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ESPECIALIZADAS
EM SEGURANÇA
DO TRABALHO
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
SEJA BEM-VINDO(A)!
Caro(a) aluno(a), é com grande satisfação que apresento a você o livro que fará parte da
disciplina de “Perícias especializadas em segurança do trabalho”. Como perito técnico do
TRT 9a região, tendo desenvolvido diversas perícias de todo o ensejo (insalubridade, pe-
riculosidade e acidente no trabalho) e adquirido conhecimento para tal, além de todos
os cursos de formação que tive acesso, procurei selecionar e sintetizar, neste material,
todo o conteúdo que irá lhe proporcionar conhecimento para o dia a dia, seja como
futuro perito judicial, seja como assistente técnico em perícias judiciais e/ou simples-
mente como gestor ocupacional, acompanhando as diligências como representante da
parte reclamada. Sendo assim, esta disciplina irá somar e fazer a diferença em seu co-
nhecimento e a tudo que você notadamente já conhece sobre a área.
As propostas abarcam um compêndio de elementos que se entendem necessários para
que se possa fazer o desenvolvimento de estudos relacionados ao acompanhamento
das perícias judiciais trabalhistas, desde a nomeação do perito e assistente técnico, bem
como elaboração de quesito, até a entrega do laudo e/ou mesmo contestação do laudo.
Assim, se caracteriza por atualidades de forma dinâmica e conteúdo fácil de assimilar,
porém, com a interatividade e modernidade diante de sua forma estrutural, aqui apre-
sentadas, e que estão em conformidade com as metodologias da Educação a Distância
– EaD, adotadas por esta instituição.
Pretende-se, dessa forma, com o material desenvolvido, levá-lo(a) a reflexões, à compre-
ensão da pluralidade dos conhecimentos que serão, aqui, oferecidos, e possibilitar-lhe
total aplicação dos conceitos específicos desta área, podendo, assim, posteriormente,
como profissional da área de saúde e segurança do trabalho, atuar de forma compe-
tente e com consciência - como convém a todos os profissionais que buscam sempre
a melhor formação, para que, de posse dos conhecimentos adquiridos, possam vencer
os obstáculos e desafios que a evolução técnico-científica acaba por impor ao mundo
contemporâneo.
Este material foi desenvolvido em cinco unidades, que proporcionarão a você, acadêmi-
co(a), conhecimentos sobre tudo que envolve as perícias especializadas em segurança
do trabalho, sendo que será desenvolvido da seguinte forma: Unidade I – Introdução
à Perícia Judicial - O processo do Trabalho e seus Atores; Unidade II – Estudo de Laudo
Pericial - Adicional de Insalubridade/Adicional de Periculosidade; Unidade III – Estudo
de Laudo Pericial - Acidente do Trabalho; Unidade IV – Sistemas de avaliação e uso de
instrumentos em perícias de insalubridade, periculosidade e acidentes do trabalho; e
Unidade V – Elaboração de Laudos periciais.
O desenvolvimento e transcrição dos textos foram realizados com a intenção de torná-
-lo material de subsídio extremamente valioso para criação de conceitos, de tal modo a
facilitar a sua trajetória e o caminho a ser percorrido na carreira profissional, que servirá
de guia e consultas durante seu convívio com esta formação a qual está adquirindo, en-
tre todos os ensinamentos já adquiridos e que, ainda, irá adquirir nas demais disciplinas.
APRESENTAÇÃO
UNIDADE I
15 Introdução
40 Considerações Finais
49 Referências
51 Gabarito
UNIDADE II
55 Introdução
88 Considerações Finais
96 Referências
98 Gabarito
UNIDADE III
101 Introdução
131 Referências
132 Gabarito
11
SUMÁRIO
UNIDADE IV
135 Introdução
220 Referências
222 Gabarito
UNIDADE V
225 Introdução
240 Ética, Transparência e Sigilo Quanto aos Dados Coletados após Perícia
256 Referências
12
SUMÁRIO
257 Gabarito
258 CONCLUSÃO
Professor Esp. Edinei Aparecido Furquim dos Santos
I
INTRODUÇÃO À PERÍCIA
UNIDADE
JUDICIAL - O PROCESSO DO
TRABALHO E SEUS ATORES
Objetivos de Aprendizagem
■■ Propiciar o conhecimento sobre as partes do processo do trabalho
com relação aos procedimentos do processo do trabalho.
■■ Demonstrar os procedimentos sobre a designação da perícia técnica
do juízo, desde Perito técnico e Assistentes técnicos.
■■ Apresentar, aos acadêmicos, os demais atores envolvidos na perícia
técnica do juízo.
■■ Apresentar o documental envolvido no processo e pertinente à
perícia técnica do juízo.
■■ Propiciar, ao acadêmico, a possibilidade da elaboração de folhas de
coletas de dados para perícia técnica do juízo.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Processo do Trabalho – Partes do processo e Procedimentos do
processo do Trabalho
■■ A designação da Perícia técnica do Juízo - Nomeação do perito e dos
assistentes técnicos das partes
■■ Demais atores envolvidos na perícia técnica do Juízo
■■ Análise documental envolvida no processo e pertinente à perícia
técnica do Juízo
■■ Elaboração de folha de coleta de dados para perícia técnica do Juízo
15
INTRODUÇÃO
Introdução
16 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PROCESSO DO TRABALHO – PARTES DO PROCESSO
E PROCEDIMENTOS DO PROCESSO DO TRABALHO
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
prova por meio da perícia técnica.
De acordo com Pantaleão (2016, on-line)1, apresentado no guia trabalhista,
o processo trabalhista é um complexo de atos que possuem sequências e diversos
termos. É por meio desses atos que são concretizadas as prestações jurisdicional,
sendo esse instrumento denominado “Ação”, que nada mais é do que o meio pelo
qual o empregado ou empregador se utiliza para satisfazer um possível prejuízo
que, eventualmente, tenha sido originado das relações de trabalho entre ambos.
Ele também relata que o processo do trabalho é muito dinâmico e possui
características que são bem diferentes em relação ao observado no “processo
civil”, no qual se observa um maior rigor formal, enquanto que no processo tra-
balhista as características são próprias e se orientam por princípios sem muitas
complexidades, ou seja, visa dar maior celeridade processual e resolver os con-
flitos no menor tempo possível, sendo
que esse propósito de menor tempo
está relacionado principalmente à
redução de várias fases no processo
e também de vários recursos existen-
tes na esfera civil, além da redução de
prazos e procedimentos contidos nos
atos processuais.
Ainda segundo Pantaleão (2016,
on-line)1, podemos citar alguns prin-
cípios fundamentais do processo
trabalhista, tais como:
■■ Produção de provas:
■■ Documentais;
■■ Depoimentos pessoais;
■■ Testemunhas (reclamante/reclamado);
■■ Perícias (Engenharia/médica).
■■ Alegações Finais e considerações;
■■ Nova tentativa de conciliação.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Julgamento do Juiz;
■■ Sentença.
Petição inicial
Notificação do reclamado
do ação trabalhistas.
Já o Art. 841 da CLT contempla que, a partir do momento em que for recebida
e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 horas, remeterá
a segunda via da petição ou do termo ao reclamado, notificando-o para compare-
cer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 dias:
§ 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o recla-
mado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-
-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o
expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.
§ 2º - O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclama-
ção ou na forma do parágrafo anterior.
(BRASIL, DECRETO-LEI Nº 5.452, CAPITULO III).
Observamos, portanto, que as partes devem ser notificadas sobre a audiência e/ou
qualquer outro ato que a justiça deter-
minar, sendo que essa notificação
poderá ser pessoalmente, via oficial
de justiça e/ou via correios. O recla-
mado notificado deverá comparecer
às audiências; caso não notificado por
fatores diversos, a notificação será
realizada por edital em meio oficial
forense, cabendo, portanto, as par-
tes estarem sempre atentas para não
perderem seus prazos.
Audiência Inicial
Termo utilizado para definir o início do processo perante o Juiz de direito do tra-
balho, também conhecida como Audiência inaugural, em que o comparecimento
das partes é obrigatório na audiência e muito importante, independentemente
da presença de seus advogados às partes, conforme o texto do artigo 843 da CLT.
Se houver alguma ausência, assim se dará os fatos:
1. Caso ausente o reclamante, essa ação será extinta nos termos do artigo
844 da CLT.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2. Caso não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de con-
fissão, quanto à matéria de fato.
Tentativa de acordo
Como regra, a defesa deverá ser apresentada após a primeira tentativa de conci-
liação, conforme prevê o art. 846 CLT, sendo que esta pode ser feita oralmente,
em audiência, em que o advogado tem um prazo de 20 minutos, conforme o art.
847 CLT, sendo que este não terá prorrogação, considerando que não há previ-
são legal. Além de contestar, uma a uma, as pretensões do autor, o reclamado
deverá, também, formular alguns requerimentos, como, por exemplo, de com-
pensação e de retenção. Segundo dispõe o art. 767 da CLT: “a compensação ou
retenção só poderá ser arguida como matéria de defesa”.
Audiência De Instrução
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
“Vossa excelência, gostaria que a parte (reclamante/ reclamado) informasse se ...”
Outro fato relevante é que as perguntas devem ser elaboradas pelo advogado
que acompanha o reclamante; o juiz deverá se certificar que uma parte não
ouça o depoimento da outra, no intuído de garantir a lisura de suas declara-
ções, sendo que a prova testemunhal, ou seja, as testemunhas elencadas por
cada parte, poderá ser indicadas para intimação a prestar depoimento.
Temos duas audiências que devem ser levadas em consideração:
a. O Rito ordinário, em que as partes poderão indicar até 03 testemunhas.
(Rito ordinário é aquele que apresenta o valor da causa superior a 40 salá-
rios mínimos).
b. O Rito sumaríssimo, em que as partes poderão indicar até 02 testemunhas.
(Rito sumaríssimo é aquele que apresenta o valor da causa em até 40 salá-
rios mínimos).
No caso das testemunhas, a regra é a mesma para o reclamado ou reclamante,
ou seja, as partes poderão formular perguntas às testemunhas, porém as per-
guntas deverão ser dirigidas sempre ao juiz de direito do trabalho, que poderá
avaliar a pertinência da mesma para a contribuição da elucidação dos fatos e,
assim, julgado procedente, as fará a quem for direcionado; portanto, o correto
é que a pergunta seja realizada obedecendo, também, a seguinte construção
ou que seja semelhante a esta:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Alegações Finais e Considerações
O Art. 850 da CLT prevê que: “terminada a instrução, poderão as partes aduzir
razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma”. Em
sequência, o juiz renovará a proposta de conciliação e, não se realizando esta,
será proferida a decisão, ou seja, o julgamento do juiz.
Um fato relevante e que deve ser observado nos autos é que a “CLT” nos traz o
fato de que as razões finais serão aduzidas em audiência, tendo como tempo dez
minutos para cada parte, porém, por costume e com o devido amparo no CPC -
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, a Justiça do trabalho acata as alegações finais
em forma de memoriais escritos, documentos estes que serão preparados pre-
viamente e apresentados no dia da audiência de instrução e julgamento, para
que seja juntado ao processo.
Sentença
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Para Almeida (2012), o processo do trabalho não define sentença. Essa definição deve
ser buscada no processo civil, que é uma fonte subsidiária do Processo do Trabalho.
Os artigos 831 e 832 da CLT referem-se, genericamente, à decisão, quando
trata da sentença. Nos seus precisos termos, o art. 831 da CLT preleciona que
“a decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de concilia-
ção” e o art. 832, por sua vez, determina que “da decisão deverão constar o nome
das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os funda-
mentos da decisão e a respectiva conclusão”. Essa decisão nada mais é do que a
sentença; mas, como dito, definição exata de sentença não há. Encontraremos
referência ao termo sentença nos dissídios coletivos, de competência originária
dos Tribunais, cujas decisões são chamadas de sentenças normativas; contudo,
do ponto de vista da técnica processual, a denominação não é a mais adequada,
visto que sentença é termo adequado para a decisão monocrática do órgão juris-
dicional de primeiro grau.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A DESIGNAÇÃO DA PERÍCIA TÉCNICA DO JUÍZO
- NOMEAÇÃO DO PERITO E DOS ASSISTENTES
TÉCNICOS DAS PARTES
Vimos, portanto, que o perito deve se ater a observar os quesitos técnicos ape-
nas auxiliando o trabalho do juiz, quando solicitado.
PERITO TÉCNICO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
conhecimento pleno; dessa forma, este é nomeado pela autoridade judiciária
competente para julgar os fatos apontados; sendo assim, seu parecer serve para
auxiliar a justiça no levantamento de dados técnicos, a fim de esclarecer fatos
levantados nos autos processuais, por meio de laudo técnico pericial para con-
clusão sobre os fatos levantados, emitindo seu parecer técnico sobre o objeto do
litígio ou a algo que com ele tenha relação. Diante do exposto, verificamos que
o perito é a pessoa de confiança do juiz para dirimir as possíveis questões que
envolvam conhecimento técnico ou científico relacionados à demanda processual.
Portanto, este expert tem o dever de fazer cumprir o ofício no prazo que
lhe assina a lei, de forma a empregar diligência esclarecedora em tempo hábil.
Ainda, de acordo com CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - CPC “2015”, o perito
poderá escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.
ASSISTENTE TÉCNICO
Assim como o perito, o assistente técnico também é uma figura muito impor-
tante no ato pericial, tendo como conceito que norteia a sua atribuição o seguinte:
assistente é a pessoa técnica que as partes envolvidas, no litígio, têm o direito de
indicar, ou seja, é a pessoa escolhida pelas partes, normalmente por critério de
confiança, e que tem a função de acompanhar o trabalho pericial durante a dili-
gência pericial, a fim de fiscalizar os trabalhos realizados pelo perito “expert”
do juiz, representando fielmente a parte que o constituiu assistente.
No atual Código de Processo Civil (2015), vemos que:
Dessa forma, o assistente técnico nada mais é do que um consultor técnico espe-
cializado da parte e que tem grande responsabilidade em evitar que o perito, de
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certa forma, fique sem informações e/ou colha informações que não serão relevan-
tes. É a pessoa que pode evitar que o expert acabe por ter tendência à conclusão
que não seja a verdadeira, referente ao alegado nos autos processuais. O compor-
tamento desse tal perito é de ficar atento e colaborar da melhor forma possível,
evitando, assim, conflitos e/ou se indispondo sem necessidades com as partes.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
DEMAIS ATORES ENVOLVIDOS NA PERÍCIA TÉCNICA
DO JUÍZO
Todos esses meios de prova apresentados e juntados aos autos são disponibiliza-
dos aos advogados das partes, aos peritos judiciais e a todas as partes envolvidas
na ação, por intermédio dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT´s) de cada
estado, por meio da consulta ao meio físico, quando não houver o sistema digital
implantado, e por meio de acesso digital em que já estão implantados os siste-
mas de consulta aos autos. Dessa forma, todos os atores pertinentes têm acesso
ao processo e à toda documentação envolvida para consulta, sendo que, assim,
podem se manifestar sobre os mesmos, a fim de promover, ao juiz de direito, os
esclarecimentos devidos. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ, on-line)4 deixa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
vários esclarecimentos sobre os processos digitais, e o site do Processo Judicial
eletrônico (PJe, on-line)5 esclarece várias dúvidas dos usuários sobre a melhor
maneira de se utilizar o site para acesso aos processos digitais, facilitando assim
a manipulação do sistema informatizado.
Diante do exposto, notamos que é necessário anexar a defesa trabalhista por
ambas as partes (contestação), documentos probatórios diversos ao contrato
laboral e, dentre estes, aqueles que também servirão como base para a perícia
trabalhista; sendo assim, verificamos que os principais documentos relativos ao
contrato de trabalho e que devem, se possível, ser apresentados aos autos são:
■■ O contrato de trabalho firmado entre as partes;
■■ Aditivos contratuais (transferência de local, transferência de horário de
trabalho, promoções etc.);
■■ Livro ou ficha de registro de empregado;
■■ Acordos e convenção coletiva de trabalho da categoria ou Acordo ou
Convenção Coletiva de Trabalho firmada com o sindicato da classe;
■■ Cartão ponto de todo o período;
■■ Atestados médicos;
■■ Licença maternidade;
■■ Recibos de pagamento de todo período reclamado, inclusive 1ª e 2ª par-
cela do 13º salário;
■■ Aviso e recibos de férias pagos;
Além disso, para chegar aos objetivos dentro da fase da perícia in loco, o perito
expert deverá utilizar, como metodologia, a verificação de todos os documentos
que envolvem a atividade laboral do reclamante durante todo o seu pacto laboral
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
para a reclamada, podendo, assim, ter seu convencimento sobre os fatos docu-
mentados, sobre os fatos que observou durante a diligência e, também, sobre o
que lhe foi dito pelas partes envolvidas nos autos e presente no dia da perícia.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O modelo de folha de campos deu a você, caro(a) aluno(a), uma visualização
melhor de como preencher o formulário. Isso destaca a importância da coleta
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
conhecer um pouco do que é ser perito ou assistente técnico e as responsabilida-
des que cabe a cada um nas diligências periciais e as origens das quais tiramos a
base para as atuais metodologias de avaliação ocupacionais e documental quanto
à incumbência da realização de uma perícia técnica.
Presentes nos dias de hoje, o estudo deste livro, como pode perceber, o
levará a questionamentos gerais para estimular o seu pensamento crítico quanto
às ações trabalhistas e o processo trabalhista como um todo. Na prática, as dis-
posições contidas no texto da unidade acabam por se tornar complexas em um
primeiro entendimento, pois, apesar de uma atividade de cunho técnico, têm
junção importante com as questões trabalhistas e as ações judiciais, o que faz
com que o profissional da área de segurança do trabalho, envolvido nesta ativi-
dade, tenha que se aprofundar em conhecimentos muito importantes, quanto à
interpretação de dados e fatos, bem como no estudo e aprimoramento da escrita
técnica para produção de laudos e documentações judiciais.
Sendo assim, o entendimento pretendido é que se possa perceber as defini-
ções básicas do processo trabalhista e suas partes, e a possível participação do
profissional de segurança e saúde do trabalho no que tange às avaliações ocupa-
cionais enquanto perito do juízo ou assistente técnico, imparcial, esclarecedor de
fatos verdadeiros e/ou inverídicos para o entendimento final do juiz de direito
do trabalho.
A perícia se dá por determinação do juiz. Pode ser requerida quando é solicitada pelas
partes envolvidas no litígio. Cautelar é a realizada na fase preparatória da ação, quando
realizada antes do processo (ad perpetuam rei memorian). Pode se dar de forma direta,
tendo presente o objeto da perícia e Indireta quando feita pelos indícios ou sequelas
deixadas.
4. CONHECIMENTO SOBRE O PEDIDO
No âmbito trabalhista, as perícias abordam questões, como: insalubridade, periculosi-
dade e, também, itens como ergonomia e acidente de trabalho. Vamos utilizar como
exemplo a perícia que versa sobre periculosidade.
Não é necessário ao autor, no momento do evento pericial, ter o conhecimento de toda
lei referente à periculosidade, contudo, precisa saber que a sua atividade desenvolvida
na empresa deverá, obrigatoriamente, preencher alguns requisitos: a) Ao tipo contato
com determinada atividade perigosa; b) Que além de perigosa, essa atividade cause
risco acentuado ao trabalhador a ponto de, em caso de acidente, lhe tirar a vida ou muti-
lá-lo; c) E, ainda, que essa atividade esteja definida em Lei, ou como no caso da radiação
ou substâncias ionizantes, definida em portaria expedida pelo Ministério do Trabalho.
5. POSTURA DAS PARTES
Ao mesmo tempo em que é importante autores e réus informarem e mostrarem com
detalhes como são desenvolvidas as atividades que geraram a controvérsia, tão ou mais
essencial é a atuação do perito. Ele deve anotar cada detalhe do que foi dito por cada
uma das partes e, se possível, colher informações fotográficas do local de trabalho, para
que o juiz possa emitir sua decisão com base nas informações do posterior laudo.
6. INTERAÇÃO DAS PARTES SOBRE O PARECER DO LAUDO
O laudo é o documento que irá embasar a decisão do juiz quanto ao merecimento ou
não do adicional de insalubridade ou periculosidade. Um laudo pode ser impugnado
quanto a falta ou excesso de informações, porém, as partes precisam estar atentos aos
que foi dito na perícia, de preferência anotando itens mencionados no evento. [...]
7. LAUDO X SENTENÇA: O REAL EFEITO DA PERÍCIA NO PROCESSO
O juiz constrói sua decisão a partir do confronto dos pedidos, com as provas, as normas
legais, a doutrina e a jurisprudência. O perito deve construir o seu laudo, também, com
base nos pedidos que justificaram a prova técnica, as normas legais normalmente apli-
cáveis aos casos congêneres (sem fazer juízos de valor ou decidir entre elas – se houver
divergência doutrinária ou jurisprudencial que possa implicar em mais de um caminho,
deve indagar o parâmetro a ser utilizado na aferição).
O juiz, somente ele, fixa os conceitos jurídicos e sua aplicação. É incorreto o perito afir-
mar que a vítima merece ou desmerece indenização ou o adicional “x” ou “y” e sim que
ela possui ou não possui incapacidade em tal grau ou teve um prejuízo de “z” ou não
emergiram prejuízos do fato etc. É verdade que o próprio juiz induz o perito a emitir con-
43
ceitos ao quesitar, como também é verdade que faz a mesma coisa com testemunhas
(ao indagar, por exemplo, se fulano é honesto, em vez de perguntar o que sabe sobre os
fatos que poderiam indicar o contrário).
Mencionado anteriormente, o laudo será um dos instrumentos que auxiliará o juiz na
promulgação da sentença.
REFERÊNCIAS ON-LINE
1
Em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/processo_trabalho.htm>.
Acesso em: 05 jun. 2017.
2
Em: <http://gilbertomelo.com.br/a-pericia-judicial-do-trabalho-a-luz-do-novo-
-cpc/>. Acesso em: 6 jun. 2017.
3
Em: <http://inpecon.com.br/caminhos-da-pericia-judicial/>. Acesso em: 6 jun.
2017.
4
Em: <http://www.cnj.jus.br/>. Acesso em: 6 jun. 2017.
5
Em: <http://www.pje.jus.br/wiki/index.php/P%C3%A1gina_principal>. Acesso
em: 6 jun. 2017.
6
Em: <http://emporiododireito.com.br/a-importancia-da-pericia-judicial-no-pro-
cesso-trabalhista-por-rodrigo-wasem-galia-e-paulo-vinicius-feijo/>. Acesso em: 7
jun. 2017.
51
REFERÊNCIAS
GABARITO
1) D.
2) D.
3) F, V, V, V, V.
4) C.
5) A.
Professor Esp.Edinei Aparecido Furquim dos Santos
II
ESTUDO DE LAUDO
PERICIAL - ADICIONAL DE
UNIDADE
INSALUBRIDADE/ADICIONAL
DE PERICULOSIDADE
Objetivos de Aprendizagem
■■ Proporcionar ao acadêmico o conhecimento para poder avaliar
os agentes Físicos, por meio de Inspeção e caracterização e
descaracterização - métodos investigativos.
■■ Proporcionar ao acadêmico o conhecimento para poder avaliar os
agentes Químicos e Poeiras, por meio de Inspeção e caracterização e
descaracterização - métodos investigativos.
■■ Proporcionar ao acadêmico o conhecimento para poder avaliar
os agentes Biológicos, por meio de Inspeção e caracterização e
descaracterização - métodos investigativos.
■■ Capacitar o acadêmico para que possa avaliar os agentes Periculosos,
por meio de Inspeção e caracterização e descaracterização - métodos
investigativos.
■■ Propiciar conhecimento técnico para que o acadêmico, tenha noções
para a realização e elaboração de quesitos técnicos, folhas de campo e
coleta de dados.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Agentes Físicos - Inspeção e caracterização e descaracterização -
métodos investigativos
■■ Agentes Químicos e Poeiras - Inspeção e caracterização e
descaracterização - métodos investigativos
■■ Agentes Biológicos - Inspeção e caracterização e descaracterização -
métodos investigativos
■■ Agentes Periculosos - Inspeção e caracterização e descaracterização -
métodos investigativos
■■ Elaboração de quesitos técnicos, folhas de campo e coleta de dados
55
INTRODUÇÃO
Quando passamos a tratar do laudo pericial, temos que este deve ser um docu-
mento que procure mostrar toda a realidade encontrada pelo perito por meio
das informações que recebeu, viu e presenciou durante a sua diligência pericial,
seguindo todos os preceitos legais e compreendendo o máximo possível do que
a lei exige. Vejamos: de acordo com o art. 157 do Decreto-lei nº 5.452/43, que
instituiu a Consolidação das Leis trabalhistas (CLT), todas as empresas que têm
funcionários/trabalhadores registrados devem adotar medidas preventivas e fazer
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
56 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
AGENTES FÍSICOS - INSPEÇÃO E CARACTERIZAÇÃO
E DESCARACTERIZAÇÃO - MÉTODOS
INVESTIGATIVOS
AGENTES FÍSICOS
1. Ruído
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ponderação para diferentes situações acústicas (ruídos diferentes), esta estando
de acordo com o tempo de exposição e o tempo máximo permitido, de forma
cumulativa durante a jornada de trabalho.
2. Vibrações
b) Observação:
A vibração pode afetar o corpo inteiro ou apenas parte do corpo, como as mãos
e os braços.
3. Ambientes Térmicos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
AGENTES QUÍMICOS E POEIRAS - INSPEÇÃO E
CARACTERIZAÇÃO E DESCARACTERIZAÇÃO -
MÉTODOS INVESTIGATIVOS
AGENTES QUÍMICOS
1. Químicos
Como avaliar?
AgentesQuímicosePoeiras-InspeçãoeCaracterizaçãoeDescaracterização-MétodosInvestigativos
62 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Condição de ventilação;
■■ Ritmo de produção / trabalho.
Agentes Interferentes na avaliação ocupacional
■■ Condições climáticas (Pressão, Temperatura, Umidade);
■■ Horário da avaliação;
■■ Outras substâncias no ambiente?;
Observação:
Como os agentes físicos, os agentes químicos também necessitam de instru-
mentos específicos para que sejam avaliados, porém, em alguns casos, a atividade
de campo restringe-se a realizar a coleta dos agentes para que sejam enviados,
posteriormente, a um laboratório especializado, o qual determinará a concen-
tração do mesmo no ambiente pesquisado, sendo assim possível ao expert,
nas atividades ou operações avaliadas - nas quais os trabalhadores permane-
cem expostos a agentes químicos -, a caracterização do direito ao adicional de
insalubridade, caso forem ultrapassados os limites de tolerância constantes dos
anexos 11 e 12 da NR 15, quando necessidade de quantificar e por constatação
por meio de inspeção no ambiente e quando por necessidade de qualificação,
como no anexo 13 da NR 15.
analisar que todos merecem uma ação bem diversa da dos outros agentes, no que
tange às diversas formas de controle que serão necessárias, porém, mais difícil ainda
é fazer a interpretação dos resultados alcançados nas análises no meio ambiente de
trabalho, haja visto que essas formas de controle serão muito específicas.
Portanto, para analisar os risco de origem biológica, teremos que, em pri-
meiro momento, fazer uma análise qualitativa, ou seja, qualificar tais agentes e
possíveis situações; sendo assim, nossa base técnica se volta para o anexo 14 da
NR 15, no qual afirma que para avaliarmos agentes de origem biológicas, deve-
mos nos ater à qualificação por meio do tipo de trabalho realizado, que pode
expor o trabalhador a determinados riscos. Vejamos a tabela de caracterização
conforme ANEXO N.º 14 (Aprovado pela Portaria SSST n.º 12, de 12 de novem-
bro de 1979) - Agentes biológicos.
Relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade
é caracterizada pela avaliação qualitativa.
TIPO DE CARACTERIZAÇÃO
INSALUBRIDADE
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Lixo urbano (coleta e industrialização).
Trabalhos e operações em contato permanente com pacien-
Grau
tes, animais ou com material infectocontagiante em:
Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios,
postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados
aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pes-
soal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que
manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente
esterilizados);
Hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros esta-
belecimentos destinados ao atendimento e tratamento de
animais (aplica-se apenas ao pessoal que tenha contato com
tais animais);
Médio Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo
de soro, vacinas e outros produtos;
Laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se
tão-só ao pessoal técnico);
Gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatolo-
gia (aplica-se somente ao pessoal técnico);
Cemitérios (exumação de corpos);
Estábulos e cavalariças;
Resíduos de animais deteriorados.
Fonte: adaptado de NR 15 - Aprovado pela Portaria SSST n.º 12, de 12 de novembro de 1979.
Ainda nessa esfera, Segundo Vilela (2008), no guia técnico, os riscos bioló-
gicos no âmbito da Norma Regulamentadora Nº. 32 nos traz alguns parâmetros
muito interessantes e que podemos utilizar por analogia para outros ambientes
de trabalho, nos quais as dúvidas não puderam ser dirimidas, vejamos:
[...] a exposição ocupacional a agentes biológicos decorre da presença
desses agentes no ambiente de trabalho, podendo-se distinguir duas
categorias de exposição:
[...]
Temos, ainda, que esse guia nos oferece o conhecimento de que, em 2002, foi
criada, no Brasil, a Comissão de Biossegurança em Saúde – CBS (Portaria n°.
343/2002 do Ministério da Saúde). Entre as atribuições da Comissão, inclui-se a
competência de elaborar, adaptar e revisar periodicamente a classificação, con-
siderando as características e peculiaridades do país.
Portanto, considerando que essa classificação se baseia principalmente no
risco de infecção, a avaliação de risco para o trabalhador deve considerar, ainda,
os possíveis efeitos alergênicos, tóxicos ou carcinogênicos dos agentes biológi-
cos. A classificação publicada no Anexo II da NR 32 indica alguns desses efeitos.
A avaliação dos riscos é um exame sistemático que envolve todos os aspetos do tra-
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balho que possam causar lesões ou doença no trabalhador, ou seja, é um processo
dinâmico realizado em três fases distintas: identificação dos perigos, análise dos
perigos e avaliação do risco. Essas etapas já foram abordadas com maior detalhe.
a) Como avaliar
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temos a descrição dos anexos e seus enquadramentos.
Quadro 3 - Anexos e seus enquadramentos
Nota Explicativa:
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Figura 1: Exemplo de Súmula
Fonte: TST ([2017], on-line)2.
a) Como avaliar
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ELABORAÇÃO DE QUESITOS TÉCNICOS, FOLHAS DE
CAMPO E COLETA DE DADOS
Ainda, para chegar aos objetivos dentro da fase da perícia in loco, devemos nos
ater a formulários para que possamos coletar dados. Sendo assim, é muito impor-
tante a percepção e o conhecimento do todo, a fim de que possamos produzir
formulários que irão suprir nossas necessidades.
Quanto a elaboração de quesitos técnicos, é muito importante, para a questão
do ato pericial, o perito se atentar ao que lhe é perguntado e responder de forma
clara e objetiva, não sendo omisso quanto a informações, mesmo que redundan-
tes ao laudo; já para os assistentes técnicos, os quesitos serão uma ferramenta de
apoio ao departamento jurídico, pois irão consistir em perguntas que serão feitas
ao perito do juízo, a fim de evitar conclusão equivocada sobre determinado fato.
A. EMPRESA
Razão Social
Estabelecimento/nome de fantasia
C.N.P.J.: . . / - C.N.A.E.: . -
Rua/Av.: Bairro:
Cidade/Estado: CEP: . -
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FONE: 0 _ _ ( ) -
GRAU DE RISCO: ELABORADO EM: / /
B. QUANTIFICAÇÃO DE EMPREGADOS
Homens: Mulheres: Menores de 18 anos:
Posto de Trabalho/Função
Localização
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NAIS POTENCIAIS ÇÃO AO RISCO
Agente Fonte Tempo n.º ciclos por jornada
F. OBSERVAÇÃO:
Fonte: o autor.
Trajetórias/meios de propagação:
b. Temperaturas Anormais
I. Calor [Anexo 3 da NR-15]
( ) Temperatura ambiente satisfatória.
( ) Temperatura ambiente elevada.
Ventilação:
Natural :
Artificial :
Temperatura:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1- 2-
Ventilação:
Natural :
Artificial :
Temperatura:
Proteções Coletivas Já Instaladas:
1-
2-
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Modelo – Reconhecimento de riscos – Químicos
a. Agentes Químicos – com Limites De Tolerância [Anexo 11 da NR-15]
Agente químico Ppm/mg/m3 Grau insalubridade
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2-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1-
2-
1-
2-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1-
2-
Esses são modelos de folhas de campo que podem servir de base para coleta de
dados, cabendo sempre ao profissional da área de saúde e segurança do traba-
lho adaptar aquela que melhor se convier, visto que os dados levantados são de
extrema importância para a elaboração de seus laudos enquanto perito do juízo
e/ou parecer técnico quando assistente técnico das partes.
Sabemos, no meio técnico, que o ponto mais importante de uma prova pericial,
em função das suas consequências, é o laudo apresentado pelo perito judicial.
Não se pode esquecer da extrema importância dos quesitos formulados pelas
partes, que são, na verdade, os provocadores das respostas e das omissões resul-
tantes dos esquecimentos, falta de conhecimento ou outras causas de descuido,
que poderão ser fatais para as partes.
Normalmente, nas questões a serem julgadas pelo Juiz do trabalho, este
facultará as partes litigantes à formulação de quesitos, que nada mais são do que
perguntas, dúvidas direcionadas ao expert para direcionamento da perícia téc-
nica, porém estas deverão ser pertinentes, oportunas, bem como guardar relação
direta e estreita com o proposto na ação, caso contrário, o Juiz poderá indeferir,
pela base do art. 470 do CPC, quesitos impertinentes e formular os que enten-
der necessários ao esclarecimento da causa. Os quesitos não são obrigatórios.
Como percebemos, os quesitos nada mais são do que perguntas que serão
direcionadas ao perito, a fim de elucidar a questão proposta.
Modelos de quesitos
Numeração Única: xxxxx-2016-xxx-xx-xx-x
Numeração CNJ: 0000000-00.2016.0.00.0000
Endereço: 02ª VARA DO TRABALHO DE XXXXXX
AUTOR: XXXXXXXXXXXXXXXX
RÉU: XXXXXXXXXXXXXXXXXX
Rol de quesitos - perícia técnica
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cada uma dessas funções.
3. Queira o Sr. Perito informar, mediante questionamento ao reclamante, quais
os EPIs que o reclamante utilizou em cada uma dessas funções e, se necessá-
rio, que faça o reconhecimento visual dos mesmos junto à reclamada.
4. Queira o Sr. Perito informar se a empresa possui documentação pertinen-
tes, questões relacionadas à saúde e segurança do trabalho (PPRA, PCMSO,
LTCAT, LIP, OSS, OUTROS)?
5. O reclamante recebeu treinamentos operacionais e de segurança do traba-
lho para executar suas funções?
6. Queira o Sr. Perito informar quais equipamentos trouxe para medições e que
técnicas e parâmetros serão utilizados. Os equipamentos foram recentemente
aferidos? Há certificados comprobatórios?
Quesitos conclusivos
1. Considerando as respostas do item acima, há comprovação de que o recla-
mante tenha direito ao adicional de insalubridade?
2. Caso a resposta seja positiva, favor fornecer com exatidão o enquadramento
e o período, bem como durante quanto tempo o reclamante ficava exposto
ao agente insalubre.
3. Queira o Sr. Perito apresentar quaisquer outros esclarecimentos que consi-
derar oportunos.
4. Queira o Sr. Perito informar:
a. A data em que foi realizada a diligência no(s) posto(s) de trabalho do reclamante;
b. O(s) local(is) diligenciado(s) e respectivo(s) endereço(s);
c. O nome das pessoas que acompanharam a diligência e prestaram os devi-
dos esclarecimentos.
Conforme você viu nos modelos, eles são de extrema importância para o tra-
balho do perito.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Buscou-se, portanto, trazer informações relevantes quanto às formas de ava-
liação que podem ser apresentadas no ato pericial em função da reclamatória
apresentada, sendo necessário, ao perito tecnico, conhecer, de forma profunda,
aspectos relacionados aos agentes físicos, químicos, biológicos, além das ava-
liações das condições periculosas que possam, de certa forma, estar presentes
no ambiente a ser periciado. Lembrando sempre que tudo irá depender do que
está na ação, porém, o perito expert do juízo não pode ser omisso, ou seja, dei-
xar de evidenciar fatos importantes que levem a informação de condições de
risco grave e iminentes à saúde dos trabalhadores, mesmo que o reclamante não
tenha, por meio da ação, apresentado; porém, alguns juízes, na designação do
ato pericial, já informam ao perito expert para se ater tão somente ao proposto
na ação, sendo assim, deve o perito expert seguir as orientações do juízo, a fim
de não causar tumultos desnecessários.
Foi possível, desta forma, trazer a você, acadêmico, um compêndio de infor-
mações que lhe serão úteis no dia a dia, mas também para lhes estimular ao
pensamento de que é necessário atualizar-se sempre e buscar novos recursos, e
que o profissional da segurança do trabalho, seja ele Perito, Assistente Técnico e/
ou um simples gestor de Segurança e saúde no trabalho, não deve deixar de ser
imparcial e buscar de forma incessante o esclarecimento, a fim de que nenhuma
parte seja prejudicada.
IV. Uma maneira prática de identificar tais situações é seguir o “fluxo” dos produtos
químicos dentro da empresa: aquisição, recebimento/entrega, armazenagem,
manuseio, processamento e descarte.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas I e III estão corretas.
c) Apenas II e IV estão corretas.
d) Apenas III e IV estão corretas.
e) I, II, III e IV estão corretas.
3. Quando tratamos dos agentes biológicos, compreendemos que estes são repre-
sentados por todas as possíveis classes de microrganismos presentes no meio
ambiente de trabalho e patogênicos ao ser humano e que, de certa forma, pos-
sam causar algum malefício aos trabalhadores. Sendo assim, a NR 32 realizou
uma classificação de riscos e a cada uma estipulou características próprias de
cada classe de risco, conforme veremos:
Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):
( ) Classe de risco 1, risco individual - baixo.
( ) Classe de risco 2, risco individual - moderado.
( ) Classe de risco 3, risco individual - elevado.
( ) Classe de risco 4, risco individual - elevado.
4. Aprendemos que o adicional de periculosidade é uma verba destinada ao em-
pregado registrado que presta qualquer tipo de serviço mantendo contato per-
manente com elementos que possam provocar danos à sua integridade física, de
acordo com o que determina a legislação aprovada pelo Ministério do Trabalho
e Emprego. Aprendemos também que, para determinar o direito ou não da per-
cepção desse adicional, devemos inspecionar os locais de trabalho e fazer o devi-
do enquadramento. Desta forma, observamos que a legislação é muito explícita
e nos traz diretrizes conforme NR 16. Quantos são os anexos que servem como
diretrizes para averiguação nos locais de trabalho?
a) 2 anexos.
b) 3 anexos.
c) 4 anexos.
d) 5 anexos.
e) 6 anexos.
94
Material Complementar
96
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS ON-LINE
1
Em: <https://advocaciafredericoteotonio.jusbrasil.com.br/artigos/376342482/a-
-relevancia-da-pericia-de-insalubridade-e-periculosidade-no-processo-do-traba-
lho>. Acesso em: 7 jun. 2017.
2
Em: <http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_
Ind_351_400.html#SUM-364>. Acesso em: 7 jun. 2017.
3
Em: <https://ppraonline.wordpress.com/2015/01/21/o-tecnico-em-seguranca-e-
-a-pericia-judicial-trabalhista/>. Acesso em: 8 jun. 2017.
GABARITO
1) C.
2) E.
3) V, V, V, V.
4) E.
5) C.
Professor Esp. Edinei Aparecido Furquim dos Santos
III
ESTUDO DE LAUDO
UNIDADE
PERICIAL - ACIDENTE DO
TRABALHO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Proporcionar o conhecimento do objeto que deve ser averiguado
durante a perícia, ou seja, todos os componentes e atores que farão
parte da mesma.
■■ Proporcionar o conhecimento das análises técnicas ou científicas que
serão utilizadas pelo perito durante a diligência.
■■ Proporcionar o conhecimento da metodologia que deverá ser
utilizada pelo perito durante a diligência.
■■ Proporcionar o conhecimento da forma de registro das conclusões
para fundamentar o Juiz em suas decisões.
■■ Proporcionar o conhecimento das formas de registro e coleta de
dados, dos questionamentos pertinentes à perícia em questão,
perguntas e respostas.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ A exposição do objeto da perícia - O tipo do Acidente
■■ Análise técnica ou científica realizada pelo perito na avaliação do
acidente
■■ Metodologia a ser adotada para averiguação dos fatos relacionados
ao acidente
■■ Conclusão das análises realizadas para serem apresentadas ao juiz
■■ Elaboração de quesitos técnicos, folhas de campo e coleta de dados
101
INTRODUÇÃO
Introdução
102 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de cópias dos pedidos formulados na inicial, pois o perito deve, simplesmente,
se limitar a informar que o objeto da perícia é o seguinte:
■■ Adicional de Insalubridade;
■■ Adicional de Periculosidade;
■■ Indenização por Acidente do Trabalho.
Você sabia que no período entre 2011 e 2013, excluindo os acidentes de tra-
jeto, ocorreram 221.843 acidentes envolvendo máquinas e equipamentos,
resultando em 601 óbitos, 13.724 amputações e 41.993 fraturas.
(SAAESP)
ACIDENTE DE TRABALHO
Quando tratamos dos acidentes de trabalho, devemos ter em mente que eles têm
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) a doença degenerativa;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte
ou possa resultar lesão pessoal.
2.2 Acidente sem lesão: Acidente que não causa lesão pessoal.
Esses pontos expostos pela ABNT NBR 14280:2001 acabam por satisfazer escla-
recimentos de muitos pontos controversos que, possivelmente, encontraremos
durantes nossas diligências periciais. Facilitando, porém, o esclarecimento quanto
ao foco do que deve ser observado, conforme descrito na inicial, contestação e,
até mesmo, nos quesitos do juiz e das partes.
Ainda, como foco de investigação, temos outros conceitos importantes que
também podemos retirar da ABNT NBR 14280:2001, que são os fatores gera-
dores do acidente quando este for caracterizado, para esclarecer fatos e dados e
não deixar dúvidas quanto ao fato em si. Sendo assim:
2.6 agentes do acidente (agente): Coisa, substância ou ambiente que,
sendo inerente à condição ambiente de insegurança, tenha provocado
o acidente.
2.9.1.4 lesões mediata (lesão tardia): Lesão que não se manifesta ime-
diatamente após a circunstância acidental da qual resultou.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos esses fatos apresentados na legislação trabalhista e previdenciária, além
dos esclarecimentos contidos na ABNT NBR 14280:2001, serão os balizadores
para que se possa realizar um laudo conclusivo para oferecer ao juiz uma con-
clusão que lhe sirva para fazer bem o seu julgamento. Devendo o perito técnico
e/ou assistente das partes fazer o uso dos mesmos e se ater a detalhes, a fim de
que não sejam prejudicadas nenhuma das partes, principalmente a parte mais
prejudicada, que normalmente é o trabalhador lesionado.
Quando definido o foco de estudo do perito, que originou a demanda, ele ini-
ciará seus trabalhos investigativos, devendo levar em conta dois princípios muito
importantes e que devem ser respeitados para que o resultado seja alcançado,
princípios estes que veremos a seguir:
1. O perito deve, durante a diligência, eliminar aspectos que levem à hierarqui-
zação do grupo, ou seja, colocar de lado as diferenças hierárquicas existentes
entre os participantes da diligência, pois Gerentes, Supervisores, chefes e
líderes, não necessariamente, são as pessoas que mais conhecem todos os
detalhes dos elementos relativos ao acontecimento em questão, pois, habi-
tualmente, o que vemos nos ambientes laborais é que eles por força de suas
funções, não estão constantemente em contato com o trabalho do acidentado.
2. Em um primeiro momento, o perito deve eliminar totalmente do desen-
volvimento desse trabalho pericial qualquer busca de responsabilidade ou
culpabilidade de alguém, porque esse fato levaria, certamente, a discussões,
desavenças e, até mesmo, provocar um efeito de dissimulação ou de modi-
ficação dos fatos conhecidos pelos participantes da diligência e fazer com
que o perito tenha uma imagem distorcida dos fatos reais, que é seu foco.
Nesses dois princípios, o objeto foco da perícia será certamente levado a fazer
surgir a descrição correta do acidente, de tal maneira que fique realmente evi-
denciado o que ocorreu ou, pelo menos, a situação mais próxima da realidade.
Caso o perito não consiga se impor dessa forma e inibir a dissimulação, os
fatos geradores do fator que deu origem ao acidente de trabalho podem ser modi-
ficados em comparação à realidade, pelos fatos dos componentes ou participantes
da diligência sentirem-se, de certa forma, inibidos e acharem que poderão ser
considerados culpados ou responsáveis. Isso fará com que haja a ineficiência na
coleta de dados realizada pelo perito técnico.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
É muito importante que o perito esteja ciente de todo o processo e de tudo que já
foi arrolado aos autos, que tenha realizado um estudo prévio das documentações já
existentes e de tudo que necessitará durante a diligência. Caso ache pertinente para
evitar embaraços, deve-se solicitar apresentação formal de documentações, entre
outros, peticionando ao juiz de direito que lhe incumbiu da diligência, a fim de evi-
tar constrangimentos e, até mesmo, simulações e/ou modificações de fatos e dados.
Com referência à perícia, o perito deve, de certa forma, estar no local onde o fato
realmente ocorreu para que possa verificar e estar de posse de tudo que for con-
veniente e pertinente, a fim de tirar suas conclusões. Nesse intuito, o perito deve:
a) Observar as instalações e condições de trabalho dos empregados sempre
que acontecer um acidente e as condições atuais.
b) Observar se houve outros acidentes ocorridos nos locais de trabalho e
quais foram os objetos, máquinas ou equipamentos causadores do fato
gerador do acidente.
c) Observar e, se possível, coletar declarações e depoimentos de paradig-
mas que laboram no mesmo local que o reclamante, preferencialmente
os que laboram juntos com ele (importantes para o esclarecimento dos
fatos). Caso não haja ninguém da época no local, solicitar aleatoriamente
alguém que esteja realizando a mesma atividade, objetivando evitar qual-
quer manobra durante a diligência.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
médico ou primeiros socorros à vítima do acidente.
g) Qual o tempo de experiência do reclamante acidentado na função que
estava realizando quando houve o fato.
h) Se anteriormente ou outros empregados sofreram acidentes semelhantes
e quais as medidas tomadas pela empresa para prevenir a reincidência.
i) Se existiam medidas ou equipamentos de segurança que não foram uti-
lizados e que poderiam evitar o acidente.
j) Se as máquinas e equipamentos ou ainda ferramentas utilizadas possuem
manual de instrução e se os envolvidos no uso e manipulação dos mes-
mos tinham acesso a ele.
Alguns dados são específicos sobre o empregador, assim, é importante destacar que:
a) Se cumpria e faz cumprir as disposições legais e regulamentares sobre
Segurança e Medicina do Trabalho.
b) Se elabora Ordens de Serviço sobre o tema, dando ciência aos emprega-
dos, visando prevenir acidentes de trabalho.
c) Se divulga as obrigações e proibições de que os empregados devam conhe-
cer e cumprir quando dentro do ambiente laboral.
d) Se dá conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição
pelo descumprimento das Ordens de Serviço e que o descumprimento
das normas de saúde e segurança do trabalho são passíveis de dispensa
por justa causa.
A arte de realizar entrevistas não é para todos, porém podemos nos preparar
para tal, vista que devemos nos municiar de informações e treinar, treinar muito,
pois somente assim nos tornaremos capazes de realizar determinadas situações
que nós julgamos incapazes. Portanto, quando entrevistamos as partes, deve-
mos ter em mente que atribuir fidelidade a um documento breve como este
não é totalmente relevante, sendo o propósito da entrevista estabelecer enten-
dimento com as partes e obter, de suas próprias palavras, a descrição do evento
gerador do acidente.
Primeiro, se você não estava na cena do acidente, então não pode concluir, por-
tanto, deve-se perguntar por meio de questões diretas e objetivas. Sendo assim, é
óbvio que você deva tomar muito cuidado para assegurar credibilidade a qualquer
resposta dada durante a entrevista. Outro fato relevante é que as respostas às primei-
ras questões, geralmente, vão mostrar se a parte entrevistada realmente observou
o que aconteceu de fato, com referência ao acidente e toda ocorrência envolvida.
Outra técnica normalmente utilizada para determinar uma sequência de
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eventos e chegar à conclusão de um fato é a de reproduzir ou simular todos os
eventos assim como eles aconteceram, quando possível. Claro que com cui-
dados, evitando colocar em risco todos os participantes da diligência. Caso
possível, pode-se solicitar ao reclamante e/ou ao paradigma que tenha laborado
em mesmo período (e/ou se não houve alteração de trabalho, atividade, posto
de trabalho) que faça a reprodução de ações realizadas durante atividade, movi-
mentos, operações, entre outras que o perito julgar necessária, sempre levando
em conta situações que antecederam o acidente, resguardando as normativas de
segurança e que todos os envolvidos na perícia se sintam seguros para realizar.
Da mesma forma, você, caro(a) aluno(a), deve observar essas dicas citadas, sempre
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levando em consideração a importância das informações recolhidas na entrevista.
É imprescindível que o perito realize perguntas e/ou questionamentos que não possam
ser respondidas simplesmente por um sim ou não; as questões devem ser pergunta-
das de forma natural e variar de acordo com o acidente ocorrido. Porém, há algumas
perguntas de cunho geral e que devem fazer parte da entrevista às partes, tais como:
a) Onde você estava no momento do acidente?
b) Qual era sua atribuição e o que você estava fazendo no momento do acidente?
c) O que você viu ou ouviu antes, no momento e posterior ao acidente?
d) Como estava o ambiente (condições clima, Nível de iluminação, Níveis
de ruído etc.) no momento do acidente?
e) O que estava fazendo o trabalhador acidentado no momento do acidente
(caso testemunha ou partes)?
f) Em sua opinião, o que causou o acidente?
g) Como acidentes similares podem ser prevenidos no futuro?
Essas são apenas algumas dicas a serem observadas na condução e trabalhos periciais
para esse nível de complexidade, devendo cada profissional da área de segurança
e saúde do trabalhador traçar sua metodologia e/ou aprimorar essas dicas para o
sucesso de seus laudos e a devida contribuição ao juiz e bom julgamento das ações.
temos que, na investigação realizada, a maior parte dos fatos sobre o acontecido
e como o fato se originou já está claro e passa a ser do conhecimento de todos ali
envolvidos no ato pericial. Trabalho árduo e que deve ser considerável, pois, até
este momento pericial, foram despendidos diversos esforços para se conseguir os
dados, porém, essa parte representa apenas a 1a primeira parte do objetivo final,
que é a elaboração do “Laudo pericial”. Veja algumas questões-chave:
■■ Por que o acidente ocorreu?
■■ Como ocorreu?
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■■ Quem foram os envolvidos?
■■ O grau de participação de cada um na ocorrência?
■■ A final, houve culpa ou falha? De quem?
em evidências reais e se elas são diretas e de fácil observação por meios (físicos
ou documentais) ou, ainda, se foram transferidas ao laudo em função dos teste-
munhos das partes e envolvidos ou, até mesmo, pelas possíveis hipóteses durante
a diligência. Será fundamental a verificação de todos esses dados para elabora-
ção de um laudo técnico consistentes.
RECOMENDAÇÕES RELEVANTES
Caso ainda ficarem dúvidas, caso ainda restar fatos obscuros aos atos periciais de
ambas as partes e/ou caso não for possível apontar o real fato causador, deverá
o perito apresentar ao juiz ambas as versões apresentadas durante a diligência,
porém não é recomendado esta atitude, pois o laudo deve ser conclusivo e, para
tanto, o perito deve ser minucioso, a fim de tirar suas conclusões.
A não conclusão pode levar à linha de pensamento de que lhe falta conhe-
cimento do fato em si, e isso pode, não somente ser contrário ao real objetivo
da investigação, mas pode ameaçar as chances de um livre fluxo referente às
informações coletadas para uma futura investigação referente a acidentes do
trabalho. Devemos levar em conta que, em uma improvável situação, você não
foi capaz de determinar, de forma investigativa satisfatória, a causa de um aci-
dente, demonstrando insegurança ao juiz. Portanto, você, provavelmente, ainda
não deve estar totalmente preparado para essas atribuições, possuindo fragilida-
des no ato pericial quanto à investigação e é muito importante e apropriado que
tome providências para corrigir essas deficiências e realizar um ótimo trabalho.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ELABORAÇÃO DE QUESITOS TÉCNICOS, FOLHAS DE
CAMPO E COLETA DE DADOS
Normalmente, nas questões a serem julgadas pelo juiz do trabalho, que facultará
às partes litigantes à formulação de quesitos, que nada mais são do que pergun-
tas - dúvidas direcionadas ao expert para direcionamento da perícia técnica.
As dúvidas, no entanto, devem ser pertinentes, oportunas, bem como guardar
relação direta e estreita com o proposto na ação; caso contrário, poderá o Juiz
indeferir as perguntas, tendo por base do art. 470 do CPC, Lei N° 13.105, que
afirma que o juiz poderá indeferir quesitos impertinentes e formular por si pró-
prio os que entender necessários ao esclarecimento da causa. Sendo assim, os
quesitos não são obrigatórios nos autos processuais.
Sabemos, portanto, que um dos pontos importantes de uma prova pericial,
em função das suas consequências, é o laudo apresentado pelo perito judicial,
não se pode esquecer da extrema importância dos quesitos formulados pelas
partes, que são, na verdade, os provocadores das respostas e das omissões resul-
tantes dos esquecimentos, falta de conhecimento ou outras causas de descuido,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que poderão ser fatais para as partes.
Como percebemos, os quesitos nada mais são do que perguntas que serão
direcionadas ao perito, a fim de elucidar a questão proposta.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
constante por meios de se evitar acidentes ainda é a melhor solução para todos
os casos que têm essa origem.
Um fato muito importante com relação ao processo trabalhista, principal-
mente no desenvolvimento do laudo pericial, é o apontamento do objeto de
exposição da perícia, ou seja, para questões de insalubridade e periculosidade,
são esses os objetos em exposição, porém, para o caso do acidente de trabalho,
passa ser o objeto de exposição. Muitas vezes, ficamos na dúvida quanto aos ter-
mos e como analisá-los e, por esse motivo, temos a ABNT NBR 14280:2001, que
nos traz muitos termos técnicos e definições importantes que nos ajudaram na
análise dos fatos, além de formas de registro dos fatos.
Também em relação ao processo investigatório para levantamento de dados
em relação ao acidente de trabalho, a ser utilizado nas diligências periciais, foram
apresentadas, no decorrer do texto, vários pontos a estudar e compreender. Cada
passo aqui demonstrado, com toda a certeza, estará conduzindo você a passos
largo para se tornar um ótimo perito judicial e/ou assistente técnico pericial ou,
no mínimo, irá lhe proporcionar grande conhecimento para que possa ocupar
cargos de gestão de saúde e segurança do trabalho em empresas, vista que com os
conteúdos abordados aqui, você poderá observar tanto peritos como assistentes
e evitar a tendência de analisar somente um lado, apenas dados de um dos lados!
Ótimo estudo.
Considerações Finais
124
Acidentes do Trabalho e Perícias, por Raul Zoratto Sanvicente e Ricardo Carvalho Fraga,
desembargadores do Trabalho da 4ª Região
Perícias judiciais em processos trabalhistas, que envolvem matéria relacionada a aciden-
tes de trabalho, foi o tema de seminário realizado pela Escola Judicial do TRT do Rio
Grande do Sul, conjuntamente com a gestão regional do Programa Trabalho Seguro,
também ligado ao Judiciário trabalhista local. Estiveram presentes juízes do trabalho,
servidores e peritos, estes em número de quarenta.
Iniciativa com igual temática está ocorrendo em todos os TRTs, pois se constitui numa
das metas nacionais do referido Programa. Desta forma, é tema de discussão em todo o
país, o que demonstra a dimensão e importância dessa problemática.
De forma geral, após a alteração da competência da Justiça do Trabalho pela Emenda
Constitucional 45 de 2004, que transferiu ao Judiciário trabalhista os processos que en-
volvem responsabilidade civil em acidentes de trabalho, constatou-se a necessidade de
aprimorar as investigações periciais para verificação de nexo causal.
No rico debate ocorrido no seminário realizado nos dias 8 e 9 de agosto passados, foi
consenso que há necessidade de exame do local de trabalho, não só da pessoa do tra-
balhador, não só nos casos de óbito, mas também nos inúmeros casos de doenças ocu-
pacionais.
Há necessidade de um processo investigativo tão profundo quanto for a controvérsia
do processo, utilizando-se, se preciso for, recursos técnicos de mais de um especialista,
acaso seja necessário o com curso de diversas especialidades. Caso clássico é o exame
do local de trabalho, a conformidade de máquinas e equipamentos, ergonomia, e outros
aspectos, por obra de engenheiro, ao passo que o exame da pessoa, identificação de
nexo e detecção de moléstias, através de médicos, o que não exclui a participação de
outros especialistas.
A perícia judicial não é só médica ou só técnica (de engenharia), ela está ligada inti-
mamente ao conteúdo da controvérsia existente no processo. É esse conteúdo que o
magistrado deve identificar e, como diretor da prova, determinar sua solução.
Recorda-se que em matéria de responsabilidade civil, a perícia não é obrigatória por lei,
como é na investigação de insalubridade e periculosidade, mas a crescente complexi-
dade das relações laborais e a participação de diversos atores, impõe ampla gama de
especialidades que refogem ao conhecimento geral do juiz que, não obstante, não está
adstrito ao laudo.
125
III. ( ) Deve o perito eliminar totalmente desse trabalho qualquer busca de res-
ponsabilidade ou culpabilidade de alguém, porque esse fato levaria, certamen-
te, a discussões, desavenças e, até mesmo, provocar um efeito de dissimulação
ou de modificação dos fatos conhecidos pelos participantes da diligência e fazer
com que o perito tenha uma imagem distorcida dos fatos reais que é seu foco.
IV. ( ) É importante que o perito esteja ciente de todo o processo e de tudo que
já foi arrolado aos autos, que tenha realizado um estudo prévio das documen-
tações já existentes e de tudo que necessitará durante a diligência e, caso achar
pertinente para evitar embaraços, deve-se solicitar apresentação formal de do-
cumentações, entre outros, peticionando ao juiz de direito que lhe incumbiu da
diligência, a fim de evitar constrangimentos e, até mesmo, simulações e/ou mo-
dificações de fatos e dados.
As afirmações I, II, III e IV são, respectivamente:
a) V, V, V, V.
b) F, F, F, F.
c) V, V, F, V.
d) V, V, V, F.
e) V, F, V, V.
129
REFERÊNCIAS ON-LINE
1
Em: <http://www.abergo.org.br/arquivos/noticias/DIRETRIZES.pdf>. Acesso em: 8
jun. 2017.
2
Em: <http://www.conjur.com.br/2011-jun-19/indenizacao-acidente-trabalho-
-competencia-justica-trabalhista>. Acesso em: 8 jun. 2017.
3
Em: <http://www.trt4.jus.br/portal/portal/trt4/comunicacao/noticia/info/No-
ticiaWindow?action=2&destaque=false&cod=773050>. Acesso em: 8 jun. 2017.
GABARITO
1) D.
2) E.
3) C.
4) E.
5) D.
Professor Esp. Edinei Aparecido Furquim dos Santos
IV
SISTEMAS DE AVALIAÇÃO E USO DE
UNIDADE
INSTRUMENTOS EM PERÍCIAS DE
INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE
E ACIDENTES DO TRABALHO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Proporcionar conhecimento de como avaliar em uma perícia de
insalubridade.
■■ Proporcionar conhecimento de como avaliar em uma perícia de
periculosidade.
■■ Proporcionar conhecimento de como avaliar em uma perícia de
acidente de trabalho.
■■ Demonstrar os modelos de petições que podem ser apresentadas
pelo perito.
■■ Apresentar modelos de laudos de insalubridade, laudos de
periculosidade, laudos de acidente do trabalho e laudos conjugados.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ O que e como avaliar em uma perícia de insalubridade
■■ O que e como avaliar em uma perícia de periculosidade
■■ O que e como avaliar em uma perícia de acidente de trabalho
■■ Modelos de petições que podem ser apresentadas pelo perito
■■ Formas, coleta e registros de dados para compor o Laudo
135
INTRODUÇÃO
ver conhecimento sobre como é ser perito, aos poucos será capaz de observar e
enxergar que essa atribuição é uma arte e que devemos, cada vez mais, estudá-
-la para nos tornar, dia a dia, melhores profissionais.
Estudaremos a perícia técnica em si, a fim de avaliar condições insalubres,
periculosas e geradoras de acidente do trabalho. Estudar cada uma delas é o
meio para que possamos entender as características que cada uma possui; com-
preender o contexto em que a disciplina, a execução do momento pericial e as
legislações pertinentes e aplicáveis serão balizadores é o ideal, tal qual aos arti-
gos do CPC – Código de Processo Civil que nos apoiam. Notaremos como a
figura do perito é importante; porém, como perito, precisamos conhecer o valor
do reclamante e do assistente técnico ou, até mesmo, do preposto ou profissional
habilitado para tal encargo, durante a diligência pericial, que estarão oferecendo
respostas e ajudando a conduzir, da melhor forma possível, a perícia técnica.
Diante do exposto, você, futuro profissional, estará estudando e aprimorando
seu conhecimento de como verificar, observar e, posteriormente, como colocar
o que se viu e observou em fatos escritos concretos e absolutos, que sirvam de
amparo e esclarecimento ao juiz, e/ou das partes que o nomeou para acompanhar
a ação. Sendo assim, procuramos, a partir daqui, lhe trazer novos conhecimen-
tos que possam agregar e facilitar sua linha de pensamento por meio de modelos
e sugestões, porém o restante é com você. Bom estudo!
Introdução
136 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O QUE E COMO AVALIAR EM UMA PERÍCIA DE
INSALUBRIDADE
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
137
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O conceito do termo “quantitativo” está ligado ao fato de observarmos algo e
aprendermos o que é ou significa, porém, para alguns casos, necessitamos saber
quanto temos dele. Há diversas definições quanto ao termo, em diversos dicio-
nários, impressos e/ou online, como por exemplo:
que diz respeito a quantidade; que apresenta quantidade. Que perten-
ce ao âmbito dos valores e/ou quantidades numéricas. Que abarca ou
compreende o ato de medir esses valores e/ou quantidades.s.m. Valor
determinado e certo: o quantitativo de uma indenização. Número ou
quantidade específica: as probabilidades de sucesso se acabam neste
quantitativo. Análise quantitativa. Química. Análise que determina a
quantidade dos elementos de uma mistura ou de um corpo composto
(DICIO, DICIONÁRIO ONLINE DE PORTUGUÊS, [2017], on-line)2.
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
139
níveis de ruído que existem. A avaliação desses níveis será realizada medindo
em dB(A) (decibéis), utilizando o critério de resposta lenta.
A metodologia de avaliação do ruído por meio da NR 15 - Portaria nº
3.214/1978, anexo 1 e 2, nos traz apenas que:
[...] os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em
decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando
no circuito de compensação “A” e circuito de resposta lenta (SLOW). As
leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
pela IEC (Internacional Electrotechnical Commission) em quatro, como mos-
tra o quadro a seguir.
Quadro 1 - Comparativo padrões ANSI e IEC
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
141
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
banda de oitava);
d) Registrador gráfico.
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
143
Porém, tal qual a avaliação de ruído, não encontramos essas informações que
são extremamente relevantes junto à NR 15, da Portaria 3214/78. Sendo assim,
devemos também buscar amparo legal, em primeiro momento, em outras normas
e/ou padrões no Brasil e, se ainda persistir dúvidas, podemos buscar padrões inter-
nacionais. As NHO´s (Normas de Higiene Ocupacional) da FUNDACENTRO
(Fundação Jorge Duprat Figueiredo) nos oferece padrões para avaliação de calor,
que nos servem como balizadores para encontrar solução de como e a melhor
forma de avaliar os riscos nos ambientes laborais. Sendo assim, vamos conhecer
um pouco da NHO 06 (Norma de Higiene Ocupacional) (on-line)5.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
perdido com estabilização, bem como resultados mais precisos. Hoje em dia, o
mais comum utilizado pela praticidade é o conjunto não convencional para a
determinação do IBUTG, o equipamento eletrônico.
É permitida a utilização de equipamento eletrônico para a determinação
do IBUTG ou outros dispositivos para a medição das temperaturas de globo, de
bulbo úmido natural e de bulbo seco, desde que, para quaisquer condições de
trabalho avaliadas apresentem resultados equivalentes aos que seriam obtidos
com a utilização do conjunto convencional, sendo que os dispositivos de medi-
ção de temperatura deverão apresentar, no mínimo, a mesma exatidão exigida
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
para os termômetros de mercúrio existentes no conjunto convencional, sendo
seus componentes os seguintes:
■■ A esfera que é utilizada no equipamento de medição da temperatura de
globo deve ser de cobre, oca e com aproximadamente 1 mm de espes-
sura, bem como 152,4 mm de diâmetro, sendo ela pintada externamente
de preto fosco, com emissividade mínima de 0,95.
■■ O bulbo úmido natural, utilizado no dispositivo de medição da tempera-
tura, deve ter uma forma tubular, deve possuir pavio tecido com alto poder
de absorção de água, como, por exemplo, o algodão, na cor branca, que deve
ser mantido úmido o tempo todo com água destilada, por capilaridade.
■■ Os medidores só poderão ser utilizados dentro das condições de tem-
peratura, umidade e campos magnéticos, além dos demais interferentes
especificados no manual do fabricante. A grande maioria dos equipa-
mentos, muitas vezes, vem como um cabo de extensão para utilização
distantes de interferentes e para eliminar a influência de interferências
inaceitáveis durante a avaliação.
■■ Além do instrumental eletrônico, são indicados outros equipamentos e
acessórios complementares, sendo indicado os seguintes:
■■ Tripé do tipo telescópico - Dispositivo pintado de preto fosco, destinado
à montagem e posicionamento do equipamento de medição, na altura
necessária para a correta avaliação da exposição ocupacional ao calor.
■■ Cronômetro - Destinado à determinação dos tempos de permanência em cada
situação térmica e dos tempos de duração de cada atividade física (NHO 06).
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
145
bulbo seco comum em graus célsius, com graduação negativa suficiente para
a temperatura utilizada, sendo indicado, preferencialmente, um termômetro
com escala de até - 50°C.
A avaliação da velocidade do vento deve ser realizada por meio de anemô-
metros, que devem ter a escala de quilômetro por hora (km/h).
Para a avaliação das baixas temperatura, devemos realizar a medição ou aferição
da temperatura efetiva com o aparelho adequado; sendo assim, embora os mesmos
fatores ambientais analisados e considerados no estudo do calor influem na inten-
sidade da exposição ao frio, pouco se conhece sobre a sua quantificação e controle.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Não existem, até o momento, índices especiais tão completos e detalhados que per-
mitam uma avaliação correta e precisa das condições de exposição ao frio intenso.
Não existe, na literatura brasileira, informações precisas e objetivas em rela-
ção à exposição ao frio. A Portaria 3214/78, NR 15, Anexo 9, afirma que o critério
de avaliação é somente qualitativo:
[...] as atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigorí-
ficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham os
trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insa-
lubres em decorrência de laudo de inspeção realizada em local de trabalho.
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Avaliação ocupacional a vibrações ocupacionais
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
149
Quanto à necessidade de avaliação das vibrações, temos que estas são reali-
zadas de forma quantitativa, pois temos parâmetros próprios já estabelecidos por
normatização, tais como tipos e forma de avaliação destas vibrações, podendo ser:
■■ Vibrações Localizadas: São aquelas transmitidas normalmente às extre-
midades do corpo, especialmente, mãos e braços, tais como as prescritas
por ferramentas manuais.
■■ Vibrações de Corpo Inteiro: São aquelas transmitidas ao corpo do traba-
lhador, na posição sentado, em pé ou deitado; por exemplo, as vibrações
a que estão expostos os motoristas de caminhão, operadores de tratores,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
dores que experimentam exposição semelhante, de forma que o resultado
fornecido pela avaliação da exposição de parte desse grupo seja represen-
tativo da exposição de todos os trabalhadores que o compõem.
b. Limite de exposição (LE): parâmetro de exposição ocupacional que repre-
senta condições sob as quais se acredita que a maioria dos trabalhadores
possa estar exposta repetidamente sem sofrer efeitos adversos que pos-
sam resultar em dano à sua saúde.
c. Nível de ação: valor acima do qual devem ser adotadas ações preventivas,
de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições à vibração
causem danos à saúde do trabalhador e evitar que o limite de exposição
seja ultrapassado.
d. Ponto de medição: ponto(s) localizado(s) na zona de exposição ou pró-
ximo(s) a ela, cujos valores obtidos sejam representativos da exposição
da região do corpo atingida.
e. Zona de exposição: interface entre a fonte de vibração e a região do corpo
para a qual a energia da vibração é transferida.
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a. Concentração do contaminante no ambiente de trabalho;
b. Tempo de exposição;
c. Características físico-químicas do contaminante;
d. Susceptibilidade pessoal.
Portanto, para avaliar o risco de exposição a um agente químico em um ambiente
de trabalho, deverá se determinar, da forma mais correta possível, a concentração
do contaminante no ambiente, cuidando para que as medições sejam efetua-
das com aparelhagem adequada e que sejam as mais representativas possível da
exposição real a que estão submetidos os trabalhadores.
Outro fato relevante e fundamentalmente importante é conhecermos a con-
centração dos contaminantes existentes num local de trabalho. Para isso, devemos
coletar amostras, no local, que possibilitem uma análise quantitativa das subs-
tâncias existentes. Considerando-se que a concentração de uma substância no
ar pode variar no tempo e no espaço, em função da movimentação do ar, dos
ciclos, dos processos e da intensidade do trabalho realizado, além da distância
do, trabalhador à fonte etc., verificamos, assim, que avaliar gases e vapores tóxi-
cos e bem complexo, demandando especial atenção, e tem minuciosos detalhes,
pois a concentração de produtos tóxicos, na maioria das vezes, são muito baixas,
e para a sua determinação, necessita-se de métodos altamente sensíveis. Devido
a essa complexidade, não é possível confiar em uma única amostragem, o ideal
é se fazer um plano de amostragem - o que se torna quase que inviável quando
tratamos de perícias técnicas judiciais, devido ao tempo e espaço de tempo para
realização de laudo e emissão ao juiz de direito do trabalho.
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
153
mais altas e as mais baixas que possam ocorrer durante o ciclo de trabalho. A
concentração média durante a jornada de trabalho pode ser calculada, cole-
tando-se uma série de amostras durante o período completo de trabalho e
estratificando-as para toda a jornada.
Observação: esse tipo de amostragem tem utilidade quando, de certa forma, se
quer avaliar a concentração de substâncias irritantes e outras que tenham limites
de tolerância – valor teto, também importante para determinar se o valor máximo
das substâncias com limite de tolerância média ponderada foi ou não ultrapassado.
2. Amostragens contínuas – estas são as realizadas em um período de tempo
maiores que as medições instantâneas, utilizando-se de metodologia indicada
e tempo calculado, chegando, às vezes, até uma jornada inteira de trabalho.
Método de Adsorção
A adsorção é efetuada por meio de tubos de carvão ativado ou sílica gel, depen-
dendo da substância a ser coletada. O tubo é acoplado a um amostrador (bomba
de sucção) apropriado e com baixa vazão, seguindo os seguintes passos:
O amostrador é fixado ao trabalhador, com o tubo coletor preso à lapela,
portanto, junto ao seu campo dá concentração do produto no ar.
Os tubos coletores são compostos, geralmente, por duas seções, isoladas por
elementos refratários à substância a ser coletada. A primeira seção é a de coleta,
a segunda é a de saturação, para controle da concentração.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Massa da amostra(mg)
____________________
Cálculo da Concentração (mg/m3)=
Volume amostrado (m3)
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155
Para alguns agentes químicos existem padrões de leitura imediata pelo método
Impinger, por colorimetria, em que pinga-se uma gota da substância coletada
sobre determinado produto, que mudará de cor em presença do contaminante;
a cor resultante será comparada com padrões existentes, em que a concentração
será determinada pela tonalidade.
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Método da Verificação de Explosividade
Explosímetro - é um instrumento que mede o potencial de explosividade pela
presença de vapores combustíveis no ar, os quais possam formar concentrações
explosivas. Os referidos instrumentos são de aspiração manual ou por meio de
bomba, com câmara de combustão dotada de filamentos elétricos aquecidos
para verificar os limites de explosividade do ar contaminados pelo combustível.
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
157
-se em suspensão por um longo tempo, sabemos que temos que fazer a avaliação
da exposição ocupacional ao material particulado, ou seja, a esses aerodispersó-
ides, sendo assim, é importante alguns detalhes, tais como:
a. Escolher os filtros para coletar material particulado - filtros mem-
brana: Existem, atualmente, no mercado, diversos tipos e marcas de
filtros-membrana, entre eles estão:
■■ É ster de celulose
■■ Cloreto de polivinila (PVC)
■■ Membrana de Prata
■■ Teflon
■■ PVC – copolímero de acrilonitrila
■■ Celulose regenerada
■■ Nitrato de celulose
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■■ Teflon: coleta de poeiras em geral / análise por Gravimetria.
■■ PVC – Copolímero de Acrilonitrila: análise de poeiras que possam con-
ter sílica / técnica de Difratometria de Raios X.
c. Conhecer quais são os demais acessórios e equipamentos utilizados para
coletar os aerodispersóides, propriamente a poeira respirável, tais como:
■■ Ciclone de Alumínio/Nylon - Ciclone em Alumínio, com 37mm de
diâmetro para amostragem de poeiras respiráveis; elimina o problema
de carga estática de ciclones de nylon; ponto de corte de 4.0 µm, 2.5
L/min; mantém a curva para poeiras respiráveis ACGIH (American
Conference of Governmental industrial Hygienists)/ISO/CEN; leve e
pequeno - Dimensões: 66 x 38mm.
■■ Câmara de calibração - de alumínio, engata igualmente sobre a haste de
alumínio do ciclone e permite conectar uma mangueira de Tygon, encai-
xando-a para calibração de fluxo de ar. A câmara de calibração encaixa
em ambos os ciclones de alumínio de 25 e 37mm.
■■ Porta-Cassetes ciclone de alumínio para cassetes de 25 mm e 37 mm
- o porta-cassete tem peso leve e é desenhado para prender no colarinho
do trabalhador e acomodar um ou outro cassete de 25 e 37mm., com ou
sem ciclone de alumínio.
■■ Ciclone de nylon - o Ciclone em Nylon para amostragem de poeiras
respiráveis mantém a curva para poeiras respiráveis ACGIH (American
Conference of Governmental industrial Hygienists)/ISO/CEN, funciona
com qualquer modelo de bomba de amostragem com o fluxo de 1,7LPM,
leve e pequeno.
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
159
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
III. Foram coletadas com uso de bombas de amostragem devidamente cali-
bradas e aferidas e que apresentaram boas condições de funcionamento;
IV. O cassete porta-filtro não apresente prejuízo a sua integridade;
V. Para as quais se tenha todos os dados de amostragem anotados com pre-
cisão para análise posterior.
Encaminhamento das amostras para o laboratório
I. As amostras coletadas deverão ser enviadas ao laboratório, acompanha-
das dos dados necessários para o processamento analítico;
II. Os porta-filtros devem ser transportados com a face amostrada para cima
e com orifícios de entrada e saída de ar vedados;
III. Utilizar um plug vermelho na face amostrada e um plug azul na outra
face, transportá-las de modo que não sofram choques.
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
161
nições sobre o termo, também em impressos e/ou on-line, como por exemplo:
[...] que se refere a qualidade, a natureza dos objetos e não a sua quan-
tidade: análise qualitativa das propriedades medicinais das plantas.
Relativo a natureza, a estrutura de algo ou de alguém: o corpus lin-
guístico possui cinco variantes qualitativas; aspecto qualitativo de al-
guém. [Química] Análise qualitativa. Que determina a natureza dos
elementos contidos em uma mistura ou dos que formam um composto
(DICIO, DICIONÁRIO ONLINE DE PORTUGUÊS, [2017], on-line)7.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
NR 15 - Atividades e operações insalubres - anexo n.º 6 - trabalho sob
condições hiperbáricas
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
163
e as purezas.
Quadro 3 - Avaliação da qualidade do ar e purezas - subitem
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Conservação e peles e plumas; depilação de peles à base de compostos
de arsênico.
Descoloração de vidros e cristais à base de compostos de arsênico.
Emprego de produtos parasiticidas, inseticidas e raticidas à base de
compostos de arsênico.
Fabricação de cartas de jogar, papéis pintados e flores artificiais à base
de compostos de arsênico.
Metalurgia de minérios arsenicais (ouro, prata, chumbo, zinco, níquel,
antimônio, cobalto e ferro).
Operações de galvanotécnica à base de compostos de arsênico.
Pintura manual (pincel, rolo e escova) com pigmentos de compostos de
arsênico em recintos limitados ou fechados, exceto com pincel capilar.
Insalubridade em grau mínimo
Empalhamento de animais à base de compostos de arsênico.
Fabricação de tafetá “sire”.
Pintura a pistola ou manual com pigmentos de compostos de arsênico
ao ar livre (BRASIL, Portaria N° 3214/78, NR 15, Anexo 6).
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
165
Aqui, você verá as relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja
insalubridade é caracterizada pela avaliação qualitativa - assim como os demais
anexos apresentados até aqui sobre avaliação qualitativa. Talvez este seja o mais
polêmico e de maior dificuldade para avaliação, porém tudo irá depender de
como faremos nossas interpretações, vejamos os detalhes pertinentes ao mesmo:
Insalubridade em grau máximo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
- estábulos e cavalariças;
- resíduos de animais deteriorado (BRASIL, Portaria N° 3214/78, NR
15, Anexo 14).
Como podemos perceber, para avaliar os agentes biológicos, teremos que analisar
diretamente o tipo de exposição e a relação com o trabalhador, ou seja, o tipo de
atividade, executada no ambiente, que o possa expor à situação de risco de contami-
nação por agentes biológicos constantes do anexo 14, da norma regulamentadora 15.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
AGENTES DE AVALIAÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Vejamos que o título desse subtópico nos traz que: os anexos 7, 8 e 9 como pala-
vra chave para nossa interpretação “atividades”. Porém, um complemento faz
muita diferença por meio de “laudo de inspeção do local de trabalho”; sendo
assim, vejamos a definição de laudo, segundo o dicionário Brasileiro da língua
portuguesa - Michaelis:
Laudo
lau·do
sm
1 Texto em que um especialista emite sua opinião em resposta a uma
consulta: O laudo médico comprovou a boa saúde do rapaz.
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
167
Ao juntarmos esses termos, temos que o laudo de inspeção nada mais é do que o
ato de se fiscalizar um determinado local e, ao final, emitir uma escrita, ou seja,
um laudo afirmando, ou não, a existência de determinada situação com relação
aos anexos constantes, sendo que, dependendo da inspeção, poderá o expert em
saúde e segurança do trabalho atentar para a necessidade de quantificações de
determinados agentes, sendo assim, uma condição que demanda avaliação qua-
litativa em primeiro momento e quantitativa em segundo momento. Portanto,
vamos relembrar e ver alguns detalhes importantes desses três anexos:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ao anexo 7, são considerados radiações não-ionizantes as micro-ondas,
ultravioletas e laser:
■■ As operações ou atividades que exponham os trabalhadores às radiações
não-ionizantes, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres,
em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
■■ As atividades ou operações que exponham os trabalhadores às radiações
da luz negra (ultravioleta na faixa - 400-320 nanômetros) não serão
consideradas insalubres.
Como vimos anteriormente, o anexo 8 teve a sua redação alterada, sua avaliação
passando a ser quantitativa, porém não descartamos o critério de que devemos
fazer o laudo de inspeção do local de trabalho para, depois, fazer o devido enqua-
dramento; porém, com a atualização do anexo pela Portaria 1297/14, já sabemos
que teremos que quantificar. Segundo o anexo, devemos:
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
169
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O QUE É E COMO AVALIAR EM UMA PERÍCIA DE
PERICULOSIDADE
A perícia definirá as questões de periculosidade, por isso devemos nos ater ao que
já existia e era considerado como atividade periculosas e também às mudanças que
foram introduzidas no ano de 2013, por meio da NR 16, em seus anexos, tais como:
O anexo 1 (Redação dada pela Portaria SSMT n. º 2, de 2 de fevereiro de 1979),
- que são apresentadas como operações e atividades com explosivos; também são
indicadas as áreas adjacentes consideradas como de risco, em função da quantidade
de material armazenada. Trabalhadores que manuseiem explosivos, como minera-
dores, fabricantes de fogos de artifícios, munições, entre outros, estão enquadrados.
O anexo 2 (Redação dada pela Portaria SSMT n. º 2, de 2 de fevereiro de
1979), – que teve alterações de alguns itens pela (Portaria GM n. º 545, de 10 de
julho de 2000) estabelece que são destacadas as atividades e operações com infla-
máveis, líquidos ou gasosos. Além da determinação da área de risco em função
da quantidade de material, esse anexo também especifica as capacidades máxi-
mas para os diferentes tipos de embalagens.
O anexo 3 (aprovado pela portaria MTE n. º 1.885, de 02 de dezembro de
2013), – que estabelece que a periculosidade também está associada a atividades
e operações perigosas com exposição a roubos ou outras espécies de violência
física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
171
Sendo assim, devemos nos ater que a jurisprudência trabalhista tem determinado
que, mesmo que o contato do trabalhador com atividades periculosas não seja con-
tínua, ou seja, haja o contato de forma intermitente, há incidência do adicional de
periculosidade. Não será aplicado o devido adicional de periculosidade ao trabalha-
dor que está exposto apenas de forma eventual, ou seja, aquele que não tem contato
regular com a situação de risco ou área de risco, conforme prevê a legislação vigente,
salvo se este parâmetro estiver previsto em acordo ou convenção coletiva de traba-
lho, momento em que haverá o pagamento proporcional, conforme prevê o artigo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de traba-
lho fixando o adicional de periculosidade em percentual inferior ao
estabelecido em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois
tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho,
garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e
193, §1º, da CLT) (SÚMULA 364 do TST, 2016).
Vamos observar, nessa súmula, que as decisões são tomadas e balizadas em fatos
que os julgadores entenderam como verdadeiros e, portanto, devem ser segui-
dos. Esta, também, vem de encontro com fatos que precisamos constantemente
e que, na maioria das vezes, nos deixa na dúvida e/ou confusos quando na hora
de laudar e/ou emitir nossa linha de pensamento, porém, a legislação é muito
clara e objetiva, o que necessitamos é compreendê-la de forma adequada.
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
173
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
relativas às NR´s eram difundidas para os demais trabalhadores;
■■ Procedimentos, normas operacionais, “passo a passo” ou outros relati-
vos à(s) atividade(s);
■■ Manuais de máquinas, equipamentos ou dispositivos envolvidos no ACT;
■■ Histórico de manutenção de máquinas, equipamentos ou dispositivos
envolvidos no ACT relativo aos 12 meses anteriores ao acontecido fato;
■■ Informações acerca de estado da máquina, equipamento ou dispositivos
após o acidente, inclusive relativas a defeitos identificados, substituição
de componentes, ajustes ou outras, intervenções realizadas visando sua
liberação para o trabalho posterior ao fato;
■■ Layout da área (indicando áreas de circulação, equipamentos etc.);
■■ Documentos relativos à análise de acidente realizada por equipe técnica
da empresa e/ou CIPA/TR, SESMT/TR (com os respectivos anexos, espe-
cialmente registros fotográficos, filmes, esquemas etc.);
■■ Ata de reunião de CIPA em que o acidente foi discutido;
■■ As medidas preventivas recomendadas e adotadas após o acidente.
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
175
como forma de provas e esclarecimentos; sendo assim, existem, hoje, duas forma
de acesso aos sistemas da justiça do trabalho para anexar os documentos aos autos.
Dessa forma, o primeiro modo de acesso, hoje, na maioria dos tribunais do
trabalho, é via escritório digital, podendo ser acessado do lado direito no site do
Tribunal Regional do Trabalho (TRTPR, [2017], on-line)10; o segundo modo de
acesso, pelo qual a grande maioria dos tribunais já estão trabalhando é o acesso via
PJe – Processo Judicial Eletrônico -, que podemos acessar pelo mesmo endereço
apresentado, porém, teremos um ícone próprio, logo acima do ícone do escri-
tório digital, chamado PJe - esse sistema será o utilizado por todos os tribunais
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Regionais do Trabalho, sendo a sua migração realizada aos poucos, conforme
disponibilidade de cara tribunal.
Para ter acesso a ambos os sistemas, o perito deve ter o acesso digital e, assim,
poderá realizar consultas ao processo e suas partes e toda a documentação ane-
xada e que lhe ajudará durante a análise para conclusão do seu laudo.
Segundo a Receita da Fazenda, o procedimento para criar o acesso digital é:
por Subsecretaria de Gestão Corporativa — publicado 12/05/2015
15h32, última modificação 06/05/2016 09h21.
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
177
[...]
Conceitos Básicos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Certificados Digitais e-CPF ou e-CNPJ, sendo que para o candidato ao ofício de
perito do juízo, é obrigatório a utilização do certificado digital para acesso aos
sistemas da justiça do trabalho nas suas diversas instâncias.
Diante do demonstrado e exposto, passamos agora aos modelos de petições
usuais, lembrando que estes são meros exemplos, cabendo a cada profissional desen-
volver os seus modelos de tal forma que satisfaça o entendimento técnico e jurídico.
MODELOS DE PETIÇÕES
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179
Autor: (nome)
Réu: (nome)
Ação: (tipo de ação)
Processo nº: (número do processo)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
É o que requer.
Pede Deferimento.
Assinatura do perito
_______________________________
(Nome do perito)
Nº Reg. Ent. Classe
Exmo.(a). (Dr.(a)) Juiz (a) de Direito do Trabalho de (Cidade) – (UF) Exemplo: PR,
SP, BA, RS, MG)
Autor: (nome)
Réu: (nome)
Ação: (tipo de ação)
Processo nº: (número do processo)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(Nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito
deste Juízo, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe vem, res-
peitosamente, informar a Vossa Excelência, que apesar de muito honrado com a
designação, por motivos alheios à sua vontade, encontra-se impossibilitado de exer-
cer o encargo (caso entenda por bem, explicar, colocar: “devido a…”). Dessa forma,
apresenta sinceras escusas e fica à disposição deste Juízo para maiores esclarecimen-
tos, assim como para atuar em outros processos, quando for solicitado.
Isto posto, requer a sua dispensa do encargo e a juntada desta aos autos para
tornar ciente as partes interessadas e para os devidos fins de direito.
É o que requer.
Pede Deferimento.
Assinatura do perito
(Nome do perito)
Nº Reg. Ent. Classe
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181
Autor: (nome)
Réu: (nome)
Ação: (tipo de ação)
Processo nº: (número do processo)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
É o que requer.
Pede Deferimento.
Assinatura do perito
_______________________________
(Nome do perito)
Nº Reg. Ent. Classe
Autor: (nome)
Réu: (nome)
Ação: (tipo de ação)
Processo nº: (número do processo)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(Nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito
deste Juízo, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, res-
peitosamente, requerer a Vossa Excelência a fixação dos honorários periciais em R$
(valor em números e depois, entre parênteses, o valor por extenso).
É o que requer.
Pede Deferimento.
Assinatura do perito
_______________________________
(Nome do perito)
Nº Reg. Ent. Classe
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183
Autor: (nome)
Réu: (nome)
Ação: (tipo de ação)
Processo nº: (número do processo)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
É o que requer.
Pede Deferimento.
Assinatura do perito
(Nome do perito)
Nº Reg. Ent. Classe
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Autor: (nome)
Réu: (nome)
Ação: (tipo de ação)
Processo nº: (número do processo)
É o que requer.
Pede Deferimento.
Assinatura do perito
_______________________________
(Nome do perito)
Nº Reg. Ent. Classe
Fonte: o autor.
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
185
Os formulários apresentados são apenas uma base, não havendo literaturas espe-
cíficas que falam sobre isso, apenas alguns enunciados realizado em cursos e/ou
em livros sobre perícias de um modo geral. Os padrões seguem uma linha de
raciocínio que vem sendo empregada há muitos anos por vários peritos, sendo
que uns ensinam aos outros, porém cabe a cada profissional definir seu modelo
e forma de escrita, podendo, ainda, consultar um jurista e/ou pessoa especia-
lista na área para auxílio.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Sendo assim, os documentos que serão apresentados a seguir como anexos a esse
tópico são meramente como modelos, que cada profissional, posteriormente,
desenvolverá o que melhor fazer parte do seu dia a dia.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Modelo LAUDO INSALUBRIDADE
Exmo.(a). (Dr.(a)) Juiz(a) de Direito do Trabalho de (Cidade) – (UF) Exemplo: PR,
SP, BA, RS, MG)
Autor: (nome)
Réu: (nome)
Ação: (tipo de ação)
Processo nº: (número do processo)
2. AVALIAÇÃO PERICIAL:
O reclamante - admitido pela reclamada em __/__/__
Função de __________________.
Jornada de trabalho das _______ às ________ horas e das _______ às ________
horas, de 2ª a 6ª feira (eventualmente trabalhava também no sábado e no domingo),
com 2 intervalos de 15 minutos para lanche.
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
187
3. LOCAL DE TRABALHO:
Xxxxxxxx atualmente. Ativada ( ) desativada ( )
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Anexo nº 1:
O Autor não exercia suas funções sob ruídos contínuos ou intermitentes. ( )
O Autor exercia suas funções sob ruídos contínuos ou intermitentes. ( )
O limite de tolerância para ruído contínuo ou de impacto é de 85 dB para uma
jornada de trabalho de 8 horas diárias.
O Autor manuseava (ferramentas, máquinas, equipamentos), dentre as quais
(xxxxxxxx).
Recebia protetor auricular. ( )
Não recebia protetor auricular. ( )
Foi realizado avaliação do nível de ruído das (ferramentas, máquinas, equipamen-
tos) que estão em uso atualmente, utilizando: Decibelímetro ( ) Audiodosímetro ( )
da marca ______________, operando no circuito de compensação “A/C” e resposta
lenta (SLOW/FAST), sendo encontrados os seguintes valores:
xxxxx: xxxdB
xxxxx: xxxdB
xxxxx: xxxdB
Anexo nº 2:
O Autor não exercia suas funções sob ruídos de impacto. ( )
O Autor exercia suas funções sob ruídos de impacto. ( )
O limite de tolerância para.............
Anexo nº 3:
O Autor não esteve exposto ao calor. ( )
O Autor esteve exposto ao calor. ( )
O limite de tolerância para................
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Anexo nº 4:
Revogado pela Portaria nº 3.751, de 23/11/1990.
Anexo nº 5:
O Autor não esteve exposto a radiações ionizantes. ( )
O Autor esteve exposto a radiações ionizantes. ( )
O limite de tolerância para................
Anexo n° 6:
O Autor não exercia sua atividade sob pressão hiperbárica. ( )
O Autor exercia sua atividade sob pressão hiperbárica. ( )
O limite de tolerância para................
Anexo nº 7:
O Autor não exercia sua atividade sob radiação não ionizante. ( )
O Autor exercia sua atividade sob radiação não ionizante. ( )
O limite de tolerância para................
Anexo n° 8:
O Autor não exercia sua atividade sob vibrações localizadas ou de corpo inteiro. ( )
O Autor exercia sua atividade sob vibrações localizadas ou de corpo inteiro. ( )
O limite de tolerância para................
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189
Anexo nº 9:
O Autor não exercia sua atividade sob frio – baixas temperatura. ( )
O Autor exercia sua atividade sob frio – baixas temperaturas. ( )
O limite de tolerância para................
Anexo nº 10:
O Autor não exercia sua atividade sob umidade. ( )
O Autor exercia sua atividade sob umidade. ( )
O limite de tolerância para................
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Anexo nº 11:
O Autor não exercia sua atividade exposto a agentes químicos constantes
deste Anexo. ( )
O Autor exercia sua atividade exposto a agentes químicos constantes deste Anexo. ( )
O limite de tolerância para................
Anexo nº 12:
O Autor não esteve exposto a poeiras minerais. ( )
O Autor esteve exposto a poeiras minerais. ( )
O limite de tolerância para................
Anexo nº 13:
O Autor não exercia sua atividade exposto a agentes químicos constantes deste
Anexo. ( )
O Autor exercia sua atividade exposto a agentes químicos constantes deste Anexo. ( )
O limite de tolerância para................
Anexo nº 14:
O Autor não esteve exposto a agentes biológicos em suas atividades. ( )
O Autor esteve exposto a agentes biológicos em suas atividades. ( )
O limite de tolerância para................
4. CONCLUSÃO:
Diante do exposto no presente laudo pericial e de conformidade com a Portaria
nº 3.214, de 8 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego - Norma
Regulamentadora N° 15, este perito conclui que o Reclamante:
( ) Laborou em condições caracterizadas como insalubres pelos seguintes:
( ) Não laborou em condições caracterizadas como insalubres pelos seguintes:
Exemplo:
“Contato habitual - diário com lubrificantes e óleos minerais. Uso de EPI inefi-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ciente para elidir os efeitos nocivos dos produtos. Adicional, em grau máximo, devido
ao enquadramento no Anexo nº 13 da NR-15, da Portaria nº 3.214/78”
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191
....
6. ANEXOS:
• Layout
• Fotos
.......
Autor: (nome)
Réu: (nome)
Ação: (tipo de ação)
Processo nº: (número do processo)
[ ] Adicional de Insalubridade
[ ] Adicional de Periculosidade
Termos em que,
Pede deferimento,
Cidade - UF, XX de XXXXXXXXX de 20XX.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
_________________________
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
CREA-XX- XXXX/D
LISTA DE ABREVIATURAS
ACGIH (AME- American Conference of Governmental Industrial Hygienistst
RICAN CON-
FERENCE OF
GOVERNMEN-
TAL INDUSTRIAL
HYGIENISTS)
CA Certificado de Aprovação
CSA Coordenação Serviços de Apoio
dB(A) Nível de pressão sonora
EPC Equipamento de Proteção Coletiva
EPI Equipamento de Proteção Individual
FDD Fator de Duplicidade da Dose
FISPQ Ficha de Segurança de Produto Químico
GHE Grupo Homogêneo de Exposição
Kcal/h Quilo calorias por hora
Leq (Level Equivalent) - Nível equivalente do ruído
LTCAT Laudo Técnico de Condições Ambientais do trabalho
NR Norma Regulamentadora
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193
I. OBJETIVO
O presente trabalho pericial tem por finalidade realizar a aferição dos agentes nocivos
descritos no formulário anexado aos autos (Periculosidade/Insalubridade), referente
ao período em que houve o labor do reclamante para a reclamada, compreendido
entre xx.xx.xxxx a xx.xx.xxxx, na de XXXXXXXXXXXXXXX, a qual estaria exposto no
período elencado.
Para tal, foi realizada diligência conforme notificadas as partes e contou com as
seguintes presenças:
Parte Reclamante: xxxxxxxxxxxx
Parte Reclamada: xxxxxxxxxxxxx
Para a elaboração dos trabalhos para o presente Laudo, solicitou-se para verificação
a apresentação dos seguintes tópicos para diagnósticos:
1. Verificação das características construtivas do ambiente de trabalho;
2. Inspeção dos locais em que o reclamante desempenhou suas atividades;
3. Entrevista com (Donos, Diretores, Sócios-gerentes ou chefias da reclamada);
4. Entrevista com Paradigma que trabalhou em mesma época, ou junto, ou
que exerce atividade similar;
5. Busca ficha de recebimento e registro de treinamento do correto uso dos EPI’s;
6. Verificação dos Laudos Ambientais da Empresa (Insalubridade, Periculosidade,
PPRA, ergonômico etc.);
7. Outros meios que julgar necessário.
– Calor/Frio, se necessário:
TGD-400 Termômetro de globo digital, calcula automaticamente o IBUTG
interno e externo e indica separadamente as temperaturas de bulbo úmido, seco,
globo, umidade e temperatura do ar. O medidor converte essas medições para um
número mais simplificado IBUTG. Esse índice pode ser usado em conjunto com a norma
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desenvolvida por ACGIH (AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL
HYGIENISTS), Marinha americana, EPRI, ISO e outros. Usando esse medidor em con-
junto com qualquer uma dessas normas possibilita que você determine um regime
apropriado de trabalho e descanso.
Escala: -5°C até +100°C (23°F até 212°F)
Resolução: 0.1°C, 0.1°F
Precisão: ±0.5°C, ±0.9°F
– Ruído, se necessário:
Dosímetro: marca Instrutherm, modelo DOS-500. Equipamento em conformi-
dade com as normas IEC-651 e ANSI SI.4, tipo 2, faixa de medição de 30 a 130 dB,
ponderação em frequência A e C, resposta lenta de 1s e rápida de 125 ms, faixa de
frequência de 20 HZ a 8 KHz, precisão de ± 1.5 dB, microfone de ½.
Calibrador: marca Instrutherm, modelo CAL-3000. Calibrador acústico tipo II,
especialmente projetado para calibrar Decibelímetro e Dosímetro de ruído, micro-
fones de ½’’,
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
pesquisa bibliográfica prévia, de visita às instalações, de análise
dos processos de produção e métodos de trabalho e de entre-
vistas com o Autor, ratificada pelo proprietário e sua procurado-
ra representante da reclamada.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Para os períodos elencados, o valor encontrado está ACIMA/ABAIXO do limite
de tolerância (85 dBA), calculado pelo método dos efeitos combinados.
Para exposições acima do LT estabelecido, é obrigatório o uso de protetor auditivo.
Nota: conforme Norma Regulamentadora - NR 15, item 15.4.
“A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do paga-
mento do adicional respectivo”.
a) mediante a adoção de medida que conserve o ambiente de trabalho dentro
dos limites de tolerância.
b) com a utilização de equipamento de proteção individual.
Não foi constatado nenhum outro agente físico conforme previsto na Norma
Regulamentadora n° 15 (Atividades e Operações Insalubres) da Portaria 3.214, de
8 de junho de 1978.
2. AGENTE QUÍMICO:
Ano Local Fator risco Intensidade /Concentração EPI’s Indicado
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199
3. AGENTE BIOLÓGICO:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ANEXO 3 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPOSIÇÃO A ROUBOS
OU OUTRAS ESPÉCIES DE VIOLÊNCIA FÍSICA NAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS DE
SEGURANÇA PESSOAL OU PATRIMONIAL
ANEXO 4 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM ENERGIA ELÉTRICA
ANEXO 5 - ATIVIDADES PERIGOSAS EM MOTOCICLETA
ANEXO (*) - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM RADIAÇÕES IONIZANTES
OU SUBSTÂNCIAS RADIOTIVAS
1. ENQUADRAMENTO
( ) Não houve atividades que se enquadrassem para caracterização.
( ) Houve atividades que se enquadrassem para caracterização.
Obs.: ______________________________________________________________
XI. CONCLUSÃO INSALUBRIDADE
Diante do exposto no presente laudo pericial e de conformidade com a Portaria
nº 3.214, de 8 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego - Norma
Regulamentadora N°15, este perito conclui que o Reclamante: ( ) não trabalhou ( )
trabalhou em condições caracterizadas como insalubres pelos seguintes:
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XII. CONCLUSÃO PERICULOSIDADE
Atendido o supra deduzido, não se caracteriza situação de periculosidade, eis que
o autor não laborava nos locais e/ou situações dos anexos da NR 16 constantes
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
201
Autor: (nome)
Réu: (nome)
Ação: (tipo de ação)
Processo nº: (número do processo)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
LAUDO TÉCNICO PERICIAL – ACIDENTE DO TRABALHO
Termos em que,
Pede deferimento,
Cidade - UF, XX de XXXXXXXXX de 20XX.
_________________________
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
CREA-XX- XXXX/D
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
203
I. OBJETIVO
Investigar sobre a existência, ou não, de ambiente perigoso – Acidente de tra-
balho ...
II. IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL PERICIADO
Na diligência ocorrida ......
III. DADOS DA RECLAMADA
(Dados obtidos do cadastro nacional da pessoa jurídica)
IV. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O Reclamante, ............, ingressou com reclamatória trabalhista contra a empresa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Do Reclamante: ..........
Da Reclamada: ...........
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Que todos são treinados quando entram na empresa ....
......
VI. METODOLOGIA
O reconhecimento dos riscos foi feito com base nas entrevistas com os represen-
tantes da Reclamada, com o reclamante, com paradigmas e em levantamento dos
postos de trabalho em que laborou o Reclamante.
Foram consultados os documentos anexos ao processo, além dos documentos
apresentados pela reclamada no ato da perícia em questão.
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
205
VII. LEGISLAÇÃO
O laudo terá como base as Normas Regulamentadoras aprovadas pela Portaria
nº 3.214, de 8 de junho de 1978 e legislações pertinentes, também com amparo no
CPC vigente.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
RISCOS LABORAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
II. Existe possibilidade de acesso de parte do corpo na zona de operação da
máquina?
( )Sim ( )Não
a. Caso positivo, assinale que partes do corpo entram na zona de operação:
( )dedos ( )mãos ( )braços ( )cabeça ( )todo o corpo
III. O acesso à zona de operação da máquina acontece durante as atividades de:
( ) Alimentação do material.
( ) Extração do material.
( ) Na alimentação e na extração do material.
4) Quando ocorrem defeitos – situações especiais. Quais: ________________
I. Existe alguma barreira de proteção, dispositivo de segurança, que impede
o acesso do corpo do trabalhador aos riscos na zona de operação?
( )Sim ( )Não
a. Caso positivo, descreva o tipo de proteção utilizado:
...........................................
II. Os dispositivos ou barreiras de proteção estão firmemente afixados à
máquina?
( )Sim ( )Não
III. Essas barreiras ou dispositivos cumprem com sua finalidade?
( )Sim ( )Não
IV. Os mecanismos de proteção ou barreiras são vulneráveis, fáceis de serem
anulados?
( )Sim ( )Não
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
207
de risco?
( )Sim ( )Não
5) Outros movimentos de risco
I. Existem outros movimentos de risco ou possibilidade de arremesso de
materiais?
( )Sim ( )Não
6) Parada de emergência
I. Existem sistemas de parada de emergência?
( )Sim ( )Não
II. Esses sistemas de parada de emergência estão acessíveis e ao alcance do
trabalhador?
( )Sim ( )Não
III. Quando acionados eles bloqueiam imediatamente o ciclo da máquina?
(Verificar na prática).
( )Sim ( )Não
7) Manutenção:
I. A empresa realiza manutenção:
( )Preditiva ( )Preventiva ( )Corretiva ( )outros.
II. Existe um livro, ficha ou controle específico da manutenção de cada máquina?
( )Sim ( )Não
III. Os profissionais que executam as atividades de manutenção são creden-
ciados para essa atividade?
( )Sim ( )Não
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
( )Sim ( )Não
VIII. Existem medidas especiais de segurança para as atividades de manutenção?
( )Sim ( )Não
IX. Quais? Conforme manual do fabricante:_____________
8) Capacitação em segurança
I. Os operadores de máquina são devidamente capacitados nos aspectos de
segurança?
( )Sim ( )Não
II. Quantas horas é dedicado ao curso?
______________________
III. É emitido um certificado formal de capacitação?
( )Sim ( )Não
XII. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento das atividades do reclamante envolvia...........
Os agentes mecânico ou de acidentes encontrados e com potencial:
a. ....;
b. ......;
c. .........;
XIII. CONCLUSÃO
Portanto, conclui este perito que:
a. A atividade do Reclamante se desenvolvia em ambiente interno, em Máquina
Automática ..........
b. Que a máquina em questão .........
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
209
QUESITOS DO RECLAMANTE
1). Qual a marca/modelo da máquina?
2). Qual o ano de fabricação?
3). Essa máquina vem com manual de instruções? De fácil compreensão?
QUESITOS DO RECLAMADO
1). Qual a marca/modelo da máquina?
2). Qual o ano de fabricação?
3). Essa máquina vem com manual de instruções? De fácil compreensão?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
SISTEMASDEAVALIAÇÃOEUSODEINSTRUMENTOSEMPERÍCIASDEINSALUBRIDADE,PERICULOSIDADEEACIDENTESDOTRABALHO
211
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
212
Autor e réu, assim como numa audiência, devem manter a urbanidade e, de preferência,
falar em momentos distintos, sem comprometer a explanação do outro. É comum haver
embate em perícias, porém isto pode acarretar em dano à condução do evento.
6. Interação das partes sobre o parecer do Laudo
O laudo é o documento que irá embasar a decisão do juiz quanto ao merecimento ou
não do adicional de insalubridade ou periculosidade. Um laudo pode ser impugnado
quanto a falta ou excesso de informações, porém, as partes precisam estar atentos aos
que foi dito na perícia, de preferência anotando itens mencionados no evento. Achar
que falou é diferente de ter certeza que falou, e a certeza do que foi dito é primordial
para saber se vale a pena ou não impugnar um laudo.
7. Laudo x Sentença: O real efeito da perícia no processo
O juiz constrói sua decisão a partir do confronto dos pedidos, com as provas, as normas
legais, a doutrina e a jurisprudência. O perito deve construir o seu laudo, também com
base nos pedidos que justificaram a prova técnica, as normas legais normalmente apli-
cáveis aos casos congêneres (sem fazer juízos de valor ou decidir entre elas – se houver
divergência doutrinária ou jurisprudencial que possa implicar em mais de um caminho,
deve indagar o parâmetro a ser utilizado na aferição). O perito, quando referir que a
doutrina de sua ciência entende desta ou daquela maneira, deve indicar as fontes, da
forma mais completa possível. Assim como ao juiz, não é possível simplesmente afirmar
genericamente que a doutrina a jurisprudência agasalham a sua tese, não pode o perito
fazê-lo. Indicar as fontes é imperativo para ambos.
O juiz, somente ele, fixa os conceitos jurídicos e sua aplicação. Ao perito, não cabe a fixa-
ção de conceitos, mas a aplicação de conceitos já estabelecidos em sua ciência ao caso
concreto. É incorreto o perito afirmar que a vítima merece ou desmerece indenização ou
o adicional “x” ou “y” e sim que ela possui ou não possui incapacidade em tal grau ou teve
um prejuízo de “z” ou não emergiram prejuízos do fato etc. É verdade que, muitas vezes,
o próprio juiz induz o perito a emitir conceitos ao quesitar, como também é verdade que
faz a mesma coisa com testemunhas (ao indagar, por exemplo, se fulano é honesto, ao
invés de perguntar o que sabe sobre os fatos que poderiam indicar o contrário).
Para decidir, o juiz percorre todo um “iter”, um caminho, que vai desde a tomada das
alegações, a seleção da matéria controversa, a tomada das provas, a análise crítica das
provas produzidas até a conclusão. O perito deve proceder do mesmo modo: ler as ale-
gações das partes (constante tanto das petições quanto dos quesitos) e também do juiz
(quesitos do juízo); estabelecer, a partir daí, as hipóteses, quais os exames e inspeções
que precisará fazer para confirmar ou afastar as hipóteses; realizar os exames e inspe-
ções com o máximo de diligência, sem preconceitos e com rigor científico (para não
contaminar os resultados); relatar a pesquisa e os resultados de forma objetiva (ele deve
narrar todo o caminho que percorreu até chegar ao resultado, os exames que fez, as
hipóteses que acolheu, as hipóteses que restaram infirmadas, os suportes na doutrina
que levaram ao acolhimento ou rejeição das hipóteses etc.).
215
Material Complementar
220
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS ON-LINE
1
Em: <https://www.campograndenews.com.br/artigos/por-antonio-carlos-vendra-
me>. Acesso em: 9 jun. 2017.
2
Em: <https://www.dicio.com.br/quantitativo/>. Acesso em: 9 jun. 2017.
3
Em: <https://www.osha.gov/dts/osta/otm/new_noise/measurements.pdf>. Aces-
so em: 9 jun. 2017.
4
Em: <http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacio-
nal/publicacao/detalhe/2012/9/nho-01-procedimento-tecnico-avaliacao-da-expo-
sicao-ocupacional-ao-ruido>. Acesso em: 9 jun. 2017.
5
Em: <http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacio-
nal/publicacao/detalhe/2013/3/nho-06-avaliacao-da-exposicao-ocupacional-ao-
-calor>. Acesso em: 9 jun. 2017.
6
Em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR29.pdf>. Acesso em:
9 jun. 2017.
7
Em: <https://www.dicio.com.br/qualitativo/>. Acesso em: 10 jun. 2017.
8
Em: <http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=laudo>. Acesso
em: 12 jun. 2017.
9
Em: <http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=inspe%C3%A7%-
C3%A3o>. Acesso em: 12 jun. 2017.
10
Em: <www.trt9.jus.br>. Acesso em: 12 jun. 2017.
11
Em: <https://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/senhas-e-procura-
coes/senhas/certificados-digitais/orientacoes-sobre-emissao-renovacao-e-revoga-
cao-de-certificados-digitais-e-cpf-ou-e-cnpj>. Acesso em: 12 jun. 2017.
12
Em: <http://emporiododireito.com.br/a-importancia-da-pericia-judicial-no-pro-
cesso-trabalhista-por-rodrigo-wasem-galia-e-paulo-vinicius-feijo/>. Acesso em: 12
jun. 2017.
GABARITO
1) C.
2) E.
3) C.
4) D.
5) C.
Professor Esp. Edinei Aparecido Furquim dos Santos
ELABORAÇÃO DE LAUDOS
V
UNIDADE
PERICIAIS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Proporcionar o conhecimento sobre os parâmetros para elaboração
do laudo pericial.
■■ Proporcionar o conhecimento sobre as principais formas e termos
que são utilizados na escrita do laudo pericial.
■■ Proporcionar o conhecimento sobre o que e quais dados registrar e
como coletar os dados durante as diligências periciais.
■■ Proporcionar o conhecimento sobre a ética, transparência e sigilo
que o perito deve manter quanto ao que viu, registrou e informou ao
juízo durante o processo e a perícia.
■■ Proporcionar o conhecimento sobre o que deve ser e como deve ser
levantado como referencial teórico legal para a confecção do laudo
pericial.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Composição do Laudo Pericial
■■ Formas de tratamento e termos mais utilizados pelo perito judicial
■■ Registro dos dados coletados nas diligências periciais
■■ Ética, transparência e sigilo quanto aos dados coletados após perícia
■■ Estudos, Bibliografias e fundamentação legal
225
INTRODUÇÃO
tenciamento da ação, lembrando que o juiz não está restrito ao laudo pericial
para formular sua linha de pensamento; sendo assim, o laudo é um meio pelo
qual se dá a oportunidade de que seja feita a justiça e constitui-se em uma pró-
pria prova judicial.
Quanto à elaboração, temos que um laudo pericial é, portanto, uma forma
de prova, cuja produção exige conhecimentos técnicos e científicos profundos
sobre o assunto e se destina a estabelecer um possível nexo causal condicionado
ao fato gerador da lide. Sendo assim, na medida do possível, visa esclarecer uma
certeza absoluta a respeito de determinados fatos e de seus efeitos, sendo eles
verdadeiros ou não de uma das partes envolvidas.
O perito deverá falar somente a respeito de seus efeitos técnicos e cientí-
ficos. Para que o juiz possa declarar os efeitos jurídicos a respeito desses fatos
que foram referidos pelo expert e também das conclusões feitas, o expert deverá
esclarecer os efeitos dos fato levantados. O juiz de direito fixa os efeitos de direito
baseado no seu entendimento legislativo. O expert deverá ter muito cuidado em
descrever e documentar os fatos da forma mais objetiva possível.
Os fatos são base para que o perito possa desenvolver sua argumentação e,
afinal, poder expor suas conclusões. Além disso, faz parte de suas funções exa-
minar os fatos e emitir um julgamento baseado em seu livre convencimento,
respeitando, porém, o princípio da racionalidade e da prevalência da argumen-
tação técnica e científica que houver durante a diligência realizada.
Introdução
226 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
COMPOSIÇÃO DO LAUDO PERICIAL
Uma das provas utilizadas nas ações trabalhistas quando surgem as dúvidas em
relação às questões de insalubridade, periculosidade e acidentes ou doenças do
trabalho é o laudo pericial, que serve como base para o juiz de direito do traba-
lho julgar esta parte da reclamatória - apesar de que o juiz não necessita única
e exclusivamente desse laudo para tomar seu convencimento sobre o assunto
debatido entre as partes -, porém, o laudo lhe serve sempre como uma base téc-
nica fundamental para seu conhecimento sobre o que realmente acontecia e/ou
aconteceu de fato no ambiente laboral, tornando-se, portanto, um documento
muito importante aos autos.
O LAUDO PERICIAL
O perito do juiz deve ser contundente quanto ao que irá estabelecer em seu laudo,
porém, deve elaborá-lo de forma que contemple fatos e dados distribuídos da
melhor forma possível, sendo assim, o laudo pericial deverá conter, no mínimo:
■■ Cabeçalho - com a identificação do processo, das partes do processo, fato
gerador da perícia;
■■ Dados de identificação das partes (nomes, n° de documentação, registro
de classe, cnpj etc.);
■■ Metodologia - o perito deve mencionar a legislação, normas etc., em que se
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
baseou para a elaboração da prova pericial (critério qualitativo e/ou quanti-
tativo). A metodologia utilizada na avaliação deve ser descrita sucintamente;
■■ Instrumentos utilizados – todos os instrumentos utilizados nas medi-
ções devem ser especificados e relacionados no laudo, incluindo (marca,
modelo, tipo, fabricante, faixas de leitura, certificado de calibração etc.);
■■ Descrição da atividade e condições de exposição - deve descrever deta-
lhadamente as atividades desenvolvidas pelo reclamante, bem como os
locais de trabalho com os respectivos agentes insalubres/perigosos pre-
sentes. Para tanto, deverá fazer, se possível, visita in loco da instalações e/
ou na falta desta, poderá utilizar-se de informações do pessoal das áreas,
ouvir testemunhas, verificar documentos, fazer fotografias etc., conforme
preconizado (CPC, Lei Nº 13.105, 2015).
■■ Dados obtidos - os dados relativos aos locais de trabalho e a exposição
do trabalhador devem ser especificados de forma clara e objetiva. Nesses
dados, serão incluídos os resultados de possíveis avaliações quantitati-
vas, caso necessário for, o tempo de exposição, os certificados de análises
químicas, apresentação das áreas de risco, colagem de croquis, tabelas,
ilustrações, gravuras e/ou gráficos necessários à compreensão do laudo.
■■ Definição de grau de insalubridade - se constatada a insalubridade, o perito
deve informar o seu grau (mínimo, médio ou máximo) - que é variável
de acordo com o agente insalubre -, e a base técnica que serviu para evi-
denciar o informado.
■■ Periculosidade – o juiz, em primeiro momento, sabe o que é periculosos
pelo que está na legislação vigente. Não sabe, de forma técnica científica,
o que realmente se faz durante a execução de atividade de risco. Sendo
assim, nesta parte do laudo, a perícia não pode ser apenas informativa,
devendo fornecer elementos de crítica científica e jurídica, principalmente
apontando fatos e dados relevantes e informando, no caso da caracteriza-
ção da periculosidade, o devido amparo legal, NR, anexo, quadro, item etc.
■■ Resposta aos quesitos formulados pelas partes - os quesitos formulados
pelas partes são muito importantes, dessa forma, o perito deve estudá-los
de forma cuidadosa antes de realizar a prova pericial e, assim, deverá pro-
curar respondê-los de maneira clara, objetiva e fundamentada, evitando
respostas lacônicas, a menos que as mesmas tenham sido já respondidas
no corpo do laudo ou outros quesitos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FORMAS DE TRATAMENTO E TERMOS MAIS
UTILIZADOS PELO PERITO JUDICIAL
TERMOS JURÍDICOS
DESCRIÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
TRABALHISTAS
AÇÃO Ato preliminar da formação do processo.
ACIDENTE DE A Justiça do Trabalho é competente para julgar dano moral
TRABALHO decorrente de acidente do trabalho.
ACÓRDÃO Peça escrita que contém o resultado de julgamento pro-
ferido por um colegiado, isto é, por um grupo de juízes ou
ministros. Compõem-se de três partes: relatório (exposição
geral sobre o assunto julgado); voto (fundamentação da
decisão tomada) e dispositivo (a decisão propriamente
dita). Diz-se acórdão porque a decisão resulta de uma con-
cordância (total ou parcial) entre os membros do colegiado.
Nos casos de dissídios coletivos, os acórdãos também são
chamados de sentença normativa. (V. Sentença).
AUDIÊNCIA DE Primeira etapa do processo de dissídio coletivo, quando as
CONCILIAÇÃO E partes se reúnem, sob a presidência de um Juiz (nos TRTs)
INSTRUÇÃO ou de um Ministro (no TST) para se tentar uma composição
relativa ao conflito que motivou a ação. No TST, as audiên-
cias dos processos de dissídio coletivo são dirigidas pelo
Presidente, que poderá fazer uma proposta conciliatória.
Não alcançada a conciliação, escolhe-se na hora, por sor-
teio, o relator, e o processo vai a julgamento.
AUTOS Conjunto das peças que compõem um processo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
perguntas para deixar claro os pontos que serão objeto de
julgamento. Na Justiça do Trabalho, a audiência de instru-
ção começa com a tentativa de conciliação entre as partes.
Não sendo esta possível, passa-se à instrução propriamente
dita. No TST, essas audiências são dirigidas pelo Presidente
ou pelo Ministro designado por ele.
JULGAMENTO Ato pelo qual o Juiz ou o Tribunal decide uma causa.
RECLAMATÓRIA Denominação moderna da reclamação trabalhista, que é o
início do processo trabalhista.
RECURSO Meio pelo qual uma das partes, vencida numa decisão judi-
cial, procura obter outro pronunciamento, para anulá-la ou
reformá-la, total ou parcialmente.
RELATOR Ministro ou Juiz a quem compete examinar o processo e
resumi-lo num relatório, que servirá de base para o julga-
mento. O Relator é designado por sorteio e tem prazo de 30
dias para examinar o processo e encaminhá-lo ao Revisor.
RITO SUMARÍSSI- A lei nº 9.957, de 12/1/2000 instituiu esse procedimento nos
MO processos trabalhistas cujo valor não ultrapasse 40 salários
mínimos. Nesses casos, os dissídos individuais devem ser
resolvidos no prazo máximo de 15 dias, em audiência única.
Se houver interrupção da audiência, a solução deve ser
dada no prazo máximo de 30 dias. Se houver recurso, este
terá tramitação também especial e rápida no Tribunal.
SENTENÇA Decisão proferida por um juiz num processo. Decisão, por-
tanto, de juiz singular. Na Justiça do Trabalho, existe, porém,
a figura da sentença normativa , que não é proferida por
juiz singular e sim por um colegiado, nos casos de dissídio
coletivo.
Fonte: adaptada de Tribunal Superior do Trabalho ([2017], on-line)1.
desse segmento de prevenção a riscos no ambiente de trabalho, mesmo que por mera
informação; neste intuito, a empresa DuPont - um Líder Mundial em Inovação e
Ciência Orientadas para o Mercado (FALANDO DE PROTEÇÃO, [2017], on-line)2
-, disponibilizou um glossário dos principais termos de segurança do trabalho, a
fim de demonstrar os mais usados. Veremos alguns exemplos destes termos utiliza-
dos nos laudos técnicos oferecidos à Justiça do trabalho nos exemplos que seguem:
Tabela 2 - Termos técnicos e perícias
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de eventos que causem perdas ou danos, além de
seus possíveis impactos, no intuito de que sempre
se tomem as melhores decisões.
Condição Insegura Aquela existente no ambiente de trabalho que
oferece perigo e/ou risco ao trabalhador.
Doenças Ocupacionais Decorrem de exposição a substâncias ou condi-
ções perigosas inerentes a processos e atividades
profissionais ou ocupacionais.
Grau de Risco Grau que mede a possibilidade de ocorrência de
acidentes de trabalho, de 1 a 4. Quanto maior a
possibilidade, maior o grau de risco.
Incidente Acontecimento imprevisível que tira o desenrolar
das atividades da normalidade, interrompendo o
processo produtivo.
Limite de Tolerância Intensidade máxima tolerada por funcionários
expostos a agentes durante a vida laboral, rela-
cionada à natureza do trabalho e ao tempo de
exposição.
Mapa de Riscos Mapa indicativo dos riscos em um ambiente de
trabalho, que utiliza uma planta do ambiente com
círculos coloridos. Cada cor representa um risco
que tem seu tamanho determinado pela gravidade.
Nível de Ação O ponto de partida de ações preventivas, buscan-
do minimizar a probabilidade de as exposições e
agentes ultrapassarem os limites.
Risco Variável permanente em todas as atividades
humanas, podendo resultar de Ameaças, Vulnera-
bilidades, Probabilidades e Impactos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
REGISTRO DOS DADOS COLETADOS NAS
DILIGÊNCIAS PERICIAIS
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS:
2. AVALIAÇÃO PERICIAL:
Descrição de Atividades:
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
3. LOCAL DE TRABALHO:
Xxxxxxxx (atualmente Ativada ( ) desativada ( )
Área de ( )x( )m2, pé direito de ( ) m;
Ventilação através de _____________;
Iluminação através de _______________lâmpadas ____________.
Anexo nº 1:
O Autor não exercia suas funções sob ruídos continuo ou intermitente. ( )
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
xxxxx: xxxdB
xxxxx: xxxdB
xxxxx: xxxdB
Anexo nº 2:
O Autor não exercia suas funções sob ruídos de impacto. ( )
O Autor exercia suas funções sob ruídos de impacto. ( )
O limite de tolerância para.............
Anexo nº 3:
O Autor não esteve exposto ao calor. ( )
O Autor esteve exposto ao calor. ( )
O limite de tolerância para................
Anexo nº 4:
Revogado pela Portaria nº 3.751, de 23/11/1990.
Anexo nº 5:
O Autor não esteve exposto a radiações ionizantes. ( )
O Autor esteve exposto a radiações ionizantes. ( )
O limite de tolerância para................
Anexo n° 6:
O Autor não exercia sua atividade sob pressão hiperbárica. ( )
O Autor exercia sua atividade sob pressão hiperbárica. ( )
O limite de tolerância para................
Anexo nº 7:
O Autor não exercia sua atividade sob radiação não ionizante. ( )
Anexo n° 8:
O Autor não exercia sua atividade sob vibrações localizadas ou de corpo inteiro. ( )
O Autor exercia sua atividade sob vibrações localizadas ou de corpo inteiro. ( )
O limite de tolerância para................
Anexo nº 9:
O Autor não exercia sua atividade sob frio – baixas temperatura. ( )
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Anexo nº 10:
O Autor não exercia sua atividade sob umidade. ( )
O Autor exercia sua atividade sob umidade. ( )
O limite de tolerância para................
Anexo nº 11:
O Autor não exercia sua atividade exposto a agentes químicos constantes deste
Anexo. ( )
O Autor exercia sua atividade exposto a agentes químicos constantes deste Anexo. ( )
O limite de tolerância para................
Anexo nº 12:
O Autor não esteve exposto a poeiras minerais. ( )
O Autor esteve exposto a poeiras minerais. ( )
O limite de tolerância para................
Anexo nº 13:
O Autor não exercia sua atividade exposto a agentes químicos constantes deste
Anexo. ( )
O Autor exercia sua atividade exposto a agentes químicos constantes deste Anexo. ( )
O limite de tolerância para................
Anexo nº 14:
O Autor não esteve exposto a agentes biológicos em suas atividades.
O Autor não esteve exposto a agentes biológicos em suas atividades. ( )
O Autor esteve exposto a agentes biológicos em suas atividades. ( )
O limite de tolerância para................
Fonte: o autor.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
questões de direito.
IV. considerar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo pe-
ricial submetido à sua apreciação;
V. mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em condi-
ções de exercer efeito sobre peças objeto de seu laudo;
VI. abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemen-
te informado e documentado;
VII. assinalar enganos ou divergências que encontrar. Errar é humano,
não podendo nele persistir;
VIII. considerar-se impedido, quando Perito Oficial, em processo onde
qualquer das partes ou dirigentes estejam ligados à pessoa do Perito
por laços de parentesco, consangüíneo ou afim, até o 3º grau.
Observamos, assim, que são muitos os detalhes que o perito tem acesso, a partir
de sua nomeação, dados que cabem apenas analisar e detalhar em seu ato peri-
cial, não cabendo qualquer menção fora do ato pericial e/ou do processo em si.
A ética, moral e bons costumes são fundamentais em todos os sentidos, e muitos
dados que terá acesso são sigilosos e de uso apenas do meio judiciário ao qual
faz parte desde sua nomeação. Portanto, merece atenção redobrada as menções
de ética profissional, a qual teve e tem acesso desde sua formação.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Assim, deve compreender que existem, hoje, vários meios práticos e consistentes
para a busca dessas bibliografias, referências e citações, além de dados sobre os
pesquisadores e suas linhas de pensamento a respeito do assunto ao qual escre-
veu. Um detalhe importante sobre essas ferramentas: antes de serem utilizadas
pelo perito e/ou assistente técnico, é necessário realizar um estudo sobre elas e
as fontes que alimentam os dados constantemente, evitando-se, assim, coletar
dados que possam levar a controvérsias ou deixar margens à discussão.
No meio jurídico, quando pesquisamos referências, não existe um software
exclusivo para questões relacionadas a referências sobre perícia e, muitas vezes,
os que existem são pagos. Podemos utilizar softwares normalmente utilizados
para realização de trabalhos acadêmicos, em que encontramos muitas referên-
cias jurídicas que nos interessam. Dentre as diversas plataformas e softwares
existentes, temos algumas plataformas que são gratuitas e de uso livre, tal qual
as listadas e apresentadas a seguir como referência de consultas:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
no século XIX. O JSTOR também franqueia o
acesso ao seu conteúdo a professores, pes-
quisadores, alunos e funcionários vinculados
às instituições associadas a ele.
PORTAL DE A história do Portal de Periódicos remonta http://www.
PERIÓDICOS o ano de 1990, quando, com o objetivo de periodicos.capes.
DA CAPES fortalecer a pós-graduação no Brasil, o Minis- gov.br/
tério da Educação (MEC) criou o programa
para bibliotecas de Instituições de Ensino
Superior (IES). Foi a partir dessa iniciativa que,
cinco anos mais tarde, foi criado o Programa
de Apoio à Aquisição de Periódicos (PAAP).
O Programa está na origem do atual serviço
de periódicos eletrônicos oferecido pela
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior (Capes) à comunidade
acadêmica brasileira.
TRIBUNAL Com sede em Brasília-DF e jurisdição em http://www.tst.
SUPERIOR todo o território nacional, é órgão de cúpula jus.br/
DO TRABA- da Justiça do Trabalho, nos termos do artigo
LHO 111, inciso I, da Constituição da República,
cuja função precípua consiste em uniformizar
a jurisprudência trabalhista brasileira. O TST é
composto de vinte e sete Ministros.
Fonte: o autor.
procedência para poder realizar um bom trabalho, o que basta é pesquisar e filtrar
aquilo que é propício e usual ao seu laudo, realizar estudo aprofundado e colo-
car em prática o que absorveu de conteúdo sobre o assunto que precisa laudar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
gestores de segurança e saúde do trabalho e assistentes técnicos durante acom-
panhamento de ações trabalhistas.
Nesta unidade, abordamos, também, as principais formas e termos utilizados
pelo perito técnico e/ou assistente técnico em seus documentos, laudo técnico
judicial e/ou parecer técnico judicial, referentes à ação trabalhista, às formas de
como escrever estes documentos contemplando, no mínimo, os dados necessá-
rios ao bom entendimento, além de desenvolver, da melhor forma possível, seus
formulários de campo.
Ética, transparência e sigilo são fundamentais com relação à perícia, pois
ela é uma extensão do processo e do ambiente do juízo até que se encerre o pro-
cesso, e mesmo posterior a ele, pois o perito do juiz acaba por ter informações
muitas vezes confidenciais, as quais devem transcrever apenas no documento
que irá ao processo para conhecimento das partes, devendo-se restringir ape-
nas a ação que lhe gerou.
Para encerrar, apresentamos ferramentas para pesquisa bibliográfica, for-
matação, entre outras, que podem facilitar a vida na hora da escrita do laudo,
deixando muito mais apresentável e com dados de fontes confiáveis, além de todo
o acervo bibliográfico existente por meio de livros das áreas jurídicas e técnicas
pertinentes à saúde e segurança do trabalho. Desde já, é esperado que você tenha
aproveitado e que esta unidade seja uma valiosa fonte de consulta, pois o apren-
dizado poderá garantir a você, caro(a) aluno(a), sucesso em suas atribuições.
As partes devem indicar com antecedência os quesitos a serem respondidos. Não o fa-
zendo, na audiência, o Perito pode alegar a complexidade da questão e solicitar prazo
para respondê-los. Além disto, quando o trabalho adicional é significativo, exigindo tem-
po, dedicação e despesas extras, o Perito pode solicitar os honorários correspondentes.
O Laudo é o parecer técnico resultante do trabalho realizado pelo Perito, via de regra
escrito. Deve ser redigido pelo próprio Perito, mesmo quando existem Assistentes Técni-
cos. Os colegas devem receber a oportunidade de examinar o texto e emitir suas opini-
ões. Essa tarefa deve ser realizada em conjunto, de preferência. O Perito ganha tempo e
reduz os debates infrutíferos, desta forma. A maioria dos trabalhos resolve-se dentro do
campo técnico, sem margem para opiniões pessoais.
Um laudo pericial é uma forma de prova, cuja produção exige conhecimentos técnicos e
científicos, e que se destina a estabelecer, na medida do possível, uma certeza a respeito
de determinados fatos e de seus efeitos. O Perito fala somente sobre os efeitos técnicos
e científicos. O Juiz declara os efeitos jurídicos desses fatos referidos pelo perito e das
conclusões deste. O Perito esclarece os efeitos de fato. O Juiz fixa os efeitos de direito.
O Perito deve ter o cuidado de descrever e documentar, da forma mais objetiva possível,
os fatos com base nos quais pretende desenvolver sua argumentação e, afinal expor
suas conclusões. A função do perito guarda muita semelhança com a própria função do
Juiz. O Perito examina fatos e emite um julgamento baseado em seu livre convencimen-
to, respeitado porém o princípio da racionalidade e da prevalência da argumentação
técnica e científica. O objetivo do trabalho pericial e afastar as dúvidas existentes sobre
determinados fatos e sobre as suas conseqüências práticas. O Perito não emite um jul-
gamento ou parecer jurídico, mas seu trabalho deve levar em consideração os efeitos
jurídicos que a prova pericial se destina produzir.
O laudo pericial é uma peça do processo, que deverá ser interpretada e avaliada pelo
Juiz ou Tribunal, como qualquer outro instrumento deprova e de convencimento. É pre-
ciso que todos possam compreendê-lo. Seu texto deve ser claro, preciso e inteligível. O
bom profissional não escreve de forma que só outros experts o entendam. É importante
distribuir adequadamente o trabalho. Inicia apresentando as partes e a Perícia realizada.
Prossegue com o enunciado e o exame das questões principais. Responde aos quesitos
formulados pelas partes. Conclui ressaltando aspectos importantes. Em anexo devem
ser lançados os dados empregados, os documentos consultados, fotografias e outros
elementos de interesse não relacionados no corpo do Laudo.
Após a entrega do Laudo, o Juiz intima as partes para tomarem conhecimento do mes-
mo. Há um prazo para que se manifestem. As partes podem concordar com o Laudo ou
discordar, contestar, solicitar esclarecimentos, formular quesitos adicionais ou mesmo
impugnar o Laudo e pedir a realização de nova perícia.
A complementação de perícia busca responder ou resolver as dúvidas remanescentes.
A resposta a quesitos adicionais ou suplementares geralmente exige a carga dos autos
e novo exame da causa, pelo intervalo de tempo que decorre entre a entrega do Laudo
251
Material Complementar
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS ON-LINE
1
Em: <http://www.tst.jus.br/vocabulario-juridico>. Acesso em: 14 jun. 2017.
2
Em: <http://falandodeprotecao.com.br/termos-de-seguranca-do-trabalho/>.
Acesso em: 22 jun. 2017.
3
Em: <http://www.confea.org.br/media/codigo_etica_sistemaconfea_8edi-
cao_2015.pdf>. Acesso em: 14 jun. 2017.
4
Em: <http://gilbertomelo.com.br/a-pericia-judicial-do-trabalho-a-luz-do-no-
vo-cpc/>. Acesso em: 14 jun. 2017.
5
Em: <http://www.tst.jus.br/livro-de-jurisprudencia-indice>. Acesso em: 14 jun.
2017.
6
Em: <http://ulcpericia.com.br/noticias.php?id=6>. Acesso em: 14 jun. 2017.
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REFERÊNCIAS
GABARITO
1) B.
2) E.
3) C.
4) E.
5) C.
CONCLUSÃO
Prezado(a) estudante, chegamos ao fim de nosso livro, que servirá de guia e consul-
tas durante seu convívio com esta formação a qual está adquirindo, entre todos os
ensinamentos já obtidos e que ainda irá obter nas demais disciplinas. Este foi ape-
nas mais uma peça do imenso quebra cabeça que você está montando aos poucos
e, com muita dedicação e estudo, tenho certeza que cada peça montada irá refletir
imensamente em sua vida pessoal e profissional.
Você recebeu grande número de informações, tais como introdução à perícia ju-
dicial trabalhista, os atores que a compõem, documentação, fatos relevantes que
geram as perícias de “insalubridade, periculosidade e acidente do trabalho”. Lhe foi
ensinado a estudar e compreender a análise técnica e científica, as metodologias
e conclusões do que analisou, tomadas de decisões quanto ao que avaliar e como
avaliar quanto à “higiene ocupacional e técnicas de utilização de equipamentos de
medição”, também como deve fundamentar o que foi realizado durante a diligência
pericial, evitando transtornos futuros, as formas de coletar e registrar os dados que,
futuramente, lhe irão auxiliar na elaboração do laudo pericial.
Ao final do nosso aprendizado, passamos ao “Laudo Pericial”, em que aprendemos
sobre composição, as principais formas de tratamento, os termos mais usuais “Meio
jurídico e Meio técnico” e o fator importante a preservar “Ética, Moral e bons costu-
mes” - que nunca devemos esquecer, ao oferecermos nossos trabalhos para que a
justiça seja feita -, por fim foi apresentado alguns modelos que lhe servirão como
base.
Uma dica importante a você, acadêmico(a), revise o conteúdo apresentado quantas
vezes for necessário, pois as informações contidas lhe proporcionará importantes
conhecimentos que facilitará seu convívio com situações, tais como as relatadas no
material. Desta forma, saberá como agir, se comportar e o que e como fazer quando
necessário. Parabéns!