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PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Um abraço,
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PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.
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A perícia criminal é uma área extremamente importante no
âmbito da sociedade, pois auxilia no devido processo legal, já que se
constrói elementos probatórios que poderão ser utilizados em sede de
investigação e processo penal. No âmbito da perícia, observa-se a figu-
ra do papiloscopista, profissional responsável para realizar funções in-
vestigativas específicas no sentido de identificação de sujeitos, seja no
setor criminal, seja também nas questões cotidianas, como é o caso da
emissão de um documento de identificação para o pleno exercício da ci-
dadania. Existem vários tipos fundamentais que podem ser trabalhados
na papiloscopia que auxiliam o perito na construção do retrato falado,
projeção de envelhecimento e, por fim, a realização da prosopografia no
âmbito da perícia criminal.
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS
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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
CAPÍTULO 01
ASPECTOS GERAIS DA PAPILOSCOPIA
Recapitulando _________________________________________________ 29
CAPÍTULO 02
REAGENTES QUÍMICOS E RETRATO FALADO NA PERÍCIA CRIMINAL
Recapitulando _________________________________________________ 50
CAPÍTULO 03
PROJEÇÕES DE ENVELHECIMENTO, O USO DE DISFARCES
E PROSOPOGRAFIA
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CAPÍTULO 03
PROJEÇÕES DE ENVELHECIMENTO, O USO DE DISFARCES
E PROSOPOGRAFIA
Recapitulando _________________________________________________ 71
Referências ____________________________________________________ 79
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS
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Qualquer processo de investigação necessita de uma análise
pormenorizada da cena que aconteceu o fato delituoso, visto que o re-
sultado deste processo será utilizado, como prova, no âmbito do pro-
cesso judicial. Dessa maneira, caso a investigação seja realizada de
maneira inadequada, as consequências podem ser as mais variadas,
como é o caso de uma prova ser considerada nula ou ineficaz, em vir-
tude da não observância dos requisitos necessários para a coleta de
provas.
Diante deste cenário investigativo, destaca-se a presença da
função do papiloscopista como sendo o profissional responsável pelo
desenvolvimento da perícia criminal, mais especificamente na identifi-
cação do indivíduo que praticou o crime ou ainda, que foi a vítima do
ato delituoso.
Através da realização das técnicas que podem ser observadas
na papiloscopia, será possível compreender quais são os métodos que
o profissional deve se utilizar para realizar, adequadamente, o processo
de investigação.
Nesse sentido, o presente conteúdo no capítulo 1 apresenta
elementos importantes sobre as atividades que podem ser realizadas no
âmbito da papiloscopia a partir de estudos gerais que fomentarão a com-
preensão dos fundamentos históricos do profissional, bem como os tipos
fundamentais que podem ser analisados no âmbito da papiloscopia.
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ASPECTOS GERAIS
DA PAPILOSCOPIA
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS
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zações que delas se utilizavam com objetivo da identificação de indivíduos
envolvidos em transações públicas e privadas. Estas primeiras utilizações já
pressupunham a possibilidade de individualização através das impressões
digitais, mas ainda estavam longe de imaginar a multiplicidade de usos que
delas poderiam ser feitas a posteriori. A autenticação do documento de di-
vórcio na China, no século sétimo, e a legalização de documentos de anal-
fabetos, no século nono, na Índia, foram exemplos importantes do uso das
impressões digitais na antiguidade” (DIAS, 2021, on-line).
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Ainda sobre o conceito exato de papiloscopia, destaca-se o
preceituado por Dias (2021, on-line):
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Figura 2. A história da papiloscopia
“Por ter caráter de norma nacional geral, aquela lei não esgotou as regras de
organização da polícia civil. É o que se depreende de seu art. 5º, que expres-
samente ressalvou a necessidade de observância das disposições específi-
cas da legislação de cada ente federado. A ressalva, que consta também do
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art. 3º, sequer seria necessária, porquanto decorre da autoadministração dos
estados-membros, consagrada no art. 25 da CF (1)”. (ADI 5182/PE)
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Dessa maneira, percebe-se que no próprio Código de Proces-
so Penal, existe a possibilidade de, em caso de inexistência de profis-
sional para a realização da perícia criminal, a função poder ser realizada
por pessoas com conduta ilibada. E, por isso, observa-se que, se diante
da inexistência de profissional para a realização de perícia, uma perícia
realiza por um papiloscopista ou datiloscopistas tem condições de ser
admitidas.
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Tendo compreendido, portanto, o objetivo central da papilosco-
pia, destaca-se a necessidade de saber a subdivisão da papiloscopia
em três classes distintas, nomeadamente em: quiroscopia, que tem por
objetivo o estudo das papilas da região palmar, datiloscopia cujo objeti-
vo de estudo é a impressão digital dos dedos e, por fim, podoscopia que
tem por objetivo principal o estudo das papilas da região plantar.
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Figura 7. Arco
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• Presilha Interna: a presilha interna é constituída por um delta
à direita com o núcleo desviado para a esquerda. Do lado direito da
figura será possível identificar o delta formado a partir do encontro das
linhas bases, nucleares e marginais (VELHO, et al., 2017 p.150).
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Neste sistema Vucetich, adotado pelo Brasil, o processo de
arquivamento é realizado através do sistema decadactilar, ou seja, as
impressões que são utilizadas são a dos dez dedos das mãos do indiví-
duo, sendo elas examinadas e, por fim, sua classificação e arquivamen-
to são realizados.
As coletas das impressões acima mencionadas são realiza-
das de maneira detalhada a fim de que sejam dispostas em documento
(fichas) específico, que apresenta uma disposição sequencial de dez
campos, onde será possível registrar cada dedo no devido local indi-
cado na própria ficha, nomeadamente polegar, indicador, médio, anular
e mínimo. Observa-se que os espaços que se encontram na parte de
cima do documento destinam-se aos dedos da mão direita e a parte de
baixo destinam-se aos dedos da mão esquerda.
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O verso da ficha serve para que se realize a identificação, ou
seja, a qualificação do indivíduo que está sendo examinado, ou seja,
elementos relacionados com nome, data de nascimento, filiação, estado
civil, profissão e, em seguida, a sequência dos dedos: indicador, médio,
anular e mínimo de cada uma das mãos.
O sistema Vucetich apresentado acima é a base fundamen-
tal da papiloscopia e nos casos da identificação inequívoca o processo
decorre da constatação dos pontos que são próprios das impressões
digitais, nomeadamente formações irregularidades e acidentes encon-
trados nas linhas e que, segundo Velho et al. (2017), podem ser ilhota,
bifurcação, cortada, ponto, forquilha ou encerro. Nesse sentido, Dultra
(2009 p.34) destaca que:
“Em uma impressão digital existem vários pontos característicos, que são
pequenos acidentes morfológicos encontrados durante o confronto de uma
impressão com outra. São necessários doze pontos característicos idênticos
e coincidentes para que a prova científica e jurídica tenha validade. Além
do sistema de linhas e pontos característicos, os poros também são obser-
vados. Esses são orifícios do canal produzido pelas glândulas sudoríparas”
(DULTRA, 2009).
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Figura 11. Conhecendo uma impressão digital
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2010 Banca: FUNIVERSA Órgão: SECTEC-GO Prova: Papilos-
copista Policial
QUESTÃO 2
Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: POLITEC-MT Prova: Perito Mé-
dico Legista - Psiquiátrica
A fórmula dactiloscópica de uma pessoa que exibe I-3441 na série
e E-2213 na seção, significa que os tipos fundamentais da classi-
ficação de Vucetich presentes nos seus dedos indicador direito e
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polegar esquerdo são, respectivamente:
a) verticilo e arco
b) presilha externa e arco.
c) presilha interna e verticilo.
d) arco e presilha interna.
e) presilha externa e presilha externa.
QUESTÃO 3
Ano: 2012 Banca: EXATUS Órgão: DETRAN-RJ Prova: Analista de
Identificação Civil
Juan Vucetich, Chefe de estatística da polícia de La Plata, Argenti-
na em 1891, Estudando a “Revue Scientifique” que continha o ar-
tigo de Henry de Varigny “Les empreintes digitales daprés Galton”
acerca das experiências de Galton sobre impressões papilares o
qual sugeria que fossem adotados dez dedos. Entusiasmado pelo
assunto Vucetich montou um sistema que denominou “icnofalan-
gometria”. Em 1894 Dr. Francisco Latzina publicou em seu jornal
“La Nacion” de Buenos Aires/Argentina, sugerindo que fosse subs-
tituído o nome para Dactiloscopia, sendo este novo nome compos-
to por dois elementos gregos: DAKTYLOS = dedos e SKOPÊIN =
examinar. Deste podemos afirmar que:
a) É o Arco constituído de linha mais ou menos paralelas abauladas que
vão de um lado ao outro lado do campo digital e formando dois deltas
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS
de cada lado.
b) Verticilo é o desenho digital composto pela presença de três deltas à
direita do observador.
c) São chamadas de presilhas o resultado da combinação de um arco
com um verticilo.
d) Juan Vucetich adotou quatro tipos fundamentais, Arco, Presilha Inter-
na, Presilha Externa e Verticilo.
QUESTÃO 4
Ano: 2013 Banca: Makiyama Órgão: DETRAN-RJ Prova: Assistente
Técnico de Identificação Civil
Considerando o Sistema decadactilar de Vucetich, na existência de
ponto(s) de confluência entre os sistemas basal, marginal e cen-
tral, há a criação de uma figura típica denominada
a) arco.
b) geral.
c) radial.
d) delta.
e) mediana.
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QUESTÃO 5
Ano: 2013 Banca: UEG Órgão: PC-GO Prova: Delegado de Polícia
- 2ª prova
Na cena do local do crime os peritos arrecadaram a seguinte fór-
mula datiloscópica:
V1421
A3213
O suspeito deverá apresentar qual desenho digital no dedo médio
da mão esquerda?
a) Verticilo
b) presilha externa
c) arco
d) presilha interna
TREINO INÉDITO
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a) Arco
b) Presilha Interna
c) Presilha Externa
d) Anomalia
e) Pontos característicos da digital
NA MÍDIA
PAPILOSCOPIA
Você sabia que os desenhos das suas impressões digitais são únicos e
não se alteram ao longo da sua vida? É a característica da imutabilida-
de que faz com que as formas não se modifiquem e, por consequência,
permita a identificação humana por meio da perícia papiloscópica.
NA PRÁTICA
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS
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REAGENTES QUÍMICOS &
RETRATO FALADO NA PERÍCIA CRIMINAL
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS
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cer através da revelação das impressões digitais; da identificação do sangue,
da saliva, do sêmen, de resquícios de pele ou do fio de cabelo encontrados
no local e nas roupas da vítima e do suspeito; ou através do Exame Residuo-
gráfico, que permite identificar se o suspeito efetuou disparos com arma de
fogo” (OLIVEIRA, 2006, p.17-19).
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Figura 12. A importância do reagente químico
HCl + CaCO3 → CaCl2 + H2O + CO2
Sendo:
Hcl= Ácido Clorídrico (reagente químico por provocar a liberação de
CO2 a partir do CaCo3)
CaCo3= Carbonato de cálcio
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QUÍMICA FORENSE E PERÍCIA CRIMINAL
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Preparação do reagente Kastle - Mayer
1. Fazer uma solução de hidróxido de sódio (20g de NaOH
adicionados à 90ml de água destilada) e adicionar 1g de fenolftaleína
dissolvido em 10ml de etanol.
2. Adicionar 20g de pó de zinco metálico à solução e aquecer
em fogo brando até desaparecimento da cor rósea (se não mudar a
intensidade da cor, deixar descansar por três dias a solução, até a inten-
sidade da cor desaparecer quase completamente) (CHEMELLO, 2021).
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Figura 13. Reagente químico da maconha
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O luminol foi apresentado à população como a materialização
de um produto de ficção científica extraído de seriados americanos do
tipo CSI, capaz de desvendar os mais obscuros crimes. O luminol, na
realidade, é uma substância química que, quando em contato com o
sangue humano, reage com o ferro presente na hemoglobina e produz
uma reação química de luminosidade azul-fluorescente. Desde há mui-
to, as polícias científicas e os peritos de todo o mundo utilizam o luminol
quando pretendem verificar a existência de sangue em ambientes, rou-
pas, armas, facas, cujos vestígios, eventualmente, os criminosos tenta-
ram apagar. Mesmo quando o delinquente lava o local do crime como
o objetivo deliberado de ocultar sinais comprometedores de sangue da
vítima, de despistar os investigadores, é possível detectar durante a
realização de exame pericial a presença de sangue, uma vez que a
luz produzida brilha o suficiente para ser vista em um ambiente escuro
(CHEGURY, 2010, on-line).
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heme e a piridina formando cristais que se agrupam sob a forma de bastões
de várias larguras ou ainda em formato de pena”. (SILVA, et al., sem data,
on-line).
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Por isso, a tarefa de se identificar, de modo judiciário ou po-
licial, algum fato ou alguém, independe de conhecimentos médicos, e
sua fundamentação reside no uso de dados etnográficos, antropomé-
tricos, antropológicos, visuais, dentre outros, para a identificação civil e
caracterização de criminosos. A constituição desse processo é realiza-
da por peritos em identificação, sendo o perito papiloscopista o profis-
sional responsável pela confecção do retrato falado, atuando também
na Identificação Civil (FRANÇA, 1998).
No Brasil, o uso do retrato falado, como pôde ser visto ante-
riormente, está inserido no contexto do processo penal como meio de
prova permitido pelo direito, visto que não está enquadrado naquele
sistema enumerado no artigo 5º da Constituição Federal, LVI e ainda
no artigo 233 do Código de Processo Penal, conforme encontra-se, res-
pectivamente, elucidado abaixo:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviola-
bilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à proprie-
dade, nos termos seguintes:
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.
(BRASIL, 1988)
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Com a chegada da era digital e a necessidade de moderniza-
ção do sistema manual, já ultrapassado, de elaboração de retrato fala-
do, a Secretaria Nacional da Segurança Pública (Senasp) vêm investin-
do em novos equipamentos e também na capacitação de pessoal. De
forma a aprimorar os conhecimentos dos peritos papiloscopistas atuan-
tes nos Institutos de Identificação (IIs) de todo Brasil no que diz respeito
à técnica de Representação Facial (MAGRANI, 2017, on-line).
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Figura 18. Primeiro retrato falado caso Maddaleine
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Figura 19 - Segundo retrato falado caso Maddaleine
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2010 Banca: FUNIVERSA Órgão: SECTEC-GO Prova: Papilos-
copista Policial
Retrato falado
a) equivale-se à fotografia do criminoso.
b) é a expressão criada por Cesare Lombroso.
c) são alterações nas fotografias constantes em documentos, visando à
sua atualização.
d) é a prova do crime de alguém.
e) inicia-se com uma entrevista sistematizada.
QUESTÃO 2
Ano: 2016 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA
- PE Prova: Perito Papiloscopista
Acerca do retrato falado, assinale a opção correta.
a) É possível elaborar três tipos diferentes de retratos falados: cromático,
morfológico ou complementar.
b) O retrato falado, reconhecido como o primeiro método científico de
identificação, baseia-se em medidas classificáveis, como dados antro-
pométricos e sinais individuais.
c) Retrato falado e fotografia sinalética são termos sinônimos.
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 3
Ano: 2016 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA
- PE Prova: Médico Legista
A respeito do reconhecimento e do retrato falado, assinale a opção
correta.
a) O reconhecimento não é passível de subjetividade e não é influen-
ciado quando o reconhecedor está sob forte emoção ou com interesses
diversos.
b) O reconhecimento baseia-se na comparação entre as sensações vi-
sual, auditiva ou tátil do passado e as do presente, despertadas por
meio da pessoa a ser reconhecida.
c) O retrato falado é considerado mais que um método de localização,
por ser um método de identificação médico-legal.
d) As técnicas informatizadas de retrato falado não têm sido muito utili-
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zadas para investigação.
e) O reconhecimento, por ser baseado na memória comparativa, é um
método seguro de identificação.
QUESTÃO 4
Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: POLITEC-MT Provas: Perito Cri-
minal - Engenharia Agronômica
As impressões digitais estão entre as principais evidências encon-
tradas em locais de crimes. Elas são formadas pela transferência de
substâncias produzidas pela transpiração e secreções sebáceas,
além de água, eletrólitos e biomoléculas, em especial, aminoáci-
dos e ácidos graxos. Para a revelação das impressões latentes, os
peritos criminais fazem uso de diversos reagentes químicos.
Indique a opção que apresenta a correlação INCORRETA entre o
reagente químico e a substância com que este reage, respectiva-
mente:
a) Cianoacrilato / Água
b) Nitrato de prata / Cloreto
c) Iodo / Ácidos graxos insaturados
d) Ninidrina / α-aminoácidos
e) Cloreto de cobalto / Gorduras
QUESTÃO 5
TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
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PROJEÇÕES DE ENVELHECIMENTO,
O USO DE DISFARCES E PROSOPOGRAFIA
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS
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Figura 21 - Projeção de envelhecimento: pessoas desaparecidas
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Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível,
ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se
quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la;
III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconheci-
mento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em
face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para
que esta não veja aquela;
IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela
autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por
duas testemunhas presenciais.
Parágrafo único. O disposto no no III deste artigo não terá aplicação na fase
da instrução criminal ou em plenário de julgamento”. (BRASIL, 1941)
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Ainda sobre as ferramentas utilizadas para a realização da pro-
jeção de envelhecimento facial com o intuito de se identificar o paradei-
ro do suspeito de um crime ou de uma pessoa desaparecida, são bem
específicas e modernas e compõe um todo necessário para o sistema
investigativo brasileiro.
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A antropologia forense engloba procedimentos relacionados
com diversas áreas do conhecimento, entre elas a odontologia. O exa-
me do crânio e face fornece informações que remetem ao sexo, idade,
fenótipo e estatura da vítima examinada (BRASIL, 2012).
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Figura 24. Exame Prosopográfico
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Figura 25. Aspectos analisados na prosopografia
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS
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Em seguida, o profissional deverá realizar uma comparação
no processo de proporção dos terços faciais que seria, na verdade, a
proporcionalidade vertical, ou seja, o equilíbrio dos terços superior, mé-
dio e inferior da face. A segunda parte do processo reside na análise do
terço médio e ainda, a proporção ideal frontal que é a largura da base
do nariz com a distância intercantal e ainda, com a largura da boca com
distância interpupilar (AZEVEDO; REZENDE, 2014).
Portanto, se a partir das informações coletadas for possível ob-
servar que existem valores próximos em ambas as imagens, há uma
grande probabilidade de se considerar a mesma pessoa que está tendo
as imagens investigadas.
Em seguida, a terceira e última fase reside na análise das pro-
porções do terço inferior (proporção vertical do subnasal ao estômio do
lábio superior) e neste caso deve constar que as proporções devem
girar em torno de 1:2, mas com valores finais girando em torno de zero.
Nesse sentido, observa-se que a aplicação da prosopografia,
a partir do manuseio de documentos fotográficos auxiliado ao sistema
informático, apresenta um grande valor no âmbito da perícia criminal,
pois através da realização deste procedimento será possível construir
um cenário bem fundamentado que se destinado ao processo judicial,
conforme especifica Bandeira (2007, on-line):
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A Polícia Civil do Pará conta com ferramentas novas para
ajudar nas investigações. Além de um moderno software para fazer o
retrato falado dos suspeitos, o mesmo usado pela Polícia Federal, os
papiloscopistas paraenses agora usam as técnicas de perícia prosopo-
gráfica e de projeção de envelhecimento na hora de desvendar os cri-
mes. A perícia prosopográfica trabalha em cima das imagens feitas por
circuitos internos de filmagem. “Ela vem sendo importantíssima, porque
as empresas estão instalando câmeras de segurança em todos os luga-
res. Com as imagens, a gente consegue captar o rosto da pessoa que
está cometendo o crime. O papiloscopista confronta a imagem que o
suspeito tem no banco de dados civil com aquela feita pelo circuito de
televisão e chega a um laudo, que é enviado para a equipe que trabalha
no caso”. (PARÁ, 2015, on-line).
66
O delegado comentou, ainda, que Roberto tentava fugir à ação policial mu-
dando o próprio aspecto, como, por exemplo, a cor dos cabelos”. (GOIANIA,
2017, on-line)
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Figura 27. O reconhecimento facial e o combate à criminalidade
“Em fevereiro de 2019, Nijeer Parks foi acusado de furtar doces e de tentar
atropelar um policial em um hotel na cidade de Woodbridge, em Nova Jersey,
nos Estados Unidos. Ele foi identificado por um policial que usou um software
de reconhecimento facial, apesar de estar a 50 quilômetros do local no mo-
mento do incidente”. (HILL, 2021, on-line)
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Por isso, no intuito de evitar reconhecimento facial de manei-
ra equivocada, indica-se o uso de ferramentas capazes de aplicar ele-
mentos da prosopografia adequados e favorecer que casos, como o do
Paulo Cupertino, possam inviabilizar o devido processo legal, quando,
ao cometer triplo homicídio em São Paulo fugiu para o Paraná, onde
conseguiu emitir documento de identificação.
Entretanto, em virtude de o trabalho da análise de reconheci-
mento facial e de aplicação de métodos da prosopografia foi possível
identificar e localizar o suspeito. Vejamos abaixo, respectivamente nas
figuras 28 e 29, tanto a imagem da cópia fraudulenta do documento de
identificação do suspeito, como também a imagem prosopográfica.
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Figura 29. Imagem com aplicação da prosopografia
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS
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QUESTÕES DE CONCURSO
QUESTÃO 1
Ano: 2017 Banca: IESES Órgão: IGP-SC Prova: Papiloscopista
Em relação à Representação Facial Humana-RFH, assinale a opção
INCORRETA:
a) É por meio da reconstituição facial humana que é possível se chegar
à imagem de uma face humana, em casos de cadáveres de identidade
desconhecida.
b) A Representação Facial Humana está restrita ao Retrato Falado (do
artístico ao informatizado), que tem como finalidade diminuir o universo
de suspeitos, a partir de uma reprodução das características de uma
face, baseada em descrição de uma vítima ou testemunha, utilizada
como um recurso adicional às investigações.
c) Exames prosopográficos têm como objetivo comparar a imagem de
faces humanas para verificar a similaridade entre elas.
d) Simulações de envelhecimento de faces e de disfarces são ferramen-
tas utilizadas pelo Instituto de Identificação de Santa Catarina no auxílio
de investigações.
QUESTÃO 2
Ano: 2010 Banca: FUNIVERSA Órgão: SECTEC-GO Prova: Papilos-
copista Policial
QUESTÃO 3
Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPF Prova: Perito
Criminal Federal - Cargo 11
Julgue o item subsecutivo, referente aos princípios e métodos em-
pregados na identificação humana.
O assinalamento sucinto, a fotografia simples, o retrato falado e o
sistema datiloscópico de Vucetich são métodos de identificação
judiciária.
( ) Certo
( ) Errado
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QUESTÃO 4
Ano: 2008 Banca: CEFET-BA Órgão: PC-BA Prova: Delegado de
Polícia
Identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas.
( ) O retrato falado, elaborado pelo perito, é uma prova totalmente
objetiva.
( ) Policiologia e Polícia Científica são dois outros nomes pelos
quais se conhece a Criminalística.
( ) A Criminalística acompanha a evolução de cada uma das ciên-
cias que a integram, incorporando cada novo avanço e/ou desco-
berta para atingir seu objetivo de determinar a origem comum dos
indícios.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a
a) F F V
b) V V F
c) V V V
d) F V V
e) F F F
QUESTÃO 5
Ano: 2014 Banca: Aroeira Órgão: PC-TO Prova: Papiloscopista
A representação de uma pessoa por meio de uma imagem, segundo
a abstrata descrição de seus aspectos físicos gerais, específicos
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO DISSERTATIVA
TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
NA PRÁTICA
SAIBA MAIS
Filme: Seven
Peça de teatro: O silêncio dos inocentes
Acesse os links:
Documentário do Jornal da Record. Ciência contra o crime: JR acompa-
nha plantão da Polícia Científica de São Paulo
Disponível em: https://youtu.be/P1LZzCKfJnc Acesso em: 07 de mar.
2021.
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS
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Chegando ao final de mais um conteúdo, apresenta-se um pa-
norama geral dos elementos que foram abordados em cada capítulo.
Dessa maneira, observa-se que no capítulo 1 foi possível compreender
tanto o que seria a função do papiloscopista, como também o tipo de
trabalho que ele desenvolve no âmbito da polícia.
Ainda no mesmo capítulo, abordou-se os tipos fundamentais
da papiloscopia e suas diferenças específicas, dando subsídio adequa-
do para o segundo capítulo, que passou a compreender o que seria
reagente químico e a maneira como deve ser aplicado no âmbito da pe-
rícia criminal. Em seguida, observou-se os estudos relacionados sobre
a importância do retrato falado no âmbito da perícia criminal.
Por fim, no último capitulo foi possível compreender as técni-
cas utilizadas no âmbito do retrato falado para auxiliar o processo de
perícia criminal, como é o caso das projeções de envelhecimento, os
aspectos da prosopografia e o reconhecimento facial.
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CAPÍTULO 1
QUESTÕES DE CONCURSO
1 2 3 4 5
A E D D D
DISSERTATIVA
A quiroscopia que tem por objetivo o estudo das papilas da região pal-
mar, a datiloscopia tem por objetivo de estudo é a impressão digital dos
dedos e, por fim, a podoscopia tem por objetivo principal o estudo das
papilas da região plantar.
TREINO INÉDITO
Gabarito: E
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS
76
CAPÍTULO 2
QUESTÕES DE CONCURSO
1 2 3 4 5
E D B E C
DISSERTATIVA
TREINO INÉDITO
Gabarito: A
77
CAPÍTULO 3
QUESTÕES DE CONCURSO
1 2 3 4 5
B D CERTO D B
DISSERTATIVA
TREINO INÉDITO
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA E REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA - GRUPO PROMINAS
Gabarito: B
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