Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Noções De Criminalística
Noções De Criminalística
Definição de Criminalística...............................................................................................................1
Vestígios, evidências e indícios (definições, classificações). ..........................................................3
O exame perinecroscópico. Ferimentos contusos, punctórios, incisos e mistos; ferimentos
especiais (esgorjamento, degola, decapitação)...............................................................................8
Efeitos primários e secundários em ferimentos produzidos por projéteis propelidos por
disparo de arma de fogo. ..............................................................................................................10
Mortes produzidas por asfixia (enforcamento, estrangulamento, esganadura, sufocação,
soterramento e afogamento)..........................................................................................................12
Exercícios.......................................................................................................................................13
Gabarito..........................................................................................................................................17
Definições
Inserida na esfera das ciências forenses, a criminalística, ou jurisprudência criminal, consiste no emprego de
métodos científicos na busca e na análise de provas em processos criminais. Em outras palavras, é a disciplina
que visa ao estudo do delito de maneira que não haja margem à distorção dos fatos, prezando sempre pela se-
guridade da integridade, perseguindo as evidências, para alcançar justiça e obtenção de premissas decisórias
para a proferirão da sentença. De acordo com o dicionário, trata-se de:
“Disciplina do direito penal que tem por objetivo desvendar crimes eidentificar criminosos.”
(AURÉLIO, 2016)
“Conjunto de conhecimentos e técnicas essenciais para a descoberta de crimes e identificação de crimino-
sos.”
(AURÉLIO, 2016)
Objetivo Geral: geração de provas periciais para elucidação de ocorrências criminais ou de qualquer caso de
relevância jurídica, institucional ou mesmo relacionado a uma pessoa física.
Objetivos Científicos
• gerar a qualidade material do fato típico
• verificação dos modos e dos meios utilizados na prática do delito, visando ao provimento da dinâmica dos
fatos
• indicação da autoria do delito
• constituição da prova técnica, por meio da indiciologia material (quando existir viabilidade para tal)
Conceito de criminalística
Ciência independente de suporte à justiça e à polícia, cuja finalidade é a elucidação de casos criminais. Tra-
ta-se de uma disciplina de investigação, estudo e interpretação de vestígios localizados na área da ocorrência.
Essa disciplina analisa a indiciologia material para esclarecimento de casos de interesse da Justiça em todos
os seus domínios. Em suma, é a averiguação de todas as evidências do fato delituoso e seu contexto, por meio
de técnicas apropriadas a cada um.
Postulados da criminalística
1o. O objeto de um Laudo Pericial Criminalístico não sofre variação relacionada ao Perito Criminal respon-
sável por sua elaboração. Isto é, as conclusões de uma análise pericial criminalística são constantemente
embasadas em princípios técnicos, com hipóteses e experiências convencionais, independente de qual for o
perito que valer-se de tais leis para examinar um evento criminalístico. Assim, a conclusão não poderá advir do
indivíduo, do perito.
2o. Os resultados de uma perícia criminalística não estão sujeitos aos mecanismos e métodos empregados
para obtê-los. Em outras palavras, fazendo uso dos recursos e técnicas apropriados para se chegar à conclu-
são sobre o fenômeno criminalístico, tal conclusão, sempre que houver reprodução das análises, será invariá-
vel, não obstante ao emprego de estratégias mais modernas, mais rápidas, mais precisas ou não.
3o.A Perícia Criminalística não se subordina ao tempo: a verdade é imutável, proporcionalmente ao tempo
transcorrido.
Princípios da criminalística
Há necessidade de se distinguir os Princípios Científicos da Criminalística e os Princípios da Perícia Crimi-
nalística, conforme abaixo.
Os Princípios Científicos da Criminalística são:
1. Princípio do Uso: os eventos averiguados pela Criminalística são gerados por agentes biológicos, físicos
ou químicos.
2. Princípio da Produção: os mencionados agentes atuam na produção de evidências de seus fatos, com
grandes diversidades estruturais, morfológicas e naturais.
3. Princípio da Correspondência de Características: a atuação dos agentes mecânicos origina morfologias
determinadas pelos modos e naturezas da atividade dos agentes.
4. Princípio da Reconstrução: o emprego de fundamentos tecnológicos, teorias e leis científicas em torno do
encadeamento das evidências remanescentes de um evento determinam os vínculos causais entre as muitas
fases da ocorrência, resultando na reconstrução do fato.
5. Princípio da Certeza: a certeza dos resultados periciais é atestada pelos princípios técnico e científico que
conduzem as ocorrências criminalísticas imutáveis e satisfatoriamente comprovadas.
6. Princípio da Probabilidade: nos exames da prova pericial, predomina o descobrimento no incógnito de um
número de aspectos que equivalham à qualidade do conhecido.
Os Princípios da Perícia Criminalística são:
1. Princípio da Observação: baseado nas teorias de Edmond Locard1, segundo o qual “todo contato deixa
uma marca” e que não há ações em que não decorram vestígios de provas, entendendo-se, ademais, que é
evidente o desenvolvimento e a pesquisa do mecanismo científico apropriado para identificação de tais indícios,
mesmo que se tratem de micro vestígios.
Vestígios na área de investigação criminal são elementos que podem ajudar os investigadores a descobrir a
identidade do suspeito, a motivação do crime e a forma como foi cometido. Esses vestígios podem ser físicos,
como impressões digitais, manchas de sangue, armas, materiais biológicos, roupas e outros objetos utilizados
durante o crime. Os vestígios podem também ser não-físicos, como testemunhos, provas documentais e evi-
dências digitais. As análises destes vestígios são fundamentais para a elucidação dos crimes.
Crimes quanto à dignidade sexual são aqueles cometidos contra a integridade moral ou sexual de outra
pessoa, incluindo o estupro ou o abuso sexual, o assédio sexual, a pornografia infantil, a prostituição infantil e
a exploração sexual. Estes crimes podem ter graves consequências para as vítimas, tanto físicas quanto psico-
lógicas, e podem ter consequências legais graves para quem os comete.
C. Quanto à Natureza
• Local de homicídio
• Local de suicídio
• Local de crime contra a natureza
• Local do dano
• Local do incêndio
• Local de crime de trânsito
• Local de arrombamento
• Local de explosão
D. Quanto ao ambiente
• Local interno: prédio ou dentro de um terreno cercado
Artigo 6º, incisos I, II e III, do Código de Processo Penal (1941), constitui norma que estabelece, a respeito
da preservação do local do crime:
“I – se possível e conveniente, dirigir-se ao local, providenciando para que se não alterem o estado e conser-
vação das coisas, enquanto necessário;
II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
III – colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstancias;”
Documentação do local
Elaboração: a documentação associada a todo vestígio no local de crime deve ser feita por meio de despa-
cho do perito que o considerou ou por anotação.
Objetivo: trajeto do vestígio sempre deve ser documentado integralmente, passo a passo, com documentos
que o certifiquem, de forma a prevenir quaisquer dúvidas futuras a respeito desses elementos comprobatórios.
O exame perinecroscópico é um exame ginecológico realizado para avaliar a saúde do colo do útero e do
colo do útero, bem como para identificar lesões ou anormalidades. O exame é geralmente recomendado para
mulheres com mais de 25 anos ou para mulheres que tenham sintomas como corrimento vaginal anormal, dor
pélvica, sangramento vaginal anormal, entre outros. É importante notar que o exame deve ser realizado por um
ginecologista qualificado.
Realizados por ginecologistas, médicos especializados em saúde reprodutiva feminina, treinados para ava-
liar e tratar doenças, lesões ou anormalidades relacionadas ao útero, à vagina e aos ovários, os exames peri-
necroscópicos envolvem o uso de uma pequena câmera para examinar o períneo, a área entre o ânus e a vulva
ou escroto. O teste é usado para diagnosticar condições como fissuras anais, hemorroidas, fístulas e doenças
sexualmente transmissíveis.
A câmera é inserida através do ânus e fornece uma imagem clara e detalhada da área, permitindo que o
médico diagnostique com precisão a condição. Durante o exame, o paciente pode ser solicitado a esticar ou
contrair certos músculos para ajudar o médico a ter uma visão melhor. O procedimento é geralmente bem tole-
rado e normalmente não causa dor ou desconforto.
BALÍSTICA FORENSE
Arma de fogo: conceito e classificação
Conceito: arma de fogo pode ser definida como um artefato eficaz no disparo de um ou mais projéteis em
alta velocidade, por meio de uma dinâmica pneumática causada pela expansão de gases gerados pela queima
da carga de projeção (proponente) de alta velocidade.
Classificação: as armas de fogo, bem como suas munições, são classificadas conforme sua utilização, sua fi-
nalidade e o grau de perigosidade. De acordo com esses critérios, são divididas nas classes A, B, C, D, E, F e G.
Classe A: em geral, são proibidas
- todo instrumento ou mecanismo desenvolvido exclusivamente para uso como arma ofensiva
- armas de fogo ou armas brancas representadas na forma de outro utensílio
- estiletes; facas borboleta ou de abertura automática ou mesmo de arremesso; boxes e estrelas de lançar
- armas brancas que não tenham efeito ao exercício de qualquer atividade comerciais, industriais, flores-
tais, cinegéticas, agrícolas, desportivas, domésticas, ou cujos valores artístico ou histórico não se enquadrem
como itens de coleção.
- bastões extensíveis ou elétricos, de uso exclusivo das forças e serviços de segurança ou das Forças Ar-
madas
- as armas de fogo fabricadas sem anuência
- as armas de fogo alteradas ou transformadas
Classe B: armas de fogo curtas semiautomáticas ou de repetição
Classe C
- armas de ar comprimido de aquisição condicionada
- armas de fogo longas semiautomáticas, de cano de alma estriada, de tiro a tiro e de repetição
- armas de fogo longas semiautomáticas ou de repetição
- armas de fogo de calibre até 6mm ou .22
Classe D
- armas de fogo longas de tiro a tiro de cano de alma lisa
- armas de fogo longas semiautomáticas ou de repetição, de cano de alma lisa com um comprimento supe-
rior a 60cm
Classe E
- aerossóis de defesa com gás, com concentração máxima de 5% de gás de pimenta (oleoresina de capsi-
cum ou capsaicina) e que não possam ser confundidas com outras armas
- armas elétricas até 200.000 V, com dispositivo que não permitam serem confundidas com outros instru-
mentos
Classe G
- réplicas de armas de fogo para atividades recreativas
- armas de sinalização
- armas de ar comprimido de aquisição livre
Efeitos primários do tiro: são aqueles gerados pelo projétil, o elemento primário do tiro, em consequência da
atividade mecânica na tentativa de superar a resistência apresentada pelo alvo, sendo assim, característicos
do orifício de entrada. Tais efeitos acontecem a despeito da distância do tiro e envolvem quatro tipos de efeitos:
- o orifício em si (orifício deixado pela passagem do projétil)
- a orla de enxugo (distinguida pelo projétil que, percorrendo o próprio eixo, é coberto de impurezas da pól-
vora e dos resíduos que penetraram)
- a orla de contusão (ocorre penetração do projétil, no exato momento de rompimento da pele, constituin-
do orla contundida e escoriada)
3 RABELO, Eraldo. Balística Forense. 3. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1995.
Tiro encostado: ocorre quando a boca do cano da arma encosta no alvo, permitindo que a lesão seja gerada
pela atividade dos gases provenientes da deflagração da pólvora e do próprio projétil. O orifício de entrada é
amplo e irregular e, em geral, de abertura superior do que a do projétil que causou.
Tiro à curta distância: ocorre quando o projétil é disparado em direção ao alvo a uma distância suficiente
para produzir o ferimento de entrada e os efeitos secundários. A lesão do tiro à curta distância pode apresentar
extremidade elíptica ou arredondada; zonas de tatuagem ou de queimadura ou de esfumaçamento ou mesmo
de compressão de gases; aréola equimótica. O tiro à queima-roupa é um tipo de tiro à curta distância.
Tiro à distância: ocorre quando cano da arma e alvo se encontram separados por 40 a 50 centímetros. Não
apresenta efeitos secundários do tiro; tiro perpendicular, cujo resultado, em geral, é uma lesão cujo diâmetro é
menor que o do projetil.
Tiro acidental: é caracterizado como o disparo provocado em situações incomuns, sem o acionamento re-
gular e intencional dos dispositivos descarga. Em geral, o tiro acidental ocorre em função de falhas e defeitos
nos dispositivos gerais e de segurança da arma que também podem provocar acidentes. Não é raro que o tiro
acidental, seja confundido com o disparo acidental; este, porém, acontece ocorre sem que haja o acionamento
do mecanismo de disparo (aperto de gatilho), por qualquer anormalidade dos dispositivos da arma e em ra-
ras excessões.
Mortes produzidas por asfixia ocorrem quando o corpo não recebe oxigênio suficiente para suportar as ati-
vidades vitais. Esta condição pode ser causada por diversos fatores, como a inalação de substâncias tóxicas,
engasgamento, sufocamento, afogamento, aperto da traqueia ou da faringe, ou ainda por alguma outra condi-
ção médica que reduza a quantidade de oxigênio disponível no sangue.
Alguns dos sintomas de asfixia incluem tontura, desmaios, dificuldade de falar, tosse seca, respiração ofe-
gante e mudanças na cor da pele. Se não for tratada a tempo, a asfixia pode levar à parada cardíaca e à morte.
O enforcamento é uma forma de asfixia que ocorre quando um objeto aperta a garganta ou o pescoço, re-
duzindo ou impossibilitando a entrada de ar. Esta é uma das formas mais comuns de homicídio ou suicídio, e a
causa de morte mais comum é parada respiratória.
Alguns dos sintomas de enforcamento, como todos os demais tipos de asfixia abaixo, podem incluir lábios e
dedos azuis, dificuldade em respirar, rosto congestionado, olhos dilatados e pupilas fixas. Quando a causa da
morte é enforcamento, geralmente é possível ver sinais de compressão no pescoço, como marcas de dedos,
hematomas ou até mesmo lesões nos ossos.
Exercícios
1 B
2 E
3 C
4 A
5 CERTO
6 ERRADO
7 E
8 A
9 A
10 C
11 C
12 D
13 E