Medicina legal
- Eugenia – seleção do que é biologicamente
• adequado
HISTÓRIA DA MEDICINA LEGAL
Código de Hamurabi – código organizado em que
há um conjunto de leis que determinam que o
indivíduo deve pegar pelas injurias cometidas ao
outro individuo, além de prever que o médico deve
prestar serviço à sociedade
Júlio César – a primeira citação documental de
exame cadavérico foi realizada em seu cadáver
- O exame era proibido na época, então
teoricamente foi feito de forma ilegal
- Os médicos que realizavam o exame cadavérico
não faziam isso com o título de ‘médico’ pois na
época não era reconhecido
Constitutio Criminalis Carolina → Discorria
acerca dos temas médico-legais e previa a
obrigatoriedade da ouvida dos médicos antes da
prolação da sentença.
Ocorreu na Alemanha, considerada o berço da
medicina legal.
Ambroise Paré – considerado o pai da cirurgia e
da medicina legal
- Lança o primeiro tratado ocidental sobre medicina
legal
Fortunato Fidelis – organiza os fundamentos da
medicina legal e defende a execução de necropsias
completas
Alphonse Bertillon – fez a primeira proposta para
a investigação de criminalidades
ANTROPROMETRIA (orelha, nariz etc)
- Criou um sistema chave para restringir as
características dos possíveis agressores
- Criou a ‘Bertilonagem’ – sistema de identificação
- Após isso criou-se o modelo de identidade por
meio da impressão digital, por ser única (deixando
o modelo de Bertillon para trás)
▪ Ficha Datiloscópia
Cesare Lombroso – a partir das características é
possível determinar anotomicamente se ele é
crimonoso ou não
- O que ele encontrou em comum na maioria dos
criminosos é determinado como um padrão
Ivan Vucetich - Fez a avaliação do desenho digital
- Unicidade, não existe ninguém parecido
- Em casos de anormalidade existe um X na ficha
NO BRASIL
Agostinho de Souza Lima – primeiro professor de
medicina legal no Brasil e o primeiro a produzir
uma obra de medicina legal
- 1895 – ‘Tratado de Medicina Legal’
-Assume o ensino prático na faculdade de medicina
Nina Rodrigues – traz a antropologia forense para
o Brasil no modelo nacionalista
- Indígena, negro, caucasianos imigrantes
- Primeira contribuição original para a medicina
legal no Brasil por ser baseado na população
brasileira
SÃO PAULO
Oscar Freire – maior pesquisador de medicina
legal no Brasil
- Porém todas as suas pesquisas foram
minimamente publicadas, a maioria das obras eram
desconhecidas
- A maioria era de conhecimento apenas da
faculdade de medicina
Flamínio Flávio – publica a obra ‘Medicina Legal’
- Todas as obras do Oscar Freire estão dentro dessa
obra de Flamínio
- É por meio da obra dele que temos uma medicina
=
legal autônoma do Brasil
- Os protocolos de medicina legal estão nessa obra
OBRA MAIS RECENTE
Genival França – Publica o ‘Tratado de
Medicina Legal’
- Obra usada como referência atual
- Atualiza legislação e metodologia – comtempla
todas as alterações dentro da Medicina Legal no
Brasil
METODOLOGIA
Perinecroscopia – levantamento do local do crime
- Coletar e fotografar sistematicamente tudo o que
está no local do crime
- Impressões digitais, pelo, cabelo, fragmentos de
tecido e outros
- Pode mostrar o perfil do agressor
Fazenda de Corpos – os corpos são decompostos
ao ar livre como uma perspectiva de estudos
• O corpo sempre é removido e
encaminhado ao IML independente do
estado em que se encontra
Exame Necroscópico – a lesão é evidenciada,
precisa ver se a lesão é COMPATÍVEL com a
causa da morte
Antropologia Forense – identifica o grupo étnico,
sexo e faixa etária por meio dos ossos
Características morfológicas – como angulação
da mandíbula, disposição do arco ciliar, processo
mastoide entre outras características permite
identificar se o indivíduo é do sexo feminino ou
masculino
Arqueologia Forense – técnica de reconstrução do
indivíduo por meio do sistema de computação
gráfica
Antropologia Física
DNA – fio de cabelo, fragmento ósseo, tecidos
moles e por último por meio do dente (fragmento
da poupa dentária)
• O esmalte e a dentina dos dentes são os
mais resistentes, mesmo em altas
temperaturas
Técnicas de biologia molecular – PCR,
sequenciamento, sobreposição de bandas entre os
parentes → comparação de amostras entre a vítima
e os possíveis suspeitos
DECOMPOSIÇÃO CADAVÉRICA
Envolve eventos transformativos e destrutivos
que resultam na decomposição cadavérica
- Porém há eventos transformativos que ocorre a
mumificação
Sinal de Soberlinker – escurecimento da esclera –
desidratação da esclera, determina a morte
Decomposição avançada produz a deformação do
corpo e transformação destrutiva
As larvas trazem informações importantes como o
tempo de morte, local da morte e drogas ilícitas
que permanecem no corpo da larva como cocaína e
maconha que estão nos tecidos consumidos do
cadáver
Psicopatologia Forense – comportamento
desviante da psicopatia – imputabilidade do
individuo
Himenologia – formalogia do hímen, objeto de
estudo da sexologia Forense
Infortunística – acidentes ocupacionais que
causam incapacitação
Traumatologia – através do ferimento é possível
identificar o que causou o ferimento – arma do
crime:
- Orifício de entrada por arma de fogo, pequenos
fragmentos metálicos que produz uma zonacontusa
e zona de tatuagem – se o tiro for próximo há
fumaça no tegumento
- Instrumentos cortantes – cortocondudentes o
Descarga elétrica atmosférica – raio
▪ No ponto da descarga elétrica forma uma
figura arborizada – trajeto da descarga
elétrica acompanha os vasos sanguíneos –
sinal de lichitemberg
- Atitude de boxeador – retração dos antebraços,
é uma característica de corpos carbonizados
- Comoliência – quando todos os indivíduos
morrem no mesmo momento da catástrofe
- Geladura – geladura de 4º grau nos dedos causa
necrose e desarticulação dos dedos – indivíduo
exposto a temperaturas muito rigorosas
- Asfixiologia – enforcamento suicida
- Energia nuclear – acidente nuclear – as lesões
causadas pela radiação são incompatíveis com a
vida
•
A medicina legal é aquela em que diversos
conhecimentos médicos, positivos e doutrinários
se aplicam para a administração da justiça
- Ambroise Paré – definiu como ‘a arte de fazer
relatórios em juízo’
É a aplicação dos conhecimentos médios aos
problemas judiciais
- Aplicação do conhecimento científico e
misteres da justiça
A arte de colocar os conceitos médicos a serviço
da administração da justiça
- Ciência e arte extrajudiciária auxiliar
alicerçada em um conjunto de
conhecimentos médicos, paramédicos e
biológicos destinados a defender os direitos
e os interesses dos homens e da sociedade
SINÔNIMOS DE MEDICINA LEGAL: Medicina
Legal Forense, Medicina Judiciária, Jurisprudência
Médica, Medicina Forense, Bioscopia Forense,
Medicina Pericial, Medicina da Lei, Medicina
Crítica, Medicina Política e Social, Questões
Médico-legais, Medicina Judiciária ou dos
Tribunais, Medicina Política, Antropologia
Forense, Medicina Forense Jurídica, Biologia
Legal e Biologia Forense
RELAÇÃO COM AS DEMAIS CIÊNCIAS
MÉDICAS E JURÍDICAS
Direito Civil – paternidade, impedimentos
matrimoniais, erro essencial, limitadores do
nascituro
Direito Penal – lesões corporais, sexualidade
criminosa, aborto legal e ilícito, infanticídio,
homicídio, emoção e paixão e embriaguez
Direito Constitucional – dissolubilidade do
matrimonio, a proteção à infância e à maternidade
Direito Civil e Penal – imputabilidade, psicologia
da testemunha, da confissão, da acareação do
acusado e da vítima
Direito Penitenciário – concessão de livramento
condicional e à psicosexualidade das prisões
Direito do Trabalho – infortunística,
insalubridade e a higiene, as doenças e a prevenção
de acidentes do trabalho
Outros – direitos desportos, direito internacional
público, direito internacional privado, direito
canônico e direito comercial
PERÍCIA MÉDICO LEGAL
Conjunto de procedimentos médicos e técnicos
que tem como finalidade o esclarecimento de um
fato de interesse da justiça. Exercida por médicos
habilitados e adestrados em questões de Medicina
Legal, que prestam seus serviços às instituições
legispericiais ou que são especialistas na matéria.
A finalidade é a PROVA – requerida pela
autoridade ou pelas partes
- Elemento demonstrativo da autenticidade
de um fato, em vivos, nos cadáveres, nos
esqueletos, nos animais e em objetos
PERITOS
Técnicos habilitados e experimentados aos quais
incumbe interpretar vestígios materiais. Tendo
função permanente de emitir pareceres ou
diagnósticos de interesse do Estado, e a quem
incumbe a tarefa de esclarecer um fato de relevante
importância médico-administrativa, sendo
designado eventualmente para emitir um parecer
Compete-lhes ver os fatos e referi-los com
EXATIDÃO (Visumet Repretum) para
esclarecimento do julgador
Os peritos devem redigir um relatório claro,
metódico, minucioso e exato que tomará o nome de
AUTO quanto é ditado ao escrivão e LAUDO
quando é escrito por um perito
TIPOS DE PERITOS
Perito: Todo profissional que, de forma oficial ou
oficiosa, fornece sua contribuição a justiça e a
sociedade, função de conhecimentos específicos de
matéria que domine ou assunto que conheça
plenamente
Perícia: um conjunto de procedimentos
desenvolvidos por um ou mais profissionais da área
específica ou correlata (face ao caráter multi e
interdisciplinar) visando a obter provas que possam
trazer esclarecimento dos fatos que prejudicam
uma pessoa ou toda a sociedade
Médico perito: são profissionais qualificados e
experientes, com habilitação no âmbito da
medicina e com função permanente de emitir
pareceres ou diagnósticos de interesse do estado, e
a quem incumbe a tarefa de esclarecer um fato de
relevante importância médico-administrativa
Perito médico: aquele que exerce a atividade de
quem está habilitado em determinada área da
medicina e que e designado eventualmente para
emitir um parecer
Pericia médico-legal: exercida por médicos
habilitados e adestrados em questões de medicina
legal, que prestam seus serviços as instituições
legispericiais ou que são especialistas na matéria,
podendo ou não ser solicitados a prestarem
esclarecimentos de interesse da administração
judiciaria
Perito auditor ou auditor: profissional cujo ofício
e fiscalizar determinado serviço ou tarefa e
verificar se eles estão sendo cumpridos a contento.
(Área médica → auditor medico)
LEIGO – pessoa da comunidade
LOUVADO – indicado pela autoridade judiciária
(juiz), reconhecido saber
CONCURSADO – concurso público para medicina
legal, médico legista que pode fazer a perícia
- O médico legista vai fazer o exame do
corpo e o perito faz a análise do local e
armas, por exemplo
- O perito NÃO coloca a mão no cadáver
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA
É VETADO ao médico:
- Deixar de atuar com absoluta isenção quando
designado para servir como perito ou auditor, assim
como ultrapassar os limites das suas atribuições e
competência
- Assinar laudos periciais ou de verificação
médico-legal, quando não o tenha realizado, ou
participado pessoalmente do exame
- Ser perito de paciente seu, de pessoa de sua
família ou de qualquer pessoa com a qual tenha
relações capazes de influir em seus trabalhos
COMENTÁRIOS:
O atributo mais considerável e mais exigido de
quem avalia ou fiscaliza é a isenção.
A aceitação, tanto para os peritos oficiais como
para os não oficiais, é obrigatória.
FALSA PERÍCIA
Proibição justificada por suspeição do perito – que
não é apenas uma exigência por insinuação das
partes, mas em favor da própria isenção do
julgamento
Constitui também uma proteção moral do perito, na
insuspeição do seu trabalho e na consolidação do
ideal de justiça.
- Assinar laudos periciais ou de verificação
médico-legal, quando não o tenha realizado, ou
participado pessoalmente do exame
COMENTÁRIOS:
Exige-se de quem elabora e assina um laudo
pericial ou de verificação médico-legal não
somente a capacidade técnica comprovada, senão,
também, idoneidade naquilo que afirma como
resultado de suas conclusões e de sua efetiva
participação
- Intervir, quando em função de auditor ou perito,
nos atos profissionais de outro médico, ou fazer
qualquer apreciação em presença do examinado,
reservando suas observações para o relatório
COMENTÁRIOS:
Ao perito cabe tão só levantar com detalhes, todos
os elementos de comprovação e elaborar seu
relatório, tendo em vista aquilo que é fundamental
e imprescindível, oferecendo à autoridade
requisitante os fundamentos de convicção para
aquilo de que necessita, supõe ou precisa
convencer-se
Toda perícia terá de primar pela imparcialidade,
devendo o laudo pericial ser suficientemente
esclarecedor para a autoridade solicitante
DOCUMENTOS MÉDICOS LEGAIS
DOCUMENTOS
Reproduzir manifestação de pensamento
De interesse da justiça
NOTIFICAÇÃO:
Comunicação compulsória peita pelos médicos às
autoridades (social/sanitária)
- Acidente de trabalho – infortunística
- Doenças infectocontagiosas
- Uso de entorpecentes
- Crimes de ação pública – erro médico
ATESTADOS:
Declaração pura e simples por escrito de um fato
medico de suas consequências, finalidade de firmar
a veracidade de certo fato ou a existência de
determinado estado, ocorrência ou obrigação
- Encontra-se normalizado pelo Código de Ética
Médica e resoluções do Conselho Federal de
Medicina em vigor (emitido por um médico
legalmente habilitado e regularmente inscrito no
Conselho regional de medicina da respectiva
região). Além do ato medico informado tenha sido
realmente praticado e o estado retratado da doença
ou higidez seja idôneo
- Aprova, reprova e comprova – afirma por
ter fé de ofício
- Papel timbrado, receituário para fins de:
Licença
 Dispensa A SEQUÊNCIA DA REDAÇÃO DE UM
Justificativa ATESTADO MÉDICO SUGERIDA É A
Higidez SEGUINTE
- Não exigem compromisso legal, sendo um - Qualificação da pessoa examinada com referência
documento particular sem compromisso ao documento de identidade civil ou
prévio correspondente, apresentado durante a entrevista,
- Delito de falsidade/Atestados graciosos ou de responsável legal quando se tratar de criança,
(falsos) menor ou incapaz.
- Finalidade a que se destina (fins trabalhistas,
CLASSIFICAÇÃO DOS ATESTADOS escolares, sociais, etc)
Oficioso – justificativa às aulas e provas - Fato ou ato médico a caracterizar.
Administrativo – para serviço público, - As consequências do ato médico ou fato descrito.
aposentadoria, licença, abonos de faltas
- Local, data e assinatura com respectivo carimbo
Judiciários – pelos juízes/administração da justiça
profissional padronizado (nome do médico + CPF
+ número de inscrição no CRM da jurisdição sede
OBS: Atestado difere-se de declaração. No
de sua atividade)
atestado quem o afirma, por ter fé de ofício prova,
reprova ou comprova e na declaração exige apenas
DECLARAÇÃO DO DIAGNÓSTICO NOS
o relato
ATESTADOS (CID) → questão polêmica
Quebra do segredo médico, sendo o Código de
QUANTO AO SEU CONTEÚDO OU
Ética Medica:
VERACIDADE
- consentimento por escrito do paciente
- Idôneo: médico no dever de dizer a verdade sob
- motivo justo
pena de infringir dispositivos éticos e legais
- dever legal
- Gracioso: complacente ou de favor – dados na
Ainda, considera o ser humano como principal alvo
intimidade do consultório ou clinica privada,
da atenção médica, que as informações oriundas da
objetivando agradar o cliente
relação médico-paciente pertencem ao paciente e
- Imprudente: dado de forma inconsequente,
apenas situações excludentes de violação do
insensata e intempestiva, quase sempre em favor de
segredo profissional
terceiros, tendo apenas o crédito da palavra de
Diante disso, é permitido ao médico fornecer
quem o solicita
atestado médico com o diagnóstico por justa causa,
- Falso: dado quando se sabe do seu uso indevido e
exercício de dever legal, solicitação do próprio
criminoso, tendo por isso o caráter doloso
paciente ou de seu representante legal. Deve ser
solicitado pelo paciente ou seu representante legal
QUANTO AOS TIPOS, OS ATESTADOS
(concordância devera ser expressa no documento)
PODEM SER DE
- Óbito
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA
- Vacina
É VEDADO ao médico:
- Sanidade física e mental
- Fornece atestado se ter praticado o ato
- Insanidade física e mental
profissional que o justifique
- Capacidade laborativa
- Atestar como forma de obter vantagem
- Usar formulários de instituições públicas para
ELABORAÇÃO DO ATESTADO MÉDICO
prescrever ou atestar fatos verificados na clínica
DEVE SER ELABORADO:
privada
- Em papel receituário timbrado de uso particular
- Atestar óbito quando não o tenha verificado
do profissional médico
pessoalmente, ou quando não tenha prestado
- Formulário de instituições públicas ou privadas
assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o
- No estado de São Paulo a Associação Paulista de
fizer como plantonista, médico substituto, ou em
Medicina tem formulário próprio
casos de necropsia e verificação médico-legal
- Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha
prestando assistência, exceto quando houver
indícios de morte violenta...
- Permitir o manuseio e conhecimento dos
prontuários por pessoas não obrigadas ao sigilo
profissional quando sob sua responsabilidade
- Deixar de fornecer laudo médico ao paciente ou a
seu representante legal quando aquele for
encaminhado ou transferido para continuação do
tratamento ou caso de solicitação de alta
- Deixar de elaborar prontuário legível para cada
paciente (contendo os dados clínicos necessários,
assinatura e número do CRM, estando sob guarda
do médico ou instituição que assiste o paciente)
“Atestado de Óbito”, a denominação correta do
documento em que se assinala a morte de uma
pessoa é a DECLARAÇÃO DE ÓBITO (DO)
DIFERENÇA:
CERTIDÃO DE ÓBITO: Documento emitido
pelo Cartório de Registro Civil (Registro da Morte)
DECLARAÇÃO DE ÓBITO: Documento em
que se assinala a morte de uma pessoa, sendo um
documento oficial e padronizado pelo Ministério
da Saúde (firmado preferencialmente por médico)
- Consta de 3 vias:
1ª. Via de cor branca destina-se à Secretaria da
Saúde
2ª. Via de cor amarela destina-se ao Cartório
3ª. Via de cor rosa ficará arquivada na Unidade de
Saúde onde foi emitida
- Dividida em 9 parte: Cartório, Identificação,
Residência, Local de ocorrência, Óbito fetal ou
menor de 1 ano, Condições e causas do óbito
(preenchimento obrigatório pelo médico).
Identificação do médico, Causas externas e
Localidade sem médico.
- Os familiares de posse da 2ª. Via (cor amarela)
da Declaração de Óbito, vão ao Cartório para
registrar o óbito e recebem uma Certidão de Óbito
e uma guia para o sepultamento.
CLASSIFICAÇÃO DA CAUSA DA MORTE
- Morte natural: que é a decorrente primariamente
de fenômenos mórbidos (consequência da evolução
de doenças)
- Morte violenta: resultante da ação de um
instrumento ou meio lesivo (natureza traumática)
- Morte suspeita: é a que apresenta sinal evidente
de violência, mas por algum motivo, inspira dúvida
quanto a ser natural
CUIDADOS E CAUTELAS NO
PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO DE
ÓBITO
- Não assinar documento dito “em branco”, que
significa apor sua assinatura no atestado médico
sem o preenchimento prévio dos demais dados.
- Não assinar o documento sem prévia constatação
do óbito.
- Não firmar D.O. em caso de morte violenta, a
menos que designado para perícia médico-legal.
- Não emitir D.O. em mortes naturais quando não
tenha assistido ao paciente, a menos que na
condição de médico substituto, de SVO ou de IML.
- Assegurar precisa identificação do falecido
(cédula de identidade, certidão de casamento ou
nascimento, título eleitoral, etc).
- A D.O. não admite emendas ou rasuras, não se
permitindo corretivos de qualquer natureza
- A D. O. pode ser preenchida manualmente,
tolerando-se apenas 2 tipos de caligrafias (letra
legível).
- Quando realizar preenchimento manual, faça-o
com caneta esferográfica de cor azul ou preta, com
força suficiente para marcar todas as vias.
DECLARAÇÃO DE ÓBITO
Impresso Especial – Forma de Preenchimento
- Parte I
1. “Doença ou estado mórbido que causou
diretamente a morte”
2. “Estados mórbidos, se existirem, que produziram
a causa acima registrada, mencionando-se em
último lugar a causa básica”
- Parte II
1. “Outros estados patológicos significativos que
contribuíram para a morte, porém não relacionados
com a doença ou estado patológico que a
produziu”.
BOLETIM MÉDICO
“Pequeno escrito noticioso” no qual o médico
presta informações sobre as condições do seu
paciente
COMUNICAÇÕES MÉDICAS OBRIGATÓRIAS
POR FORÇA DE LEI
- Comunicação de Doenças de Notificação
Compulsória
- Código Penal – Artigos 268 e 269
- Comunicação de Crimes de Ação Pública
- Comunicação de Toxicomania
- Comunicação das Doenças Profissionais
Quando da emissão de Boletins Médicos, devem os
mesmos ser elaborados de modo sóbrio, impessoal
e verídico, rigorosamente fiéis ao segredo médico,
podendo ser divulgados pelo CMR quando o
médico achar conveniente, já no caso de paciente
internados em estabelecimentos de saúde (assinado
pelo médico responsável e subscrito pelo diretor
técnico da instituição ou substituto)
PODE O MÉDICO DO TRABALHO
DIVERGIR DO ATESTADO MÉDICO DE
OUTRO COLEGA?
- Sim. Tem competência para tal e somente depois
de ter examinado o paciente.
- Deve se lembrar que assume total
responsabilidade por qualquer tipo de modificação
de conduta tomada
O atestado médico deve ser entendido como um
documento de importância maior e a sua emissão
abalizada pelos princípios éticos e legal, e não
interpretado como um procedimento banal.
Cercado dos devidos cuidados ao elaborar o
atestado, o médico resguarda a sua integridade
profissional e evita dissabor ao longo de sua árdua
carreira
• medida dos crânios, tábua osteométrica de broca, e
Conjunto de informações da anatomia física que
incluímos dentro da avaliação do indivíduo para
estabelecer uma IDENTIFICAÇÃO
Identificação a partir do esqueleto – evidencias
ósseas
A antropologia estuda esse esqueleto que são de
relevância para identificação do sexo, grupo
étnico, idade e outros fatores como compressão
física e atividades laborais
Antropologia física – aplicação da anatomia para
a identificação e classificacao dos grupos humanos
Antropologia cultural, religiosa e social – contém
aspectos diferentes das populações humanas que
não incluem necessariamente os aspectos físicos
- Conjunto de características que permite
identificar o grupo através de seus hábitos –
CULTURAL
- Identifica o grupo através de seus grupos sociais
– SOCIAL
INDENTIFICAÇÃO BIOTIPOLÓGICAS
São características biológicas que identificam o
grupo
O biótipo é uma característica que estabelece
relações
Dessa forma é possível estabelecer relação entre os
restos mortais do indivíduo e uma possível
identificação através dessas características que são
EXCLUSIVAMENTE FÍSICAS
PROTOCOLO
Para essa identificação é necessário seguir um
protocolo pois as observações devem ser
OBJETIVAS – pautadas por critérios específicos
que deverão ser analisados regularmente nas
amostras
Índice Métrico – obtido através do conjunto de
medidas do crânio que permite identificar o
indivíduo de determinado grupo étnico
- Processo mastoide saliente, mandíbula angulosa,
peso médio da mandíbula e outros
ANTROPOLOGIA E ANTROPOMETRIA
Instrumento de mensuração – para avaliar os
ossos
- Paquímetros retilíneos, curvo, compasso para a
o craniômetro de Galvão
São instrumentos capazes de realizar uma
mensuração cuja precisão é válida e a partir dele
é possível colher dados métricos validos para a
identificação antropológica
O uso da antropologia física para a identificação de
ossos precede qualquer tipo de identificação de
biologia molecular, mesmo sendo técnicas
confiáveis e com alto índice de precisão
- Mas nem todos os setores possuem esse serviço
para avaliação de rotina
- O uso da antropologia física possui um custo
menor, é de mais fácil acesso do que a biologia
molecular – MODELO CLÁSSICO DE • Oral – no forame incisivo
IDENTIFICAÇÃO HUMANA • Endomolar – na face medial do segundo
dente molar, não é do 3 molar porque ele é
FUNDAMENOS DA CRANIOTOMIA inconstante, tem gente que não tem
O crânio é o elemento que oferece maior riqueza - Stafilio – na margem da espinha nasal
de informações para identificação posterior
Então, quando ele está disponível é o elemento de - Opisquio – na margem posterior do forame
maior importância magno
Quando ele não estiver disponível – pode ser
ocultado para dificultar a identificação – a O ponto mais alto do crânio se dá na
antropologia física deve utilizar outros elementos linha coincidente com a sutura sagital que nos
para identificação chamados de VÉRTICE
Existem alguns pontos que são chamados de
PONTOS CRANIOMÉTRICOS que tem grande
validade médico-legal
- É possível fazer a reconstrução de partes moles
por meio desses pontos
- Glabela, Bregma – são dois pontos importantes,
mas não os únicos

PONTOS CRANIOMÉTRICOS
• Bregma – se localiza na intersecção da
sutura coronal com a sagital
• Glabela – estÁ no centro do arco
superciliar
• Nasio – localizado na junção do osso frontal
com os dois ossos nasais
• Dácrio – localizado na margem superior do
osso lacrimal
• Nasioespinal – localizado na espinha nasal
anterior, na base da abertura piriforme
• Zigomaxilar – localizado na margem do
osso zigomático, na articulação da maxila
• Alveolar – no processo alveolar dos dentes
incisivos
• Infradental – também no processo alveolar
dos incisivos – na mandíbula
• Mentual – no forame mentual
• Guinatio - Margem
anterior da mandíbula, na
protuberância mentual
• Gomio – no ângulo da mandíbula
• Astério – junção da sutura
parietomastoidea e occiptomastoidea
• Ptério – localizado na margem superior da
sutura esfeno- parietal
• Lambda – no ponto de junção da sutura
sagital com a sutura lambdoidea
• Básio – na base do crânio, na margem
anterior do forame magno – É O PONTO
PRINCIPAL

DENTES
Não é uma estrutura óssea, mas dentro da avaliação
da antropologia física ele tem grande relevância
pela disposição dos dentes, morfologia do arco
dentário, ausência do dente e presença de
obturação
Dentição decídua (jovem) – 2 incisivos, 1 canino e
2 molares – conforme ocorre a erupção dos dentes
e o desenvolvimento do crânio e da mandíbula, tem
o arco dentário completo
Dentição permanente (adulto) – constituída pelo 1,
2 incisivo, dente canino e 1, 2, 3 molar – sendo que
o 3 molar pode não estar presente
• ARCO DENTARIO É UMA
EVIDENCIA DIRETA DA FAIXA
ETÁRIA DO INDIVIDUO – MAS É
IMPRECISA
MANDÍBULA E MAXILA
Sexo Feminino – suave
Sexo Masculino – saliente
• Essas diferenças ocorrem porque a
musculatura é mais desenvolvida no sexo
masculino, então o quanto mais
desenvolvida ela for, mais saliente é a sua
impressão óssea – pois o osso se modela
de acordo com a musculatura do
indivíduo
Maior a massa muscular em desenvolvimento =
mais saliente os acidentes ósseos
MAS NÃO DETERMINA O PESO DE
INDIVIDUO – apenas a constituição muscular do
indivíduo
- E com isso identifica também a atividade
ocupacional
PROTUBERÂNCIA MENTUAL
Sexo Masculino – saliente
Sexo Feminino – arredondada, suave
ÂNGULO E LINHA OBLÍQUA
Sexo Masculino – proeminente
Sexo Feminino – tênue, o ângulo é suave e a linha
obliqua é menos proeminente
OSSO ZIGOMÁTICO
Sexo Masculino – margem infraorbital saliente
Sexo Feminino – liso
ARCO SUPERCILIAR
Sexo Feminino – apagado
Sexo Masculino – saliente e anguloso
ÂNGULO NASIO
Mais proeminente no sexo masculino do que no
feminino – angulosos
**PROCESSO MASTÓIDE DO OSSO
TEMPORAL
Se retirar a mandíbula e colocá-lo sobre uma
superfície, normalmente o do indivíduo masculino
toca a superfície porque o processo mastoide
dele é desenvolvido
O do sexo feminino é menor, mais arredondado e
pouco desenvolvido – frequentemente não toca a
superfície, o ponto de apoio passa a ser a base do
crânio e não o processos mastoide
- Relacionado a própria musculatura do pescoço
GRUPO ÉTNICO
Negroide: tem como ponto de referência
indivíduos do continente africano e algumas
regiões da Oceania, classificação indígena é
derivada desse grupo
Caucasoide representa o grupo étnico europeu
(centro e leste da Europa)
Mongoloide representa os grupos étnicos
amarelos, orientais. Dentre as tribos dos mongóis,
65% da população asiática tem descendência de um Braquifacial – europeus/árabes
mesmo individuo
ÍNDICES
• ÍNDICE HORIZONTAL
Para determinar o padrão morfológico que permite
uma classificação específica da etnia
• LARGUMA MÁXIMA DO CRANIO X
100 / GLABELO – METALAMBDA
- Utiliza a distância bi zigomática para a largura • INDICE NASAL
máxima do crânio A diferença da abertura piriforme também permite
- Avaliação do NEUROCRANIO e não determinação do grupo étnico
do viscerocranio – pois pode não ter ele - (largura nasal máxima /altura nasoespinal) x 100
Leptorrino – caucasiano
Para crianças NÃO USA, usa apenas os referências Mesorrino – amarelo; mais triangular
de arco dentário e crescimento ósseo Platirrino –negros; base mais ampla
Dolicocrânio – provavelmente tem origem
negroide ou nórdica
Mesocrânio – amarelos (mongoloide)
Baquicrânio – caucasoide (europeus centrais)

ÂNGULO FACIAL**
Um dos critérios mais seguros para a
determinação do grupo étnico
O ponto de referência é o poro acústico externo
(fixo) e glabela (fixo)
Promove a intersecção entre duas linhas, uma
horizontal (poro) e vertical (glabela)
• ÍNDICE VERTICAL
Espinha nasal anterior (jacquart), região alveolar
(Altura basiobregma / diâmetro transversla
(cloquet), margem da ponta do dente (cuvier) –
máximo) x 100
utiliza-se esses três ângulos pois o indivíduo pode
- Não dá nenhuma informação referente ao sexo,
ter algum problema nesses três ângulos
apenas ao grupo étnico
Os valores são próximos pois a mínima projeção
Estenocrânio – negros
equivocada dos eixos pode produzir uma relação
Metriocrânio – amarelos
equivocada – um dos 3 modelos deve conter a
Tapeinocrânio – europeus centrais
identificação da amostra
** PROVA – medidas da tabela

IDADE
• ÍNDICE FACIAL
Identificada a partir do fechamento das suturas
PROSOPIOMÉTRICO
– conforme elas se apagam na face externa e interna
(Altura nasioalveolar / diâmetro bi zigomático da calvaria pode estabelecer uma idade aproximada
máximo) x 100 SUTURA FRONTAL – externamente desaparece
- Avalia o VISCEROCRÂNIO, e não o de 2 a 6 anos e internamente de 2 a 8 anos
neurocrânio As outras suturas se apagam mais tardiamente:
Dolicofacial – Oceania - CORONAL – ocorre da margem lateral em
Mesofacial – negros direção ao ponto Bregma, então quanto mais
próximo de Bregma ela se apaga, mais avançada
é a idade – 30 a 40/ 40 a 50/ 50 a 60
- No ponto Lambda, se tem mais de 50 anos esse
ponto desaparece
- SAGITAL –anteriormente de 40 a 50 anos,
central de 20 a 40 e posteriormente 30 a 40
- LAMBDOIDE – 25 a 50 ocorre o apagamento
SUTURA ESQUIAMOSA DO OSSO
TEMPORAL - quando ela se funde com o osso
parietal ela temais de 60 anos de idade, e se observa
anteriormente tem mais de 80 anos
Com 80 anos nenhuma das suturas são visíveis
mais – observa mudança na maxila, pois tem
reabsorção; a face se torna menor
SEXO
PELVE
Utiliza como referência o índice pélvico – índice
de abertura da incisura isquiática maior
(ab/ac) x 100
- Masculino – 15,5 – agudo – osso são mais
salientes, principalmente a tuberosidade isquiática
e a projeção da asa do ílio é mais vertical
- Feminino – 22,5 – obtuso - a projeção da asa do
ílio é mais angulosa e aberta
Ângulo de inclinação – mostra o eixo do sacro em
relação as vertebras lombares
-POSTERIORMENTE –
▪ 110 – masculino
▪ 107 – feminino
- ANTERIORMENTE –
▪ 45 – masculino
▪ 58 – feminino
FÊMUR
A angulação para o fêmur feminino é maior – então
o ângulo que ele projeta no superfície é menor (75)
– fêmur mais inclinado
O ângulo masculino projetado na superfície é
maior (80) – pois ele é mas vertical
• RELACIONADO COM A PRÓPRIA
PROJEÇÃO DA PELVE
IDADE ÓSSEA
Uma das informações mais importantes é a
consolidação dos ossos da mão – pode ser
avaliado ósseo ou radiológico
Relacionado com a consolidação dos centros de
ossificação
A porção distal do rádio e da ulna teremos a
consolidação final das epífises no individuo entre
20 e 25 anos de idade – quando cessa o
crescimento do esqueleto
- Antes disso, a epífise está separada da diáfise
As áreas de ossificação para a tuberosidade da
falange distal da 7 a 8 semana do processo
gestacional e da base da falange distal na 1 semana
de vida
•
BERTILONAGEM
Propôs uma técnica de mensuração dos
segmentos do corpo – determinados segmentos do
corpo apresentam dimensão e característica regular
que não se modificam
Cabeça, orelha direita, pé esquerdo, dedo médio
esquerdo, dedo mínimo, antebraço, envergadura
do músculo e altura do busto
Foi criada uma ficha MORFOMÉTRICA baseada
na mensuração dos segmentos corporais em
superfície
- Oferecia um dado seguro para a identificação
Porém, um ÚNICO critério não é ideal para a
identificação, então é preciso combinar os
elementos
Dessa forma, ‘perde o sentido’ do ponto de vista
de eficiência – é uma forma segura, mas NÃO é
prática pois é preciso fazer uma avaliação
sistemática todas as vezes
- Também é passível de erro
Grande parte da identificação era estabelecida pela
visualização dos suspeitos – uma técnica NÃO
científica, então a Bertilonagem trouxe uma
proposta mais promissora
FOTOGRAFIA
A partir disso, foi proposta uma
CLASSIFICAÇÃO para os tipos morfológicos
- Todos os segmentos do corpo foram
classificados de acordo com o seu formato
- Dessa forma, o critério morfológico NÃO é
essencialmente métrico
Dessa forma era possível visualizar a face do
indivíduo e reconstruir a sua face – a partir dos
elementos morfométricos
- Complemento da Bertinolagem
DACTILOSCOPIA DE VUCETICH
Apresenta um sistema mais eficiente para a
identificação
Imagem da IMPRESSÃO DIGITAL – pois ao
contemplar a morfologia das linhas da superfície
do tegumento, elas NÃO se modificavam e não se
repetiam além de serem classificáveis
Essa identificação é ÚNICA, IMUTÁVEL (pois se
mantém inalterada independente da faixa etária) e
é CLASSIFICADA (apesar de não serem iguais, se
mantém em categorias específicas)
Método confiável e eficiente pois é prático de
realização
Sugeriu que o desenho digital fosse colhido em
uma ficha de identificação – então o indivíduo era
cadastrado
- Aplica um rolo de tinta na superfície distal do
dedo e garante que quando ele for pressionado na
superfície de papel a imagem fosse transferida
- Realizava-se para TODOS os dedos e dessa
forma era ESPECÍFICA
Depende da interação das extremidades dos
dedos durante o período gestacional – tecidos
fetais – para ele se modelar, por isso o caráter de
unicidade
O desenho digital tem que se enquadrar em
alguns modelos, mas a forma dele não se repete
A imutabilidade também está presente pois o
desenho digital NÃO SE ALTERA de acordo
com a idade
- Contudo, o indivíduo pode apagar a digital (ex:
ácido) ou produzir cicatrizes que não permitem
mais a identificação – mas o caráter de exclusão
se torna um caráter de inclusão
As cristas papilares que garantem esse desenho
digital – ele representa um conjunto de DELTA
ou de LINHAS
- Utiliza-se a posição do delta e o formato das
linhas
Método mais eficiente, barato e simples de
realização – além de ser extremamente seguro e
confiável
CLASSIFICAÇÕES
Existem vários formatos das digitais que as
classificam:
- ARCO – as linhas estão dispostas paralelamente
(NÃO observa-se o delta nessa imagem)
- PRESILHA INTERNA E EXTERNA – as
linhas formam uma dobra e constituem uma
presilha
Ainda observa-se o delta nesses padrões
• Interna – a presilha se forma na face
interna do delta (DIREITA)
• Externa – a presilha se forma na face
externa do delta (ESQURDA)
• Bifurcação da presilha é critério de
inclusão ou de exclusão
- VERTICILE – as linhas estão distribuídas
concentricamente como se fosse um córtex
(Tem-se a presença DOIS deltas)
A combinação dos 10 dedos é variável, então para
não estabelecer uma descrição longa criou-se uma
fórmula – FÓRMULA DIGITAL
- Na primeira linha os dedos da mão direita e na
segunda os da mão esquerda
- Utiliza-se letras e números para classificar
Quando o indivíduo NÃO POSSUI o dedo,
coloca- se um ‘0’ e não o ‘X’

Quando os elementos forem inconclusivos utiliza-
se a POROSCOPIA – identificação dos poros e a
identificação de bifurcações das linhas da presilha
interna
Mesmo tendo um padrão para a classificação, cada
desenho digital é ÚNICO
LUVA CADAVÉRICA (retirada do tegumento)
ou PARAFINIZAÇÃO DOS DEDOS (devolve a
turgidez e a resistência da extremidade do dedo) –
formas para recolher as digitais
SINAIS INDIVIDUAIS
MANCHAS CUTÂNEAS
Esses sinais podem constituir manchas cutâneas,
por exemplo – são extremamente individualizantes
Método confiável e único mas que NÃO permite
a classificação e NÃO é perene (pois é possível de
retirada)
As manchas podem ser pigmentadas (com
melanina) ou por vasos sanguíneos – mas TODAS
são individualizantes
MALFORMAÇÕES
Malformações (congênitas) ou deformidades
(adquiridas)
Pode ser usado como fator de
identificação – mas é
COMPLEMENTAR
Quando ela se estabelece pode ser usada com
critério pois é individualizante, mas é preciso ser
combinado com outros critérios
TATUAGEM
Na tradição oriental ela representa um caráter
de identificação de grupo de determinadas
tribos – desenhos aplicados pelo tegumento que
são profundamente EXCLUSIVOS de grupos ou
tribos específico
- Dentro da própria tribo o padrão da tatuagem
muda
- Aspecto essencialmente cultural
- Identificação de pertencimento a determinado
tipo de grupo
Na tradição ocidental a tatuagem foi
representada nos primórdios como indício de
marginalidade e de exclusão social
- Reproduzido principalmente dentro das prisões
– para identificar os seus crimes ou o seu grau de
‘perigo’
- Atualmente a conotação da tatuagem é artística,
cultural e de valorização do corpo
A tatuagem por si só é IDENTIFICADORA
CICATRIZ
Profundamente INDIVIDUALIZANTE e muitas
vezes é permanente (não é possível de remoção)
A presença de cicatriz em pontos visíveis são
características importantes para a identificação
dos indivíduos
• NÃO são classificáveis
PALATOSCOPIA
Tentam estabelecer um padrão morfológico e
classificação por meio da rugosidade palatina
É uma técnica COMPLEMENTAR – pois nem
sempre é possível fazer
Em alguns casos é determinante e contribui para
a identificação médico-legal
QUEILOSCOPIA
Impressão labial – pois as comissuras labiais tem
padrões morfológicos diferentes que são
classificáveis, perenes e individualizantes
Atendem os critérios necessários para a
identificação, porém não existe um cadastro das
comissuras dos lábios, então não é tão fácil de usá-
la
- Pode ser usados em casos de ‘marcas de batom’
por exemplo, por ser um método específico e
seguro
DNA
Padrão OURO de identificação
Avaliação das bandas do DNA que são
compatíveis entre as amostras da vítima e do
suspeito a fim de incluir ou excluir essa
identificação com 99,9% de confiabilidade
Pode ser adquirida a partir de células da mucosa da
boca, sangue, fios de cabelo, sêmen, amostras de
tecido, pele colhida da bordadas unhas
Tem-se a identificação por meio de determinadas
características COMUNS
A técnica de DNA é definitiva – mas é uma
técnica cara e não substitui os outros critérios
TRAZ CONCLUSÃO AO CASO – não é
complementar, é EFETIVA
- Se usar essa técnica, nenhuma das outras será
necessária
Usado para identificação do agressor a partir das
amostras ou quando tem-se restos humanos, corpos
carbonizados e outros que não são possíveis de
identificação através das outras técnicas
• - Debilidade permanente de membro, sentido ou
Também conhecida como ‘Lesonologia Médico-
Legal’
Estuda as lesões e estados patológicos, imediatos
ou tardios, produzido por violência sobre o
corpo para aspectos diagnósticos, prognósticos e
implicações legais e socioeconômicas
O Estuda as modalidades de energia causadoras
desses danos
Observa o agressor, a vítima e a cena para poder
reconstruir a forma como ocorreu o crime
ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA
Os meios vão desde armas propriamente ditas
(punhais, revólveres, adaga, espada e soqueiras –
lesão por defesa ou ataque), armas eventuais
(faca, navalha, machado, foice e facão), armas
naturais (punhos, pés e dentes) até meios
imagináveis (animais, veículos, quedas e outros)
Esses meios atuam por pressão, percussão, tração,
torção, compressão, descompressão, explosão,
deslizamento e contrachoque
CLASSIFICAÇÃO DA LESÃO
Simples – 3 meses a 1 ano de reclusão
- NÃO produz nenhum tipo de incapacidade – soco,
ponta pé ou tapa – produz apenas o trauma, sem
manifestar sequelas
Grave – 1 a 5 anos de reclusão
- Produz incapacidade para as ocupações habituais
por mais de 30 dias
- Perigo de vida
função
- Aceleração do parto
Gravíssima – dependendo da qualificação, pode
resultar em 2 a 8 anos de reclusão
- Incapacidade PERMANENTE – que não pode
ser revertida
- Aborto
Seguida de morte – até 12 anos de reclusão
- Lesão seguida de morte

Para ser arma, o objeto tem que ter massa e energia

suficiente para produzir uma lesão, produzir
resistência em direção àquele que está sendo
agredido
- O mesmo instrumento pode produzir lesões
diferentes

Dividida em alguns meios:

- Ativo – impacto de um objeto em movimento no
corpo humano parado
- Passivo – instrumento imóvel e o corpo em
movimento
Ação Mista – os dois se encontram em
movimento (um contra o outro) Quanto mais grave a consequência, maior
tempo de reclusão ao agressor
 INSTRUMENTOS SIMPLES
LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÕES
PERFURANTES
Ocasionadas por instrumentos de aspecto
pontiagudo, alongado, fino e de diâmetro
transverso reduzido
O Estilete, sovela, agulha, florete, alfinete e prego
Possível de reconhecimento apenas pela
característica da lesão
Produz ferida puntiforme – ‘punctiformes’ ou
‘punctórias’
- NÃO CORTA, mas afasta
estruturas/margens do tecido e fibras
- Possui exteriorização em forma de ponto e com
abertura estreita
- Menor diâmetro do que o instrumento –
devido à elasticidade e retratilidade do tecido
As feridas possuem um trajeto estreito (túnel) –
no cadáver é representado por uma LINHA
ESCURA
- Depende da profundidade, tamanho do
instrumento e da pressão utilizada pelo agressor
Se houver ferimento de saída, ele será
normalmente de menor diâmetro e irregular do
que o de entrada
- Na entrada o instrumento está mais afiado
- Podem terminar em fundo de saco, cavidade
ou transfixar um segmento
As lesões produzidas nos órgãos profundos
assumem forma de acordo com a estrutura fibrosa,
cartilaginosa, óssea e etc
- Nos órgãos constituídos de várias túnicas
(estômago) as lesões são orientadas em sentidos
diversos
NÃO PODE ESTABELECER O Produz ferida cortante – SECCIONA AS
COMPRIMENTO DO MEIO PERFURANTE
PELA PROFUNDIDADE DA PENETRAÇÃO
A gravidade desses ferimentos depende do
caráter vital do órgão e estruturas atingidas ou
de infecções supervenientes
INSTRUMENTO PERFURANTE DE
MÉDIO CALIBRE
Exemplos: picador de gelo, fecha roliça e
vergalhão com ponta
As lesões possuem formas diferentes e obedece à
‘Lei de Filhos’ e ‘Langer’ – lesão concordante ou
não
Lei de Filhos
- Em uma mesma região e com as linhas de força
em um só sentido seu maior eixo tem sempre a
as mesma direção (CONCORDANTE)
Lei de Langer
- Na confluência de regiões de linhas de forças
diferentes, a extremidade da lesão toma o aspecto
de ‘ponta de seta, triângulo ou quadrilátero’
(DISCORDANTE)
Tomam direções diferentes de acordo com a
região atingida (SOMENTE NO VIVO) – e em
cada localizada pode ir para algum sentido e
atingir músculos diferentes
- Pescoço
- Tórax – ex: mama – lesão vertical
- Abdômen –lesão horizontal
- Membro Superior
- Membro Inferior
- Região glútea
LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÕES
CORTANTES
Agem através de um gume mais ou menos afiado
e por deslizamento sobre os tecidos – na maioria
das vezes em sentido LINEAR
- Ex: navalha, lâmina de barbear, estilete e bisturi
FIBRAS DOS TECIDOS
- Pode ser chamada de ferida INCISA
Capazes de produzir a secção das fibras e
apresenta uma cauda de entrada (onde começa
o ferimento) e cauda de saída (onde o ferimento
termina)
DIFERENÇAS DAS FERIDAS
CORTANTES
Forma linear – devido à ação cortante por
deslizamento, principalmente em sentido
perpendicular à pele
Regularidade das bordas
Regularidade do fundo da lesão
Ausência de vestígios traumáticos em torno da
ferida – devido à ação rápida e deslizante do
instrumento e pelo fio de gume que NÃO permite
pressão mais intensa
- Não possui escoriações, equimoses ou
infiltração hemorrágica
- Não existe pontes de tecidos ligando uma
vertente à outra
Hemorragia quase sempre abundante – fácil
secção dos vasos e maior retração dos tecidos
superficiais
- Quanto mais afiado, profunda a lesão e riqueza
vascular da região atingida, maior será o
sangramento
Predominância do comprimento sobre a
profundidade –
- A extensão da ferida é quase sempre menor do
que a que realmente foi produzida devido à
elasticidade e retração dos tecidos
- Em regiões de tecido mais ou menos fixo (palma
da mão e planta dos pés) essas dimensões são
teoricamente iguais
Afastamento das bordas da ferida – por causa
da elasticidade e tonicidade dos tecidos – mais
acentuado em regiões em que o tecido é solicitado
pelo músculo (pescoço)
- Retração dos tecidos é EXCLUSIVO de
lesões in vivo e depende da elasticidade de cada
tecido – a maior é a da pele
Presença de cauda de escoriação voltada para
o lado onde terminou a ação do instrumento –
- Importante para o diagnóstico da direção do
ferimento, diferença entre suicídio e homicídio,
forma do crime e posição do agressor
Vertentes cortadas obliquamente – devido à
elasticidade e retração distinta em diversos planos,
mais acentuadamente da superfície para a
profundidade
Centro da ferida mais profundo que as
extremidades
Paredes da ferida lisas e regulares – exceto
quando atingidos planos superpostos de estrutura e
elasticidade diferentes
Perfil de corte de aspecto angular, quando o
instrumento atua de forma perpendicular x em
forma de bisel, quando atua em sentido oblíquo
ao plano atingido
ESGORJAMENTO
O esgorjamento se caracteriza por uma longa
ferida transversal do pescoço, de grande
profundidade, lesando nervos, vasos e músculos
além de órgãos mais internos como esôfago,
laringe e traqueia
- Suicida
• DESTRO: esquerda-direita; anterolateral
esquerda e termina voltada para baixo;
profundidade maior no início da lesão e a
morte acontece por hemorragia, asfixia e
embolia gasosa
- Homicida – o autor se coloca atrás da vítima,
ferimento da esquerda-direita em sentido
horizontal, uniforme e termina com a mesma
profundidade do início, ligeiramente voltado para
cima
OBSERVAÇÕES:
Sinal de Chavigny – ordem das lesões que se
cruzam; como a segunda lesão foi produzida pela
primeira, de bordas já afastadas, a outra NÃO
segue trajeto em linha reta
- Importante diferenciá-las para o legista e par ao
cirurgião poder suturar
Prognóstico de pouca gravidade – a não ser que
atinjam vasos, nervos ou órgãos
Observar o número de lesões, regiões atingidas,
direção, profundidade e regularidade
Normalmente são ACIDENTAIS e HOMICIDAS
Esquartejamento produzido por ação cortante
- Ato de dividir o corpo em partes por amputação
ou desarticulação
Outros exemplos: castração, decapitação, feridas
profundas da parede abdominal (‘haraaquiri’)
ARMAS BRANCAS
Caracterizadas pela AGRESSIVIDADE do
gume afiado ou EXTREMIDADE
PONTIAGUDA
Uso é dependente da ação humana – formas,
tamanhos e utilidades diferentes
- Ex: punhal, florete, estoque, navalha e faca-
peixeira
LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÕES
CONTUNDENTE
Os instrumentos contundentes são os maiores
causadores de dano dentre os mecânicos
- Só produz a lesão pois tem massa, resistência e
energia – ele NÃO perfura e nem corta – ele
ESMAGA o tecido
- Normalmente são instrumentos sólidos, mas
também pode ser líquido e gasoso – e produzirem
contusão ativa, passiva ou mista
• Barra de ferro, cabeça de machado e
martelo
Produz uma lesão completamente
IRREGULAR – margens com pontes de tecido
– produz LACERAÇÃO do tecido
Produz ferida contusa – não possui borda limpa
TIPOS DE LESÃO
RUBEFAÇÃO (‘Eritema Traumática’)
Não apresenta significativas modificações de
ordem estrutural
Caracteriza-se pela CONGESTÃO repentina e
momentânea de uma região do corpo atingida pelo
traumatismo – forma uma mancha avermelhada,
efêmera e fugaz que desaparece em alguns minutos
- Surgimento imediato ao trauma
Existe a possibilidade de encontrar na pele do
cadáver, em contato com o calor, uma ZONA DE
RUBEFAÇÃO até 1 hora depois da cessação da
circulação
ESCORIAÇÃO (‘EROSÃO EPIDÉRMICA’)
Origina-se da ação tangencial dos meios
contundentes – pode ser isolada ou associada a
outras modalidades mais graves
‘Arrancamento da epiderme e desnudamento da
derme’ de onde fluem serosidade e sangue
- Escoriação Típica: Apenas a epiderme sofre ação
da violência
- Ferida: Quando a violência atinge a derme
NÃO cicatriza e NÃO deixa marcas – se
regenera por reepitelização
- Se deixar marca, não é escoriação – o único
vestígio é uma mancha rósea e descorada que
desaparece ao longo dos dias
Importante saber sobre a escoriação:
- Idade: Observa-se a lesão, a crosta e a coloração
- Forma: normalmente forma de placa e as vezes
fica a marca do instrumento
- Se não for por objeto contundente, terá forma
LINEAR
- Número de lesões
EQUIMOSE
Infiltrações hemorrágicas nas malhas dos tecidos
- Necessário um plano mais resistente abaixo da
região traumatizada e ruptura capilar
- Normalmente ocorre nas superfícies, mas
também pode ser nas massas musculares, vísceras
e periósteo
Apresentam sangue coagulado, malhas de fibrina,
infiltração hemorrágica e sinais de transformação
de hemoglobina e ausência de meta-globina
Tipos:
- Sugilação – quando está na forma de pequenos
grãos
- Vícibe – quando está na forma de estrias (ex:
objetos cilíndricos – bastões, bengalas)
- Petéquias – pequenas equimoses agrupadas e
parecem um pontilhado (mais profundas)
- Equimona – equimose de grande proporção
Nem sempre surgem de imediato e no local do
traumatismo
- Ex: em TCE surgem equimoses palpebrais,
subconjuntivas e outros
A forma das equimoses é muito importante, e as
vezes podem ter a marca do objeto com mais
fidelidade do que as escoriações (anel, pneus etc)
A tonalidade das equimoses de início é
avermelhada (1º dia), depois se apresenta
vermelho-escuro, violácea (2º e 3º dia), azulada
(4º ao 6º dia), esverdeada (7º ao 10º dia) e
finalmente amarelada (12º dia) – desaparecendo
entre 15 e 20 dias
- O tempo e a coloração varia de acordo com a
quantidade e profundidade de sangue
extravasado, elasticidade do tecido, capacidade
individual de coagulação, quantidade e calibre
dos vasos sanguíneos atingidos; além de sexo,
idade e estado geral da vítima
- Equimose da conjuntiva NÃO sofre sucessão de
tonalidades – muito porosa e de oxigenação fácil,
se mantém vermelha
Nas crianças, as equimoses possuem rápida
absorção (por fagocitose) – ao contrário dos
idosos
- Contudo, quanto mais extenso e profunda a
lesão, mais lento o processo de absorção
- As células fagocitárias surgem a partir do 4º dia
Sinal de Kunckel quando o pigmento é
encontrado na rede ganglionar, mesmo após o
desaparecimento da equimose
A PRODUÇÃO DE UMA EQUIMOSE
SOMENTE ACONTECE IN VIVO
EDEMA
Acúmulo de líquido no espaço intersticial:
solução aquosa de sais e proteínas do plasma
- Edema Localizado: quando o edema aparece em
determinado local e é circunscrito a pequenos
volumes
- Edema por ação mecânica direta: lesão
decorrente de ação contundente – principalmente
a torção, percussão e pressão
HEMATOMA
É o maior extravasamento de sangue de um vaso
bastante calibroso e que NÃO possui difusão nas
malhas dos tecidos moles
Nos tecidos temos a formação de cavidades que
possuem uma coleção sanguínea – sensação de
FLUTUAÇÃO na palpação
Geralmente faz relevo na pele e tem delimitação
nítida
Pode ser encontrado nas cavidades ou dentro dos
órgãos (hematoma intraparenquimatoso
BOSSA SANGUÍNEA
Diferencia-se do hematoma por apresentar-se
sempre sobre um plano ósseo e pela sua saliência
- Normalmente em lesões no crânio
Vulgarmente conhecido como ‘galo’
Possui fluido e sangue – mas não tem a ruptura do
tecido
FRATURAS
Descontinuidade dos ossos – decorrem da
compressão, flexão ou torção
- Diretas – no próprio local do traumatismo
- Indiretas – provém de violência em região
distante ao traumatismo
Pode possuir um simples traço ou vários – ou
ainda, ser reduzida a fragmentos (fratura
cominutiva)
Fechada – subcutânea X Aberta – exposta /
Completas X Incompletas
Nas crianças é comum haver apenas a deformação
do osso ou a ‘fratura em galho verde’, quando ela
está incompleta
Orientação: Transversal; Longitudinal; Oblíqua;
Espiralada; Hélice; Passo de Parafuso; Galho
Verde; T; Y
FRATURAS NO CRÂNIO
Disjunção craniofacial: desarticulação dos
ossos da cabeça, acompanhado de fraturas
- Grande impacto; ex: acidentes de trânsito
Fratura da base do crânio: propagação da
fissura que parte da calvária até os andares
posterior, médio e anterior da base
- Longitudinal – anteroposterior (1)
- Transversal – laterolateral (2)
- Circular – ao redor do buraco occipital (3)
- Crista Galli – em volta dessa apófise, com o
seu aprofundamento
LUXAÇÕES
Deslocamento de dois ossos cujo as superfícies
de articulação deixam de manter contato
- Completas – superfícies se afastam totalmente
- Incompletas – perda de contato parcial
Podem ser fechadas ou expostas
Ex: ombro, cotovelo, tornozelo e joelho
ENTORSES
Lesões articulares provocadas por movimentos
exagerados dos ossos da articulação – incide
APENAS sobre o ligamento
Possui dor intensa na articulação atingida,
redução temporária de função, tumefação, rubor
e pode ter equimose ou hematomas na região
PROLAPSO DE VÍSCERAS INTERNAS
Sob violenta pressão sobre o abdômen ou tórax
pode ocorrer um prolapso retal e mais raramente
pela boca
LESÕES PRODUZIDAS POR
ARTEFATOS EXPLOSIVOS
Quantidade excessiva de gases capaz de causar
malefícios à vida ou à saúde
Na maioria das vezes é de origem ACIDENTAL
- Mecânica – proveniente do material que compõe
o artefato e dos escombros
- Onda Explosiva – decorre de ondas de pressão e
sucção que compõem a chamada ‘síndrome
explosiva ou blast injury’
As lesões provocadas pela expansão gasosa
atingem diversos órgãos e se caracterizam de
acordo com a sua forma, disposição e consistência
- Pode ser timpânica, pulmonar, abdominal,
cerebral e ocular
- O coração é o órgão que melhor suporta as
ondas da blast injury
LESÕES POR MARTELO
Causa quase sempre DOLOSA
Podem produzir danos graves – afundamento ósseo
- Fratura perfurante/vazador/saca-bocados –
ocorre em sentido perpendicular
- Sinal em ‘terraza’ de Hoffman – ocorre
tangencialmente, com base triangular
Pode também ocorrer afundamento parcial e
uniforme com inúmeras fissuras e em forma de
arcos e meridianos (SINAL DO MAPA
MUNDIAL DE CARRARA)
- Ocorre por causa da Díploe – lâmina óssea do
crânio
EMPALAMENTO
Penetração de objeto de grande eixo
longitudinal no ânus ou na região perineal
Lesões múltiplas e variadas e profundidade de
acordo com impacto e dimensão do objeto
Necessária diferenciação com a inserção voluntária
• Instrumento que só corta por ação contusa
- Ex: machado, facão de cana e de poda
Possuem uma lâmina cortante, mas só corta se
aplicar energia suficiente para ter ação contundente
e produzir um ferido contante
• Produz ferida cortocontusas – produz
laceração severa e fratura
- Pode produzir decapitação e mutilação
Proveniente da violenta ação por compressão ou
pressão sobre o corpo
Apresentam escoriação de arrastão,
desgarramento de retalhos da pele, hematoma e
ruptura viscerais
LESÕES POR ARRANCAMENTO
Normalmente são lesões múltiplas e distribuídas
em diversas regiões do corpo
A primeira lesão é obtida pelo impacto do corpo
com o veículo e depende da velocidade dele e do
local atingido e as outras pelo impacto do corpo ao
solo
- A lesão mais comum é a fratura de pernas, mas
também pode ser torácica e abdominal e ter a
marca de parte do veículo
LESÕES DO PASSAGEIRO X - Tende a ser CÔNICA – insere a lâmina e depois
CONDUTOR DO VEÍCULO
As lesões dos passageiros normalmente são mais
GRAVES do que as do condutor do veículo –
principalmente do assento dianteiro
As lesões do condutor normalmente são no tórax
pelo choque violento contra o volante ou no
crânio pelo traumatismo sobre o para-brisa
- As de tórax podem caracterizar a posição do
indivíduo
LESÕES POR
PRECIPITAÇÃO/DESFENETRAÇÃO
Pele intacta ou pouco afetada, rupturas internas e
graves das vísceras maciças e fraturas ósseas de
características variáveis
- Precipitação de edifícios, acidentes de
paraquedismo, por exemplo
- Ocorre desproporção entre a lesão cutânea
(normalmente leves) e as graves lesões viscerais
e ósseas
Trauma produzida por uma desaceleração
abrupta do corpo em direção à uma superfície
Acidente – o corpo quase desliza rente a parede, a
pouca distância, até encontrar um obstáculo; não
há impulso inicial, apenas a ação da gravidade
Homicídio – distância horizontal de afastamento
entre o ponto de queda e a projeção vertical do
ponto de lançamento é mais considerável devo ao
IMPULSO proporcionado por alguém à vitima
Suicídio – a distância é ainda maior do que no
homicídio, pois o impulso é desejado
INSTRUMENTOS COMPOSTOS
Desempenham duas ações concomitantes
LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÕES
PERFUROCORTANTES
Instrumentos que perfuram e cortam ao mesmo
tempo
- Ex: faca, bisturi, bisel da agulha hipodérmica
Produz ferida perfurocortante/perfuroincisa –
apresenta:
- Produz a separação das fibras
- Bordas regulares e limpas
- Em forma de fenda – mas se houver rotação da
lâmina, fica em forma de estrela
- Sangrante – pois normalmente atingem planos
muito profundos
arrasta, ampliando a margem da ferida
LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÕES
PERFUROCONTUNDENTE
Nesse caso é necessária MUITA FORÇA para
produzir a lesão pois a ponta é romba
- Depende da intensidade e da energia
- Ex: guarda-chuva, parte de trás do lápis, projétil
de arma de fogo
Produz ferida perfurocontusas – ferimento
misto, pois ele perfura e contunde
PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO
É relativamente pequeno (massa pequena), porém
tem resistência e intensidade
Quando aliados com a aceleração do projetil pela
produção da pólvora, garante energia suficiente
par produzir a perfuração do corpo
A arma de fogo pode estar em distâncias
diferentes: longe ou perto (encostado na
superfície do corpo), tudo depende da natureza da
agressão
- Logo, no local do ferimento a lesão varia de
acordo com essa distância
Pode apresentar dois tipos de feridas: uma ferida
de entrada e uma ferida de saída
- Tórax – entrou pelo tórax anteriormente e saiu na
região da escápula posteriormente
Projéteis de alta energia produzem lesões muito
mais severas
ORIFÍCIO DE ENTRADA:
A borda do ferimento é voltada para dentro, e é
pouco sangrante
Orla de enxugo/limpeza – contorno do
ferimento, devido a força do projétil para entrar no
tegumento – a pólvora suja o projétil, então na
margem do ferimento fica toda a sujeira da
pólvora
Orla de contusão – porque para que o projétil
penetre e produza lesão, ele precisa fazer uma
força muito grande, então ele tem que
CONTUNDIR
- Geralmente apresenta um aspecto de hematoma
ESSAS DUAS ORLAS ESTARÃO
PRESENTESEM TODOS OS ORIFÍCIOS DE
ENTRADA, INDEPENDENTE DA
DISTÂNCIA DO DISPARO
Zona de Esfumaçamento – quando dispara e a
pólvora queima, todo o material de combustão da
pólvora produz uma fumaça que pode grudar na
margem do ferimento – sai com a lavagem e o
ferimento fica limpo
Zona de Tatuagem – ao mesmo tempo, tem
pequenos pontos metálicos do projétil e da pólvora
que poderão produzir queimaduras e penetrar na
pele perifericamente ao orifício de entrada
- NÃO SAI MESMO SE LAVAR
Essas duas últimas estão presentes APENAS
nos disparos a curtas distâncias
No tiro encostado, o cano na superfície do corpo,
se for feito no abdômen TODOS os elementos
entram na lesão, então não dá para identifica-los
- Contudo, o cano fica tão quente nesse momento
que produz uma QUEIMADURA, então é possível
ver o contorno da margem do cano queimando a
pele (normalmente circular) junto com o orifício de
entrada
- Muitas vezes não dá para identificar a borda de
enxugo
- Se for no crânio, o projétil explode a lâmina
óssea e produz um efeito de câmera de pressão
– EFEITO DE MINA DE HOFFMAN (tiro
encostado)
ORIFÍCIO DE SAÍDA:
Normalmente as bordas são voltadas para fora,
lesão irregular, bastante sangrante e rompe o
tecido
Normalmente é maior do que o orifício de
entrada, principalmente em projéteis de alta
energia
- Isso ocorre porque o projétil perde muita energia
dentro do corpo, mas continua rodando e pode
mudar sua posição
LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÕES
CORTOCONTUNDENTE
Instrumento que só corta por ação contusa
- Ex: machado, facão de cana e de poda
- Possuem uma lâmina cortante, mas só corta se
aplicar energia suficiente para ter ação
contundente e produzir um ferido contante
Produz ferida cortocontusas – produz laceração
severa e fratura
- Pode produzir decapitação e mutilação
•
LESÕES PRODUZIDAS POR
ELETRICIDADE
Pode estar produzindo um tipo de lesão bastante
severa, que pode estar relacionada a eletricidade
ARTIFICIAL ou NATURAL
A natureza da eletricidade é determinante para
estabelecer o grau de gravidade da lesão que ela
produz
A lesão e a extensão do efeito causada por
eletricidade está relacionada com a voltagem da
descarga elétrica
- Quanto maior a voltagem, maiores serão as
lesões – queimaduras, hemorragias e fraturas
- Mas não quer dizer que se voltagem for menor, o
seu dano será menor
No chuveiro, pelo corpo estar molhado, pode se
manifestar como sendo letal porque a resistência
do corpo diminui significativamente
A pele úmida aumenta a condutividade e
consequentemente o efeito sob o organismo é
muito mais severo
- Deve considerar a superfície do corpo seco ou
do corpo úmido
Raramente observamos a eletricidade com
atividade homicida ou suicida, geralmente é
ACIDENTAL
ELETRICIDADE ARTIFICIAL
É a que temos disponível para as atividades de uso
cotidiano – rede de eletricidade doméstica ou para
as redes de fornecimento de eletricidade
Normalmente são lesões acidentais – o indivíduo
acidentalmente se expõe a corrente elétrica, e ela
tem efeito variável no corpo humano
- Pode evoluir de queimadura à parada
caridorespiratória
Tem uma série de implicações – desde a
eventualidade do acidente até a responsabilidade
(por parte do operador ou daquele que mantém o
serviço, quanto a responsabilidade de orientar,
oferecer EPI ou estabelecer normas de segurança)
- Caracterizando acidente de trabalho se ele for
exposto a essa energia dentro do ambiente do
trabalho
Produz uma gama variável de lesões – conhecida
como ‘ELETROPLESSÃO’
- < 120 V – pode produzir o óbito, mas ele é
decorrente de morte cardíaca, pois a corrente atua
diretamente obre a atividade cardíaca
- 120 e 1200 V – a morte envolve uma parada
respiratória, conhecida como ‘morte pulmonar’
- > 1200 V – morte cerebral, pois a lesão ocorre
no sistema nervoso
Um indivíduo que sofreu lesão a partir de
eletroplessão, teremos:
**Marca de Jellineck – apresenta a lesão
cutânea de descontinuidade produzida pela
descarga elétrica artificial
- Ferida que pode estar cauterizada e delimita
exatamente o território onde ocorreu a descarga
elétrica
- Vem acompanhada de pequenas áreas de
impregnação metálica (‘metalização elétrica’)
-Queimadura
- Formação de pequenas áreas nodulares de
osso
– ‘Pérolas Ósseas’, quando ocorre fragmentação
do osso
-Asfixia
- Trauma – pode estar associado à queda do
indivíduo a partir da descarga elétrica
ELETRICIDADE NATURAL
É a eletricidade atmosférica – provém da
descarga elétrica atmosférica
Então, a exposição do corpo humano ao raio
produz basicamente dois tipos de efeitos:
FULMINAÇÃO e FULGURAÇÃO
- Fulguração – apresenta lesões graves mas não
necessariamente evolui para o óbito
- Fulminação – suspende a atividade
cardiorrespiratória e leva à morte
• Existe uma letalidade e não
necessariamente ela é concomitante ao
evento na fulguração
Ambos são acidentais e circunstanciais
Princípio das pontas – todo corpo que se projeta
a partir de uma superfície tende naturalmente a
atrair a descarga elétrica funcionando como se
fosse uma ‘ponta’
- Em espaços abertos sem que haja nenhuma
estrutura mais alta que ele disposto verticalmente,
o próprio indivíduo atrairá a descarga elétrica
- Se tiver deitado (junto ao solo) a descarga elétrica
NÃO o atinge, isso só acontecerá se ele estiver em
pé
- Atinge árvores e postes porque eles se projetam
da superfície
A importância está relacionada na descrição do
trauma – é uma morte acidental traumática
Quando a descarga elétrica atmosférica atinge o
corpo temos o Sinal de Lichtenberg**:
- É uma marca cutânea que evidencia a descarga
elétrica atmosférica
- Normalmente tem uma formação dendrítica
(aspecto de árvore partindo do ponto de entrada da
descarga elétrica)
LESÕES PRODUZIDAS POR
TEMPERATURA
Possui um aspecto mais complexo do que a
eletricidade
Pode produzir lesão quando tem uma redução
significativa da temperatura ou quando tem o
aumento da temperatura
BAIXAS TEMPERAURAS
Lesões produzidas pelo FRIO
Tem uma ação sobre o indivíduo que está
diretamente relacionada com a faixa etária, o
quadro de embriaguez ou fadiga muscular
Esses fatores são importantes quando
consideramos as lesões produzidas pelo frio
Indivíduos de idade avançada ou recém nascidos
e crianças tem uma susceptibilidade maior a
baixas temperaturas
Assim como o indivíduo embriagado e o
indivíduo que apresenta um grau de fadiga a
atividades físicas
O quadro de hipotermia se manifesta mais
facilmente e rapidamente nesses indivíduos do
que um adulto hígido
GELADURA
A lesão central que é produzida pelo frio,
chamamos de GELADURA, mas ela pode ter um
efeito sistêmico
- Local – descreve como geladura e classifica
elas em graus
- Sistêmico – teremos alterações da circulação
sanguínea sistêmica com isquemia cerebral
Essa isquemia também pode ser observada na
circulação dos órgãos abdominais e dos órgãos
torácicos
Se o indivíduo evolui par ao óbito em decorrência
da isquemia, existe a formação de HIPÓSTASE
- É uma área de tonalidade vermelho arroxeada
que representa o ponto de precipitação do sangue
quando cessa a circulação
- Ocorre a favor da gravidade – a tendência é se
depositar nas áreas de declíneo
- Conforme o intervalo de tempo se amplia, ela se
torna cada vez mais visível – é progressivo
- No cadáver a hipóstase é clara (tênue) pois
NÃO tem a precipitação de todo o componente
do sangue
Em óbitos decorrentes de baixas temperaturas,
percebemos que as suturas do crânio se afastam
por retração da lamina óssea
Geralmente o frio produz uma lesão cutânea que
chamamos de FLICTENA – lesão de
descontinuidade do tegumento, como se tivesse
uma bolha e essa bolha se rompesse
Geralmente vamos ter queimaduras produzidas
pelo frio
O efeito das baixas temperaturas é bastante
severo, principalmente nas áreas expostas e nas
extremidades do corpo – e se manifesta mais
rapidamente
- Conforme tem uma vaso constrição periférica,
elas passam a receber menos sangue e então terá
alterações bastante significativas – restringe a
circulação sanguínea local, produzindo a
GELADURA
O tempo de exposição também influencia no
grau de gravidade – tanto para a consolidação do
quadro de hipotermia como para as geladuras
- A exposição breve à baixas temperaturas não
produzem lesões muito severas como se tiver
exposto por um tempo prolongado
GRAUS DA GELADURA
1º grau - a área que sofreu a geladura está
levemente pálida na margem, por te diminuição da
circulação de sangue ou apresenta-se rubefeita
- Possui o ‘aspecto ranserino’ – quando tem a
percepção da pele com arrepio (pontuações com a
pele corrugada)
- É uma lesão mais simples e de menor gravidade
- Tem modificação da sensibilidade no local da
lesão mas não tem destruição do tegumento
2º grau – tem destruição do tegumento, área
bastante avermelhada (ERITEMA) e a formação
de FLICTENA
- Apesar de destruir o tegumento, ela tem boa
evolução
- Tem cicatrização eficiente com o • Ex: muitas pessoas confinadas dentro de
reestabelecimento do tegumento – lesão de
gravidade menor
3º grau – começa a gravidade severa
- Tem necrose do tegumento e das extremidades
do corpo – geralmente vem representada pelo
escurecimento progressivo das extremidades
- Quadro que evolui para o 4º grau
- A isquemia resulta na morte dos tecidos
4º grau – representa gangrena e a desarticulação
dos tegumentos (perda do segmento – ex: pode
perder os dedos)
- É uma gangrena seca e pode se tornar úmida se
houver contaminação por bactérias
Geralmente resulta em amputação, pois a área que
sofreu gangrena deverá ser removida
cirurgicamente
TEMPERATURAS ELEVADAS
Chamamos de ‘Termonoses’ – elas podem
representar lesões produzidas por calor difuso ou
lesões produzidas por calor direto
Geralmente essas lesões produzidas pelo calor
são causadas de forma circunstancial ou acidental
- Ex: criança dentro de carro fechado em um dia
de calor
Relacionado ao grau de hidratação e idade –
para se tornar mais susceptíveis ou menos
susceptíveis
CALOR DIFUSO
Calor do ambiente – quando temos um ‘ambiente
quente’
A lesão pode ser produzida por dois mecanismos:
- Insolação – decorrente da exposição direta ao sol
• O grau de insolação depende da
INTENSIDADE do calor e da
DURAÇÃO da exposição
Intermação – é exposto a temperaturas elevadas
do ambiente, mas não ao sol diretamente
uma sala com pouca circulação de ar,
umidade e temperatura alta; ou até mesmo
dentro das próprias roupas que está
usando
Identificamos nas vias respiratórias do
cadáver secreções espumosas – e essa secreção
pode ter um aspecto róseo porque pode conter
sangue
A rigidez cadavérica é precoce assim como a
decomposição cadavérica – altas temperaturas
aceleram o processo de decomposição do corpo
Os órgãos podem identificar congestão e
hemorragia, incluindo a hemorragia cerebral
Histopatologia: identifica-se aspecto coagulado
do miocárdio, lesões no neurônio e alterações
hemodinâmicas (formação de trombos e
comprometimento dos elementos figurados do
sangue) – a hemólise é extremamente rápida nesses
indivíduos
CALOR DIRETO
Chamamos de QUEIMADURA – pois tem o
contato da superfície do corpo com o calor
diretamente
As fontes são variáveis – o calor pode ser
produzido por combustão de algum material,
corrente elétrica (eletricidade), pode estar
associado a explosão ou incêndios – normalmente
de forma acidental
Raramente teremos a ação criminosa
envolvendo a queimadura – mas, não é raro que
nos deparemos com situações especificas
- Ex: o indivíduo joga uma substância
combustível nos moradores de rua e o aproxima
de uma chama promovendo a combustão do
corpo
Muitas vezes o corpo incinerado é uma tentativa
de dificultar a identificação ou de mascarar o
crime cometido
– relação criminosa DIRETA
**Sinal de Montalti – mostra a presença de
fuligem dentro das vias respiratórias
- Tem uma certa quantidade de muco com
fuligem enegrecida o que mostra que o indivíduo
INALOU as partículas de suspensão
- SE O INDIVÍDUO JÁ ESTAVA MORTO
NÃO TERÁ ESSE SINAL.
REGRA DOS 9
A extensão das queimaduras pode variar – a
queimadura que atingir uma área extensa,
provavelmente terá uma gravidade maior
Usada para estabelecer a gravidade dessas
queimaduras – divisão da superfície do corpo em
territórios que equivalem a áreas cuja porcentagem
seja de 9%
Dessa forma, somando as superfícies das áreas
do corpo e tendo como referência 9%, teremos
o total de 99%, sendo que 1% dessa área
corresponde à área do períneo
- Regra da Palma – utiliza a palma da mão como
sendo equivalente a 1% da superfície do corpo e
distribuindo ela sobre as áreas dos 9%
PERMITE A CLASSIFICAÇÃO DOS
QUEIMADOS DE ACORDO COM A
EXTENSÃO DA PORCENTAGEM DO
CORPO QUE FOI AFETADO COM A
QUEIMADURA
GRAUS DE QUEIMADURAS
1º grau – temos o ERITEMA (mancha
avermelhada) – afeta principalmente a epiderme e
a derme
- Essa área avermelhada chamamos de ‘Sinal de
Christinson’ – o comprometimento é brando
2º grau – formação do ERITEMA e do
FLICTENA – ‘Sinal de Chambert’
3º grau – temos a NECROSE – ela possui
extensão variável, pode até atingir o plano
muscular
4º grau – temos a CARBONIZAÇÃO, quando
tem a calcinação do tecido – ele torna-se
enegrecido semelhante ao carvão
- Pode ser total ou pode ser observada em partes
do corpo – é considerado carbonizado mesmo
assim
- Tem dificuldade para identificação, então
muitas vezes é necessário utilizar o DNA, pois o
corpo apresenta uma transformação bastante
severa
Geralmente as lesões extensas e a carbonização
são características de lesões letal – pois podem ter
complicações produzidas a partir delas
(propagação de processos infecciosos, por
exemplo)
Depois de cremado, o DNA não pode ser mais
avaliado em um cadáver

OBS : 1º e 2º graus são relativamente MENOS
graves – principalmente quando ocorrem em
territórios pequenos da superfície do corpo
3º e 4º graus são lesões MAIS GRAVES
A sensação dolorosa está relacionada a percepção
por estímulo do tegumento – se tem a destruição
dele, impede qualquer sensação dolorosa de
chegar
LESÕES PRODUZIDAS POR
RADIAÇÃO
Representa uma forma de energia extremamente
severa quando consideramos as lesões que ela
produz sobre o corpo
A INTENSIDADE da radiação e a sua
EXPOSIÇÃO, mesmo em condições mínimas,
produz um dano celular muito maior do que os
demais elementos
Geralmente é uma exposição ACIDENTAL
(infortunística) – não tem a utilização dessa energia
de forma criminosa
É uma energia extremamente importante – tem
aplicabilidade na produção de energia consumível,
diagnósticos de imagem, terapias (tratamento de
neoplasias) e outros
- Tem o aspecto positivo da aplicação da energia
ionizante dentro da medicina e para benefícios da
população
Porém, apresenta um fator de contenção que
deve ser conduzido com muita atenção – a
exposição à radiação deve ser feita com muito
cuidado e segurança
- Deve seguir um protocolo extremamente rígido,
pois a energia ionizante não pode ser contida e
atravessa a maior parte das barreiras naturais que
nós temos
Se tem um espaço de liberação dessa liberação de
energia expõe toda a população à radiação se não
utilizar critérios adequados para essa energia
A tolerância do nosso organismo a radiação é
bastante sutil – estamos expostos a radiação
diariamente (ex: radiação UV)
- Quando essa radiação atinge um nível que seja
incompatível com a manutenção da homeostase
teremos uma LESÃO GRAVE – o grau de
radiação estabelecido segue um critério bastante
específico
A utilização da energia ionizante segue uma
classificação em milisievert – quantidade de
energia que deve ser apresentada para o corpo
com tolerância
- 10 mSV – trazem atenção para a exposição (TC)
- A apresentação isolada a 10 mSV não tem um
efeito deletério sobe o corpo
- Mas a apresentação diária a 10 mSV apresenta
um dano progressivo aos tecidos – esse efeito
atinge diretamente a célula, destruindo ou
modificando o material genético
- Se ampliar a quantidade de mSV o tempo de
exposição deve ser menor
- 1000 mSV – em algumas horas já manifesta um
comprometimento sistêmico – envolvendo
náusea, cefaleia, dores e muitas vezes um quadro
hemorrágico severo e a letalidade ocorre em
semanas
A exposição de mSV depende da quantidade –
se for pequena pode ter uma tolerância maior
Usina nuclear – não pode ultrapassar 100 mSV
no período de um ano
- Chernobyl – 350 mSV diariamente
- Fukushima – 400 mSV por hora
Se tivermos 5000 mSV – a maior parte da
população (50% para mais) evolui para o óbito,
em um intervalo de 1 mês; e se não morrer
apresenta uma série de lesões secundárias
É uma energia, que apesar das medidas de
contenção, quando contamina os desdobramentos
são extremamente severos
Temos um risco severo de lesões em múltiplos
órgãos a partir da exposição de 100 mSV – não
temos mais nenhuma segurança quanto a higidez
do corpo e tem o aumento significativo para o
desenvolvimento de neoplasias (fígado, intestino,
pulmões, medula óssea e tireoide, principalmente)
Se manifesta de formas diferentes, tem desde
lesões no TGI (envolvendo a mucosa) até
inflamação, fibrose, lesões diretas do parênquima
pulmonar e a ampliação progressiva do risco de
desenvolvimento de neoplasias
Apresenta desde queimadura até hemorragias
(devido a rupturas dos vasos) e evolui para o
óbito
Radiação menor – efeito deletério a longo prazo
- Síndrome da Radiação Aguda (SRA): vômitos,
diarreia, insuficiência respiratória, coma
- Sintomas gerais: cefaleia, vertigem, debilidade,
alterações do tato e do olfato
- Sintomas gastrointestinais: anorexia, náusea,
vômitos, diarreia
- Sintomas cardiovasculares: taqiuacardia,
arritmia, queda da pressão sanguínea
- Alterações do quadro sanguíneo: leucopenia,
trombocitopenia, leucemia
- Baixas defesas orgânicas: infecções
oportunistas, estomatites, gengivites, faringites,
tonsilites, gastrites, abscessos pulmonares,
broncopneumonias
- Efeitos imediatos: ocorrem dentro de poucas
horas até algumas semanas após a irradiação. Ex:
RADIODERMITE – inflamação cutânea resultante
da ação da radiação ionizante, queimaduras
- Efeitos tardios: ocorrem anos ou décadas após a
irradiação. Ex: câncer – leucemia nas vítimas de
Hiroshima e Nagazaki.
• Asfixias por CO
EFEITOS DA PRIVAÇÃO DE OXIGÊNIO
- Hipoxemia
- Anoxemia
RESPIRAÇÃO NORMAL
- Ar respirável [21% de oxigênio], vias aéreas
permeáveis, elasticidade do tórax, expansão
pulmonar, circulação sanguínea e volume
circulatório normais.
CARACTERISTÍCAS
Sinais externos
- Manchas de hipóstase
- Cianose de face
- Equimoses da pele e das mucosas
Sinais internos
- Equimoses viscerais (Manchas de Tardieu)
- Aspecto do sangue
- Congestão visceral
- Distensão e edema dos pulmões
CLASSIFICAÇÃO
Asfixias puras
- Asfixias por gases irrespiráveis: Confinamento e
asfixia por monóxido de carbono – CO
- Asfixia por outros vícios de ambiente:
Impedimento à penetração de ar: Sufocação direta,
sufocação indireta; transformação do meio gasoso
em líquido: Afogamento; transformação do meio
gasoso em sólido: Soterramento
↓
Afogamento – troca de oxigênio pela água – perde
o oxigênio por 3 minutos e o cérebro morre
- Afogamento branco – não ingere água. Choque
térmico- sujeito está com o corpo quente e entra em
uma água fria. NÃO há ingestão de água, não há
cianose, morre pro choque térmico
- Afogamento azul – parada da entrada de ar, a
carboexiemoglobina ficar carregada por gás
carbônico – fica cianótico
Asfixias complexas
- Constrição passiva de pescoço: Enforcamento
- Constrição ativa de pescoço: Estrangulamento
Asfixias mistas
-Esganadura
Confinamentos
- Consumo de oxigênio e acúmulo de gás carbônico
- Fixação do CO à hemoglobina impedindo a
hematose
- Sinais: Rigidez precoce, tonalidade rósea da face,
sangue e pulmões e sangue fluido
- Prova de Katayama
Asfixias por outros vícios de ambiente
Sufocação direta:
- Oclusão da boca e fossas nasais
- Oclusão das vias respiratórias
- Sinais: Corpo estranho e sinais gerais
Sufocação indireta:
- Impedimento dos movimentos respiratórios
- Sinais: Máscara equimótica e “exortador”
Soterramento
- Meio sólido nas vias aéreas
Afogamento
- Meio líquido nas vias aéreas
- Sinais:
Externos: Temperatura baixa da pele, pele
anserina, retração do mamilo, escroto e pênis,
maceração da epiderme, hipóstases vermelhas,
cogumelo de espuma e lesões por animais
aquáticos-“Pós-mortem”
Enforcamento Abstinência: ausência da droga, diminuição no
- Obstrução das vias aéreas por constrição de plasma que causa tremor e delirium tremis –
pescoço
Crise de abstinência: síndrome caracterizada por
- O corpo da vítima é a força ativa
tremores, inquietação, náuseas, vômitos,
- Sinais:
externos - SULCO * irritabilidade, anorexia e distúrbios de sono
internos: lesões dos vasos, Amussat - secção da (VÍTIMA)
túnica íntim e Friedberg- sufusão hemorrágica da Estados toxicofílicos: compulsão irresistível e
túnica externa incontrolável do uso de drogas a todo o custo.
Dependência psíquica, tendência de aumentar a
Estrangulamento:
dose e o efeito nocivo individual e coletivo
- Obstrução das vias aéreas por constrição do
pescoço
- Há força externa
TIPOS DE TÓXICOS:
Esganadura: MACONHA – marijuana, diamba, erva maldita,
- Obstrução das vias aéreas por constrição do canabis, birra, maria joana e Haxixe
pescoço • É extraída das folhas da Canabis sativa
- Com as mãos • O princípio ativo é o tetraidrocanabiol (THC)
- Sinais: Estigmas ungueais
• Droga mais consumida no mundo inteiro
• • O consumo é em forma de cigarros
(baseados, dólar, fininho) ou em cachimbos
Intoxicação periódica ou crônica nociva que é especiais (“maricas”). Outras formas de
produzida pelo repetido consumo de uma droga consumo: xaropes, pastilhas, infusões e
natural ou sintética bolos de folhas para mascar
• TOLERÂNCIA, pois o organismo que • Alteração do nível de consciência –
exige/deseja agressivo ou prostração

Três tipos de substancias químicas: Os viciados apresentam:

1. Psicolétipca: diminuem a atividade do
SN- morfina (ópio), dolantina,
barbitúricos
2. Psicoanaléptica: substancias que
aumentam a atividade do sistema nervoso
- anfetamina, rebite
3. Psicodislépticas: substancias que fazem o
SN funcionar errado, delirium,
alucinações – heroína, cocaína
Tóxico ou droga: substancias naturais, sintéticas
ou semissintéticas que podem causar tolerância,
dependência e crise de abstinência
Dependência química: uso de substância
química para afastar um sintoma indesejado –
interação que existe entre o metabolismo orgânico
do viciado e o consumo de determinada droga
Tolerância: aumenta o dose para chegar no efeito
desejado. Por exemplo, tolerância a cafeína-
precisa de doses cada vez mais elevadas
• Lassidão
• Olhar perdido a distancia
• Comportamento excêntrico
• Memoria afetada
• Perde a ambição
• Falta de orientação no tempo e no espaço
• Sensação de flutuar nas nuvens
• Percepção deformada, problemas psicóticos
como fuga da realidade, indiferença e
desligamento completo
HAXIXE é retirado da resina seca de folhas
esmagadas de maconha e comercializado em forma
de tabletes sólidos, secos e duros - é misturado ao
fumo e usado em cigarros e cachimbos
MORFINA
• É um alcaloide derivado do ópio e apresenta-se
em forma de liquido incolor
• Injeção intramuscular
• Abscessos – falta de assepsia
• Morfofilia ou morfomania é o uso vicioso de
tomar morfina
• O início da droga o paciente sente-se eufórico,
disposto, extrovertido – lua de mel da morfina
• Com o passar o tempo o viciado emagrece, torna-
se pálido, costas arqueadas e cor de cere.
Envelhecimento precoce, pele enrugada e o
cabelo cai. Surgem insônias, suores, tremores,
angustia, desespero, apetência, impotência sexual
e vômitos
• Período de estado – caquexia, normalmente
falece de problemas cardíacos e tuberculose
• Dependência é muito rápida
HEROÍNA
• Produto sintético - éter diacético da morfina –
diacetilmorfina
• Pó branco e cristalino. Após a diluição é injetado.
Pode ser misturado no fumo do cigarro
• É um derivado da morfina, só que 5x mais forte
COCAÍNA – poeira divina
• Bicarbonato de cocaína
• É um alcaloide de ação estimulante extraído das
folhas da coca
• Pó branco para ser aspirado como rapé por fricção
da mucosa gengival ou diluído como injeção
• Mucosa nasal por aspiração – é absorvido
rapidamente pelo organismo
• É tão grave a nocividade dessa droga que, mesmo
depois da cura pela desintoxicação, o viciado não
se recupera das lesões mais graves do sistema
nervoso.
• Tem estados depressivos e de angústia,
alucinações visuais e tácteis, delírios de
perseguição e complexo de culpa.
• Envelhece muito precocemente, e a morte é quase
sempre por perturbações cardíacas.
Os viciados apresentam:
- Contraste arrasador entre uma decadência
física lamentável e um humor imoderado e
injustificável
- Olhos fundos, brilhantes, pupila dilata
- Tremor quase generalizado predomínio nos
lábios e extremidades dos membros
- Tiques nervosos e excitações repentinas
Intoxicação aguda:
- psíquicos: excitação motora, agitação,
ansiedade, confusão mental e loquacidade
- neurológicos: afasia, paralisias, tremores e às
vezes convulsão
- circulatórios: taquicardia, aumento da pressão
arterial e dor precordial
- respiratórios: polipnéia e até síncope
respiratória
- secundários: náuseas, vômitos e oligúria
LSD 25
• Acido lisérgicos centeio (dietilamina do ácido
lisérgico).
• É uma droga alucinógena, semi sintético extraído
da ergotina do centeio
• Consome-se em tabletes de açúcar ou num
fragmento de cartolina manchado sutilmente da
droga, dissolvida na água e ingerido.
• É a droga de maior poder alucinógeno conhecido.
Produz 4 tipos de reações:
- Primeiro grupo- estado de reação
megalomaníaca. Sente-se o todo-poderoso
- Segundo grupo: estado de depressão profunda,
angustia e solidão. Ser indigno, pecador,
tentativa de SUICÍDIO
- Terceiro grupo: perturbações paranoicas,
sentem-se perseguidos, atacam as pessoas
- Quarto grupo: confusão geral, ilusões,
alucinações, ideias irracionais, incapacidade de
se orientar no tempo e espaço
BARBITÚRICOS
• Barbiturismo é o uso abusivo e vicioso dos
barbitúricos
• Tremores, perturbação da marcha, disartria,
sonolência, estado confusional e apatia
• Em dosagem excessiva leva a uma grave
depressão do SNC, podendo o paciente ir ao coma
ou à morte.
ÓPIO
• É extraído das cápsulas de papoula Papaver
somniferum
• É consumido sob forma de cigarros
• Seu processo de obtenção e industrialização é
muito difícil, por isso é um tóxico pouquíssimo
usado no Brasil.
• O viciado em ópio tem uma fase de excitação
geral.
• Em seguida, passa o drogado para uma fase de
depressão, de indiferença e de abatimento, a
inteligência torna-se obscura, a memória
prejudicada, o estado físico é de prostração e a
angústia começa a se intensificar
ANFETAMINAS
• Psicoanalépticas – ativam o sistema nervoso
• Uso com ingestão com água, dissolvidas em
bebidas alcoólicas ou dissolvidas e injetadas na
veia
• O consumo abusivo de anfetaminas (“bolinhas”)
constitui, no momento, o maior problema médico
e social no que se refere aos tóxicos no país.
• Essa é a droga mais usada e mais facilmente
adquirida no Brasil
• Evitar a sonolência, desinibir, euforia, diminui o
apetite
•A intoxicação aguda pelas anfetaminas
caracteriza-se pela inquietação psicomotora,
incapacidade de atenção, obnubilação da
consciência, estado de confusão com
manifestações delirantes
CRACK
• Bicarbonato de cocaína- constiuido por uma pasta
a base de cocaína. É um subproduto
• Usado por pessoas com menores poder aquisitivo
– uso através da aspiração em cachimbos
improvisados
• Substancia psicodislépticas Efeitos:
- Dilatação das pupilas
- Irritabilidade
- Agressividade
- Delírios e alucinações
- Agressividade
- Sensação de profundo cansaço e de
grande ansiedade
COLA
• Hidrocarbonetos
• Efeito muito rápido e de pouca duração
• Psicodislépticas – leva a euforia e à alucinação,
numa fase mais avançada, a cola pode causar
lesões graves na medula, nos rins, fígado e nervos
periféricos
• Uso por inalação
MERLA
• Pasta de coca – é um sulfato da cocaína, produtos
químicos, como benzina, querosene, gasolina,
ácido sulfúrico, éter e metanol
• Tem um poder destrutivo muito maior do que o
do crack
• Seu uso é através de cigarros ou cachimbos,
misturados com fumo puro.
• Os efeitos e sua sensação a princípio é de bem-
estar e leveza, depois segue-se uma sensação
desagradável e de inquietação, deixando o
indivíduo agitado e nervoso.
• A pele do indivíduo tem mau cheiro permanente
• Afeta primeiramente o fígado (hepatite toxica).
Depois o cérebro – destruição dos neurônios,
perda progressiva da memoria e da coordenação
motora. Causa fibrose pulmonar e alteração do
ritmo cardíaco
ÁLCOOL
• Absorção pelas vias digestivas, passa para a
veia porta e para o fígado. Vai para a circulação
sanguínea e linfático do organismo
• Gastrite enantematica
• Pancreatite
• Congestão meníngea
• A entrada do álcool na circulação vai para todos
os tecidos
• Tolerância é a capacidade maior ou menor que
uma pessoa tem de se embriagar. A tolerância
depende de vários fatores como estados
emotivos, estafa, sono, temperatura
• Quanto maior o peso, mais diluído fica o álcool
– 2/3 do corpo são constituídos por líquidos
• Abstêmio, bebedor moderado e o grande
bebedor toleram o álcool em graus diferentes
• Embriaguez alcoólica: perde a consciência. É o
conjunto de manifestações
neuropsicossomáticas resultantes da
intoxicação etílica aguda de caráter episódico
e passageiro. É um ESTÁGIO
• Alcoolismo é o ESTADO- síndrome psico-
organica de perturbações devido ao uso
continuo de álcool. Independendo do momento
do exame, de um maior ou menor consumo de
bebida.
• Manifestações físicas: congestão das
conjuntivas, taquicardia, Taquipneia, hálito
alcoólico-acético
• Manifestações neurológicas: alterações do
equilíbrio, da marcha, e das perturbações da
coordenação motora (ataxia, dismetria,
dissinergia, disartria)
• Manifestações psíquicas: alterações do
 humor, do senso ético, da atenção do senso-
percepção, do curso do pensamento e da
associação de ideias
Fases da embriaguez:
1. Fase de excitação (“leão”)- fase de
euforia:
- Loquaz, vivo, olhar animado, humorado,
gracejador, dando às vezes uma falsa impressão
de maior capacidade intelectual
- Diz leviandades, revela segredos íntimos e é
extremamente instável
2. Fase de confusão – fase médico-legal
- Surgem as perturbações nervosas e psíquicas,
disartria, andar cambaleante, perturbações
sensoriais
- Irritabilidade e tendências à agressões
3. Fase de sono (comatosa)
- Não se mantem em pé, caminha apoiando,
mergulha em sono profundo
- Sua consciência fica embotada, não reagindo
aos estímulos normais.
- As pupilas dilatam-se e não reagem à luz.
- Os esfíncteres relaxam-se e a sudorese é
profunda.
- É a FASE DE INCONSCIÊNCIA.
Alcoolismo: ingestão continuada e imoderada de
bebida alcoólica
Personalidade alcoolista: perfil anormal não
psicótico
Manifestações somáticas do alcoolismo:
- Hepatomegalia
- Edema palpebral
- Tremores das mãos
- Ventre aumentado
- Pescoço fino
- Insegurança na marcha
- Congestão das conjuntivas
- Dispepsia
- Vermelhidão da face
Perturbações neurológicas:
Polineurite:
É um comprometimento de vários neurônios
periféricos por um processo degenerativo
É uma síndrome sensitivo-motora: parestesia das
extremidades, hiperestesias cutâneas, hipoestesia
superficial, mialgias, alterações dos reflexos,
atrofias musculares e perturbações de coordenação
motora.
Poliencefalite superior hemorrágica de
Wernicke
Lesões por minúsculos focos hemorrágicos dos
nervos cranianos do tronco cerebral
Sintomas: paralisia dos músculos do globo ocular,
sintomas trigeminais (nevralgia facial), paralisia
dos músculos faciais, disfonia, disfasia, tremor da
língua e tremores peribucais
Sindorme de Korsakow (Síndrome amnésica ou
Psicose polineurítica)
Amnésia, desorientação no tempo e no espaço,
confabulação e sintomas de polineurite.
Perturbações psíquicas:
Psicoses alcoólicas
– Alucinose dos bebedores (alucinações auditivas)
– Delírio de ciúmes dos bebedores (ideias
interpretativas de ciúme e infidelidade conjugal)
– Epilepsia alcoólica
– Dipsomanias (crise impulsiva e irreprimível de
ingerir grandes quantidades de bebidas
alcoólicas)
– Delirium tremens
DELIRIUM TREMENS: estado de confusão,
agitação e angústia, com tremores, alucinações de
ordem visual e amnésia. O delírio consiste em
alucinações terrificantes, visões de animais
asquerosos e rastejantes quem enchem o ambiente,
como cobras, escorpiões que o doente tenta
afugentar ou tirar de suas vestes. Figuras
liliputianas de colorido triste. Macaquinhos que
descem pelo fio da lâmpada ou minúsculas
mulheres despidas com quem o paciente brinca na
palma da mão. A duração da crise é de 3 a 10 dias
e a convalescença é precedida de prolongado
sono.
- Código de trânsito brasileiro: 6 decigramas de
álcool
 • óbito (avaliação previa que constate a causa do
- O termo tanatologia envolve o termo “tanato”
que significa destruição e “logia”, que significa
estudo → estudo do processo de morte
- Além disso, contempla as diferenças formas de
sepultamento e há uma tanatologia voltada para a
medicina legal
- Tanatologia médico-legal → estudo da morte do
ponto de vista biológico voltado para os aspectos
periciais para o esclarecimento do óbito e das
circunstâncias das quais ele ocorreu. A tanatologia
também oferece informações do intervalo de tempo
pós mortem, importante para determinar a data e o
tempo do óbito
- Dentro da tanatologia temos o exame
necroscópico, onde a partir das alterações
cadavéricas imediatas ou consecutivas, destrutivos
ou transformativos, teremos condição de avaliar o
intervalo de tempo pós mortem e outros elementos
que podem contribuir para o esclarecimento da
justiça
- Resumindo, compreende o processo de
desenvolvimento da morte e o diagnóstico de
intervalo de tempo pós morte
CONCEITOS PRELIMINARES
- A resolução do CFM nº1346/91 e nº1480/98 são
norteadoras
- O que se tem estabelecido é que no primeiro
momento, está relacionado a supressão de 3
funções orgânicas: neurológicas, cardiovasculares
e respiratórias, que constituem a TRÍADE DE
BICHAT (quando há suspensão de um desses
sistemas há morte)
- Mas atualmente há uma primazia da atividade
cerebral – recurso utilizado como referência para a
realidade do óbito. Isso porque a atividade cardíaca
e respiratório pode ser mantida através de
aparelhos, portando, é necessário um
eletroencefalograma com traçado isoelétrico,
evidenciando ausência de atividade cerebral ou
através de uma angiografia cerebral negativa
(comprovando não ter perfusão sanguínea para
encéfalo) → assim, temos a realidade do óbito
- Uma vez constatado o óbito, temos uma
percepção clara da legislação a respeito do destino
dos cadáveres
- Pode-se ter uma inumação simples (inumação
significa colocar na terra) quando não há nenhuma
investigação quanto a causa e circunstância do
óbito, geralmente, decorrente de um processo de
morbidade, sem interesse jurídico)
- Mas quando há necessidade jurídica, será
encaminhado para necrópsia e inumação, onde uma
opção para o destino do cadáver é a cremação (1 a
2h à 1000°C reduzindo o corpo a cinzas), tendo
uma legislação que orienta do ponto de vista
sanitário como esses procedimentos devem ser
executados e qualquer forma irregular, representa
um caráter ilícito no procedimento, chamado de
clandestino (realizado sem as orientações para a
liberação de um atestado de óbito ou as regras de
inumação dentro dos espaços públicos dos
cemitérios)
- Exumação exige autorização judicial → após a
morte, o corpo vira propriedade do Estado e não da
família → a questão cultural, social e jurídica estão
intrinsecamente associados
- Quando se estabelece a realidade da morte, nesse
caso, temos que contemplar as causas jurídicas
(homicídio, suicídio, acidente)
- Se ocorreu na forma trágica, envolvendo acidente
onde múltiplas pessoas perderam a vida, será
estabelecido a comoriência (estabelece o momento
do óbito igual para todos os indivíduos, mesmo que
exista diferença Sinal de Sommer & Larcher entre
o momento da morte de um e de outro corpo)
Exemplo: acidentes automobilísticos ou aéreos,
onde um indivíduo pode ter vindo a óbito no
momento do acidente e outro após 20 minutos, mas
mesmo assim considera uma comoriência).
- A perinecroscopia representa o levantamento do
local (examina o cadáver e o local), encontrando
evidencias que resultaram no óbito (ex: manchas,
sêmen, presença de arma do crime, se houve sinais
de luta ou não, se o corpo foi movido de um
ambiente para o outro, tentativa de ocultação, etc.)
- O exame necroscópico é o exame cadavérico
propriamente dito, envolve a investigação
tanatológica
TANOTODIAGNOSE
- A tanatodiagnose é o diagnóstico da realidade do
óbito
- Supressão da função neurológica é a prova da
realidade de morte
- Se não tem mecanismos para a identificação da
realidade de morte (eletroencefalograma), como
em áreas isoladas e com recursos escassos, a prova
de realidade de morte, pode ser observada a partir
de alguns mecanismos:
Prova da fluoresceína: envolve a injeção de
fluoresceína de forma intravenosa, que circula na
corrente sanguínea e tinge a esclera do olho de
amarelo – se houver indícios de circulação
sanguínea, a esclera muda de cor, não tendo a
realidade do óbito pois tem circulação, mas se
realiza a aplicação e não tem a mudança da
tonalidade da esclera, significa que não há
circulação Sinal de Sommer e Larcher

Prova de Icard: faz-se uma pressão vigorosa na CRONOTANOLOGIA

coxa com uma pinça de dissecação, em seguida a Fenômenos cadavéricos:
pinça é torcida e tracionada, soltando após - Imediatos: eventos que se instalam no
(estimulo doloroso intenso), mostrando a perda de momento da morte
elasticidade (no cadáver é progressivamente - Consecutivos: eventos decorrentes dos
reduzida), também indicando a realidade do óbito imediatos
- Transformativos:
Sinal de Sommer & Larcher: refere-se a mancha Destrutivos: alterações orgânicas severas (autólise,
enegrecida na esclera, resultado da desidratação putrefação, maceração)
ocular, permitindo a realidade do óbito Conservativos: preservação do corpo
(mumificação, corificação, saponificação,
- Observações tardias também são conclusivas, petrificação ou calcificação) – as alterações se
como a mancha esverdeada abdominal após 24h do preservam por tempo indeterminado
óbito
- Qualquer evento putrefativo envolve observações IMEDIATOS
tardias (rigidez cadavérica, putrefação, fenômenos Perda de consciência
destrutivos, etc.) Insensibilidade (não responde a estímulos
dolorosos)
Velório – o corpo é exposto por um intervalo de Imobilidade – fáscies hipocrática (modificação da
tempo variável – imprecisão do diagnóstico no expressão facial – lívida pálida, marmorizada,
momento da morte. Antigamente, era preciso ficar lábios deprimidos, narinas afiladas, desidratação
observando o corpo para ver se realmente estava severa)
morto (despertar ou não do corpo) Cessação da atividade cardíaca e respiratória (e
também da atividade encefálica)
- A partir desses mecanismos teremos o
desenvolvimento da morte somática → CONSECUTIVOS
tanatogênese (eventos celulares, bioquímicos que Resfriamento do corpo, onde temos,
se desenvolvem no cadáver, terão repercussão na primeiramente, a perda de 0,5°C por hora nas
decomposição ou na preservação espontânea do primeiras horas e progressivamente 1°C por hora,
cadáver) até que haja um equilíbrio com a temperatura do
- Um aspecto importante é a proliferação de ambiente
bactérias, a temperatura e a própria causa do óbito, Concomitantemente temos a desidratação, com
podendo resultar na decomposição ou preservação progressiva evaporação tegumentar
do corpo (a presença de bactérias que constituem e Formação de hipóstases – macha violácea nas
microbiota intestinal, é o ponto de partida para a áreas de declive do corpo – tem início entre 20/30
decomposição cadavérica que já tinha se iniciado min após o óbito na forma de pequenos pontos e vai
com a autólise) se ampliando formando manchas sugilaginosas que
se tornam máximas entre 8 e 12h e também fixas
(depois desse intervalo de tempo, a hipóstase não
se anula mais) – importante porque aponta a
posição do cadáver no momento do óbito (onde tem
compressão do tecido, como nos pontos de apoio,
não tem formação de hipóstases, ficando de
coloração pálida)
Temos uma progressiva rigidez cadavérica,
tornando-se rígido a partir de 30 minutos que
começa na mandíbula, na nuca e se estende para o
pescoço e membros. Se torna máxima em 8h após
o óbito e se houve qualquer estresse prévio, a
rigidez é precoce.
Em trauma com morte súbita – espasmos
cadavéricos- não se anula após o óbito. Por
exemplo, indivíduo que comete homicídio fica com
a arma na mão mesmo após o óbito
No intervalo de 1-3 dias, a rigidez vai
desaparecendo
Teremos crescimento dos fâneros e digestão,
onde os pelos crescem em uma velocidade regular
e a digestão dos alimentos, se torna mais ou menos
avançada, podendo representar um intervalo
confiável para a perícia
Os espermatozoides podem se manter viáveis até
6h após o óbito, porém os neurônios e os ácinos
pancreáticos rapidamente entram em degeneração.
ESTÁGIOS INICIAIS DA MORTE
- Palidez do cadáver – pallor mortis (lividez
cadavérica)
- Resfriamento do cadáver – algor mortis
- Rigidez cadavérica – rigor mortis
- Formação da mancha hipostática – livor mortis
NÃO CONFUNDIR = livor – mancha
violácea/hipostática e lividez – palidez
FENÔMENOS DESTRUTIVOS
Não tem circulação, as células não recebem
nutrientes, o pH do meio se modifica, tornando-se
cada vez mais ácido
Tem formação bacteriana maciça, iniciando a
decomposição cadavérica
Antibioticoterapia prolongada, radioterapia
prolongada, desidratação severa ou congelação,
podem impedir e putrefação
- Período Putrefativo
Etapas de putrefação:
1. FASE DE COLORAÇÃO:
Mudança na coloração do cadáver
Inicia-se 24h após o óbito e pode se entender por 1
semana ou 3 dias ou 48h e ser imediatamente
sobreposta pela fase gasosa
2. FASE GASOSA:
Produção da grande quantidade de gás a partir da
fermentação produzida pela microbiota intestinal
Uma vez que entra em fase gasosa, desprende um
odor penetrantes, atraindo grande quantidade de
insetos, que chamamos de fauna cadavérica
(também atraem ratos, que vão se alimentar do
corpo, animais selvagens como o gato do mato,
presença de gambá e tatu que também vão se
alimentar, mas não tem importância pericial,
porém, as lesões que eles produzem no corpo são
importantes para diferenciar, o que destrói o
cadáver é a grande quantidade de larvas e insetos)
3. FASE COLIQUATIVA:
Transformação em liquido
Todos os tecidos que são rígidos são substituídos
por fluidos
Pode durar meses ou anos até que os ossos
permanecerão limpos e porosos
4. FASE DE ESQUELETIZAÇÃO:
Os ossos são expostos após a transformação dos
tecidos em fluidos
Também dura meses ou anos
As fases iniciais são rápidas e as fases finais são
lentas
• Os dentes são os últimos elementos a serem
decompostos, podendo estar preservados por mais
de 100 anos
Entumecimento do abdome. Caracterizada a fase
de coloração para a fase gasosa.

Mancha verde que se desenvolve na fossa ilíaca
direita pois é a região do ceco, onde temos grande
quantidade de bactérias que atuam sobre os tecidos
e o gás sulfídrico liberado se combina com a
hemoglobina, formando a sulfahemoglobina que
tem a coloração esverdeada (cristais de
Westenhöffer) → primeiro indício da putrefação.
No bebê quando é constatado o óbito há uma
mancha verde na região torácica porque a
microbiota se concentra nas vias respiratórias (ele
ainda não possui microbiota intestinal).
Transição da fase de coloração para fase gasosa.
Observamos o fenômeno com a presença do gás no
interior dos vasos, impulsiona o sangue para uma
rede venosa superficial chamada de
CIRCULAÇÃO PÓSTUMA DE BRUARDEN,
indicando concentração de gases no corpo que
estão preenchendo os vasos sanguíneos.
Fase gasosa propriamente dita (mudança cromática
da superfície do corpo – enegrecimento, aspecto
entumecido do tórax e do abdome. Projeção dos
membros superior – atitude de boxeador. Projeção
o bulbo do olho, projeção da língua. O pescoço
desaparece, temos mudança significativa da face,
que apresenta-se extremamente inchada, que
dificilmente é possível realizar a identificação do
cadáver, sendo identificadas pelas digitais. Temos
a formação de áreas de ruptura do tegumento –
flictenas putrefativos. Bolsa escrotal entumecida,
pode ter a projeção do reto, a partir do limite do
ânus, eversão do útero (pelo aumento da pressão
abdominal).
Se tratar de gestante, temos a eliminação do feto
(parto pós mortem). O odor é intenso, tendo a
produção da putrecina e da cadaverina, que são
aminas de odor intenso que atrai grande quantidade
de insetos
Quando mais a decomposição avança, maior a
deformidade observada e o odor – se for entrando
nessa condição, será submetido a necropsia, pois
tem condição de avaliar lesões de ordem traumática
externa e internas. A putrefação é inimiga da
perícia porque grande parte das lesões vão
desaparecendo – mas a exumação deve ser
realizada independente do estágio de
decomposição. Característica da fase gasosa. Os
fenômenos transformativos são muito acentuados

Concentração de larvas de moscas, que tem
preferência das cavidades para a postura de ovos,
mas se tem ferimento também é preferência para a
via de acesso para os ovos → pode ter lesão que
pode ser produzida durante a agressão ou resultado
de ação de um determinado instrumento – caso
contrário, sem lesão, pode ser postos em boca,
nariz, orelha, região genital e anus.
Grande quantidade de larvas
Grande parte do tecido sem entumecimento
Trânsito da fase gasosa para coliquativa
Fase de coliquação
Não tem mais tecidos, em algumas áreas tem
esqueletização – os tecidos desaparecem e formam
uma massa que recobre parcialmente os ossos
Larvas acelerando o processo de decomposição
Esqueletizçaão completa
Esqueleto desarticulado, parte da massa é chamada
de putrilagem
Falta uma parte da escápula que um roedor
consumiu – sabemos porque tem as marcas dos
dentes do animal
FENÔMENOS CONSERVATIVOS
Mumificação (primeira imagem) e saponificação,
(segunda imagem)
- MUMIFICAÇÃO, o cadáver desidrata (ocorre
em temperaturas elevadas ou extremamente baixas)
Na imagem temos um cadáver de 6 meses, não
apresentando decomposição, apenas desidratação e
crescimento de fungos
- SAPONIFICAÇÃO, é uma situação especifica,
onde o cadáver apresentando adiposidade e
sepultado em solo argiloso e úmido que contém
sais alcalinos terrosos, a gordura se transforma em
sabão (adipoceira)
O cadáver inicia a decomposição nas etapas
iniciais, mas logo cessa e tem a formação da
adipoceira que preserva praticamente todos os
elementos do corpo
O corpo tem odor de queijo rançoso. O cadáver não
se decompõe mais.
- CORIFICAÇÃO quando o tegumento desidrata,
se assemelhando a couro, lembrando uma
mumificação e ocorre quando o indivíduo é Dípteros – moscas
inumado em urna metálica Coleópteros – besouro
- PETRIFICAÇÃO ocorre especificamente nas Lepidópteros – borboletas
perdas fetais (deposição de cálcio e o feto constitui
do que chamamos de bebê de pedra, DÍPTEROS
completamente preservado).
Se o feto permanece no líquido amniótico, ele sofre
maceração, que é a destruição do corpo em meio
liquido – também apresenta nos afogados (situação
muito especifica)

CALENDÁRIO TANATOLOGICO
Período abiótico:
- Fenômenos imediatos – momento da morte
- Fenômenos consecutivos – até 24h Grande importância porque as moscas estão em
Período putrefativo: todas as partes
- Fase de coloração – 24h a 7 dias Na área rural temos as moscas dos estábulos, muito
- Fase gasosa – 4/8 dias a 30 dias (no verão a fase semelhante a mosca doméstica, mas ela não é
gasosa é mais breve, enquanto que no inverso é urbana, é rural. Se tenho larvas dessa mosca, o
mais tardia) cadáver não provem de uma área urbana o Temos
- Fase coliquativa – 1 a 6 meses até 3 anos (é a fase uma mosca comum, um forídio, observadas no
mais demorada e mais longa) final da tarde dos cemitérios, formando pequenas
- Fase de esqueletização – a partir de 3 anos nuvens, pondo ovos que vão dentro dos caixões.
São encontrados grande quantidade de pupas
DIAGNÓSTICO DO TEMPO DE MORTE dessas moscas, que geralmente forram toda a
- Fenômenos cadevéricos representam o primeiro superfície dos caixões e podem estar aderidas aos
aspecto importante ossos
- Pode identificar o intervalo de tempo a partir da A grande destruição está relacionada ao califorídio
fauna cadavérica e o sarcofagídio (Sarcophagidae) – a estratégia da
- E ainda estabelecer o calendário a partir da sarcofagídio é fazer a postura de larvas e não ovos
alteração histológica – histotanatologia – mas não (se ela não consegue chegar no corpo, ela posta no
constitui um intervalo regular solo e a larva chega ao corpo) – atividade muito
- Métodos indiretos: digestão e crescimento de importante no que se refere a decomposição. É fácil
pelos (específicos) de ser identificadas porque na parte posterior tem 2
buraquinhos, chamados de espiráculos por onde ela
FAUNA CADAVÉRICA respira.
- É a fauna dos cadáveres
- Endomologia forense é a ciência que estuda a
fauna dos cadáveres
- O valor médico legal da perícia é feito a partir dos
insetos presentes no cadáver – avaliação da
presença de larvas, pupas ou insetos adultos
permite estabelecer com precisão o tempo morte
através dos fenômenos cadavéricos e do
estadiamento do desenvolvimento dessas larvas
- Não necessariamente terá apenas moscas (estão
no intervalo de tempo mais próximo da morte),
enquanto os besouros são observados mais
tardiamente
 Rolha de larvas, com os espiráculos voltados para
fora e as peças bucais voltadas para baixo
O desenvolvimento do califorídio ocorre em dias –
se sabemos o desenvolvimento do estágio da larva,
sabemos quanto tempo o cadáver está ali

Larvas invadindo e consumindo todas as cavidades

moles – nessa imagem temos predominantemente
Cadáver na fase gasosa, com califorídios postando os sarcofagídeos
ovos

Grande quantidade de pupas formadas – vão abrir

Larvas na fase adulta, acelerando a decomposição a porção superior e a mosca sai voando
dos tecidos
COLEÓPTEROS - Temos a incisão realizada no plano mediano ou
incisão esterno-pubiana, abrindo as 3 cavidades do
corpo

- Tenébreo – possui larva grande (3cm ou mais),

porém o besouro é minúsculo (0,5cm), mas
utilizado de acordo com sua característica de
desenvolvimento para identificar o
desenvolvimento pos mortem (inseto 1)
- Termestídeo – espécies de besouro que tem em
casa (inseto 2)
- O último, é um besouro grande (1,5cm) que
apresenta o dorso com uma porção torácica laranja,
as larvas são extremamente vorazes
- Todos são tardios, só estarão no cadáver quando
a maior parte das moscas não se alimentarem mais
do cadáver

LEPDÓPTEROS

- Plastão esterno costal (esterno + arcos costais) é

- Traça do cesto ou Tironídeo – pequena borboleta retirado, exposto a cavidade torácica
que representa uma dimensão que dificilmente
ultrapassa 1cm
- São os últimos insetos, só estão presentes no
corpo em decomposição quando os ossos estiverem
expostos
- A presença deles, indica o consumo de canabis
por parte do cadáver

EXAME NECROSCÓPICO
- Descrição do conteúdo das cavidades – contribui
para o estabelecimento do laudo que deve ser bem
destelhado com fotografias do cadáver e das lesões
- Registro sistemático dos procedimentos (fotos,
transcrição e medição de tudo)
 - Técnica de Pitres: secciona a calcaria e o encéfalo
é retirado inteiro. É feita várias secções no encéfalo
do plano frontal até o cerebelo e tronco encefálico
(cortes seriados) – avalia a profundidade e
dimensão da lesão e quais foram as estruturas
afetadas

- Acesso a cavidade – incisão e remoção, é retirado

os órgãos da cavidade torácica, abdominal e
pélvica – BLOCO DE ROKITANSKY

- Finalizado, todos os órgãos serão colocados nas

suas respectivas cavidades
- Lembrando que o encéfalo é colocado no tórax
- Por fim, é realizado o atestado de óbito.

•
- Incisão do couro cabeludo de um processo CASAMENTO
mastoide para o outro, retira o couro cabeludo e Impedimento dirimentes públicos:
expõe a calvaria (secção da calvaria por uma serra) Parentesco
- Pode ser seccionada separadamente ou junto com - Ascendentes com descendentes → natural ou civil
o encéfalo - Descendentes e colaterais até o 3º grau – Adotado
com o filho do adotante
- Por afinidade – ‘linha reta’ → Sogro/nora ou
Sogra/genro

Vinculo
- Monogamia

Crime
- Técnica de Griesinger: corte da calvaria e
- Condenação por tentativa ou consumação de
encéfalo em um único corte (como se fosse cortar
homicídio sobre o cônjuge do outro
uma laranja ao meio, o crânio é a casca e o encéfalo
é a laranja)
Impedimentos dirimentes privados ou a praticar ou permitir com que ele se pratique
Coação outro ato libidinoso
- Vício de consentimento - Art. 215: ter conjunção carnal ou praticar outro
Incapacidade de consentir ato libidinoso com alguém mediante fraude ou
- Menores de 14 anos outro meio que impeça ou dificulte a livre
- Interditos e surdos-mudos manifestação de vontade da vítima
Rapto
- Com a raptada em poder do raptor Estupro de vulnerável:
Falta de consentimento paterno - Art. 217-A: ter conjunção carnal ou praticar outro
- Menores de 18 anos e maiores de 16 anos ato libidinoso com menor de 14 anos
Idade - Art. 218-A: praticar, na presença de alguém
- Menores de 16 anos menor de 14 anos, ou induzi-lo a presenciar
conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de
Dissolução da sociedade conjugal satisfazer lascívia própria ou de outrem
Morte de um dos cônjuges - Art. 218-B: submete, introduzir ou atrair à
Nulidade do casamento prostituição ou outra forma de exploração sexual
- Identidade de sexo alguém com menos de 18 anos ou que, por
- Falta total de consentimento enfermidade ou deficiência mental, não tem o
- Falta de celebração por autoridade necessário discernimento para a pratica do ato,
Anulação do casamento facilitá-la ou impedir ou dificultar que a abandone
- Incapacidade de consentir
- Idade insuficiente Do lenocídio e do tráfico de pessoa para fim de
- Erro essencial sobre a pessoa: prostituição ou outra forma de exploração
- Identidade – física e civil sexual
- Honra e boa fama - Art. 228: induzir ou atrair alguém à prostituição
- Crime ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la,
- Defeito físico irremediável: › Deformidade impedir ou dificultar que alguém abandone
permanentes › Anomalias sexuais
(impotência coeundi – homem e acopulia – Posse sexual mediante fraude
mulher) ambos física e psíquica › Moléstias - Atentado violento ao pudor – constranger alguém,
graves – doenças mentais mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou
Separação judicial permitir que com ele se pratique ato libidinoso
- Consensual diverso da conjunção carnal
- Jurídica – sevícias, adultério, abandono do lar (1 - Agentes – homens e mulheres
ano), conduta desonrosa e condenação criminal - CÓPULA ANAL
Divórcio – 1 ano após
ABORTO CRIMONOSO
Conjunção carnal - Interrupção DOLOSA da gravidez
- Ruptura do Hímen – mostra que houve
conjugação carnal ou presença de esperma na Legislação
vagina - Art. 128: NÃO se pune o aborto:
- Entalhes - Se não há outro meio de salvar a vida da gestante
- Rupturas completas ou incompletas; cicatrizadas - Se a gravidez resulta de estupro e o aborto é
ou não; carúncula precedido do consentimento da gestante, ou,
quando incapaz, do seu representante legal
CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL
Estupro – Lei 12015/09 Aborto terapêutico
**- Art. 213: constranger alguém, mediante - É o previsto no inciso I do artigo 128
violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal - NÃO depende de autorização prévia, pois é
realizado em caráter de urgência
Aborto sentimental
- É o previsto no inciso II do artigo 128
- Deve ser indicado por mais de um médico
- É aconselhável a autorização judicia
Aborto eugênico
- É o realizado em casos de FETOS
DEFEITUOSOS ou com possibilidade de o serem
(ex: anencefalia)
- NÃO ESTÁ ISENTO DE PENA EM NOSSA
LEGISLAÇÃO**
Perícia
- O diagnóstico do aborto criminoso é delicado e
complexo
- Deve-se caracterizar a gravidez – sinais clínicos e
exames anátomo-patológico
- Identificar os SINAIS da realização do aborto
- Obter as fichas clínicas nos hospitais
Sinais de gravidez
Recente: altura uterina, lactação e cloasma
Antiga: estrias, pigmentação das mamas
O que é gravidez
- É o estágio fisiológico da mulher que concebeu,
durante o qual ela traz em suas estranhas, e
alimenta o produto da concepção
- Gravidez ectópica: é toda a nidação do óvulo fora
da cavidade uterina
- Sinais de provável gravidez: amenorreia,
hiperêmese, modificações das mamas, galactorreia,
cloasma gravídico, aumento piriforme ou globoso
do ventre, sinal de Kluge, de Oseander, de Reil-
Hegar, de Puzos ou todos possíveis
Parto
- Conjunto de fenômenos mecânicos, fisiológicos e
psicológicos expulsivos do feto a termo ou já
visível e de seu anexo, do álveo materno para o
exterior
- É o ato fisiológico e mecânico medial o qual o
conceptor e seus anexos são expulsos do ventre
materno
Parto a termo:
- Feto completou a duração da vida intrauterina
normal, cerca de 280 dias
Parto prematuro
- O feto já viável foi expulso do ventre materno fora
do tempo normal, ou seja, a partir do 6º mês de vida
Puerpério
- É um período que se mostra discutível quanto a
sua duração
- Do ponto de vista obstétrico o puerpério é
definido com o período de seis semanas
- Do ponto de vista psíquico significa a mudança
do estado de ânimo, tendência a depressão sem
motivo aparente e pode haver manifestações
psicóticas agudas
INFANTICÍDIO
- Matar sob influência do estado puerperal o
próprio filho, durante ou logo após o parto
Estado puerperal
- Psicose pós-parto é patologia controversa - não
existindo o ‘estado puerperal’ o crime é de
homicídio
Feto nascente e infante nascido
- O infante nascido apresenta todas as
características do feto nascente, mais o fato de ter
RESPIRADO
Feto nascente
- Infanticídio durante o parto, NÃO respirou o
Infante nascido – acabou de nascer e respirou
4 fases: vias aéreas, pulmões, fragmentos
pulmonares e compressão dos fragmentos
Reprodução assistida
Princípios gestais
- As técnicas de reprodução assistida de auxiliar na
resolução dos problemas de reprodução humana
facilitando o processo de procriação
- As técnicas de reprodução humana podem ser
realizadas desde que exista a PROBABILIDADE
DE SUCESSO e que NÃO TENHA RISCO à
saúde da paciente
Natimorto
- Denomina se o feto morto durante o período
perionatal: anoxia, antiparto, pré-maturidade e
anomalias congênitas
Feto nascente
- Infanticídio durante o parto, não respirou
Infante nascido
- Acabou de nascer, respirou
Docimásias respiratórias
- Para caracterizar a respiração
Docimásia hidrostática de Galeno
- Colocam-se os pulmões em meio líquido, se
houver flutuação, houve respiração
 • PSICOPATOLOGIAS
- Psicopatologia Forense é a área que trata das
aplicações forenses da psiquiatria servindo ao
Direito os conhecimentos médicos da especialidade
- Avalia a capacidade civil, responsabilidade penal,
periculosidade e outros – fornece LAUDOS e
PARECERES
- É o estudo médico-legal das doenças mentais,
oligofrenias, psicopatias e neuroses
IMPUTABILIDADE**
- Refere-se à pessoa que no momento da ação é
capaz de entender (com pleno discernimento) o seu
caráter ILÍCITO do fato – se responsabiliza pelos
seus atos
Hipóteses de imputabilidade
- Ou seja, para haver IMPUTABILIDADE há
necessidade de haver integridade da cognição
- A cognição representa a junção de três elementos
– consciência (do ato), vontade (o domínio sobre) e
conhecimento (ilicitude)
- O prejuízo em qualquer dessas áreas
COMPRIMETE A IMPUTABILIDADE
- A deficiência mental interfere na consciência e no
conhecimento
- O surto psicótico interfere na consciência
- Os transtornos impulsivos interverem na vontade
Condições que alteram a imputabilidade
Biológicos: idade, sexo, emoção e paixões normais
e agonia
Psicopatologias: sonambulismo, hipnotismo, surdo
mudez, afasia, prodigalidade, embriaguez e
toxicomania
Psiquiátricas: doenças mentais, oligofrenias,
personalidades psicopaticas, neuroses
Mesológicos: civilização silvícolas e psicologia
coletiva (multidões)
Legais: reincidência
Maníaco
- Caracterizado por hiperatividade motora e
psíquica de forma desorganizada – agitação e
exaltação da afetividade e do humor
- Surgimento do erotismo, agressividade,
escândalos e disputas
- O paciente interessa-se por tudo, sem pensar em
nada
- É um transtorno CÍCLICO – crises de
excitabilidade e estado depressivo de intensidade,
duração e disposição variáveis
- SEM REPERCURSSÃO SOBRE A
INTELIGÊNCIA
Psicopata
- Apresenta distúrbios de afetividade, ausência de
delírios, boa inteligência, inconstância,
insinceridade, falta de ponderação, falta de
vergonha e de remorso, conduta social inadequada,
egocentrismo, inclinação à conduta chocante,
raramente tendem ao suicídio, vida sexual pobre e
não persistem em um plano de vida
Esquizofrenia
- Psicose juvenil ou inicial em que o doente perde
o contato com realidade e vive em um mundo
imaginário
- Perda da iniciativa e da atividade pragmática
- Apresentam alterações de humor, do caráter e do
afeto, apatia, hostilidade aos familiares, tristeza,
diminuição da atividade genérica e dos interesses
vitais – alguns apresentam manifestações delirantes
Oligofrenia
Deficiência do desenvolvimento mental –
congênita ou adquirida precocemente
OLIGOFRÊNICOS (‘Retardo Mental’)
- Pessoas que apresentam o desenvolvimento
mental retardado – possuem idade intelectual entre
6 e 9 anos
- Possuem discurso superficial e pouco elaborado –
mas podem ler e escrever
- Adquirem modos INDEQUADOS para a vida
social
Profunda:
– Incapacidade TOTAL de autonomia –
coeficiente intelectual inferior a 10 (inclusive nível
vegetativo) – Possuem idade mental de 0 a 3 anos
– Impossibilidade de expressão oral – se limita à
emissão de sons
- NÃO podem ler ou escrever e nem controlar
esfíncteres
- DEPENDÊNCIA ABSOLUTA
Grave:
- Agudo grave – sua capacidade de comunicação é
primária, mas eles podem adquirir autonomia de
forma linear
- São crianças que necessitam de revisões
constantes
- Idade mental entre 3 e 6 anos – linguagem oral
pobre, então não lêem e nem escrevem
- Falta de consciência plena de si mesmos e da
situação
Moderada:
- São as pessoas que podem ser capazes de adquirir
hábitos de autonomia e, inclusive, podem realizar
certas atitudes elaboradas
- Podem frequentar lugares ocupacionais – mas
necessitam SEMPRE de supervisão
Leve:
- Podem chegar a realizar tarefas mais complexas
COM supervisão – São os casos mais favoráveis
Formas clinicas de oligofrenia
Oligofrenia Microcefálica:
- Circunferência craniana < 46 cm, achatada,
acrocefalia, epicrânio baixo ou raso, couro
cabeludo invadindo a testa e estatura pequena
Oligocefalia Mongolóide:
- Fisionomia asiática, olhos pequenos e oblíquos,
nariz chato, língua volumosa e fissurada; face
arredondada; achatamento posterior do crânio;
humor risonho e juvenil
Oligofrenia Difenilpiruvínica:
- Doença genética ligada ao padrão de herança
autonômica recessiva
Neonatos parecem normais, mas depois
apresentam vômitos, letargias, irritabilidade,
retardo motor, convulsões e deficiência mental
• As oligofrenias admitem três gradações:
idiota, imbecilidade e debelidade mental
Idiota:
- Estado mórbido ligado a um vício incidental ou
congênito do encéfalo
- Consiste na ausência COMPLETA ou na aparada
do desenvolvimento intelectual e afetivo – Idade
mental < 3 anos e quociente intelectual < 25 –
VIVEM POUCO
Imbeciliade:
- Rudimento da inteligência com quociente
intelectual entre 25 e 50 e idade mental entre 3 a 7
anos
- Passíveis de medíocre aprendizado – com
esforços e ajuda de especialistas – NÃO se adaptam
ao convívio familiar
- Gostam de animais
Debilidade mental:
- Idade mental entre 7 e 12 anos e quociente
intelectual de 50 a 90
- São capazes de se manter em igualdade de
condições com as pessoas normais – mas podem
bastar por si próprio
PSICOSE
- Transtornos mentais caracterizados por
ALTERAÇÕES PROFUNDAS da cognição,
afetividade, da motricidade, da consciência,
memória, orientação ou de algum desses estados de
maneira duradoura
- Pode ser originado por causa endógena ou
exógena
- Corresponde a alienação mental – doença mental
no sentido estrito
- INIMPUTÁVEL com substituição de pena por
reclusão em casa de custódia e tratamento
- Sujeitos a interdição da pessoa e dos bens
Psicoses endógenas ou funcionais
- Predisposição genética
- Distúrbio funcional grave dos centros superiores
Ex: psicose maníaco-depressiva, esquizofrenia,
paranoia, parafrenia e epilepsia genuína
Psicoses exógenas
- Resultam de fatores estranhos ao SNC –
originados do próprio organismo ou oriundos do
meio externo
Psicose Organocerebrais – alterações
histopatológicas do cérebro e são
IRREVERSÍVEIS → Ex: paralisia geral, demência
senil, psicoses arterioscleróticas, psicoses pós
traumáticas, psicoses devido a tumores derebrais
Psicoses Sintomáticas – funcionais, sem
comprometimento da estrutura cerebral
(REVERSÍVEIS)
Psicoses Psicogênicas Puras – provocadas por
abalos emocionais, desgostos, contrariedade,
preocupações ou pela inaptação a determinado
meio ou condição de vida
Classificação das Psicopatias
- Psicopatas hipertímicos
- Psicopatas depressivos
- Psicopatas lábeis do estado de ânimo
- Psicopatas irritáveis ou explosivos
- Psicopatas de instinvidade débil
- Psicopatas sem sentimento ou amorais
- Psicopatas carentes de afeto
- Psicopatas fanáticos
- Psicopatas inseguros de si mesmo
- Psicopatas astênicos
Antissocial
- Caracterizado pelo desrespeito pela vida e direito
dos semelhantes
-Inicia-se na infância ou começo da adolescência
- Também é conhecido como ‘Psicopatia sociopatia
ou Transtorno da Personalidade anti-social’
Transtorno da Personalidade Dissocial
- Desprezo das obrigações sociais, falta de empatia
e desvio considerável entre o comportamento e as
normais sociais estabelecias
- Baixa tolerância à frustração e baixo linear de
descarga de agressividade, inclusive violência ▫
Tendência de culpar os outros ou explicar conflito
com a sociedade NEUROSES
- O paciente tende a apresentar razoável
compreensão e uma experiência INALTERADA
da realidade – não é confundido com suas
experiências mórbidas subjetivas e fantasias
- Estados de Ansiedade – manifestações físicas e
mentais de ansiedade; pode chegar ao pânico
- Histeria – transtornos acompanhados de
limitações do campo da consciência, distúrbios da
função motora ou sensorial
- Estado fóbico – medo intenso de objetos e
situações (Doença do Pânico)
- Transtornos obsessivos-compulsivos –
sentimento de compulsão subjetiva para realizar
alguma ação, ideia e recordar experiências
- Depressão neurótica – aparece depois de uma
experiência dolorosa ou trauma
- Neurastemia – estado de esgotamento devido à
sobrecarga emocional contínua
- Hipocondria – preocupação excessiva com a
própria saúde
Transtorno da Personalidade
- Comportamentos desajustados desde a
adolescência até a velhice – personalidade anormal
em equilíbrio, qualidade e expressão e no seu
estado TOTAL
- Transtorno paranoide da personalidade – excesso
de autorreferência, sensibilidade excessiva e
tendência a distorção de experiências interpretando
atos neutros ou amistosos como HOSTIS e
DEPRECIATIVOS
- Transtorno esquizoide de personalidade –
afastamento dos contatos afetivos ou sociais
- Transtorno explosivo da personalidade –
instabilidade do estado de ânimo com explosões de
raiva, ódio, violência ou afeição que NÃO podem
ser controladas
- Transtorno anancástico paranoide da
personalidade – sentimento de insegurança pessoal,
dúvida e imperfeição conduzindo a
escrupulosidade, controle e prudência excessiva
- Transtorno astênico da personalidade –
condescendência passiva com os desejos dos mais
velhos e dos outros, com resposta débil e
inadequada às demandas quotidianas
Fenômenos afetivos
- Emoção – fenômeno afetivo de intensidade
variável, provocado por estímulo exterior, ligado
ao conhecimento ou à tendência e acompanhado de
forte cenestesia com antecedente, concomitante ou
como consequênte
- Crimes emocionais
- Ex: torcida de futebol – agem sob forte emoção
(torcida organizada, agressividade da multidão)