Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
HTTPS://MONOGRAFIAS.BRASILESCOLA.UOL.COM.BR/DIREITO/A-
IMPORTANCIA-LEVANTAMENTO-IMPRESSAO-DIGITAL-LOCAL-
CRIME.HTM
DIREITO
A papiloscopia tem contribuído efetivamente na solução de crime e na
individualização e localização de pessoas. Os dados mostram que noventa por
cento (90%) dos vestígios encontrados nos locais de crimes são de natureza
biológica e papiloscópica.
ÍNDICE
1. 1. RESUMO
2. 2. INTRODUÇÃO
3. 3. A CIÊNCIA PAPILOSCÓPICA
1. 3.1 OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA PAPILOSCOPIA
2. 3.2 AS IMPRESSÕES PAPILARES E SEUS ELEMENTOS
1. 3.2.1 Os Elementos Constitutivos do Datilograma
2. 3.2.2 Cristas Papilares, Sulcos Interpapilares ou intercristais
e Poros
3. 3.2.3 Linhas diretrizes e Sistema de Linha
4. 3.2.4 Delta
5. 3.2.5 Pontos Característicos
4. 4. PROCESSO HISTÓRICO
5. 5. SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO DATILOSCÓPICA DE JUAN
VUCETICH
6. 6. CONCEITO E CARACTERIZAÇÃO DE LOCAL DE CRIME
7. 7. VESTÍGIOS, EVIDÊNCIAS E INDÍCIOS
8. 8. PERÍCIA PAPILOSCÓPICA
1. 8.1 REQUISIÇÃO DOS EXAMES PERICIAIS
2. 8.2 LEVANTAMENTO E REVELAÇÃO DE FRAGMENTOS DE
IMPRESSÕES PAPILARES
1. 8.2.1 Reveladores e reagentes químicos
3. 8.3 CADEIA DE CUSTÓDIA
4. 8.4 CONFRONTO DE IMPRESSÕES PAPILARES
5. 8.5 SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO AUTOMATIZADA DE
IMPRESSÕES DIGITAIS (AFIS)
9. 9. LESGISLAÇÃO APLICADA AO TEMA
10. 10. DO LAUDO PAPILOSCÓPICO
11. 11. ALGUMAS DECISÕES JUDICIAIS
12. 12. CONSIDERAÇÕES FINAIS
13. 13. REFERÊNCIAS
1. RESUMO
A papiloscopia é a ciência que trata da identificação humana através das
papilas dérmicas. O especialista em impressões papilares utiliza diversas
técnicas e procedimentos, baseados no rigor técnico e na objetividade do
conhecimento adquirido ao longo da sua carreira, na aplicação do método
papiloscópico na individualização de seres humanos. Os fragmentos de
impressões papilares levantados e revelados nos locais de crimes são
evidências fundamentais para desvendar a autoria de um crime com base nos
princípio da ciência papiloscópica, Perenidade, Imutabilidade e Variabilidade.
Para isso, os especialistas utilizam de reveladores de impressões papilares que
são produtos químicos desenvolvidos especificamente para reagirem com as
substâncias expelidas pelas glândulas sudoríparas e sebáceas presente nas
mãos e dedos das pessoas. A cadeia de custódia é essencial para preservar as
evidências papilares, como também, para assegurar a legalidade da prova
material dentro do processo penal. O confronto das impressões coletadas nos
locais de crimes com as ficha de identificação nos arquivadas datiloscópicos
dos Institutos de Identificação, o perito pode ter a confirmação se o suspeito é
ou não o autor de determinado crime, com base nas minúcias ou pontos
característicos extraídos do papilograma das peças examinadas. O laudo
papiloscópico é a prova objetiva da infração penal e tem como objetivo oferecer
às autoridades que atuam na persecução criminal os subsídios técnicos e
científicos necessários à elucidação do delito e sua autoria e,
consequentemente a aplicação da sentença condenatória ao réu.
ABSTRACT
The Papiloscopy is the science that deals with human identification through the
dermal papillae. The specialist in papillary impressions uses several techniques
and procedures, based on the technical rigor and objectivity of the knowledge
acquired throughout his career, on the application of the papillary method in the
individualization of human beings. The fragments of papillary impressions
raised and revealed at crime sites are fundamental evidences for uncovering
the authorship of a crime based on the principles of papillary science,
Perenniality, Immutability and Variability. For this, the experts use papillary print
developers that are chemicals developed specifically to react with the
substances expelled by the sweat glands and sebaceous present in the hands
and fingers of the people. The chain of custody is essential to preserve the
papillary evidence, as well as to ensure the legality of the physical evidence
within the criminal process. The comparison of the impressions collected at the
crime sites with the identification forms on the filed fingerprint of the
Identification Institutes, the expert can have confirmation as to whether or not
the suspect is the perpetrator of a crime, based on the minutiae or characteristic
points extracted from the papillogram of the parts examined. The papillological
report is the objective proof of the criminal infraction and its objective is to offer
to the authorities that act in the criminal prosecution the technical and scientific
subsidies necessary for the elucidation of the crime and its authorship, and
consequently the application of the condemnatory sentence to the defendant.
2. INTRODUÇÃO
A papiloscopia é a ciência que trata da identificação humana através das
papilas dérmicas. Não existe argumento negativo o quanto o método
datiloscópico contribuiu bastante para a identificação humana, bem como, para
a persecução criminal, na elucidação de crime. Foi através de pesquisas
científicas que a papiloscopia se desenvolveu baseados em técnica e princípios
científicos que contribuíram bastante para a descoberta da identidade de
milhares de assassinos.
Quem nunca ouviu falar que não existe uma impressão digital igual à outra?
Pois é, a impressão digital é única. Dessa maneira, com a finalidade de evitar
que inocentes sejam punidos ou autores de delitos fiquem impune, os peritos
devem tomar precauções e traçar procedimentos e métodos adequados na
coleta de material papiloscópico nos locais de delitos.
3. A CIÊNCIA PAPILOSCÓPICA
A papiloscopia é a ciência de que trata a identificação humana através das
papilas dérmicas. Segundo Araújo (2000), a papiloscopia é comumente
conceituada como sendo a ciência que trata da identificação humana por meio
das papilas dérmicas. A palavra papiloscopia é de origem greco-latino que
significa papilla = papila e skopêin = examinar.
Fonte: https://escolakids.uol.com.br
Note que (Figura 02) as linhas negras são formadas pelas cristas papilares e
os espaços em branco formados pelos sulcos interpapilares, constituindo dessa
forma um papilograma.
3.2.4. Delta
Para a SENASP (2009), “os deltas são encontrados entre os três sistemas de
linhas, algumas linhas neutras, um ponto, uma linha, uma bifurcação ou um
pequeno agrupamento de linhas neutras, ou seja, não faz parte de nenhum dos
sistemas de linha.”.
4. PROCESSO HISTÓRICO
Não iremos aprofundar muito no contexto histórico da ciência papiloscópica,
seremos mais específico e direto ao que realmente nos interessa. Nosso foco
aqui é a importância de tal ciência para elucidação de crimes. Então citaremos
alguns protagonistas que foram os primeiros a realizar análises de impressões
digitais em locais de crime.
Citou dois casos resolvidos nos quais participou a pedido da polícia japonesa;
num deles, as impressões oleosas que foram deixadas, permitiram descobrir
quem bebera álcool retificado; em outro caso, impressões foram deixadas
numa parede caiada que tinha sido escala, foram usadas como prova de
inocência de uma pessoa suspeita, em ambos os casos por comparação das
impressões (TOCCHETO; FIGINI, 2012).
O ponto de partida para o uso das evidências papilares como prova material na
elucidação de crime e revelação de autoria delitiva, ocorreu em 1892, na
Argentina, com Juan Vucetich. O caso é referente à Teresa Francisca
Rojas. Na ocasião foram assassinados dois filhos da mesma, e a culpa era
atribuída ao seu vizinho.
Como a Argentina é vizinha do Brasil, não demorou muito para ser adota o
Sistema de Identificação com base no método de Juan Vucetich, através da
iniciativa de Félix Pacheco:
Félix Pacheco (José Félix Alves Pacheco), jornalista, político, poeta e tradutor,
nasceu em Teresina, PI, em 02 de agosto de 1879, e faleceu no Rio de
Janeiro, RJ, em 06 de dezembro de 1935. Foi o fundador e primeiro diretor do
Gabinete de Identificação e Estatística da Polícia do Distrito Federal, hoje
Instituto Félix Pacheco. Foi o introdutor, no Brasil, do sistema datiloscópico.
Representou, por muitos anos, o Estado do Piauí, primeiro na Câmara e depois
no Senado da República. No governo de Artur Bernardes, foi ministro das
Relações Exteriores. (ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS)
1921 O– gabinete
é criado de Identificação e Estatística
Criminal do estado do Mato Grosso.
ivo dactilar?
QualLogo
é o objetivo
todos vão
deste
responder
arqu que este
serve para futura identificação de individuo ignorado ou que cometeram crime.
É rotina observar que logo após a prática de um delito, as providências a ser
tomada, a princípio, é a identificação da vítima e do autor. Quando o autor é de
identificação ignorada, buscam-se através de investigação criminal, dados e
elementos que possam levar a sua elucidação. É notório existir duas situações
para o caso: primeira, a existência de suspeitos; segunda, o levantamento e
revelação de fragmentos datiloscópicos encontrados no local de crime.
Para Araújo (2000) local de crime é toda área que apresenta evidências
materiais, resultantes de um fato que requer providências afetas à esfera
policial. Umas das evidências materiais encontradas no local são os
fragmentos de impressões papilares deixados pelo autor.
Nas áreas onde tenha ocorrido homicídio, suicídio, acidente, incêndio, furto
qualificado, etc., são tratadas de forma geral como local de crime ou local de
corpo de delito.
Alguns autores define o local onde ocorreu um evento criminoso como “sítio da
ocorrência”, “cena do crime”, “sede da ocorrência”.
O que vem a ser esse vestígio? É todo material bruto coletado no local de uma
infração penal, mesmo que não haja a certeza da sua relação com o fato, é
considerado vestígio.
8. PERÍCIA PAPILOSCÓPICA
A perícia é um meio de prova em que profissionais qualificados tecnicamente
(os peritos), nomeados pelo juiz, ou oficialmente empossados através de
concurso público, analisam fatos juridicamente relevantes à causa examinada,
elaborando laudo pericial. É um exame que exige conhecimentos técnicos e
científicos a fim de comprovar (provar) a veracidade de certo fato ou
circunstância. Nesse sentido, a perícia papiloscópica utiliza conhecimentos
técnico-científicos da papiloscopia para analisar fatos relevantes que
necessitam de informações relativas à identificação humana. (SENASP, 2010).
No artigo 6º, inciso VII, do CPP, existe uma determinação processual para que
a autoridade policial requisite a perícia, caso seja necessário ou haja vestígios
do crime “determinar, se for o caso, que se proceda a exames de corpo de
delito e a quaisquer outras periciais”.
Pós Reveladores
Não podemos esquecer que o perito para usar os pós reveladores, este deve
utilizar-se pincéis para revelar os fragmentos de impressões.
mais
O levantamento pode ser feito de várias maneiras O método
convenientemente aplicado no laboratório é através do uso de um gabinete
para absorção do iodo. Este gabinete é uma Caixa com uma ou mais paredes
de vidros. Utiliza-se uma lâmpada comum para aquecer os cristais e fazer com
o que o material evapore enchendo o recipiente, e dará início ao processo de
revelação das impressões papilares na cor marrom.
Cianoacrilato
Violeta de Genciana
Segundo CAMPOS (2007, p.3) conforme citado por MULLER (2012), em seu
trabalho sobre a relevância da custódia da evidência na investigação judicial,
define cadeia de custódia como o conjunto de etapas desenvolvidas de forma
científica e legítima em uma investigação judicial, com a finalidade de evitar a
alteração ou destruição dos indícios materiais no momento de sua coleta, ou
após, e dar garantia científica de que o material que foi analisado no laboratório
forense é o mesmo recolhido no local do delito. O autor afirma a necessidade
de se introduzir todas as garantias processuais possíveis para que se obtenha
uma maior confiabilidade nas conclusões derivadas das provas apresentadas,
adotando-se uma rígida obediência aos procedimentos legais e científicos, o
que justificaria a origem do conceito jurídico da denominada cadeia de custódia
da evidência.
Araújo (2000) utiliza alguns termos técnicos que são importantes na hora de
confeccionar o laudo pericial. Vejamos:
PAPILOGRAMA
É a impressão que apresenta campo de observação suficiente
para que sejam examinados todos os seus elementos
classificadores. É dividido em Datilograma, Quirograma e
Podograma.
IMPRESSÃO QUESTIONADA
É a impressão de autoria desconhecida, cuja identidade se
pretende estabelecer.
Exemplos: 1 - Impressões colhidas em locais de crime; 2 -
Impressões apostas em documentos cuja identidade suscite
dúvida quanto ao seu autor.
IMPRESSÃO PADRÃO
É a impressão de origem certa, portanto de autoria conhecida
ou cuja identidade não está sendo objeto de questionamentos.
Serve de base de comparação com a impressão questionada.
PADRÃO DE EXCLUSÃO
Impressões das VÍTIMAS e outras pessoas fora do rol de
suspeitos;
PADRÃO DE CONFIRMAÇÃO
Impressões de SUSPEITOS.
[...]
CONFRONTO DE IMPRESSÕES
É o exame comparativo de duas ou mais impressões papilares,
geralmente o perito utiliza o auxílio de instrumentos óticos como
lupas, comparadores e ampliações fotográficas.
AFIS é exclusivoOpara
sistema
o trabalho com impressões
e promoveu uma quebra dedigitais
paradigma no contexto da
Perícia Papiloscópica,
uma vez que ocasionou a substituição
das pesquisas manuais 32 baseadas na classificação
datiloscópica pelas pesquisas automatizadas. A pesquisa
tornou-se muito mais célere e o banco de dado mais seguro.
A partir
impressão
de cada
inserida, é realizada uma pesquisa
nos bancos de dados de impressões digitais. Considerando a
pesquisa com impressões digitais questionadas (de locais de
crime, cadáveres ou documentos de origem questionada), as
pesquisas podem ser conduzidas em bancos de dados civis
(RGs - identificação civil), criminais (BICs – identificação
criminal) e, em diversas situações, nos bancos do Instituto
Nacional de Identificação, da Polícia Federal. Este último banco
é alimentado por diferentes processos de identificação em todo
o território nacional. 33
[...]
3.3 A comparação
O grande ponto negativo é que não há tanto interesse dos gestores público em
implantar uma ferramenta tão eficaz na solução de crime. O objetivo seria
expandir em todos os institutos e coordenações de perícia, no entanto, as
verbas públicas são aplicadas em outros setores da segurança pública, e este
sistema gera custo de instalação e manutenção. O uso desta ferramenta ainda
é restrito, poucos profissionais tem acesso. O ideal seria, depois de implantado,
interligar com os demais estados da federação, na troca de informações e
compartilhamento dos bancos de dados, uma vez que, o crime organizado não
tem fronteira, o criminoso está sempre migrando para outras regiões do Brasil.
c) identificação
órgão expedidor;
do
Essas fichas com impressões digitais são úteis para confronto com evidências
papilares encontradas em locais de crimes. Sem a peça padrão (Ficha Dactilar)
não há possibilidade de atestar se os fragmentos de impressão encontrados no
local foram produzidos por determinado suspeito.
I – carteira de identidade;
II – carteira de trabalho;
Não há como proceder com uma investigação criminal sem antes identificar o
autor ou até mesmo a vítima. Não se pode puni ninguém sem antes saber
quem está sendo punido. A identificação datiloscópica é um dos requisitos legal
do inquérito policial. Consoante o artigo 6º, inciso VIII, do Código de Processo
Penal, o delegado tem atribuição de “ordenar a identificação do indiciado pelo
processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de
antecedentes”.
Art. 159.
de corpo
O exame
de delito e outras perícias serão
realizados por perito oficial, portador de diploma de curso
superior.(CPP).
Título
Subtítulo (Exame de confronto de impressões papilares em material;
Levantamento de impressão digital em local de crime; Levantamento de
impressão papilar em veículo)
Preâmbulo
Material Examinado (PQ e PP)
Objetivo
Exames realizados
Conclusão/Resposta aos quesitos
Encerramento
Anexos
A impressão papilar é tão importante que a sua finalidade não é apenas indiciar
o autor de crime, mas também, inocentar e excluir aqueles que não têm relação
com o fato.
A conclusão do magistrado foi para manter o réu preso e condená-lo pelo crime
contra o patrimônio.
APELAÇÃO
CRIMES
CRIMINAL.
CONTRA O PATRIMÔNIO.
FURTO QUALIFICADO PELO CONCURSO DE PESSOAS.
MATERIALIDADE E AUTORIA.
Talvez uma das saídas esteja no banco de dados do Tribunal superior Eleitoral
(TSE) que contêm impressões digitais da maioria dos brasileiros, captada
através da biometria. Futuramente será feito convênio com os Estados e
disponibilizados para os Institutos de identificação, esse banco de dados
contendo as impressões digitais. Essas informações serão úteis para confronto
de impressões digitais com os fragmentos de impressões digitais levantados e
revelados em locais de crime.
13. REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Joyce Fernandes de; AGUIAR FILHO, Antônio Maciel. Peritos em
papiloscopia e Identificação Humana. Goiânia. 2016. Editora Espaço
Acadêmico.
TOCCHETO, Domingos;
Datiloscopia FIGINI, Adriano.
e Revelação de
impressões Digitais. Millennium Editora, 2012.
Fonte: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/direito/a-importancia-
levantamento-impressao-digital-local-crime.htm