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SPTC-GO

Auxiliar de Autópsia de 3ª Classe

Noções De Criminalística
Noções De Criminalística

Definição de Criminalística...............................................................................................................1
Vestígios, evidências e indícios (definições, classificações). ..........................................................3
O exame perinecroscópico. Ferimentos contusos, punctórios, incisos e mistos; ferimentos
especiais (esgorjamento, degola, decapitação)...............................................................................8
Efeitos primários e secundários em ferimentos produzidos por projéteis propelidos por
disparo de arma de fogo. ..............................................................................................................10
Mortes produzidas por asfixia (enforcamento, estrangulamento, esganadura, sufocação,
soterramento e afogamento)..........................................................................................................12
Exercícios.......................................................................................................................................13
Gabarito..........................................................................................................................................17

Apostila gerada especialmente para: Wesley Barbosa Palma Rodrigues 022.122.671-00


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Definição de Criminalística

Definições
Inserida na esfera das ciências forenses, a criminalística, ou jurisprudência criminal, consiste no emprego de
métodos científicos na busca e na análise de provas em processos criminais. Em outras palavras, é a disciplina
que visa ao estudo do delito de maneira que não haja margem à distorção dos fatos, prezando sempre pela se-
guridade da integridade, perseguindo as evidências, para alcançar justiça e obtenção de premissas decisórias
para a proferirão da sentença. De acordo com o dicionário, trata-se de:
“Disciplina do direito penal que tem por objetivo desvendar crimes eidentificar criminosos.”
(AURÉLIO, 2016)
“Conjunto de conhecimentos e técnicas essenciais para a descoberta de crimes e identificação de crimino-
sos.”
(AURÉLIO, 2016)
Objetivo Geral: geração de provas periciais para elucidação de ocorrências criminais ou de qualquer caso de
relevância jurídica, institucional ou mesmo relacionado a uma pessoa física.
Objetivos Científicos
• gerar a qualidade material do fato típico
• verificação dos modos e dos meios utilizados na prática do delito, visando ao provimento da dinâmica dos
fatos
• indicação da autoria do delito
• constituição da prova técnica, por meio da indiciologia material (quando existir viabilidade para tal)

Objetivos da criminalística na localidade do fato


• documentar o local do delito, a partir do trabalho da perícia criminal

Objetivos da criminalística nos processos técnicos


• descrição escrita
• croquis (desenho)
• documentação fotográfica
• filmagem
• coleta de evidências

Áreas de atuação da criminalística


Diante de quaisquer decisões importantes a serem tomadas para um caso de interesse cível específico,
administrativo ou penal, as técnicas da criminalística são elementares. As diversas áreas do conhecimento em
que essa disciplina se aplica são:
1. Antropologia
2. Biologia
3. Biomedicina
4. Contabilidade
5. Direito
6. Engenharia
7. Farmácia

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8. Medicina
9. Psicologia
10. Química

Conceito de criminalística
Ciência independente de suporte à justiça e à polícia, cuja finalidade é a elucidação de casos criminais. Tra-
ta-se de uma disciplina de investigação, estudo e interpretação de vestígios localizados na área da ocorrência.
Essa disciplina analisa a indiciologia material para esclarecimento de casos de interesse da Justiça em todos
os seus domínios. Em suma, é a averiguação de todas as evidências do fato delituoso e seu contexto, por meio
de técnicas apropriadas a cada um.
Postulados da criminalística
1o. O objeto de um Laudo Pericial Criminalístico não sofre variação relacionada ao Perito Criminal respon-
sável por sua elaboração. Isto é, as conclusões de uma análise pericial criminalística são constantemente
embasadas em princípios técnicos, com hipóteses e experiências convencionais, independente de qual for o
perito que valer-se de tais leis para examinar um evento criminalístico. Assim, a conclusão não poderá advir do
indivíduo, do perito.
2o. Os resultados de uma perícia criminalística não estão sujeitos aos mecanismos e métodos empregados
para obtê-los. Em outras palavras, fazendo uso dos recursos e técnicas apropriados para se chegar à conclu-
são sobre o fenômeno criminalístico, tal conclusão, sempre que houver reprodução das análises, será invariá-
vel, não obstante ao emprego de estratégias mais modernas, mais rápidas, mais precisas ou não.
3o.A Perícia Criminalística não se subordina ao tempo: a verdade é imutável, proporcionalmente ao tempo
transcorrido.

Princípios da criminalística
Há necessidade de se distinguir os Princípios Científicos da Criminalística e os Princípios da Perícia Crimi-
nalística, conforme abaixo.
Os Princípios Científicos da Criminalística são:
1. Princípio do Uso: os eventos averiguados pela Criminalística são gerados por agentes biológicos, físicos
ou químicos.
2. Princípio da Produção: os mencionados agentes atuam na produção de evidências de seus fatos, com
grandes diversidades estruturais, morfológicas e naturais.
3. Princípio da Correspondência de Características: a atuação dos agentes mecânicos origina morfologias
determinadas pelos modos e naturezas da atividade dos agentes.
4. Princípio da Reconstrução: o emprego de fundamentos tecnológicos, teorias e leis científicas em torno do
encadeamento das evidências remanescentes de um evento determinam os vínculos causais entre as muitas
fases da ocorrência, resultando na reconstrução do fato.
5. Princípio da Certeza: a certeza dos resultados periciais é atestada pelos princípios técnico e científico que
conduzem as ocorrências criminalísticas imutáveis e satisfatoriamente comprovadas.
6. Princípio da Probabilidade: nos exames da prova pericial, predomina o descobrimento no incógnito de um
número de aspectos que equivalham à qualidade do conhecido.
Os Princípios da Perícia Criminalística são:
1. Princípio da Observação: baseado nas teorias de Edmond Locard1, segundo o qual “todo contato deixa
uma marca” e que não há ações em que não decorram vestígios de provas, entendendo-se, ademais, que é
evidente o desenvolvimento e a pesquisa do mecanismo científico apropriado para identificação de tais indícios,
mesmo que se tratem de micro vestígios.

1 Precursor da Ciência Forense.

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2. Princípio da Análise: baseado na ideia de que “a análise pericial deve sempre seguir o método científico”,
esse princípio determina que o objetivo da perícia científica é definir a teoria, ou seja, como ocorreu o fato, a
partir de uma coleta criteriosa dos vestígios (dados), que levantem as hipóteses em torno de como se sucedeu
a ocorrência e todas as conjecturas a seu respeito.
3. Princípio da Interpretação: também conhecido por princípio da individualidade e fundamentado na ideia
de que “dois objetos podem ser indistinguíveis, porém, nunca idênticos”, esse princípio sugere que a identifica-
ção deve ocorrer a partir de três níveis, sendo eles genérico, específico e individual, e as investigações devem
sempre atingir este último nível.
4. Princípio da Descrição: a ideia que fundamenta esse princípio é a de que “o resultado de um exame peri-
cial é invariável com relação ao tempo, devendo ser apresentado em linguagem juridicamente perfeita e ética”.
Em outras palavras, as conclusões das perícias criminais não podem sofrer variações relacionadas ao passar
do tempo. Além disso, quaisquer hipóteses científicas devem possuir a propriedade da refutabilidade.
5. Princípio da documentação: apoiado na Cadeia de Custódia da prova material e na teoria que diz que
“toda amostra deve ser documentada, desde seu nascimento no local de crime até sua análise e descrição final,
de forma a se estabelecer um histórico completo e fiel de sua origem”. Esse princípio visa à proteção, à fideli-
dade da prova material, prevenindo a apreciação de evidências forjadas para incriminar ou inocentar indivíduo.
Todo o trajeto do indício precisa ser registrado em cada etapa, com documentação que o oficialize, de forma
que não existam vazões às dúvidas em torno dos dados comprobatórios.
Finalidade da criminalística
A finalidade da Criminologia conforme a sua terminologia: o termo Criminalística foi elaborado em no início
do século XX pelo jurista criminal Hans Gross, para designar o sistema de técnicas científicas usadas pelos
departamentos de polícia, sendo, mais tarde, adotado também para nomear a disciplina associada ao crime e
à identificação do criminoso.
Objetivo da disciplina Criminalística: de acordo com o professor Eraldo Rabelo, o objetivo da Criminalística
é “estudar os vestígios materiais extrínsecos à pessoa física, no que tiver de útil à elucidação e à prova das
infrações penais e, ainda, à identificação dos autores respectivos.” (STUMVOLL, 2017)2. Tratando essa con-
ceituação em pormenores, temos a finalidade da Criminalística como:
• estudo dos vestígios materiais
• estudo das as interligações entre esses vestígios
• estudo dos fatos que geraram esses vestígios
• estudo da origem dos vestígios,
• interpretação dos vestígios, dos meios e dos modos como foram perpetrados os delitos, não se limitando
ao visum et repertum, ou seja, a crua estagnada narrativa, do modo como se manifestam os vestígios.

Vestígios, evidências e indícios (definições, classificações)

Vestígios na área de investigação criminal são elementos que podem ajudar os investigadores a descobrir a
identidade do suspeito, a motivação do crime e a forma como foi cometido. Esses vestígios podem ser físicos,
como impressões digitais, manchas de sangue, armas, materiais biológicos, roupas e outros objetos utilizados
durante o crime. Os vestígios podem também ser não-físicos, como testemunhos, provas documentais e evi-
dências digitais. As análises destes vestígios são fundamentais para a elucidação dos crimes.
Crimes quanto à dignidade sexual são aqueles cometidos contra a integridade moral ou sexual de outra
pessoa, incluindo o estupro ou o abuso sexual, o assédio sexual, a pornografia infantil, a prostituição infantil e
a exploração sexual. Estes crimes podem ter graves consequências para as vítimas, tanto físicas quanto psico-
lógicas, e podem ter consequências legais graves para quem os comete.

2STUMVOLL, Victor Paulo, Criminalística. Juspodivm, 2017. Disponível em: <www.editorajuspodivm.com.


br> Acesso em 16 Mai 2021.

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Os principais vestígios encontrados em locais de crime contra a dignidade sexual podem incluir manchas de
sangue, sinais de luta, sinais de abuso sexual, materiais biológicos, como fluidos corporais, ou vestígios físicos,
como roupas e objetos usados durante a agressão. Além disso, os investigadores podem procurar marcas de
injeção de drogas, como seringas, e outros objetos relacionados ao crime.
Os crimes de incêndio são definidos como aqueles cometidos com o intuito de causar danos intencionais
através do fogo. Estes crimes podem incluir incêndios criminosos, que são aqueles que foram deliberadamente
iniciados para destruir propriedade ou prejudicar alguém, incêndios acidentais, que podem ser causados por
negligência, e incêndios intencionais, que são aqueles que foram deliberadamente iniciados para prejudicar al-
guém. Os principais vestígios encontrados em locais de crime de incêndio são materiais combustíveis, vestígios
físicos, vestígios químicos e provas de combustão incompleta.
Os principais vestígios encontrados em locais de crime de incêndio são materiais combustíveis, como ma-
deira, papel, algodão, plástico, entre outros; vestígios físicos, como queimaduras, fumaça, manchas de fuligem,
e outros; e vestígios químicos, como resíduos de combustível, fósforo, óxidos metálicos, entre outros. Além
disso, os investigadores também podem procurar provas de combustão incompleta, como faíscas, fragmentos
de madeira, e outros. Estes materiais ajudam a determinar se o fogo foi provocado ou acidental.
Definição: em geral, o local do crime pode ser conceituado como o espaço físico onde tenha sucedido um
crime elucidado ou que ainda requeira esclarecimento, mas que, fundamentalmente, apresente configuração
ou aspectos de um delito e que, assim, demande diligência policial. É no local do crime que as polícias judiciária
e ostensiva se encontram, onde a primeira atua na seguridade da aplicação da lei penal, prevenindo e reprimin-
do potenciais infratores; enquanto a segunda tem a função da ordem, prevenindo quaisquer possíveis violações
ou restabelecendo-a regularidade.
Classificação dos locais de crime
A. Quanto à Preservação
• Locais preservados idôneos ou não violados: são os locais de crime inalterados, conservados no estado
imediatamente original à prática do delito, sem que haja modificações das condições dos objetos após a ocor-
rência, até o momento da perícia.
• Locais não preservados, inidôneos ou violados: são locais que cujas condições deixadas pelo autor do
fato criminal sofreram alterações antes da chegada e acolhimento dos peritos. As alterações, geralmente, se
verificam nas disposições iniciais dos indícios, ou mesmo no acréscimo ou subtração destes, o que modifica
quaisquer estados das coisas.
B. Quanto à Disposição dos vestígios
• Local relacionado: outros locais com relação com o fato
• Local imediato: onde ocorreu o fato
• Local mediato: adjacências da área; comum marcas de pagadas, objetos caídos, etc.

C. Quanto à Natureza
• Local de homicídio
• Local de suicídio
• Local de crime contra a natureza
• Local do dano
• Local do incêndio
• Local de crime de trânsito
• Local de arrombamento
• Local de explosão

D. Quanto ao ambiente
• Local interno: prédio ou dentro de um terreno cercado

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• Local externo: terreno baldio sem obstáculos, logradouro
• Locais relacionados: duas ou mais áreas com implicação no mesmo crime
Preservação de locais de crime
Aplicabilidade: a não alteração do local do crime aplica-se, unicamente, no contexto dos crimes materiais
Importância
Elaboração de laudos periciais: se houver, por exemplo, a remoção de um cadáver do lugar original deixado
pelo autor do fato, essa ação compromete seriamente, as devidas conclusões em torno da ação criminosa e
mesmo na descoberta e busca do autor; perícia criminal: a preservação do local do crime concretiza a usa ma-
terialidade e facilita a aplicação das técnicas forenses
Evidências físicas
O êxito do processo pode estar devidamente relacionado ao estado dos sinais e indícios no momento em
que são coletados
Proteção da cena
Tem início quando o primeiro agente policial chega à cena do delito, tendo finalização a partir da liberação
da cena da custódia policial.
Isolamento
Além da atenção aos vestígios encontrados e cuidado para que não sejam eliminados ou mesmo modifica-
das suas localizações e disposições, é elementar que o local seja isolado.
Vigilância
Diligência importante do procedimento de preservação do local do crime, a vigilância empreendida pelos ofi-
ciais de polícia tem o objetivo de impossibilitar que pessoas não autorizadas ingressem no local e também que
chuvas e outras eventuais ações de agentes da natureza provoquem quaisquer alterações no local.

Artigo 6º, incisos I, II e III, do Código de Processo Penal (1941), constitui norma que estabelece, a respeito
da preservação do local do crime:
“I – se possível e conveniente, dirigir-se ao local, providenciando para que se não alterem o estado e conser-
vação das coisas, enquanto necessário;
II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
III – colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstancias;”

Vestígios e indícios encontrados nos locais de crime


Definição de vestígios: quaisquer objetos, sinais ou marcas que possam estar relacionados ao fato investiga-
do. Todos os vestígios encontrados na cena do delito, num primeiro momento, são relevantes para elucidação
dos fatos.
Agente provocador: revelado pela existência de vestígios, são o que causou ou contribuiu para a ocorrência;
o vestígio em si pode se tratar do resultado da ação do agente provocador.

Classificação dos vestígios


• Vestígio verdadeiro: trata-se de uma depuração completa dos elementos localizados na cena do crime,
constituindo-se verdadeiros apenas aqueles que foram gerados diretamente pelo agente de autoria do delito e,
ainda, resultantes diretos das ações da prática criminal.
• Vestígio Ilusório: qualquer componente encontrado no local do crime que não tenha relação direta às ações
dos infratores, e sua produção não tenha ocorrido propositalmente.
• Vestígio forjado: ao contrário do vestígio ilusório, há uma intenção na produção desse tipo de vestígio.

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Definição de Indícios: de acordo com o CPP, artigo no 239, indício é a “circunstância conhecida e provada
que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias”.
Indícios X evidências: embora as definições que o CPP apresenta a respeito desses dois conceitos serem
muito semelhantes, o termo indício foi estabelecido para a fase processual, logo, para etapa pós-perícia, ou
seja, a designação indício abrange não somente os componentes materiais de que se dedica a perícia, mas
também aborda elementos de natureza subjetiva – característicos do âmbito da polícia judiciária.
Levantamentos dos locais de crime contra a pessoa e contra o patrimônio

Crimes contra a Pessoa


Definição: recebem essa classificação os crimes que de imediato a personalidade humana. Tais crimes inju-
riam recursos físicos ou bens morais profundamente identificados com o ente humano, como a vida, a liberdade
e a honra a do indivíduo e sua integridade corporal (intangibilidade corpórea).
Principal vestígio: a presença de manchas de sangue, em crosta ou estado líquido ou na forma é o principal
vestígio associativo em um cenário criminal em que, hipoteticamente, tenha ocorrido homicídio. A tipificação do
formato da mancha tem importância substancial para o entendimento da dinâmica empregada no ato criminoso.
— morfologia da mancha: manchas por escorrimento, por projeção, limpeza, impregnação pode esclarecer
o método de ação do delinquente, objeto ou vítima, no decurso de um exame de local de crime.      
— testes de confirmação: na determinação desse tipo teste do luminol é o mais comumente usados, mas
existem outros, o teste da fenolftaleína, da leucobase e da benzidina.  
Crimes contra a dignidade sexual: nessas ocorrências, o esperma é um vestígio crucial a ser verificado pelo
perito criminal, e é por meio dos métodos chamados Soro antiesperma e Prova de Corin-Stockis que umas das
provas de análise desse indício se materializa.
— outros vestígios: dependendo da natureza do crime, podem ser localizados saliva, vômitos, urina, matéria
fecal, pelos, fibras, saliva, colostro, etc.

Levantamento de locais de crime contra o patrimônio


Vestígios encontrados: são de localizados por meio da danificação nos bens móveis e imóveis, e o perito
criminal encarregado do caso deve examinar objetos específicos, como, por exemplo:   
— arrombamentos;
— depredações de construções nos seus alicerces;
— quebra de vidros em portas e janelas;
— posse indevida de água, luz, sina a cabo de televisão;
— instrumentos de furto/adulteração de combustível;
— acidentes de trânsito.
Furto x roubo: em geral, o furto gera mais danos materiais que o roubo, já que nessa ação criminosa é muito
mais comum levantar prejuízos como transposição ou arrombamento de fechaduras, dutos de ventilação, por-
tas, janelas, cadeados, entre outros.  
Objetivos: os indícios gerados nos objetos são indicativos de determinadas qualificadoras configuradas e
sistematizadas na legislação penal, por isso são indispensáveis para o entendimento da dinâmica do crime.

Documentação do local
Elaboração: a documentação associada a todo vestígio no local de crime deve ser feita por meio de despa-
cho do perito que o considerou ou por anotação.
Objetivo: trajeto do vestígio sempre deve ser documentado integralmente, passo a passo, com documentos
que o certifiquem, de forma a prevenir quaisquer dúvidas futuras a respeito desses elementos comprobatórios.

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Princípio da documentação: “Toda amostra deve ser documentada, desde seu nascimento no local de crime
até sua análise e descrição final, de forma a se estabelecer um histórico completo e fiel de sua origem”. Essa
norma é fundamentada na Cadeia de Custódia da prova material, e visa à preservação, de forma segura, da
fidelidade da prova material, prevenindo a apreciação de evidências forjadas, adicionadas no rol das demais,
com a finalidade de inocentar ou incriminar alguém.
Documentos criminalísticos: parecer criminalístico, laudo pericial, auto, relatório criminalístico
Locais de morte violenta
Local de morte por arma de fogo: nesse tipo de ocorrência, o ambiente deve ser explorado em toda a sua
dimensão, e, se houver pontos de impactos de projéteis, estes devem ser fotografados.  
• Objetivo: determinação da diagnose diferencial entre acidente, homicídio e suicídio, ou seja, a definição da
causa jurídica da morte.
• trajetória do projétil: essa informação é obtida a partir da determinação da origem, do distanciamento e da
direção do tiro.  
• exame do cadáver: busca por ferimentos, dos orifícios de entrada e de saída do projétil e suas localizações.
• microcomparação balística: por fim, faz-se a a identificação mediata da arma que provocou a lesão, se
nenhuma tiver sido encontrada; para isso, realizam-se exames dos projéteis e estojos encontrados no local.
• Perfurocontundentes: é como são classificados os ferimentos produzidos pelo projétil disparado or uma
arma de fogo.

Local de morte por instrumentos contundentes, cortantes, perfurantes ou mistos


Classificação:
• agentes mecânicos externos simples: instrumentos contundentes, perfurantes e cortantes.  
• agentes mecânicos externos compostos ou mistos (instrumentos cortocontundentes, perfurocontunden-
tes e perfurocortantes)
Instrumentos contundentes: são instrumentos de manuseio simples e sua variação é infinita. As ações ati-
va e passiva farão diferença nesse tipo de instrumento. Quando o instrumento é lançado em direção ao alvo,
têm-se a ação ativa; na ação passiva, é o alvo que se direciona ao instrumento (corpo contundente). Como
agentes mecânicos externos, são subdivididos em:  
— naturais: instrumentos de ataque e defesa do ser humano e de animais (chifres e garras dos animais,
dentes, mãos).
— ocasionais: martelo, panela, tijolo, taco de beisebol, etc.  
— usuais: instrumentos criados para o ataque (bater), como bombas, soco inglês, etc.
Instrumentos perfurantes: são aqueles que perfuram, quando sua ponta for colocada em contato com o que
se pretende lesionar. A cada golpe, uma perfuração. Esses instrumentos têm haste afiada (porém abnóxia) e
atuam pela extremidade. Ao penetrarem na vítima, não cortam, mas deslocam as fibras musculares, formando,
assim, feridas alongadas, e não arredondadas.  A pressão é a forma de ação desse tipo de instrumento.
— Lesões produzidas: os instrumentos produzem feridas punctórias, e estas não sangram, desde que não
ocorram na parede de um vaso sanguíneo.
— Exemplos: dardo, agulha, alfinete, taxinha, sovela, prego (extremidade afiada e partes lisas), estacas (de
ferro, madeira, alumínio), caneta, salto de sapato, etc.
Instrumentos cortantes: por serem leves, são de fácil manuseio e muito afiados; além disso, e o acesso a
esse tipo de ferramenta é amplo. É necessário que seja bem afiado, pois, do contrário, podem vir a contundir.
Sua função primordial é cortar, ou seja, considera-se somente o corte, o gume (borda linear e fina). Um corte a
cada golpe.
— Exemplos: faca, tesoura, canivete, lâmina de barbear, vidro de garrafa quebrada, bisturi, canivete, lâmina
de cortar papel, bisturi, etc.

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— Feridas produzidas pelos instrumentos cortantes: esgorjamento (lesão na parte superior do pescoço),
ferida incisa mutilante (quando o instrumento remove do corpo uma parte pendente), ferida incisa com retalho
(quando o instrumento atua de forma oblíqua, tirando um retalho), ferida incisa ou incisão (produzida pelo bis-
turi, utilizado pelo médico, ou quando o instrumento atua na nuca), decapitação ou degola (quando se separa
a cabeça do corpo).
Local de morte por acidente de trânsito: nesse tipo de perícia, é necessário fazer a avaliação de uma série
de elementos que possibilitem elucidação sobre a causa do acidente, a dinâmica dos veículos, o ponto exato
de impacto, a velocidade empreendida pelos veículos envolvidos, entre outros. Para isso, o perito precisa ob-
servar e despachar, durante a vistoria, pormenores como: o tipo de via e a sua sinalização, a identificação dos
condutores, as especificidades dos veículos, a documentação, etc. Também deve-se fazer o croqui do loca e
um completo registro fotográfico.
Local de morte por asfixia: trata-se da interrupção ou da dificuldade de chegar oxigênio aos pulmões. As
principais categorias investigadas pela perícia criminal são afogamento, estrangulamento, esganadura, enfor-
camento, sufocamento e soterramento. As lesões cutâneas no pescoço são encontradas quando há constrição
no local, o que individualiza a forma da morte. Tais marcas são provocadas por agente causador e pelo próprio
individuo lesionado, ao tentar se livrar do ato. As fraturas nas vértebras cervicais e as luxações raramente são
encontradas nas ocorrências de estrangulamento, e praticamente inexistem em casos de esganadura e es-
trangulamento. Neste último, tem-se a conhecida “gravata”, onde são localizadas contusões e escoriações nos
ombros da vítima.
Perinecroscopia: é o exame realizado pelo perito criminal ainda no local onde o corpo foi localizado. Trata-se
de uma investigação externa do local do crime, nas proximidades e no corpo, em busca de prováveis vestígios
que contribuam para elucidação do ocorrido. O objetivo do procedimento é designar a dinâmica do crime, des-
vendando todas as questões associadas. A perinecroscopia não se restringe a conjuntaras onde haja óbito,
sendo realizada, também, em casos de crime contra o patrimônio, como arrombamento. Cabe ao perito a des-
crição no laudo, do modo mais objetivo e claro possível, como se deu a ocorrência. Todos os questionamentos
iniciais sobre a causa da morte podem ser desvendados no local do crime.
Reprodução Simulada: a RSF, ou reconstituição, como é popularmente conhecida, significa, conforme o
dicionário Aurélio: “restabelecer, recompor; representar ou recriar a cena, com base nos testemunhos e evidên-
cias”. É estabelecida pelo Código do Processo Penal, art. 7º, “para verificar a possibilidade de haver a infração
sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à Reprodução Simulada dos Fatos,
desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. Em suma, o que os peritos criminais verificam
nessas investigações é a possibilidade física de conformidade ente os fatos e os depoimentos dos envolvidos
(vítima, réu e testemunhas), além da certificação da correspondência com os laudos periciais já feitos no caso,
criando uma representação técnica no local da ocorrência.

O exame perinecroscópico. Ferimentos contusos, punctórios, incisos e mistos; feri-


mentos especiais (esgorjamento, degola, decapitação).

O exame perinecroscópico é um exame ginecológico realizado para avaliar a saúde do colo do útero e do
colo do útero, bem como para identificar lesões ou anormalidades. O exame é geralmente recomendado para
mulheres com mais de 25 anos ou para mulheres que tenham sintomas como corrimento vaginal anormal, dor
pélvica, sangramento vaginal anormal, entre outros. É importante notar que o exame deve ser realizado por um
ginecologista qualificado.
Realizados por ginecologistas, médicos especializados em saúde reprodutiva feminina, treinados para ava-
liar e tratar doenças, lesões ou anormalidades relacionadas ao útero, à vagina e aos ovários, os exames peri-
necroscópicos envolvem o uso de uma pequena câmera para examinar o períneo, a área entre o ânus e a vulva
ou escroto. O teste é usado para diagnosticar condições como fissuras anais, hemorroidas, fístulas e doenças
sexualmente transmissíveis.
A câmera é inserida através do ânus e fornece uma imagem clara e detalhada da área, permitindo que o
médico diagnostique com precisão a condição. Durante o exame, o paciente pode ser solicitado a esticar ou
contrair certos músculos para ajudar o médico a ter uma visão melhor. O procedimento é geralmente bem tole-
rado e normalmente não causa dor ou desconforto.

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Um exame perinecroscópico pode identificar inflamações, lesões ou anormalidades no colo do útero e no
útero. Ele também pode ajudar a diagnosticar infecções, incluindo infecções por HPV ou clamídia, além de aju-
dar a avaliar o risco de doenças como o câncer de colo de útero.
FERIMENTOS CONTUSOS, PUNCTÓRIOS, INCISOS E MISTOS
Ferimentos contusos são lesões que são causadas por um impacto direto sobre a pele, como uma panca-
da. Estes ferimentos podem variar de leves a graves, dependendo da força do impacto e da área afetada. Os
sinais e sintomas dos ferimentos contusos incluem dor, inchaço, hematomas, equimoses, pele arroxeada ou
vermelha, entre outros. O tratamento de ferimentos contusos depende da gravidade da lesão, mas geralmente
envolve a aplicação de gelo para reduzir a dor e o inchaço, além de medicamentos para aliviar a dor e anti-in-
flamatórios para reduzir a inflamação.
Ferimentos punctórios são lesões causadas por objetos pontiagudos, como uma faca ou agulha. Estes fe-
rimentos podem variar de leves a graves, dependendo da profundidade da ferida e da área afetada. Os sinais
e sintomas dos ferimentos punctórios incluem dor, inchaço, sangramento, pele arroxeada ou vermelha, entre
outros. O tratamento de ferimentos punctórios depende da gravidade da lesão, mas geralmente envolve a apli-
cação de gelo para reduzir a dor e o inchaço, além de medicamentos para aliviar a dor e anti-inflamatórios para
reduzir a inflamação. Se a ferida for profunda, pode ser necessária a sutura da lesão.
Ferimentos incisos são lesões causadas por objetos cortantes, como uma faca ou tesoura. Estes ferimentos
podem variar de leves a graves, dependendo da profundidade da ferida e da área afetada. Os sinais e sintomas
dos ferimentos incisos incluem dor, inchaço, sangramento, pele arroxeada ou vermelha, entre outros. O trata-
mento de ferimentos incisos depende da gravidade da lesão, mas geralmente envolve a aplicação de gelo para
reduzir a dor e o inchaço, além de medicamentos para aliviar a dor e anti-inflamatórios para reduzir a inflama-
ção. Se a ferida for profunda, pode ser necessária a sutura da lesão.
Ferimentos mistos são lesões que combinam dois ou mais tipos de ferimentos, como um ferimento contuso
e punctório. Estes ferimentos são geralmente mais graves do que ferimentos de um tipo só. Os sinais e sinto-
mas dos ferimentos mistos incluem dor, inchaço, sangramento, pele arroxeada ou vermelha, entre outros. O
tratamento de ferimentos mistos depende da gravidade da lesão, mas geralmente envolve a aplicação de gelo
para reduzir a dor e o inchaço, além de medicamentos para aliviar a dor e anti-inflamatórios para reduzir a in-
flamação. Se a ferida for profunda, pode ser necessária a sutura da lesão.
FERIMENTOS ESPECIAIS (ESGORJAMENTO, DEGOLA, DECAPITAÇÃO)
Ferimentos especiais são lesões que envolvem algo além de um impacto direto sobre a pele, como esmaga-
mento, esgorjamento, degola, decapitação, entre outros. Estes ferimentos são geralmente mais graves do que
ferimentos de um tipo só. Os sinais e sintomas dos ferimentos especiais incluem dor, inchaço, sangramento,
pele arroxeada ou vermelha, entre outros.
Esmagamento é uma lesão especial causada por um objeto pesado pressionando a pele, como uma pedra
ou um objeto contundente.
Esgorjamento é uma lesão especial causada pelo estrangulamento ou asfixia, onde ocorre o rompimento
dos vasos sanguíneos da garganta e o ar não consegue entrar nos pulmões.
Degola é uma lesão especial causada por um objeto cortante na parte posterior do pescoço. E a decapita-
ção é uma lesão especial causada por um objeto cortante na parte superior do pescoço, ou seja, na região da
cabeça.
O tratamento de ferimentos especiais como esmagamento, esgorjamento, degola e decapitação depende
da gravidade da lesão, mas geralmente envolve a aplicação de gelo para reduzir a dor e o inchaço, além de
medicamentos para aliviar a dor e anti-inflamatórios para reduzir a inflamação. Se a ferida for profunda, pode
ser necessária a sutura da lesão.

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Efeitos primários e secundários em ferimentos produzidos por projéteis propelidos
por disparo de arma de fogo.

BALÍSTICA FORENSE
Arma de fogo: conceito e classificação
Conceito: arma de fogo pode ser definida como um artefato eficaz no disparo de um ou mais projéteis em
alta velocidade, por meio de uma dinâmica pneumática causada pela expansão de gases gerados pela queima
da carga de projeção (proponente) de alta velocidade.

Classificação: as armas de fogo, bem como suas munições, são classificadas conforme sua utilização, sua fi-
nalidade e o grau de perigosidade. De acordo com esses critérios, são divididas nas classes A, B, C, D, E, F e G.
  
Classe A: em geral, são proibidas
- todo instrumento ou mecanismo desenvolvido exclusivamente para uso como arma ofensiva
- armas de fogo ou armas brancas representadas na forma de outro utensílio
- estiletes; facas borboleta ou de abertura automática ou mesmo de arremesso; boxes e estrelas de lançar
- armas brancas que não tenham efeito ao exercício de qualquer atividade comerciais, industriais, flores-
tais, cinegéticas, agrícolas, desportivas, domésticas, ou cujos valores artístico ou histórico não se enquadrem
como itens de coleção.  
- bastões extensíveis ou elétricos, de uso exclusivo das forças e serviços de segurança ou das Forças Ar-
madas    
- as armas de fogo fabricadas sem anuência   
- as armas de fogo alteradas ou transformadas
Classe B: armas de fogo curtas semiautomáticas ou de repetição
  
Classe C
- armas de ar comprimido de aquisição condicionada
- armas de fogo longas semiautomáticas, de cano de alma estriada, de tiro a tiro e de repetição
- armas de fogo longas semiautomáticas ou de repetição
- armas de fogo de calibre até 6mm ou .22
Classe D  
- armas de fogo longas de tiro a tiro de cano de alma lisa
- armas de fogo longas semiautomáticas ou de repetição, de cano de alma lisa com um comprimento supe-
rior a 60cm  

Classe E
- aerossóis de defesa com gás, com concentração máxima de 5% de gás de pimenta (oleoresina de capsi-
cum ou capsaicina) e que não possam ser confundidas com outras armas
- armas elétricas até 200.000 V, com dispositivo que não permitam serem confundidas com outros instru-
mentos

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Classe F
- sabres, matracas e outras armas brancas geralmente empregadas nas artes marciais ou apenas com fun-
ção ornamental
- réplicas de armas de fogo
- armas de fogo inutilizadas com a função apenas ornamental

Classe G
- réplicas de armas de fogo para atividades recreativas
- armas de sinalização
- armas de ar comprimido de aquisição livre

Cartucho de munição de arma de fogo: conceito e divisão


Cartucho: é a parcela de munição das armas de fogo, seja de retrocarga ou de percussão. Seus componen-
tes são espoleta (responsável pela ignição), pólvora (carga propelente), projétil (item a ser impulsionado pelo
cano da arma) e estojo (abriga os demais componentes).  
Munição: artefato arremessado a partir de qualquer tipo de arma, sendo, portanto, uma flecha arremessada
por um arco, uma bola de ferro ou de pedra arremessada de um antigo canhão, etc. Praticamente todas as
armas funcionam a partir de algum tipo de munição.   
- munições descartáveis: minas terrestres, granadas, mísseis e bombas.
- munições-alvo: ogivas e balas que criam efeito em um alvo.  
- munições bélicas: seu arremesso independe de propelentes químicos, disparando projéteis por meio da
chamada impulsão eletromagnética.
Componentes básicos da munição para arma de fogo: espoleta, detonador, pólvora, propelente, explosivo,
projétil, estojo.
Identificação das armas de fogo
Procedimento: a identificação remota das armas de fogo se realiza por meio da análise comparativa dos
indícios materiais causados por tais armas nos componentes da sua munição. Uma arma de fogo pode deixar
vestígios que possibilitem a sua identificação em elementos como projéteis, cápsulas de espoletamento e es-
tojos. A identificação das armas de fogo, geralmente, é restrita às suas viabilidades técnicas, pelas condições
do material disponível para análise e de sua natureza. Para que se obtenha padrões mais apropriados, é ne-
cessário que ocorra a reprodução das circunstâncias da ocorrência que deu origem ao estojo ou projétil objeto
de estudo. (RABELO, 1995).3
Distância e efeitos dos tiros: efeitos primários e secundários, tiro encostado, tiro à curta distância, tiro à dis-
tância e tiros acidental (conceito e causa)

Efeitos primários do tiro: são aqueles gerados pelo projétil, o elemento primário do tiro, em consequência da
atividade mecânica na tentativa de superar a resistência apresentada pelo alvo, sendo assim, característicos
do orifício de entrada. Tais efeitos acontecem a despeito da distância do tiro e envolvem quatro tipos de efeitos:  
- o orifício em si (orifício deixado pela passagem do projétil)
- a orla de enxugo (distinguida pelo projétil que, percorrendo o próprio eixo, é coberto de impurezas da pól-
vora e dos resíduos que penetraram)
- a orla de contusão (ocorre penetração do projétil, no exato momento de rompimento da pele, constituin-
do orla contundida e escoriada)

3 RABELO, Eraldo. Balística Forense. 3. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1995.

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- a auréola equimótica (decorrente do de sangue de sangue causado pela ruptura de minúsculos vasos situ-
ados nos arredores do ferimento).
Efeitos secundários do tiro: são aqueles produzidos pelos componentes expelidos pela boca do cano da
arma, além do projétil. Sua massa é variável e sua dispersão é diferente para cada componente. Assim, o al-
cance dos componentes secundários varia, da mesma forma que os efeitos identificados. Por apresentarem
uma delimitação difusa, os efeitos secundários são denominados de zonas e não orlas, e podem ocorrer sepa-
radamente ou em sincronia. Os efeitos secundários se dividem em três tipos:  
- zona de chamuscamento: também chamada de zona de chama ou de queimadura, é gerada pelos gases
inflamados e superaquecidos que se soltam por conta dos tiros encostados, atingindo o alvo e, finalmente, pro-
vocando queimadura de pele na região dos pelos e das vestimentas.  
- zona de esfumaçamento: produzida pelo armazenamento da fuligem originada da partir combustão da pól-
vora em torno do orifício de entrada.  
- zona de tatuagem: também chamada de “halo”, é consequência do absorvimento de resquícios de semi-
combustão e combustão da pólvora, além das e das partículas compactas do projétil.  

Tiro encostado: ocorre quando a boca do cano da arma encosta no alvo, permitindo que a lesão seja gerada
pela atividade dos gases provenientes da deflagração da pólvora e do próprio projétil. O orifício de entrada é
amplo e irregular e, em geral, de abertura superior do que a do projétil que causou.    
Tiro à curta distância: ocorre quando o projétil é disparado em direção ao alvo a uma distância suficiente
para produzir o ferimento de entrada e os efeitos secundários. A lesão do tiro à curta distância pode apresentar
extremidade elíptica ou arredondada; zonas de tatuagem ou de queimadura ou de esfumaçamento ou mesmo
de compressão de gases; aréola equimótica. O tiro à queima-roupa é um tipo de tiro à curta distância.  
Tiro à distância: ocorre quando cano da arma e alvo se encontram separados por 40 a 50 centímetros. Não
apresenta efeitos secundários do tiro; tiro perpendicular, cujo resultado, em geral, é uma lesão cujo diâmetro é
menor que o do projetil.
Tiro acidental: é caracterizado como o disparo provocado em situações incomuns, sem o acionamento re-
gular e intencional dos dispositivos descarga. Em geral, o tiro acidental ocorre em função de falhas e defeitos
nos dispositivos gerais e de segurança da arma que também podem provocar acidentes. Não é raro que o tiro
acidental, seja confundido com o disparo acidental; este, porém, acontece ocorre sem que haja o acionamento
do mecanismo de disparo (aperto de gatilho), por qualquer anormalidade dos dispositivos da arma e em ra-
ras excessões.

Mortes produzidas por asfixia (enforcamento, estrangulamento, esganadura, sufoca-


ção, soterramento e afogamento).

Mortes produzidas por asfixia ocorrem quando o corpo não recebe oxigênio suficiente para suportar as ati-
vidades vitais. Esta condição pode ser causada por diversos fatores, como a inalação de substâncias tóxicas,
engasgamento, sufocamento, afogamento, aperto da traqueia ou da faringe, ou ainda por alguma outra condi-
ção médica que reduza a quantidade de oxigênio disponível no sangue.
Alguns dos sintomas de asfixia incluem tontura, desmaios, dificuldade de falar, tosse seca, respiração ofe-
gante e mudanças na cor da pele. Se não for tratada a tempo, a asfixia pode levar à parada cardíaca e à morte.
O enforcamento é uma forma de asfixia que ocorre quando um objeto aperta a garganta ou o pescoço, re-
duzindo ou impossibilitando a entrada de ar. Esta é uma das formas mais comuns de homicídio ou suicídio, e a
causa de morte mais comum é parada respiratória.
Alguns dos sintomas de enforcamento, como todos os demais tipos de asfixia abaixo, podem incluir lábios e
dedos azuis, dificuldade em respirar, rosto congestionado, olhos dilatados e pupilas fixas. Quando a causa da
morte é enforcamento, geralmente é possível ver sinais de compressão no pescoço, como marcas de dedos,
hematomas ou até mesmo lesões nos ossos.

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O estrangulamento é uma forma de asfixia que ocorre quando o fluxo de ar é bloqueado por objetos, como
uma corda, um lenço ou uma faixa. Esta é outra forma comum de homicídio ou suicídio. O tratamento para es-
trangulamento envolve a remoção do objeto, a reidratação e a administração de oxigênio.
Esganadura é uma forma de asfixia que também ocorre quando o pescoço é apertado por algum objeto ou
pelas mãos de um indivíduo. Quando não tratada a tempo, a esganadura leva à parada cardíaca e à morte.
Sufocação é uma forma de asfixia que ocorre quando alguma substância, como líquidos, gases ou partículas
sólidas, impede a circulação de ar. O tratamento para a sufocação envolve a remoção da substância, a reidra-
tação e a administração de oxigênio.
Soterramento é uma forma de asfixia que ocorre quando o corpo é enterrado, impedindo o fluxo de ar. O
tratamento para soterramento envolve a remoção da substância, a reidratação e a administração de oxigênio.
Afogamento é uma forma de asfixia que ocorre quando o indivíduo é imerso em uma substância líquida,
como água. Esta é uma das principais causas de morte de crianças. O tratamento para o afogamento, assim
como em soterramentos, envolve a remoção da substância (água), a reidratação e a administração de oxigênio.

Exercícios

1. (ITEC-RN — PERITO CRIMINAL — INSTITUTO AOCP — 2018) Sobre os Postulados e Princípios da


Criminalística brasileira, assinale a alternativa correta.
(A) De acordo com o Princípio da Observação, também conhecido como Princípio de Locard, o vestígio,
como toda matéria, é ponderável e, portanto, cabe ao perito criminal o reportar-se ao que vê (visum et reper-
tum).
(B) O Princípio da Interpretação, também conhecido por Princípio de Kirk, pode ser enunciado pela frase
“Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos”.
(C) O Princípio da Documentação não se relaciona ao registro cronológico de um vestígio, desde seu nasci-
mento até sua disposição final, pois isso cabe à Cadeia de Custódia.
(D) Sendo a verdade mutável em relação ao tempo, não se permite postular que a perícia criminal é inde-
pendente do tempo.
(E) Considerando que o teor de um laudo pericial é personalíssimo, então o conteúdo de um laudo pericial
será variante de acordo com o perito criminal que o produzir.
2. (PC-DF — PERITO CRIMINAL — IADES — 2019) A Enciclopédia Saraiva de Direito define “criminalística”
como:
Conjunto de conhecimentos que, reunindo as contribuições de várias ciências, indica os meios para desco-
brir os crimes, identificar os seus autores e encontrá-los, utilizando-se subsídios da química, da antropologia,
da psicologia, da medicina legal, da psiquiatria, da datiloscopia etc., que são consideradas ciências auxiliares
do Direito Penal.
A respeito dos diversos conceitos de Criminalística, assinale a alternativa correta.
(A) Para Edmond Locard, Criminalística é a “investigação não sistemática de prova do delito, sendo reali-
zada sem a necessidade de se estabelecer provas indiciárias, contudo, com todo o escopo agrupado em um
corpo de doutrinas”.
(B) Para Porto, Criminalística representa “um sistema não dedicado à aplicação de faculdade de observa-
ções, mas que se utiliza de conhecimentos empíricos que nos levem a descobrir, defender, pesar e interpretar
os indícios de um delito, de modo a sermos conduzidos à descoberta do criminoso, possibilitando à Justiça a
aplicação da justa pena”.
(C) Em 1947, na cidade de São Paulo, no 1o Congresso Nacional de Polícia Técnica, os profissionais de pe-
rícia apresentaram a Criminalística como sendo “uma quase-disciplina que tem por objetivo o reconhecimento
e interpretação das evidências materiais intrínsecas relativas ao crime ou à identidade do criminoso”.

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(D) Para Hans Gross – o Pai da Criminalística –, a Criminalística é a ciência jurídica utilizada pela Justiça
Criminal, com o objetivo de condenar os criminosos mais diversos.
(E) Eraldo Rabelo (1996) conceitua a Criminalística como sendo “a disciplina autônoma, integrada pelos
diferentes ramos do conhecimento técnico científico, auxiliar e informativa das atividades policiais e judiciárias
de investigação criminal, tendo por objeto o estudo dos vestígios materiais extrínsecos à pessoa física, no que
tiver de útil à elucidação e à prova das infrações penais e, ainda, à identificação dos autores respectivos”.
3. (CIEE - 2018 - TJ-DFT - ESTÁGIO – DIREITO) de acordo com a Lei nº 3.689/1941 - Código de Processo
Penal, quando a infração deixar vestígios, será necessária a perícia judicial, em que os peritos elaborarão o
laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados.
O perito terá, em regra geral, para elaborar o laudo pericial, o prazo máximo de:
(A) 7 dias.
(B) 8 dias.
(C) 10 dias.
(D) 15 dias.
4. (COPS-UEL - 2018 - PC-PR - ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Sobre as provas no processo penal, considere as
afirmativas a seguir.
I. No exame de corpo de delito por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecado. Haven-
do, porém, eventual acordo entre as partes, no caso de ação penal privada, essa nomeação poderá ser feita
pelo juiz deprecante.
II. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as declarações e as respos-
tas de um e de outro, ou cada um redigirá, separadamente, o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro;
se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos.
III. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por dois peritos oficiais, portadores de di-
ploma de curso superior; porém, na falta de peritos oficiais, o exame será realizado por duas pessoas idôneas,
portadoras de diploma de curso superior, preferencialmente, na área específica, entre as que tiverem habilita-
ção técnica relacionada com a natureza do exame.
IV. Conforme previsão do Código de Processo Penal, quando a infração deixar vestígios, será indispensável
o exame de corpo de delito, direto ou indireto. Todavia a sua não realização poderá ser suprida pela confissão
do acusado.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
(B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
(C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
(D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
(E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
5. (CESPE - 2018 - MPE-PI - ANALISTA MINISTERIAL - ÁREA PROCESSUAL) Durante uma festa, após
desentendimentos entre Carlos e Miro, este proferiu xingamentos racistas contra aquele, o que levou Carlos
a empurrar seu agressor, que caiu em uma mesa de vidro. Com o forte impacto, a mesa se despedaçou com-
pletamente e seus cacos causaram cortes profundos por todo o corpo de Miro. Os convidados ligaram para a
polícia e para o corpo de bombeiros: Carlos foi preso em flagrante e Miro foi encaminhado ao hospital, onde
ficou internado por cinco dias, com risco de morte; passou por procedimentos cirúrgicos e, posteriormente,
teve de ficar afastado de sua atividade laboral por trinta e dois dias. O Ministério Público denunciou Carlos por
lesão corporal de natureza grave. Nessa situação hipotética, mesmo que Carlos confesse o crime, esse ato
não suprirá a necessidade do laudo pericial para comprovar a materialidade do crime e a gravidade das lesões
sofridas por Miro.
( ) CERTO
( ) ERRADO

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6. (CESPE - 2018 - POLÍCIA FEDERAL - DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL) Acerca da prova no processo
penal, julgue o item a seguir: na falta de perito oficial para realizar perícia demandada em determinado IP, é
suficiente que a autoridade policial nomeie, para tal fim, uma pessoa idônea com nível superior completo, pre-
ferencialmente na área técnica relacionada com a natureza do exame.
( ) CERTO
( ) ERRADO
7. (CESPE - 2016 - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - MÉDICO LEGISTA) relativamente a lesões e feridas incisas,
assinale a opção correta.
(A) As feridas incisas na face anterior do punho são raras no suicídio e mais frequentes na dissimulação de
homicídio.
(B) A presença de lesões incisas já cicatrizadas nos punhos impede a conclusão de que houve suicídio.
(C) Não são encontradas nos homicídios por esgorjamento lesões paralelas ao corte principal, pois a ferida
incisa é feita de um só golpe.
(D) As lesões perfurantes de intenção homicida são mais comuns que as de origem acidental.
(E) Lesões de hesitação são encontradas no esgorjamento suicida e traduzem as tentativas da vítima de
testar sua sensibilidade à dor.
8. (PC-DF — PERITO CRIMINAL — IADES — 2019) Quanto à classificação de armas de fogo, assinale a
alternativa correta.(A) Revólver é uma arma de fogo de repetição, dotada de um conjunto de câmaras rotativas.
(B) Pistola é uma arma curta, portátil, de alma raiada.
(C) O sistema de repetição por bomba (pump action) existe apenas para as armas longas de alma lisa.
(D) Todas as pistolas possuem canos móveis.
(E) Nas armas de percussão extrínseca, a espoleta faz parte da unidade de munição.
9. (AOCP/2018 – ITEP/RN) A Criminalística pode ser definida como
(A) uma disciplina autônoma, integrada pelos diferentes ramos do conhecimento técnico-científico, auxiliar
e informativa das atividades policiais e judiciárias de investigação criminal, tendo por objeto o estudo dos ves-
tígios materiais extrínsecos à pessoa física, no que tiver de útil à elucidação e à prova das infrações penais e,
ainda, à identificação dos autores respectivos.
(B) a parte da jurisprudência que tem por objeto o estabelecimento de regras que dirigem a conduta do perito
e na forma que lhe cumpre dar às suas declarações verbais ou escritas.
(C) o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados a servir ao Direito, cooperando na ela-
boração, na interpretação e na execução dos dispositivos legais, no campo de ação da ciência aplicada.
(D) o ramo das ciências que se ocupa em elucidar as questões da administração da justiça civil e criminal
que podem ser resolvidas somente à luz dos conhecimentos médicos.
(E) a área do direito penal que se ocupa da doutrina criminal envolvida na elucidação material do fato, sendo
prescindível à elucidação de crimes que deixam vestígios e regida por leis jurídicas e ritos processuais rígidos
e imutáveis e cujos resultados e apontamentos são de origem empírica, ambígua e inextricável.
10. (FUNDATEC/2017 – IFP/RS) São princípios fundamentais da Perícia Criminalística:
(A) Observação, contextualização, descrição, discussão e documentação.
(B) Comunicação, análise, interpretação, discussão e declaração.
(C) Observação, análise, interpretação, descrição e documentação.
(D) Visualização, comunicação, análise, interpretação e documentação.
(E) Recomendação, verificação, descrição, discussão e declaração.

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11. Durante um levantamento de local de crime, o Perito Criminal constatou um cadáver em situação de en-
forcamento por suspensão completa. Populares afirmavam que a vítima era depressiva e que já havia tentado
o suicídio antes. O perito, entretanto, estranhou a escassez de petéquias na conjuntiva ocular da vítima e san-
gramento oriundo da cavidade oral. Diante da situação hipotética apresentada, assinale a alternativa correta.
(A)No enforcamento, como modalidade de asfixia por constrição do pescoço, o sulco decorrente do laço e
presente no pescoço da vítima é oblíquo e contínuo, portanto sem interrupção na altura do nó.
(B)A afirmação de populares é suficiente para concluir pela hipótese de suicídio, independentemente de
qualquer outro elemento de ordem material ou médico legal que possa ser avaliado no local ou no cadáver.
(C)Petéquias são equimoses pontuais que eventualmente, podem estar associadas ao enforcamento quan-
do presentes, por exemplo, na conjuntiva ocular.
(D)São sinônimos de enforcamento, a esganadura e o estrangulamento.
(E)Se o perito médico legista encontrar uma lesão perfurocontusa, de entrada, no palato da vítima, então a
hipótese de suicídio por asfixia será a mais provável.
12. A respeito da classificação dos locais de crime e do isolamento de local, assinale a alternativa correta.
(A) A garagem de uma residência, onde haja ocorrido a subtração de várias mesas e cadeiras, quanto à
natureza da área, é local de crime externo.
(B) Se um homicídio foi praticado no interior do quarto da vítima, a sala da residência, distante 5 metros do
quarto, quanto à divisão, é local imediato.
(C) Se, após uma colisão entre um veículo e uma motocicleta, o condutor do veículo prestou imediato socor-
ro ao motociclista, levando-o ao hospital e retornando ao local do sinistro, com o veículo, antes da chegada dos
peritos, então o local da colisão, quanto à preservação, é local idôneo.
(D) Se, no interior da residência, o marido desfecha vários golpes de faca em sua esposa e, após matá-la,
transporta o corpo da vítima até um lote baldio, onde o joga, então o lote baldio, quanto à divisão, é local rela-
cionado.
(E) Embora imprescindível para garantir as condições de se realizar um exame pericial da melhor forma pos-
sível, não há norma legal que determine a tomada de iniciativas para o isolamento e a preservação de locais de
infrações penais, a fim de resguardarem os vestígios conforme foram produzidos durante a ocorrência do crime.
13. Com relação a local de crime e a exame pericial, assinale a opção correta.
(A) O exame pericial de local destina-se, precipuamente, a determinar a causa da morte da vítima.
(B) A vítima de homicídio, em regra, deve ser individualizada ainda no local do crime e antes do exame pe-
ricial.
(C) Local relacionado abrange o corpo de delito, seu entorno e espaços que contenham vestígios materiais
do crime.
(D) O local do crime é dividido, para efeitos de preservação, apenas em local imediato e em local relaciona-
do.
(E) Em casos de morte violenta, o exame perinecroscópico deve ser realizado pelo perito criminal ainda no
local do crime.

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Gabarito

1 B
2 E
3 C
4 A
5 CERTO
6 ERRADO
7 E
8 A
9 A
10 C
11 C
12 D
13 E

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