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INVESTIGAÇÃO FORENSE E INQUÉRITO POLICIAL - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Um abraço,
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INVESTIGAÇÃO FORENSE E INQUÉRITO POLICIAL - GRUPO PROMINAS
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.
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Esta unidade analisará o Inquérito Policial e Polícia Científica.
Especificamente, foram enfocadas: a origem e a história do inquéri-
to policial; a inserção do inquérito no direito brasileiro; a natureza e
os atos; as principais diligências policiais que transitam no inquérito;
as críticas estruturais, sistemáticas e dos direitos humanos; a polícia
científica: realidade mundial e nacional; a medicina legal e a crimina-
lística. Trata-se de uma pesquisa desenvolvida pelo método hipotéti-
co-dedutivo, cuja hipótese está relacionada à necessidade do inquéri-
to policial, reconhecido como procedimento dispensável à persecução
penal. Os estudos revelam a importância do Inquérito Policial para a
colheita preliminar de provas, a fim de se estabelecer a materialidade
e autoria delitiva, garantindo-se um suporte probatório mínimo para o
oferecimento da ação penal. Também, serão abordados os aspectos
práticos da investigação, destacando as principais diligências e a ati-
vidade da Polícia Científica.
INVESTIGAÇÃO FORENSE E INQUÉRITO POLICIAL - GRUPO PROMINAS
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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
CAPÍTULO 01
INQUÉRITO POLICIAL
Recapitulando ________________________________________________ 25
CAPÍTULO 02
POLÍCIA CIENTÍFICA
Recapitulando _________________________________________________ 45
CAPÍTULO 03
A MEDICINA LEGAL E A CRIMINALÍSITCA
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Criminalística ___________________________________________________ 56
Recapitulando __________________________________________________ 63
Glossário ________________________________________________________ 69
Referências _____________________________________________________ 71
INVESTIGAÇÃO FORENSE E INQUÉRITO POLICIAL - GRUPO PROMINAS
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Com a evolução da humanidade, o homem abandonou paulatina-
mente a vingança divina e, posteriormente, a vingança privada, e transferiu
ao Estado o Jus Puniendi, conferindo-lhe a titularidade do direito de punir
e, consequentemente, a ingerência na esfera de liberdade do indivíduo.
A partir de então, o Direito Penal passou a exercer prepon-
derante função na sociedade: conferindo elementos para o desenvol-
vimento social pacífico, através da criação de tipos penais incrimina-
dores, bem como prevendo a aplicação de sanções de caráter penal
àqueles que, por meio de seus atos, causem lesão, ou exponham a
risco concreto de lesão, bem jurídico de outrem, tutelado penalmente.
Desta forma, para que o Estado exerça o Jus Puniendi que lhe foi
outorgado através do contrato social, é imprescindível que sejam criados
procedimentos investigatórios, balizados por direitos e garantias funda-
mentais, que objetivem a identificação da autoria e materialidade delitivas.
A partir daí, nasce para o Estado o direito de realizar a investi-
gação criminal, que se consubstancia em um inquérito policial ou outro
procedimento investigativo, com vista a se obter elementos probatórios
mínimos, que indiquem a justa causa para a ação penal.
Verifica-se, portanto, que a investigação criminal é gênero, que
abrange todo procedimento inquisitivo, destinado a esclarecer a mate-
rialidade e a autoria de infrações penais. Entre as espécies de procedi-
mentos investigatórios, podem ser apontados os inquéritos policiais, os
inquéritos policiais militares, os procedimentos investigatórios criminais,
propostos pelo Ministério Público e os termos circunstanciados.
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INQUÉRITO POLICIAL
INVESTIGAÇÃO FORENSE E INQUÉRITO POLICIAL - GRUPO PROMINAS
Jurisprudência
- Informativo n. 652, STJ: É possível a deflagração de in-
vestigação criminal com base em matéria jornalística. Inicialmente,
para a configuração de justa causa, seguindo o escólio da doutri-
na, "torna-se necessário [...] a demonstração, prima facie, de que
a acusação não (seja) temerária ou leviana, por isso que lastreada
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forma da lei. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquiva-
mento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimen-
to da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do
órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica. (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União,
Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial pode-
rá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua representação
judicial. (BRASIL, Decreto Lei 3689/41. Institui o Código de Processo Penal.
Diário Oficial da União. Brasília, DF. 03 de outubro e 1941).
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De fato, não se pode olvidar que, nas últimas décadas, as polí-
cias têm sido relegadas a um segundo plano, o que interfere diretamen-
te na qualidade dos inquéritos policiais produzidos. Alguns estudiosos
consideram o atual sistema arcaico e totalmente superado, pois divide a
tarefa de polícia ostensiva e repressiva em duas polícias distintas, que
se enfraquecem ao longo dos anos.
De acordo com o magistério de LOPES JUNIOR (2006), entre
as principais críticas direcionadas à polícia judiciária se destacam:
• A eficácia da atuação policial está associada à camada mais bai-
xa da sociedade, não atingindo a classe mais elevada (punição seletiva);
• A própria existência da polícia judiciária, haja vista que em outros
países, como nos Estados Unidos, se adota a figura do promotor-investi-
gador, no qual o membro do Ministério Público titulariza a apuração das
infrações penais, estando as polícias juridicamente subordinadas a ele.
• A polícia está muito mais suscetível do que outros órgãos à
contaminação política (especialmente os mandos e desmandos de quem
ocupa o governo) e poderá sofrer a pressão dos meios de comunicação;
• A credibilidade da atuação policial constantemente é colocada
em xeque, em virtude de denúncias de corrupção e de abuso de auto-
ridade.
Em rebate a tais críticas, LOPES JUNIOR (2006) afirma que o
inquérito policial não é unidirecional, pois se manifesta não apenas para
fornecer subsídios mínimos à acusação, mas também se direciona à
colheita de elementos probatórios aptos a esclarecer eventual atipicida-
de, ou excludente de ilicitude, por exemplo. Com efeito, nem todos os
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2019 Banca: IESES Órgão: TJ-SC Prova: IESES - 2019 - TJ-SC
- Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remoção
É INCORRETO afirmar que o inquérito policial poderá ser iniciado:
a) Por requisição da autoridade judicial ou do Ministério Público, ou por
requerimento do ofendido ou seu representante, nos crimes de ação
pública incondicionada.
b) Por requerimento do ofendido, nos crimes de ação pública condi-
cionada à representação, ainda que não a ofereça de pronto, devendo
fazê-lo, contudo, no prazo decadencial de seis meses, sob pena de ar-
quivamento do inquérito instaurado.
c) Apenas por requerimento do ofendido ou seu representante, nos cri-
mes de ação penal privada.
d) De ofício, pela autoridade policial, nos crimes de ação pública incon-
dicionada.
QUESTÃO 2
Ano: 2019 Banca: Instituto Acesso Órgão: PC-ES Prova: Instituto
Acesso - 2019 - PC-ES - Delegado de Polícia
A referida classificação do sistema brasileiro como um sistema
acusatório, desvinculador dos papéis dos agentes processuais e
das funções no processo judicial, mostra-se contraditória quando
confrontada com uma série de elementos existentes no processo.”
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QUESTÃO 3
Ano: 2018 Banca: COPS-UEL Órgão: PC-PR Prova: COPS-UEL -
2018 - PC-PR - Escrivão de Polícia
Quanto ao inquérito policial, assinale a alternativa correta.
a) Em virtude do sistema inquisitivo que orienta o inquérito policial e do
poder discricionário da autoridade policial, do despacho que indeferir o
requerimento de abertura de inquérito policial não caberá recurso.
b) Nos casos de crime de ação penal de iniciativa privada, para instau-
rar o inquérito policial, a autoridade policial dependerá de requerimento
de quem tenha qualidade para intentá-la, o qual consistirá na chamada
queixa- -crime, que deverá ser apresentada por advogado munido de
procuração com poderes especiais.
c) Notitia criminis de cognição indireta ou mediata ocorre quando a auto-
ridade policial toma conhecimento de um fato aparentemente delituoso
por meio de suas atividades habituais, como, por exemplo, pela impren-
sa ou em uma determinada investigação.
d) Uma das formas de se iniciar o inquérito policial é pela requisição do
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo, constituindo
uma hipótese do que se denomina notitia criminis de cognição indireta
ou mediata.
e) Conforme determina o Código de Processo Penal, logo que tiver co-
nhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá
dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e a
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais.
INVESTIGAÇÃO FORENSE E INQUÉRITO POLICIAL - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 4
Ano 2017. Banca Vunesp ÓRGÃO Magistratura/SP Prova Juiz de
Direito
Durante o inquérito, o advogado:
a) pode ter delimitado, pela autoridade competente, o acesso aos ele-
mentos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não
documentadas nos autos, quando houver risco de comprometimento da
eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências.
b) pode examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir a
investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investi-
gações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que con-
clusos à autoridade, mas não pode copiar peças e tomar apontamentos
por meio digital.
c) pode assistir a seus clientes investigados durante a apuração de in-
frações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou
depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigató-
rios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamen-
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te, mas não pode apresentar razões e quesitos.
d) não precisa apresentar procuração para examinar autos sujeitos a
sigilo, desde que ainda não conclusos à autoridade.
QUESTÃO 5
Ano 2017. Banca FGV ÓRGÃO OAB Prova OAB
Paulo foi preso em flagrante pela prática do crime de corrupção,
sendo encaminhado para a Delegacia. Ao tomar conhecimento dos
fatos, a mãe de Paulo entra, de imediato, em contato com o advo-
gado, solicitando esclarecimentos e pedindo auxílio para seu filho.
De acordo com a situação apresentada, com base na jurisprudên-
cia dos Tribunais Superiores, deverá o advogado esclarecer que
a) diante do caráter inquisitivo do inquérito policial, Paulo não poderá
ser assistido pelo advogado na delegacia.
b) a presença da defesa técnica, quando da lavratura do auto de prisão
em flagrante, é sempre imprescindível, de modo que, caso não esteja
presente, todo o procedimento será considerado nulo.
c) decretado o sigilo do procedimento, o advogado não poderá ter aces-
so aos elementos informativos nele constantes, ainda que já documen-
tados no procedimento.
d) a Paulo deve ser garantida, na delegacia, a possibilidade de assistên-
cia de advogado, de modo que existe uma faculdade na contratação de
seus serviços para acompanhamento do procedimento em sede policial.
TREINO INÉDITO
Após recebimento de denúncia anônima, versando sobre a prática
de crime de ação penal pública incondicionada, qual a postura cor-
reta a ser adotada pelo Delegado de Polícia?
a) Instaurar IP para apurar os fatos;
b) Arquivar a denúncia, pois a Constituição Federal veda o anonimato;
c) Encaminhar a denúncia para o órgão do MP;
d) Proceder com diligências preliminares para averiguar a veracidade
dos fatos e só depois de confirmado, instaurar o IP;
e) Encaminhar a denúncia para o judiciário.
NA MÍDIA
DECISÃO DE FUX SUSPENDE MAIS TRÊS PONTOS DO PACOTE
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ANTICRIME
O grande enfoque da matéria foi a decisão monocrática do ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, que suspendeu, por prazo
indeterminado, três importantes pontos do pacote anticrime, dentre os
quais o art. 28 CPP, que prevê o arquivamento do Inquérito Policial.
Esta decisão substituiu a anterior, proferida pelo ministro Dias Tófolli,
que previa um prazo inicial de seis meses para que certas alterações
entrassem em vigor.
Fonte: Agência Brasil
Data: 22 jan. 2020.
Leia a notícia na íntegra: https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noti-
cia/2020-01/decisao-de-fux-suspende-mais-tres-pontos-do-pacote-anti-
crime
NA PRÁTICA
Um dos temas mais consentâneos, no que tange à atuação prática no in-
quérito policial, refere-se à importância do advogado na fase extraproces-
sual. Após as inovações trazidas pela lei 13.245/16, que alterou o artigo
7º do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei 8.906/94) diversas
celeumas têm sido levantadas sobre a atuação do causídico nessa fase.
Os questionamentos são extremamente relevantes para a atuação práti-
ca daqueles que militam com o direito penal e processual penal.
Fonte: Consultório Jurídico
Data: 08/03/2019
Leia a notícia na íntegra: https://www.conjur.com.br/2019-mar-08/stf-
INVESTIGAÇÃO FORENSE E INQUÉRITO POLICIAL - GRUPO PROMINAS
-volta-discutir-necessidade-advogado-fase-inquerito
Fonte: Canal Ciências Criminais
Data: 20/02/19
Leia a notícia na íntegra:
https://canalcienciascriminais.com.br/advogado-durante-o-inquerito-po-
licial/
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POLÍCIA CIENTÍFICA
Instituto de Criminalística
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Perícia em Veículos – Envolve os exames realizados em aeronaves, embar-
cações e veículos terrestres, quando se questiona sobre sua função, fun-
cionamento, presença de danos, adulterações, modificações, vestígios de
material ilícito transportado, bem como na determinação do valor de mercado
do veículo, de suas partes ou peças.
Perícia em Armas de Fogo e Balística - Os exames balísticos envolvem balís-
tica interna (armas e fenômenos ocorridos durante seu funcionamento), ex-
terna (projétil e sua trajetória) e terminal (interação projétilalvo). Além disso,
são executadas análises para caracterizar a natureza dos vestígios materiais
Perícia Merceológicas - Os exames dessa área levam em consideração a
análise das características físicas, técnicas e comerciais de uma determina-
da mercadoria ou da res furtiva.
Perícia de Meio-Ambiente – Perícias que compreendem a realização de exa-
mes em locais e de laboratório relacionados a crimes contra o meio ambien-
te, bens minerais, patrimônio arqueológico e monumentos naturais ou que
envolvam vestígios de produtos de origem vegetal, animal, minérios, qua-
lidade da água, solo, ar e água e equipamentos, maquinário, materiais e
petrechos utilizados especificamente em crimes contra o meio ambiente com
efeito direto ou indireto.
Perícia de Local - Envolve os exames realizados em uma porção do espa-
ço, onde tenha ocorrido um evento de interesse criminalístico e para colher
dados que subsidiem comparações e análises com o objetivo de verificar a
possibilidade de a infração ter sido praticada de determinado modo (BRASIL.
Departamento de Polícia Federal (DPF). Manual de orientação de quesitos
da perícia criminal/ Departamento de Polícia Federal, Instituto Nacional de
Criminalística. – 1. ed. – Brasília: Diretoria Técnico Científica, 2012).
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Oficial da União. Brasília. DF.17 de setembro de 2009.).
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a na-
tureza do exame.
§ 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 7o Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um
perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosa-
mente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10
dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a reque-
rimento dos peritos. (BRASIL, Decreto Lei 3689/41. Diário Oficial da União.
Brasília, DF. 03 de outubro e 1941).
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Disposição legal acerca do perito Judicial (Código de Proces-
so Civil):
Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de
conhecimento técnico ou científico.
§ 1º Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados
e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro manti-
do pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.
§ 2º Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública,
por meio de divulgação na rede mundial de computadores ou em jornais de
grande circulação, além de consulta direta a universidades, a conselhos de
classe, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Ordem dos Advogados
do Brasil, para a indicação de profissionais ou de órgãos técnicos interessados.
§ 3º Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para manu-
tenção do cadastro, considerando a formação profissional, a atualização do
conhecimento e a experiência dos peritos interessados.
§ 4º Para verificação de eventual impedimento ou motivo de suspeição, nos
termos dos arts. 148 e 467 , o órgão técnico ou científico nomeado para rea-
lização da perícia informará ao juiz os nomes e os dados de qualificação dos
profissionais que participarão da atividade.
§ 5º Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo
tribunal, a nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair
sobre profissional ou órgão técnico ou científico comprovadamente detentor
do conhecimento necessário à realização da perícia.
Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar
o juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo ale-
gando motivo legítimo.
§ 1º A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da
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acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos
e indicação de assistente técnico.
§ 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão. (BRASIL, Decreto Lei 3689/41. Diário Oficial
da União. Brasília, DF. 03 de outubro e 1941).
Art. 275. O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à disciplina judi-
ciária.
Art. 276. As partes não intervirão na nomeação do perito.
Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encar-
go, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível.
Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa,
provada imediatamente:
a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade;
b) não comparecer no dia e local designados para o exame;
c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos
estabelecidos.
Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a
autoridade poderá determinar a sua condução.
Art. 279. Não poderão ser peritos:
I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos ns. I e IV
do art. 69 do Código Penal;
II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anterior-
INVESTIGAÇÃO FORENSE E INQUÉRITO POLICIAL - GRUPO PROMINAS
Prova
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Meios de Prova
matéria, que foi inserido no art. 158-A a 158-F do CPP. Esses artigos tra-
zem a definição de cadeia de custódia e vestígio. Além disso, disciplina o
reconhecimento, isolamento, fixação coleta, acondicionamento, transpor-
te, recebimento, processamento, armazenamento e descarte do vestígio.
Considerando a importância do conhecimento de tais conceitos,
bem como do detalhamento dado a este instituto, reproduz-se abaixo a
íntegra dos artigos em comento, cuja leitura é essencial para compreensão
do tema, que certamente será objeto de questionamento nos certames:
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§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou
recolhido, que se relaciona à infração penal.
Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas
seguintes etapas:
I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interes-
se para a produção da prova pericial;
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar
e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de
crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua des-
crição no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado
é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data,
hora e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utili-
zando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais,
bem como o controle de sua posse;
VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve
ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de pro-
cedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome
de quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame,
tipo do vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acor-
Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por
perito oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custó-
dia, mesmo quando for necessária a realização de exames complementares.
§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem
ser tratados como descrito nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial
de natureza criminal responsável por detalhar a forma do seu cumprimento.
§ 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quais-
quer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito res-
ponsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização. (BRA-
SIL, Decreto Lei 3689/41. Institui o Código de Processo Penal. Diário Oficial
da União. Brasília, DF. 03 de outubro e 1941).
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Um dos pontos mais polêmicos da cadeia de custódia é a pre-
visão de que os institutos de criminalística deverão criar, em seu âmbito,
centrais de custódia para guarda dos vestígios durante toda a persecu-
ção criminal.
Deveras, o art. 11, do Código de Processo Penal, ainda prevê
que os objetos relacionados aos fatos deverão acompanhar o inquérito
policial, redação que não foi alterada com a lei 13964/19. Desta feita,
aguarda-se posicionamento jurisprudencial acerca desta situação, espe-
cialmente porque os institutos de criminalísitca ainda não estão prepara-
dos para efetivar todas as imposições legais referentes ao tema, vejamos:
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RO Prova: VUNESP - 2019 -
TJ-RO - Juiz de Direito Substituto
Tendo em conta as disposições do Código de Processo Penal re-
lacionadas à prova, exame de corpo e delito e perícias em geral,
assinale a alternativa correta.
a) As partes poderão apresentar quesitos para que os peritos respon-
dam, por escrito, em laudo complementar, inexistindo previsão, contu-
do, para requerer a oitiva deles, em audiência.
b) Negando a pessoa a quem se atribui o escrito de fornecer material
para comparação, o exame grafotécnico somente poderá ser realizado
com base em documentos que contem com reconhecimento judicial de
terem partido do seu punho.
c) Não se admite a indicação pela parte de mais de um assistente téc-
nico por perícia
d) Nas perícias de laboratórios, os laudos obrigatoriamente devem ser
ilustrados com fotografias, desenhos ou esquemas, sendo ainda exigido
que os peritos guardem material suficiente para eventual contraprova.
e) O Juiz pode rejeitar a perícia requerida pelas partes, quando se mos-
trar irrelevante para o deslinde da causa.
QUESTÃO 2
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TJ-MA Prova: FCC - 2019 - TJ-MA -
QUESTÃO 3
Ano: 2019 Banca: FADESP Órgão: CPC-RENATO CHAVES Prova:
FADESP - 2019 - CPC-RENATO CHAVES - Perito Criminal - Enge-
nharia Civil
Acerca da prova pericial, é correto afirmar que:
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a) o exame, na falta de perito oficial, será realizado por uma pessoa idô-
nea, portadora de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, entre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a
natureza do exame.
b) o assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após
a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais,
sendo as partes intimadas desta decisão.
c) as partes podem requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a
prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de inti-
mação e os quesitos ou questões a serem esclarecidos sejam enca-
minhados com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, podendo os
peritos apresentarem as respostas em laudo complementar.
d) o laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 5 (cinco) dias,
podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requeri-
mento dos peritos.
e) a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecante no exame por
precatória.
QUESTÃO 4
Ano 2017. Banca FCC Órgão- PTCie AP Cargo: - Médico Legista
Nível Fácil
A finalidade da perícia médica é produzir prova técnica de natureza
médica, esclarecendo um fato à justiça. A perícia médica:
a) pode ser conceituada como a realização do exame físico pericial.
b) judicial ocorre por determinação do magistrado quando a prova de
INVESTIGAÇÃO FORENSE E INQUÉRITO POLICIAL - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 5
Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Provas: INSTI-
TUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Assistente Social
Tratando das perícias em geral, com base no Código de Processo
Penal, assinale a alternativa correta:
a) Os peritos elaborarão o laudo pericial no prazo máximo de 10 dias
improrrogáveis, onde descreverão minuciosamente o que examinarem
e responderão aos quesitos formulados.
b) Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a
subtração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de des-
crever os vestígios, indicarão com que instrumentos, porque meios e
em que época presumem ter sido o fato praticado.
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c) O laudo sobre o cadáver encontrado deve ser redigido pelos peritos
de maneira textual e descritiva, sendo vedado qualquer desenho que
não represente a fotografia real do corpo.
d) Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente
para a eventualidade de nova perícia e, obrigatoriamente, os laudos se-
rão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos
ou esquemas.
e) A autópsia será feita pelo menos doze horas depois do óbito, sendo
vedado aos peritos fazer a autópsia antes daquele prazo.
TREINO INÉDITO
Acerca da cadeia de custódia, marque a questão correta:
a) Sempre esteve inserida no CPP;
b) Encontra-se prevista no Código Penal.
c) Está descrita no procedimento Operacional Padrão para a Perícia
Criminal , formulado pelo Minsitério da Justiça (2013) e atualmente foi
inserido no CPP;
d) Está descrita no Pacto de San José da Costa Rica como instrumento
apto a garantir os direitos e garantias fundamentais.
NA PRÁTICA
A atribuição do perito criminal é permeada por inúmeras indagações, sendo
matéria de filmes, livros e séries policiais, dado o interesse pelo tópico. Se-
gue abaixo matéria, extraída do canal Repórter Justiça, indicando a atua-
ção prática dessa carreira, contendo entrevista de diversos profissionais.
47
Fonte: Canal Repórter Justiça
Assista em: https://www.youtube.com/watch?v=UR2zuK-pjvM
48
A MEDICINA LEGAL E A
CRIMINALÍSTICA
51
mentos periciais nos casos de envenenamento.
F ) Asfixiologia médico-legal. Detalha os aspectos das asfixias de origem
violenta, como esganadura, enforcamento, afogamento, estrangulamento,
soterramento, sufocação direta e indireta, e as asfixias produzidas por gases
irrespiráveis.
G ) Psicologia médico-legal. Analisa o psiquismo normal e as causas que po-
dem deformar a capacidade de entendimento da testemunha, da confissão,
do delinquente e da própria vítima;
H ) Psiquiatria médico-legal. Estuda os transtornos mentais sob o ponto de
vista médico-forense; I) Medicina Legal Desportiva. Com ênfase para o sigilo
profissional, prontuários, dopings consentidos ou tolerados, quantificação e
qualificação do dano com repercussão no rendimento esportivo.
J) Criminalística. Investiga tecnicamente os indícios materiais do crime, seu
valor e sua interpretação nos elementos constitutivos do corpo de delito. Es-
tuda a criminodinâmica;
L) Criminologia. Preocupa-se com os mais diversos aspectos da natureza do
crime, do criminoso, da vítima e do ambiente;
M) Infortunística. Estuda os acidentes e as doenças do trabalho e as doenças
profissionais,
N) Genética médico-legal. Especifica as questões voltadas ao vínculo ge-
nético da paternidade e maternidade, assim como outros assuntos ligados
à herança.
O) Vitimologia. Trata da vítima como elemento inseparável na eclosão e justi-
ficação dos delitos (FRANÇA, Genival Veloso de, Medicina legal ,11. ed.- Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017).
INVESTIGAÇÃO FORENSE E INQUÉRITO POLICIAL - GRUPO PROMINAS
Jurisprudência
Embora não possua caráter vinculante, a realização de pe-
rícia antropológica constitui-se em importante instrumento para
assistir as partes nos debates em plenário e também o julgador na
imposição de eventual reprimenda, podendo, no caso, ser realiza-
do após a pronúncia do réu, sem prejuízo ao andamento processu-
al. STJ. 6ª Turma. RHC 86305-RS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz,
julgado em 01/10/2019 (Info 659).
53
pés, dentes), até os mais diversos meios imagináveis (máquinas, animais,
veículos, quedas, explosões, precipitações).
As lesões provocadas por tais meios classificam-se em: perfurantes, cortan-
tes, contundentes, perfurocortantes, perfurocontundentes e cortocontunden-
tes. E, por sua vez, produzem, respectivamente, feridas puntiformes, cortan-
tes, contusas, perfurocortantes, perfurocontusas e cortocontusas.
Energias de ordem física: As energias de ordem física mais comuns são:
temperatura, pressão atmosférica, eletricidade, radioatividade, luz e som.
Nesse conjunto, as lesões são produzidas pela modificação física dos cor-
pos, cujo resultado pode resultar em ofensa corporal, dano à saúde ou morte.
Energias de ordem química: Referem-se às substâncias que, por ação física,
química ou biológica, são capazes de, entrando em reação com os tecidos
vivos, causar danos à vida ou à saúde. As energias de ordem bioquímicas
podem agir externa (cáusticos) ou internamente (venenos).
Energias de ordem físico-químicas: As energias de ordem físico-químicas são
aquelas que impedem a passagem do ar às vias respiratórias e alteram a com-
posição bioquímica do sangue, produzindo um fenômeno chamado asfixia.
Energias de ordem bioquímica: As energias de ordem bioquímica são aque-
las que se manifestam por ação combinada – química e biológica, atuando
lesivamente por meio negativo (carencial) ou de maneira positiva (tóxica ou in-
fecciosa) sobre a saúde. Tais energias causam danos à vida ou à saúde pelas
perturbações alimentares, autointoxicações, infecções e castração química.
Energias de ordem biodinâmica: São todos os acontecimentos de origem ex-
terna ou interna ao corpo humano, que desencadeiam respostas orgânicas,
culminando em mecanismos fisiopatológicos intrínsecos potencialmente le-
tais. Nessa forma de energia estudam-se a síndrome conhecida por choque,
a falência múltipla de órgãos e a coagulação intravascular disseminada.
Energias de ordem mista: Também conhecidas como energias de ordem
INVESTIGAÇÃO FORENSE E INQUÉRITO POLICIAL - GRUPO PROMINAS
57
na Índia (Bengala) iniciou seus estudos sobre as impressões digitais, con-
cluindo pela sua imutabilidade; nessa mesma época, o Dr. HENRYFAULDS,
médico inglês, que trabalhava em um hospital de Tóquio, observou impres-
sões digitais em peças de cerâmica pré histórica japonesa, iniciando, desse
modo, seus estudos sobre impressões digitais, apresentando, finalmente, as
seguintes sugestões: Que as impressões digitais fossem tomadas com tinta
preta, de imprensa; que fossem examinadas com lente; que existe certa se-
melhança entre as impressões digitais dos homens e dos macacos;
13) Em 1864, LOMBROSO propôs o Sistema Antropométrico como processo
de identificação (na Itália);
14) Em 1866, ALLAN PINKERTON, em Chicago, nos EUA, colocava em
prática a fotografia criminal para reconhecimento de delinquentes, disciplina
que, posteriormente, seria chamada Fotografia Judicial e atualmente se co-
nhece como Fotografia Forense;
15) Em 1882, ALFONSO BERTILLÓN criava, em Paris, o Serviço de Iden-
tificação Judicial, em que ensaiava seu método antropométrico, outra das
disciplinas que se incorporaria à Criminalística geral; nessa mesma época,
BERTILLÓN publicava tese sobre o Retrato Falado, outra das precursoras
disciplinas Criminalísticas, constituindo--se na descrição minuciosa de certos
característicos cromáticos e morfológicos do indivíduo;
16) Em 1888, na Inglaterra, Sir FRANCIS GALTON foi convidado pelo “Real Ins-
tituto de Londres” para opinar sobre o melhor sistema de identificação; deveria
proceder a estudos comparativos entre os sistemas de BERTILLÓN (Antropo-
métrico) e o das impressões digitais. GALTON concluiu pela superioridade deste
último e esboçou um sistema de classificação datiloscópico, adotando três tipos,
denominados arcos, presilhas e verticilos, publicado na revista Nature;
17) Na Argentina, em 01/09/1891, JUAN VUCETICH, encarregado da Oficina
de Identificação de La Plata, apresentou um sistema de identificação, deno-
INVESTIGAÇÃO FORENSE E INQUÉRITO POLICIAL - GRUPO PROMINAS
58
e Criminalística;
21) Em 1902, em Portugal, começou a utilização das impressões plantares e
palmares como complemento da identificação datiloscópica;
22) Em 1903, no Rio de Janeiro, Brasil, foi fundado o Gabinete de Identifi-
cação, onde já estava estabelecido o Sistema Datiloscópico de VUCETICH;
23) Em 1908, na Espanha, CONSTANCIO BERNALDO DE QUIROZ reduzia a
três as fases da formação e evolução da Polícia Científica: a) uma primeira fase,
equívoca, quando os policiais, incluindo o Chefe, como VIDOCQ, eram recruta-
dos entre os próprios delinquentes porque eram conhecedores dos criminosos
e as artes dos malfeitores; b) uma segunda fase, empírica, na qual o pessoal,
já não recrutado entre os delinquentes, luta com meios empíricos e com as fa-
culdades naturais, vulgares ou excepcionais; c) uma terceira fase, a científica,
em que a estas faculdades naturais se unem métodos de investigação técnica
fundados na observação racional e nas experiências químicas, fotográficas, etc.;
24) Em 1909, nos Estados Unidos, OSBORN publicou um livro intitulado
Questioned Documents;
25) Em 1920, no México, o Prof. BENJAMIM MARTINEZ fundou o Gabinete
de Identificação e o Laboratório de Criminalística;
26) Em 1933, nos Estados Unidos, foi criado o F.B.I. (Federal Bureau of In-
vestigation), em Washington, por iniciativa do Procurador Geral da Repúbli-
ca, Mr. HOMER CUMMINGS (STUMVOLL, 2019, P. 109).
e fundamentada.
e) Princípio da Documentação: “Toda amostra deve ser documentada, desde
seu nascimento no local de crime até sua análise e descrição final, de forma
a se estabelecer um histórico completo e fiel de sua origem”. Isso é o que
chamamos cadeia de custódia da prova material, que lhe confere fidelidade
e credibilidade (STUMVOLL, 2019. P. 38).
QUESTÃO 2
QUESTÃO 3
Ano 2018. Banca CESPE ÓRGÃO PC-MA Prova Médico Legista
Medicina legal é definida como:
a) a ciência que investiga métodos, processos e técnicas de identifica-
ção da identidade.
b) um conjunto de conhecimentos médicos destinados a servir ao direito
63
e que cooperam na elaboração, interpretação e execução de dispositi-
vos legais, no seu campo de ação de medicina aplicada.
c) a análise racional da participação da vítima na eclosão e justificativa
das infrações penais.
d) a arte de fazer laudos médicos, segundo o cirurgião Ambroise Paré.
e) a ciência que estuda as doenças profissionais, os acidentes de traba-
lho, a higiene e a insalubridade laborais.
QUESTÃO 4
Ano 2018. Banca VUNESP PC-SP Prova Papiloscopista Policial
Um eminente médico e professor de medicina legal de renomada
universidade recebeu uma consulta sobre determinado assunto de
sua especialidade. Portanto, ao responder por escrito, objetivan-
do esclarecer dúvidas existentes em um relatório médico legal, ele
emitirá um documento denominado:
a) Parecer.
b) Declaração.
c) Atestado.
d) Comunicação.
e) Auto.
QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: ITEP - RN Prova: INSTI-
TUTO AOCP - 2018 - ITEP - RN - Agente de Necrópsia.
Dentre as atribuições dos agentes (de necropsia e técnico foren-
INVESTIGAÇÃO FORENSE E INQUÉRITO POLICIAL - GRUPO PROMINAS
TREINO INÉDITO
O exame de corpo de delito pode ser realizado:
a) somente na região corporal indicada pela vítima.
b) em uma caneta.
c) na pessoa viva.
d) em pessoas
e) por dois peritos oficiais.
NA MÍDIA
BRUMADINHO: IDENTIFICAÇÕES USAM SOFTWARE QUE "MON-
TA CORPOS" E AVAL DO MP
O texto relata acerca do trabalho de medicina legal para identificação dos
corpos provenientes da tragédia de Brumadinho-MG, que deixou mais de
200 mortos. Além dos softwares, foram realizados trabalhos de odontologia
forense e DNA para obter resultados na identificação das vítimas fatais.
Fonte: Uol
Data: 24 jul. 2019.
Leia a notícia na íntegra: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-no-
NA PRÁTICA
A atuação do médico legista é permeada por questionamentos. Segue
abaixo documentário, realizado pelo Projeto Cine Trabalho, contendo
depoimentos de trabalhadores do Serviço de Verificação de Óbitos
(SVO) da Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA) relatando suas
histórias de vida e trabalho com a experiência da morte.
Assista em: https://www.youtube.com/watch?v=upQYubQHl1s
65
GABARITOS
CAPÍTULO 01
QUESTÕES DE CONCURSOS
TREINO INÉDITO
Gabarito: D
66
CAPÍTULO 02
QUESTÕES DE CONCURSOS
TREINO INÉDITO
Gabarito: C
67
CAPÍTULO 03
QUESTÕES DE CONCURSOS
TREINO INÉDITO
Gabarito: B
68
ADI: Trata-se da Sigla que identifica a Ação Direta de Inconstituciona-
lidade
69
A presente unidade abordou os aspectos relevantes da in-
vestigação forense e do inquérito policial, com o escopo de incutir no
pós-graduando uma visão sistemática destes institutos basilares para a
persecução criminal. O tema é desafiador, pois demanda análise crítica,
diante do atual contexto político social.
No primeiro capítulo, foram discorridas informações sobre o in-
quérito policial, instrumento efetivo para a colheita de elementos probató-
rios que fundamentam a persecução penal. Mormente o inquérito policial
não seja o único meio para obtenção de provas, sendo até mesmo dispen-
sável à acusação, não se pode olvidar que a maioria das ações penais se
iniciam através desse procedimento administrativo. Por esse motivo, sua
importância para a investigação e para o Estado Democrático de Direito.
Foram discorridas informações sobre a origem e a história do
inquérito policial, a natureza dos atos praticados, suas características,
formas de instauração, principais diligências e forma de arquivamento.
Tudo sob o enfoque das recentes modificações implementadas pelo Pa-
cote Anticrime, parcialmente em vigor.
O segundo capítulo foi dedicado à Polícia Científica, destacan-
do sua estrutura no Brasil, as principais carreiras que a compõem, o
objeto da polícia científica e, por fim, as inovações trazidas pela imple-
mentação da cadeia de custódia.
O terceiro capítulo disciplinou sobre a medicina legal e a cri-
minalística. Foi realizada uma explanação conglobante da temática,
discorrendo sobre a origem e desenvolvimento da medicina legal, prin-
INVESTIGAÇÃO FORENSE E INQUÉRITO POLICIAL - GRUPO PROMINAS
70
ALVES, Leonardo Barreto Moreira. Sinopses para Concursos: Processo
Penal- Parte Geral. 9. Ed. Salvador: Jusdodivm, 2019.
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73
INVESTIGAÇÃO FORENSE E INQUÉRITO POLICIAL - GRUPO PROMINAS