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PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS


PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

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PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância

PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.

GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO


Diagramação: Gildenor Silva Fonseca

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Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
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Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas


pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atua-
ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.

Um abraço,

Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha


é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!


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Professora: Milena Barbosa de Melo

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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.

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A perícia criminal é uma área extremamente importante no
âmbito da sociedade, pois auxilia no devido processo legal, já que se
constrói elementos probatórios que poderão ser utilizados em sede de
investigação e processo penal. No âmbito da perícia, observa-se a figu-
ra do papiloscopista, profissional responsável para realizar funções in-
vestigativas específicas no sentido de identificação de sujeitos, seja no
setor criminal, seja também nas questões cotidianas, como é o caso da
emissão de um documento de identificação para o pleno exercício da ci-
dadania. Existem vários tipos fundamentais que podem ser trabalhados
na papiloscopia que auxiliam o perito na construção do retrato falado,
projeção de envelhecimento e, por fim, a realização da prosopografia no
âmbito da perícia criminal.
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Perícia criminal. Papiloscopia. Prosopografia.

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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11

CAPÍTULO 01
ASPECTOS GERAIS DA PAPILOSCOPIA

Compreensão Histórica da Papiloscopia e os Conceitos Gerais __ 12

Tipos fundamentais da Papiloscopia ____________________________ 22

Recapitulando _________________________________________________ 29

CAPÍTULO 02
REAGENTES QUÍMICOS E RETRATO FALADO NA PERÍCIA CRIMINAL

Considerações Gerais sobre Perícia Criminal e o uso dos Reagen-


tes Químicos ___________________________________________________ 34

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Química Forense e Perícia Criminal ____________________________ 37

Retrato falado na Perícia Criminal ______________________________ 44

Recapitulando _________________________________________________ 50

CAPÍTULO 03
PROJEÇÕES DE ENVELHECIMENTO, O USO DE DISFARCES
E PROSOPOGRAFIA

Considerações Gerais sobre Projeções de Envelhecimento e sua


relação com o Retrato Falado ___________________________________ 54

Técnicas de Projeção de Envelhecimento _______________________ 55

Aspectos da Prosopografia no âmbito da Perícia para o Reconhe-


cimento Facial _________________________________________________ 59

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CAPÍTULO 03
PROJEÇÕES DE ENVELHECIMENTO, O USO DE DISFARCES
E PROSOPOGRAFIA

Considerações Gerais sobre Projeções de Envelhecimento e sua


relação com o Retrato Falado ___________________________________ 54

Técnicas de Projeção de Envelhecimento _______________________ 55

Aspectos da Prosopografia no âmbito da Perícia para o Reconhe-


cimento Facial _________________________________________________ 59

Recapitulando _________________________________________________ 71

Considerações Finais ___________________________________________ 75

Fechando a Unidade ___________________________________________ 76

Referências ____________________________________________________ 79
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Qualquer processo de investigação necessita de uma análise
pormenorizada da cena que aconteceu o fato delituoso, visto que o re-
sultado deste processo será utilizado, como prova, no âmbito do pro-
cesso judicial. Dessa maneira, caso a investigação seja realizada de
maneira inadequada, as consequências podem ser as mais variadas,
como é o caso de uma prova ser considerada nula ou ineficaz, em vir-
tude da não observância dos requisitos necessários para a coleta de
provas.
Diante deste cenário investigativo, destaca-se a presença da
função do papiloscopista como sendo o profissional responsável pelo
desenvolvimento da perícia criminal, mais especificamente na identifi-
cação do indivíduo que praticou o crime ou ainda, que foi a vítima do
ato delituoso.
Através da realização das técnicas que podem ser observadas
na papiloscopia, será possível compreender quais são os métodos que
o profissional deve se utilizar para realizar, adequadamente, o processo
de investigação.
Nesse sentido, o presente conteúdo no capítulo 1 apresenta
elementos importantes sobre as atividades que podem ser realizadas no
âmbito da papiloscopia a partir de estudos gerais que fomentarão a com-
preensão dos fundamentos históricos do profissional, bem como os tipos
fundamentais que podem ser analisados no âmbito da papiloscopia.

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No capítulo 2 será possível compreender a função que um rea-
gente químico desempenha no âmbito de uma perícia criminal, tanto
como método de investigação de um caso criminal em aberto como
também, como forma de auxiliar a construção de uma cidadania plena
a partir da emissão de documentos de identificação. E, por isso, será
necessário compreender como funciona o uso da química forense e do
retrato falado no âmbito da perícia criminal, visto que, no último caso, a
maneira como o retrato deve ser elaborado, por não indicar a realidade
do sujeito, acabar por induzir a polícia ao erro e, por fim, prender um
sujeito inocente.
No capítulo 3 o leitor poderá entender como funcionam as pro-
jeções de envelhecimento, o uso de disfarces e, por fim, a prosopografia
como instrumentos auxiliares no processo de identificação e localização
de sujeito no âmbito da perícia criminal. Dessa maneira, será possível
identificar que o estudo conta com exemplos práticos de como os ór-
gãos de investigação se utilizam das referidas ferramentas no processo
de desenvolvimento das técnicas periciais.
Bons estudos!

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ASPECTOS GERAIS
DA PAPILOSCOPIA
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COMPREENSÃO HISTÓRICA DA PAPILOSCOPIA E OS CONCEI-


TOS GERAIS

Há algum tempo o processo de julgamento de práticas delituo-


sas se apresentava de maneira bastante questionável, visto que a perí-
cia realizada na altura, quando realizada, era bastante ineficaz. Ocorre
que, na altura, a perícia era realizada de maneira bem frágil, inclusive
possibilitando que os indivíduos conseguiam burlar o sistema pericial e
se fazia passar por outra pessoa. Era comum, portanto, que um indiví-
duo se passasse por outro, com bastante recorrência. Ainda sobre os
aspectos históricos que podem ser observados no âmbito da identifica-
ção do indivíduo, destaca o especificado por Dias (2021, on-line):

“A curiosidade e as aplicações das impressões digitais são muito antigas e


os vestígios deste interesse podem ser observados desde as antigas civili-

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zações que delas se utilizavam com objetivo da identificação de indivíduos
envolvidos em transações públicas e privadas. Estas primeiras utilizações já
pressupunham a possibilidade de individualização através das impressões
digitais, mas ainda estavam longe de imaginar a multiplicidade de usos que
delas poderiam ser feitas a posteriori. A autenticação do documento de di-
vórcio na China, no século sétimo, e a legalização de documentos de anal-
fabetos, no século nono, na Índia, foram exemplos importantes do uso das
impressões digitais na antiguidade” (DIAS, 2021, on-line).

A necessidade de se buscar a identificação humana é uma


preocupação recorrente já há bastante tempo na história. Com o passar
do tempo e o consequente aperfeiçoamento da sociedade, a papilosco-
pia surge como ciência que se destina ao processo de identificação do
indivíduo através da análise das papilas dérmicas que estão localizadas
tanto nas mãos como nos pés. Por isso, a papiloscopia é reconheci-
damente a ciência que se destina a realização de estudos sobre as
impressões digitais. Nesse sentido, Dias (2021, on-line) destaca que:

“Apesar de estar sendo desenvolvida e praticada há mais de um século, a


Papiloscopia tem necessitado sistematicamente comprovar o seu estatuto
científico. Mesmo tendo a convicção que tal questão está superada, vale
retomar esta tarefa mais uma vez”. (DIAS2021, on-line)

Para compreender de maneira direta o que seria papilosco-

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pia, basta analisar a etimologia da palavra, vejamos, portanto, que ao
fragmentar a palavra identifica-se dois núcleos, quais sejam: papila +
skôpein= papila + examinar e, por isso, significa o processo de exame
das papilas através de técnicas específicas.

Figura 1. Papiloscopia pericial

Fonte: Autora (2021) adaptado de Ramalho (2020, on-line).

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Ainda sobre o conceito exato de papiloscopia, destaca-se o
preceituado por Dias (2021, on-line):

“A Papiloscopia é a ciência que estuda a possibilidade de individualização


das pessoas através do estudo das cristas de fricção da pele, ou seja, as
impressões digitais. Propõe ainda a organização de um sistema de identifi-
cação baseado nos desenhos papilares presentes, fundamentalmente, nas
extremidades dos dedos, mas também na palma das mãos e na planta dos
pés e sua utilização na investigação criminal. É através da análise e da com-
paração das impressões digitais que se originou esta ciência, o mais eficaz
método de identificação humana. A Papiloscopia é a ciência que tem por
objetivo, através do estudo detalhado destes desenhos papilares, o estabele-
cimento da individualização humana e a análise dos vestígios papiloscópicos
encontrados nos locais de crime”. (DIAS, 2021, on-line)

O principal papel da perícia papiloscópica é, através da ciência,


encontrar os vestígios deixados no local de um crime e transformá-los
em provas. A perícia papiloscópica é destinada a descobrir a verdadeira
identidade das pessoas por meio das impressões digitais. Essa é consi-
derada uma forma eficiente de individualização humana e anula a prova
testemunhal e os falhos reconhecimentos por outros processos. Nesse
sentido, Silva (2021, on-line) destaca que:

“Quanto mais claras impressões papilares disponíveis para a comparação,


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maior poderá ser a oportunidade de comparar e avaliar as minúcias. Quanto


mais minúcias encontradas, maior o poder individualizador desse fragmento.
Quanto mais obscuro e sem detalhes forem as estruturas das cristas papila-
res, menor o poder individualizador que terá. É consequentemente possível
que uma opinião seja formada em diferentes fragmentos devido à qualidade
das estruturas papilares e a quantidade de detalhes presentes”. (SILVA, 2021
on-line).

No Brasil, a profissão de papiloscopista foi especificada já no


ano de 1903 através do decreto presidencial 4764 e, com o passar dos
anos, as modificações observadas no âmbito do sistema jurídico brasi-
leiro passou a sistematizar o enquadramento da profissão de maneiras
distintas. Atualmente, a função do papiloscopista encontra-se definida
na Lei 12030/2009 como sujeito investido de direitos para a realização
dos processos de perícias oficiais com natureza criminal.

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Figura 2. A história da papiloscopia

Fonte: Autora (2021) adaptado de (Brasil 1903; Brasil 2009).

Destaca-se que o processo de sedimentação da função de pa-


piloscopista apresentou determinados desafios ao longo dos anos, visto
que, a norma que especifica a função do perito criminal não se encontra
devidamente firmado o termo “papiloscopista”. Inclusive, em algumas
situações processuais, as partes envolvidas no processo criminal le-
vantaram a questão de que a perícia realizada por uma papiloscopista

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não teria nenhum tipo de validade jurídica, visto que não havia previsão
legal para a execução de suas atividades profissionais. Vejamos abaixo,
portanto, o especificado no artigo 5º da referida lei.

“Art. 5o Observado o disposto na legislação específica de cada ente a que o


perito se encontra vinculado, são peritos de natureza criminal os peritos crimi-
nais, peritos médico-legistas e peritos odontolegistas com formação superior
específica detalhada em regulamento, de acordo com a necessidade de cada
órgão e por área de atuação profissional” (BRASIL, 2009)

Ao analisar o trecho do dispositivo normativo acima, destaca-se


que não há a especificação da função do papiloscopista e que as ques-
tões relacionadas com a perícia criminal estariam relacionadas apenas
com determinados profissionais com formação superior específica, que
aprovados em concurso público, desempenham a função.
Em virtude das questões que podem ser identificadas a partir
da ausência de uma formalização no dispositivo normativo, muitos ele-
mentos jurídicos foram suscitados no âmbito do processo penal para
que as perícias realizadas pelo papiloscopista não fossem aceitas como
instrumento auxiliar do processo. Em muitos casos, o presente argu-
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mento, e como exemplo, podemos apresentar o HC 174.400 e ainda a
AP 1.030/DF.
A discussão gira em torno do tipo de interpretação que deve
ser concedida ao disposto no artigo 5º da Lei anteriormente menciona-
da, pois a depender do tipo de compreensão a ser concebida, o direcio-
namento dos processos pode ser tanto de desconsideração da função
do papiloscopista como perito criminal, como de consideração.
Nesse sentido, a interpretação sendo numerus clausus estabe-
lece um panorama restrito (taxativo) e assim o trabalho realizado pelo
profissional não será considerado, entretanto, em caso de ser utilizado
o modelo numerus apertus (meramente taxativo), o trabalho realizado
pelo profissional será considerado.

Figura 3. Enquadramento da papiloscopia


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Fonte: Autora (2021) adaptado de ADI 5182/PE

Entretanto, através do julgamento da ADI 5182/PE, as contro-


vérsias que existiam sobre o reconhecimento do papiloscopista foram
sanadas ao conceder a norma uma compreensão extensiva e, por isso,
afirmar que o papiloscopista também é um perito criminal, conforme
descrição de trecho da ADI.

“Por ter caráter de norma nacional geral, aquela lei não esgotou as regras de
organização da polícia civil. É o que se depreende de seu art. 5º, que expres-
samente ressalvou a necessidade de observância das disposições específi-
cas da legislação de cada ente federado. A ressalva, que consta também do

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art. 3º, sequer seria necessária, porquanto decorre da autoadministração dos
estados-membros, consagrada no art. 25 da CF (1)”. (ADI 5182/PE)

Ainda no mesmo processo, ficou especificado que a norma se


refere aos peritos criminais e, por isso, não limita a compreensão dos
trabalhos realizados pelo papiloscopista e pelo datiloscopista e que,
quando a norma especifica o termo perito criminal, não estará impossi-
bilitando o trabalhado a ser desenvolvido pelos referidos profissionais,
mas apenas ampliando as possibilidades e, assim, permitir que vários
profissionais possam, desde que devidamente resguardados por lei, de-
sempenhar a função de perito criminal.

Figura 4. Peritos criminais e a ADI 5182/PE

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Fonte: Autora (2021) adaptado de (ADI 5182/PE)

E ainda sobre a exclusão dos profissionais deste enquadra-


mento legal, existirá inevitavelmente a condução do caso, que se deseja
avaliar, para um outro profissional perito.

A exclusão dos servidores públicos papiloscopistas desse rol resultaria no


encaminhamento de suas conclusões a outro perito, muitas vezes sem a
expertise necessária para referendar o trabalho. Salientou no ponto, que
não pode haver qualquer caráter de subordinação de um perito a outro. (ADI
5182/PE)

Ademais, percebe-se que o próprio Código de Processo Penal


não especifica os limites necessários para o desenvolvimento de ativi-
dades no âmbito da perícia criminal e, por isso, não limita quais são os
profissionais que podem atuar como perito oficial.

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Dessa maneira, percebe-se que no próprio Código de Proces-
so Penal, existe a possibilidade de, em caso de inexistência de profis-
sional para a realização da perícia criminal, a função poder ser realizada
por pessoas com conduta ilibada. E, por isso, observa-se que, se diante
da inexistência de profissional para a realização de perícia, uma perícia
realiza por um papiloscopista ou datiloscopistas tem condições de ser
admitidas.

Figura 5. Validade de uma perícia realizada por um papiloscopista


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Fonte: Autora (2021) adaptado de (ADI 5182/PE)

A necessidade de identificar criminosos na sociedade existe


deste o início dos séculos. Até a metade do século XVIII a identificação
dos criminosos era feita através de infligir cicatrizes, marcas, ou tatua-
gens nos criminosos. A mutilação era (e em alguns países, ainda é) uma
atitude extrema, mas efetivo modo de marcar um ladrão. Após esse
período esses métodos desapareceram em grande parte dos países,
pois a civilização desenvolveu um sistema de lei criminal e uma maior
importância do indivíduo na sociedade (RAMALHO, 2020, on-line).

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Tendo compreendido, portanto, o objetivo central da papilosco-
pia, destaca-se a necessidade de saber a subdivisão da papiloscopia
em três classes distintas, nomeadamente em: quiroscopia, que tem por
objetivo o estudo das papilas da região palmar, datiloscopia cujo objeti-
vo de estudo é a impressão digital dos dedos e, por fim, podoscopia que
tem por objetivo principal o estudo das papilas da região plantar.

Figura 6. Subdivisão da papiloscopia

Fonte: MANAUS (2015 pg.04)

Ao analisar as figuras acima, observa-se que os papiloscopis-

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tas desenvolvem um trabalho especialmente técnico, pois a função é
prioritariamente o processo de identificação de indivíduos. Portanto, a
papiloscopia é uma ciência que se destina ao processo de reprodução
dos desenhos encontrados nas papilas dérmicas (mãos e pés).

De partida, é de se assinalar que referida área do conhecimen-


to se divide em quatro frentes: Datiloscopia, que trata das impressões
papilares dos dedos; Quiroscopia, que versa sobre as impressões papi-
lares das palmas das mãos; Podoscopia, que se ocupa das impressões
papilares das plantas dos pés; e Poroscopia, que cuida das marcas
deixadas pelos poros nas impressões papilares. A despeito de ainda
escapar à compreensão de grande parte da população a importância
da Papiloscopia, o que talvez possa ser explicado pelo fato do sigilo das
investigações criminais atingir em larga medida a atividade papiloscópi-
ca, episódios recentes repuseram em destaque esse antigo território da
ciência (MOREIRA, 2019, on-line).
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Dessa maneira, o exercício da profissão engloba determinadas
exigências, quais sejam:
• Ter conhecimento da anatomia facial;
• Ter aptidão para desenvolver desenhos manuais ou com o
uso das ferramentas tecnológicas;
• Ser capaz de observar, reter e descrever informações que
são acolhidas no âmbito do processo investigativo. Ademais, ser capaz
de realizar a leitura inteligente da face humana;
• Conhecer as técnicas de entrevista;
• Compreender o funcionamento dos programas que são utili-
zados para a edição de imagens;
• Ser detentor de equilíbrio emocional, no sentido de conseguir
desenvolver os trabalhados perante uma vítima ou testemunha. Portan-
to, torna-se importante que o profissional seja detentor de noções de
psicologia.

Diante do que se observa a partir dos requisitos necessários


para desempenhar a função de papiloscopista, destaca-se que o exercí-
cio da função faz parte de um método de comparação entre impressões
papilares (de autoria conhecida e outra desconhecida). Em face desta
atribuição, destaca-se que o profissional acaba por ser requisitado para
trabalhar em vários cenários periciais, não somente no âmbito da emis-
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são de documentos de identificação, como é o caso do Registro Geral.


Nesse mesmo sentido de compreender a maneira como o papiloscopis-
ta irá desempenhar suas funções, destaca-se o especificado por Dias
(2021, on-line):

“O elemento mais importante na identificação  papiloscópica  é a experiên-


cia do examinador. O perito papiloscopista deve ser completamente treinado
em como as papilas dérmicas são formadas e em porque todas as áreas
cobertas por papilas dérmicas são originais e permanentes. Tendo um co-
nhecimento completo da base científica da identificação  papiloscópica, os
peritos papiloscopistas podem melhor explicar e defender suas conclusões
com confiança, quanto estiverem na condição de testemunha. Para obter
uma experiência de qualidade, este treinamento deve ser seguido por uma
extensiva e supervisionada experiência em confrontos”. (DIAS, 2021, on-line)

Sendo assim, é possível perceber que os profissionais podem


trabalhar em outro setor, como é o caso do Instituto Médico Legal (IML),
cuja atribuição principal é tanto buscar a identificação dos cadáveres
que se encontram no órgão, como também confirmar a identificação.
Além dos locais acima mencionados para o desenvolvimento
das atividades do papiloscopista, destaca-se o local da ocorrência dos
20
atos criminosos, onde o objetivo do profissional é coletar informações
elementos importantes no local do crime para que seja possível identi-
ficar não apenas da vítima, mas de todos os sujeitos que estão envolvi-
dos naquela cena delituosa.
A partir do que pode ser observado nos locais de atuação do
papiloscopista, observa-se que a sua função é bastante ampla, pois
engloba várias atividades relacionadas com a identificação do indivíduo,
quais sejam:
• Elaborar peças e laudos a partir da realização de exames
com o objetivo de auxiliar nos casos judiciais;
• Em casos em que o indivíduo se encontra desaparecido, tem
condições de realizar exames que projetam seu envelhecimento;
• Realiza identificações em indivíduos neonatais e, ainda, das
demais pessoas que buscam a emissão de documentos para uso da
cidadania;
• Operacionaliza equipamentos que se destinam ao tratamento
de elementos químicos, arquivos ou imagens;
• Armazenagem de informações específicas em banco de dados;
• Coletar as digitais no processo de exumação de corpos hu-
manos;
• Responsabilidade de coletar e analisar todos os fragmentos
que são encontrados na cena do crime.
No que se refere a importância das atividades desenvolvidas

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pelo papiloscopista, destaca-se a necessidade de investigação de pes-
soas, sem identificação que são internadas em hospitais. Nesses ca-
sos, a equipe de identificação de pessoas se dirige até o local para a
realização de exames no intuito de realizar os exames necessários para
o processo de identificação, como foi o caso ocorrido na cidade de Porto
Alegre (RS), onde um rapaz que se internou no hospital em virtude de
um grave acidente de trânsito e, apesar dos esforços dispendidos da
equipe médica, o paciente veio a óbito (RS, 2021).
Entretanto, como o paciente estava sem os documentos de
identificação e a equipe médica ainda havia constatado que vários ór-
gãos poderiam ser transplantados, precisou identificar o paciente para
que, em seguida, se realizasse o contato com a família no sentido de
tomar as devidas providências e, assim que a família foi acionada, a
partir da anuência no processo de realização do transplante de órgãos,
oito pessoas foram beneficiadas (RS, 2021).
Diante do que se observa, neste caso específico, caso não
houvesse a atuação do profissional da papiloscopia, os pacientes que
aguardavam pelos órgãos ainda estariam na fila de espera, talvez até
tivessem morrido.
21
A rotina de trabalho de um papiloscopista da Polícia da Polícia Ci-
vil inicia-se pelo curso de formação, onde o convocado aprenderá a como
se comportar e quais as funções e como exercê-las durante o seu dia a dia.
Uma vez aprovado no curso de formação, durante o seu dia a dia irá
exercer diversas funções e isso irá variar de acordo com os comandos
que lhe foram propostos, por exemplo, em um dia ele irá apenas in-
vestigar uma situação ou um ato que lhe foi passado, ou acompanhará
autoridades policiais em atividades judiciárias. Toda a rotina exige muita
disposição, pois nem sempre terá horário para cumprir as tarefas (FMB,
2021, on-line).

TIPOS FUNDAMENTAIS DA PAPILOSCOPIA

Havendo compreendido que a papiloscopia tem por objetivo


sistematizar elementos que se destinam ao processo de realização do
exame de vestígios que podem ser observados nos locais dos crimes.
Dessa maneira, o objetivo do exame é tão somente construir um siste-
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ma probatório para o processo que está se desenrolando.


Ademais, observa-se que a perícia irá, portanto, identificar a
identidade das pessoas através das impressões digitais. O sistema
apresentado pela papiloscopia auxilia, sobremaneira, o desenvolvimen-
to das atividades no âmbito da investigação e processo judicial. Nesse
sentido, no Brasil, observa-se que a papiloscopia é classificada em qua-
tro tipos fundamentais a partir do sistema de Vucetich, quais sejam:

• Arco: o datilograma, geralmente adéltico, é formado por linhas


que atravessam o campo digital, apresentando em sua trajetória formas
mais ou menos paralelas e abauladas ou alterações características. É
representado pela letra A para os polegares e número 1 para os demais
dedos (MANAUS, 2015).

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Figura 7. Arco

Fonte: VELHO et al. (2017 p.149).

• Presilha Externa: é o datilograma com um delta à esquerda


do observador, apresentando linhas que, partido da direita, curvam-se
e voltam ou tendem a voltar ao lado de origem, formando laçadas. É re-
presentado pela letra E para os polegares e o número 3 para os demais
dedos (MANAUS, 2015).

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Figura 8. Presilha externa

Fonte: VELHO et al. (2017 p.150).

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• Presilha Interna: a presilha interna é constituída por um delta
à direita com o núcleo desviado para a esquerda. Do lado direito da
figura será possível identificar o delta formado a partir do encontro das
linhas bases, nucleares e marginais (VELHO, et al., 2017 p.150).

Figura 9. Presilha interna

Fonte: VELHO et al. (2017 p.150).

• Verticilo: o tipo verticilo é caracterizado pela presença de dois


deltas, um de cada lado. Nota-se, também, a presença de um núcleo
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central (VELHO, et al., 2017). Nas laterais da figura apresentada abaixo


(direita e esquerda) será possível identificar os deltas que são formados
a partir do encontro das linhas basilares, marginais e nucleares.

Figura 9. Presilha interna

Fonte: VELHO et al. (2017 p.150).

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Neste sistema Vucetich, adotado pelo Brasil, o processo de
arquivamento é realizado através do sistema decadactilar, ou seja, as
impressões que são utilizadas são a dos dez dedos das mãos do indiví-
duo, sendo elas examinadas e, por fim, sua classificação e arquivamen-
to são realizados.
As coletas das impressões acima mencionadas são realiza-
das de maneira detalhada a fim de que sejam dispostas em documento
(fichas) específico, que apresenta uma disposição sequencial de dez
campos, onde será possível registrar cada dedo no devido local indi-
cado na própria ficha, nomeadamente polegar, indicador, médio, anular
e mínimo. Observa-se que os espaços que se encontram na parte de
cima do documento destinam-se aos dedos da mão direita e a parte de
baixo destinam-se aos dedos da mão esquerda.

Figura11: Ficha de registro de digitais: mão direita

PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS


Fonte: Autora, 2021

Figura12: Ficha de registro de digitais: mão esquerda

Fonte: Autora, 2021

25
O verso da ficha serve para que se realize a identificação, ou
seja, a qualificação do indivíduo que está sendo examinado, ou seja,
elementos relacionados com nome, data de nascimento, filiação, estado
civil, profissão e, em seguida, a sequência dos dedos: indicador, médio,
anular e mínimo de cada uma das mãos.
O sistema Vucetich apresentado acima é a base fundamen-
tal da papiloscopia e nos casos da identificação inequívoca o processo
decorre da constatação dos pontos que são próprios das impressões
digitais, nomeadamente formações irregularidades e acidentes encon-
trados nas linhas e que, segundo Velho et al. (2017), podem ser ilhota,
bifurcação, cortada, ponto, forquilha ou encerro. Nesse sentido, Dultra
(2009 p.34) destaca que:

“Em uma impressão digital existem vários pontos característicos, que são
pequenos acidentes morfológicos encontrados durante o confronto de uma
impressão com outra. São necessários doze pontos característicos idênticos
e coincidentes para que a prova científica e jurídica tenha validade. Além
do sistema de linhas e pontos característicos, os poros também são obser-
vados. Esses são orifícios do canal produzido pelas glândulas sudoríparas”
(DULTRA, 2009).

Partindo da compreensão que o sistema Vucetich é o utilizado


no Brasil, destaca-se, nesse momento, a importância de entender como
ocorre o processo especificado na identificação da impressão digital,
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

que de acordo com Manaus (2015 p.07) podem ser:

Sistema Marginal – É o conjunto de linhas que constituem a parte superior do


desenho digital, situadas acima da diretriz marginal.
Sistema Nuclear – É o conjunto de linhas que formam o centro do Datilo-
grama e que envolvidas pelas linhas diretrizes, distinguem-se perfeitamente
daquelas que formam o sistema marginal e basilar.
Sistema Basilar – É o conjunto de linhas que constituem a parte inferior do
desenho digital, situadas abaixo da diretriz basilar. (MANAUS, 2015 p.07)

26
Figura 11. Conhecendo uma impressão digital

Fonte: GULIÉN (2021, on-line)

Para além das linhas apresentadas acima, o sistema Vucetich


destaca a existência de duas maneiras de trabalhar com a compreensão
da impressão digital, sendo elas as linhas diretrizes do tipo primário de
um desenho digital, que se destaca quando não é realizada a rolagem
completa podendo mudar o tipo do Dactilograma e sua classificação
poderá ser feita de forma equivocada. De acordo com Manaus (2015,
p.08), as linhas diretrizes podem ser em duas, quais sejam:

PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS


1. Diretriz Marginal: É o prolongamento do braço do delta que envolve e limita
o núcleo em sua parte superior.
2. Diretriz Basilar: É o prolongamento do braço do delta que envolve e limita
o núcleo em sua parte inferior. (MANAUS, 2015 p.08)

Figura 12. Conhecendo uma impressão digital: linhas diretrizes

Fonte: Miranda (2021, on-line)


27
Quando a coleta de um datilograma do tipo verticilo sinuoso é
realizada de modo inadequado, isto é, quando a polpa da falangeta é
inclinada somente para a esquerda ou para a direita, apenas parte do
desenho digital ficará impresso, implicando na ausência de um dos del-
tas e seu respectivo núcleo. Dessa forma, sua classificação será feita
equivocadamente ou como presilha interna ou como presilha gancho-
sa, conforme demonstra a ilustração abaixo. Sendo assim, quando, no
processo de exame de um indivíduo, os pontos são encontrados nos
mesmos locais, afirma-se categoricamente que a análise se trata da
mesma pessoa.

Figura 11: Pontos característicos nas impressões digitais


PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

Fonte: SOARES et al. (2021, on-line).

28
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2010 Banca: FUNIVERSA Órgão: SECTEC-GO Prova: Papilos-
copista Policial

PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS


Assinale a alternativa que apresenta a sequência para a classifica-
ção primária, considerando-se os dedos: polegar – indicador – mé-
dio – anular – mínimo.
a) verticilo – arco – presilha – presilha – verticilo
b) arco – presilha – presilha – verticilo – verticilo
c) verticilo – presilha – presilha – arco – verticilo
d) presilha – arco – verticilo – verticilo – presilha
e) verticilo – presilha – arco – presilha – presilha

QUESTÃO 2
Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: POLITEC-MT Prova: Perito Mé-
dico Legista - Psiquiátrica
A fórmula dactiloscópica de uma pessoa que exibe I-3441 na série
e E-2213 na seção, significa que os tipos fundamentais da classi-
ficação de Vucetich presentes nos seus dedos indicador direito e
29
polegar esquerdo são, respectivamente:
a) verticilo e arco
b) presilha externa e arco.
c) presilha interna e verticilo.
d) arco e presilha interna.
e) presilha externa e presilha externa.

QUESTÃO 3
Ano: 2012 Banca: EXATUS Órgão: DETRAN-RJ Prova: Analista de
Identificação Civil
Juan Vucetich, Chefe de estatística da polícia de La Plata, Argenti-
na em 1891, Estudando a “Revue Scientifique” que continha o ar-
tigo de Henry de Varigny “Les empreintes digitales daprés Galton”
acerca das experiências de Galton sobre impressões papilares o
qual sugeria que fossem adotados dez dedos. Entusiasmado pelo
assunto Vucetich montou um sistema que denominou “icnofalan-
gometria”. Em 1894 Dr. Francisco Latzina publicou em seu jornal
“La Nacion” de Buenos Aires/Argentina, sugerindo que fosse subs-
tituído o nome para Dactiloscopia, sendo este novo nome compos-
to por dois elementos gregos: DAKTYLOS = dedos e SKOPÊIN =
examinar. Deste podemos afirmar que:
a) É o Arco constituído de linha mais ou menos paralelas abauladas que
vão de um lado ao outro lado do campo digital e formando dois deltas
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

de cada lado.
b) Verticilo é o desenho digital composto pela presença de três deltas à
direita do observador.
c) São chamadas de presilhas o resultado da combinação de um arco
com um verticilo.
d) Juan Vucetich adotou quatro tipos fundamentais, Arco, Presilha Inter-
na, Presilha Externa e Verticilo.

QUESTÃO 4
Ano: 2013 Banca: Makiyama Órgão: DETRAN-RJ Prova: Assistente
Técnico de Identificação Civil
Considerando o Sistema decadactilar de Vucetich, na existência de
ponto(s) de confluência entre os sistemas basal, marginal e cen-
tral, há a criação de uma figura típica denominada
a) arco.
b) geral.
c) radial.
d) delta.
e) mediana.
30
QUESTÃO 5
Ano: 2013 Banca: UEG Órgão: PC-GO Prova: Delegado de Polícia
- 2ª prova
Na cena do local do crime os peritos arrecadaram a seguinte fór-
mula datiloscópica:
V1421
A3213
O suspeito deverá apresentar qual desenho digital no dedo médio
da mão esquerda?
a) Verticilo
b) presilha externa
c) arco
d) presilha interna

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

A partir dos elementos que foram estudados neste capítulo, apresente


as diferenças que podem ser observadas entre quiroscopia, datilosco-
pia e podoscopia.

TREINO INÉDITO

Observe atentamente a imagem abaixo e assinale a alternativa que cor-

PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS


responde às informações marcadas na figura.

Fonte: SOARES et al. (2021, on-line).

31
a) Arco
b) Presilha Interna
c) Presilha Externa
d) Anomalia
e) Pontos característicos da digital

NA MÍDIA

PAPILOSCOPIA

Você sabia que os desenhos das suas impressões digitais são únicos e
não se alteram ao longo da sua vida?  É a característica da imutabilida-
de que faz com que as formas não se modifiquem e, por consequência,
permita a identificação humana por meio da perícia papiloscópica.

Fonte: Ricardo Schiefler


Data: 2020
Leia a informação na íntegra:
https://www.peritoschiefler.com/papiloscopia Acesso em: 07 de mar.
2021.

NA PRÁTICA
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

A EFICIÊNCIA DA PERÍCIA NECROPAPILOSCÓPICA EM DESASTRE


DE MASSA, EM CASOS DE REPERCUSÃO E NA IDENTIFACÃO DE
CADÁVERES IGNORADOS
Neste trabalho busca-se demonstrar a importância do profissional pa-
piloscopista e o produto de seu trabalho, o Laudo Necropapiloscópi-
co, como processo de identificação nos Institutos de Medicina Legal
do país. Dentre as diversas dificuldades enfrentadas, além das mais
comuns, como falta de estrutura, equipamentos adequados de traba-
lho, EPI, etc, destacamos a falta de padronização dos procedimentos
periciais e de liberação dos cadáveres. Normalmente os cadáveres são
liberados com base na legislação em vigor desde a década de 1940:
Art° 166 - “Havendo dúvida sobre a identificação do cadáver exumado,
proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Esta-
tística ou REPARTIÇÃO CONGÊNERE ou pela inquirição de testemu-
nhas, lavrando-se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se
descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações”. Assim, de for-
ma empírica, por meio do “reconhecimento”, corpos são liberados sem
segurança, colocando a verdadeira “identificação”, com base científica
em segundo plano. Outro ponto de destaque deste trabalho é demons-
32
trar a eficiência da perícia necropapiloscópica em eventos de “desastre
de massa”, casos de repercussão e na identificação de cadáveres igno-
rados. Nenhum outro processo consegue dar respostas a estas situa-
ções com maior celeridade e segurança.
Fonte: Antônio Maciel Aguiar Filho
Data: 2011
Disponível em:
http://www.fenappi.com.br/wp-content/uploads/2016/07/artigo-eficien-
cia-pericia-necro.pdf Acesso em: 14 de abril 2021.

PARA SABER MAIS

Filme sobre o assunto: Bones (Seriado)


Peça de teatro: Você tem o direito de permanecer calado
Acesse os links:
Para complementar o conhecimento de como a papiloscopia é feita,
sugere-se acessar o link através do endereço eletrônico, onde mostrará
um documentário da jornalista Carol Mansour apresentando “Como a
papiloscopia é feita”.
Data: 03/09/2018.
Link de acesso: https://youtu.be/IjT1_dc8jws

PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

33
REAGENTES QUÍMICOS &
RETRATO FALADO NA PERÍCIA CRIMINAL
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE PERÍCIA CRIMINAL E O USO


DOS REAGENTES QUÍMICOS

Tendo sido possível compreender, no capítulo anterior, os ele-


mentos que caracterizam o trabalho do papiloscopista, como aquele
profissional responsável pelo processo de identificação humana em vá-
rios ambientes, convém destacar, nesse momento, que a atuação do
profissional no âmbito da perícia criminal é deveras importante, visto
que será justamente através do trabalho a ser desempenhado pelo pro-
fissional papiloscopista que muitos impasses nas investigações sobre
crimes poderão ser solucionados. Nesse sentido, destaca-se o especi-
ficado por Oliveira (2006, p.17):

“A Química Forense ainda disponibiliza aos Peritos, técnicas que permitam


identificar a possível autoria do crime. Esses esclarecimentos podem aconte-

34
cer através da revelação das impressões digitais; da identificação do sangue,
da saliva, do sêmen, de resquícios de pele ou do fio de cabelo encontrados
no local e nas roupas da vítima e do suspeito; ou através do Exame Residuo-
gráfico, que permite identificar se o suspeito efetuou disparos com arma de
fogo” (OLIVEIRA, 2006, p.17-19).

Destaca-se, contudo, que o trabalho do profissional é apoiado


pelo uso de instrumentos essenciais para o bom resultado, nomeada-
mente, os reagentes químicos.
Nesse sentido, observa-se que a investigação deve ser utilizar
de meios adequados para auxiliar o processo judicial da melhor forma
possível, pois o direito de acesso à justiça dependerá, nesses casos, da
maneira como a perícia for realizada.

“A polícia da modernidade não prescinde de meios de investigação cada


mais sofisticados e avançados, que permitem ao Estado obter sucesso em
uma persecução penal pautada por comportamento investigativo garantista
e comprometido com o Estado de Direito e a verdade real, de modo a pro-
piciar à população a defesa do direito fundamental a segurança. Entretanto,
o ordenamento jurídico, naturalmente conservador e pesado, quase nunca
acompanha a rapidez da modernidade, seguindo na esteira das mudanças
cada vez mais velozes. Este retardo legislativo exige, então, do aplicador do
direito, verdadeiros malabarismos interpretativos que autorizem e legitimem
a atuação dos órgãos da persecução penal, sobretudo em sua primeira fase,
na esfera investigativa” (CHEGURY, 2010, on-line).

PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS


Na figura 12 abaixo, torna-se possível compreender os benefí-
cios que surgem com o uso de reagentes químicos numa cena de crime.
O profissional ao chegar no local do crime percebeu que a cena estava
limpa e, por isso, precisou utilizar mecanismos mais aperfeiçoados para
coletar informações no sentido de conseguir compreender a conduta
criminosa ocorrida no local.

35
Figura 12. A importância do reagente químico

Fonte: CAMARA (2017, on-line)

Dessa maneira, observa-se de maneira evidente, que o uso


dos reagentes químicos é essencial para o bom desenvolvimento das
atividades realizadas no âmbito da perícia criminal. Ademais, essa rea-
ção só é possível porque os reagentes químicos são substâncias adi-
tivas cujo objetivo é causar um tipo de reação a partir do momento em
que entra em contato com algum tipo de solução. Para compreender
um pouco a função que o reagente químico desempenha, observa-se a
equação abaixo:
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

HCl + CaCO3 → CaCl2 + H2O + CO2

Sendo:
Hcl= Ácido Clorídrico (reagente químico por provocar a liberação de
CO2 a partir do CaCo3)
CaCo3= Carbonato de cálcio

Da mesma maneira que no exemplo apresentado acima, várias


outras reações químicas ocorrem a partir do uso do reagente químico.
E, quando isso ocorre, surge o benefício de se coletar as informações
necessárias para o auxílio nas investigações.
No ato inicial a ser observado, no âmbito da perícia criminal no
local do crime, as impressões digitais não são visíveis, sendo chama-
das de vestígios latentes. Após o tratamento com pós químicos essas
impressões se tornam visíveis, tornando-se vestígios visíveis. É nessa
hora que entra em ação a química forense, com substâncias e reagen-
tes que permitem a revelação e o decalque das impressões para serem
analisadas em laboratórios nos Institutos de Criminalística-IC (GONZA-
GA, 2017).

36
QUÍMICA FORENSE E PERÍCIA CRIMINAL

Observa-se, portanto, que a química forense acaba por utilizar


informações teóricas de todas as áreas de estudo e, quando isso ocor-
re, o processo desenvolvido parte de uma sistematização de todos os
elementos químicos entre si e que se destinam a aplicação das ativida-
des da polícia investigativa. Nesse sentido, Branco (2005, p.XI) destaca
que:

“a Química Forense utiliza do conhecimento de todas as ramificações da


Química de forma isolada ou associadas entre si, a fim de disponibilizar mé-
todos que apresentam técnicas que, por sua vez, auxiliam a Polícia na inves-
tigação”. (BRANCO, 2005, p.XI).

Dessa maneira, observa-se que a função a ser realizada no


âmbito da perícia criminal possui um objetivo específico de solucionar
condutas criminosas, independentemente do tipo penal a ser investiga-
do. Portanto, o profissional da perícia pode trabalhar, de maneira espe-
cífica, no âmbito da investigação de vários crimes, nomeadamente:
1. Contra a vida
2. Dignidade sexual
3. Ambientais
4. Em relação à lei de drogas

PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS


5. Acidentes de trânsito
6. Fraudes diversas
7. Administração pública

E, para que seja possível a investigação no âmbito da perícia


investigativa, observa-se que o perito utiliza, para além das técnicas
específicas, os reagentes químicos ou pós químicos, que aplicados de-
vidamente em métodos periciais, será possível coletar informações im-
portantes que irão ser utilizadas no processo judicial.
Vejamos, portanto, o caso da realização de testes colorimétri-
cos que são realizados a partir de atividades enzimáticas da hemoglobi-
na, onde a ação pode ser feita através da fenolftaleína, benzidina e do
verde malaquita. Nessas questões, pequenas amostras são coletadas
em um swab umedecido, onde em seguida, o reagente é adicionado.
A partir da utilização do reagente, a cor estabelece a positividade do
teste. No caso do reagente Kastle-Meyer, a cor rosa é a preponderante
no processo químico.

37
Preparação do reagente Kastle - Mayer 
1. Fazer uma solução de hidróxido de sódio (20g de NaOH
adicionados à 90ml de água destilada) e adicionar 1g de fenolftaleína
dissolvido em 10ml de etanol.
2. Adicionar 20g de pó de zinco metálico à solução e aquecer
em fogo brando até desaparecimento da cor rósea (se não mudar a
intensidade da cor, deixar descansar por três dias a solução, até a inten-
sidade da cor desaparecer quase completamente) (CHEMELLO, 2021).

O uso de teste de cor talvez seja a forma de análise mais co-


mum e utilizada para se determinar a presença de certa substância em
uma amostra, se tratando unicamente de uma técnica qualitativa. Devi-
do ao baixo custo de reagentes, fácil reprodução, a qual por uma rea-
ção química simples revela resultados que podem ser interpretadas a
olho nu, as técnicas colorimétricas ainda hoje são utilizadas largamente
em rotina de laboratórios de química analítica. Até mesmo quem não é
químico por formação pode utilizar os testes de cor sem larga experiên-
cia, como o exemplo de policiais em procedimentos de rotina, na busca
de substâncias ilícitas, sem a necessidade de um laboratório. (MOTA;
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

BUSKO, sem data, on-line)


Ainda sobre a realização de testes de cor, observa-se o caso
que pode ser observado a partir da necessidade de se identificar a ma-
conha através da aplicação do método de reação de Beam, onde uma
solução etanólica de hidróxido de sódio é aplicada na amostra a ser
analisada e, no caso de surgir a cor vermelha-violácea, conclui-se que
há presença de canabidinol. Nesse sentido, Matos e Busko (sd, on-line)
destaca que:

“testes de cor podem ser utilizados na identificação da maconha. Alguns mé-


todos são conhecidos, como a reação de Beam, o qual a amostra é tratada
com uma solução etanólica de hidróxido de sódio (básica), se a amostra
contiver canabidinol, uma coloração vermelho-violácea será apresentada”.
(MATOS; BUSKO, sd, on-line)

O teste de Duquenóis-Levine também é largamente utilizado,


preparado utilizando etanol, acetaldeído e vanilina. Adiciona-se o rea-
gente junto à amostra em um tubo de ensaio, o qual é agitado, e em
seguida, adicionado ácido clorídrico. A cor púrpura é o positivo para a
presença de canabinoides (FARIAS, 2010).
38
As análises toxicológicas com finalidade forense podem for-
necer evidências preciosas para materialização do crime e a base de
um diagnóstico confiável é a realização de uma análise eficiente, sendo
de fundamental importância o conhecimento da abrangência da técni-
ca analítica empregada. Os métodos de triagem são empregados para
verificar a presença ou ausência de uma determinada classe ou gru-
po de compostos. A escolha de um método de triagem é fundamen-
tal, pois define a gama de analitos que serão procurados e detectados.
Os testes químicos mais utilizados para triagem da  Cannabis sativa
L. são Fast Blue B e Duquenóis-Levine. As reações colorimétricas que
ocorrem nesses testes são atribuídas à natureza fenólica da estrutura
química dos canabinoides e, por isso, falta-lhes especificidade, pois ou-
tros compostos análogos presentes nos vegetais podem se comportar
de maneira semelhante. Assim, o presente trabalho teve como objetivo
pesquisar se outras drogas vegetais interferem nestes testes químicos,
amplamente utilizados em laboratórios de química e toxicologia forense
(BORDIN, 2012, p.2041).

PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS


Sobre a reação de Duquenóis-Levine, destaca-se o caso apre-
sentado por Bordin et al. (2012 p.2041), onde informa a coloração ob-
servada a partir dos testes químicos realizados.

“Para o teste de Duquenóis-Levine, uma alíquota de 100 mg de cada amos-


tra de maconha ou droga vegetal foi transferida para um frasco vidro incolor,
com capacidade para 10 mL, com tampa e submetida à extração com 2 mL
da solução de vanilina etanólica 2%. O extrato foi obtido através de filtração
simples direta em tubo de ensaio. Em seguida, foram adicionados lentamen-
te pelas paredes do tubo 2 mL de ácido clorídrico concentrado. A formação
de anel azul-violáceo indica resultado positivo para o teste” (BORDIN, et al.,
2012 p.2041).

No caso da cocaína, o teste indicado é o teste de Scott que se


utiliza do composto tiocianato de cobalto e, quando em contato com o
produto, obtém a coloração azul.

39
Figura 13. Reagente químico da maconha

Fonte: Autora (2021) adaptado de (MATOS; BUSKO, sd, on-line)

Figura 14. Reagente químico da cocaína

Fonte: Autora (2021) adaptado de (MATOS; BUSKO, sd, on-line)

Nos casos em que se pretende analisar manchas de sangue, a


análise é realizada através da aplicação de técnicas que se utilizam de
reveladores químicos de maneira que o produto, ao ser aplicado, pro-
duz uma luminescência que, em ambientes escuros, podem ser vistos
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

a olho nu. Dentre os reagentes químicos que possibilitam esta ação,


pode ser identificado o luminol, que se destaca pela alta sensibilidade
no processo de revelação de manchas mesmo depois de muitos anos
decorridos da ocorrência do crime.

Figura 15. Luminol e equação química

Fonte: WIKIMEDIACOMMONS (sd, on-line)

40
O luminol foi apresentado à população como a materialização
de um produto de ficção científica extraído de seriados americanos do
tipo CSI, capaz de desvendar os mais obscuros crimes. O luminol, na
realidade, é uma substância química que, quando em contato com o
sangue humano, reage com o ferro presente na hemoglobina e produz
uma reação química de luminosidade azul-fluorescente. Desde há mui-
to, as polícias científicas e os peritos de todo o mundo utilizam o luminol
quando pretendem verificar a existência de sangue em ambientes, rou-
pas, armas, facas, cujos vestígios, eventualmente, os criminosos tenta-
ram apagar. Mesmo quando o delinquente lava o local do crime como
o objetivo deliberado de ocultar sinais comprometedores de sangue da
vítima, de despistar os investigadores, é possível detectar durante a
realização de exame pericial a presença de sangue, uma vez que a
luz produzida brilha o suficiente para ser vista em um ambiente escuro
(CHEGURY, 2010, on-line).

Existe ainda, nessa mesma linha de utilização de reagentes


químicos, a aplicação dos testes de certeza, onde em sua realização se

PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS


confirma a existência de sangue na amostra coletada. Em determinados
casos, o teste realizado identifica se o sangue coletado é de origem
humana.
O presente teste é realizado através de a utilização de determi-
nados reagentes que favorecem a criação de cristais que são insolúveis
em água, ou seja, quando o reagente é aplicado na mancha de sangue,
cristais insolúveis são formados. Dessa maneira, observa-se que, a de-
pender do tipo de produto reagente, um cristal diferente é criado e, nes-
se sentido, destaca-se que, quando o reagente aplicado é a solução de
brometo de potássio, iodeto de potássio ou cloreto de potássio em ácido
acético glacial, o cristal que surge é o de Teichman. Nesse sentido, Silva
et al. (sem data, on-line), destacam que:

“As pesquisas para desvendar se uma amostra é sangue ou não, partindo de


princípios bioquímicos, teve início em 1853, quando Teichmann relatou a for-
mação de cristais de hemina, obtido a partir de cristalização do grupo heme
do sangue de cães, coelhos entre outros animais. E em 1912 Takayama fez a
descrição de métodos bioquímicos onde melhorou a aplicação médico-legal,
com a finalidade de produzir cristais de hemocromogênio. Takayama, em seu
método desenvolvido, teve o interesse de promover a interação entre o grupo

41
heme e a piridina formando cristais que se agrupam sob a forma de bastões
de várias larguras ou ainda em formato de pena”. (SILVA, et al., sem data,
on-line).

E, no que se refere às funções que podem ser observadas no


âmbito do método de Takayama, destaca-se a possibilidade de identi-
ficar se existe sangue em determinados locais através da identificação
e observação de cristais formados derivados do grupo heme. E sobre
a maneira como o teste é realizado, Silva et al. (sem data, on-line) des-
tacam que:

“O teste de Takayama é aplicado em fibras do tecido manchado, ou em ras-


pados de crosta. O método usado para obter tais cristais. A solução de tra-
balho consiste em inicialmente preparar duas soluções:• Solução saturada
de Glicose-D: 100g de Glicose-D e 100ml de água destilada.• Solução de
hidróxido de sódio a 10%: 10g de hidróxido de sódio e 100ml de água desti-
lada. Feita as duas soluções, o preparo da solução de trabalho deve ser feita
na hora de usar. Onde será usado 0,5ml da solução saturada de Glicose-D,
0,5ml de hidróxido de sódio a 10%, 0,5ml de piridina e 1ml de água destila-
da”. (SILVA, et al., sem data, on-line).

Nos casos da formação dos Cristais de Takayama, a reação


observada se dá a partir de uma hidrólise alcalina, onde haverá a sepa-
ração de grupo prostético da globina.
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

Sobre produtos que causam envenenamento, como é o caso


do arsênio, observa-se que sua reação ocorre a partir da interação com
grupos sulfidrílicos (S-H), como é o caso do aminoácido cisteína que é
encontrado nas enzimas das plantas. De acordo com Matos; Busko, sd,
on-line, a reação do arsênio com o composto químico ocorre da seguin-
te maneira:

“Zinco metálico e o ácido sulfúrico são adicionados a amostra em que há


suspeita da presença de arsênio. Se este estiver na forma de óxido (As2O3),
o zinco entra como agente redutor sobre o arsênio, conforme a equação: 6
Zn + As2O3 + 6H + ◊ 2 As³ – + 6 Zn²+ + 3H2O (1)”. (MATOS; BUSKO, sd,
on-line)

Nos casos em que o objetivo é a identificação de resíduos de


disparos de armas de fogo, como é o caso do bário e chumbo, a amos-
tra deve ser colocada em contato com uma solução de rodizonato de
sódio e, em caso de haver resíduos, surgirá uma cor vermelha forte.
Ainda sobre a função do perito, caso a intenção seja a identifi-
cação de impressão digital em determinados objetivos, a proposta é a
utilização da aninidrina que, em contato com o suor ou demais secre-
42
ções da pele, faz surgir as impressões digitais do objeto tocado.
Em casos relacionados com a identificação de embriaguez em
indivíduos, situação recorrentemente aplicada nas leis secas, observa-
-se o uso do etilômetro (vulgarmente definido por bafômetro) que fun-
ciona a partir do momento em que o usuário sopra em um tubo que
possui dicromato de potássio e, em contato com o dicromato em aldeído
acético, se surgir a coloração verde, indica-se estado de embriaguez.
Vejamos o que Anelli (sd, on-line) indica sobre o funcionamento do eti-
lômetro:

“O etilômetro eletrônico não só indica a presença de álcool no ar exalado,


como também sua quantidade. Funciona como uma pilha de combustível,
utilizando princípios eletroquímicos. O etanol é oxidado em meio ácido sobre
um disco plástico poroso coberto com pó de platina, que atua como catalisa-
dor, e umedecido com ácido sulfúrico, sendo um eletrodo conectado a cada
lado desse disco. A corrente elétrica produzida é proporcional à concentração
de álcool no ar expirado dos pulmões do indivíduo. Quando não houve con-
sumo de bebida alcoólica, não há corrente, e o aparelho marca concentração
zero”. (ANELLI, sd, on-line)

Figura 16. Bafômetro

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Fonte: Esta foto de autor desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND

A forma como as manchas de sangue está disposta no local


do crime ajuda na sua reconstrução. Um olhar atento sobre essas man-
chas revela a posição da vítima e do agressor, o trajeto de ocultação do
cadáver ou de fuga, a arma, intensidade e distância que ela foi utilizada
e até incluir e excluir suspeitos. (KASVI, sd, on-line).
43
RETRATO FALADO NA PERÍCIA CRIMINAL

Da mesma maneira que a perícia é realizada com o auxílio


de métodos específicos através da aplicação de reagentes químicos, o
profissional que está desenvolvendo trabalhados no âmbito do proces-
so de investigação criminal, pode se utilizar também do retrato falado,
que pode ser compreendido com um instrumento capaz de delimitar a
abrangência dos suspeitos envolvidos no processo de investigação cri-
minal. Nesse sentido, Tozadori (2006, p.34) destaca que:

“No âmbito do Direito, mais precisamente no que tange ao Processo Penal


brasileiro, o CPP indica diversos meios de provas: as chamadas provas no-
minadas. Entretanto, não há limitação dos meios de prova, uma vez que a lei
não os esgota, sendo que outros meios probatórios podem ser usados, des-
de que suscetíveis de obter a certeza no caso concreto. Neste caso, têm-se
as provas inominadas, isto é, aquelas que não constam no rol do CPP, tais
como o retrato falado, o croqui, a filmagem e as interceptações telefônicas”
(TOZADORI, 2006).

A história do retrato falado teve seu início em 1881, na Ingla-


terra, com Percy Lefroy Mapleton, quando o mesmo se viu envolvido
na morte de duas pessoas enquanto viajava no trem que fazia o trajeto
Londres-Brighton. Mesmo assim, a história de Mapletone em seu “famo-
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so retrato”, não ocupam um lugar de honra na história da criminalística e


da investigação policial moderna. Este caso ficou mais conhecido como
o “assassino da ferrovia”, apelido criado pela imprensa da época (AZE-
VEDO; FARIA, 2014).
Ainda no sentido de compreender a real importância do retrato
falado no âmbito do processo investigativo, destaca-se o posicionamen-
to de Martins (sem data, on-line):
“Dentro do elenco de delitos praticados em vias públicas e estradas, o roubo
de cargas em veículos situa-se como um dos crimes onde o uso da câmera
de vigilância pública oferece geralmente baixa utilidade. Nesta modalidade
de delito, os criminosos planejam antecipadamente o ataque ao veículo, es-
tudam detalhes da rota e optam por um ponto sem cobertura efetiva de dispo-
sitivos de vigilância. Por outro lado, é impossível ao aparelho policial oferecer
um sistema onipresente que ofereça cobertura plena a todas as áreas de
risco. Áreas abertas, planas e claras apresentam melhor efetividade policial
aplicado que áreas escuras ou áreas com maior volume de acidentes geo-
gráficos como favelas e morros ou aclives em estradas, que forçam a marcha
reduzida do caminhão e favorecem o acesso de marginais para o roubo de
cargas. De modo similar, este esforço policial empregado para realizar a pri-
são do autor do delito criminal tende a aumentar em comunidades de maior
poder econômico, onde o crime tem maior” (MARTINS, sem data, on-line).

44
Por isso, a tarefa de se identificar, de modo judiciário ou po-
licial, algum fato ou alguém, independe de conhecimentos médicos, e
sua fundamentação reside no uso de dados etnográficos, antropomé-
tricos, antropológicos, visuais, dentre outros, para a identificação civil e
caracterização de criminosos. A constituição desse processo é realiza-
da por peritos em identificação, sendo o perito papiloscopista o profis-
sional responsável pela confecção do retrato falado, atuando também
na Identificação Civil (FRANÇA, 1998).
No Brasil, o uso do retrato falado, como pôde ser visto ante-
riormente, está inserido no contexto do processo penal como meio de
prova permitido pelo direito, visto que não está enquadrado naquele
sistema enumerado no artigo 5º da Constituição Federal, LVI e ainda
no artigo 233 do Código de Processo Penal, conforme encontra-se, res-
pectivamente, elucidado abaixo:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviola-
bilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à proprie-
dade, nos termos seguintes:
LVI  - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.
(BRASIL, 1988)

Art. 233. As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios crimino-

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sos, não serão admitidas em juízo.
Parágrafo único. As cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo
destinatário, para a defesa de seu direito, ainda que não haja consentimento
do signatário. (BRASIL, 2020).

Figura 17. Retrato falado e previsão legal

Fonte: Autora, adaptado de França (1998)


45
Dessa maneira, o método de investigação e estruturação do
retrato falado deve seguir um padrão específico de particularidades,
quais sejam; unicidade, imutabilidade, praticabilidade, classificabilidade
e perenidade. Isso significa dizer que o retrato falado a ser elaborado
pelo perito com o objetivo precípuo de ser utilizado como meio de prova
no processo penal deve seguir alguns requisitos básicos para a sua
validade. Nesse sentido, França (1998, p.56) destaca que:

“o bom método de identificação é aquele que apresenta as seguintes parti-


cularidades: a. Unicidade: um conjunto de caracteres que torne o indivíduo
diferente de todos os outros; b. Imutabilidade: os elementos registrados de-
vem permanecer sempre sem sofrer a ação de qualquer fator endógeno ou
exógeno; c. Perenidade: capacidade que alguns elementos têm de resistir
ao tempo; d. Praticabilidade: dispõe de elementos de fácil obtenção e que
não lhe dificultem a maneira de registrar; e. Classificabilidade: O processo
deve ser executado de tal modo a ponto de permitir não só uma classificação
adequada, como também facilidade para encontrar as respectivas fichas”.
(FRANÇA, 1998 p.56)

Atualmente, o sistema investigativo brasileiro apresenta para


além da necessidade de o retrato falado ser estruturado por um profis-
sional devidamente habilitado, a possibilidade de o instrumento proba-
tório ser construído a partir do uso de ferramentas tecnológicas especí-
ficas, como é o caso do programa que foi utilizado no âmbito do Projeto
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Hórus, em que o sistema desenvolvido com o auxílio dos profissionais


da área pericial proporciona a formação de um retrato falado de alta
qualidade, que favorece no processo de identificação dos sujeitos que
praticaram condutas criminosas. Nesse sentido, Martins (sem data, on-
-line) destaca que:

“Aplicativos de última geração para desenvolvimento do retrato falado produ-


zido por computador oferecem uma ótima qualidade na edição da montagem
do retrato, bem próxima a qualidade fotográfica, reproduzindo com melhor
precisão o modelo mental e características declaradas pelo entrevistado.
Para tornar a futura identificação visual do suspeito gerado em um retrato
falado eficiente, é necessário um grande volume de detalhes, cujas caracte-
rísticas permitirão a identificação facial do suspeito”. (MARTINS, sem data,
on-line)

46
Com a chegada da era digital e a necessidade de moderniza-
ção do sistema manual, já ultrapassado, de elaboração de retrato fala-
do, a Secretaria Nacional da Segurança Pública (Senasp) vêm investin-
do em novos equipamentos e também na capacitação de pessoal. De
forma a aprimorar os conhecimentos dos peritos papiloscopistas atuan-
tes nos Institutos de Identificação (IIs) de todo Brasil no que diz respeito
à técnica de Representação Facial (MAGRANI, 2017, on-line).

Não obstante, existem policiais e peritos em identificação que


utilizam técnicas para reativar a memória das vítimas e testemunhas
para que elas possam passar elementos básicos para se formar um
retrato do suspeito, estas técnicas são um campo fértil para novas pes-
quisas. O melhor método de descrever as pessoas consiste em come-
çar por elementos gerais. Na descrição geral das pessoas devem ser
observados fatores, tais como raça, idade, sexo, estatura, peso, com-
pleição. Após, descreve-se as características específicas, cor do cabelo
e dos olhos, cor da pele, uso de bigode ou barba, condição dos dentes,
cicatrizes e marcas, uso de óculos, peculiaridades físicas, tipo e aspec-

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to da roupa (TESCAROLLO, 1975).
Analisando as exigências apresentadas para o processo de
elaboração do retrato falado e, interligando com a própria função social
do instrumento que será utilizado no ambiente do processo penal, ob-
serva-se que o objetivo final de todo o sistema é facilitar, em demasia,
o processo investigativo. Consequentemente, tornar eficiente o devido
processo legal quando da ocorrência de fatos criminosos que ocorrem,
corriqueiramente, na sociedade.
Vejamos, como exemplo que não deve ser seguido no âmbito
da elaboração do retrato falado, o caso que ocorreu na Cidade da Luz,
região do Algarve (Portugal), em maio de 2007, quando houve o desa-
parecimento de uma criança britânica chamada Madeleine Mccann.

47
Figura 18. Primeiro retrato falado caso Maddaleine

Fonte: NSC (2008, on-line)

Este foi o primeiro retrato falado do suspeito no processo de


sequestro da menina britânica. Ao analisar a imagem, observa-se que
inúmeros foram os erros praticados, na altura, pelos profissionais res-
ponsáveis no processo de elaboração da construção identitária do sus-
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peito, visto que inúmeros dados importantes não foram contemplados


neste momento, nomeadamente, a etnografia, antropometria e a antro-
pologia e, por isso, os elementos essenciais da unicidade, imutabilida-
de, praticabilidade, classificabilidade e perenidade não puderam estar
presentes no retrato falado.
Após as repercussões da divulgação do retrato falado em for-
mato de ovo, onde qualquer pessoa se encaixaria nesta descrição, a
polícia judiciária portuguesa precisou contratar um profissional mais
habilitado para que, de acordo com informações coletadas no âmbito
das investigações, com o uso de técnicas adequadas, inclusive com o
auxílio de programas informáticos, se conseguiu construir um novo re-
trato falado do indivíduo suspeito em sequestrar a criança britânica, que
pode ser vista na figura 22 abaixo.

48
Figura 19 - Segundo retrato falado caso Maddaleine

Fonte: NSC (2008, on-line)

Ao analisar a figura acima, torna-se possível perceber as dife-


renças entre os dois documentos utilizados no âmbito da investigação.

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Ademais, não se pode deixar de refletir sobre os possíveis impactos
negativos que o primeiro documento causou no âmbito da investigação.
Isso quer dizer, tão somente, que caso o segundo retrato falado tivesse
sido divulgado primeiro, talvez teria aumentado as chances de ter o
mistério do desaparecimento da criança britânica resolvido.
Por isso, é de fundamental importância que sejam desenvol-
vidos mais estudos sobre a relação entre o perito/testemunha para a
construção do retrato falado. Somente por meio da coleta e sistema-
tização de todos os âmbitos deste processo técnico serão fornecidos
elementos para aperfeiçoar a descrição do infrator e ao mesmo tempo
garantir a integridade física e psicológica da testemunha (REIS, 2008).

49
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2010 Banca: FUNIVERSA Órgão: SECTEC-GO Prova: Papilos-
copista Policial
Retrato falado
a) equivale-se à fotografia do criminoso.
b) é a expressão criada por Cesare Lombroso.
c) são alterações nas fotografias constantes em documentos, visando à
sua atualização.
d) é a prova do crime de alguém.
e) inicia-se com uma entrevista sistematizada.

QUESTÃO 2
Ano: 2016 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA
- PE Prova: Perito Papiloscopista
Acerca do retrato falado, assinale a opção correta.
a) É possível elaborar três tipos diferentes de retratos falados: cromático,
morfológico ou complementar.
b) O retrato falado, reconhecido como o primeiro método científico de
identificação, baseia-se em medidas classificáveis, como dados antro-
pométricos e sinais individuais.
c) Retrato falado e fotografia sinalética são termos sinônimos.
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d) O retrato falado pode ser útil ao apontar, no conjunto dos elementos


investigados, indivíduos suspeitos.
e) O retrato falado resulta em fotografias de frente e de perfil de um
indivíduo.

QUESTÃO 3
Ano: 2016 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA
- PE Prova: Médico Legista
A respeito do reconhecimento e do retrato falado, assinale a opção
correta.
a) O reconhecimento não é passível de subjetividade e não é influen-
ciado quando o reconhecedor está sob forte emoção ou com interesses
diversos.
b) O reconhecimento baseia-se na comparação entre as sensações vi-
sual, auditiva ou tátil do passado e as do presente, despertadas por
meio da pessoa a ser reconhecida.
c) O retrato falado é considerado mais que um método de localização,
por ser um método de identificação médico-legal.
d) As técnicas informatizadas de retrato falado não têm sido muito utili-
50
zadas para investigação.
e) O reconhecimento, por ser baseado na memória comparativa, é um
método seguro de identificação.

QUESTÃO 4
Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: POLITEC-MT Provas: Perito Cri-
minal - Engenharia Agronômica
As impressões digitais estão entre as principais evidências encon-
tradas em locais de crimes. Elas são formadas pela transferência de
substâncias produzidas pela transpiração e secreções sebáceas,
além de água, eletrólitos e biomoléculas, em especial, aminoáci-
dos e ácidos graxos. Para a revelação das impressões latentes, os
peritos criminais fazem uso de diversos reagentes químicos.
Indique a opção que apresenta a correlação INCORRETA entre o
reagente químico e a substância com que este reage, respectiva-
mente:
a) Cianoacrilato / Água
b) Nitrato de prata / Cloreto
c) Iodo / Ácidos graxos insaturados
d) Ninidrina / α-aminoácidos
e) Cloreto de cobalto / Gorduras

QUESTÃO 5

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Ano: 2016 Banca: IADES Órgão: PC-DF Prova: Perito Criminal -
Ciências Biológicas
Em uma cena de determinado crime, manchas de sangue são ves-
tígios de grande importância para a elucidação do ocorrido no am-
biente. Essas manchas podem estar diluídas, invisíveis a olho nu
ou em superfícies escuras, sendo assim detectadas por meio da
utilização de reagentes especiais. No que se refere aos testes uti-
lizados em uma amostra de sangue, assinale a alternativa correta.
a) A utilização de reagentes, na detecção de possíveis amostras de san-
gue em local de investigação, não causa degradação do DNA a longo
prazo, estando essas amostras disponíveis a qualquer tempo para nova
análise.
b) O sangue exposto ao ambiente está sujeito a uma série de processos
de degradação, porém na hemoglobina não ocorrem modificações, sen-
do possível a identificação do sangue.
c) Os testes presuntivos, também denominados testes de orientação,
utilizados para a detecção de sangue, têm como princípio uma reação
de oxidação de determinado indicador por um agente oxidante, catalisa-
da na presença de sangue.
51
d) O luminol (3-aminoftalidrazida) é um teste de baixa sensibilidade, e
não é recomendado o respectivo uso em superfícies não absorventes e
em tecido de algodão.
e) Para um teste de triagem, dos testes presuntivos de cor a benzidina
é o reagente que apresenta menor sensibilidade, devendo ser evitada

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

Comente sobre a importância do retrato falado como meio de prova no


âmbito do processo penal.

TREINO INÉDITO

Sobre o tipo de instrumento utilizado para a realização da blitz “lei seca”,


assinale a alternativa correta.
a) Etilômetro
b) Pipeta
c) Büser
d) Kracher
e) Dauf

NA MÍDIA
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DECEPCIONADO COM O SER HUMANO


A viagem de férias na capital baiana terminou em susto, tristeza e de-
cepção para o engenheiro Bruno de Melo Pereira, a esposa, três filhos
e outros cinco familiares, todos turistas de Brasília, Distrito Federal. Fi-
lha de Bruno, a estudante Bruna de Melo Pereira, 22 anos, levou duas
facadas nas costas na noite da segunda-feira (28), no bairro de Stella
Maris, em Salvador.
A vítima havia acabado de sair do Hotel Catussaba, onde todos es-
tavam hospedados, quando foi surpreendida por um bandido que lhe
atacou duas vezes com uma faca. O homem feriu a jovem, roubou o
celular e fugiu. O ato, afirma o pai, é um sinal de que “o humano não tem
respeito” pela vida do outro.
“Fico muito decepcionado porque isso revela uma falta de amor, de fé,
de família. O meu sentimento é de decepção”.
Fonte: Tailane Muniz
Data: 2019
Leia a informação na íntegra:
https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/decepcionado-com-o-
-ser-humano-diz-pai-de-turista-esfaqueada-em-stella-maris/
52
NA PRÁTICA

APLICAÇÃO FORENSE DO LUMINOL


O luminol (5-amino-2,3-dihidroftalazina-1,4-diona) e a sua propriedade
quimioluminescente são conhecidos há muitos anos, porém apenas em
1937 foi aplicada na ciência forense para a identificação de sangue.
Esse mecanismo é complexo e baseia-se na emissão de luz através do
processo de quimioluminescência, onde ocorre uma reação de oxirredu-
ção na presença do ferro da hemoglobina e de peróxido de hidrogênio.
Vários agentes podem interferir na eficiência desta reação, seja de na-
tureza ambiental, industrial ou doméstica. Apesar da elevada sensibili-
dade desse reagente, não apresenta especificidade para sangue huma-
no. A manipulação das soluções utilizadas nos testes deve ser realizada
sempre com a utilização de equipamentos de segurança individual. O
luminol não apresenta interferência nos exames de ADN, entretanto
pode interferir na eficiência dos testes presuntivos para identificação de
sangue humano.
Fonte: Flávia Armani de Vasconcellos/ Washington Xavier de Paula
Data: 2017
REVISTA CRIMINALÍSTICA E MEDICINA LEGAL V.1 | N.2 | 2017 | P.
28 - 36 | ISSN 2526-0596
Disponível em: http://revistacml.com.br/wp-content/uploads/2018/04/
RCML-2-04.pdf

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PARA SABER MAIS

Filme sobre o assunto: Arquivo X (seriado)


Peça de teatro: Acima de qualquer suspeita
Acesse o link:
Para compreender um pouco mais sobre a importância do retrato falado
no decorrer das investigações, indica-se o vídeo estruturado pela polí-
cia civil do Estado de SP, cujo título é: Retrato falado é parte importante
em investigações. O vídeo pode ser acessado na íntegra através do
endereço eletrônico: https://youtu.be/IC4uIoUZ-JQ

53
PROJEÇÕES DE ENVELHECIMENTO,
O USO DE DISFARCES E PROSOPOGRAFIA
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE PROJEÇÕES DE ENVELHECI-


MENTO E SUA RELAÇÃO COM O RETRATO FALADO

Tendo compreendido a importância da construção do retrato


falado, que pode ser observado no âmbito da perícia criminal de forma
a se utilizar, adequadamente, como instrumento probatório no processo
penal, a fim de que seja possível esclarecer determinadas pendências
sobre quem seria o sujeito que praticou a conduta delituosa que está
sendo investigada.
Dessa maneira, sabendo que o retrato falado é um instrumento
que auxilia o processo de investigação criminal e o consequente pro-
cesso judicial, torna-se importante destacar que nem sempre, a partir
da construção do retrato falado, o suspeito é facilmente identificado, por
várias questões, como é o caso do uso de disfarces, descrições sobre
feições, vestimentas e biografia do suspeito. Ademais, existem situa-
54
ções em que a conduta delituosa foi praticada já há bastante tempo,
mas não conseguiu localizar o suspeito e, portanto, torna-se necessário
um estudo de projeção de envelhecimento do retrato falado.
Não é que o perfil psicológico será modificado, mas tão somen-
te, em virtude das questões relacionadas com o próprio envelhecimento
humano, como surgimento de linhas de expressão e demais sinais de
envelhecimento, haverá uma modificação na estrutura física e fácil do
suspeito. Esta projeção de envelhecimento também é bastante utilizada
como auxílio na busca de pessoas desaparecidas. Nesse sentido, sobre
envelhecimento humano destaca-se o especificado por Brito e Litivoc
(2004, p. 35):

“O envelhecimento é um fenômeno que atinge todos os seres humanos, in-


dependentemente. Sendo caracterizado como um processo dinâmico, pro-
gressivo e irreversível, ligados intimamente a fatores biológicos, psíquicos e
sociais” (BRITO E LITVOC, 2004 p.35)

E, no sentido de que o crime seja totalmente esclarecido, visto


que a justiça não poderá deixar de fazer algo senão em virtude da lei, a
projeção de envelhecimento do suspeito deve ser realizada, conforme
as especificações técnicas necessárias e, ainda, através do uso de to-
das as ferramentas possíveis que venham auxiliar esta projeção.
A produção de provas durante a instrução de inquéritos poli-

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ciais no sistema criminal brasileiro vem sendo alvo constante de estu-
dos doutrinários e, nesse mesmo contexto, objeto de contundentes crí-
ticas acerca de seu procedimentalismo. Ora é dito ser este exacerbado,
demorando mais do que o necessário para a formação dos elementos
de prova; ora é demasiado célere, ultrapassando etapas e pecando pela
ausência de parâmetros claros para a demonstração do preenchimento
dos requisitos necessários para a adoção desta ou daquela providência
investigativa. O volume de artigos e livros publicados sobre o assunto
revela a importância da investigação preliminar e do inquérito policial
para a medida certa do processo penal no Brasil. Por isso, quanto maior
o debate e o conhecimento sobre este procedimento, melhor para o
processo penal em sua acuidade (FRANÇA, 2018).

TÉCNICAS DE PROJEÇÃO DE ENVELHECIMENTO

Sabendo que existe uma função social e jurídica para o proces-


so de projeção do envelhecimento do retrato falado, destaca-se a ne-
cessidade de compreender a maneira como o processo funciona, pois
apesar de ser algo bastante útil e, atualmente, muito utilizado, dessa
55
maneira, não é algo que se dispensa a compreensão de especificidades
técnicas e muito menos alguns requisitos próprios para a realização das
técnicas, quais sejam: domínio de técnicas de desenho e de entrevista;
ter conhecimento da anatomia facial e dos programas que se destinam
ao processo de edição de imagens entender o funcionamento; conheci-
mentos em programas de edição de imagens; ter inteligência emocional
para que seja possível entrevistar as pessoas em diversos momentos;
ser observador para que seja possível coletar todas as informações e
detalhes necessários no sentido de se construir a face humana.

Figura 20 - Projeção de envelhecimento


PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

Fonte: UOL (2009, on-line)

Portanto, para que o processo de projeção de envelhecimento


do indivíduo seja realizado de maneira adequada, o perito deverá ter
acesso a algumas testemunhas no sentido de compreender a descrição
do perfil físico e emocional da pessoa e ainda ter acesso a fotos em que
seja possível identificar, com a máxima clareza, as definições físicas do
indivíduo objeto da construção de representação facial.
Nesse sentido, estando o perito de posse da fotografia do in-
divíduo que será “envelhecido”, deverá inserir a fotografia em um pro-
grama de edição de imagens e monitorar, a partir da inserção de outros
dados, a imagem final que será divulgada para os devidos fins.

56
Figura 21 - Projeção de envelhecimento: pessoas desaparecidas

PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

Fonte: GAFAD (sd, on-line)

Tendo como pressuposto projetar uma imagem atual de uma


pessoa que desapareceu já há bastante tempo, observa-se a necessi-
dade de se cumprir determinadas etapas para a realização do processo
de estruturação do retrato falado do indivíduo, conforme especificado
no gráfico abaixo e, ainda, a partir da análise do artigo 266 do Código
Processo Penal disposto em seguida.

“Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pes-


soa, proceder-se-á pela seguinte forma:
I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever
a pessoa que deva ser reconhecida;

57
Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível,
ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se
quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la;
III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconheci-
mento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em
face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para
que esta não veja aquela;
IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela
autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por
duas testemunhas presenciais.
Parágrafo único. O disposto no no III deste artigo não terá aplicação na fase
da instrução criminal ou em plenário de julgamento”. (BRASIL, 1941)

Figura 22 - Etapas para a projeção de envelhecimento


PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

Fonte: Autora (2021), adaptado de Brito e Litvoc (2004, p.10)

58
Ainda sobre as ferramentas utilizadas para a realização da pro-
jeção de envelhecimento facial com o intuito de se identificar o paradei-
ro do suspeito de um crime ou de uma pessoa desaparecida, são bem
específicas e modernas e compõe um todo necessário para o sistema
investigativo brasileiro.

A Polícia Federal (PF) implantou o projeto Hórus, um sistema


de identificação por retrato falado totalmente digital. O novo sistema
cria um banco de imagens coloridas de alta definição e desenvolve um
conjunto de técnicas de diminuição da distorção de tons de pele, inser-
ção de marcas corporais, acessórios, projeções de envelhecimento e
simulação de disfarces (GAZETA do POVO, 2009, on-line).

ASPECTOS DA PROSOPOGRAFIA NO ÂMBITO DA PERÍCIA PARA


O RECONHECIMENTO FACIAL

Para realizar a detecção de faces na atualidade dispomos de

PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS


várias técnicas, como os classificadores de Haar. Outra técnica bastan-
te utilizada atualmente é a PCA (Principal Component Analysis) desen-
volvida por Karls Pearson em 1901, e que é a mais antiga e conhecida
técnica de análise multivariada utilizada para a redução do espaço for-
mado com os dados obtidos, permitindo a análise do agrupamento dos
dados, a investigação de dependência entre estes, e a realização de
previsões (PEARSON, sem data, on-line).
A Prosopografia é termo polissêmico de origem grega (proso-
po = pessoa, personagem, face, máscara + grafia = descrição) com
significados sempre relacionados com a descrição da pessoa humana,
suas feições faciais, traços fisionômicos gerais e específicos, aparência
externa, e até aspectos sociais (TAVARES, 2016).
Com o advento da informática, métodos sofisticados de análi-
se facial foram desenvolvidos. Nesse sentido, no ano de 1988, surgiu
um programa para computador capaz de analisar a face do paciente
e a partir daí determinar os graus de deformidade dente-esquelética.
Segundo os autores, uma das vantagens deste programa é que ele fa-
cilitava a comunicação entre cirurgiões e residentes e entre cirurgiões
em si (PAPEL & PARK, 1988).
59
Com o surgimento deste processo de reconhecimento facial a
partir do uso de programa de computação gráfica, a análise pormenori-
zada de pontos faciais foi possível ser realizada e, assim, os aspectos
faciais do rosto humano passou a ser reconstruído. Destaca-se que,
mesmo os sujeitos que apresentavam assimetria facial, o programa de
computação gráfica se mostrou eficaz para o reconhecimento facial.
Diante do que se observa, destaca-se que a prosopografia é a
possibilidade de se utilizar o processo de ampliação de fotos de pessoas
que estão sendo investigadas e, sobrepor uma a outra, utilizando-se,
portanto, de cortes transversais ou longitudinais para que, em seguida,
seja possível incluir partes de uma fotografia na outra (cabelos, nariz,
orelha e boca). Por isso, no âmbito da perícia criminal, a prosopografia
se utiliza de técnicas comparativas de fotografias e outras imagens do
indivíduo para que encontre um resultado.

Figura 23. Etapas de funcionamento da prosopografia


PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

Fonte: Autora (2021), adaptado de Tavares (2016, p.5).

60
A antropologia forense engloba procedimentos relacionados
com diversas áreas do conhecimento, entre elas a odontologia. O exa-
me do crânio e face fornece informações que remetem ao sexo, idade,
fenótipo e estatura da vítima examinada (BRASIL, 2012).

Nesse sentido, observa-se que a prática da prosopografia é


feita a partir de métodos comparativos, onde o profissional irá sistemati-
zar as diferenças e semelhanças que são observadas nas imagens que
estão sob sua posse, conforme especificado por Azevedo e Rezende
(2014, p.202):

“Atualmente, o Exame Prosopográfico é a descrição da face humana de for-


ma comparativa, evidenciando semelhanças ou diferenças entre duas foto-
grafias nos aspectos físicos gerais e específicos, como o formato da cabeça,
o tipo e o posicionamento das orelhas, a distância entre os olhos, o tipo de
sobrancelhas, a testa, a raiz do nariz, o tamanho da boca, entre outros. Os
critérios científicos e objetivos do exame visam obter informações a respeito
de rostos humanos por meio de medições e comparações com padrões mor-

PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS


fológicos adotados pela doutrina. Com base nessas informações é possível
apontar semelhanças ou divergências entre faces que estão sendo compara-
das, de forma a constituir uma conclusão útil ao desenvolvimento da ativida-
de policial” (AZEVEDO; REZENDE, 2014 p.202)

61
Figura 24. Exame Prosopográfico

Fonte: (WERZBITZKI, sem data, on-line)

Portanto, o perito irá se utilizar de imagens fotográficas, ima-


PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

gens captadas a partir de câmeras de fiscalização, de programas de


reconhecimento facial para que a análise comparativa seja realizada
adequadamente. No que se refere aos aspectos da fotografia aliado ao
uso de outros instrumentos no processo de identificação do indivíduo,
destaca-se o especificado por Pozzebon et al. (2017, p.15):

“Quando a fotografia é aliada a instrumentos óticos como o microscópio, por


exemplo, a tendência é que muitas limitações da visão humana sejam re-
movidas, como também seu alcance seja ampliado. Contudo, enquanto a
fotografia proporcionar esta extensão da percepção visual além das limita-
ções humanas, naturalmente, em termos idôneos, a fotografia poderá ser
questionada. O uso dos processos fotográficos pela ciência é fato antigo e
naturalmente demonstra requerer diretrizes básicas que devem ser segui-
das, levando em consideração aspectos técnicos, estéticos, além da impar-
cialidade” (POZZEBON, et al., 2017 p.15)

Dessa maneira, a primeira parte do exame reside na análise


da proporção facial do indivíduo e, portanto, o perito deve realizar o
cálculo do índice de proporção facial que é realizado através da altura e
largura. Tendo o resultado sido zero ou próximo de zero, o perito deverá
comparar com todas as proporções faciais da imagem que tem acesso
62
e realizar uma análise pormenorizada sobre as semelhanças encontra-
das. Sendo assim, possivelmente a informação que será obtida é de
que se trata da mesma pessoa.

Existem recursos que auxiliam a PC, como os dados biomé-


tricos. Esses se referem às informações das medidas e características
fisiológicas e morfológicas das pessoas, coletadas por meio de técnicas
manuais ou tecnológicas. Os sistemas biométricos apresentam dois ob-
jetivos: o primeiro é o de identificação do indivíduo, pareando as infor-
mações coletadas com uma base de dados – permitindo assim o reco-
nhecimento do sujeito por comparação das características coletadas; e
o segundo é a verificação da autenticidade individual, confirmando ou
refutando sua identidade. Dentre essas características, encontram-se a
íris, a retina, a impressão digital, a voz, o formato do rosto, a geometria
da mão, o DNA e os odores do corpo. O uso desses traços biológicos
para a identificação pessoal pode ser eficaz, já que estes são únicos e
particulares de cada pessoa (WULF, et al., 2020).

PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

63
Figura 25. Aspectos analisados na prosopografia
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

Fonte: Azevedo, Resende (2014, p.206)

64
Em seguida, o profissional deverá realizar uma comparação
no processo de proporção dos terços faciais que seria, na verdade, a
proporcionalidade vertical, ou seja, o equilíbrio dos terços superior, mé-
dio e inferior da face. A segunda parte do processo reside na análise do
terço médio e ainda, a proporção ideal frontal que é a largura da base
do nariz com a distância intercantal e ainda, com a largura da boca com
distância interpupilar (AZEVEDO; REZENDE, 2014).
Portanto, se a partir das informações coletadas for possível ob-
servar que existem valores próximos em ambas as imagens, há uma
grande probabilidade de se considerar a mesma pessoa que está tendo
as imagens investigadas.
Em seguida, a terceira e última fase reside na análise das pro-
porções do terço inferior (proporção vertical do subnasal ao estômio do
lábio superior) e neste caso deve constar que as proporções devem
girar em torno de 1:2, mas com valores finais girando em torno de zero.
Nesse sentido, observa-se que a aplicação da prosopografia,
a partir do manuseio de documentos fotográficos auxiliado ao sistema
informático, apresenta um grande valor no âmbito da perícia criminal,
pois através da realização deste procedimento será possível construir
um cenário bem fundamentado que se destinado ao processo judicial,
conforme especifica Bandeira (2007, on-line):

“A fotografia forense, também conhecida como fotografia de evidências, vem

PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS


a cada ano ganhando papel de destaque no cenário pericial, sendo útil e
necessária para todos os peritos judiciais e criminais independentes de sua
especialidade pericial. Ela constitui uma excelente ferramenta de produção
de prova, enriquecendo o laudo pericial e os pareceres técnicos elaborados
pelos peritos”. (BANDEIRA, 2007, on-line)

Figura 26. A importância da fotografia na prosopografia

Fonte: Autora (2021) (BANDEIRA, 2007 on-line)

65
A Polícia Civil do Pará conta com ferramentas novas para
ajudar nas investigações. Além de um moderno software para fazer o
retrato falado dos suspeitos, o mesmo usado pela Polícia Federal, os
papiloscopistas paraenses agora usam as técnicas de perícia prosopo-
gráfica e de projeção de envelhecimento na hora de desvendar os cri-
mes. A perícia prosopográfica trabalha em cima das imagens feitas por
circuitos internos de filmagem. “Ela vem sendo importantíssima, porque
as empresas estão instalando câmeras de segurança em todos os luga-
res. Com as imagens, a gente consegue captar o rosto da pessoa que
está cometendo o crime. O papiloscopista confronta a imagem que o
suspeito tem no banco de dados civil com aquela feita pelo circuito de
televisão e chega a um laudo, que é enviado para a equipe que trabalha
no caso”. (PARÁ, 2015, on-line).

Sobre a importância da análise prosopográfica no processo de


identificação de indivíduos, em especial que praticaram crimes, desta-
ca-se o exemplo do caso ocorrido em Goiás, onde a 6ª Delegacia Distri-
tal de Aparecida de Goiânia, depois que o órgão de identificação oficial
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

de pessoas, ao utilizar as imagens captadas a partir do uso de câmeras


de monitoramento, conseguiu identificar o suspeito do crime e, em se-
guida, conseguiu finalizar o processo de investigação e cumprimento de
prisão preventiva do suspeito, vejamos abaixo:

“Policiais Civis da 6ª Delegacia Distrital de Aparecida de Goiânia, sob a co-


ordenação do delegado Carlos Levergger, deflagraram após oito meses de
investigação uma operação contra furtos e roubos de veículos e cumpriram
mandado de prisão preventiva em desfavor de Roberto Júlio Almeida do
Nascimento Júnior, investigado por dois roubos majorados pelo emprego de
arma de fogo ocorridos em janeiro deste ano.
Levergger explicou que, através de exame prosopográfico, com apoio do
Instituto de Identificação, foi feita a qualificação de Roberto, que utilizava
documentação falsa em nome de Rhayan David de Oliveira Menezes, dificul-
tando as investigações. “Ele é um elemento de altíssima periculosidade, com
histórico criminal por sete roubos, envolvendo veículos no estado de Goiás”,
explicou.
O exame de comparação de imagens faciais é realizado pela equipe do Nú-
cleo de Representação Facial Humana e Arte Forense e neste caso compa-
rou-se a imagem do autor do delito com o suspeito. Utilizando-se das ciên-
cias: antropometria e morfologia faciais, é possível detectar as similaridades
entre as faces.

66
O delegado comentou, ainda, que Roberto tentava fugir à ação policial mu-
dando o próprio aspecto, como, por exemplo, a cor dos cabelos”. (GOIANIA,
2017, on-line)

Como é possível perceber, o uso das tecnologias para o reco-


nhecimento facial, em várias demandas em que a sociedade apresenta,
destaca-se como de extrema importância e, por isso, tem sido bastante
utilizado. Nesse sentido, vários aplicativos são utilizados, como é o caso
daqueles que controlam acesso a sistemas informacionais e redes so-
ciais e o uso de vigilância eletrônica. Portanto, a proposta dos sistemas
informacionais para o reconhecimento facial busca evidenciar o afasta-
mento do uso de identidade falsa, ou seja, de práticas delituosas.
Vejamos, portanto, o exemplo do uso de ferramentas para re-
conhecimento facial em uma festa popular na cidade de Campina Gran-
de -PB, onde a Polícia Civil obteve bons resultados de combate a cri-
minalidade e, ainda, de identificação de suspeitos em crimes cometidos
há certo tempo.

“Facewatch esteve auxiliando na segurança do Maior São João do Mundo


em Campina Grande. Câmeras posicionadas estrategicamente monitoravam
todos os pontos de acesso ao Parque do Povo. O software foi administrado
pela Polícia local que carregou a base de dados e ficou responsável pela re-
cepção dos alertas, a partir daí os operadores que eram policiais acionavam
a equipe de segurança privada no local e monitoravam os indivíduos dando

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suporte direto da central de monitoramento localizada dentro das imediações
do evento. Nesse aspecto cabe ressaltar que a força policial foi devidamente
treinada em todos os níveis de operação e uso da ferramenta para que todo
o processo, do ponto de vista de tecnologia, também fosse administrado pela
segurança pública.
A comunicação entre os entes e a unificação das regras de engajamento
fizeram com que os resultados fosses rápidos e evidentes, vale ressaltar que
o primeiro alerta confirmado, seguido de prisão ocorreu dentro da primeira
meia hora de ativação do software. O saldo foi bem positivo: 11 prisões, mais
de 150 abordagens e, o mais incrível, uma redução de 90% nos número de
incidentes comparado ao ano de 2018”. (ZUCCHERATO, 2019, on-line)

Sendo assim, destaca-se a necessidade de os programas de


reconhecimento facial ter altos níveis de qualidade, visto que irá pro-
porcionar uma maior segurança social. Em contrapartida, caso o reco-
nhecimento facial não seja devidamente realizado, existe uma grande
possibilidade de danos sociais ocorrerem e, assim, prejudicar a vida de
todos os cidadãos.

67
Figura 27. O reconhecimento facial e o combate à criminalidade

Fonte: ZUCCHERATO (2019, on-line)

Portanto, é possível acontecer em algumas circunstâncias,


tanto o falso positivo como o negativo. Sendo o primeiro caso resultante
de uma análise em que não se identifica pequenas diferenças entre os
rostos dos indivíduos. Isso ocorre, com certa frequência, em setores
cadastrais de empresas destinadas ao consumo que, ao utilizar um sis-
tema não assertivo, acaba por favorecer a prática delituosa por parte de
alguns sujeitos. No caso do segundo, o sistema ao analisar a identidade
facial do sujeito, conclui que aquele sujeito não é quem diz ser, quando
na verdade, ele é realmente o sujeito.
Sendo assim, torna-se importante destacar que, por se tratar
de reconhecimento facial onde se evidencia como instrumento necessá-
rio na atualidade, não pode existir falhas e, portanto, os órgãos públicos
e as empresas privadas devem adotar sistemas assertivos de reconhe-
cimento facial.
Portanto, um sistema de reconhecimento facial assertivo, que
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

poderá auxiliar no processo pericial, deve apresentar boa qualidade,


ou seja, capaz de captar imagens com boa resolução, que possua uma
conexão estável (mesmo que em locais escuros), para que o erro seja
evitado, como é o caso do ocorrido nos EUA em que, decorrente de um
equívoco no processo de reconhecimento facial, um homem foi preso
injustamente, conforme pode ser analisado no caso abaixo:

“Em fevereiro de 2019, Nijeer Parks foi acusado de furtar doces e de tentar
atropelar um policial em um hotel na cidade de Woodbridge, em Nova Jersey,
nos Estados Unidos. Ele foi identificado por um policial que usou um software
de reconhecimento facial, apesar de estar a 50 quilômetros do local no mo-
mento do incidente”. (HILL, 2021, on-line)

O cerne da questão reside na necessidade de o perito precisar


ter acesso a informações visuais de qualidade para que, ao analisar em
conjunto com o apresentado pela descrição da vítima ou de um parente
(em caso de pessoa desaparecida), não se depare com informações
insuficientes, que tornem o perito incapaz de realizar o trabalho com
qualidade.

68
Por isso, no intuito de evitar reconhecimento facial de manei-
ra equivocada, indica-se o uso de ferramentas capazes de aplicar ele-
mentos da prosopografia adequados e favorecer que casos, como o do
Paulo Cupertino, possam inviabilizar o devido processo legal, quando,
ao cometer triplo homicídio em São Paulo fugiu para o Paraná, onde
conseguiu emitir documento de identificação.
Entretanto, em virtude de o trabalho da análise de reconheci-
mento facial e de aplicação de métodos da prosopografia foi possível
identificar e localizar o suspeito. Vejamos abaixo, respectivamente nas
figuras 28 e 29, tanto a imagem da cópia fraudulenta do documento de
identificação do suspeito, como também a imagem prosopográfica.

Figura 28. Documento Fraudado

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69
Figura 29. Imagem com aplicação da prosopografia
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Fonte: São Paulo (2019)

A era digital e seus aspectos cientificamente práticos e eco-


nômicos são a nova realidade. Técnicas fotográficas modernas são
absorvidas para maiores soluções na Ciência Forense, numa relação
custo-benefício talvez muito melhor do que os processos fotográficos
praticados anteriormente. O engajamento tecnológico é inevitável e fa-
z-se presente na elaboração dos laudos, pareceres técnicos ou pesqui-
sas diversas. A fotografia digital forense é o meio mais prático e comum
de ilustração de forma instantânea, documentando assuntos diversos
em auxílio à justiça (POZZEBON, et al., 2017).

70
QUESTÕES DE CONCURSO
QUESTÃO 1
Ano: 2017 Banca: IESES Órgão: IGP-SC Prova: Papiloscopista
Em relação à Representação Facial Humana-RFH, assinale a opção
INCORRETA:
a) É por meio da reconstituição facial humana que é possível se chegar
à imagem de uma face humana, em casos de cadáveres de identidade
desconhecida.
b) A Representação Facial Humana está restrita ao Retrato Falado (do
artístico ao informatizado), que tem como finalidade diminuir o universo
de suspeitos, a partir de uma reprodução das características de uma
face, baseada em descrição de uma vítima ou testemunha, utilizada
como um recurso adicional às investigações.
c) Exames prosopográficos têm como objetivo comparar a imagem de
faces humanas para verificar a similaridade entre elas.
d) Simulações de envelhecimento de faces e de disfarces são ferramen-
tas utilizadas pelo Instituto de Identificação de Santa Catarina no auxílio
de investigações.

QUESTÃO 2
Ano: 2010 Banca: FUNIVERSA Órgão: SECTEC-GO Prova: Papilos-
copista Policial

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Assinale a alternativa que apresenta a modalidade de representação
facial humana baseada no confronto entre fotografias humanas.
a) projeção de disfarce
b) retrato falado
c) reconstituição facial
d) exame prosopográfico
e) projeção de envelhecimento

QUESTÃO 3
Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPF Prova: Perito
Criminal Federal - Cargo 11
Julgue o item subsecutivo, referente aos princípios e métodos em-
pregados na identificação humana.
O assinalamento sucinto, a fotografia simples, o retrato falado e o
sistema datiloscópico de Vucetich são métodos de identificação
judiciária.
( ) Certo
( ) Errado

71
QUESTÃO 4
Ano: 2008 Banca: CEFET-BA Órgão: PC-BA Prova: Delegado de
Polícia
Identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas.
( ) O retrato falado, elaborado pelo perito, é uma prova totalmente
objetiva.
( ) Policiologia e Polícia Científica são dois outros nomes pelos
quais se conhece a Criminalística.
( ) A Criminalística acompanha a evolução de cada uma das ciên-
cias que a integram, incorporando cada novo avanço e/ou desco-
berta para atingir seu objetivo de determinar a origem comum dos
indícios.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a
a) F F V
b) V V F
c) V V V
d) F V V
e) F F F

QUESTÃO 5
Ano: 2014 Banca: Aroeira Órgão: PC-TO Prova: Papiloscopista
A representação de uma pessoa por meio de uma imagem, segundo
a abstrata descrição de seus aspectos físicos gerais, específicos
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

e as características distintivas narradas por terceiros, é o principal


objetivo de um trabalho do perito em identificação, para auxiliar a
investigação policial, diminuindo, assim, o universo de suspeitos
e apresentando um rosto com características semelhantes às do
suspeito procurado. Para isso, deve-se usar a seguinte técnica:
a) fotografia digital.
b) retrato falado.
c) cópias reprográficas.
d) imagem descritiva

QUESTÃO DISSERTATIVA

Disserte sobre a importância da fotografia no âmbito do desenvolvimen-


to dos trabalhos da prosopografia criminal.

TREINO INÉDITO

Sobre a possibilidade de se utilizar tecnologias da informação para au-


xiliar no processo de perícia criminal, analise as assertivas abaixo e, em
72
seguida, marque a alternativa correspondente.
I. O uso das tecnologias para o reconhecimento facial é fato real no
estado brasileiro;
II. O uso das tecnologias é de extrema importância para o processo de
reconhecimento facial.
a) I está correta e II está errada e a II complementa a I.
b) I e II estão corretas e a II complementa a I.
c) I e II estão falsas e a II não complementa a I.
d) I e II estão corretas e a II não complementa a I.
e) I e II estão falsas e a II complementa a I.

NA MÍDIA

ACUSADO DE MATAR ATOR RAFAEL MIGUEL FEZ DOCUMENTO


FALSO, DIZ POLÍCIA
A Polícia Civil informou que o empresário Paulo Cupertino Matias, acu-
sado de matar o ator Rafael Miguel e os pais dele, fez uma identida-
de falsa no interior do Paraná. Cupertino está foragido desde junho de
2019, quando matou o jovem e os pais por não aceitar o relacionamento
com a filha Isabela Tibcherani Matias. Tanto a jovem quanto a mãe pre-
senciaram o crime.
Fonte: Douglas Amorim
Data: 27/10/ 2020

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Disponível em: https://www.metropoles.com/brasil/acusado-de-matar-
-ator-rafael-miguel-fez-documento-falso-diz-policia Acesso em: 07 de
mar. 2021.

NA PRÁTICA

RECONHECIMENTO COMO MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL:


POSICIONAMENTO JURISPRUDENCIAL E CRÍTICAS AO MODELO
O presente texto analisa o procedimento para a produção de elementos
de prova a partir de sessões de reconhecimento pessoal ou fotográfico
dentro do contexto da investigação preliminar criminal no Brasil. É evi-
dente que o posicionamento de algumas Cortes Superiores acaba por
fragilizar esse mecanismo de investigação ao definir que a forma exigi-
da pelo artigo 226 do Código de Processo Penal pode ser mitigada, pelo
que este texto definirá as condições que devem ser observadas para a
apresentação do resultado, indicando-se alguns dos mais importantes
requisitos que devem estar presentes antes do início da investigação,
durante seu desenvolvimento e também na produção dos documentos
que passarão a fazer parte do inquérito policial após o encerramento
73
da sessão. Admite-se que a forma é essencial ao procedimento de re-
conhecimento na fase preliminar de investigação policial, reforçando-se
a obrigatoriedade do atendimento aos requisitos básicos e também a
outros recomendados pela técnica investigativa.
Fonte: Rafael Francisco França
Data: 2018
Disponível em:
https://periodicos.pf.gov.br/index.php/RDPJ/article/viewFile/606/355

SAIBA MAIS

Filme: Seven
Peça de teatro: O silêncio dos inocentes
Acesse os links:
Documentário do Jornal da Record. Ciência contra o crime: JR acompa-
nha plantão da Polícia Científica de São Paulo
Disponível em: https://youtu.be/P1LZzCKfJnc Acesso em: 07 de mar.
2021.
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

74
Chegando ao final de mais um conteúdo, apresenta-se um pa-
norama geral dos elementos que foram abordados em cada capítulo.
Dessa maneira, observa-se que no capítulo 1 foi possível compreender
tanto o que seria a função do papiloscopista, como também o tipo de
trabalho que ele desenvolve no âmbito da polícia.
Ainda no mesmo capítulo, abordou-se os tipos fundamentais
da papiloscopia e suas diferenças específicas, dando subsídio adequa-
do para o segundo capítulo, que passou a compreender o que seria
reagente químico e a maneira como deve ser aplicado no âmbito da pe-
rícia criminal. Em seguida, observou-se os estudos relacionados sobre
a importância do retrato falado no âmbito da perícia criminal.
Por fim, no último capitulo foi possível compreender as técni-
cas utilizadas no âmbito do retrato falado para auxiliar o processo de
perícia criminal, como é o caso das projeções de envelhecimento, os
aspectos da prosopografia e o reconhecimento facial.

PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

75
CAPÍTULO 1

QUESTÕES DE CONCURSO

1 2 3 4 5
A E D D D

DISSERTATIVA

A quiroscopia que tem por objetivo o estudo das papilas da região pal-
mar, a datiloscopia tem por objetivo de estudo é a impressão digital dos
dedos e, por fim, a podoscopia tem por objetivo principal o estudo das
papilas da região plantar.

TREINO INÉDITO
Gabarito: E
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76
CAPÍTULO 2

QUESTÕES DE CONCURSO

1 2 3 4 5
E D B E C

DISSERTATIVA

É de fundamental importância que sejam desenvolvidos mais estudos


sobre a relação entre o perito/testemunha para a construção do retrato
falado. Somente por meio da coleta e sistematização de todos os âmbi-
tos deste processo técnico serão fornecidos elementos para aperfeiçoar
a descrição do infrator e ao mesmo tempo garantir a integridade física e
psicológica da testemunha (REIS, 2008).

TREINO INÉDITO
Gabarito: A

PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

77
CAPÍTULO 3

QUESTÕES DE CONCURSO

1 2 3 4 5
B D CERTO D B

DISSERTATIVA

A aplicação da prosopografia, a partir do manuseio de documentos fo-


tográficos auxiliado ao sistema informático, apresenta um grande valor
no âmbito da perícia criminal, pois através da realização deste procedi-
mento será possível construir um cenário bem fundamentado se desti-
nado ao processo judicial, conforme especifica Bandeira (2007, on-line):

“A fotografia forense, também conhecida como fotografia de evidências, vem


a cada ano ganhando papel de destaque no cenário pericial, sendo útil e
necessária para todos os peritos judiciais e criminais independentes de sua
especialidade pericial. Ela constitui uma excelente ferramenta de produção
de prova, enriquecendo o laudo pericial e os pareceres técnicos elaborados
pelos peritos”. (BANDEIRA, 2007, on-line)

TREINO INÉDITO
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS

Gabarito: B

78
ANELLI, Vinicius. Química forense: a utilização da química contribuindo
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