homicídio. Por esse motivo, o sentido
etimológico do corpo de delito.
Referências
Olá aluno e aluna na aula de hoje vamos dar continuação ao tema e falar um
pouco a respeito das principais características de um perito criminal. Bons estudos.
Visão realista – realismo pode ser definido como sendo oposição ao idealismo
romântico. É caracterizado por não envolver sentimentos e, por isso, retrata de forma
mais fiel a realidade.
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CRIMINALÍSTICA
• Curiosidade – pode ser entendida como sendo ambição por conhecimento e pelo
desejo de conhecer segredos.
PALAVRA DO PERITO
Sérgio Vieira Ferreira, 51 anos, foi o perito que atuou em um dos crimes mais
famosos na história recente do país. Ele estava de plantão na noite da morte da menina
Isabella Nardoni, em março de 2008, e foi o primeiro perito a chegar à cena do crime,
o apartamento de Alexandre Nardoni, condenado com base na acusação de ter jogado
a filha pela janela. Entrevistado Ferreira explicou que um perito não pode se envolver
com nenhum caso. “Somos policiais técnicos. É necessário coletar provas técnicas.
Não se pode emocionar. Tem casos difíceis que, como ser humano, você tem que dar
aquele breque. Mas vamos fazer o serviço e coletar o que tiver para coletar”, afirmou.
“Não estamos aqui para condenar nem inocentar, mas para dar subsídios para que se
tenha investigação honesta”.
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CRIMINALÍSTICA
Principais atividades
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CRIMINALÍSTICA
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CRIMINALÍSTICA
Olá aluno e aluna na aula de hoje vamos dar continuação ao tema e falar um
pouco a respeito da organização e estrutura da polícia técnica em alguns estados e
também da polícia federal.
Instituto de Identificação – II
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CRIMINALÍSTICA
Entre outras.
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CRIMINALÍSTICA
Perícia em Informática:
Tem por objetivo a repressão aos crimes financeiros. Os crimes desta natureza
são os praticados sem o uso de violência e tem como objetivo final a obtenção de lucro.
Inclui as atividades ilegais: crimes do colarinho branco, gestão fraudulenta de
instituição financeira, evasão de divisas, manutenção de depósitos não declarados no
exterior, sonegação fiscal, crimes em licitações, apropriação indébita de contribuição
previdenciária, corrupção (ativa e passiva), peculato, crimes contra o mercado de
capitais, crimes contra as finanças públicas, lavagem de dinheiro, entre outros. Os
exames financeiros analisam extratos e documentos provenientes de quebra de sigilo
bancário e fiscal, com o objetivo de verificar possíveis incompatibilidades entre a
movimentação financeira e as declarações do imposto de renda e evolução patrimoniais
incompatíveis. Para identificação de crimes dessa natureza os peritos em informática
têm atuação permanente.
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CRIMINALÍSTICA
Perícias Documentoscópicas:
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CRIMINALÍSTICA
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CRIMINALÍSTICA
Perícias de Engenharia:
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CRIMINALÍSTICA
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CRIMINALÍSTICA
Perícias em Balística:
Para a produção dos laudos de perícia é preciso, antes de qualquer coisa, que o
local de crime seja fotografado, analisado e feito à coleta de todos os vestígios
necessários, que, posteriormente, serão submetidos a análises em laboratório. O
trabalho de perícias em locais de crimes é realizado pelos peritos criminais de qualquer
área de formação e que estejam de plantão nos Setores Técnicos Científicos - SETECs
dos estados, ou no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília. Os Peritos
Criminais Federais atendem as ocorrências em locais que envolvam os mais diversos
tipos de crimes, tais como: incêndios, acidentes de trânsito, desastres, crimes contra o
patrimônio e pessoas, ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares, entre
outros. O maior número de ocorrências acontece nos estados. O INC, por sua vez, se
destaca no atendimento aos grandes desastres e às ameaças de bombas, recorrentes na
capital federal.
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CRIMINALÍSTICA
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CRIMINALÍSTICA
Perícias de Veículos:
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CRIMINALÍSTICA
Olá aluno e aluna na aula de hoje vamos falar sobre a produção de documentos
e relatórios em perícia criminal. Bons estudos.
O laudo técnico pode ser definido como sendo o parecer técnico resultante da
análise realizada pelo perito. O laudo pericial faz parte do elenco de provas materiais.
Todos os profissionais envolvidos na questão da segurança pública têm,
necessariamente, de saber da importância da prova pericial e saber interpretar os laudos
periciais, na sua forma e no seu conteúdo.
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CRIMINALÍSTICA
Preâmbulo ou histórico:
Preliminares:
Exames periciais
Do local:
Dos vestígios:
A descrição deve ser feita de acordo com a ordem, a importância, como o acesso
ao terreno, ao prédio, ao cômodo, à gaveta etc. Devem ser relacionados e descritos
todos os vestígios encontrados no exame pericial.
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CRIMINALÍSTICA
O perito neste tópico deve tecer suas considerações sobre os fatos e analisá-los.
Nesta sessão o perito fará conclusões lógicas, afastando as hipóteses capazes de gerar
confusão, evidenciando aquelas que, depois de cotejadas, conduzirão e subsidiarão a
conclusão final. A sessão serve, também, para apontar a coerência ou não dos
elementos observados. Neste tópico o perito relata as análises e interpretações das
evidências constatadas e respectivos exames, de maneira a facilitar a compreensão e o
entendimento por parte dos usuários do laudo pericial.
Conclusão:
Existirem mais de um vestígio relacionados com o fato, mas nenhum deles seja
determinante de forma isolada. Neste caso, os peritos deverão apontar quais são e
descrevê-los.
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CRIMINALÍSTICA
Anexos – são as peças que foram utilizadas para produção do laudo. Os anexos
têm a função de auxiliar na compreensão das análises e das conclusões, podendo ser:
resultado de exames complementares, fotografias, gráficos, relatórios de outros peritos
ou profissionais etc. No entanto, a informática permite muitos recursos gráficos que
podem ser inseridos ao lado, ou logo abaixo, da parte do texto a que se refere tal
assunto.
Referências
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CRIMINALÍSTICA
Olá aluno e aluna na aula de hoje vamos falar sobre a produção de documentos
e relatórios em perícia criminal, mostrando alguns tipos de laudos. Bons estudos.
Peças Motivantes:
Peças Paradigmáticas:
Dos Exames:
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CRIMINALÍSTICA
Quesitos e Respostas:
Resposta: sim
Para que dois grafismos sejam aceitos como do mesmo punho, é necessário que
em ambos os seguintes valores sejam convergentes:
a. habilidade gráfica;
b. hábitos gráficos;
a. Marca: Beretta.
b. Fabricação: italiana.
c. N° de série: 683C09.
g. Coronha guarnecida por talas de plástico pretas com inscrição “Cb.BN” (lateral
esquerda), bem como com o logotipo da marca da arma.
2. Funcionamento da arma:
O estado geral da arma é bom, não apresentando suas peças quaisquer anomalias
que impeçam seu funcionamento. Está apta à realização de disparos.
3. Quesitos e Respostas:
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CRIMINALÍSTICA
E o relatório.
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CRIMINALÍSTICA
1° Houve morte?
Resposta: Sim, houve morte.
4° Foi produzida por meio de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro
meio insidioso ou cruel?
Resposta: Prejudicado.
5° Qual a data do óbito?
3° Foi produzida por meio de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro
meio insidioso ou cruel?
Resposta: Prejudicado.
Nerio Rojas
Referências
DEL PICCHIA FILHO, José. Manual de documentoscopia jurídica. São Paulo: Editora
Universitária de Direito. 1982.
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CRIMINALÍSTICA
Olá aluno e aluna na aula na aula de hoje vamos falar a respeito de vestígio
material e imaterial também chamado de psíquicos, vamos dividir esse assunto em duas
partes. Bons estudos.
O vestígio material
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CRIMINALÍSTICA
O vestígio imaterial
Interessante notar que a definição de vestígio elaborada por Zbinden não surgiu
em uma época tão recente; ela aparece em 1957. Castro detalha a que se refere a
definição dos vestígios psíquicos ou imateriais quando escreve:
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CRIMINALÍSTICA
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CRIMINALÍSTICA
Referências bibliográficas
P.M. Castro. Vestígios no locus delicti. Blog Segurança e Ciências Forenses, 2014.
Olá aluno e aluna na aula na aula de hoje vamos dar continuidade ao tema
falando um pouco mais a respeito do vestígio material e imaterial que também pode
ser chamado de vestígio psíquico. Bons estudos.
Castro destaca uma área já bastante familiarizada com a questão dos vestígios
psíquicos: o campo dos perfis criminais, e citando Rodrigues, escreve:
Outro autor, Geberth, também citado por Ebsike , se refere à assinatura, trazendo
duas importantes contribuições:
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CRIMINALÍSTICA
3. Crimes violentos.
O mesmo Ebsike cita que Holmes e Holmes têm mostrado que os tipos de crimes
mais adequados para o perfil incluem tortura sádica em agressões sexuais, evisceração,
cortes pós mortem, luxúria e assassinato com mutilação, estupro, crime ritualístico e
satânico e pedofilia.
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CRIMINALÍSTICA
Referências bibliográficas
P.M. Castro. Vestígios no locus delicti. Blog Segurança e Ciências Forenses, 2014.
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CRIMINALÍSTICA
Olá aluno e aluna na aula de hoje vamos falar de alguns casos recentes de crimes
relacionados à Seriais Killers vamos dividir esse assunto em duas partes. Bons estudos.
Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do parque, que em 1998 teria matado pelo
menos seis mulheres em São Paulo.
Francisco das Chagas Rodrigues de Brito, suspeito de ter matado até 42 crianças
e jovens nos estados do Maranhão e Pará, entre 1989 e 2003.
Admar de Jesus, que entre 2009 e 2010, teria matado sete jovens com idades
entre 13 e 19 anos na cidade de Luziânia-GO.
Sailson José das Graças, preso em 2014, suspeito de matar mais de 38 mulheres
na região da Baixada Fluminense, Rio de Janeiro.
Homicídios
CASO 1:
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CRIMINALÍSTICA
Foto do Laudo do Caso Satiricon. Em primeiro plano o quadro com uma reprodução
da obra de Salvador Dali. Ao fundo o corpo colocado em posição correspondente à
do corpo crucificado. A seta indica o livro intitulado “O Estorvo”, colocado sobre o
tórax da vítima. Foto cedida pelo perito responsável pelo exame.
CASO 2:
A disposição do corpo: sentado sobre o solo, com o dorso encostado a uma estaca
de uma cerca de arame farpado. Os membros superiores apoiados aos fios de arame,
lembrando uma crucificação. Essa forma de dispor o corpo pode sugerir a intenção de
expor o cadáver como um troféu e também chocar as pessoas no momento em que o
mesmo fosse encontrado.
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CRIMINALÍSTICA
Nas declarações prestadas pelos dois menores, restou claro que não havia
qualquer relação entre os mesmos e a vítima, que, portanto, era desconhecida para eles;
“...que o declarante passou a ajudar..., vindo a jogar pedras por várias vezes na
cabeça da vítima, que ainda não aparentava estar morta; Que o declarante achou um
vaso sanitário próximo e avisou a ... (Menor Infrator 2), que de imediato o pegou e o
quebrou na cabeça da vítima; Que havia uma ponta do vaso, com a qual acabou
furando o pescoço da vítima; Que em determinado momento, começaram a arrancar
os miolos com as mãos, e os jogou dentro de uma poça de lama; Que ato contínuo,
...(o Menor infrator 2) tirou o cinto da vítima e amarrou o pescoço da mesma para que
ficasse fácil arrastá-lo pela estrada; Que ...(o Menor infrator 2) teve a ideia de
pendurar a vítima na cerca de arames farpados que margeia a estrada, isto como se
fosse roupa; Que antes de começarem a arrastar a vítima, ... (Menor Infrator 2) puxou
a língua desta com a mão, tentando arrancá-la...”;
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CRIMINALÍSTICA
CASO 3: EMASCULAÇÃO:
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CRIMINALÍSTICA
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CRIMINALÍSTICA
Referências bibliográficas
P.M. Castro. Vestígios no locus delicti. Blog Segurança e Ciências Forenses, 2014.
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CRIMINALÍSTICA
Olá aluno e aluna na aula de hoje vamos dar continuidade ao nosso tema,
enfatizando casos de suicídios. Bons estudos.
Suicídios
CASO 1:
A única lesão verificada foi uma ferida pérfuroincisa na região esternal. No local
foram encontrados muitos vestígios, os quais, interpretados, revelaram-se úteis na
compreensão da personalidade da vítima, bem como na demonstração da sua
intencionalidade quanto à consumação do ato de auto eliminação, podendo ser
considerados dessa forma como vestígios comportamentais.
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CRIMINALÍSTICA
“são todos elementos que sugerem que a pessoa que habitava o local apresentasse
sintomas de compulsão por armazenagem ou colecionismo, um dos sintomas
conhecidos do TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), um tipo de transtorno mental
reconhecido, que pode guardar relação direta com estados de depressão”.
Foto do Laudo destacando sobre a pia da cozinha embalagens do tipo Tetra Pac,
vértices dessas embalagens seccionados e tampas de outras embalagens.
Foto do Laudo destacando sobre a mesa, a prancheta onde estavam as folhas com os
escritos verificados (círculo maior). A seta indica materiais acumulados e o círculo
menos, de cor amarela, objetos organizados (moedas).
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CRIMINALÍSTICA
CASO 2:
Mensagem escolhida em uma bíblia: sobre uma mesa de madeira que apoiava
um aparelho televisor havia uma bíblia aberta, com uma moeda de vinte e cinco
centavos exatamente na brochura entre duas páginas, servindo como um marcador. Na
página da direita, entre os diversos dizeres que faziam parte dos Salmos, uma das
orações, a saber, o Salmo número 13, intitulado Oração de Fé - Ao mestre de canto.
Salmo de Davi trazia dentre outros os seguintes dizeres:
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CRIMINALÍSTICA
Referências bibliográficas
P.M. Castro. Vestígios no locus delicti. Blog Segurança e Ciências Forenses, 2014.
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BALÍSTICA FORENSE
Na Europa, a pólvora já era mencionada pelo monge Roger Bacon, no ano 1250
(aproximadamente), porém existem diferentes versões a respeito de sua descoberta e
de quem a realizou.
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BALÍSTICA FORENSE
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BALÍSTICA FORENSE
‘Até esse momento, as armas eram carregadas pelo sistema ante carga (pelo cano
da arma).
Com a criação das novas armas que faziam uso de cartuchos iniciou-se a
retrocarga (carga pela parte posterior).
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BALÍSTICA FORENSE
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BALÍSTICA FORENSE
Armas de fogo são utilizadas para expelir projéteis por meio da força expansiva
dos gases provenientes da combustão da pólvora. Nesse sentido, projéteis podem ser
balísticos e não balísticos, e estes se diferem entre si devido à ação da força que
promove seu movimento.
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BALÍSTICA FORENSE
• A tipo do cano;
• O sistema de inflamação;
• O sistema de carregamento;
• O sistema de funcionamento;
• À mobilidade e uso.
• Liso;
• Estriado (ou raiada);
• Poligonal.
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BALÍSTICA FORENSE
Já o cano raiado é aquele no qual a parte interna possui sulcos helicoidais que
geram impressões e são destinados a forçar um movimento de rotação no projétil. Raias
em direção horária geram no projétil um giro da esquerda para a direita com relação ao
eixo do cano (destrógiro). Em contrapartida, raias em direção anti-horárias causam no
projétil um giro da direita para a esquerda (sinistrógiro)
Destrógiro Sinistrógiro
A. Raias primárias: são os limites dos campos, ou seja, formam as arestas vivas e
curvas (observadas nitidamente e pouco nítidas, respectivamente). Tais marcas
são paralelas entre si e quase horizontais. Não é recomendado considerá-
las numa identificação, pois supõe-se que toda arma possui um cano de seis
estrias e sejam da mesma fabricação, o que implica na coincidência das marcas;
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BALÍSTICA FORENSE
B. Raias secundárias: estas são as marcas as quais devem ser consideradas quando
se trata da identificação de projéteis. São as marcas permanentes dentro do cano,
e podem ser sulcos (baixo nível) ou unhas (alto nível). Em geral, as raias
secundárias são paralelas às primárias;
C. Raias terciárias: conhecidas também como raias parasitas, são produzidas por
corpos estranhos soltos acumulados no interior do cano. Destaca-se que esse é o
tipo de cano da maioria das armas, incluindo curtas e longas.
No que diz respeito ao sistema de inflamação, para armas existem quatro formas
para que este ocorra:
• Mecha;
• Atrito;
• Percussão;
• Elétrico.
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BALÍSTICA FORENSE
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BALÍSTICA FORENSE
O tiro unitário pode ser simples – somente comportando carga para um tiro –, ou
pode ser múltiplo – nesse caso, comporta carga como se duas ou mais armas estivessem
numa mesma coronha.
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BALÍSTICA FORENSE
Além disso, de acordo com Trampe (2008), às armas de fogo podem ser também
classificadas por:
Modo de transporte
• Portáteis: são as armas que uma única pessoa é suficiente para realizar o
transporte (fuzil, escopeta, revólver);
• Punho: são armas desenhadas para utilização com apenas uma mão (revólver,
pistola, pistola de caça);
• Ombro: são armas que necessitam do uso das duas mãos e/ou apoio em alguma
outra parte do corpo do atirador, que normalmente é o ombro (fuzil, escopeta,
pistola-metralhadora).
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BALÍSTICA FORENSE
Armas de fogo
• Revólver;
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BALÍSTICA FORENSE
• Pistola;
• Pistola metralhadora.
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BALÍSTICA FORENSE
Quando o alinhamento ocorre por ação simples, significa que o recuo do martelo
é realizado manualmente pelo atirador a cada disparo. Contrariamente, quando se trata
da ação dupla, o retrocesso e a percussão do martelo são efetuados diretamente a partir
da cauda do gatilho ou pela ação do atirador que aciona o martelo manualmente
(MENDOZA, 2015).
A partir desse momento, o tambor se torna apto à recarga (De MAIO, 1999). No
caso de revólveres break-top, o chassi é articulado na parte posterior, de modo que, ao
soltar-se a trava superior, tanto o cano quanto o tambor giram para baixo, causando a
exposição da parte traseira do cilindro de.
Essa ação de abertura também faz com que cápsulas vazias sejam ejetadas do
tambor (De MAIO, 1999). Um revólver é bastante útil quando se trata de combates à
curta distância, e os mais comumente utilizados são os calibres .22”, .32” e .38”. Essas
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BALÍSTICA FORENSE
classificações são referentes à munição, visto que existem diferentes tipos (TRAMPE,
2008).
A partir desses dois parâmetros, é possível identificar uma arma como pistola,
porém sem informações específicas como forma e design, sistema de disparo etc. Há
exemplos de diferentes modelos de pistolas de carga tiro a tiro.
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BALÍSTICA FORENSE
O ato de puxar o slide para trás permite que a munição superior do depósito se
apresente na parte posterior do cano.
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BALÍSTICA FORENSE
Ao permitir que o slide se mova para frente sob a pressão da mola, a bala é
empurrada do depósito para a câmara do carregador pelo bloco da culatra. Essa ação
também aciona o mecanismo do gatilho (HEARD, 2008). Puxando o gatilho, o martelo
desce e a bala é, então, disparada. Esta bala é empurrada ao longo do cano pelos gases
em expansão.
Não apenas isso, esses gases exercem ainda uma força igual e oposta no
invólucro do cartucho e, por consequência, faz com que o slide e a culatra se movam
para trás. Isso ejeta o pente do cartucho gasto por uma porta lateral ou superior ao slide,
dependendo do modelo da pistola. Ao final do movimento de recuo, o slide carregado
move-se para frente trazendo uma nova bala da parte superior do depósito,
alimentando-o na parte posterior do cano, de modo que fique pronto para o disparo.
Uma vez que a ação é somente de auto carregamento, a pressão no gatilho deve
ser removida e reaplicada antes que uma nova munição possa ser disparada. Para evitar
disparos contínuos, parte da ação (conhecida como “desconexão”) retira o contato do
gatilho com os demais mecanismos.
Uma ação como essa, na qual o ferrolho é mantido apenas por ação da mola, é
o modo mais simples de mecanismo de uma pistola autocarregável (também
conhecida como ação de blowback), e seu uso é realizado somente para cartuchos de
baixa potência.
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BALÍSTICA FORENSE
Caso a ação blowback fosse aplicada para calibres mais potentes, o cartucho não
suportado existente no pente explodiria em virtude das pressões altamente elevadas
produzidas durante o disparo (HEARD, 2008).
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BALÍSTICA FORENSE
É importante ressaltar que uma pistola comum e uma pistola de caça são bastante
semelhantes e, portanto, é necessário ter atenção para não as confundir. Geralmente, a
pistola de caça possui dois canos lisos (MENDOZA,
2015).
• Carabina;
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BALÍSTICA FORENSE
• Fuzil;
• fuzil de ataque;
• Subfusil;
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BALÍSTICA FORENSE
• Escopeta;
• Metralhadora.
Elas são destinadas a segmentar largas distâncias por meio do uso das mãos. E
se tratando dos exemplares específicos para fins militares, esses são destinados a
combate corpo a corpo com culatra e baioneta.
Os canos de carabinas e fuzis são sempre raiados, com pontos de mira fixos,
que podem estar localizados em suportes e ser protegidos por uma cobertura para evitar
deformações e desalinhamento. As alças são reguláveis e podem ser de diferentes tipos,
tanto em relação ao alcance do cartucho quanto pelo design, (JEAN JACQUES, 2002).
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BALÍSTICA FORENSE
São armas de uso exclusivo das forças de ordem. Possuem calibre pequeno e
largo alcance, e normalmente são empregados em guerras (ÁLVAREZ; DE ARCO,
2012).
De modo geral, os fuzis são dotados de uma correia porta fuzil sustentada por
anilhas situadas uma na culatra e outra no guarda mato inferior. Existem também os
que podem apresentar até três anilhas localizadas em diferentes pontos do guarda mato,
com o intuito da correia se sustentar em qualquer uma delas.
Existe ainda o tipo conhecido como fuzil de ataque, uma variedade que possui
as mesmas características dos demais, com exceção de alguns mecanismos especiais
que os tornam mais portáteis para ações específicas. Os fuzis de ataque são
classificados como armas apropriadas para missões de alto risco (ÁLVAREZ; DE
ARCO, 2012).
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BALÍSTICA FORENSE
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BALÍSTICA FORENSE
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BALÍSTICA FORENSE
A dureza do material depende do tipo de liga que o compõem e, por isso, existem
projéteis metálicos, plásticos, gomas e até mesmo de nylon. Particularmente, quanto à
ponta da bala (ogiva), esta pode ser (ÁLVAREZ; De ARCO, 2012):
4. Semi-ogival: nesse caso, a ponta não chega a ser ovalada por truncamento
plano, e podem ser encamisados ou semi encamisados possuindo ponta mole. Em geral,
são pré-fragmentadas, ocasionando uma abertura que aumenta suas características
expansivas, bem como o poder de parada;
5. Ponta chata: esse modelo não possui ogiva, a parte superior do projétil se
encontra ao lado da boca do cartucho, é cilíndrico e para tiros de precisão, visto que
atinge o alvo deixando um círculo perfeito;
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BALÍSTICA FORENSE
6. Ponta oca: como sugere o próprio nome, essa se trata de uma ponta totalmente
oca, independente do formato do projétil, gerando alta deformação com alto poder de
parada. O propelente é, por definição, um material explosivo cuja função é gerar
grandes volumes de gases a partir de sua queima.
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BALÍSTICA FORENSE
• Central;
• Lateral ou marginal;
• Em espiga.
Pelo calibre:
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BALÍSTICA FORENSE
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BALÍSTICA FORENSE
Antigamente, quando ainda era comum o uso de pólvora negra, tais disparos
eram identificados à longas distâncias, contudo, nos dias atuais esses efeitos são raros
sobre a epiderme, pois as pólvoras modernas queimam mais rapidamente e de forma
completa (AMOR, 2016).
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BALÍSTICA FORENSE
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BALÍSTICA FORENSE
Definição de balística
• Balística comparativa;
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BALÍSTICA FORENSE
• Balística médico-legal;
• Balística identificativa.
disparado por uma arma de fogo, desde o orifício de entrada até o de saída de um corpo
humano. Também conhecida como trajetória de efeito, tal trajetória pode ser
classificada em duas classes (VILLATORO, 2013):
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BALÍSTICA FORENSE
Para que um projétil seja efetivo, é necessário que possua um mínimo de energia
remanescente para ser transferida parcial ou totalmente ao objeto. Por essa razão,
quando se fala em balística de efeitos, é necessário considerar a energia cinética como
principal fator causador de danos a uma estrutura.
Quando se trata do estudo focado nas armas de fogo, temos então a balística
forense, que é a ciência responsável principalmente pelo estudo dos seguintes
fenômenos:
Balística interna
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BALÍSTICA FORENSE
Além disso, esta área se ocupa dos aspectos relativos às armas de fogo, tais como
sua estrutura, mecanismos, funcionamento, calibres, carregamento e disparo
(TRAMPE, 2008). Todos os aspectos que possuem relação direta com a carga
propulsora responsável por gerar a velocidade inicial dentro da arma são considerados
na balística interna. Esses aspectos dependem dos seguintes fatores:
• O peso do projétil;
• Aceleração da gravidade;
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BALÍSTICA FORENSE
Por essa razão, torna-se possível realizar comparações das marcas existentes nas
cápsulas e projéteis com armas suspeitas. Esta ação comparativa da balística interna é
realizada em perícias, com o intuito principal de identificar a arma de que tenham sido
feitos os disparos (POLÍCIA NACIONAL, 2013).
Balística externa
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BALÍSTICA FORENSE
Em outras palavras, esse estudo tem seu foco na trajetória do projétil, o que inclui
também as possíveis variações do movimento e fenômenos que afetam essa trajetória
(causadores de rebote), como, por exemplo, a gravidade, resistência do ar, a influência
da direção e intensidade dos ventos (TRAMPE, 2008).
➢ Eixo do cano: linha imaginária que passa pelo centro do cano na ponta da arma;
➢ Linha de mira: reta imaginária que parte do olho do atirador, passa pelo centro
da mira posterior da arma e toca o pico do ponto de mira;
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BALÍSTICA FORENSE
Trajetória: linha que une as posições que o projétil ocupa no espaço ao longo
do tempo;
Horizonte da arma: linha horizontal que passa pela origem da trajetória (em
relação ao alvo);
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BALÍSTICA FORENSE
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BALÍSTICA FORENSE
É possível que o projétil atinja sobre a linha de tiro a estabilidade para seu voo.
No vácuo, teoricamente a posição da bala deveria ser a mesma desde quando saiu da
arma até o fim de sua trajetória e, assim, voaria com a ponta para cima até iniciar o
processo de descida, no qual faria contato com o chão por seu culote
No ar, um projétil que gira em seu próprio eixo acaba por não conservar a
posição, atingindo o alvo por conta própria, devido à rotação que atribui a ele
propriedades giratórias. Desse modo, o projétil não somente conserva a posição de seu
eixo no espaço, como também se opõe às forças externas que provocam influências
negativas na sua posição.
1
BALÍSTICA FORENSE
Essa oscilação ocorre tanto para cima quanto para baixo, de tal forma que
descreve constantemente um círculo sobre sua trajetória, o qual é denominado na
balística como rotação cônica retardada. É devido a essa rotação que o projétil sempre
voa com a ponta direcionada para frente, de modo que apenas duas situações se tornam
possíveis para o fim de seu movimento: impactar o alvo ou cair ao perder sua energia
(JEAN JACQUES, 2002).
6. Linha de situação (LS) – linha imaginária reta que une a origem da trajetória
com o alcance;
2
BALÍSTICA FORENSE
• Direção do disparo;
• Distância do disparo.
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BALÍSTICA FORENSE
Quando uma vítima é atingida por um disparo à curta distância em uma parte
coberta por roupas, existe a possibilidade de estimar o alcance, por meio da medida da
distância entre o cano da arma e a superfície no momento em que o disparo foi efetuado
Em particular, o corpo humano é uma das barreiras que recebe maior atenção,
por ser a barreira de maior incidência em delitos com armas de fogo. Esses efeitos
podem ser consequência dos elementos apresentados a seguir (JEAN JACQUES,
2002):
4
BALÍSTICA FORENSE
• De ricochete;
• De transferência;
• Cegas.
Brechas de ricochete são as que, quando entram em contato com uma barreira,
alteram a direção de voo de forma brusca. As de transferência são as formadas quando
o projétil atravessa a barreira completamente, constituindo um orifício de entrada, um
canal e um orifício de saída, com as arestas revertidas para o sentido da trajetória do
projétil.
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BALÍSTICA FORENSE
Quanto a uma barreira com pouca resistência, o rebote ocorre de forma diferente
da anteriormente descrita, o projétil penetrará a barreira emergindo tardiamente, pois a
resistência externa é inferior à resistência interna. Desse modo, obtém-se um ângulo de
rebote maior que o ângulo de incidência.
6
BALÍSTICA FORENSE
Além disso, podem-se tirar informações sobre o formato dos anéis de contusão,
que, no caso de disparos perpendiculares, têm forma de anel completo, enquanto os
disparos oblíquos possuem forma semilunar situada no lado de que proveio a bala
(AMOR, 2016).
Balística identificativa
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BALÍSTICA FORENSE
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BALÍSTICA FORENSE
Nessa época, a produção de moldes de projéteis era realizada à mão por armeiros,
e, como consequência, cada arma possuía características exclusivas. Ou seja, sempre
que um projétil era disparado, ela trazia consigo algumas impressões exclusivas da
arma de fogo empregada no disparo. Inevitavelmente, os exames criteriosos para uma
determinada bala, com vistas ao rastreio da arma de origem, iniciaram-se.
Henry Goddard foi a pessoa responsável por tal ação, quando, a partir de uma
bala extraída da vítima de um assassinato, utilizou a impressão digital para vincular
evidências ao culpado. Nesse trabalho, ele descobriu que o projétil avaliado possuía
um defeito de fabricação em sua superfície. Considerando que o próprio atirador teria
produzido a bala, Goddard se focou na recuperação de seu molde para conseguir
confirmar o autor do disparo.
Dessa forma, sempre que tais ações possuem relação direta ou indireta com
infrações penais, a balística forense busca esclarecimentos e provas de sua ocorrência.
Com relação à sua finalidade jurídico-penal, seu valor é probatório, podendo chegar à
condenação ou absolvição de um réu (OLIVEIRA, 2016).
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BALÍSTICA FORENSE
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BALÍSTICA FORENSE
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BALÍSTICA FORENSE
Uma vez que toda arma deve possuir registro, certificado de propriedade ou
autorização para porte, torna-se possível chegar ao autor do crime (na maioria dos
casos). A princípio, realiza-se uma identificação indireta ou mediata que consiste no
estudo comparativo das características gerais e particulares das deformações impressas
pela arma nas diversas partes da munição.
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BALÍSTICA FORENSE
• Peso;
• Formato;
• Comprimento;
• Diâmetro;
• Composição;
• Calibre;
• Raiamento;
• Estriações laterais finais;
• Deformações.
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BALÍSTICA FORENSE
Duas armas diferentes não possuirão impressões iguais e, assim, uma análise de
igualdade de estrias entre dois projéteis é um resultado fortemente positivo. Além
disso, a situação das estrias também é bastante relevante para a avaliação de uma
munição.
Além do projétil, podem-se, também, realizar testes de comparação por meio dos
cartuchos encontrados nos locais de crimes ou no tambor da arma apreendida
(considerada suspeita).
4
BALÍSTICA FORENSE
Nos dois casos, é necessário que o cartucho seja apreendido e encaminhado para
exame. Na etapa de análise, ao receber o cartucho, o perito balístico deve determinar
(OLIVEIRA, 2016):
• Marca;
• Material;
• Calibre;
• Deformações existentes.
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BALÍSTICA FORENSE
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BALÍSTICA FORENSE
• GSR característico.
• GSR consistente.
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BALÍSTICA FORENSE
Exame de eficiência
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BALÍSTICA FORENSE
Se uma arma for nitidamente incapaz de efetuar disparos, ela é uma prova cabal
da impossibilidade de uso para a perpetração de homicídio, por exemplo (DEBETIL,
2015). Na perícia de eficiência de uma arma de fogo, além da marca e do calibre,
observam-se:
• Números identificadores;
• Acabamento das partes metálicas;
• Características de fabricação que identifiquem montagens ou alterações
artesanais e clandestinas.
Exame metalográfico
• Calibre;
• Número de série impresso na armação, cano e culatra;
• Ano de fabricação, se não tiver incluso no sistema de numeração serial.
Cada fabricante possui seu próprio critério de escolha do local em que realizará
a gravação do número de série, que é uma referência de identificação da arma de fogo
e que evita confusão de duas armas de mesmo modelo, calibre ou marca, já que é uma
característica particular de cada uma, devendo ter profundidade de 0.08 a 0.12 mm.
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BALÍSTICA FORENSE
Ataque químico
Ataque eletrolítico
O metal, após polimento, tem sua superfície atacada por um leve esfregaço com
o cátodo embebido no reagente. Além disso, uma tensão inicialmente menor que o
potencial de decomposição do reagente é aplicada. Por esse método, a determinação da
tensão na qual se obtêm os melhores resultados é determinada empiricamente
(MINEIRO, 2017).
Ataque térmico
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BALÍSTICA FORENSE
Cavitação ultrassônica
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BALÍSTICA FORENSE
Disparo e tiro
Muitas vezes, os termos disparo e tiro são empregados como sinônimos, mas
na verdade não são.
Tiro acidental
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BALÍSTICA FORENSE
Tiro acidental, tiro involuntário, acidente e/ou incidente de tiro são situações que
estão presentes no nosso dia a dia, no entanto os seus conceitos, em muitas ocasiões,
geram dúvidas, confusões ou erros.
2
BALÍSTICA FORENSE
Tiro involuntário
Muitas pessoas, por não estarem familiarizadas com o sistema de ferrolho aberto,
pensam que o ferrolho travado na parte traseira significa que a arma está com defeito.
Para corrigir o problema, eles dispararam gatilhos, o que causou a ocorrência de
gatilhos indesejados.
3
BALÍSTICA FORENSE
Exemplo:
Observe que o conceito pericial de tiro acidental aqui apresentado requer uma
constatação material do fato, objetiva, e difere ligeiramente do conceito jurídico. Dessa
forma, o caso da “submetralhadora MT12”, quando analisado somente pelo aspecto
jurídico, em face de evidente imperícia, a qual o operador não queria o resultado, pode
ser classificado como tiro acidental, ao mesmo tempo em que para a balística trata-se
de tiro involuntário.
Importante!
Assim, uma pessoa que ao brincar com uma arma de fogo não verificou se ela
estava municiada e, a partir desse comportamento, produziu um tiro vindo a lesionar
alguém. A conduta pode ser classificada como acidental, pela não intencionalidade da
ação, entretanto, somente fatores de ordem subjetiva poderão comprovar ser
involuntário ou não da conduta. Contudo, sob o ponto de vista pericial, seria
classificado como um tiro não acidental, sendo admitido como tiro involuntário.
4
BALÍSTICA FORENSE
Incidente de tiro
3. Travamento do tambor que não gira ao ser acionado o gatilho, o que geralmente
ocorre devido a problemas no conjunto impulsor do tambor e anel dentado do
extrator; ocorrendo ainda em função de uma série de outras causas como haste
central empenada, espoleta saliente (positiva) travando o tambor, entre outras;
Importante!
A maioria dos incidentes de tiro pode ser evitada com manutenção preventiva da
arma, por meio de limpeza e lubrificação adequadas e com o uso da munição correta e
apropriada para cada tipo de arma.
5
BALÍSTICA FORENSE
Acidente de tiro
Munições recarregadas
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BALÍSTICA FORENSE
Este processo pode ser feito individualmente em uma prensa tipo "O" ou "C", ou
pode ser feito de forma incremental usando uma prensa que executa cada etapa em
sequência, agilizando a produção.
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BALÍSTICA FORENSE
Munições SHOTSHELL
Munições de festim
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BALÍSTICA FORENSE
Munições de manejo
Algumas munições são produzidas não para uso em armas de fogo e, sim, para
ferramentas industriais e de construção civil. Geralmente são cartuchos pequenos, com
dimensões compatíveis com o calibre .22 LR, com percussão radial para utilização em
pistolas finca-pinos. Possuem apenas carga de pólvora, sem projétil.
Munições alteradas
É comum serem encontradas munições alteradas, seja para sua reutilização, seja
para produzir efeitos diferentes daqueles para os quais a munição foi projetada. Uma
alteração bastante comum é a recarga de munição, substituindo a espoleta Boxer ou
10
BALÍSTICA FORENSE
Berdan por uma espoleta do tipo bateria. Também se observam tentativas de alteração
no projétil, por meio de cortes ou furos na ponta para aumentar a expansão ou
fragmentação. Alterações essas que não geram resultados concretos na prática.
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BALÍSTICA FORENSE
Caro aluno e aluna, pesquise na internet caso de acidente com arma de fogo
onde a vítima foi a óbito e faça um resumo sobre esse caso dando a sua opinião
profissional de como aconteceu esse acidente, se foi problema na arma de fogo ou foi
despreparo do atirador, e após diga como isso poderia ser evitado. Lembre-se que o
capricho é levado em consideração na hora da correção e não se esqueça de colocar a
fonte de pesquisa.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Entende- se por vestígios “todo e qualquer sinal, marca, objeto, situação fática
ou ente concreto sensível, potencialmente relacionado a uma pessoa ou a um evento de
relevância penal” (DIAS FILHO, 2009).
1
BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Recebimento de evidências
Esta cadeia de controle não se refere apenas às amostras biológicas, e sim a todo
e qualquer vestígio material. A amostra biológica merece especial atenção devido a sua
susceptibilidade à degradação e contaminação. Este controle é obtido mediante
documentos, ou qualquer outro tipo de registro, assinados a cada transmissão de posse
da amostra. O ideal é que cada instituição tenha um modelo padrão impresso de entrega
de material.
Patologia forense
É importante ter em mente que a patologia forense, assim como os outros ramos
da perícia, não anda só. O patologista forense tem de ter conhecimentos de várias áreas
além da medicina, como balística, toxicologia, biologia, genética, psicologia, dentre
outros.
humano, muitas vezes podem servir como pedra angular para o balizamento de
questões, por meio de exames de diagnósticos específicos que poderão determinar as
conclusões periciais.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Parte 1
Sorologia
Genética forense
A genética forense é, sem dúvidas, uma das áreas mais fascinantes da perícia
criminal.
O DNA é um tipo de ácido nucleico composto por nucleotídeos, que por sua vez
são formados por bases nitrogenadas, açúcar (desoxirribose) e fosfato. Qualquer
material biológico pode ser fonte de DNA, incluindo sangue, saliva, sêmen, pelos,
tecidos, dentes, ossos, suor, entre outros. Podemos encontrar nestes materiais dois tipos
de DNA, um localizado no núcleo das células, o DNA nuclear, e outro no interior da
organela chamada de mitocôndria, o DNA mitocondrial. Os dois tipos podem ser
utilizados para exames genéticos. Entretanto, as técnicas baseadas em DNA nuclear
são preferencialmente utilizadas na área forense, devido ao seu maior poder
discriminatório. O DNA nuclear é do tipo dupla fita linear, enquanto o DNA
mitocondrial é dupla fita circular.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Além das regiões que compõem os perfis genéticos, também podem ser
comparadas determinadas regiões do DNA nuclear que fazem parte do cromossomo Y.
Essas regiões desse cromossomo sexual existem apenas em indivíduos de gênero
masculino, sendo herdadas apenas do pai. Por isso, o DNA do cromossomo Y de um
indivíduo será idêntico ao de todos os indivíduos de sua linhagem paterna. Embora não
sejam únicas para cada pessoa com os perfis genéticos, estas regiões são úteis para
investigar se indivíduos pertencem à mesma linhagem paterna.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Extração de DNA
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Parte 2
Amplificação do DNA
Bom, é nesta etapa que vamos entender como ocorre a multiplicação das cópias
de um segmento de DNA específico em milhares ou milhões de vezes.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Não é incrível?
Agora falaremos um pouco sobre uma das técnicas que mais revolucionaram a
biologia molecular nos últimos tempos. A técnica de sequenciamento de nova geração,
como ficou conhecida no Brasil, é uma plataforma que permite a análise simultânea de
milhares a milhões de fragmentos de DNA. Essa plataforma gera grande quantidade de
dados em um prazo relativamente curto em comparação aos métodos de
sequenciamento tradicionais. A tecnologia envolvida permite o aprimoramento da
compreensão da variação de polimorfismos genéticos com um maior grau de
informatividade, possibilitando aplicações em diversas áreas da genética humana, tais
como: variação estrutural do genoma, diagnósticos de polimorfismos de interesse
médico, estudos populacionais, genética do câncer, além da genética forense. Dessa
forma, a tecnologia aplicada à análise de STR possibilita maior sensibilidade, precisão
e informatividade do que os métodos tradicionais empregados para investigação destes
polimorfismos.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
O local do corpo do qual procedem os pelos pode ser avaliado, de forma relativa,
analisando-se a morfologia, o diâmetro médio, o comprimento e a forma da seção
transversal. Porém, para chegar a um resultado plausível, é necessário um número
suficiente de pelos que permitam determinar uma média de suas dimensões e
características (FILHO; FRANCEZ, 2016).
Exemplos: pelos das sobrancelhas e das pálpebras são curtos, terminam em ponta
e são mais espessos que cabelos; os pelos das axilas e da região pubiana são mais
longos e encaracolados; os pelos do tronco e dos membros variam em espessura e têm
menos pigmentos do que os outros. Ainda nos exemplos: a secção transversal, se
possuir formato triangular côncavo, sugere que se trata de pelo de bigode ou barba.
Além disso, o exame da composição química do pelo pode revelar, em alguns casos,
tratar-se de pelo da axila, em razão da ação do suor e de outras substâncias presentes
nesta localização, assim como a presença de sêmen pode indicar pelos pubianos.
Perícia é isso!
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Formato dos cabelos: Segundo Peyrefitte (1998), citado por Filho e Francez
(2016), a forma do cabelo é determinada pelo folículo piloso. A secção transversal
depende do grau de curvatura do cabelo ou pelo, e o que determina o formato do
folículo é a posição dele em relação à pele. O formato do folículo piloso, por onde o
fio sai do corpo, define a estrutura do pelo.
Quanto mais cilíndrico for o canal piloso, mais liso sai o cabelo; ao passo que
quanto mais inclinado ou achatado, o pelo fica ondulado ou mais crespo.
No pelo caído, normalmente a papila dérmica que o nutre cai junto com o bulbo.
No pelo arrancado em plena vitalidade, a papila não se desprende e o bulbo aparece
vazio ou oco.
As fibras podem ter importância relevante, assim como os pelos e cabelos. Nos
crimes contra a pessoa, em que há contato entre o criminoso e a vítima, é inevitável
que haja troca entre as fibras de suas roupas ou entre a roupa do criminoso e o ambiente.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Estão prontos?
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
formadas manchas cujas bordas são coroadas, que normalmente são acompanhadas de
acúleos (projeções espinhosas) e gotas satélites.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Como regra geral, quanto mais rígida e menos porosa a superfície, menos
deformado é o resultado da mancha, pois a tensão superficial da gota de sangue tende
a se manter nessa situação, apesar da deformação geométrica.
A relação entre altura de queda e diâmetro da mancha formada somente pode ser
estabelecida se o ângulo formado entre a trajetória da gota e a superfície-alvo for igual
a 90 graus.
sentido é determinado pela extremidade longitudinal mais aguda. Essa mancha angular
pode ser dividida em duas partes, conhecidas por cabeça e cauda.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Manchas alteradas
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Manchas de sangue
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Fauna cadavérica
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Exemplo: presença dípteros, que são as moscas, e depois de coleópteros, que são
os besouros.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Tendo isso em mente, Clery (2001), citado por Filho e Francez (2016), realizou
testes em laboratório visando detectar a presença de sêmen no trato digestório de larvas
de Lucilia Sericata. O autor encontrou resultados positivos em imaturos de 48 horas de
idade e foi possível encontrar o perfil genético para quatro marcadores de herança
paterna, mesmo dois dias após a colonização por moscas. Tendo em vista que a maioria
das vítimas são mulheres e que estas não apresentam cromossomo Y, fica evidente o
contato sexual da vítima com um homem no período adjacente ao óbito.
Entomotoxicologia
Os ovos devem ser coletados com pinça e acondicionados sob papel de filtro
umedecido em um recipiente de vidro, tal como uma placa de Petri. Os imaturos que
são larvas e pupas podem ser divididos:
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Rede entomológica.
Transporte
Criação
Identificação
Botânica Forense
Essa descrição pode ser enriquecida por pormenores das plantas observadas,
começando com a classificação por hábitos. Assim, temos as ervas como plantas com
caule não lenhoso, os arbustos que são plantas lenhosas com caules e ramos, cujos
eixos aparecem conjuntamente a partir do solo e as árvores que são plantas lenhosas
com caules e ramos, mas com um tronco principal.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Folhas
De acordo com Souza e Lorenzi (2005), citado por Filho e Francez (2016) uma
grande vantagem da presença das flores é a possibilidade de identificação mais segura
em relação à espécie, uma vez que a taxonomia tradicional das angiospermas se apoia
de modo substancial nos caracteres florais, que são constantes para cada espécie, mas
variados entre elas.
A primeira característica que nos chama atenção numa flor são as pétalas. O
conjunto de pétalas, que pode ser formado por duas, três, quatro ou cinco pétalas, em
uma ou mais séries, e cujas flores recebem o nome de dímera, trímera, tetrâmera ou
pentâmera. Por exemplo, as monocotiledôneas são caracterizadas pelas flores trímeras.
Vamos pensar que um perito criminal encontre folhas e flores nas vestes de um
suspeito da autoria de um estupro e, quando comparadas às folhas e flores de uma
amostra coletada no local do crime, elas apresentem resultado coerente ou positivo.
dessas informações, o perito retorna ao local do crime e verifica que todos os arbustos
dessa espécie produzem somente flores femininas, tratando-se da forma dioica. Logo,
o resultado preliminar estaria equivocado.
Caules e raízes
O caule é uma estrutura alongada, que cresce em altura pela atividade da gema
terminal, dividida em nós e entre nós. Da região dos nós, saem as folhas e as gemas,
chamadas axilares ou laterais, que em atividade formam as ramificações regulares por
meio da atividade das gemas axilares (laterais). Encontramos muitos tipos de caules:
eretos, como na palmeira, rastejantes, como no morango, ou de reserva (caules
subterrâneos), como na batata. Observar atentamente que as folhas e ramificações
partem deles é um modo de evitar confundi-los com as raízes. Além disso, o exame da
morfologia interna também é capaz de distingui-los. As raízes são órgãos
predominantemente subterrâneos, que apresentam ramificações irregulares e pelos
absorventes. Nas monocotiledôneas, a raiz primária se degenera e o sistema radicular
se apresenta como uma estrutura composta de numerosas raízes semelhantes, que
partem do caule que são raízes adventícias. Nas eudicotiledôneas, a raiz primária cresce
de modo a formar um eixo pivotante, principal, de onde partem as raízes laterais,
normalmente mais finas.
Coleta e preservação
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Anatomia vegetal
Uma vez que as amostras são compostas por partes mortas dos vegetais, muito
do conteúdo celular já foi eliminado, e a análise forense estará circunscrita ao exame
das paredes das células vegetais, cuja rigidez facilita o estudo da organização estrutural.
Todas as paredes celulares são constituídas por celulose e alguns tipos de células
possuem paredes incrustadas pela lignina, que lhes confere maior resistência mecânica,
química e biológica.
Nos casos em que o material é pequeno e pouco rígido, como folhas, caules, e
raízes finas, pode-se proceder ao corte manual. Para isso, deve-se encaixar o material
entre dois pedaços de isopor ou madeira balsa, aparando as arestas de modo a montar
um "sanduíche" e igualando a superfície a ser cortada. Com um pouco de água, desliza-
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Muitos imaginam que a Botânica Forense não contribui muito para a perícia
criminal. Se você ainda tem esta ideia em mente, vou te mostrar que esta é apenas uma
falsa impressão!
c. Ficologia: estuda as algas. O estudo das algas pode ser útil, por exemplo, quando for
encontrado um tipo de alga no interior corpo de uma vítima, sugerindo que o óbito foi
por afogamento em local que possui aquele tipode alga encontrada;
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
No entanto, seu campo de atuação é bem mais amplo, incluindo o estudo de toda
e qualquer agressão direcionada à região da cabeça e do pescoço, analisando os danos
fonéticos, mastigatórios e estéticos, além da estimativa de idade de cadáveres não
identificados.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Uma vez concluído o estudo das peças isoladas, articulam-se os arcos com o
auxílio de massa plástica, e se toma uma radiografia panorâmica, que complementam
as primeiras, mostrando um alto número de pontos de grande valor na identificação.
Estas radiografias ainda são úteis a título de comparação com radiografias realizadas
em consultas clínicas prévias. No caso específico de cadáveres carbonizados, tanto os
dentes sadios como aqueles que tenham sido alvo de tratamentos restauradores resistem
bastante à ação do calor, quando a boca permanece com os lábios fechados, dos
materiais protéticos, a amálgama é o mais frágil ao calor.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Bom, a perícia odonto forense exige que sejam levados em conta os valores das
funções mastigatórias que é apreensão, corte e trituração do alimento, estéticas –
aparência – e fonéticas – emissão de sons e articulação das palavras, inclusive, é um
erro frequente dos peritos, quando respondem aos quesitos relativos à debilidade e à
perda funcional, levarem em conta apenas os índices mastigatórios relativos às peças
dentárias lesadas, omitindo os coeficientes estéticos e fonéticos da vítima.
Assim, para analisar uma mordida, serão utilizados o exame cuidadoso da lesão,
medições e comparações minuciosas, de modo a poder comparar com as características
próprias dos arcos dentais do suspeito
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
A. Violência da agressão.
C. Reação vital das lesões, para determinar se foram produzidas em vida ou pós
morte.
D. Data aproximada das mesmas, isto é, tempo transcorrido entre sua produção e o
exame.
Moldagem da mordida
polisiloxano. Esse material de moldagem de precisão pode ser reforçado pela aplicação
sobre ele de um material mais duro e rígido, como o gesso, para evitar que a impressão
sofra deformações. O positivo da impressão original deverá ser executado com um
material adequado que é o gesso, de modo a colocar a “mordida” no articulador. Em
casos de levantamento de lesões de mordida em cadáveres, pode-se dissecar a pele na
área da mordida ou fazer uma retirada, em bloco, da área da mordida, seguida da
fixação pelo formol tamponado.
D. Colheita de sangue.
A. A análise métrica da mordida na vítima deverá ser feita sobre as fotografias que
têm a régua graduada sobre os modelos em alginato ou em gesso e sobre as
mordidas em cera, e deverá repetir-se sobre o material da vítima e o material
do(s) suspeito(s).
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
idade e estatura (estes três últimos permitem apenas estimativas); além disso, a
determinação da causa da morte, o instrumento utilizado e a estimativa do tempo de
morte, culminando na identificação do indivíduo. Aplica-se a Antropologia Forense ao
setor de Antropologia dos IML, à sala de necropsia, bem como ao local de encontro do
corpo de delito (local de crime) e cemitérios (quando se trata de exumações).
Determinação da espécie
Clavícula humana
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Determinação do sexo
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Estimativa da idade
No âmbito criminal, não raramente, a estimativa da idade por meio dos exames
dos dentes pode ser a única forma capaz de identificar o indivíduo. Isso porque os
elementos dentários sofrem menos interferências de fatores sistêmicos e de
desnutrição, sem contar o grau de dureza que resiste a muitos fatores ambientais
extremos. Assim, os dentes são as estruturas orgânicas que fornecem os melhores
subsídios para esta análise. Em situações de cadáveres carbonizados, em despojos
humanos ou putrefeitos, por exemplo, a análise de elementos dentários fornece dados
que são de significativo valor na estimativa da idade e posterior identificação do
indivíduo. Outra forma de estimar a idade é estudando o crescimento esqueletal. Há
uma correlação positiva entre a maturidade óssea e a idade cronológica. Um método
muito utilizado nas perícias em indivíduos vivos e cadáveres recentes consiste no
estudo dos centros de ossificação do carpo. Contudo, na ossada é muito difícil uma
estimativa baseada neste parâmetro, visto que a recuperação de peças pequenas é muito
negligenciada.
Estimativa da estatura
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Art. 63. Odontologia Legal é a especialidade que tem como objetivo a pesquisa
de fenômenos psíquicos, físicos, químicos e biológicos que podem atingir ou ter
atingido o homem, vivo, morto ou ossada, e mesmo fragmentos ou vestígios, resultando
lesões parciais ou totais reversíveis ou irreversíveis.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
A lei n°8.051/1966, em seu art. 6°, inciso IX, como uma das competências do
cirurgião-dentista: “XI- utilizar, no exercício da função de perito odontólogo, em casos
de necropsia, as vias de acesso do pescoço e da cabeça.”.
Normalmente, nos IML, cabe ao perito odontolegal a análise dos ossos do crânio
e da mandíbula, e ao perito médico legal o estudo do pós-crânio, e nesse campo de
atuação ambos profissionais irão determinar a espécie e o sexo, assim como estimar o
fenótipo/cor da pele, idade, estatura, tempo e causa da morte.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
De forma bidimensional pode ser por meio de desenho, inferindo o tecido mole
correspondente sobre imagem radiográfica e fotográfica de crânio. O famoso “retrato
falado” muitas vezes também tem sido classificado como reconstrução facial por
alguns autores. Estas metodologias têm entrado em desuso para dar lugar às
metodologias tridimensionais.
Como devem ser reconstruídos os olhos, pálpebras, lábios e ponta do nariz, visto que
não possuem correspondentes ósseos?
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Bom, com base no conhecimento da espessura dos tecidos moles que recobrem
a face ou determinados pontos do crânio, diferentes metodologias têm sido aplicadas
na reconstrução facial tridimensional convencional, e recentes estudos têm
desenvolvido programas para que um computador possa gerar uma imagem da face
utilizando a mesma relação entre tecidos moles e crânio (reconstrução facial
tridimensional digital).
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
A forma do crânio determina uma face correspondente e pode ser observada por
meio de cranioscopia. Confecção de uma réplica do crânio. Confeccionar uma réplica
(cópia) do crânio possibilita trabalhar com mais tranquilidade, pois libera o crânio
original para outros exames e pode-se então trabalhar com a cópia sem perigo de
danificar o original.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Não podemos falar de reconstrução facial digital sem citar o nome de Cícero
Moraes, designer 3D brasileiro com destaque nacional e internacional que, por meio
de programas de código aberto, como InVesalius Blender, tornou-se referência no
campo da reconstrução facial forense.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Não é maravilhoso?
do crânio, uma nuvem de pontos é gerada e será convertida em uma malha 3D com o
software Meshlab .
Depois, por meio das cores obtidas através das fotografias, o modelo 3D é
pigmentado automaticamente, fazendo junções de tamanho e formato com informações
de textura e cor.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Referências
Conselho Federal de Odontologia, Seção VIII, art 63. BRAVO, F.; NOVAIS, M.
Moscas necrófagas de interesse forense. 2016.
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
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BIOLOGIA FORENSE E RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE
Caro aluno e aluna, conforme foi estudado nesta aula, nós falamos sobre a
reconstrução facial e mostramos a importância dentro da perícia criminal. Pesquisem
na internet ou outros meios de informação, algum caso que foi desvendado usando a
técnica da reconstrução facial. Faça um resumo e poste na plataforma para correção,
não se esqueça de colocar a fonte de pesquisa. O capricho é levado em consideração
na hora da correção. Boa ATIVIDADE!
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PERITO CRIMINAL
Inteligência, sangue frio, paciência e atenção aos detalhes são algumas de suas
principais características.
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PERITO CRIMINAL
No seu dia a dia, acompanha equipe de policiais na ocorrência de diversos tipos
de delito ou acidentes, como:
• Explosões e incêndios
• Acidentes de trânsito com vítimas
• Roubos
• Acidentes de trabalho
• Homicídios
Na maioria dos casos, o perito sai à procura de indícios que ajudem a esclarecer
quem foi o autor do crime e os motivos que o levaram a praticá-lo.
Ele tenta desvendar caminhos para entender como ocorreu determinado acidente,
reconstruir cenas, definir o tipo de exame a ser aplicado e efetuar medições
laboratoriais seguindo métodos científicos.
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PERITO CRIMINAL
Para isso, produz fotos, recolhe material para análise, impressões digitais,
vestígios de bala, armas brancas, fluidos corporais, etc.
O resultado de sua análise é levado aos tribunais e pode ser utilizado como prova.
É uma atividade dinâmica, que passa longe do tédio – já que todo dia tem uma
nova ocorrência para desvendar!
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PERITO CRIMINAL
Você com certeza já viu uma cena similar em filmes e séries, e isso deve ter
provocado àquela vontade de trabalhar como perito criminal.
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PERITO CRIMINAL
O salário de um perito criminal varia de acordo com o estado onde ele presta
concurso.
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PERITO CRIMINAL
Sem contar outro fator muito importante: estabilidade no emprego assegurada
por lei!
• Biologia
• Ciências Contábeis
• Direito
• Engenharia (diversas habilitações)
• Farmácia
• Física
• Geografia
• Medicina (para o cargo de Perito Médico Legista)
• Medicina Veterinária
• Nutrição
• Odontologia,
• Química
• Tecnologia da Informação
• Enfermagem
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PERITO CRIMINAL
Quem busca mais chances de se dar bem no concurso pode investir em um curso
ainda novo, mas que prepara profissionais interessados em atuar como peritos
criminais.
Trata-se do curso de Perito criminal que trabalha o tempo todo com assuntos de
interesse da área, ensinando como atuar facilitando sua atuação.
E a boa notícia é que, por estar disponível no formato a distância, você pode
estudar sem sair de casa.
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Conforme apresenta Vargas (2006, p. 5), o uso das TIC revolucionou o modelo
presencial e o de EAD que vigoravam tempos atrás:
Aprendizagem colaborativa
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Nitzke (2002, p. 2) aponta que a cooperação implica muito mais do que a simples
troca entre pessoas ou entre o sujeito e seu objeto de conhecimento. Afirma que o
significado de cooperação é "simultaneidade entre os agentes, e que, portanto, o
conhecimento acontece no encontro e não em apenas um participante". Ainda, coloca
que embora opte pelo termo cooperativo baseado na teoria piagetiana, indo contra a
tendência internacional, conceitua aprendizagem colaborativa como as "atividades
cognitivas coordenadas que envolvam uma tentativa de construção conjunta e
concepção compartilhada de um problema".
Gava (2003, p. 358) afirma que no Brasil não há consenso entre as terminologias
"Apesar do forte interesse da comunidade acadêmica pelo uso de um vocabulário
comum, com muita frequência, na literatura, os significados dos termos se confundem
e até se contradizem". No mesmo estudo, Gava (2003, p. 359) apresenta definições de
colaboração e cooperação:
Por mais diferente que os nomes sejam, não deixe de contribuir. Dessa forma,
optou-se por não diferenciar os termos e utilizar aprendizagem colaborativa como o
processo de construir conhecimento em conjunto. Você deve contribuir ao longo do
curso!
Bibliografia
https://www.ibccoaching.com.br/portal/rh-gestao-pessoas/o-que-e-
aprendizagem-colaborativa/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aprendizagem_colaborativa
https://www.educabrasil.com.br/aprendizagem-colaborativa/
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Olá aluno (a), na aula de hoje vamos dar continuidade ao tema educação a
distância, falando de suas bases legais. Bons estudos!
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
empregada em uma disciplina, não poderá ultrapassar o limite de 20% (vinte por cento)
da carga horária.
Como o objetivo aqui não é traçar históricos da Educação a Distância, mas saber
como ela está sendo utilizada, não cabe entrar no mérito que alguns autores apontam
quanto à evolução histórica da EAD. Contudo, Peters (2003, p. 46) afirma que
historicamente a Educação a Distância passou por quatro períodos (além de abordagens
históricas e individuais), sendo que se torna necessário fazer referência do último.
Desse modo, caracteriza o quarto período como a “Educação a Distância
informatizada, que nos permite reagir e lidar com as principais mudanças sociais... ela
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
agora irá assumir a maior importância, já que pode contribuir por meio de suas
abordagens, técnicas, estratégias...”. Já Kenski (2005, p. 75) indica que:
(...) o grande salto nas relações entre educação e tecnologias dá-se, no entanto,
em um terceiro momento, com as possibilidades de comunicação entre computadores
e o surgimento da internet, possibilitando o acesso à informação em qualquer lugar
do mundo.
Exemplos de recursos que permitem dessas relações são os chats, wikis e e-mail,
que normalmente estão em Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), no caso a
nossa sala de aula.
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
A Internet, como é conhecida hoje, é possível graças a Tim Berners-Lee, um
pesquisador do CERN - Conseil Européen pour la Recherche (Centro Europeu de
Pesquisas Nucleares). Ele desenvolveu a World Wide Web (rede de alcance mundial;
Sistema de documentos em hipermídia que são interligados e executados na Internet.)
unindo o hipertexto e a Internet, que inicialmente interligou sistemas de pesquisas
científicas e posteriormente universidades europeias. O navegador Mosaic 1.0 foi
lançado em 1993, possibilitando acesso público à Internet e a partir de 1996 esse já
estava popularizada nos países desenvolvidos.
Com efeito, pode-se dizer que a Educação a Distância on-line é aquela que
utiliza estratégias pedagógicas de aprendizagem baseadas em atividades interativas
autônomas, todavia colaborativas, possibilitadas por uma tecnologia de informação e
comunicação, nesse caso a Internet; ou como afirma Almeida (2003):
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
pessoas, cuja comunicação pode se dar de acordo com distintas modalidades
comunicativas.
Um fato que merece atenção é que indiferente do que uns chamam de interação
e outros de interatividade estas são fundamentais na construção do conhecimento
coletivo. Tanta interação (e/ou) quanto interatividade são fundamentais no que diz
respeito à distância física e comunicativa no processo de aprendizagem. Tal distância
Kenski (1998, p. 3 apud MOORE) chama de distância transacional. Essa pode ser
maior ou menor, variando de acordo como os alunos são tratados. Sendo assim, Kenski
acrescenta que se os alunos forem abandonados apenas com materiais de estudo e sem
comunicação entre os pares, a distância transacional será maior; ou, se os alunos podem
estabelecer comunicação tanto com seus pares quanto professores a distância será
menor.
Outro ponto a ser destacado é colocado por Silva (2000) quanto ao sucesso das
ações interativas síncronas e assíncronas:
Bibliografia
https://www.nead.ufrr.br/index.php/sobre-a-ead
https://blog.eadplataforma.com/setor-ead/regulamentacao-ead-brasil/
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Introdução
Temos certeza de que o conteúdo desta unidade será de grande interesse para
você, apesar de já ter ouvido bastante e, possivelmente, estudado sobre o tema. Nessa
unidade procuramos trazer, de forma objetiva, uma visão atualizada do tema liderança,
considerando o perfil ideal do líder para a atualidade. Muitos de nós gostaríamos de
assumir o papel de líder, seja na nossa vida pessoal, seja em nosso trabalho. Isso não
significa dizer que desejamos, necessariamente, ser chefes no ambiente de trabalho.
Mas, o fato é que quando lideramos no contexto laboral, buscamos nos sentir
seguros, orgulhosos de nós mesmos, admirados por nossos pares e superiores,
produtivos e reconhecidos pelo nosso esforço e dedicação. Tem coisa melhor que isso?
Esses sentimentos nos motivam a querer mais, a nos desenvolvermos dia a dia,
buscando realizar nosso propósito. Claro que não é sempre que iremos assumir a
liderança.
E tudo bem! Porque para liderar não basta apenas a nossa vontade e
competência. A liderança é um processo de influência entre o líder e seus liderados,
que envolve o perfil do líder e suas competências, o perfil da equipe e o contexto em
que esse processo acontece. De acordo com Dorfman (1996), não existe liderança sem
seguidores; a liderança irá ocorrer se as pessoas aceitarem seguir o líder, legitimando-
o na situação específica.
Se eu fosse destacar uma ou duas palavras para falar de liderança, essas palavras
seriam: influência e confiança. Eu só serei líder de uma equipe, se as pessoas confiarem
em mim e se eu conseguir influenciar seus comportamentos. O líder precisa manter a
motivação dos seus colaboradores com atividades desafiadoras, prazerosas e com
significado.
Os conflitos serão vistos como algo normal e positivo, gerando ideias criativas
que irão enriquecer o processo e proporcionar excelentes resultados organizacionais.
Nos casos em que o conflito não é percebido como oportunidade de amadurecimento
e de geração de inovação, caberá ao líder redirecionar os sentimentos para garantir o
alcance dos resultados almejados.
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Atualmente, ser um bom líder não é mais suficiente para que a organização
consiga enfrentar seus desafios. Uns ambientes de trabalho rico em oportunidades, com
clima de harmonia entre os pares, chefia e colaboradores, são fundamentais para manter
as pessoas na empresa, motivadas.
Objetivos:
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Tipos de líderes:
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Um bom perito criminal nem sempre será um bom líder, cada um tem seu
momento dentro da equipe, porém em determinados momentos ele deverá liderar
situações em que ele é a pessoa mais indicada e treinada para tal, imagine você futuro
socorrista que não assume o papel de um líder dentro da sua equipe e se depara com
um acidente onde o mais capacitado a atender será você, sua obrigação é assumir essa
liderança sobre as pessoas leigas e orienta-las a fazer o correto, evitando mais acidentes
numa mesma cena ou até mesmo piorando o estado do acidentado por ser atendido de
forma incorreta por leigos.
Percepção e valores: Você já parou para pensar: por que você percebe o mundo
de forma diferente do seu colega de trabalho? Que fatores podem influenciar nossas
escolhas e percepção do mundo? Como somos percebidos?
Existem dois processos que nos fazem enxergar o mundo a nossa volta.
E seu colega outra! E isso pode fazer muita diferença entre o seu comportamento
e o dele numa mesma situação. Quando estamos em um ambiente em que nossos
valores pessoais estão em sinergia e coerência com os valores de outras pessoas, temos
uma sensação de felicidade e de amparo.
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Para um líder, saber identificar quais são seus valores e aqueles que conduzem
os seus colaboradores, permitirá direcionar ações com significado para as pessoas,
garantindo uma equipe coesa, capaz de atingir resultados superiores.
Motivação
Por exemplo: você foi promovido ao cargo de líder de uma empresa, a sensação
é muito boa e você desejava muito este reconhecimento, porém, passados três anos na
função, você provavelmente almejará outro cargo.
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
É o motivador pessoal mais eficaz de uma pessoa. Muito impulsionado pelos
valores internos, crenças e personalidade de cada pessoa.
Autoconhecimento
Ao ter consciência de si, o líder está apto e fortalecido para compreender seus
liderados, e, assim, direcioná-los com menos julgamento e considerá-los seres em
desenvolvimento, estimulando o potencial de cada um e maximizando os resultados
para a empresa. Em todo processo de autoconhecimento é preciso um olhar cuidadoso
para cada um dos aspectos que enxergamos nesse caminho. Alguns aspectos, muitas
vezes, já conhecemos, pois recebemos feedbacks constantes de nossos familiares e
amigos. Nem sempre estaremos prontos para lidar com aquilo que descobrimos.
Vamos imaginar, por exemplo, que acabamos de mudar para uma cidade.
Tentamos descobrir o que gostamos, o que não gostamos, quais locais são mais
interessantes, entre outros, e damos prioridade àquilo que é essencial para o nosso dia
a dia. Pode ser que, naquele momento, o que esteja nos agradando mais seja uma praça
ou um parque, mas daqui a algum tempo, não seja essencial.
Descobrimos novos locais, sensações e limitações daquela cidade. Assim é nosso
autodesenvolvimento!
Em determinada fase da vida damos mais valor a ter mais dinheiro, em outra
fase, ter mais tempo para a família. O importante é entender esta evolução e saber tirar
o melhor destas fases.
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Referências
BERGAMINI, C.W. Motivações nas Organizações. São Paulo: Atlas, 1997, 4. ed., pp.
20-35.
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Olá aluno (a), na aula de hoje vamos dar continuidade e falar um pouco
sobre relacionamento interpessoal e comunicação. Bons estudos!
Relacionamento interpessoal
Líder facilitador: Cada vez mais o papel do líder que comanda, determina e
centraliza é substituído pelo líder facilitador, que promove o compartilhamento de
ideias e conhecimentos, reconhecendo o potencial de cada um dos membros de sua
equipe. O líder facilitador é capaz de criar espaços para a construção coletiva de ideias,
engajar pessoas e promover debates construtivos, extraindo informações,
conhecimento e potencial de um grupo em torno de um objetivo em comum ou
resultado maior.
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Pode-se dizer que, ao facilitar o processo de trabalho, o líder assume o papel de
educador, com enorme preocupação em ensinar e fazer com que todos ampliem seus
conhecimentos e habilidades. Ele reforça a iniciativa e faz com que seus liderados
assumam as responsabilidades.
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Comunicação
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Codificação: É a transformação da informação em uma série de símbolos e
representações, que possam ser entendidas pelo receptor.
Receptor: É o indivíduo que recebe por meio dos seus sentidos, a mensagem do
emissor.
Exemplo
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Referências
BERGAMINI, C.W. Motivações nas Organizações. São Paulo: Atlas, 1997, 4. ed., pp.
20-35.
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Olá aluno (a), na aula de hoje vamos falar sobre os princípios éticos, dentro
do ambiente de trabalho e no nosso dia a dia, mostrando sua importância quando
forem atuar em casos que terão que manter sua confidencialidade, tudo se baseia
em ética e moral. Bons estudos.
Princípios éticos
A ética estuda uma área da filosofia que tem como objeto de estudo o
comportamento do ser humano em relação à moral. Os códigos de ética têm por base
um conjunto de princípios morais que determinam o que deve ou não deve ser feito em
função do que é considerado certo ou errado por determinada comunidade. Ser ético é
agir de acordo com os padrões convencionais; é não prejudicar o próximo.
A ética, portanto, está associada ao estudo dos valores morais que orientam o
comportamento humano em sociedade, enquanto que a moral está associada aos
costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.
Quando um mendigo pede auxílio, você pode ajudar ou não. Não existe, na ética,
determinação para essa situação, contudo os seus valores pessoais farão com que você
reflita sobre a situação e dê a ajuda ao pedinte ou não.
Outro exemplo pode ser tirado das situações ilícitas como roubar ou matar. Essas
situações são legalmente proibidas, sendo eticamente ilegais e, da mesma forma, não
condizem com os bons valores e costumes da sociedade, sejam quais forem as razões.
Portanto, cometer atos ilícitos como roubar e matar geram punições legais e morais.
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Quando um colaborador, por interesse de crescimento profissional, prejudica
algum colega, essa atitude é considerada ética e moralmente incorreta. Esse
colaborador não estará agindo de acordo com o código de ética profissional, e seu
comportamento não condiz com o comportamento moral considerado correto pela
sociedade.
ÉTICA X MORAL
ÉTICA E RELIGIÃO
Da mesma forma a escravidão, tida como normal até o final do século 19, e hoje
taxada como prática odiosa, há valores que se alteram ao sabor do tempo, mas, quando
se lida com a ética, é muito difícil considerar que o que era bom em outra época é ruim
hoje ou vice- versa, ou seja, revisitar a história nem sempre dá certo na resolução desse
enigma, uma vez que questões éticas nunca são questões fáceis a percepção de certo
ou errado vem mudando com esse passar do tempo. (Ribeiro 2015)
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
A honestidade é a primeira virtude no campo profissional, é um princípio que
não admite relatividade, tolerância ou interpretações circunstanciais.
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Sendo o ser humano capaz de cultivar o bem, também é capaz de cultivar o que
é mal. Nisto que consiste fazer boas encolhas entre virtude e vícios, ou seja, ser ético
ou desprezar o intelecto virtuoso de agir perante as coisas.
Talvez seja possível reconhecer que os frutos das mazelas da infelicidade sejam
as guerras, o desentendimento, a falta de caridade e fraternidade entre os povos e entre
as pessoas da mesma raça e etnia. Pode ser possível que a infelicidade seja o mal que
assola a humanidade. O mundo está carente de uma ética prática, que faça do ser
humano mais humano para com os outros.
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
O favoritismo para com poucos e o desrespeito para com o povo que trabalha e
serve de alicerce que sustenta uma minoria gananciosa e sem compaixão para com os
demais. Poderíamos também refletir a falta de ética do próprio povo quando não tem
uma visão crítica daqueles que elege pelo voto. Nossas escolhas devem ser baseadas
nas virtudes, a partir das virtudes podemos construir uma sociedade ética, ou seja, com
igualdade, respeito, educada e consciente de seu papel no mundo.
Por mais ignorantes que sejamos, sabemos que o bem é melhor que o mal,
mesmo que alguém possa ter uma mentalidade fraca, escolhe o que é bom para si.
Muitos filósofos considerarão em alguns textos que o bem é o que está além do nosso
mundo, a perfeição de tudo que é bom.
Tal quanto o mal foi entendido como deficiência. Podemos também pensar a
felicidade como bem do ser humano, o bem do qual podemos estar destinados segundo
nossa vida. Temos em nosso mundo uma participação na perfeição da bondade (LEITE,
2014).
Bibliografia
https://www.sbcoaching.com.br/etica-profissional-importancia/
https://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/importancia-conduta-
etica-trabalho/
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/diferenca-entre-etica-moral.htm
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Olá aluno (a), na aula de hoje vamos falar sobre noções básicas de
biossegurança, dando ênfase no uso de equipamento de proteção individual.
Introdução
1
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Conceitos
● Limpeza: processo pelo qual ocorre na remoção física da sujidade dos artigos,
realizada com água e sabão apropriado, por meio de ação mecânica. É a primeira e
mais importante etapa para a eficácia do procedimento de desinfecção de artigos.
Todos os artigos, materiais e equipamentos devem ser lavados antes de ser desinfetados
ou esterilizados, independentemente de presença visível de sujidade e/ou matéria
orgânica. A limpeza deve ser feita sempre com água e sabão. Se for utilizado o método
de imersão, deve-se utilizar preferencialmente o detergente enzimático.
● Tipos de limpeza:
● Precauções Padrão (PP): são ações adotadas pelos profissionais expostos a riscos
biológicos no atendimento a todo e qualquer paciente, independentemente de doença
infectocontagiosa diagnosticada. O profissional deve ter postura consciente da
utilização destas precauções como forma de não se infectar ou servir de fonte de
contaminação, visto que não é possível saber previamente se as vítimas são portadoras
2
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
de doenças infectocontagiosas como a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
(AIDS), hepatites, meningites e outras.
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
1. Calçados: Para proteger de respingos de substâncias químicas; material
biológico; derramamento de líquidos quentes; impacto de objetos; cacos de vidrarias;
materiais perfuro cortantes, etc.
ATENÇÃO:
• Tamancos;
• Sapatos de salto alto;
• Sandálias e sapatilhas;
• Sapatos de tecido.
LUVAS:
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Sempre que houver risco e\ou contato direto com sangue e fluidos corporais,
membranas, mucosas, lesões de pele ou qualquer outro material potencialmente
infectado;
Toucas ou Gorros
Óculos
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Máscaras cirúrgicas;
Máscara N95
Quando utilizar?
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Durante a realização de procedimentos em que exista risco de contágio por
secreções respiratórias, sangue e fluidos corporais um exemplo é um paciente que
apresenta quadro de tosse.
Nas quais suas paredes devem ser rígidas e apropriadas para descartar materiais
como agulha, ampolas e vidros em geral. Deve ser utilizada até a sinalização pontilhada
efetuada pelo fabricante, não ultrapassando dois terços de seu volume.
Tipos de exposições
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Os profissionais peritos podem exercer atividades onde há risco de exposição ao
sangue e a outros materiais biológicos.
• Exposições cutâneas (em pele não íntegra) – por exemplo, contato com pele com
dermatite ou feridas abertas;
Apesar de não haver nenhum estudo que demonstre o benefício adicional ao uso
do sabão neutro nesses casos, a utilização de soluções antissépticas degermantes é uma
opção. Não há nenhum estudo que justifique a realização de expressão do local exposto
como forma de facilitar o sangramento espontâneo.
8
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Estudo caso-controle, multicêntrico, envolvendo profissionais de saúde que
tiveram exposições percutâneas com sangue sabidamente infectado pelo HIV.
Riscos biológicos
Riscos químicos
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
e nome do responsável pela manipulação ou fracionamento. É vedado o procedimento
de reutilização das embalagens de produtos químicos.
Radiações ionizantes
Resíduo comum
Bibliografia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biosseguran%C3%A7a
https://onsafety.com.br/o-que-e-biosseguranca-e-porque-e-tao-importante/
https://blog.radcare.com.br/quais-sao-as-principais-normas-de-biosseguranca/
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Atividade Complementar (Aula 6)
Caro aluno (a), conforme visto nesta aula podemos definir o quão importante é
a biossegurança em nossas vidas, principalmente no ambiente de trabalho, levando em
consideração o que aprendeu sobre conduta pós exposição. Escreva com no máximo
30 linhas qual é a conduta pós exposição, a material com suspeita de contaminação
por vírus HIV e Hepatite C.
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Olá aluno (a), seja bem-vindo (a) a aula um do módulo dois, nessa aula vamos
conhecer um pouco sobre cromatografia, vamos dividi-la em duas partes. Bons estudos.
Introdução
Objetivos:
1
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
• Analisar a detecção de drogas in vivo, descrevendo o tratamento de amostras, a
detecção de drogas em amostras de sangue, a detecção de drogas em amostras
de urina e a detecção de drogas em amostras de cabelo.
Técnicas cromatográficas
ADSORVENTES:
Preparação da placa
Bibliografia
COLE, M. D., CADDY, B. The analysis of drugs of abuse: an instruction manual. Ellis
Horwood, New York, 1995.
5
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Olá aluno (a), na aula passada abordamos um pouco sobre a introdução e técnicas
cromatográficas. Na aula de hoje vamos continuar falando sobre cromatografia dando
ênfase no passo a passo para realizar o procedimento.
As placas podem ser conservadas, prontas para uso, em ambientes secos como
dessecadores ou caixas tipo estante fechadas (COLLINS, 1995; SKOOG, 2002).
O solvente ou mistura de solventes que serão utilizados como fase móvel deve
ser escolhido com cuidado, pois terão importante função na separação de misturas.
Existe uma competição entre as moléculas da fase móvel e da amostra, pela superfície
do adsorvente. Portanto, na escolha da fase móvel é importante considerar a natureza
química das substâncias a serem separadas e a polaridade da fase móvel. Quando uma
fase móvel pura não separa bem os componentes de uma amostra, pode-se utilizar uma
mistura. É possível ter diferentes misturas que promovam igual separação das amostras
(COLLINS, 1995; SKOOG, 2002).
2
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Desta forma, a placa é então transferida para uma cuba cromatográfica contendo
o solvente, que ascende pela placa. Durante este processo, chamado de
desenvolvimento do cromatograma, os vários componentes da mistura são separados.
A separação é baseada em muitos equilíbrios dos solutos entre as fases móvel e
estacionária e resulta das diferenças de velocidade, nas quais os componentes da
mistura migram pela placa (COLLINS, 1995; ABBOT, 1995). A Figura 2 ilustra o
arranjo usual para comparação de amostras e padrões em cromatografia em camada
delgada.
3
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Os diversos solutos separados podem ser localizados por diferentes métodos.
Substâncias coloridas podem ser vistas diretamente sobre a fase estacionária.
Substâncias incolores podem ser detectadas borrifando-se a placa com um reagente
apropriado que colore as regiões ocupadas pelas manchas.
Medidas quantitativas
5
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
características se deve ao desenvolvimento na qualidade dos adsorventes, na forma de
aplicação da amostra e nos densitômetros.
Aplicações da CCD
Bibliografia
COLE, M. D., CADDY, B. The analysis of drugs of abuse: an instruction manual. Ellis
Horwood, New York, 1995.
Caro aluno (a) a respeito do que foi estudado nessa aula, faça uma reflexão sobre
a cromatografia e escreva com suas palavras no máximo em 30 linhas quais são os
pontos positivos e negativos desse procedimento.
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Olá aluno (a), na aula de hoje vamos falar sobre cromatografia gasosa, por esse
tema ser bem complexo vamos dividir essa aula em duas partes para abordarmos todo
o assunto. Bons estudos.
Princípios básicos
Detalhes do equipamento
A amostra é transportada por uma corrente de gás por meio de uma coluna
empacotada com um sólido recoberta com uma película de um líquido. Devido a sua
simplicidade, sensibilidade e efetividade para separar os componentes de misturas, a
cromatografia de gás é uma das ferramentas mais importantes em química.
A manipulação da seringa é uma arte a ser desenvolvida com a prática, que tem
como objetivo introduzir a amostra sempre da mesma maneira. A temperatura do bloco
deve ser suficiente para que a amostra líquida se vaporize rapidamente sem
decomposição ou fracionamento.
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Bibliografia
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Olá aluno (a), na aula de hoje vamos dar continuidade ao tema cromatografia
gasosa falando das separações dos componentes na coluna. Bons estudos.
Coluna
Colunas recheadas
1
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Neste tipo de coluna, o papel do suporte é manter a fase líquida na forma de uma
película de alta superfície que permite o estabelecimento muito rápido do equilíbrio
entre as fases gás e líquida.
Assim, nas colunas recheadas a fase estacionária era constituída de um filme fino
de líquido retido por adsorção na superfície de um suporte sólido inerte finamente
dividido. A fase escolhida era colocada de forma uniforme no suporte, na concentração
de 1 a 15%, e este, na coluna escolhida.
Desta forma, foi possível obter um número muito grande de colunas recheadas,
cada uma das quais sendo considerada a mais apropriada para a separação de uma dada
mistura. Decidir que coluna usar era muitas vezes difícil (SKOOG, 2002).
Colunas capilares
Felizmente, o uso de colunas recheadas tem diminuído muito nos últimos anos
devido ao uso recente de colunas tubulares abertas ou colunas capilares. A partir de
estudos teóricos tornou-se aparente que as colunas não recheadas com diâmetro de
poucos décimos de milímetro poderiam proporcionar separações superiores do que
aquelas obtidas em colunas recheadas quanto à velocidade e à eficiência da coluna.
Se a altura do prato for a mesma, a coluna mais comprida fornece 100 vezes mais
pratos teóricos, fazendo com que a resolução aumente em √100= 10 vezes. Mas as
colunas capilares têm menos capacidade de amostra (COLLINS, 1995; SKOOG,
2002).
Esse tipo de coluna retém uma quantidade de fase estacionária muitas vezes
maior que uma coluna de parede recoberta e assim apresenta maior capacidade de
amostra. Geralmente, a eficiência de uma coluna TARS é menor que uma coluna
TAPR, mas significativamente maior que a de uma coluna recheada (COLLINS, 1995;
SKOOG, 2002). As primeiras colunas TAPR foram construídas de aço inoxidável,
alumínio, cobre ou plástico. Posteriormente, o vidro foi utilizado.
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Detector
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Detector por ionização de chama
Quando o gás de arraste (N2) passa pelo detector, é ionizado por partículas betas
emitidas por fontes de 3 H ou 63Ni.nos elétrons produzidos neste processo são
coletados em um ânodo, gerando uma corrente que é amplificada por um eletrômetro,
6
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
resultando a linha de base. Moléculas eluindo da coluna, capazes de capturar elétrons,
diminuem esta corrente, gerando um sinal proporcional a sua concentração (COLLINS,
1995; SKOOG, 2002).
Análise quantitativa
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
O valor obtido nesta aproximação corresponde a cerca de 97% da área correta
dos picos cromatográficos quando estes têm a forma gaussiana. A área pode ser
também calculada como o produto da altura do pico pela largura na metade da altura
do pico, isto é, pela técnica do produto da altura vezes a largura à meia-altura (VOGEL;
2002).
As técnicas mais antigas de obtenção da área do pico são lentas e nem sempre
satisfatórias em termos de acurácia e reprodutibilidade. Hoje, computadores são muito
utilizados na cromatografia com fase gasosa quantitativa para processar o sinal
analítico gerado durante a corrida cromatográfica (VOGEL; 2002).
Aplicações
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Bibliografia
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Olá aluno e aluna, na aula de hoje vamos falar sobre cromatografia de líquida de
alta eficiência, iremos dividir esse tema em algumas aulas. Bons estudos
1
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
execução da CLAE com fase reversa e, particularmente, o uso de equipamentos para
uma perfeita eluição com gradiente, bem como de métodos especiais, tais como a
formação de pares iônicos. Como resultado, dificuldades anteriores ou separações
difíceis de compostos como corantes polares, isômeros, drogas básicas e seus
metabólitos são agora rotina.
Processo cromatográfico
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
• Ligações de hidrogênio;
• Interações dielétricas;
• Interações eletrostáticas e coulombianas.
A análise quantitativa pela CLAE pode atingir uma precisão superior a + 0,5%.
Finalmente, separações em escala preparativa de miligramas de amostras são
relativamente fáceis (COLLINS, 1995).
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
A CLAE requer somente que a amostra seja solúvel na fase móvel. Assim, a
CLAE é um método ideal para a separação de espécies iônicas ou macromoléculas de
interesse biológico e produtos naturais lábeis, bem como uma imensa variedade de
outros compostos de alta massa molecular e/ou baixa estabilidade térmica.
Como toda técnica, a CLAE tem algumas limitações, como por exemplo, como
o alto custo da instrumentação, alto custo de operação, pouco usada para análises
qualitativas, falta de detector universal sensível e necessidade de experiência no seu
manuseio. Entretanto, as limitações da CLAE não têm impedido o aproveitamento
adequado de suas vantagens e por isso, a técnica tem sido cada vez mais empregada
(COLLINS, 1995).
Sólidos rígidos a base de sílica são os recheios mais usados atualmente. Esses
recheios podem resistir a pressões relativamente altas, resultando em enchimento
estável e colunas eficientes de partículas pequenas. Sólidos semirrígidos são
geralmente constituídos de partículas porosas de poliestireno entrecruzadas com
divinilbenzeno.
O semirrígido tem sido usado para pressões até 350 bars. O maior interesse no
semirrígido atualmente é para aplicações na CLAE por exclusão com fase móvel
orgânica; contudo eles também são usados na troca iônica.
Sólidos não rígidos, tais como agarose ou dextrose, usados em cromatografia por
exclusão, são aplicados exclusivamente para a separação de moléculas grandes,
solúveis em água, como as proteínas. Contudo, estes sólidos não rígidos não podem
resistir às pressões usadas na CLAE.
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Os dois tipos de materiais, peliculares e porosos, diferem em algumas de suas
propriedades e têm muitas outras em comum. Ambos podem ser introduzidos na coluna
com certa facilidade, obtendo-se colunas muito eficazes.
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
O tamanho da partícula controla o processo de difusão das moléculas da amostra
ao penetrar e sair dos poros da partícula. Quanto maior o tamanho da partícula porosa,
mais lento o processo de difusão e, como consequência, mais lenta a transferência de
massa entre a fase estacionária e a fase móvel. Isto acontece porque, à medida que
aumenta o tamanho da partícula, aumenta também a profundidade dos poros e
consequentemente a amostra demora mais tempo para sair destes poros profundos.
Bibliografia
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
As técnicas da CLAE
ADSORVENTE
SOLVENTE SOLUTO
Para que a molécula do soluto possa ser adsorvida na fase estacionária, primeiro
uma molécula da fase móvel deve ser deslocada da superfície. Se assumir que o
adsorvente possui uma superfície polar (por exemplo: sílica ou alumina), grupos
apolares (por ex.; hidrocarbonetos) terão pouca afinidade por essa superfície e não irão
deslocar a molécula da fase móvel; por isso, não serão retidos.
Quase todas estas separações são limitadas a alguns tipos de adsorventes: sílica
e alumina. A retenção e a separação nestes adsorventes são geralmente similares, os
componentes mais polares da amostra serão retidos preferencialmente (SKOOG,
1995).
Os poros deverão ser suficientemente grandes para permitir total acesso das
moléculas do soluto à fase estacionária contida dentro da estrutura dos poros, mas
suficientemente pequeno para resistir a remoção do líquido estacionário pelo arraste
mecânico da fase móvel (SKOOG, 1995).
2
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
A fase estacionária para a cromatografia líquida com fase ligada (CLFL) surgiu
como resposta aos problemas com a CLL. Como a fase estacionária é quimicamente
ligada à superfície do suporte, não há mais solubilidade da fase estacionária na fase
móvel. O mecanismo principal desta técnica baseia-se na partição. Por outro lado,
como esta fase estacionária também apresenta influência de grupos ativos (polares) da
superfície, isto é, também ocorre o mecanismo de adsorção, a maioria dos
pesquisadores considera esta técnica um método separado.
3
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Os materiais usados como recheio para CLAE por troca iônica têm grupos
(cátions ou ânions) quimicamente ligados às partículas porosas de resinas poliméricas,
a sílica com camada pelicular, as micropartículas porosas de sílica e as micropartículas
porosas de resinas poliméricas.
A cromatografia por exclusão tem sua resolução baseada no tamanho efetivo das
moléculas dos componentes da amostra em solução. E existem limites que determinam
o intervalo de tamanhos em que um material é útil.
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
5
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Existem também algumas feitas com vidro de paredes grossas, mas apresentam
o inconveniente de não se conseguir conexões adequadas, entre o vidro e o metal, que
resistam a altas pressões sem vazamento. Geralmente, o diâmetro interno das colunas
para fins analíticos é ao redor de 3 a 5mm e para colunas preparativas igual ou maior
do que 10 mm. As colunas com microdiâmetro apresentam diâmetros internos entre
0.05 e 2 mm.
Bibliografia
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Olá aluno e aluna, ainda sobre cromatografia de alta eficiência vamos dar entrar
na terceira e última parte falando das técnicas de enchimentos em colunas. Bons
estudos.
O enchimento de colunas para CLAE pode ser feito a seco ou usando uma
suspensão da fase estacionária em um solvente apropriado.
1
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
2
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
O reservatório pode ser uma garrafa de solvente bem limpa. Para análise de íons
não se utiliza reservatório de vidro comum, para evitar que a solução tenha íons
provenientes da parede do reservatório. Pode-se trabalhar com frasco de polietileno.
Utiliza-se esse tipo de frasco quando se trabalha com soluções tampão, soluções
contendo íons F- ou soluções levemente alcalinas. Não se lava o reservatório com
solução sulfocrômica e nem com solução muito alcalina, pois estas corroem as paredes
internas, favorecendo a transferência de íons para a solução.
Sistema de bombeamento
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
• Intervalo de vazões entre 0.01 e 10 mL/min, para aplicações analíticas, e até 100
mL/min, para aplicações preparativas.
• Pequeno volume bombeado (máximo de 0,5 mL) nos sistemas com bomba de
pistão, para uso em eluição com gradiente e reciclagem.
Esta bomba tem um pistão que se movimenta pela ação de agente pneumático.
O reservatório da bomba é cheio pela força do ar comprimido, que desloca o pistão ou
diafragma. As vazões obtidas são livres de pulsações e de pressão constante, mas isso
significa que, se a resistência à pressão da coluna muda, a vazão também muda. As
desvantagens deste sistema são (COLLINS, 1995):
4
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Bombas reciprocadoras
São bombas que escoam volumes constantes de forma não contínua, isto é,
pulsante. Essas bombas operam mediante o movimento de um pistão (movimentado
por via de um eixo excêntrico) e por meio de um sistema de válvulas que
alternadamente se abrem e fecham, onde se enche e esvazia, de modo alternativo, uma
pequena câmara.
Uma das desvantagens deste tipo de bomba é que se obtém uma vazão pulsante
e não uniforme e contínua. Isto pode causar perda de eficiência na coluna e
instabilidade no detector. Sistemas de amortização hidropneumáticos, localizados entre
a bomba e a coluna, têm sido utilizados para solucionar esse problema.
Neste tipo de bomba, dois pistões são acionados por um mesmo eixo excêntrico,
de forma que, quando um pistão succiona a fase móvel o outro expulsa o líquido para
fora da bomba. A vazão de ambos os pistões, já quase livre de pulsação, é encaminhada
à coluna por uma via comum. Assim o sistema de duplo pistão tem todas as vantagens
da reciprocadora de pistão simples, além da vantagem adicional da grande diminuição
do problema de pulsação (COLLINS, 1995).
Bibliografia
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
AULA 8 - ESPECTROMETRIA
Olá aluno e aluna, na aula de hoje vamos falar um pouco sobre espectrometria,
só vamos abordar conhecimentos básicos sem se aprofundar no assunto.
Técnicas espectroscópicas
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Uma molécula muito simples pode gerar um espectro muito complexo. Desta
forma, a interpretação do espectro é feita comparando o espectro de uma substância
desconhecida ao de um composto padrão. Uma correlação pico a pico é uma excelente
evidência para a identidade das amostras. É muito pouco provável que duas substâncias
que não sejam enantiômeras, deem exatamente o mesmo espectro de infravermelho
(BRUICE, 2006).
2
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Espectrômetro
Espectroscopia no ultravioleta
Quando uma molécula é irradiada com luz UV ou visível pode ocorrer uma
transição eletrônica, durante a qual a molécula absorve um quantum de energia e um
dos elétrons é excitado do orbital que ocupa no estado fundamental a outro de maior
energia. A frequência da absorção é dada pela relação (SILVERSTEIN, 2006):
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Bibliografia
MOFFAT, A.C. Clarke’s analysis of drugs and poisons: in pharmaceuticals, body fluids and
postmortem material 3. ed. London : Pharmaceutical Press, 2004.
PAVIA, D. L.; LAMPMAN, G. M.; KRIZ, G. S. Introdução à Espectroscopia. 4. ed. São Paulo:
Cencage Learning, 2010.
ROUEN, D., DOLEN, K., KIMBER, J., A Review of Drug Detection Testing and an Examination
of Urine, Hair, Saliva and Sweat. Technical Report No. 120, National Drug, 2001.
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Olá aluno e aluna, nesta aula vamos falar sobre detecção de drogas in vivo,
dividiremos esse conteúdo em quatro aulas para um melhor entendimento. Bons
estudos.
Quando uma droga está presente no sangue, vai estar igualmente presente nos
fluidos orais, devido ao equilíbrio existente entre os fluídos corporais.
No entanto, a concentração nos fluidos orais poderá ser muito baixa, por vezes
menor que o limite de detecção analítico, pelo que não é garantido que se obtenha um
resultado positivo. Por outro lado, durante o consumo da droga, esta vai sendo
depositada no cabelo e em última análise a droga e os seus metabólitos vão ser
eliminados através da urina ou fezes.
1
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
O tempo de semivida de uma droga é definido como o tempo decorrido para que
50% da droga seja eliminada do organismo pelo seu metabolismo ou pela sua excreção.
Após o consumo de uma droga, esta é metabolizada, dando origem a outras substâncias
que podem posteriormente ser detectadas em amostras biológicas.
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Bibliografia
ROUEN, D., DOLEN, K., KIMBER, J., A Review of Drug Detection Testing and an
Examination of Urine, Hair, Saliva and Sweat. Technical Report No. 120, National
Drug, 2001.
VOGEL, A. I. Análise química quantitativa. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2002.
3
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Caro aluno e aluna, conforme estudado nesta aula, faça uma dissertação
expositiva falando sobre O QUE É DETECÇÃO DE DROGAS IN VIVO E QUAL
SEU PONTO DE VISTA SOBRE O ASSUNTO. Após a realização deverá postar na
plataforma para correção, não se esqueçam de colocar a fonte de pesquisa, outro
detalhe importante é o capricho, ele é levado em consideração na hora da correção. Boa
atividade.
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Olá aluno e aluna, nesta aula vamos dar continuidade ao tema detecção de drogas
in vivo, falando da detecção de drogas em sangue e urina. Bons estudos
As amostras de sangue e dos seus derivados, que são o soro ou o plasma, são
importantes nas análises toxicológicas, já que pelos níveis sanguíneos de determinados
xenobióticos (compostos químicos estranhos ao sistema biológico) é quase sempre
possível realizar correlações com os efeitos que essa substância tem no organismo.
A urina é geralmente aceita como amostra para verificar o uso recente de drogas
de abuso, mas não permite distinguir o usuário ocasional do abusivo ou do dependente
(GOMES, 2013).
Na maioria dos casos uma amostra de urina tem a sua máxima concentração em
droga e seus metabólitos em 6 horas após a administração. A sua eliminação ocorre a
uma taxa exponencial e, para a maioria das drogas ilícitas, a sua dose será eliminada
quase por completo ao fim de 48 horas.
Por outro lado, o álcool é metabolizado e eliminado rapidamente pelo que a sua
detecção por meio da urina apenas será possível em algumas horas. Os tempos de
detecção são afetados por uma série de fatores, no entanto a utilização frequente de
determinadas drogas, durante longos períodos de tempo, pode originar a sua
acumulação no organismo e resultar em tempos de detecção muito alargados,
principalmente para canabinoides (maconha) e cocaína (GOMES, 2013).
2
DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Bibliografia
ROUEN, D., DOLEN, K., KIMBER, J., A Review of Drug Detection Testing and an
Examination of Urine, Hair, Saliva and Sweat. Technical Report No. 120, National
Drug, 2001.
VOGEL, A. I. Análise química quantitativa. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2002.
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Olá aluno e aluna, nesta aula vamos dar continuidade ao tema detecção de drogas
in vivo, falando da detecção de drogas em amostras de saliva. Bons estudos.
A boca faz parte do sistema digestivo e, portanto, é nela que começa a digestão,
auxiliada pela saliva, que é um líquido produzido por três pares de glândulas salivares:
as parótidas, as submandibulares e as sublinguais (KIDWELL, 1998).
Ficamos com “água na boca” porque nosso sistema nervoso estimula a produção
de saliva pelas glândulas salivares quando sentimos o cheiro ou o sabor de algum
alimento. A xerostomia é uma alteração na quantidade de saliva na boca. Pode ser
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
A saliva conter um baixo teor proteico comparando-se com o sangue, assim, uma
possível causa de erro nas determinações em saliva pode ser resultante da ligação às
muco proteínas salivares, quando se subestimam as concentrações determinadas após
centrifugação. Assim, frequentemente a fração ligada às muco proteínas pode ser
precipitada por centrifugação durante o processamento da amostra.
Alguns fatores como a idade, índice de massa corporal, sexo, estado de saúde,
dose consumida e consumo concomitante de outras substâncias, farão variar os níveis
de drogas e medicamentos de indivíduo para indivíduo, explicando também variações
encontradas para o mesmo indivíduo em alturas diferentes (GOMES, 2013).
Existe, por isso, uma relação temporal entre o desaparecimento das substâncias
da saliva e a duração dos seus efeitos. Consequentemente, a saliva poderá constituir
uma amostra biológica muito útil para a detecção do consumo recente de substâncias
em condutores, vítimas de acidentes e no âmbito do controlo laboral, uma vez que
existe uma estreita correlação com o estado de influência.
Alguns estudos mostram que mais facilmente se obtêm tempos de detecção mais
semelhantes entre a saliva e o sangue do que entre o sangue e a urina. No entanto,
nunca existirá uma correlação de 100% entre os diferentes fluidos biológicos, uma vez
que os resultados sofrem a influência do tempo que decorre entre a administração e
colheita da amostra.
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Bibliografia
ROUEN, D., DOLEN, K., KIMBER, J., A Review of Drug Detection Testing and an
Examination of Urine, Hair, Saliva and Sweat. Technical Report No. 120, National
Drug, 2001.
VOGEL, A. I. Análise química quantitativa. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2002.
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
Olá aluno e aluna, nesta aula vamos finalizar o tema detecção de drogas in vivo,
falando da detecção de drogas em amostras de cabelo. Bons estudos.
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
responsáveis pela cor do cabelo. A medula localiza-se na região central e pode não
estar presente se este for muito fino (GOMES, 2013).
é uma amostra que deve ser manuseada com cuidado por apresentar risco biológico. A
saliva, por sua vez, aparece como uma matriz biológica alternativa uma vez que é
facilmente acessível, pouco invasiva, não necessitando de pessoal especializado para a
sua colheita.
Por esta razão a saliva constitui uma amostra biológica muito útil para a detecção
do consumo recente por existir uma estreita relação entre o desaparecimento das
substâncias e a duração dos seus efeitos, assim como no sangue.
O consumo de drogas ilícitas cada vez tem aumentado mais, por conta do tráfico
de drogas surgindo novas drogas todos os dias. Desta forma, é importante a detecção
destas drogas no organismo.
Para detecção das drogas existem vários tipos de análises, como por exemplo, as
técnicas cromatográficas, compreendidas pelas análises em cromatografia em camada
delgada, cromatografia gasosa e cromatografia líquida de alta eficiência.
Bibliografia
ROUEN, D., DOLEN, K., KIMBER, J., A Review of Drug Detection Testing and an
Examination of Urine, Hair, Saliva and Sweat. Technical Report No. 120, National
Drug, 2001.
VOGEL, A. I. Análise química quantitativa. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2002.
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Computação forense
Assim, cada uma destas civilizações conseguiu gerar códigos de leis distintos
para orientar seus cidadãos. A ciência forense teve seu primeiro registro na China onde
Ti Yen Chieh se tornou conhecido por fazer uso de vestígios do crime para solucioná-
lo vinculado à lógica, por meio de diferentes métodos e ferramentas (SILVA, 2015).
Essa área forense tem apresentado cada vez mais importância devido à evolução
tecnológica e ao surgimento de novos equipamentos, conceitos e informações (SILVA,
2015).
1
FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Para punir aqueles que praticam esses atos é preciso de investigação, que é feita
por autoridades competentes e se inicia de acordo com o Código de Processo Penal
(CPP), pela apuração e análise dos vestígios deixados (ALMEIDA, 2011).
2
FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Art. 154-B Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede mediante
representação, salvo se o crime é cometido contra a administração pública direta ou
indireta de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou
contra empresas concessionárias de serviços públicos.”
Estima-se, por exemplo, que 90% dos exames forenses realizados na área da
informática sejam relacionados a investigações dessa modalidade de crime, sendo que
o computador, nesse caso, é uma ferramenta que auxilia criminosos na prática de
delitos que incluem falsificação de documentos, violação de direito autoral, sonegação
fiscal, tráfico de entorpecentes, entre outros (ALMEIDA, 2011).
Isso significa que o computador tem relação com o modus operandi do crime
que é o modo ilegal de execução da ação, assim como um carro que é utilizado na fuga
de bandidos. Por essa razão, em diversos casos, os exames forenses em tais objetos são
3
FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
No que tange a tais provas, existem aspectos a se considerar quanto à sua licitude
ou ilicitude. Uma prova ilícita é obtida de forma inidônea, ou seja, uma prova adquirida
violando a restrição constitucional. Num conflito entre bens jurídicos relevantes a
verdade é buscada a todo tempo, assim como é necessário verificar a existência de
violação à intimidade, pois os direitos fundamentais não são absolutos, mas auto
protetivos.
De acordo com Begosso (2010), a computação forense atua nos seguintes tipos
de situações:
• Crimes de calúnia;
• Crimes de injúria;
• Crimes de difamação;
• Raciocínio lógico;
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Além disso, um perito digital, em sua rotina de trabalho, lida, diariamente, com
códigos binários que compõem os arquivos e, portanto, é imprescindível que tenham
amplo conhecimento no assunto para fazer as análises. Dada à variedade de assuntos
envolvendo as atividades periciais em sistemas computacionais.
As áreas têm aspectos específicos que serão apresentados a seguir para melhor
compreensão das atribuições de um perito desta modalidade, tais como os tipos de
sistemas operacionais, quais ferramentas são utilizadas e os procedimentos de atuação.
Relacionado às definições, tem-se como atributos:
• Windows;
• Linux;
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
• Unix;
• OS X;
• Novell;
• DOS;
• NTFS;
• FAT;
• EXT3;
• EXT4;
• HSF+;
• Raise FS;
• Funcionamento;
• Topologia;
• Protocolos;
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
• Wi-fi.
• Análise de malware;
• Análise de log;
• Data Carving;
• Dump de memória.
• Android;
• Windows Phone;
• IOS;
• RIM;
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
• Symbian.
• Pornografia infantil;
• Pirataria;
• Recuperação de disco;
• Auditoria;
• Vírus;
• Worm;
• Bots e botnet;
• Backdoors;
• Trojan;
• keyloggers;
• Programas spyware;
• Rootkits.
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Por fim, os rootkits que são instalados automaticamente, usam técnicas para
esconder processos e dados inerentes ao mecanismo, e, por conseguinte, dificultam sua
identificação (BEGOSSO, 2010).
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Ferramentas de hardware
Uma vez que estas ferramentas evitam que dados sejam apagados, alterados ou
comprimidos de um determinado dispositivo, elas são necessárias para análises
forenses. Os hardwares são bloqueadores de escrita e permitem que o perito possa fazer
uma cópia exata de um dispositivo em outros, como por exemplo, o espelhamento de
um Hard Disk (HD) para outro.
Não somente isso, tais bloqueadores transferem dados com velocidade maior e
permitem a conexão de vários HDs sem a necessidade de haver um computador para
executar as cópias.
Isso deve ser feito por softwares que não acessem o HD na inicialização ou ao
longo do processo de cópia de um dos mais conhecidos softwares, o Symantec Norton
Ghost. Nesse caso, o computador é ligado e o programa é carregado através de um pen
drive, CD ou DVD, ou ainda, por um disquete, sem haver necessidade de carga no
sistema operacional.
A partir daí, o espelhamento pode ser feito para outro disco. É possível também
realizar a duplicação de HDs usando softwares através de sistemas operacionais de
forma read-only, tal como o KNOPPIX. Este software é um sistema operacional
GNU/Linux baseado no kernel do Debian. Sua principal característica é a inicialização
livre, para a qual não é necessário instalar o sistema no computador, sendo possível
inicializá-lo por CD, DVD e dispositivos flash, como pen drives. Sua interface padrão
é o LXDE e com o comando dd (duplicate disc) faz-se o espelhamento de discos.
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
• Dirigir-se ao local e preservar tanto o estado quanto à conservação das coisas até
a chegada dos peritos criminais;
Isso significa que as autoridades policiais devem se dirigir ao local onde tenha
ocorrido um crime computacional e isolar o local, sem ligar ou desligar os materiais
questionados para evitar que ocorram alterações ou perdas de possíveis provas e
arquivos importantes. Para realizar tais ações, é preciso que as autoridades tenham um
mandado de busca e apreensão, conforme o Direito Processual Civil para que o perito
possa realizar seu trabalho.
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Análise: É a etapa de usar os dados para coletar informações, ou seja, nesse caso
o perito computacional identifica e relaciona pessoas, locais e eventos, reconstroem as
cenas e documenta os fatos.
funciona da mesma forma que uma cena de crime convencional, com a ressalva de
haver equipamentos computacionais que podem ter ou tem relação com o delito que
está sendo investigado, independente do computador ter sido usado apenas como
ferramenta de apoio ou como meio de realização da contravenção (ALMEIDA, 2011).
Para realizar uma busca é preciso que a autoridade judiciária faça a expedição
de um mandado de busca e apreensão, e assim, é possível fazer uma diligência para
buscar e apreender pessoas ou objetos que sejam de interesse judicial (ALMEIDA,
2011).
Se tratando de HDs, o tamanho dos discos precisa ser analisado pela Logic Block
Addressing (LBA) para assegurar se o tamanho citado na etiqueta está correto ou não,
já que pode acontecer de estar mencionado um valor, mas não ser o tamanho real
disponível. Logic Block Addressing é uma organização lógica dos setores, empregada
nos discos rígidos atuais, que fica na etiqueta do fabricante. Ela faz o computador
endereçar cada setor do disco de forma sequencial, ao invés de fazer uso da localização
física (ALMEIDA, 2011).
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Durante um espelhamento, jamais se deve usar como destino discos rígidos com
setores defeituosos, pois o dado original daquele setor não será copiado, e assim,
acontecerão perdas de evidências e duplicação incompleta (ALMEIDA, 2011).
Este método consiste em inserir em cada bit do HD, o valor binário zero, da
mesma forma como quando o disco sai de fábrica. Para executar esta tarefa, é
necessário ter conhecimento das seguintes informações:
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
• Os dados são mais facilmente manipulados, pois nesse caso os arquivos podem
ser replicados de forma simples por qualquer sistema operacional;
Cabe ao perito, decidir qual técnica usar dependendo do tamanho do disco, para
conseguir realizar uma análise mais eficiente (CONSTANTINO, 2012).
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Softwares
cópias de um ou mais discos de origem para outros discos de destino (um ou mais
discos), não havendo esses equipamentos, a duplicação pode ser feita com softwares
específicos que não causam alterações nas evidências existentes no material
questionado.
Pode haver não somente riscos de alterações das informações armazenadas, mas
os dados contidos nos equipamentos computacionais podem ser perdidos com o passar
do tempo, em virtude do fim da vida útil dos materiais de fabricação, quebra dos
dispositivos mecânicos ou desmagnetização. Em razão desta fragilidade, é comum no
meio computacional fazer cópias de segurança dos dados (CONSTANTINO, 2012).
arquivos temporários (mesmo sem o usuário executar qualquer ação). Uma conexão de
pen drive na porta USB também pode gerar a gravação de dados no dispositivo.
Nesse sentido, podemos concluir que toda e qualquer atividade deve ser
executada buscando a garantia de que as informações armazenadas não irão sofrer
alterações. Assim, os exames forenses devem, sempre que possível, ser feitos em
cópias fiéis do material original (ALMEIDA, 2011). Ao finalizar a etapa de
preservação, o material questionado ou original que tenha sido copiado deve ser
lacrado e guardado como evidência em local específico (CONSTANTINO, 2012).
Após todos os cuidados para a preservação das provas, a perito parte para a etapa
seguinte que é a busca e coleta de evidências. A atuação pericial em um sistema violado
se inicia a partir do momento em que o profissional de segurança tenta identificar como
aconteceu o delito e qual a extensão do prejuízo causado, isto é, ele busca informações
e aspectos do sistema operacional que foram afetados. Posteriormente à etapa de
reconhecimento inicial, o perito procede à coleta e análise de evidências para obter o
máximo de dados periciais digitais possíveis (BEGOSSO, 2010).
As imagens Bit copy (cópia bit a bit) de discos rígidos com dados alocados e não
alocados podem conter informações importantes para a investigação, sendo que os
últimos (dados não alocados) podem ser intencionalmente excluídos, como podem ser
excluídos automaticamente gerando uma exclusão temporária de arquivos.
Infelizmente, muitas vezes esses dados não são facilmente acessados. Porém,
uma pesquisa nos dados brutos pode recuperar documentos de texto importantes, ainda
que esses não auxiliem na obtenção de informações presentes em imagens ou arquivos
compactados. Além disso, também acontece de não se ter conhecimento de antemão
das sequências exatas que devem ser procuradas (ALHERBAWI, SHUKUR,
SULAIMAN, 2013).
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Identificação e recuperação
Uma investigação deve ser conduzida primeiramente pela revisão das evidências
disponíveis e pela identificação de evidências perdidas ou apagadas. Esta etapa é
indispensável, principalmente porque leva o perito a informações não vistas e evita
conclusões incorretas ou incompletas sobre um determinado caso (CASEY, KATZ,
LEWTHWAITE, 2013).
Quando se tem informações a respeito dos arquivos que podem ter sido perdidos,
é preciso que esses sejam recuperados. Existem diversas formas de recuperar arquivos
do espaço não alocado, dentre as quais a maioria das técnicas faz uso de informações
do sistema de arquivos para localizar e recuperar aqueles excluídos. As vantagens dessa
abordagem são principalmente sua rapidez e a obtenção de metainformação (como data
de último acesso, resolução, ISO) que frequentemente pode ser recuperada.
Com isso, esses trechos se tornam inacessíveis para o usuário comum, mas os
peritos conseguem recuperá-los e acessá-los a partir de técnicas e procedimentos
específicos. Se o processo de recuperação demora a ser realizado, o profissional se
deparará com grande dificuldade de recuperação das informações do dispositivo, tendo
em vista que o espaço no disco nesse momento já é marcado como livre. Assim, o
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Windows:
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
A. arquivos compactados;
B. arquivos mal nominados;
C. arquivos criptografados;
D. arquivos protegidos por senha;
E. Atributos de arquivos;
F. clusters marcados como ruins;
G. ID de segurança: ID de segurança da Microsoft é localizado no registro na lista
de perfis que possui dados do computador.
4. Slack space: Espaço existente no fim do arquivo do último Cluster que contém
dados do computador;
Linux/Unix:
2. O comando Is deve ser usado para visualizar o conteúdo do disco, para listar
todos os arquivos, inclusive os ocultos e listar os diretórios de forma recursiva.
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
• Arquivos ocultos;
• Arquivos criptografados;
• Arquivos temporários;
• Arquivos apagados;
• Fragmentos de arquivos;
• Sistemas computacionais;
• Bancos de dados;
• Registros de impressão;
• Swap de memória etc.
• FAT16;
• FAT32;
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
• NTFS;
• EXT2;
• EXT3;
• UFS;
• JFS;
• HPFS;
• REISER etc.
• Engenharia reversa;
• Engenharia social;
• Ataques de força bruta.
A engenharia social é uma forma de ataque por meio de persuasão, de modo que,
diversas vezes acontece abuso da ingenuidade ou confiança do usuário, objetivando
obter informações para acesso não autorizado em computadores. Por outro lado, a
técnica pode ser utilizada para auxiliar em um processo investigativo em casos em que
um ambiente onde os arquivos são protegidos por senha e os investigadores têm contato
com os usuários, possibilitando chegar às senhas por persuasão e, consequentemente,
facilitar o trabalho pericial. Já o ataque por força bruta, é realizado pelo uso de um
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
dicionário de senhas, de modo que cada senha é testada de forma automática, visando
localizar uma possível senha dentro do dicionário utilizado. Um Software bastante
empregado para realizar esse trabalho é o ElcomSoft Password Recovery (SOUSA,
2016).
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Assim, uma vez que um Cluster é definido, os padrões também o são, e esses
últimos, são ditados pelos próprios padrões componentes de cada cluster. Ressalta-se
que os problemas enfrentados em uma Clusterização podem ser encontrados em várias
áreas de atuação e em diferentes contextos, como, por exemplo, na segmentação de
imagens, classificação de padrão, recuperação de informação, etc. Além disso, a
clusterização é normalmente associada com a análise exploratória, já que envolve
problemas dos quais se tem pouco conhecimento e pouca informação a priori. É
justamente a Clusterização que possibilita a criação de novas hipóteses acerca dos
inter-relacionamentos dos dados e sua estrutura intrínseca (MOSCATO; VON
ZUBEN, 2019).
Deste processo cada etapa compreende uma tarefa específica, e estas serão
esclarecidas a seguir:
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Clusterização
Indexação de dados
Nesse caso, o responsável pela indexação deve atentar para três perguntas:
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Assim, cria-se uma espécie de catálogo com cada cadeia encontrada. Essa
técnica é principalmente utilizada pelos peritos na fase de análise dos dados, uma vez
que possibilita realizar buscas rápidas por palavras-chave no conteúdo que está sendo
questionado.
Além disso, o procedimento de Data Carving pode ser feito de forma mais rápida
e eficiente, já que todo o conteúdo foi percorrido e as assinaturas dos arquivos estão
organizadas e identificadas. As principais ferramentas usadas para realizar o processo
são (BARIKI, HASHMI, BAGGILI, 2011; CONSTANTINO, 2012):
• Forensic Toolkit
• Encase.
• ProDiscover.
Essa ferramenta pode ser também utilizada para adquirir evidências, fornecendo
aos investigadores a possibilidade de conduzir investigações em larga escala do início
ao fim, sendo capaz de gerar diversos relatórios automaticamente, conforme
apresentado a seguir (BARIKI, HASHMI, BAGGILI, 2011):
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
De modo geral, esta fase inicial de análise é onde são feitos os exames nos
arquivos recuperados de um material questionado, ou seja, exames nos arquivos
extraídos. Essa fase pericial tem por objetivo a identificação de evidências digitais
vinculadas a um crime que está sendo investigado.
Uma vez que na fase de extração diversos arquivos podem ser recuperados, há
técnicas auxiliares para a busca pela informação ou arquivo desejado, ou seja, técnicas
de filtragem da informação, como, por exemplo, o Know File Filter(HFF), que
restringe a busca a um conteúdo específico.
Em um caso de acesso não autorizado, por exemplo, o perito terá que buscar por
arquivos log, conexões e compartilhamentos suspeitos.
As informações são alcançadas em dois locais: nas áreas de atuação dos usuários
e no kernel do sistema operacional. Portanto, se torna necessário fazer uma busca
detalhada nos dados do sistema.
Os dados mais voláteis são priorizados nessa fase, pois são facilmente perdidos
(CONSTANTINO, 2012).
Forense in vivo
O tempo de vida de uma evidência digital varia conforme o local no qual está
armazenada.
Quanto mais volátil for um dado, mais complexa será sua extração e menos
tempo haverá para obtê-lo.
Durante a forense in vivo existem informações que podem ser obtidas, tais como
(BEGOSSO, 2010):
• Memória de periféricos;
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
• Tráfego de rede;
• Arquivos de registros;
A etapa de forense in vivo termina assim que o sistema é desligado, após a coleta
de todas as informações do disco rígido. Na sequência, faz-se a cópia bit a bit, que será
usada na busca de possíveis evidências para a perícia.
Essa situação será tratada na fase de Análise Posten Mortem e tem relação com
a ordem de volatilidade dos dados, ou seja, nesse momento somente existirá a memória
não volátil para análise, como o HD, DVDs dentre outras fontes de armazenamento.
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Já os, crash dumps, são fontes úteis de dados, tendo em vista que possuem uma
imagem da memória do sistema quando acontece alguma falha inesperada, ou seja,
funcionam como uma espécie de caixa preta do sistema.
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Análise de tráfego
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Ao longo da forense de rede, o perito deve observar alguns fatores, tais como,
técnicas de levantamento:
• Footprint;
• Fingerprint;
• Port scanner;
• Confirmação de invasão;
• Malware automatizado;
• Serviço usado para realizar a invasão;
• Vulnerabilidades exploradas;
• Origem da ameaça;
• Instalação de Backdoors e rootkits;
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Todos esses pontos costumam ser seguidos na forma de questões, para que o
perito possa tentar respondê-las quando está em ação no seu trabalho de busca por
evidências. De acordo com o contexto do incidente, essas questões podem variar, e,
por consequência, gerar resultados diferentes para o investigador. Existem dois
momentos em que ocorre a forense em rede. O primeiro acontece com a busca por
informações de comunicação de redes do servidor que está sendo periciado, e o
segundo, quando o investigador consegue dados referentes aos demais ativos de rede,
como servidores de logs, roteadores, IDS ou firewalls (BEGOSSO, 2010).
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
de modo que também seja garantida a sua segurança e recuperação em casos de falhas
(ADEDAYO, OLIVIER, 2015).
Tais técnicas fazem uso de logs mantidos pelo SGBD. Os logs são utilizados
para manter um registro das operações que afetam o valor dos itens do banco de dados
e são liberados para arquivos de log no disco (comumente antes das modificações
associadas nos arquivos de dados). Havendo uma falha, o procedimento de recuperação
faz a leitura dos arquivos de log e utiliza os registros para recuperar uma versão
consistente. A sobrecarga envolvida no processo de gravação de registros de log pode
ser considerada uma das principais razões da existência de vários níveis de registro em
um banco de dados, pois permite que o administrador decida quanta informação deverá
estar logada.
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Eles apresentam divergências entre si, mas são relacionados à medida que
formam as dimensões do mesmo problema. O banco de dados comprometido dispõe
de alguns dos metadados ou softwares do DBMS alterados por um invasor, mas ainda
apresenta capacidade de operação. No caso desses dados, a preocupação da análise
forense se concentra no fato de não se pode confiar nas informações fornecidas pelo
banco de dados investigado. Nesse sentido, devem-se utilizar os metadados de acordo
com a forma como eles ocorrem no banco de dados ou realizar tentativas de obtenção
de uma cópia limpa do SGBD (ADEDAYO, OLIVIER, 2015).
Para que o perito possa realizar tais ações é preciso que tenha conhecimento dos
principais bancos de dados utilizados, nesse sentido, o MySQL, Microsoft SQL Server
e Oracle serão brevemente descritos a seguir.
Servidor MYSQL
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
O log de consultas lentas é voltado para aquelas que demoram mais que o tempo
especificado para sua execução, e nesse caso, as instruções também são gravadas no
arquivo de log após a execução e antes de serem lançados bloqueios no banco de dados.
Desse modo, a ordem das entradas de logs pode também ser distinta da ordem de
consultas executadas (ADEDAYO, OLIVIER, 2015).
Quando é necessário realizar uma análise forense no MySQL, o log de erros não
tem informações virtuais úteis para a reconstrução ou investigação do banco de dados
em geral e, portanto, torna-se necessário que uma preferência de registro adequada para
a análise forense seja ativada pelo usuário ou administrador (ADEDAYO, OLIVIER,
2015).
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Log de eventos do Windows, log do agente servidor SQL, log de erro do servidor
e log de transações (ADEDAYO, OLIVIER, 2015).
O log de eventos do Windows tem três logs úteis que podem ser utilizados para
a solução de erros do servidor; o log do aplicativo que armazena eventos ocorridos no
agente do servidor, o log de segurança que armazena as informações de autenticação e
o log do sistema que faz o armazenamento de informações de inicialização e
desligamento do serviço.
O banco de dados garante que os dados serão gravados nos arquivos de log de
transações antes deles serem afetados, e, portanto, os logs de transações cooperam com
a recuperação de transações com falha e de versões consistentes do banco de dados em
caso de falha do sistema. A vantagem do servidor SQL é que cada banco de dados tem
um log de transações e este é habilitado por padrão.
sistema, é possível reconstruir tais dados durante uma investigação forense, desde que
a estrutura dos logs seja compreendida (ADEDAYO, OLIVIER, 2015).
Oracle
O redo log é ativado por um padrão e seus arquivos podem ser salvos em locais
off-line pelo uso dos redo logs arquivados. Esses últimos, por sua vez, permitem a
recuperação de um determinado banco de dados caso aconteça alguma falha de disco,
bem como a atualização de um banco de dados em espera e fornecem informações
acerca do histórico de um banco de dados quando o utilitário Log Mineré empregado
no Oracle. Há dois modos possíveis de ativação para informar ao banco de dados que
se deseja ou não arquivar os redo logs.
Esta é a última etapa de análise numa perícia forense computacional, além de ser
a etapa mais longa, pois nela se realiza um confronto entre as informações obtidas nas
duas etapas anteriores. Em contrapartida, a complexidade da análise post mortem
proporciona a obtenção de evidências ricas em detalhes, especialmente ao longo da
análise da imagem do disco rígido. A primeira ação que o perito deve executar é a
extração de todas as cadeias de caracteres dos arquivos inerentes ao ataque, desse
modo, torna-se possível elencar nomes de arquivos e diretórios, resíduos de textos não
sobrescritos nos slack spaces, além de arquivos alojados em áreas não alocadas
(BEGOSSO, 2010).
• Camada física;
• Camada de dados;
• Camada de metadados;
• Camada de arquivos.
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Assim, o perito poderá identificar mais facilmente os dados ocultos pelo invasor,
ou ainda, indícios de informações que tenham sido apagadas. Quando o perito conhece
os mínimos detalhes de cada aspecto do disco rígido, ele se torna capaz de recuperar
arquivos apagados ou aqueles que tenham passado por subscrição parcial.
Sendo necessário, o perito deve tentar identificar informações que tenham sido
escondidas, o que pode ser feito por combinações de nomes de diretórios com
caracteres da tabela ASCII ou por inserção de dados em arquivos core. Além disso,
existem os arquivos temporários, que funcionam como esboço para arquivos finais com
controles da aplicação, e que são importantes para a análise post-mortem por serem
fontes valiosas de informação.
naquele espaço. As slack spaces que são áreas não alocadas, também são fontes de
informações significativas (BEGOSSO, 2010).
• Rastreadores de funções;
• Emuladores de máquinas;
• Analisadores lógicos;
Caso seja realizada uma análise dinâmica, em tempo real, o perito pode
conseguir resultados mais rápidos e precisos, de modo que, se torna possível, por
exemplo, observar o funcionamento completo do malware questionado, de acordo com
o estudo das modificações provocadas no sistema (BEGOSSO, 2010).
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Padronização de dados
É claro que cada país tem sua metodologia e legislação. No que diz respeito à
troca de evidências entre países, existem padrões definidos pelo SWGDE, apresentados
na International Hi-Tech Crime and Forensics Conference (IHCFC) que seguem o
princípio de que todas as organizações que trabalham com investigação forense têm o
dever de manter um alto nível de qualidade para garantir a confiança e a exatidão das
evidências.
Quanto ao nível de qualidade, esse pode ser alcançado por meio da elaboração
de Standard Operating Procedures, que precisam conter os procedimentos para todas
as modalidades de análises conhecidas, além de prever o uso de técnicas, equipamentos
e materiais aceitos e empregados na comunidade científica (GUIMARÃES et al.,
2011).
Antiforense
Criptografia
arquivo criptografado. Diversos algoritmos são usados para realizar esse processo,
ainda que esses sejam conhecidos por outras pessoas, isso porque elas só conseguirão
acessar as informações se tiverem a respectiva chave criptográfica (CONSTANTINO,
2012).
Há chaves de 8 bits, 64 bits, 128 bits, 256 bits etc. Esses valores se referem ao
tamanho da chave gerada. Para fazer o cálculo do número de combinações possíveis
conforme o algoritmo usado, basta fazer uma potência de dois, elevado ao número de
bits do algoritmo.
Exemplos:
No caso do exemplo 1, o algoritmo de 8 bits não é seguro, uma vez que 256
combinações é um número rapidamente acessível e um computador é capaz de calcular
as combinações em questão de minutos. Já no exemplo 2, o algoritmo de 128 bits gera
uma possibilidade de combinações muito maior, e mesmo utilizando um computador
que tem alto poder computacional, necessitaria de bastante tempo para “quebrar” a
criptografia. Em termos de segurança, chaves geradas por algoritmos de 256 bits são
ainda mais difíceis de decodificar e na maioria dos casos é impossível, em virtude dos
milhares de combinações possíveis geradas a partir desse algoritmo, pois levaria meses
para conseguir obter um único caractere dessa chave por computadores
(CONSTANTINO, 2012).
pombo estava a caminho de Bletchley Park, local que tinha uma base especial de
operações da SOE e seu ponto de partida teria sido a França.
• Microprocessador;
• Memória ROM;
• Memória RAM;
• Módulo de rádio;
• Processador de sinal digital;
• Alto falante;
• Tela;
• Sistema operacional;
• Bateria;
• PDAs;
• GPS;
• Câmera.
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
• Apreensão;
• Aquisição;
• Exame;
• Documentação (relatórios/laudos).
Tais etapas são importantes, mas vale ressaltar que foram definidas a partir de
procedimentos empregados em análises forenses computacionais. O importante em
uma situação que requer extração de informações direta do dispositivo, é que o
examinador tenha competências e expertise suficiente para alcançar tais objetivos sem
causar danos ao equipamento ou às evidências, bem com a capacidade de explicar a
relevância e implicações dos procedimentos realizados. Como telefones celulares têm
distintos softwares, hardwares e funcionalidades, é preciso escrever procedimentos
específicos para as diversas categorias de aparelhos. Nesse sentido, a seguir serão
apresentados os procedimentos necessários para a realização da perícia em dispositivos
móveis (SILVA, 2015).
Por essa razão, o uso de um invólucro que bloqueia o recebimento de dados para
o acondicionamento ou o desligamento do aparelho pode ser feito para evitar tais
impasses. Além destas opções, pode-se ativar o modo avião offline naqueles
dispositivos que tenham esta função. As três opções têm vantagens e desvantagens que
devem ser levadas em consideração em uma investigação. O desligamento pode
dificultar o acesso durante os exames periciais, pois códigos de autenticação podem ser
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
requisitados quando o telefone for reiniciado. O isolamento por bloqueio de sinal pode
elevar significativamente o consumo da bateria devido ao aumento da potência de sua
antena para buscar uma torre mais distante, e o uso do modo avião irá exigir uma
interação de um agente da lei com o dispositivo, mas nem sempre haverá uma pessoa
habilitada para fazê-lo (SILVA, 2015).
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Aquisição de dados
• Memória interna;
• Cartão de memória;
Exame
• Data e hora;
• Linguagem;
• Configurações regionais;
• Contatos;
• Agendas;
• Mensagens textuais;
• Chamadas realizadas, recebidas e não atendidas;
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
• E-mails;
• Históricos de navegação web;
• Documentos;
• Informações de GPS;
• Aplicativos específicos;
• Informações de computação em nuvem e;
• Exames de mídias removíveis, que são frequentemente utilizados em telefones.
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Smartphones
Laudo pericial
• Título do laudo;
• Subtítulo (opcional);
• Número do laudo e unidade de criminalística emissora;
• Data de emissão do documento e identificação dos envolvidos no exame e no
processo;
• Critérios formulados, se esses forem informados pela autoridade solicitante do
documento.
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
• Marca;
• Modelo;
• Número de série;
• Capacidade de armazenamento;
• País de fabricação;
• Número do item ao qual o material pertence (nesse caso, no auto da apreensão);
• Número do lacre do material (exatamente quando este for recebido pelo perito);
• Estado de conservação do material;
• Possíveis divergências com a descrição do auto de busca e apreensão;
• Outras informações que o perito julgar úteis para a identificação inequívoca do
material questionado, como o valor do cálculo hash.
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
ser utilizados. Contudo, esses devem ser claros o suficiente para que pessoas de
fora da área consigam compreender as informações.
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Caro aluno e aluna, a respeito do que estudamos até agora sobre computação
forense. Escreva com suas palavras no mínimo em 15 linhas e no máximo 30 linhas
abordando as seguintes perguntas:
2. Baseado no que foi estudado até agora é possível apagar todas as evidências de
um computador, a ponto de a perícia criminal não encontrar nada?
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
De acordo com Marques, Mota e Mota (2015), um laudo pericial pode seguir
ainda o modelo apresentado:
Capa
• Número do laudo;
• Data: __/__/___;
• Tipo de documento: laudo pericial ou parecer técnico;
• Nome do perito;
• Formação;
• Telefone de contato;
• E-mail.
Contratantes
• Nomes;
• Documentos de identificação;
• Endereços residenciais;
• Endereço do local investigado ou dispositivo.
• Dados do foro;
• Nome do requisitante.
1
FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Localização
Exemplo:
Preliminares ou histórico
Nesta seção é preciso entender o que levou ao pedido da perícia ou laudo para
que seja possível elucidar histórico ou preliminar do trabalho.
É importante também que esta seção contenha registros das informações sobre a
aquisição dos produtos que foram periciados, isso inclui:
• Notas fiscais;
• Garantias;
2
FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Exemplo:
Exemplo:
• Mídias analisadas:
Exemplo:
Exemplo:
“Formatos de arquivos sem descrição dos tipos de filtros usados neste item não
foram identificados e/ou convertidos para análise...” (MARQUES, MOTA, MOTA
(2015).
3
FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Identificação ou tipologia
A tipologia diz respeito à descrição detalhada do que será ou foi analisado. Nesta
etapa deve-se incluir:
• Data de aquisição;
• Descritivo do material;
Exemplo:
Coleta
4
FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
Exame
Ou seja, estima-se que um trabalho pericial tenha sido realizado para alcançar as
respostas para o caso, contudo, o FBI não deu detalhes sobre como tal ação foi realizada
(BBC, 2016).
Referências
ABDALLA, S.; HAZEM, S.; HASHEM, S. Guideline model for digital forensic
investigation. Annual ADFSL Conference on Digital Forensics, Security and Law,
2007.
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FORENSE DIGITAL E DOCUMENTOSCOPIA
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Olá aluno e aluna, na aula de hoje vamos falar um pouco sobre perícia
judicial e extrajudicial, vamos dividir esse tema em duas partes. Bons estudos.
Introdução
Uma das provas possíveis por lei advém da perícia, que é um procedimento
realizado por profissionais das mais diversas formações que buscam clarear
situações duvidosas ora para mero esclarecimento ora para produção de provas.
Objetivos
Perito
1
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Não é verdade que ao escolher o curso que fez tinha como objetivo aprender
o máximo que pudesse com relação à área relacionada?
Professor?
Astronauta?
Advogado?
Arquiteto?
2
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
A resposta que você escuta é indiferente, pois quando concluir seus estudos
em nível superior certamente a pessoa irá se considerar perita no que se formou.
Não obstante, podemos concluir que quando o objetivo da perícia for tirar
alguma dúvida técnica ou dar suporte a um julgamento por meio de formação de
provas, a opção deverá recair por um profissional que seja notoriamente
conhecedor dos elementos científicos que circundam o tema em questão.
Qualquer pessoa que já tenha tido contato com compras públicas lembrará
que o referido parecer é uma peça opinativa na qual um cidadão formado em
Direito apresentará argumentos em torno de uma questão que tenha sido levantada
durante o procedimento de compra.
4
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
E a perícia extrajudicial?
Não é necessário muito esforço de pesquisa para que você encontre vários
artigos pela rede mundial de computadores apontando a atividade de “perito”
como uma demanda em crescimento nos últimos anos, causando atração no
mercado de trabalho.
Importante mencionar que o juiz, figura que media os litígios judiciais, não
será responsável pela mediação nesses casos. Em compras públicas existe uma
cláusula contratual que se chama Cláusula
5
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
6
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Olá aluno e aluna, na aula de hoje vamos dar continuidade ao tema e entender
um pouco mais sobre perícia judicial e extrajudicial. Bons estudos!
Ao contrário do que muitas pessoas costumam dizer, uma ação judicial não se
limita ao mero conceito de um processo. Trata-se de um rito realizado no âmbito do
Poder Judiciário que poderá se dar em formato sumário, ordinário ou extraordinário.
A legislação prevê como uma das etapas que é inerente ao rito judicial é a
escolha da pessoa que irá realizar os trabalhos de mediação da questão litigiosa ou
conflituosa.
1
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Digamos que o tal imóvel tinha como um dos itens adicionais a construção de
uma banheira de hidromassagem com iluminação interna.
Daí, ao receber o produto final, você percebe que além de não ser uma
banheira (em nosso exemplo teria recebido uma jacuzzi menor), a tal iluminação foi
colocada no ambiente em torno do local e não dentro como prometido.
Perito judicial
Veja que nosso exemplo nos dá uma série de elementos que poderão necessitar
de comprovação técnica para que o magistrado envolvido no caso seja convencido
de seus argumentos.
Afinal, ele é formado em Direito, sua área de perícia, e eventualmente não terá
conhecimentos apurados sobre construções civis e banheiras de hidromassagem.
2
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
No que for possível inferir de maneira legal ele o fará. Porém, certamente
chegará o momento de comprovar a especificidade de cada um dos dois produtos.
Nessa etapa, o juiz não poderá decidir sem que tenha certeza das informações.
Eis que surgirá a necessidade de que um profissional especializado em obras civis e
produção de banheiras de hidromassagem analisem os elementos técnicos para
apresentar ao magistrado uma conclusão científica sobre o que afinal foi entregue ao
reclamante. A esse profissional damos o nome de perito judicial.
Não é diferente com o cidadão que opta por atuar como perito judicial. Aliás,
como se trata de um auxiliar da justiça, as habilidades vão além daquelas que ele já
desenvolveu durante seu curso superior. Para que você tenha uma noção, vamos
relacionar as que são mais destacadas:
3
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
É necessário que o perito tenha plena convicção de que erros são inerentes a
qualquer atividade humana. No entanto, é sua responsabilidade por aqueles que
sejam cometidos durante sua atuação.
4
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Note que o trabalho pericial será de uma maneira ou de outra, requisitado por
uma pessoa. Dessa forma, torna-se imperioso que o perito tenha condições de lidar
com pessoas nos mais variados níveis.
Perito extrajudicial
5
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Caso você esteja se perguntando se uma atividade realizada fora dos tribunais
poderá acabar parando lá, a resposta é sim!
Assim, este profissional precisa de habilidades para atuar nesta área, tais
como:
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
BIBLIOGRAFIA
Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Disponível em: Acesso em:
26/1/2017.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Olá aluno e aluna, na aula de hoje vamos falar entender quais são os tipos de
formações para ser um perito e onde ele poderá atuar. Bons estudos.
Formação do perito
Do ponto de vista legal, o CPC (Código de Processo Civil), em seu Art. 156,
nos apresenta um perfil para o perito. Vejamos:
Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de
conhecimento técnico ou científico.
1
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Neste ponto você já deve ter concluído que os campos de atuação possíveis
para um perito judicial têm como limite aquilo que o Poder Judiciário poderá
demandar enquanto estiver em procedimento litigioso, correto?
Destarte o fato de um perito judicial poder ser requerido pelas partes, como
veremos mais à frente, ele será um auxiliar do juiz. Dessa forma, é interessante que
o profissional se dirija aos tribunais onde pretende prestar o serviço e conversar com
o magistrado ou com o responsável administrativo pelo local para deixar suas
credenciais e expor onde pode ajudar.
2
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Criminal:
• Informática;
• Contabilidade e finanças;
• Documentos;
• Audiovisual e eletrônicos;
• Química forense;
• Engenharia;
• Meio ambiente;
• Genética forense;
• Balística;
• Locais de crimes;
• Bombas e explosivos;
• Veículos;
• Medicina e odontologia forense;
• Patrimônio cultural.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Trabalhista:
• Cálculos trabalhistas;
• Desvio de função;
• Acidentes do trabalho;
• Doenças do trabalho;
• Trabalho perigoso;
• Trabalho insalubre;
• Assédio moral.
Cível:
Para este caso, se não recair em alguma área específica do Direito, um perito
judicial cível poderá auxiliar a justiça a dirimir a questão.
4
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Securitário:
Ainda assim, imagine-se em uma situação na qual você tenha adquirido uma
filmadora à prova de água com capacidade para mergulhar até 50m por 1h
ininterruptas. Vamos supor que seu equipamento valha R$ 50.000,00 e, dessa forma,
você optou por realizar um seguro contra danos.
Você pode achar que simplesmente acionando o seguro você irá conseguir
receber o valor do prêmio, só que não!
Veja que agora tens um problema nas mãos e, com certeza, precisará contratar
um perito para comprovar que você não usou mal o equipamento e sim que ele foi
avariado por um mal súbito ou por defeito de fabricação.
5
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Por isso, da mesma forma que o perito judicial o extrajudicial precisa passar
alguns elementos a título de itens de confiança para o mercado demandante desse
tipo de serviço. A seguir vamos destacar pré-requisitos básicos sem esquecer que,
conforme a especificidade da demanda poderá haver requisitos igualmente únicos a
serem agregados.
Por ser uma atividade que irá apresentar conclusões que podem não ser
satisfatórias para alguma das partes, o perito extrajudicial deve deixar claro aos seus
contratantes que possui perfil imparcial e que não se relaciona pessoalmente com
nenhum caso que venha a trabalhar.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
• Administração.
• Economia.
• Contabilidade.
• Direito.
• Engenharia.
• Artes.
• Medicina.
Entre outras...
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
BIBLIOGRAFIA
Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Disponível em: Acesso em:
26/1/2017.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Olá aluno e aluna, nesta aula vamos entender como é feita a contratação do
perito judicial e extrajudicial. Bons estudos.
Contratação do perito
Vamos começar essa discussão deixando bem claro que, no caso do perito
judicial, não podemos falar em contratação. Trata-se de uma demanda por
nomeação e a indicação poderá ser feita tanto pelo juiz quanto pelas partes.
Contudo, podemos demonstrar as previsões legais de nomeação conforme
veremos a seguir.
Você sabe que cada ramo do Direito possui um regulamento, certo? Pois
bem, isso acaba criando algumas especificidades para cada situação em que um
perito judicial é requisitado para auxiliar a justiça. Vamos ver os mais comuns a
seguir:
Perito criminal:
• Autoridades policiais;
• Membros do Poder Judiciário;
• Membros do Ministério Público; e
• Autoridades que desempenhem atividades correlatas às anteriores.
Perito trabalhista:
Por sua vez, a Lei 5.584/1970 apresenta uma outra ocasião em que exames
periciais poderão ser demandados pelo magistrado responsável pelo caso.
Vejamos:
Observe que a exceção é a previsão do Art. 826 da CLT. Nos demais casos,
o perito será requisitado pelo magistrado que cuida do caso.
Perito cível:
Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender
de conhecimento técnico ou científico.
3
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Ainda assim, essa questão de habilitação é controversa dado que nos dias de
hoje existem muitos cursos técnicos de nível médio que habilitam os profissionais
a exercer determinadas atividades profissionais reguladas por Conselhos de
Classe, mas isso seria discussão para outro momento.
Perito securitário:
Perito administrativo:
Tal qual já discutimos nos tipos de peritos anteriores, os atores que irão
requerer os serviços de um perito administrativo serão os mesmos, a citar: o
magistrado e as partes ou órgãos que têm prerrogativa de denunciante.
4
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Cuidar para que o produto oriundo de seu trabalho seja realizado com uma
margem de segurança é uma forma de zelo.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
BIBLIOGRAFIA
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
No decorrer deste material mostramos que o perito judicial pode ser requerido
tanto pelo juiz como pelos envolvidos em um litígio vamos rever o artigo do CPC que
dá a prerrogativa ao magistrado e mais um em sequência para podermos discutir esse
tópico:
Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de
conhecimento técnico ou científico.
1
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o
juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando
motivo legítimo.
Desta forma, vamos utilizar aquele instituto para compreendermos esse tópico.
Trata-se de um documento emitido com 16 artigos sequenciais sobre cadastro de
peritos e institutos no âmbito do poder judiciário para atuar como auxiliares da
Justiça.
» O cadastro será formado por pessoas indicadas por entidades, órgãos de classe,
órgãos públicos e por chamamento público por meio de consulta pública.
2
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
» Os profissionais aptos a atuar terão seus nomes disponibilizados em lista.
» Cadastros que existiam antes da resolução 233 continuam valendo caso não
conflitem com ela.
» Salvo o previsto no §5o do Art. 156 do CPC, só poderá atuar como perito
profissional cadastrado.
» Se o perito for escolhido pelas partes do litígio na forma do Art. 471 do CPC,
aquele se sujeitará ao que está previsto na resolução 233.
» Nada impede o juiz de selecionar peritos dentre aqueles cadastrados nos quais
já possui ampla confiança.
» Se o perito tiver atuado como assistente de qualquer das partes no prazo de três
anos ficará impedido de atuar.
» Caso o juiz entenda possível e, desde que justifique, poderá substituir o perito.
O Art. 12 da Resolução 233 nos traz o rol de deveres do perito e, desta forma,
vamos transcrever para facilitar a compreensão:
Art. 12. São deveres dos profissionais e dos órgãos cadastrados nos termos
desta Resolução:
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
IV – observar, rigorosamente, a data e os horários designados para a realização
das perícias e dos atos técnicos ou científicos; V – apresentar os laudos periciais e/ou
complementares no prazo legal ou em outro fixado pelo magistrado;
IX – nas perícias:
» Os elementos discutidos até aqui não possuem efeito anterior (ex tunc).
Veja que o CNJ buscou ser conciso, porém amplo em especificar a forma como
os profissionais peritos poderiam ser cadastrados para dar suporte à justiça quando
requeridos por magistrados ou pelas partes.
Honorários em perícias
Como calcular você já deve ter se questionado algumas vezes sobre a validade
de atuar como um perito certo?
5
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
São muitos elementos complexos em torno da atividade e certamente hão de
existir diversas responsabilidades envolvidas, ou seja, vale a pena?
Podemos dizer que valerá a pena conforme você amplie sua capacidade de
realizar perícias com precisão e reiterar sua participação.
Também não vimos que deverá ser habilitado para ser demandado por um juiz
ou pelas partes em um procedimento judicial?
Muito bem! Justamente por ter que ser expert em algo e necessitar de uma
habilitação que o legislador previu que sua atuação deverá ser remunerada. Vamos
ver o que o CPC nos ensina a respeito desse assunto:
Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver
indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou
rateada quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas às partes.
Agora observe que o mesmo artigo que dá ao juiz o poder de nomear um perito
com um prazo fixo para entregar laudo dá ao perito a prerrogativa de apresentar sua
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
proposta de honorários. Veja que essa proposta será participada aos envolvidos: Art.
465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o
prazo para a entrega do laudo
O texto legal não estipula um teto ou um valor mínimo para que o perito
desempenhe seus trabalhos. O que temos muito no mercado são entidades ligadas a
alguma profissão que, no intuito de dar apoio aos profissionais da categoria, regulam
tabelas de honorários para atividades diversas.
Bibliografia
Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Disponível em: Acesso em:
26/1/2017.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Como já foi mostrado, o perito é nomeado pelo juiz, ainda que seja escolhido
pelas partes, conforme previsto no Art. 465 do CPC. Contudo, o parágrafo primeiro
daquele instituto dá às partes a possibilidade de, caso entendam necessário, indicar o
assistente técnico da atividade.
Vejamos:
Já sabemos que o perito tem prazos estipulados para apresentar seu laudo.
Ocorre que as partes têm possibilidade de pedir a seus assistentes técnicos que
avaliem aquele laudo que poderá, inclusive, ser divergente da opinião do perito em
seu parecer.
Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo
menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.
A realização do trabalho
2
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
●Na sequência, o assistente deve tomar conhecimento do procedimento pericial
em curso.
●Uma vez tomada ciência do que está sendo trabalhado, o assistente pode (e
deve) manter contato com o perito oficial com o objetivo de participar do
planejamento das atividades e para disponibilizar documentos que o contratante
lhe tenha confiado.
●Caso uma diligência seja frustrada por recusa, o assistente técnico dará ciência
justificada ao juiz (perícia judicial) ou à parte (extrajudicial).
3
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
●Considerando as Resoluções que regulam a atividade profissional, o assistente
técnico deverá relacionar todas as informações que utilizou para fundamentar os
argumentos apresentados em seu parecer.
●Se houver acordo entre o assistente técnico e o perito oficial para que eventuais
diligências ocorram conjuntamente, a data de entrega do laudo por parte do perito
deverá ser informada ao assistente.
●Se o assistente técnico optar por firmar o parecer do perito oficial, fica
impedido de opinar contrariamente àquele documento.
●Caso seja necessário, o termo de diligência poderá ser emitido pelo assistente
técnico, será entregue com recebimento registrado e apresentará tudo o que
norteará a produção do parecer.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
●Caso seja necessário emitir um termo de diligência é desejável que ele
contenha tudo o que for preciso para o assistente técnico consiga produzir seu
parecer ao final da atividade contratada.
●O parecer emitido pelo assistente técnico contará, além do que já foi visto, com
metodologias aplicadas durante o trabalho, os critérios de pesquisa,
fundamentação de todos os resultados, tudo de maneira lógica e sequenciada para
facilitar a compreensão.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
●Caso o assistente técnico não tenha alternativa com relação ao uso exacerbado
de termos técnicos, que o faça partindo daqueles que são mais comuns. É
desejável que seja apresentado um glossário.
●A emissão do parecer por parte do assistente técnico ficará sujeita a algum tipo
de discordância em relação ao laudo emitido pelo perito oficial. Caso o assistente
concorde com o que estiver disposto no laudo, deverá protocolizar os termos de
sua opinião e comunicar sua decisão a quem o contratou.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
› Como vimos o parecer deverá se ater aos elementos específicos de análise
propostos pelos contratantes. O texto final do assistente poderá remeter àqueles
elementos como fundamentação para suas conclusões.
●Do ponto de vista estrutural o parecer do assistente técnico não poderá deixar
de considerar os seguintes elementos:
› Considerações finais.
Bibliografia
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943. Consolidação das Leis do Trabalho.
Disponível em: . Acesso em: 24/1/2017.
Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Disponível em: Acesso em:
26/1/2017.
8
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Olá aluno e aluna, nesta aula vamos apresentar um fluxo de atuação padrão
adotado em tribunais.
Fluxo de atuação
Você poderá observar que não é algo estanque, mas certamente favorece um
trabalho mais eficiente por parte de um perito, considerando seu papel de auxiliar da
justiça. Registre-se que não vamos nos ater a questões relacionadas aos deveres, uma
vez que serão tratados na próxima unidade. Sendo assim, vamos fazer nosso fluxo:
➢ O primeiro passo é o perito ser nomeado pelo juiz ou a pedido das partes.
➢ Uma vez nomeado o perito deverá requerer os autos para estudá-los no sentido
de verificar se ele é apto a assumir a atividade.
➢ Uma vez as partes optando por contratar assistentes técnicos, o perito deverá
contatá-los no sentido de que os autos sob sua guarda sejam disponibilizados
àqueles para apreciação.
1
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
➢ Eventuais negativas em fornecer informações deverão ser devidamente
registradas e peticionadas ao magistrado.
➢ O perito poderá contratar apoio para realizar suas atividades, no entanto qualquer
atuação que envolva diligência ou emissão do laudo deverão ser realizadas sob
sua supervisão direta.
➢ O laudo deverá ser devidamente revisado antes que o perito judicial firme o
documento.
➢ Uma vez entregue o laudo pericial o perito requererá que seus honorários sejam
arbitrados fundamentando-se no levantamento inicial e nas despesas realizadas
2
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
durante o procedimento. Os valores deverão ser repassados no âmbito judicial,
nunca diretamente com as partes.
➢ O perito deve recorrer sempre que entenda que os valores pagos não
correspondem o nível de complexidade da atividade desempenhada podendo
alegar ao magistrado, inclusive, falta de respeito com sua posição profissional.
E assim o faremos. Vale reiterar que, como são vários órgãos de classe para
várias profissões, eventualmente alguns terão situações específicas. Destarte, caso você
se interesse em comparar, notará que existe uma lógica no roteiro de atuação de todas
elas. Baseado nisso, iremos preparar o nosso próprio roteiro que é composto por:
➢ planejamento da perícia;
➢ execução da perícia;
➢ preparação do laudo; e
➢ fluxo de procedimentos.
3
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
forma, um profissional será contratado e preparará o seu planejamento, bem como
apresentará os montantes de seus honorários.
Quanto mais vezes dele for requisitado, maior será sua experiência e tudo vai se
alinhando para que a tarefa não seja apenas um “bico” e sim uma atuação profissional
de alto gabarito e “rentável”. Feitas essas considerações, vamos elencar quais são os
elementos essenciais para que o planejamento da perícia seja eficiente:
4
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
➢ O planejamento, como vimos, é um meio que permitirá o profissional perito
trabalhar de maneira organizada, aumentando a probabilidade de efetividade
durante a perícia. Contudo, ele é um meio e não um fim. Será necessário
trabalhar um plano que demonstre como o trabalho será realizado descrevendo
um cronograma que respeite o prazo contratado.
Executando a perícia
5
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Uma vez definido durante o planejamento que os argumentos do perito também
se basearão em dados quantitativos o método de coleta daquelas informações deverá
ser especificado naquele planejamento para ser replicado durante a execução.
Trata-se de um documento técnico que precisa ser produzido tal qual a importância
das expectativas dos contratantes, ou seja, que alguma dúvida complexa seja dirimida
ou que alguma prova essencial seja produzida. Desta forma, são necessários alguns
cuidados no ato de sua produção.
Vejamos:
Caso não haja uma relação complexa de elementos para ser analisado pelo perito,
seus argumentos deverão ser diretos e assertivos em torno do objeto de sua contratação.
Uma vez adotados dados oriundos de fontes já existentes, aquelas deverão ser
devidamente mencionadas no laudo pericial.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Qualquer elemento acessório ao laudo que tenha sido requerido pelo contratante
e devidamente registrado no contrato de perícia deverá ser devidamente entregue pelo
profissional juntamente com o laudo.
a. Contratação: uma vez tendo seus serviços requeridos é necessário que o perito
extrajudicial tome conhecimento do objeto da perícia.
l. Prorrogação: caso o perito entenda que o tempo disposto para concluir a atividade
não seja suficiente, antes que se dê o advento, deve preparar aditivo contratual para
estabelecer prorrogação.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
m. Disponibilização do laudo: uma vez concluídas todas as etapas anteriores, o
documento pericial deve ser firmado e devidamente entregue ao contratante juntamente
com a requisição de repasse dos honorários. Como mencionado, você poderá concluir
que o roteiro apresentado acima e as indicações deste capítulo como um todo podem
ser utilizadas tranquilamente por qualquer atividade pericial, respeitadas as devidas
peculiaridades.
Bibliografia:
ARAÚJO. S. Conceito e características do processo penal. Revista Duc In Altum –
Caderno de Direito, vol. 5, no 8, jul-dez. 2013.
Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Disponível em: Acesso em:
26/1/2017.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Olá aluno e aluna, na aula de hoje vamos falar um pouco a respeito dos aspectos
éticos na análise pericial vamos dividir esse tema em duas aulas. Bons estudos.
Atribuições dos peritos nas diversas áreas este profissional será acionado por
autoridades competentes para tal e terá sua atuação vinculada aos entes estaduais e
federais.
No âmbito federal temos uma lista das atribuições dos peritos criminais federais
produzidas pela Polícia Federal:
O que encontramos no âmbito estadual foi o Projeto de Lei PL 1.949/2007 que ainda
está tramitando na Câmara dos Deputados. Naquele instrumento, o perito criminal
recebe a nomenclatura de Perito Policial e o Art. 27 apresenta algumas atribuições.
1
ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Vejamos:
III - elaborar laudos no âmbito das suas especializações. Perito trabalhista O legislador
registrou no corpo da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que sua fonte
subsidiária seria o CPC onde fosse omissa.
Tal dispositivo está impresso no Art. 769 daquele diploma legal. Considerando
aquele dispositivo, podemos inferir que no caso do perito trabalhista as atribuições
serão parecidas, senão idênticas, às outras áreas de atuação.
Evidente que não se inclui na questão o criminal, que tem situações bem
específicas. O que haverá de novo serão as atribuições vinculadas a alguém que opera
segundo a justiça do trabalho.
• Não apresentar fragilidade nas conclusões para que o juiz consiga compreender
as abordagens.
Vejamos:
» O Art. 879 determina que em caso de cálculos complexos um perito deverá atuar.
Perito cível No caso de processos cíveis, o perito estará totalmente regrado pelo que
está disposto no CPC.
As atribuições básicas do perito cível estão enumeradas no Art. 473 do CPC uma
vez que o que se espera dele é o laudo pericial.
Vejamos:
IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo
órgão do Ministério Público.
Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo
menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
• O perito deverá assumir, imediatamente, qualquer situação controversa que
advenha de suas conclusões.
Destarte, temos alguns elementos legais que podemos destacar em torno de perícia
securitária:
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
situação é fragmentada. Os códigos de ética de cada profissão possuem institutos
que definem as atribuições de seus profissionais.
Assim, podemos concluir que além do que as profissões definem para atuação
profissional, serão atribuições dos peritos securitários aqueles já estudados no caso do
cível.
• Manter contato com o contratante para conseguir acesso aos dados da perícia.
• Sempre que necessário, vistoriar, examinar e perguntar o que for essencial para
conclusão da atividade pericial.
• Dar autenticidade às informações que prestar. Caso você tenha pesquisado algo
sobre Direito Administrativo, eventualmente já deve ter escutado alguma coisa
relacionada a Processos Administrativos Disciplinares (PADs) ou Processos
Administrativos Sancionatórios (PASs).
Devido processo legal, vamos falar dos pontos mais importantes, pois para tratá-lo
com profundidade seria necessário um material exclusivo e muito mais denso. Na
verdade, entendemos que é importante falar a respeito do ponto de vista técnico, pois
isso seria o motivo de existir de todo e qualquer princípio ético que gira em torno de
atividades judiciais e extrajudiciais.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Trata-se do princípio constitucional brasileiro com maior relevância quando
estamos tratando de direitos e deveres. O início da existência deste princípio remonta
ao ano de 1214 quando o Rei Inglês Eduardo III promulgou sua constituição.
Bibliografia
Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Disponível em: Acesso em:
26/1/2017.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
CONSELHO FEDERAL DE ADMINISTRAÇÃO. Manual de perícia do
administrador.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Olá aluno e aluna, na aula de hoje vamos dar continuidade a respeito dos aspectos
éticos na análise pericial. Bons estudos.
• O magistrado somente poderá aplicar uma sentença depois que tiver acesso a
todos os dados que viabilizarão sua tomada de decisão.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Vejamos:
• Ninguém pode ser condenado novamente por algo pelo que já tenha respondido
em juízo. Lendo os elementos desse tópico você pode pensar que a justiça é
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
No entanto, essa linha de ação impede que futuramente alguém que tenha
perdido uma causa na justiça conclua que pode se vingar de quem venceu.
Artigo 8° Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais
competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe
sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.
Artigo 10° Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e
pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir seus
direitos e deveres ou fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.
Artigo 11° Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser
presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a
lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias
necessárias à sua defesa.
11.1. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no
momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Também
não será imposta pena mais forte de que aquela que, no momento da prática, era
aplicável ao ato delituoso.
Artigo 12° Ninguém será sujeito à interferência na sua vida privada, na sua
família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Todo ser humano tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou
ataques. O objetivo do instrumento é garantir que qualquer pessoa no mundo, uma vez
sendo acusada de algum delito, tenha direito ao devido processo legal.
Art. 5° Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal;
deve ter percebido que atuar como perito possui muitas vantagens do ponto de vista
profissional. Contudo, os elementos que impõem responsabilidades em sua atuação são
igualmente relevantes.
Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o
juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo
legítimo.
Art. 158 que o CPC nos apresenta um rol mínimo de responsabilidades cíveis e
administrativas às quais o perito está sujeito em caso de conduta dolosa ou culposa em
qualquer procedimento para o qual seja contratado. O perito que, por dolo ou culpa,
prestar informações inverídicas responderá pelos prejuízos que causar à parte e ficará
inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos,
independentemente das demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o
fato ao respectivo órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis.
Lendo o artigo acima, podemos inferir que a justiça não procura pessoas sem
compromisso para auxiliá-la na condição de perito. Afinal, não apenas quando comete
erros voluntários como àqueles involuntários o perito eventualmente será sancionado.
Ainda preocupado com o tempo do processo o legislador inseriu uma possibilidade de
que o magistrado atue caso o perito venha a cometer falhas que resultem em atraso.
Note que a falha será relatada ao Conselho do profissional conforme Art. 468:
II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi
assinado.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
[...] Aqui está o precedente legal para que o perito seja sancionado do ponto de
vista criminal também.
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha,
perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo,
inquérito policial, ou em juízo arbitral: (Redação dada pela Lei no 10.268, de
28.8.2001) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela
Lei no 12.850, de 2013).
2° O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu
o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade. (Redação dada pela Lei no 10.268,
de 28.8.2001) Os doutrinadores das disciplinas de direito penal não consideram que o
previsto no Art. 342 do Código Penal seja aplicável a quem cometeu delito culposo.
Isso quer dizer que para aqueles estudiosos se o perito cometer um erro não intencional
não estaria sujeito àquelas penalidades.
Por fim, e não menos importante, a conjunção do entendimento dos Arts. 158 e
468 do CPC nos dá a compreensão de que o perito poderá ficar impedido de atuar por
até 05 anos em tribunais. Note que isso não considera outras penalidades que o órgão
responsável por fiscalizar sua profissão venha a aplicar.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Bibliografia
Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Disponível em: Acesso em:
26/1/2017.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
No decorrer das nossas aulas nós aprendemos diversos conceitos sobre perito
judicial, extrajudicial, sua formação e área de atuação. Não nos limitamos meramente
a descobrir elementos simples, mas tivemos a oportunidade de verificar informações
relevantes para construir o conhecimento que nos permitirá de fato saber como se dá a
atuação pericial.
Considerando o que faz um perito judicial, qual deve ser seu nível de
compreensão da ação judicial? O perito precisa de uma formação específica? Por quê?
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Olá aluno e aluna, na aula de hoje vamos falar um pouco a respeito dos modelos
de laudos e petições. Bons estudos.
Trata-se de uma peça de alta complexidade que será utilizada em conjunto com
outras provas para apoiar as decisões do magistrado e dirimir as dúvidas que suscitaram
sua nomeação. De antemão já temos a convicção de que a opinião de um perito não é
absoluta. Seu trabalho é se apropriar de dúvidas constantes em controvérsias e utilizar
de seu conhecimento técnico para saná-las.
Desta forma, nem o laudo nem o parecer irão vincular as pessoas que o
demandaram às informações e definições presentes neles. Isso permite que o
magistrado entenda de maneira diferente ao laudo, ainda que sob o risco de eventuais
recursos em instâncias superiores.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Vejamos:
Modelos de laudo Falar de modelo no plural como está no título deste tópico é
complexo porque, se formos procurar na rede mundial de computadores,
encontraremos uma infinidade de modelos interessantes.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Modelos de petição
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Quando falamos sobre o devido processo legal, dissemos que a pessoa tem
direito total à defesa. A CF chama isso de ampla defesa. Inerente a isso, a CF dá à
pessoa o direito de contradizer o que a ele é imputado.
Nós já falamos como se dá a atuação deste ator, então não vamos adentrar muito
na discussão. Apenas para ampliar o conhecimento, veja que no Art. 361 do CPC o
assistente poderá ser ouvido na condição de produtor de prova oral:
Contudo, até para servir como uma síntese veja abaixo um breve roteiro:
• Concluso o parecer técnico e debatidos os elementos pelo juiz, não restando mais
esclarecimentos a atuação do perito, se encerra as atividades deste Como
mencionado, esse roteiro demonstra o momento em que a atividade do perito
tem início e o momento em que ele se iniciar.
Vale reforçar a importância do contexto do trabalho, que não se limitará apenas aos
passos apresentados.
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
O perito tem uma série de direitos previstos em lei. Sobre um deles nós já
debatemos quando falamos sobre os honorários. Afinal, não se trabalha de graça em
processos complexos. Um dos outros direitos que o perito tem nós vamos discutir
agora.
Aceitação de perícias
Vamos ser bem sintéticos aqui porque já tratamos o assunto, inclusive no tópico
anterior e seu entendimento é simples: uma vez nomeado pelo juiz (judicial) ou
contratado pelas partes (extrajudicial), o perito analisará a demanda e decidirá por sua
aceitação.
Desistência de perícias
Apesar de já termos visto esse dispositivo, vamos relembrar o que nos diz o Art.
157 e o Art. 467:
Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o
juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo
legítimo.
Já vimos neste material como o perito deve se dirigir ao juízo que lhe nomeou
no sentido de requerer a escusa de participar no procedimento pericial. Os moldes são
aqueles, sendo que o que poderá ser modificado é o motivo.
Separamos o tópico apenas por uma questão de acompanhamento lógico por sua
parte. Em procedimentos extrajudiciais, o perito poderá desistir de realizar um
procedimento tal qual em processos judiciais.
Veja que, via de regra, não é necessário formalizar uma renúncia e do ponto de
vista contratual ela poderia ocorrer antes de iniciar os trabalhos ou durante eles, uma
vez previstos no contrato.
No decorrer desse módulo você não apenas teve contato com conceitos
importantes relativos à atuação do perito judicial e extrajudicial como, também, teve a
oportunidade de internalizar mais exatamente o que vem a ser um profissional dessa
área. Em sua opinião, o aspecto ético na atuação de um perito é mais fortemente
vinculado à qual momento da atividade? Por quê? Como deve ser tratado o
contraditório por um profissional perito?
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ATUAÇÃO E ANÁLISE PERICIAL
Bibliografia
Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Disponível em: Acesso em:
26/1/2017.
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PERÍCIA CRIMINAL
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PERÍCIA CRIMINAL
• VI - Os Tribunais do Trabalho;
• VII- Os Tribunais e Juízes Eleitorais;
• VIII - Os Tribunais e Juízes Militares;
• IX - Os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
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PERÍCIA CRIMINAL
• I - Polícia federal;
• II - Polícia rodoviária federal;
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PERÍCIA CRIMINAL
§1° A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, estruturado em
carreira, destina-se a:
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PERÍCIA CRIMINAL
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PERÍCIA CRIMINAL
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PERÍCIA CRIMINAL
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PERÍCIA CRIMINAL
Justiça criminal
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PERÍCIA CRIMINAL
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PERÍCIA CRIMINAL
Nesse momento, uma confissão atenua a pena, uma vez que revela
arrependimento. Em virtude disso, o juiz deve advertir preliminarmente de que o
“silêncio do réu poderá resultar em prejuízo de sua própria defesa”, contudo, o réu
possui o direito de manter-se em silêncio para “não se incriminar” (AMORIM;
BURGOS; de LIMA, 2001).
No Brasil existe o sistema de “prisão especial” que separa, por exemplo, pessoas
portadoras de instrução superior de “presos comuns” (AMORIM; BURGOS; de LIMA,
2001).
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PERÍCIA CRIMINAL
• Regime fechado: por lei deve ser cumprido em celas individuais. Durante o dia
o prisioneiro deve trabalhar e durante a noite deve ficar em isolamento.
Caso a pena seja superior a oito anos, seu cumprimento inicia-se em regime
fechado. Penas maiores de quatro anos e inferiores a oito anos, iniciam-se em regime
aberto, e penas menores de quatro anos, iniciam-se em regime aberto (no caso de réu
primário). O cumprimento da pena deve ser progressivo, o que significa que o juiz da
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PERÍCIA CRIMINAL
execução define a pena inicial e sua progressão acontece com o tempo e de acordo com
o comportamento do preso, dependendo de pareceres internos que avaliam
comportamento e recuperação do preso. A pena muda de um regime para outro quando
cumprido pelo menos um sexto da pena no regime anterior.
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PERÍCIA CRIMINAL
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PERÍCIA CRIMINAL
Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam
determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria,
o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o
mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador
de avarias.
Na seção II deste mesmo capítulo, Lei (art. 156 a 158) é apresentada os aspectos
legais específicos do perito, profissional que presta assistência ao juiz nos casos em
que a prova depende de conhecimento técnico ou científico. Esse profissional deve
cumprir seu ofício fazendo uso de toda sua diligência, durante o prazo designado pelo
juiz. Tal dever somente pode ser escusado com apresentação de motivo legítimo.
Quando por dolo ou culpa, o perito prestar informações inverídicas, responderá pelos
prejuízos causados, além de ficar inabilitado para realizar outras perícias no período de
2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das sanções previstas na lei.
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PERÍCIA CRIMINAL
Pode o juiz autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos honorários
arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, no entanto, o valor remanescente
somente será pago após entrega de laudo e prestação de todos os esclarecimentos
necessários. Ainda neste artigo, nos parágrafos 5° e 6°, sobre perícias inconclusivas e
realização por cartas:
Nos parágrafos 1°, 2°e 3°deste artigo são esclarecidos os procedimentos para
substituição pericial. No caso do inciso II, ao juiz cabe comunicar a ocorrência à
corporação profissional respectiva, impor multa ao perito (considerando o valor da
causa e possíveis prejuízos causados pelo atraso no processo). O perito substituído
deverá restituir os valores recebidos pelo trabalho não realizado (no prazo de 15 dias),
sob pena de ficar impedido de atuar como perito judicial por cinco anos.
E, de acordo com o parágrafo 3°, não havendo restituição voluntária, a parte que
tiver realizado o adiantamento dos honorários poderá realizar execução contra o perito,
fundamentada na decisão que determinar a devolução do valor.
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PERÍCIA CRIMINAL
As partes poderão (de comum acordo), conforme art. 471, escolher o perito,
realizando a indicação mediante requerimento, desde que sejam capazes e seja possível
resolver a causa por autocomposição. Nos parágrafos deste artigo são apresentados os
procedimentos para continuidade do processo com perícia consensual:
§ 3° A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada por
perito nomeado pelo juiz.
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PERÍCIA CRIMINAL
De acordo com o artigo 472 ao juiz existe a possibilidade de dispensar prova pericial
quando as partes apresentarem pareceres técnicos ou documentos que possibilitem a
elucidação.
Art. 474. As partes terão ciência da data e do local designados pelo juiz ou
indicados pelo perito para ter início a produção da prova.
Art. 475. Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, o juiz poderá nomear mais de um perito, e a parte, indicar
mais de um assistente técnico.
Art. 476. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro
do prazo, o juiz poderá conceder-lhe, por uma vez, prorrogação pela metade do prazo
originalmente fixado.
Conforme o artigo 477, o perito deverá protocolar o laudo em juízo (no prazo
fixado pelo juiz), com uma antecedência de pelo menos 20 (vinte) dias da audiência de
instrução e julgamento. As partes serão intimadas, para caso tenham a intenção,
manifestar-se a respeito do laudo do perito, no prazo de quinze dias, e o assistente
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PERÍCIA CRIMINAL
técnico das partes deverá apresentar seu parecer dentro do mesmo prazo. O perito terá
o dever de esclarecer, dentro do prazo de quinze dias: possíveis divergências ou
dúvidas que as partes, o juiz ou o Ministério Público apresentarem e divergências
existentes no parecer do assistente técnico da parte.
O juiz autorizará a remessa dos autos e do material sujeito a exame aos diretores.
Havendo a hipótese de gratuidade de justiça, os prazos deverão ser cumpridos de
acordo com a determinação judicial.
§ 1°A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre os quais recaiu a
primeira e destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão dos resultados a que
esta conduziu.
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PERÍCIA CRIMINAL
Já na seção XI, Da Inspeção Judicial, o art. 482 diz que o juiz pode ser assistido
por um ou mais peritos quando realizar a inspeção. E no Capítulo XIV, da Liquidação
de Sentença,
FLUXOGRAMA DO CPC
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A análise perceptiva é aplicada para definir a qualidade vocal, pois esta é, por
natureza, perceptual. Por esses motivos, as áreas clínicas valorizam as medidas
perceptivas mais que as instrumentais. A avaliação forense da qualidade vocal deve
necessariamente priorizar a análise perceptivo-auditiva.
• Não devem ser afetados por intervalos de tempo prolongados entre as gravações.
• Histórico da ocorrência.
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Trabalho e carreira
Papiloscopia forense
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Quando esses quatro tipos de impressão digital são classificados para o dedo
polegar, utilizam-se as letras A, I, E, e V, respectivamente. Já para os demais dedos
utilizam-se os números de 1 a 4. A classificação alfanumérica é empregada para
facilitar o arquivamento e pesquisa de arquivos datiloscópicos (SENNA, 2014).
• Imagem de orientação.
• Linhas de fluxo de crista.
• Pontos singulares.
• Análise dos filtros de Gabor.
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PERÍCIA CRIMINAL
Apesar disso, estas são mais robustas se comparadas aos pontos singulares.
Geralmente são representadas como conjunto de curvas paralelas sobre as linhas de
crista, e estas curvas nem sempre são coincidentes com as cristas e vales das impressões
digitais, contudo, exibem a mesma orientação local.
Em alguns casos, após detecção das linhas de crista, são feitas análises de suas
formas e extração de uma ou mais curvas representativas, que não necessariamente
correspondem a uma linha de crista. Essas são nomeadas pseudocristas ou trações de
fluxo de linhas.
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PERÍCIA CRIMINAL
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Essa entidade foi primariamente descrita por Klein em 1821. Essa afecção pode
também ser conhecida com os nomes de megalodactilia, gigantismo localizado,
macrodistrofia lipomatosa, macrodactilia fibrolipomatosa.
Forma progressiva - O dedo afetado pode não estar tão alargado durante o
nascimento e vir a deformar-se com o crescimento. Nesses casos o sobrecrescimento
leva a desvios angulares do dedo afetado clinodactilia.
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Esta alteração pode ser de vários tipos, como a polidactilia sindrômica que
acontece em pessoas com determinadas síndromes genéticas, e a polidactilia isolada
que é quando ocorre alteração genética relacionada apenas ao surgimento de dedos
extras. A polidactilia isolada pode ser classificada como pré-axial, central ou pós-axial.
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➢ Jaleco.
➢ Máscara.
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➢ Planilhas datiloscópicas.
➢ Placas de entintamento.
➢ Prancheta acanalada.
➢ Prancheta plana.
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➢ Estopa ou algodão;
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➢ Papel toalha.
➢ Álcool 70%.
➢ Água corrente.
➢ Toalhas descartáveis.
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Deve examinar toda evidência visual com luz laser ou outra fonte luminosa antes
de fazer uso de qualquer outro procedimento de identificação latente.
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A tinta deve atingir a área inferior à prega interfalangiana, uma vez que, assim,
obtém-se maior campo digital e melhores possibilidades de confrontos futuros. O
segundo método faz uso de um sistema eletrônico de geração de dados, que transforma
os aspectos físicos extraídos em um molde (Template), ou seja, transforma em um
conjunto de características. Esse método é muito mais eficiente que o anterior
(COSTA, 2001).
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PERÍCIA CRIMINAL
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PERÍCIA CRIMINAL
Caro aluno e aluna, sabemos que a papiloscopia é a ciência forense que trata da
identificação humana por meio das papilas dérmicas. Porém temos algumas síndromes
que dificultam esse procedimento. Citem e expliquem pelo menos duas síndromes
que impossibilitem ou dificultem a identificação humana pela papiloscopia.
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PERÍCIA CRIMINAL
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Para Wells (2005), a fraude pode ser compreendida pela expressão “Árvore da
Fraude” ou “Triângulo da Fraude”, que é dividido em três áreas:
1. Corrupção;
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PERÍCIA CRIMINAL
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PERÍCIA CRIMINAL
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PERÍCIA CRIMINAL
Há registros que mostram que uma entre quatro meninas e um entre seis meninos
serão vítimas de abuso sexual ou estupro antes dos 18 anos de idade. Na média, a cada
10 casos, em pelo menos 7 o agressor é conhecido da vítima. Cerca de 61% dos casos
de estupro não são denunciados à polícia, e dentre os 39% reportados, somente em
16,3% dos casos existe a chance de o agressor confessar o crime.
Outras áreas de atuação do enfermeiro forense que podem ser destacadas são:
educação preventiva, educação de reabilitação em serviços de emergência, unidade de
terapia intensiva pediátricas, escolas, saúde comunitária, psiquiatria, penitenciárias,
manicômios judiciários etc. Mas para atuar nessas áreas é necessário passar por
treinamentos específicos (SILVA; SILVA, 2009).
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PERÍCIA CRIMINAL
A vítima deverá ser entrevistada sozinha para não acontecer nenhum empecilho.
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PERÍCIA CRIMINAL
Outras perícias
Psicologia forense
princípio de responsabilidade criminal que tem relação com o estado mental de uma
pessoa, ou seja, quando um indivíduo comete um crime ou ato ilegal com intenção de
realizá-lo (HUSS, 2011).
A escala possui manual com critérios para a pontuação de psicopatia, roteiro para
entrevistas e informações e protocolo de pontuação. A relevância desse instrumento
vai ao encontro das expectativas referentes à administração penitenciária. Em São
Paulo, por exemplo, a Secretaria de Administração Penitenciária emprega-o como
instrumento para separação de condenados por tipo de delito e, com isso, possibilita a
retirada de psicopatas do convívio com outros criminosos.
Além disso, essas avaliações são propícias para diferenciar traumas ou síncopes
psicológicas verdadeiras das simuladas, pois as verdadeiras desordens mentais graves
podem levar o indivíduo a cometer involuntariamente algum delito grave. Por essa
razão é importante que o psicólogo tenha conhecimento a respeito da vida do acusado
(FREITAS, 2011)
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PERÍCIA CRIMINAL
Conteúdo extra
Perícia em engenharia
Presentes no edital com quatro formações distintas, para o ingresso nessa carreira
específica é necessário diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de
graduação de nível superior em uma dessas áreas: Engenharia Civil, Engenharia
Mecânica, Engenharia Elétrica ou Engenharia Eletrônica, fornecido por instituição de
ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), e registro
profissional equivalente ativo.
Engenharia civil
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PERÍCIA CRIMINAL
Engenharia mecânica
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PERÍCIA CRIMINAL
Em outros países dos Estados Unidos, a situação não é exceção. Por exemplo,
no Brasil, a eletrônica em determinados cursos corresponde à maior parte do conteúdo
abordado no curso de engenharia elétrica. Portanto, não há diferença entre engenharia
elétrica e engenharia eletrônica e são consideradas um curso comum.
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PERÍCIA CRIMINAL
Perícias externas
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PERÍCIA CRIMINAL
Aporte da engenharia
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Caro aluno e aluna, nesta aula iremos abordar um pouco sobre a introdução da
química forense e os tipos de cenários. Bons estudos.
Introdução
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Estes aspectos têm exigido avanços exponenciais nas tecnologias forenses, a fim
de subjugar a capacidade dos criminosos de eliminarem pistas. Este volume tem a
pretensão de apresentar ao leitor algumas das técnicas disponíveis nas áreas da física
e, principalmente, da química forense. Deseja-se que ao final da leitura você possa
compreender um pouco sobre a coleta e preservação de amostras, bem como os tipos
de análises aplicáveis, limitações e os resultados que podem ser obtidos.
É claro que em uma edição compacta como esta, apenas uma pequena introdução
pode ser realizada. Mas esperamos que possa servir de estímulo para a continuidade
nos estudos desta tão relevante área de atuação profissional.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
(executor e/ou vítimas) mudam se reflete na cena a ser estudada. Em alguns casos a
cena pode ser menos complexa. Em outros, muito complexa.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Como já foi dito, algumas evidências são absolutamente visíveis (sangue, arma
do crime, drogas, veículos acidentados). Contudo, particularmente em crimes
premeditados, muitas evidências são sutis ou apenas residuais (resíduos de explosivos,
solventes e combustíveis voláteis, resíduos de sangue, pele, fios de cabelo e pelos e
fibras têxteis), decorrentes de uma tentativa de eliminação de provas. Estes casos
exigem um trabalho muito mais minucioso e uma visão mais atenciosa por parte do
perito.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Quantas destas serão dos envolvidos no crime e quantas serão aqueles não
envolvidos no fato. Nestas situações, a investigação pode se tornar absurdamente
complexa e, eventualmente, as evidências geradas poderão ser contestadas em função
da contaminação das amostras. E estamos apenas considerando a contaminação ou
alteração não intencional da cena.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Caro aluno e aluna, nesta aula vamos falar de alguns pontos relevantes na
química forense, vamos dividir esse tema em algumas aulas. Bons estudos
da cena de um crime pode ser enquadrada como fraude processual, descrita no art. 347
do Código Penal, instituído pelo Decreto-Lei n°2.848, de 7 de dezembro de 1940, que
dita: “Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o
estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito”.
A pena para este crime é de detenção de três meses a dois anos, e multa. O
parágrafo único deste mesmo artigo descreve o seguinte agravante: “Se a inovação se
destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as penas aplicam-
se em dobro” (BRASIL, 1940).
Com o foco na investigação da cena por parte dos peritos, independente da área
de atuação, os protocolos indicam a necessidade de registro, por parte do perito, da
constatação de qualquer evidência de alteração na cena do fato, bem como sua
avaliação do impacto que estas alterações podem ter sobre o conteúdo amostral e a
investigação. No documento contendo os procedimentos operacionais padrão para as
perícias criminais federais, Procedimento Operacional Padrão (POP) 4.1 – Local de
Crime, item 5.1 Preservação e isolamento do local, indica-se que todas as alterações
realizadas no local do crime entre o momento da execução deste e o início da perícia,
deve ser relatados aos peritos para inclusão no laudo pericial (BRASIL, 2013). Ainda,
no CPP (BRASIL, 1941), em seu art. 169, alterado pela Lei n°5.970, de 11 de dezembro
de 1973, parágrafo único, incluído pela Lei n°8.862, de 28 de março de 1994, lê-se:
Ocultação de provas
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
São fotografados todos os vestígios possíveis na cena, sob orientação dos demais
peritos. O registro fotográfico é incorporado aos respectivos lados forenses,
dependendo do ramo ao qual a amostra é destinada (medicina, antropologia,
odontologia, balística, química, física).
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Alguns testes precisam ser realizados no próprio local (in loco), devido às
condições de ensaio ou características da amostra. Um exemplo é a identificação de
resíduos não coletáveis de sangue (após uma tentativa de limpeza, por exemplo).
Materiais como tecidos, madeira e alvenarias ficam impregnados com resíduos de
sangue, mesmo após lavagem. Nestes casos, emprega-se o teste com luminol na própria
cena do crime.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Caro aluno e aluna, nesta aula vamos dar continuidade ao tema a falar a respeito
de mais alguns pontos relevantes na química forense. Bons estudos
Coleta de vestígios
Assim sendo, três tipos de formas de coletas são mais comuns: sacos, tubos e
swab. Os sacos para amostras são destinados a amostras sólidas e de tamanhos maiores.
Podem ser de papel ou plástico, sendo os de plástico os mais indicados pela maior
estabilidade.
Já para uma ampla gama de amostras, os tubos plásticos (ou de vidro em caso de
materiais que interajam com o plástico, como solventes) são a alternativa mais segura.
Podem ser de vários tipos e formas, mas de maneira geral devem possibilitar boa
selagem, a fim de evitar perdas por evaporação e derramamento de amostras líquidas.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Enfim, vários tipos de amostras que, uma vez aderidas ao algodão, são
armazenadas e enviadas ao laboratório para análise. O método em si é bastante simples,
e consiste em esfregar o algodão sobre a superfície contendo o vestígio. Para evitar o
contato do algodão com outros materiais durante o transporte e armazenamento, deve
ser colocado em um recipiente comumente denominado ‘porta SWAB’. Um SWAB,
com e sem porta SWAB, é um exemplo de procedimento de coleta com o mesmo.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
A maioria das amostras recolhidas das cenas de crimes e acidentes não requer
um cuidado extremo para que se mantenha preservada. O que determina se uma
amostra exigirá maior ou menor cuidado com a preservação é a sua degradabilidade.
Para a física forense, o relato dos tipos de traumas sofridos pelas vítimas pode
auxiliar na compreensão da cinemática de um acidente automobilístico ou de uma
queda. Já para a química forense, amostras de conteúdo gastrointestinais e fluidos
(como sangue e urina, por exemplo) são extraídos na etapa de necropsia e
encaminhados ao laboratório de química para realização de análises toxicológicas
Laudo pericial
O laudo pericial é o documento formal que reúne as conclusões acerca dos testes
realizados nas amostras coletadas na cena ou durante a necropsia. Deve ser emitido por
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Cada área das ciências forenses apresenta suas peculiaridades, o que se reflete
na estrutura e conteúdo do laudo emitido. Particularmente nos casos da física e da
química forenses, o fato de que muitos instrumentos e metodologias analíticas são
aplicados exige um relato bastante completo.
• Ementa: contendo informações básicas como data e local, órgão pericial, tipo de
laudo, tipo de amostra e nomes dos responsáveis, dentre outros.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Olá aluno e aluna na aula de hoje vamos ver alguns tipos de acidentes com
materiais radioativos. Bons estudos.
Introdução
As radiações estão presentes no nosso dia a dia. De uma forma ampla, sob a
visão da física, radiação eletromagnética é um termo que se refere aos fótons (partículas
semelhantes aos elétrons) se propagando no meio segundo uma função de onda. Em
uma visão mais simples, as radiações eletromagnéticas são diferentes tipos de luz.
Algumas visíveis e outras não.
Estas radiações são comumente referidas como radiações ionizantes, pois podem
induzir a formação de radicais livres ou ionizar efetivamente materiais.
Pois bem, se existem radiações que podem causar danos significativos aos seres
vivos, torna-se relevante monitorá-las e averiguar acidentes que ocorram com as
mesmas. Contudo, precisamos ainda compreender um pouco sobre as fontes de tais
radiações. As radiações ultravioletas podem ser encontradas com alguma abundância
na luz do sol, razão pela qual devemos evitar a exposição nos horários em que está
muito abundante. Mas isto não chega a ser um caso para a física forense. Além desta
fonte, as demais são lâmpadas, como aquelas das câmaras de bronzeamento artificial.
Isto quer dizer que a exposição pode ser controlada, mas em doses muito elevadas pode
levar queimaduras sérias e que pode até mesmo à morte.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Olá aluno e aluna na aula de hoje vamos ver alguns tipos de acidentes
automobilísticos de interesse para perícia criminal. Bons estudos.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Os países de baixa e média renda, que detém apenas a metade da frota veicular
mundial, concentram em torno de 90% dos óbitos decorrentes de acidentes de trânsito;
No mundo todo, metade das vítimas fatais de acidentes de trânsito são pedestres,
ciclistas e motociclistas;
Segundo dados apresentados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) para o ano de
2016, dentre as principais causas de acidentes de trânsito com óbitos estão (METRO,
2017):
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
• Sono (6,7%).
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
• O veículo trafega até sua total imobilização ou não (colide com outros obstáculos
ou não).
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Olá aluno e aluna na aula de hoje vamos começar a falar sobre os laboratórios e
métodos de análises químicas. Bons estudos.
Por fim, há toda a questão do sigilo para com os resultados, para que a
investigação não seja comprometida. Dada a diferença no nível de responsabilidade no
trato com as amostras e a grande variedade de amostras a serem identificadas, o
laboratório de química forense não é diferente de um outro laboratório analítico.
Isto sem falar no custo operacional, ou seja, manter um químico com capacitação
para operar tal equipamento e o custo para manter o equipamento operando (insumos,
manutenção, gases, reagentes, solventes). Todos estes são fatores que limitam de forma
real os institutos forenses, geralmente com disponibilidade de verbas muito limitada.
Quando o perito conclui que uma determinada metodologia instrumental será
necessária, mas não está disponível em seu laboratório, laboratórios de outros estados
ou da Polícia Federal poderão ser consultados e vir a prestar o serviço.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Luminol
Relato de caso
Dias após o corpo ter sido encontrado, os peritos então se dirigiram à residência
do suspeito e observaram que o quarto localizado na porção anterior direita do imóvel
tinha sido recentemente pintado com tinta vermelha. Primeiramente foi realizada uma
varredura no quarto utilizando luz forense, sendo detectadas algumas manchas nas
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
paredes do quarto. Nestes locais foram removidas partes da tinta e aplicado o luminol
16A misturado na ocasião dos exames ao Luminol B seguindo a proporção determinada
pelo fabricante.
Então, os peritos com o uso de uma espátula metálica rasparam algumas áreas
da parede retirando a camada de tinta vermelha e deixando exposta a tinta antiga de
cor branca.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
A tinta esmaltada e a tinta spray podem dar falso positivo, mas não foi esse tipo
de tinta usada para pintar o quarto. Apesar de o caso analisado estar envolvido com
tinta, não ocorreu um falso-positivo, pois como se pode observar, não foi toda a parede
que mostrou a quimiluminescência, mas apenas em uma região específica.
A área onde foi aplicado o luminol serviu como um controle pois não ocorreu
reação onde não havia mancha de sangue. Se houvesse interferência haveria um padrão
de distribuição espacial de emissão por toda a parede, fato que não aconteceu.
A cor branca azulada quando reage com sangue permanece evidente por um
maior período, intensidade e mantém um brilho constante, além disso, deve-se observar
o formato da mancha de sangue que normalmente aparece na forma de respingos, gotas,
arrastamento ou impressões de sapatos. Pode ocorrer má interpretação devido a
avaliação subjetiva, informal e não quantitativa.
Não está claro como certas variáveis, como tipo de pintura, limpeza, padrão da
mancha, textura da parede e o tempo podem afetar o sucesso desta técnica. Portanto,
novas pesquisas na área são importantes no caso analisado o sangue só foi identificado
após a retirada da tinta, sugerindo que o luminol não consegue penetrar uma
camada de tinta.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Esta iniciativa tem origem no ano de 1997, com alterações no Código de Trânsito
Brasileiro, seguida pela instituição da Lei Seca (Lei n° 11.705/2008) em 2008,
atualizada pela Lei n°12.760 de 2012, pela Lei n°13.281 de 2016 e, mais recentemente,
pela Lei n°13.546, de 19 de dezembro de 2017, que passou a vigorar a partir 19 de
dezembro de 2018 (BRASIL, 2017). Nesta última revisão da chamada ‘Lei Seca’, não
há tolerância para a presença de álcool na corrente sanguínea.
Mas, para que todo este aparato legal seja factível, bons equipamentos de
detecção em campo devem estar disponíveis, visto que o teor alcoólico no sangue
diminui em função do tempo. Então, o teste de teor alcoólico deve ser realizado ainda
em campo a fim de determinar este parâmetro no momento da abordagem. O álcool,
uma vez ingerido, incorporado à corrente sanguínea que imprime seus efeitos sobre o
sistema nervoso central. Contudo, é gradualmente excretado por três vias principais:
metabolização, principalmente pelo fígado; excreção pelo sistema urinário, e
eliminação nos pulmões pelo ar alveolar (BRAATHEN, 1997).
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Olá aluno e aluna na aula de hoje vamos começar a falar sobre a balística forense,
abordando seus pontos principais. Bons estudos.
Introdução à balística
A balística corresponde à uma área das ciências forenses que estuda as armas de
fogo, as munições, o comportamento e os efeitos de um projétil em alvos, sempre que
um crime tenha sido cometido com disparos desse tipo de armas.
É uma área de extremo interesse nas ciências forenses, visto que principalmente
os grupos criminosos organizados têm se armado com cada vez maior capacidade de
fogo, tornando as cenas de crimes por eles praticados cenários perfeitos para estudos
balísticos.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
“Arma que arremessa projéteis empregando a força expansiva dos gases gerados
pela combustão de um propelente confinado em uma câmara que, normalmente, está
solidária a um cano que tem a função de propiciar continuidade à combustão do
propelente, além de direção e estabilidade ao projétil’.
As armas de fogo podem ser de cano longo (espingardas, carabinas, rifles, fuzis)
ou de cano curto (pistolas, revólveres). Além disto, com relação ao mecanismo de
disparo, podem ser por ação de ferrolho, semiautomáticas e automáticas. Ainda, uma
classificação importante para o âmbito forense, o cano pode ser de alma lisa ou raiada.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Contudo, ao contrário das armas com canos lisos, as de cano raiado imprimem
no projétil as marcas da ranhura, que poderão ser empregadas na identificação da arma
responsável por um disparo.
É importante salientar que, muito embora a ranhura de uma arma seja uma
característica de produção, em função das condições de uso, conservação, manutenção
e tipo de munição, estas marcas tendem a se tornar únicas. É como se fosse uma
‘impressão digital’ dos disparos daquela arma, este é um exame muito empregado na
identificação de uma arma responsável por um disparo, como mostraremos mais
adiante.
As munições devem ser de calibre compatível com o da arma, ou seja, cada arma
tem a munição para a qual foi concebida. Existem diferentes formas de definir o calibre
de uma arma, mas três são as principais. Numa destas formas o diâmetro externo do
projétil, que determina o calibre, é expresso em milímetros (mm) (9 mm; 7,62mm;
5,56mm). Em uma segunda maneira, o calibre é expresso em frações de polegadas
(0,38 polegadas; 0,40 polegadas; 0,50 polegadas). Estas duas formas são as mais
comuns de se expressar os calibres de armas de canos raiados. Na terceira forma, o
calibre é expresso em fração de massa de chumbo equivalente a uma libra (453,6
gramas).
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
É de fácil compreensão o fato de que quanto maior for à energia do projétil maior
serão os danos causados em um alvo. Como já informado anteriormente, outros fatores
também determinarão a extensão dos danos, e devem ser levados em consideração no
momento da avaliação pericial.
Uma vez executado o disparo da arma de fogo, muitos registros serão impressos
por esta tanto no estojo quanto no projétil. Quando o projétil atinge o alvo ou alguma
superfície no entorno ele é recolhido para avaliação pericial. Contudo, é de extrema
importância que se tenha cuidado no momento da remoção deste projétil do material
no qual está inserido. Se for de cadáver, o médico legista deverá executar a remoção e
limpeza cuidadosa com posterior embalagem e envio para o exame balístico. Se for
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Mas antes de criarmos a falsa ideia de que o fato de se haver encontrado projéteis
e/ou estojos de munições empregadas em ações criminosas por si só solucionar um
caso, é importante destacar que todos os testes balísticos com estes vestígios são
comparativos. Quer dizer que é necessário dispor da arma suspeita de ter realizado os
disparos.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Caro aluno e aluna, vamos fazer uma atividade. Faça uma pesquisa, pode ser na
internet. Analise a imagem abaixo e em seguida preencha com o nome correto as linhas
que estão marcadas.
(A)_________________________________________________________________
(B)_________________________________________________________________
(C) _________________________________________________________________
(D) _________________________________________________________________
(E) _________________________________________________________________
(F) _________________________________________________________________
(G) _________________________________________________________________
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
São equipamentos muito caros e de custo operacional muito elevado, o que torna
as análises bastante caras. Contudo, quando detalhes muito sutis da amostra necessitam
ser observados, estes são os microscópios indicados. Ainda, por produzirem imagens a
partir de feixes de elétrons de alta energia (15keV ou mais), as amostras precisam ser
condutoras de eletricidade ou serem metalizadas a fim de conduzirem.
A partir deste ponto, o perito deverá escolher o método analítico que considera
mais apropriado para a caracterização deste pó, dentre o rol de opções apresentadas no
capítulo anterior. Quando se cogita a possibilidade de que o pó se trate de substância
ilícita (droga), alguns testes podem ser realizados ainda em campo ou no laboratório,
conforme segue.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Neste teste, uma pequena quantidade de amostra (em torno de 10 mg) é colocada
em placa ou tubo e tratada com 1 ml de solução etanólica de hidróxido de sódio a 5 %.
Na presença de canabidiol, uma coloração vermelho-violácea será observada.
Outra reação possível para esta identificação é em meio ácido. Para tal, reage-se
a igual quantidade de amostra com 1 ml de solução etanólica de ácido clorídrico a 5.
Neste caso, a coloração observada é vermelha.
O teste que será apresentado pode ser realizado com amostras de cocaína e crack.
No caso de amostras solubilizadas em bebidas alcoólicas, evaporar uma quantidade do
líquido para concentrar o pó. Para a identificação colorimétrica de cocaína e crack
emprega-se o teste ou reação de Reichard. Nesta reação, adiciona-se uma mistura
previamente preparada de 2 mg de b-naftol com 0,5 mL de hidróxido de sódio 40 %
sobre uma pequena quantidade de amostra (em torno de 10 mg), depositada em placa
ou tubo. No caso de se tratar de uma amostra de cocaína ou crack, ou conter estas
substâncias, uma coloração azul intensa ocorrerá, indicando resultado positivo.
Igualmente ao teste para maconha, trata-se de um teste presuntivo que deve ser
confirmado por metodologia apropriada em laboratório.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Para executar o teste, coloca-se uma pequena quantidade de amostra (em torno
de 10 mg) em uma placa ou tubo, e adiciona-se 2 gotas do reagente de Ehrlich. O
resultado positivo no teste de Ehrlich é indicado pelo surgimento de coloração violeta.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
substrato contendo a amostra com solução aquosa de rodizonato de sódio a 0,1 % recém
preparada. O surgimento de manchas rosadas indica a presença de chumbo.
Quem de nós nunca quebrou ou presenciou algum tipo de vidro sendo quebrado?
Mesmo que uma cena de crime tenha sido alterada a fim de eliminar vestígios,
estes pequenos fragmentos podem dar indicativos de que objetos de vidro foram
quebrados durante a execução do crime, como luta corporal, golpes com objetos de
vidro. Mas para entender os mecanismos de identificação de diferentes tipos de vidros,
precisamos relembrar um pouco sobre sua composição.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
O vidro é uma solução sólida amorfa sem estrutura cristalina e que apresenta
elevada dureza. Normalmente é um material muito frágil, quebrando-se por impacto
ou flexão. Os principais componentes são a sílica que é o óxido de silício, a alumina
chamada de óxido de alumínio, a soda barrilha chamada de carbonato de sódio e
carbonato de cálcio.
Análise de plásticos
Análise de fibras
Dentre as fibras naturais podem ser destacadas: lã, algodão, sisal, pelos, cabelos,
celulose e fibras minerais. Já as sintéticas incluem todos os tipos de fibras derivadas de
polímeros e as fibras de vidro. Nas ciências forenses as fibras têxteis têm destacado
interesse, visto que fragmentos de fibras das roupas de um suspeito são comumente
encontradas nas cenas de crimes.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Mas é importante destacar que estas mesmas técnicas podem ser aplicadas a
fibras de origem natural, obtendo-se resultados igualmente satisfatórios. Contudo,
segundo Farias (2008), as técnicas de microscopia são de fundamental importância na
avaliação e comparação de amostras de fibras.
fragmentos é muito comum que se consigam boas amostras, que podem ser
transportadas nos próprios fragmentos até o laboratório.
Até mesmo os pulmões das vítimas podem conter fumos e gases decorrentes da
explosão, contendo traços dos explosivos ou de seus produtos de decomposição.
Nos casos que os resíduos estão disseminados pela cena do crime, os peritos
identificam aqueles pontos, objetos ou cadáveres que há maior probabilidade de
encontrar estes resíduos. Realizada a avaliação e levantamento fotográfico, passam a
coletar os vestígios pelo método do esfregaço, utilizando papel filtro, algodão ou
SWABS, ou ainda com a utilização de fitas adesivas isentas do material que será
avaliado (chumbo, bário, arsênio, mercúrio, nitrocelulose).
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Existem vários indícios que podem ser empregados para determinar a origem,
presença de iniciadores e temperaturas atingidas em cada ponto do evento, exigindo do
perito grande capacidade de observação e treinamento, a fim de adaptar protocolos para
cada tipo de cenário. Embora as análises das evidências coletadas na cena do incêndio
sejam de atribuição do perito químico, a perícia do evento de incêndio propriamente
dito tem sido desenvolvida por profissionais bombeiros (geralmente militares)
devidamente treinados e habilitados para tal. Outro aspecto importante de salientar na
perícia de incêndios, é o mecanismo comumente empregado no controle e extinção dos
mesmos, o uso de grandes quantidades de água.
Tal fato pode dificultar ou até mesmo inviabilizar os trabalhos de perícia, já que
marcas podem ser apagadas e resíduos de produtos químicos podem ser arrastados pela
água. A própria operação de rescaldo, com objetivo de promover um resfriamento final
e controle de focos, pode impactar negativamente a cena em termos de evidências.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Esta possibilidade sempre deve ser considerada e, em casos extremos, pode levar
à não conclusão das circunstâncias do fato. Sempre que possível, é importante realizar
entrevistas com testemunhas, vítimas e com os próprios bombeiros que atenderam a
ocorrência. Muitas informações que são difíceis de serem coletadas diretamente a partir
da cena podem ser obtidas desta forma. É claro que o confronto entre as informações
coletadas nas entrevistas e as fornecidas pelas evidências da cena deve ocorrer, a fim
de detectar eventuais incoerências. Com relação à ocorrência de óbito em um evento
de incêndio, os peritos médicos buscarão: identificar a vítima; estabelecer a provável
causa da morte; busca estabelecer a cronologia da morte (morte em função das
queimaduras, morte por asfixia e depois queima do cadáver, morte por fatores não
vinculados ao incêndio).
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
Referências
ACORDO. Patu: O acidente na BR-226 deixou duas pessoas gravemente feridas. 2011.
ACRÍTICA. Corpo com mãos amarradas é encontrado em área de mata da praia Ponta
Negra. 2017.
AGÊNCIA BRASIL. Brasil reduz mortes no trânsito, mas está longe da meta para
2020. 2018.
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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE
AZO MATERIALS. Analyzing PVC of differing phthalate content using TG/MS and
TG-GC/MS. 2015.
BRASIL. Decreto-Lei no3.689 – Código de Processo Penal - CPP. Brasília, DF, 3 out.
1941.
BRASIL. Lei n° 5.970 -- Exclui da aplicação do disposto nos artigos 6o, inciso I, 64 e
169, do Código de Processo Penal, os casos de acidente de trânsito, e dá outras
providências. Brasília, DF, 11 dez.1973.
BRASIL. Lei no8.862– Dá nova redação aos artigos 6o, incisos I e II; 159, caput e §
1o; 160, caput e parágrafo único; 164, caput; 169; e 181 caput, do Decreto-Lei no3.689,
de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal. Brasília, DF, 28 mar.1994.
FREE PRESS. Maharashtra forensic laboratory to make beef test kits. 2017.
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AVALIAÇÃO DE CENA DE LOCAL DE CRIME
É comum em presídios, que crimes sejam assumidos por pessoas que estão em
dívida com facções criminosas ou ainda porque já estão condenadas a muitos anos de
detenção e independente do novo crime cometido, não fará diferença na soltura do
preso depois de cumpridos trinta anos de reclusão, prazo máximo previsto em nossa
legislação.
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AVALIAÇÃO DE CENA DE LOCAL DE CRIME
I - Polícia federal;
II - Polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - Polícias civis;
V - Polícias militares e corpos de bombeiros militares.
§ 1o A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido
pela União e estruturado em carreira, destina-se a:
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AVALIAÇÃO DE CENA DE LOCAL DE CRIME
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base
na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e
destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa
de qualquer destes, da lei e da ordem.
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AVALIAÇÃO DE CENA DE LOCAL DE CRIME
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AVALIAÇÃO DE CENA DE LOCAL DE CRIME
No Brasil, cada estado possui autonomia para definir o modelo a ser utilizado
em seu órgão pericial criminal. Assim, há estados em que a perícia é chamada de
Criminalística e outros em que recebe o nome de Polícia Científica.
“Art. 159. Os exames de corpo de delito e as outras perícias serão em regra feitos
por peritos oficiais.
§ 1o Não havendo peritos oficiais, o exame será feito por duas pessoas idôneas,
escolhidas de preferência as que tiverem habilitação técnica.
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito
oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1°Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica,
dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
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AVALIAÇÃO DE CENA DE LOCAL DE CRIME
Podemos perceber pelo acima disposto, que o perito é sempre alguém com
conhecimento especializado e na ausência do perito oficial, a preferência recai para os
que possuem habilidade técnica, definindo também que o perito deve ser portador de
diploma de curso superior.
“Art. 169 Para o efeito de exame do local em que houver sido praticada a
infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das
coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias,
desenhos ou esquemas elucidativos.
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AVALIAÇÃO DE CENA DE LOCAL DE CRIME
Evidências físicas
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AVALIAÇÃO DE CENA DE LOCAL DE CRIME
O perito não deve fazer juízo de valor quanto ao Modus Operandi encontrado
para incluir ou descartar determinado criminoso ou grupo. Esta é uma tarefa que será
posteriormente analisada pelos detetives. Naturalmente é muito importante que os
peritos e investigadores possam trocar informações e impressões com frequência, mas
este é um cuidado extremamente valioso.
O serial killer John Wayne Gacy, conhecido como o “palhaço assassino”, tinha
como assinatura, amordaçar suas vítimas com as próprias cuecas e manteve seu MO
para praticamente todas as mais de 30 vítimas, consistindo em morte por torniquete e
a busca por suas vítimas durante o dia quando oferecia empregos ou sexo em troca de
dinheiro.
Levava as vítimas para a própria casa (todos eram homens) onde eram
amordaçados e torturados. O que ele fazia com as vítimas e a forma como fazia (muitas
vezes se vestindo de palhaço e lendo trechos da Bíblia) é o que seria chamado de ritual.
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AVALIAÇÃO DE CENA DE LOCAL DE CRIME
É por esta razão que os investigadores devem atuar em conjunto, de tal forma a
fazer esta conexão. Recentemente a imprensa noticiou o caso de servidores públicos
que utilizavam “dedos de silicone” com a impressão digital de outros servidores, com
o objetivo de fraudar o registro de frequência no órgão em que trabalhavam.
3
AVALIAÇÃO DE CENA DE LOCAL DE CRIME
Esta tem sido a alegação de muitos quando são abordados em barreiras policiais
e se recusam a realizar o teste do “bafômetro” para verificar se o condutor do veículo
está dirigindo sob o efeito de álcool.
Nenhuma prova pode ser obtida de forma ilegal (escutas clandestinas, torturas,
chantagem etc.).
• Confissão;
• Por meio de depoimento de testemunhas;
• Por documentos;
• Por presunção;
• Por perícia.
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AVALIAÇÃO DE CENA DE LOCAL DE CRIME
Vez por outra, somos informados de investigações criminais nas quais são
empregados métodos pouco convencionais e sem qualquer embasamento científico.
São videntes, pessoas que dizem ter tido um sonho e apontam acusados, bem como
métodos que pretendem ser apresentados como científicos, mas que não possuem esta
sustentação. É vital que as conclusões periciais estejam apoiadas em argumentos
técnicos e com respaldo científico.
Os chamados detectores de mentira, por exemplo, não são aceitos em nosso país,
embora os polígrafos sejam utilizados amplamente nos Estados Unidos.
A história está repleta de casos nos quais a perícia foi desacreditada por peritos
que posteriormente apresentaram falhas grotescas ou conclusões absurdas. Muitas são
as causas que podem levar a uma perícia ser considerada frágil ou pouco crível, entre
elas:
5
AVALIAÇÃO DE CENA DE LOCAL DE CRIME
Não basta ser médico, por exemplo, para realizar qualquer perícia em medicina.
Há que se ter o conhecimento específico da matéria a ser estudada. Naturalmente que
nem sempre isto é possível e nem estamos propondo que a Criminalística possua
especialistas em todas as áreas.
Se uma residência é arrombada, mesmo que outras pessoas possam ter entrado
no local, se a janela que foi arrombada não foi manuseada por outras pessoas, por que
não ter colhidas as impressões digitais? Reforço novamente que todos os esforços
devem ser realizados no sentido de manter o local totalmente isolado e o mais “estéril”
possível, mas não tendo havido esta possibilidade, a perícia não pode deixar de realizar
o seu trabalho da melhor forma;
Falta de evidências
Por vezes, o perito forma uma convicção da dinâmica do crime e acredita ter
compreendido o que houve e é capaz até de apontar culpados, mas isso de nada vale se
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Outro erro comum. O perito desenvolve uma linha de raciocínio e quer provar
que ela está certa. É o contrário. São as evidências que devem guiar o raciocínio do
perito. Um exame complementar da mesma forma não é suficiente para provar nada,
embora possa ser altamente sugestivo em alguns casos.
Por vezes, quando o perito chega ao local do crime, os policiais que lá estão,
como também a imprensa e os curiosos, acabam por influenciar o trabalho do perito se
ele não estiver devidamente focado em realizar o seu trabalho.
Nenhum tipo de pressão é aceitável e ele deve ter toda a tranquilidade para fazer
a avaliação do local do crime. De preferência não deve ser informado da existência dos
suspeitos em um primeiro momento, para que não perca o foco e não se deixe levar por
linhas de raciocínio antes de avaliar o local.
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Resposta inicial
“A luz acha que viaja mais rápido do que qualquer coisa, mas não é verdade. Não
importa o quão rápido ela viaja, ela encontra sempre a escuridão, que chegou lá em
primeiro lugar e está esperando por ela.”
Terry Pratchett
Primeiras medidas
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O mais provável é que sejam pessoas que estejam próximas e corram para ajudar
a vítima, para tentar capturar o criminoso ou para ver o que está acontecendo. Em
muitos casos, contudo, o crime é descoberto pelo achado de um corpo ou de locais com
sinais de arrombamento, de incêndio ou outras situações que sugerem que algo errado
ou estranho está acontecendo.
Não há como sabermos o que estas pessoas farão na cena do crime. Não existe a
cultura de preservação do local do crime em nosso país. Algumas pessoas contaminam
a cena, removem objetos do local, podem até mesmo furtar documentos da vítima ou
aproveitar que uma residência está aberta e subtrair objetos, o que caracterizaria um
furto, dentre outras possíveis ações. O mais improvável, embora correto, seria que a
primeira pessoa a chegar ao local, providenciasse o isolamento até a chegada da polícia,
sempre garantindo a sua segurança em primeiro lugar.
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• Remoção de corpos e evidências que podem ser destruídos por fogo, por
exemplo, (sempre com segurança para quem assim procede).
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Estes termos não têm nenhuma relação com a temperatura do ambiente, mas com
o risco a que estão expostas as pessoas que lá se encontram. Por ocasião da explosão
de uma indústria de fertilizantes no norte do Texas, nos Estados Unidos, em 2013, em
que houve várias vítimas, inclusive fatais, um repórter de um importante canal de
notícias brasileiro, informava que as vítimas estavam saindo da zona quente, uma vez
que este local era assim denominado por causa das chamas da explosão.
A “zona quente” é a área onde um evento crítico está ocorrendo e por esta razão,
as pessoas naquele local estão em risco aumentado de morte ou sério agravo à saúde.
Por esta razão, neste local só podem permanecer os profissionais designados para lidar
diretamente com a situação em questão. Assim, em um tiroteio ou uma situação com
reféns, por exemplo, na zona quente devem permanecer apenas os policiais diretamente
envolvidos na operação.
Também não é o local para o Posto de Comando que deve estar localizado na
zona fria.
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1. Não se tornar uma vítima. Tomar todos cuidados e precauções diante da cena do
incidente;
3. Contenção do local (não permitir que a crise seja transferida para outro local.
Exemplo: ônibus sequestrado);
5. Uma vez que a área esteja segura, os que lá se encontram devem se retirar,
proceder o isolamento do local (nada e ninguém mais entra, sem autorização) e
sua contenção (nada e ninguém, sai sem autorização) até a chegada dos peritos.
A área a ser isolada varia conforme a situação.
7. perícia inicia análise. Suspeitos e vítimas não devem tomar banhos, nem trocar
de roupas até que possam ser avaliados pela perícia, na medida do possível;
No Brasil, ao contrário de outros países, como nos Estados Unidos, não é comum
a presença do médico legista no local do crime;
• Nem equipes dos bombeiros e nem do SAMU podem entrar em cenas que não
estejam seguras. Nenhum objeto deve ser retirado do local e nenhum material
pode ser deixado no local.
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Nós já vimos o conceito de zonas quentes, mornas e frias, que estão diretamente
relacionadas à dinâmica de um evento ainda em curso. Não há que se falar em perícia
enquanto há uma zona quente presente. No entanto, assim que a situação esteja sob
controle, todas as zonas tornam-se frias e então surge a necessidade de estabelecimento
de zonas de segurança para que o trabalho pericial possa ser realizado, conforme o
modelo proposto por James e Nordby (2012).
Nessa proposta, onde era zona vermelha, passa a ser área de alta segurança e
com acesso totalmente restrito às equipes de perícia. O que era zona amarela ficava
restrita aos demais policiais e ao centro de comando; já que era equivalente à zona fria,
temos o local onde o público e a imprensa podem ficar.
Não é admissível, prática comum em nosso país, permitir que a imprensa possa
acessar a cena de um crime que não tenha sido liberada pela perícia. É muito frequente
assistirmos poucos minutos ou poucas horas após a ocorrência de um crime,
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• Incêndios;
• Atentados terroristas e/ou explosões;
• Crimes envolvendo uso de substâncias químicas, biológicas e radioativas;
• Crimes eletrônicos, de informática e de comunicações.
Assim, tão logo a situação tenha sido controlada, as pessoas devem sair do local,
que deve ser completamente isolado, com faixas ou fitas de segurança, deixando claro
que a entrada está proibida, e mantido o perímetro controlado pela polícia até a chegada
dos peritos.
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“Existem certas pistas na cena do crime que, por sua própria natureza, não se
permitem ser coletadas ou examinadas. Como coletar amor, raiva, ódio, medo...? Essas
são coisas que somos treinados a procurar.”
James Reese
• Algumas cenas de crime estão em locais públicos, então é importante que sejam
rapidamente isolados, protegidos e as evidências coletadas pelos peritos.
• Evidências na área externa podem ser danificadas por fenômenos
meteorológicos (chuva, por exemplo). Assim, as evidências devem ser
fotografadas até a chegada dos peritos.
• Tenha um kit de coleta de evidências na viatura.
• Faça a coleta improvisada apenas se absolutamente necessária.
• Faça a avaliação do local juntamente com o perito e garanta a segurança dele.
• Conduza os primeiros interrogatórios ainda no local.
Preparação - uma vez acionado, para que uma cena de crime, obtenha todas as
informações preliminares necessárias, de tal forma a levar o material e os equipamentos
necessários para o trabalho pericial. É inadmissível descobrir no local da cena do crime,
que não há pilhas na lanterna ou na câmera fotográfica, dentre outros. Se for o caso,
checar se há um mandado de busca e apreensão emitido. Conversar com a equipe
policial e os demais envolvidos de tal forma a trabalhar em equipe.
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Segurança e proteção da cena - garantir que o local está seguro, que não há a
possibilidade de o suspeito ainda estar na cena do crime, que o ambiente foi
devidamente isolado e protegido e que não há vítimas a serem socorridas.
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• Mantenha foco nas evidências que possam ser perdidas (fluidos que podem
escorrer, pegadas que podem ser apagadas pela chuva, etc.);
• Comece pelas áreas de fácil acesso e não deixe de buscar evidências em locais
em que possam estar escondidas;
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• Identificação do caso;
• Data, hora e local;
• Condições de iluminação e meteorológicas;
• Identificação dos presentes no local;
• Registro de todos que entraram e saíram do local;
• Condições e posicionamento das evidências quando encontradas;
• Deve ser utilizada uma abordagem sistematizada na narrativa;
• Tudo deve ser registrado se de alguma forma chamou a atenção;
• Durante a narrativa não proceda a coleta de evidências;
• Utilize fotografias e sketches para complementar; não substituir a narrativa.
• Fotografe do nível dos olhos de tal forma a mostrar a vista de quem entra no
local;
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• Identificação do caso;
• Data, hora e local;
• Condições de iluminação e meteorológicas;
• Identificação dos presentes no local;
• Dimensões dos cômodos, móveis, portas e janelas;
• Distâncias entre os objetos, corpos, pessoas, entradas e saídas;
• Medidas de cada objeto encontrado;
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Primeiro, cada evento tem quatro datas que podem estar associadas a ele: quando
o estudo começou, quando os resultados foram concluídos, quando os resultados foram
patenteados e quando os resultados foram publicados ou anunciados publicamente pela
primeira vez.
O design da câmera obscura precisava de mais três melhorias para ter todos os
recursos essenciais da primeira câmera fixa.
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É relatado que ele usou a palavra “lente” porque a cor da lente de vidro se
assemelhava às lentilhas marrons usadas na sopa italiana. A segunda evolução, a adição
de lentes e espelhos curvos para produzir uma imagem vertical, foi realizada em 1558
por Giovanni Battista Della Porta. No entanto, isto não foi publicado até 1588.
Em 1800, Sir William Herschel fez uma descoberta de grande importância para
os fotógrafos policiais. Herschel descobriu a região invisível do infravermelho através
de um experimento simples.
Ele usou um divisor de feixe para separar a fonte de luz branca em cores
individuais e colocou um termômetro próximo à extremidade vermelha, onde não há
espectro visível. Dessa forma, os pesquisadores descobriram a região infravermelha do
espectro eletromagnético. (Robinson, 2010, p. 6).
Em 1816, Joseph Niépce deu início aos seus experimentos sobre fotografia. Em
1819, enquanto Niépce conduzia seus experimentos, John Herschel descobriu que o
hidrossulfito de sódio dissolveu sais de prata. Este foi o elo perdido necessário para
corrigir uma imagem fotográfica desenvolvida.
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O daguerreótipo usava uma emulsão de nitrato de prata sensível à luz, por meio
da exposição em vapor de mercúrio, e fixada com uma solução salina para produzir
uma imagem fotográfica positiva.
Também em 1839, William Henry Fox Talbot inventou a calotipia, que consistia
em um papel revestido de cloreto de prata sensível à luz que, após exposto, era fixado
com solução salina. A calotipia também parece ter sido um processo fotográfico bem-
sucedido comercialmente. O calótipo foi posteriormente patenteado por Talbot, em
1841. De 1839 a 1841, havia três usos significativos de daguerreótipos.
Este uso foi significativo, visto que a indústria jornalística, mais tarde, viria
tornar-se grande consumidora de equipamentos e suprimentos fotográficos. Em 1840,
o primeiro estúdio de retratos foi aberto em Nova York por Wolcott e Johnson.
Outro marco foi alcançado em 1852 por Sir George G. Stokes com a descoberta
da fluorescência ultravioleta e a formulação da Lei de Stokes, a base teórica
fundamental para toda fotografia de fluorescência atualmente usada para fins forenses.
A teoria é simples: o comprimento de onda da fluorescência é sempre maior que o
comprimento de onda da luz que a excita.
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O imperativo comercial de usar uma câmera de vídeo para documentar uma cena
de crime é semelhante a muitos dos discursos de vendas usados pela tecnologia de
câmeras digitais hoje. Por exemplo, um anúncio da época dizia que a câmera
substituiria esboços e desenhos técnicos.
Quanto a este último: este conceito é distintamente diferente dos dois primeiros,
principalmente porque implica que à imagem de prova seja atribuído um valor
completamente singular ou especial, uma vez que é inteiramente determinado pelo seu
referente, e apenas por isso: traçar um verdadeiro.
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Fotografia forense
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Equipamento
Iluminação
Técnica
Uma cena forense deve basicamente ser gravada da área menos afetada para a
área mais afetada (do geral ao detalhe) e sempre com base na ideia de que mais fotos
são melhores que menos, ou seja, não há problema. Depois de tirar muitas fotos, mas
na direção oposta, houve um problema de gravação insuficiente.
Impressão
Uma segunda rodada de fotografias afastadas deve ser feita após a identificação
e marcação das evidências. As marcações devem ser numeradas de tal forma a serem
identificadas no log de evidências.
Se você é um policial e acabou de chegar ao local e não possui uma régua para
colocar ao lado de uma evidência, como uma pegada que precisa ser rapidamente
fotografada porque pode ser apagada pela chuva, utilize um objeto para ser colocado
ao lado e então fotografe.
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Desta forma, Sherlock Holmes foi criado e no livro “Os quatro signos “ele
explica como chega a determinadas conclusões:
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— Ora, evidentemente, eu sabia que não tinha escrito uma carta, uma vez que
passei toda a manhã sentado à sua frente. Vejo, além disso, que há uma folha de selos
na sua escrivaninha e um grosso maço de postais.
Para que iria, então, à agência postal, senão para mandar um telegrama?
— Já ouvi dizer que é difícil um homem ter consigo um objeto de uso diário sem
deixar nele a marca da sua individualidade, de tal modo que um observador
experimentado é capaz de interpretá-la. Pois tenho aqui um relógio que veio
recentemente parar em minhas mãos.
Entreguei-lhe o relógio, não sem uma certa malícia, pois julgava impossível
semelhante prova, e pretendia que isso lhe servisse de lição contra o tom um tanto
dogmático que ele às vezes assumia. Holmes avaliou o peso do relógio com a mão,
olhou atentamente o mostrador, abriu a tampa traseira e examinou o mecanismo,
primeiro a olho nu e depois com uma poderosa lente convexa. Mal pude reprimir um
sorriso diante do seu rosto destroçado quando finalmente o devolveu a mim.
— Tem razão — disse eu. — Fizeram uma limpeza geral antes de o enviarem a
mim.
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Quando lhe dá corda, à noite, tem a mão insegura. Onde está o mistério
disso tudo?”
O fundamental é que não esteja apegado a uma teoria que “tenha que ser provada
a todo custo”.
É importante lembrarmos sempre, que o local a ser periciado não está restrito a
onde o crime foi cometido. Como já dissemos anteriormente, todo e qualquer lugar ou
pessoa que possa estar conectado com o crime, pode ser periciado, se for julgado
pertinente pelos peritos e investigadores. Imaginem uma cena de estupro seguido de
homicídio, em que o criminoso não foi encontrado.
Curiosidades