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AGENTE DE POLÍCIA
PC GO
Abuso de autoridade
Prof. Antônio Pequeno
HISTÓRICO E DOUTRINA DA CRIMINALÍSTICA
• A Criminalística se ocupa dos vestígios materiais extrínsecos do corpo de delito;
• Corpo de delito: É o conjunto de alterações físicas, químicas, biológicas, de dados, e
outras, deixadas no local ou no objeto pela dinâmica do crime. Essas alterações são
chamadas de vestígios materiais;
• Exame de corpo de delito: Exame de corpo de delito “é uma análise feita por pessoas
com conhecimentos técnicos ou científicos sobre os vestígios materiais deixados pela
infração penal para comprovação da materialidade e autoria do delito.” (LIMA, Renato
Brasileiro de. Código de Processo Penal comentado. Salvador: Juspodivm, 2016, p. 553);
• Vestígio: Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou
recolhido, que se relaciona à infração penal. Art. 158-A, § 3º, CPP;
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HISTÓRICO E DOUTRINA DA CRIMINALÍSTICA
Ciências com aplicação forense – Ciências Forenses:
❖ Medicina Legal;
❖ Biologia;
❖ Engenharias;
❖ Química;
❖ Matemática;
❖ Documentoscopia;
❖ Geologia;
❖ Contabilidade;
❖ Informática;
❖ Grafoscopia ou Grafotecnia.
❖ Papiloscopia; Física; Balística Forense;
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Ciências com aplicação forense – Ciências Forenses:
❖ Medicina Legal;
❖ Biologia;
❖ Engenharias;
❖ Química;
❖ Matemática;
❖ Documentoscopia;
❖ Geologia;
❖ Contabilidade;
❖ Informática;
❖ Grafoscopia ou Grafotecnia.
❖ Papiloscopia; Física; Balística Forense;
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Como a Criminalística (perícia) ajuda esses órgãos?
1. Acontece uma crime:
a. O que aconteceu? Matou, suicidou-se,...
b. Como aconteceu? Arma de fogo, faca,...
c. Onde? Em casa, no trabalho, na rua...
d. Por que? Pra roubar, por vingança, por ódio, por imprudência...
e. Quem? Ladrão, desconhecido, vizinho, marido,...
f. Houve auxílio? Quem?
g. Quando? De dia, de noite, hora, ocasião...
Quintiliano, 35-95 d.C.
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Como a Criminalística ajuda esses órgãos?
1. Acontece um crime;
2. A polícia judiciária é comunicada: cidadão, PM, imprensa,...;
3. A polícia se certifica do crime;
4. O local é isolado / objeto apreendido;
5. A perícia é acionada;
6. A perícia comparece e examina o local ou objeto;
7. O resultado desse exame, técnico-científico, é exposto em um relatório (laudo);
8. Esse documento vai para a Polícia (delegado); vai para o MP (promotor) , Justiça (juiz),
advogados.
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HISTÓRICO E DOUTRINA DA CRIMINALÍSTICA
Histórico: Como nasceu a Criminalística?
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HISTÓRICO E DOUTRINA DA CRIMINALÍSTICA
A Criminalística nasceu da Medicina Legal
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HISTÓRICO E DOUTRINA DA CRIMINALÍSTICA
A Criminalística nasceu da Medicina Legal
• Esses profissionais passam a fazer uso de variados ramos do conhecimento científico
para explicar fatos criminosos de diversos tipos;
• Mortes suspeitas: natural, envenenamento (toxicológico) ou sufocamento (local) ...?
• Morte por precipitação: homicídio, suicídio ou acidente?
• Suicídio ou homicídio: enforcamento, estrangulamento, sufocamento;
• Mortes por atropelamento: acidente ou intencional?
• Os conhecimentos gerados dessa forma deram origem ao que se conhece hoje como
Criminalística.
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HISTÓRICO E DOUTRINA DA CRIMINALÍSTICA
• 1892: Hans Gross, pai da Criminalística, Áustria, obra Manual de Juiz de Instrução:
Antropometria;
HANS GROSS (1893) Criminalística é o estudo do crime e dos métodos práticos de sua
investigação
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HISTÓRICO E DOUTRINA DA CRIMINALÍSTICA
JOSÉ LOPES ZARZUELA (1995) A Criminalística constituiu o conjunto de
conhecimentos científicos, técnicos, artísticos, destinados à apreciação, interpretação e
descrição escrita dos elementos de ordem material encontrados no local do fato, no
instrumento de crime e na peça de exame, de modo a relacionar uma ou mais pessoas
envolvidas em um evento, às circunstâncias que deram margem a uma ocorrência, de
provável interesse judiciário.
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HISTÓRICO E DOUTRINA DA CRIMINALÍSTICA
Como a perícia é tratada na legislação brasileira? Legislação Penal no Brasil:
Constituição Federal;
Código Penal;
*Código de Processo Penal;
Lei 11.343/06 – Lei Antidrogas;
Lei 11.340/06 – Lei Maria da Penha.
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POSTULADOS DA CRIMINALÍSTICA
Postulados da Criminalística Nas ciências, qualquer afirmação ou premissa que é aceita
sem questionamento, sem a necessidade de ser provada. É um consenso para a
construção de uma nova teoria:
1. O conteúdo do laudo pericial não deve variar com o perito que o produziu; impessoal;
visum et repertum;
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PRINCÍPIOS DA CRIMINALÍSTICA
2. Princípio da análise:
A perícia é pautada no método científico: observação, análise, formulação de hipóteses e
teorias; testes e experimentos;
Criteriosa observação e análise do local; coleta dos objetos e dos vestígios relacionados
ao fato criminoso.
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PRINCÍPIOS DA CRIMINALÍSTICA
3. Princípio da interpretação (individualidade):
Dois objetos relacionados a crimes podem ser semelhantes, mas nunca iguais.
A identificação de um objeto ou vestígio deve ser feita em três graus:
1.identificação genérica;
2.identificação específica;
3.identificação individual.
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PRINCÍPIOS DA CRIMINALÍSTICA
3. Princípio da interpretação (individualidade):
1. Identificação genérica:
É sangue?
2. Identificação específica:
É humano? Qual o tipo: A, B,...?
3. Identificação individual:
Qual o perfil genético – DNA?
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PRINCÍPIOS DA CRIMINALÍSTICA
4. Princípio da descrição:
A descrição detalhada de objetos e de locais relacionados a crimes deve ser feita de
acordo com os princípios e das leis científicas vigentes;
Exposição clara; Reprodutibilidade, questionabilidade e refutabilidade;
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PRINCÍPIOS DA CRIMINALÍSTICA
5. Princípio da documentação (cadeia de custódia):
Todo objeto, amostra ou vestígio ou deve ser rigorosamente documentada e
armazenada;
Todas as etapas protocoladas e registradas por escrito;
No levantamento, na embalagem, no protocolo (papel ou digital);
Desde o início das investigações até o final do processo;
Protege a idoneidade da prova material; evita provas forjadas; dá credibilidade ao
vestígio.
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PRINCÍPIOS DA CRIMINALÍSTICA
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PRINCÍPIOS DA CRIMINALÍSTICA
1. Fase externa: no local do crime; no levantamento, na embalagem da evidência, no
transporte, devidamente identificada e lacrada;
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ARTIGOS EXPRESSOS DO CPP
Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados
para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de
crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se
relaciona à infração penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
.
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ARTIGOS EXPRESSOS DO CPP
Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes
etapas: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
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ARTIGOS EXPRESSOS DO CPP
V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de
forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para
posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o
acondicionamento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições
adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a manutenção
de suas características originais, bem como o controle de sua posse; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigência)
VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser
documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e unidade de
polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou o vestígio, código de
rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o
recebeu; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
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ARTIGOS EXPRESSOS DO CPP
VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a
metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o
resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito; (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material
a ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou transportado, com
vinculação ao número do laudo correspondente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) (Vigência)
X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente
e, quando pertinente, mediante autorização judicial. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) (Vigência)
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ARTIGOS EXPRESSOS DO CPP
Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por perito
oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo
quando for necessária a realização de exames complementares. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigência)
§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada, de
forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o transporte. (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise e, motivadamente,
por pessoa autorizada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
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ARTIGOS EXPRESSOS DO CPP
§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de acompanhamento de
vestígio o nome e a matrícula do responsável, a data, o local, a finalidade, bem como as
informações referentes ao novo lacre utilizado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) (Vigência)
§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo recipiente. (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
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ARTIGOS EXPRESSOS DO CPP
Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia
destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão
central de perícia oficial de natureza criminal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) (Vigência)
§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para
conferência, recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a
classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar condições
ambientais que não interfiram nas características do vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) (Vigência)
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ARTIGOS EXPRESSOS DO CPP
§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser
identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019) (Vigência)
§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações deverão ser
registradas, consignando-se a identificação do responsável pela tramitação, a destinação, a data e
horário da ação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
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ARTIGOS EXPRESSOS DO CPP
Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de
custódia, devendo nela permanecer. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) (Vigência)
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(INSTITUTO AOCP 2021)
Em 2009, um artigo publicado na Revista dos Tribunais reconheceu a rastreabilidade como um dos
elementos da Cadeia de Custódia. Dez anos depois, o Pacote Anticrime dividiu o rastreamento do
vestígio em etapas, incluindo uma que representa o “ato de recolher o vestígio que será submetido à
análise pericial, respeitando suas características e natureza”. Assinale a alternativa que apresenta o
nome dessa etapa.
A) Reconhecimento.
B) Isolamento
C) Coleta
D) Transporte
E) armazenamento
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(INSTITUTO AOCP 2021)
Assinale a alternativa INCORRETA
A) Em termos legais, vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou
recolhido, que se relaciona à infração penal.
B) O prazo máximo para a elaboração do laudo pericial é de 10 dias, não podendo esse prazo ser
prorrogado.
C) Cadeia de Custódia pode ser definida pelo conjunto de todos os procedimentos utilizados para
manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de
crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
D) Será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, quando a infração deixar
vestígios, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
E) O laudo pericial é o documento no qual os peritos descrevem minuciosamente o que
examinaram e respondem aos quesitos formulados.
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(INSTITUTO AOCP 2021)
Um socorrista não troca as luvas entre atendimentos e, sem qualquer intenção, acaba sujando as
vestes de uma vítima de homicídio com sangue do socorrido anterior. Ao chegar ao local, o Perito
Criminal entende necessária a coleta do sangue encontrado nas vestes do cadáver, estranhando a
ausência de lesões hemorrágicas no corpo da vítima. Após exames laboratoriais, descobre-se que o
vestígio de sangue coletado não tinha relação com o caso de homicídio. Nessa situação, a mancha
de sangue citada pode ser considerada um exemplo de
A) vestígio ilusório.
B) vestígio forjado.
C) vestígio frustratório.
D) vestígio verdadeiro.
E) indício de material enganoso.
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(INSTITUTO AOCP 2021)
Em locais de morte recente, poderia ser considerado um vestígio de interesse forense
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Um dos nomes mais conhecidos dos estudiosos da Criminalística é o de Hans Grossm,
isso porque ele
A) afirmou que “todo contato deixa uma marca”, fundando um dos princípios da
criminalística.
B) demonstrou que “o tempo que passa é a verdade que foge”, urgindo para uma
investigação rápida e breve.
C) fundou a “Escola de Polícia Científica” em Roma, edificando as bases da criminalística
moderna.
D) cunhou o termo “Criminalística” em um livro que reúne conhecimentos de várias
ciências e disciplinas.
E) teve Edmond Locard por discípulo e fundamentou os conhecimentos científicos
aplicados à investigação criminal.
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Em relação aos cinco Princípios da Criminalística, assim definidos por Dorea, assinale a alternativa correta.
A) Princípio da Observação: tem base na célebre frase de Edmond Locard, o Sherlock Holmes da França:
“Todo contato deixa uma marca”. Apesar de haver uma grande quantidade de ações que não resultem em
marcas de provas e de que a evolução e pesquisa no instrumental científico não são capazes de detectar
vestígios ou microvestígios, o (a) perito(a) criminal deve embasar-se na observação e no empirismo para
realizar os respectivos exames periciais, concentrando ali os próprios esforços.
B) Princípio da Análise: “A análise pericial nem sempre deve seguir o método científico”. A perícia empírica
visa a determinar uma das tantas possibilidades de como o fato ocorreu. O (A) perito(a) criminal deve
realizar uma coleta de dados que permita o estabelecimento de conjecturas a respeito de como se
desenvolveu o fato, formulando quaisquer hipóteses sobre ele.
C) Princípio da Interpretação (ou Princípio da Individualidade): “Dois objetos indistinguíveis são sempre
idênticos”. Esse princípio preconiza que a identificação deve ser sempre enquadrada em um único grau –
identificação genérica. Os exames periciais deverão sempre alcançar esse grau a fim de se permitir a
individualização.
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D) Princípio da Documentação: “Toda amostra deve ser documentada, desde seu nascimento no
local de crime até sua análise e descrição final, de forma a se estabelecer um histórico completo e
fiel de sua origem”. Esse princípio tem base na Cadeia de Custódia da prova material e visa a
proteger a fidelidade desta, evitando a consideração de provas forjadas.
E) Princípio da Descrição: “O resultado de um exame pericial nem sempre é constante com relação
ao tempo e deve ser exposto em linguagem técnica”. A linguagem do Laudo de Perícia Criminal
deve atender aos usos e costumes da linguagem técnica referente à área de perícia. Caso o usuário
do Laudo não tenha formação suficiente ou não consiga interpretar a peça técnica, caberá a ele
adquirir a formação adequada, pois o (a) perito(a) criminal não deve colocar notas de rodapé ou
fazer uso de qualquer outra ferramenta linguística e redacional para explicar termos técnicos ou
partes do Laudo que, porventura, sejam de difícil interpretação.
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CORPO DE DELITO: CONCEITO E EXAMES
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito,
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar
de crime que envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
I - violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência. (Incluído dada pela
Lei nº 13.721, de 2018)
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CORPO DE DELITO: CONCEITO E EXAMES
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial,
portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras
de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem
habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. (Redação dada pela Lei nº
11.690, de 2008)
§ 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o
encargo. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao
querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente
técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
o
§ 4 O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos
exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta
decisão. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
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CORPO DE DELITO: CONCEITO E EXAMES
§ 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia: (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos,
desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam
encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em
laudo complementar; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo
juiz ou ser inquiridos em audiência. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
o
§ 6 Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será
disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de
perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua
conservação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 7 o Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento
especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de
um assistente técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
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CORPO DE DELITO: CONCEITO E EXAMES
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer
hora.
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CORPO DE DELITO: CONCEITO E EXAMES
O EXAME DE CORPO DE DELITO NO CASO DE LESÕES CORPORAIS
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido
incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade
policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou
do acusado, ou de seu defensor.
Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a
eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com
provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas.
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CORPO DE DELITO: CONCEITO E EXAMES
EXAME NO CASO DE INCÊNDIO
a) Judicial
b) Extrajudicial
Testemunha é a pessoa desinteressada que depõe sobre fatos relevantes para o desfecho
da demanda. Sob o ponto de vista doutrinário, temos as seguintes espécies de
testemunhas:
Indiretas: Testemunhas que souberam dos fatos por intermédio de outras pessoas.
Testemunhas da coroa: Diz respeito ao testemunho prestado pelo agente infiltrado. Esta
figura foi prevista em alguns diplomas, como a Lei n. 12.850/2013 (Crime Organizado) e a
Lei n. 11.343/2006 (Drogas). Agente infiltrado é o policial que, com autorização judicial,
disfarçado, ingressa em uma organização criminosa, colhendo material probatório acerca
das práticas delitivas.
Inócua: É a pessoa que não sabe absolutamente nada da causa, de maneira a não ser
computada no número legal (art. 209, § 2º, CPP).
PROVA PERICIAL
“Local de Crime é a porção do espaço compreendida num raio em cuja origem encontra-
se o ponto no qual é constatado o fato. Este se estende de modo a abranger todos os
lugares em que, aparente, necessário ou presumidamente, hajam sido praticados - pelo
criminoso ou criminosos - os atos materiais - preliminares ou posteriores - à consumação
do delito, e com este diretamente relacionados.” (Prof. Eraldo Rabelo, Revista de
Criminalística do Rio Grande do Sul, nº 7)
➢ Informações subjetivas
Princípio de Locard (1877 – 1966) Paul Kirk (1953) “Onde quer que ele pise, tudo o que
ele tocar, tudo o que ele deixar, mesmo inconscientemente, servirá como uma testemunha
silenciosa contra ele. Não apenas suas impressões digitais ou suas pegadas, mas seu cabelo,
as fibras de suas roupas, o vidro que ele quebrar, a marca de ferramenta que ele deixar, os
arranhões na pintura, o sangue ou sêmen que ele depositar e outros. Tudo isso e muito
mais, testemunham contra ele. Isso é prova que não se esquece e que não é confundida
pela emoção do momento, não sendo falhas como as testemunhas humanas o são. A
evidência factual, a evidência física, não pode estar errada, não pode mentir, não pode ser
totalmente ausente, pois ela sempre estará lá, no local, no objeto ou no corpo da vítima. A
falha ou limitação humana para encontrá-la, estudá-la ou entendê-la é que diminui o valor
dessas evidências."
Princípio da Troca de Locard: o criminoso sempre deixa sinais da sua presença nos locais
ou objetos. Ele também leva consigo vestígios do local e/ou dos objetos
❖ Local de homicídio
❖ Local de incêndio
❖ Local de explosão
❖ Local de arrombamento
Quanto à divisão
Quanto à preservação
Idôneo - Local de crime idôneo seria aquele que estaria completamente intocável,
preservado os seus vestígios e mantidas todas as condições deixadas pelos agentes do
delito (vitima e agressor).
Quanto à preservação
Inidôneo - Local onde já houve trânsito de pessoas, furto de objetos, foi usado produto
químico para limpeza, movimentação ou mudança de local do cadáver, limpeza da arma
deixada pelos marginais, mudança de posicionamento de objetos considerados
imprescindíveis para a elucidação e autoria do delito
Isolamento de local