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ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS


ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

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ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância

PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.

GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO


Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
Revisão Ortográfica: Clarice Virgilio Gomes / Bianca Yureidini Santos

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Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
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ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver


um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.

Um abraço,

Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha


é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!

Professores: Jandson de Oliveira Soares


Alessandra Pontes
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

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Hematopoese é a produção de células sanguíneas (hema,
"sangue"; poiese, "formação"). Em humanos, é realizado na medula
óssea ao longo da vida; esse tecido é um dos mais ativos em ter-
mos de proliferação, pois são produzidos diariamente ao redor de eri-
trócitos, plaquetas e granulócitos, essenciais para manter os valores
normais das células que circulam no sangue. Esta unidade abordará
sobre a temática dos elementos do sangue, logo após sobre hemato-
poiese, com isso iremos estudar sobre a composição do sangue, seus
componentes, a função de cada um e como é sua interação dentro do
organismo humano, suas características, valores de base para mais
na frente ajudar na interpretação, para melhorar sua assistência. Abor-
daremos também sua formação intracelular até o resultado do produ-
to. Na mesma unidade, vamos trabalhar também com Transplante de
Células-tronco; Transfusão de Sangue; Legislação Aplicada; Hamato-
poese Extramedular, todas essas temáticas de forma concisa e intera-
tiva para melhor deixar o seu estudo.
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Transplante de Células-Tronco. Transfusão de Sangue. Legislação.


Hemoterapia.

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CAPÍTULO 01
ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE

Conceito ______________________________________________________ 11

Componentes __________________________________________________ 13

Hematopoese _________________________________________________ 19

Processos _____________________________________________________ 24

Recapitulando ________________________________________________ 25

CAPÍTULO 02
TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO; TRANSFUSÃO DE SANGUE

Conceito ______________________________________________________ 28

Indicações para o Transplante de Células-Tronco ________________ 30

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Complicações logo após o Transplante de Células-Tronco _______ 31

Cuidados após o Transplante ___________________________________ 33

Transfusão de Sangue _________________________________________ 35

Indicações para Transfusão de Sangue __________________________ 38

Procedimentos após a Coleta de Sangue ________________________ 39

Hemoderivados _______________________________________________ 41

Recapitulando _________________________________________________ 42

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CAPÍTULO 03
LEGISLAÇÃO APLICADA: HEMATOPOESE EXTRAMEDULAR

Questão Histórica da Hemoterapia ____________________________ 50

Hematopoese Extramedular ___________________________________ 52

Recapitulando ________________________________________________ 58

Fechando a Unidade __________________________________________ 61

Referências __________________________________________________ 64
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ELEMENTOS DO SANGUE E
HEMATOPOESE

CONCEITO ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

O sangue humano é um tecido que circula ao longo do corpo,


carregando nutrientes, abastecendo de oxigênio as células e participan-
do da remoção do gás carbônico e em diversos processos, como é o
caso do controle da temperatura do corpo (homeostasia), defesa e inte-
gridade (BOGHI,2008).
A composição sanguínea pode dividir-se em duas partes princi-
pais: os elementos figurados e o plasma. O primeiro é formado por elemen-
tos que possuem morfologia, tamanho e funções (CAVALCANTE, 2004).

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Figura 1- Elementos Figurados do Sangue.

Fonte: 24041.pdf (ipen.br).

Trazendo o conceito que Junqueira e José Figueredo, que traz


em sua obra sobre o assunto, o sangue humano faz parte do siste-
ma circulatório, formado também pelo coração e vasos sanguíneos, ao
mesmo que traz de forma clara e objetiva sobre a principal função e a
distribuição dos nutrientes, gás oxigênio e hormônios para as células do
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corpo humano. Na maioria dos vertebrados o sangue é formado pelo


plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas. (HERRERA,2019).
Herrera (2019) também traz as funções de cada componente
do sangue, são eles:
• Hemácias: transporte de gases;
• Leucócitos: imunidade e defesa;
• Plaquetas: coagulação do sangue.
A bolsa de sangue total coletada em uma doação de sangue
pode dar origem a hemocomponentes e hemoderivados. Os leucócitos
provenientes de uma bolsa de sangue total são considerados contami-
nantes estando presentes em pequenas quantidades no concentrado
de hemácias e plaquetas, mas são capazes de provocar alguns tipos de
reações transfusionais. Existe uma forma de se coletar leucócitos com
finalidade transfusional, através de um método especial de doação que
consiste em se coletar apenas parte dos leucócitos do doador através
de um equipamento com esta finalidade. Neste caso, o restante dos
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componentes do sangue é devolvido ao doador (FRIED,2009).
O mesmo autor ainda traz também que o sangue possui ele-
mentos celulares (hemácias, plaquetas e leucócitos) que têm função
na coagulação sanguínea (plaquetas), no mecanismo de defesa contra
infecções (leucócitos) e no transporte de O2 e CO2 (hemácias). O san-
gue também é constituído pelo plasma (parte líquida) onde existem pro-
teínas que ajudam na coagulação do sangue (fatores de coagulação).
Para se obter estes componentes sanguíneos específicos de uma bolsa
de sangue total coletada do doador são utilizados processos de centri-
fugação, dando origem a concentrado de hemácias, plaquetas, plasma
fresco congelado e crioprecipitado (FRIED,2009).

COMPONENTES

Figura 2 - Tipos de Células do Sangue.

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Fonte: mundo da educação – 2021.

Plaquetas:

As plaquetas são células que participam do processo de coa-


gulação. Elas têm vida curta e circulam na proporção de 150 a 400 mil
por milímetro cúbico de sangue. Sua função mais importante é a de
auxiliar na interrupção dos sangramentos. As plaquetas, ou trombócitos,
são corpúsculos anucleados, derivados de células gigantes e poliploi-
des da medula óssea, os megacariócitos (MIRANDA, 2013).
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Figura 3 - Ilustração das Plaquetas.

Fonte: Hemocentros ligados à USP fazem campanhas por doação de sangue


– Jornal da USP.

A função primária das plaquetas é a hemóstase, um processo


fisiológico que visa impedir a perda de sangue (hemorragia) no local
lesado, mantendo o fluxo sanguíneo normalizado no restante do orga-
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nismo. Outra função com elevada importância das plaquetas é a coagu-


lação (CAXARIA,2017).
Castro et al. (2006) mostra que apesar de ter aparência simples
no esfregaço de sangue periférico, onde se mostram como fragmentos
citoplasmáticos de aspecto granular, as plaquetas possuem uma estru-
tura complexa. Sua estrutura interna é dividida em quatro zonas:
Zona periférica essa região inclui as membranas externa e in-
terna (trilaminar) e estruturas estreitamente associadas, como o sistema
de canais conectados à superfície, denominado sistema canicular aberto.
Zona sol-gel é uma região que se encontra abaixo da zona periférica e
é composta de: citoesqueleto, que fornece a sustentação para a forma
discoide da plaqueta; e sistema contrátil, que, sob ativação, permite a
mudança da forma discoide, o prolongamento de pseudópodes, a contra-
ção interna e a liberação dos constituintes granulares. Zona de organelas,
essa região consiste basicamente em: grânulos alfas, fator de crescimen-
to derivado de plaquetas, fator IV plaquetário, fatores de coagulação e ini-
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bidor do ativador plasminogênio; grânulos densos, que contêm trifosfato
de adenosina, difosfato de adenosina, serotonina, cálcio; e componentes
celulares, tais como lisossomos e mitocôndria (FLAUMENHAFT, 2003).
As plaquetas expressam uma variedade de marcadores imu-
nogênicos à sua superfície, sendo que alguns destes antigênios e
se encontram igualmente presentes nos leucócitos (como os HLAs)
(KAUSHANSKY et al.,2016).

Leucócitos:

Os leucócitos são glóbulos brancos. Seu número varia de 5 a 10


mil por milímetro cúbico de sangue e sua vida é curta. Possuem formas
e funções diversas, sempre ligadas à defesa do organismo contra a pre-
sença de elementos estranhos a ele, como por exemplo, as bactérias.

Figura 4 - Leucócito.

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Fonte: Leucócitos (sysmex.es).

São classificados em dois grupos de acordo com a morfologia


nuclear e os tipos de grânulos presentes no citoplasma: leucócitos po-
limorfonucleares e leucócitos mononucleares. Os leucócitos polimorfo-
nucleares apresentam um núcleo com uma forma irregular e grânulos
específicos no seu citoplasma. O núcleo dos leucócitos mononucleares
apresenta uma forma mais regular e o seu citoplasma não apresenta
granulações (BAIN,2004).

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Hemácias:

As hemácias são glóbulos vermelhos do sangue. Cada hemá-


cia tem vida média de 120 dias no organismo, onde existem em torno de
4.500.000 delas por milímetro cúbico de sangue. A sua função é trans-
portar o oxigênio dos pulmões para as células de todo o organismo e
eliminar o gás carbônico das células, transportando-o para os pulmões.

Plasma:

Figura 5 - Plasma.
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Fonte: Qual é a composição do sangue? - SalvoVidas.com - A rede de doado-


res de sangue

O plasma é um líquido amarelo claro que representa 60% do


volume total de sangue. Ele é constituído por 90% de água, onde se
encontram dissolvidos proteínas, açúcares, gorduras e sais minerais.
Através do plasma circulam, por exemplo, elementos nutritivos neces-
sários à vida das células. O plasma é uma solução aquosa que contém
componentes de pequeno e elevado peso molecular, que correspon-
dem a 10% do seu volume. As proteínas plasmáticas constituem 7% do
seu volume e os sais inorgânicos a 0,9%, sendo o restante formado por
compostos orgânicos, entre outros, como aminoácidos, vitaminas, hor-
monas e glicose. As principais proteínas plasmáticas são as albuminas,
as α e β globulinas, as lipoproteínas e as proteínas que participam na
coagulação sanguínea (MIRANDA, 2013).

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A doença falciforme é genética e afeta o sangue, provocan-
do complicações como anemia, infecções e crises de dor. Hidrata-
ção constante e alimentação balanceada fortalecem o organismo
da pessoa afetada. A Hemominas é referência em Minas no trata-
mento da doença.

Figura 6 – Composição do Sangue.

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Fonte: https://www.todamateria.com.br/sangue/.

O plasma sanguíneo é uma solução formada basicamente por


água. Dissolvidas no plasma, há numerosas substâncias como proteínas,
glicose, aminoácidos, hormônios, pequena quantidade de gases (como o
CO2), além de íons inorgânicos (Ca++, K+, Cl–, HCO3–) e resíduos me-
tabólicos. Os elementos figurados do sangue são os glóbulos vermelhos,
os glóbulos brancos e as plaquetas, representados na figura abaixo.

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Figura 7 - Componentes do Sangue e suas Propriedades.

Fonte: https://pt.khanacademy.org/science/biology/human-biology/circulatory-
-pulmonary/a/components-of-the-blood/. 2021.

Estudamos sobre cada componente do sangue, sua função,


sua funcionabilidade e suas particularidades. Nesta parte vamos resu-
mir para relembrar e melhorar os estudos.
Sobre os componentes também conhecido como elementos
figurados, temos:
1. Glóbulos Vermelhos: Também conhecidos por hemácias ou
eritrócitos, são células com formato de um disco bicôncavo. Estão pre-
sentes em todos os vertebrados, mas apenas nos mamíferos as he-
mácias são anucleadas. Essas células são formadas na medula óssea
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vermelha, em um processo conhecido por hematopoese, de onde saem


e permanecem na circulação sanguínea por cerca de 90 a 120 dias.
Depois de seu período em circulação, os glóbulos vermelhos entram em
processo de degeneração e envelhecem, sendo reconhecidos e destru-
ídos por células fagocitárias presentes em diversas partes do corpo, por
exemplo no baço e no fígado.
2. Glóbulos Brancos: Também chamados leucócitos, são pro-
duzidos a partir de células-tronco pluripotentes presentes no interior da
medula óssea. Podem ser encontrados no sangue, na linfa, nos órgãos
linfáticos e em tecidos conjuntivos. São os mais importantes componen-
tes de defesa do corpo contra infecções e agentes estranhos. Muitos
deles precisam passar por um período de maturação em outros locais
do corpo, como timo e linfonodos. Em uma pessoa adulta, a quantidade
normal de leucócitos circulantes varia entre 4. 000 e 11. 000 por milí-
metro cúbico de sangue. Nos casos de infecções bacterianas, ocorre
significativo aumento na contagem de leucócitos (leucocitose). Há tam-
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bém algumas formas de câncer que afetam as células das linhagens
produtoras de leucócitos, conhecidas como leucemias.
3. Plaquetas: Na medula óssea, existem células precursoras, cha-
madas megacariócitos, que, ao se tornarem maduras, rompem-se e libe-
ram fragmentos citoplasmáticos na circulação. Tais fragmentos celulares
são as plaquetas, componentes fundamentais do processo de coagulação
sanguínea, sendo exclusivas dos mamíferos. Portanto, plaquetas não são
células, e sim fragmentos celulares. Em um adulto normal, a contagem de
plaquetas no sangue é bastante variável. Geralmente, considera-se normal
uma quantidade entre 250 000 e 400. 000 por milímetro cúbico de sangue.
Para melhorar a compreensão, segue abaixo uma figura ilus-
trativa sobre os elementos figurados do sangue para compor melhor o
entendimento sobre o conteúdo.

Figura 8 - Elementos Figurados do Sangue.

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Fonte: https://www.coladaweb.com/biologia/corpo-humano/composicao-san-
guinea.

HEMATOPOESE

Segundo a literatura, o conceito de hematopoiese (ou hemopoe-


se) é o processo pelo qual são formadas as células do sangue. Ela abrange
todos os fenômenos relacionados com a origem, a multiplicação e a ma-
turação de células primordiais ou precursoras das células sanguíneas. A
porção celular do sangue é composta de eritrócitos, leucócitos e plaquetas.
Essas três linhagens celulares, apesar de serem distintas umas das outras,
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são oriundas de uma célula-mãe única, denominada célula pluripotente,
toipotente, stem-cell ou célula-tronco (CANNISTRA; GRIFFI, 1988).
Para a formação das células do sangue, uma vez levadas pela
corrente circulatória, as células que possuem atividade hemoformado-
ra (células pluripotentes), formadas no saco vitelínico inicialmente, ani-
nham-se em locais distantes, onde a disposição anatômica vascular e
os elementos celulares de sustentação formam um microambiente pro-
pício a seu desenvolvimento. Em condições ideais de microambiente, o
tecido hemopoiético prolifera e amadurece (COSKUN; HIRSCHI,2010).

Figura 9 - Microambiente Adequado para Hematopoiese.


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Fonte: Hoffbrand, P.A.H. Fundamentos em Hematologia, 6ª. Ed 2013.

As células do estroma são oriundas das células-tronco mesen-


quimais, também chamadas células estromais mesenquimais multipo-
tentes ou células mesenquimais aderentes. Junto com os osteoblastos,
formam nichos e fornecem os fatores de crescimento, moléculas de
adesão e citocinas que dão suporte às células-tronco hematopoiéticas.
Em outras palavras, as células estromais permitem a fixação das célu-
las pluripotentes, trazidas pela circulação periférica ao estroma medular
e propiciam o contato íntimo entre essas células e os fatores de cresci-
mento hemopoiéticos secretados pelas células do estroma que entram
em contato com seus respectivos receptores de membrana.

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Figura 10 - Estroma Celular.

Estroma celular. Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/10439191/.

A hematopoiese ocorre quando há o microambiente adequado e


os fatores de crescimento, que são substâncias que estimulam e controlam

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a proliferação e maturação das células. A Medula óssea encontrada no ca-
nal medular dos ossos longos e em cavidades de ossos esponjosos é uma
mistura de células adiposas, fibroblastos, células do estroma, células endo-
teliais vasculares, macrófagos e vasos sanguíneos (KAUSHANSK, 2009).
A medula óssea vermelha é assim chamada devido à presença
de numerosos eritrócitos que estão amadurecidos e a amarela recebe
essa denominação porque contém muitas células adiposas, e não pro-
duz células do sangue. A medula hematógena (vermelha) é formada por
células reticulares que estão associadas ao colágeno tipo III, formando
uma espécie de esponja com inúmeros capilares. Além disso, também
armazena ferro e destrói hemácias antigas. Com o envelhecimento,
grande parte da medula óssea se torna amarela, porém, há casos de
hemorragia em que a medula amarela se transforma em vermelha e
recomeça a produzir células do sangue (WANG; WAGERS,2009).
A hematopoese (formação das células sanguíneas) origina-se
de células-tronco pluripotentes na medula óssea. Células-tronco dão
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origem a células progenitoras que, após a divisão e diferenciação, for-
mam eritrócitos, granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos), mo-
nócitos, plaquetas e linfócitos B e T.
O tecido hematopoético ocupa cerca de 50% do espaço me-
dular na medula óssea normal do adulto. A hematopoese no adulto é
confinada ao esqueleto central, porém, em lactentes e crianças jovens,
o tecido hematopoético estende se pelos ossos longos dos membros
superiores e inferiores.
Fatores de crescimento ligam-se a receptores celulares espe-
cíficos e produzem uma cascata de eventos de fosforilação no núcleo
celular. Fatores de transcrição conduzem a mensagem aos genes que
devem ser ativados para estimular a divisão celular, diferenciação, ativi-
dade funcional ou suprimir a apoptose.
Logo, resumindo:
É conhecido como o processo pelo qual todas as células san-
guíneas maduras são produzidas. Essas células têm uma vida útil limi-
tada, de algumas horas, no caso dos glóbulos brancos. No caso dos
glóbulos vermelhos, 4 meses de vida, o que significa que devem ser
substituídas constantemente.
O processo hematopoiético é responsável por equilibrar as ne-
cessidades diárias do corpo para a produção de células sanguíneas.
Em organismos vertebrados, a maior parte desse processo ocorre na
medula óssea.
É derivado de um número limitado de células-tronco hematopoié-
ticas que podem gerar células da mesma camada ou de origem embrioná-
ria. Eles também podem vir de células-tronco do sangue que podem se di-
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ferenciar em vários tipos de células do sangue (células multipotentes) e são


capazes de se autorrenovar extensivamente. (WANG; WAGERS,2009)
Em humanos, os locais onde ocorre a hematopoiese mudam
durante o desenvolvimento. Em embriões, é realizada principalmente
no saco vitelino. Durante a fase fetal, o processo segue para o fígado,
baço, tecido linfático e, posteriormente, para a medula óssea vermelha.
Mais tarde, após o nascimento, a produção de células sanguí-
neas é transferida para a medula óssea do osso trabecular e para a
cavidade medular dos ossos longos.
Finalmente, em adultos, ocorre nos ossos do crânio, pelve, vér-
tebras, esterno e nas áreas próximas à epífise do fêmur e úmero. A he-
matopoiese em adultos pode ser reiniciada no fígado e baço em certas
circunstâncias.
O tecido hematopoiético provém da mesoderme, constitui 4 a
6% do peso corporal e é um tecido macio e densamente celular. É com-
posto pelos precursores de células sanguíneas, macrófagos, células de
22
gordura, células reticulares e fibras reticulares.
As células que o compõem são responsáveis pelo bom funcio-
namento do organismo por meio da oxigenação, eliminação de resíduos
biológicos, transporte de células e componentes do sistema imunológico.
O tecido conjuntivo ou conjuntivo é constituído por células e
matriz extracelular, que compreende a substância fundamental e as fi-
bras nela imersas. Esse tecido é conhecido por ter sua origem no me-
soderma, a partir do qual o mesênquima é formado.
Por outro lado, em organismos adultos, o tecido conjuntivo é clas-
sificado em duas variedades: o próprio tecido conjuntivo e o tecido con-
juntivo especializado que corresponde aos tecidos adiposo, cartilaginoso,
ósseo, linfoide e sangue (ao qual pertence o tecido hematopoiético).
Como vimos, o tecido hematopoiético é dividido em 4 tipos de
tecidos:

Tecido Mieloide

É um tipo de tecido hematopoiético relacionado à produção de


eritrócitos (eritropoiese), leucócitos granulados e megacariócitos. Frag-
mentos de megacariócitos formam plaquetas (trombócitos).
O tecido mieloide está localizado ao nível do canal medular e dos
espaços ósseos trabeculares dos ossos longos em animais jovens. Em
animais adultos, limita-se apenas ao nível das epífises dos ossos longos.
Durante a fase embrionária, esse tecido é encontrado no fígado
e no baço, e pode persistir até mesmo durante as primeiras semanas de

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vida. Em humanos, o tecido mieloide está geralmente limitado à medula ós-
sea das costelas, esterno, vértebras e epífises de ossos longos do corpo.
O tecido mieloide é responsável pela produção de glóbulos
vermelhos (glóbulos que contêm hemoglobina e transportam oxigênio
para o corpo), plaquetas ou trombócitos e glóbulos brancos chamados
neutrófilos, eosinófilos e basófilos (granulócitos).

Tecido Linfático

O tecido linfoide também é um tecido hematopoiético. Este te-


cido existe em órgãos bem definidos que são cobertos por tecido con-
juntivo. É denominado tecido linfático encapsulado e os órgãos que o
apresentam são os gânglios linfáticos, baço e timo.
Também existe um tecido linfático não encapsulado, formando
uma barreira de defesa no corpo em órgãos expostos à contaminação
23
ambiental, como a submucosa do intestino, trato respiratório, trato uri-
nário e genitália.
As funções desse tecido dependem se ele é tecido não encap-
sulado ou encapsulado. O primeiro cumpre a função de formar barreiras
de defesa contra possíveis poluentes do meio ambiente (ver tipos de
tecido, tecido linfoide).
No entanto, o tecido linfoide encapsulado é responsável pela
produção de linfócitos, monócitos e células plasmáticas de órgãos como
baço, timo e linfonodos.

PROCESSOS

Mielopoiese

É conhecido como o processo de formação de leucócitos, in-


cluindo granulócitos eosinofílicos, granulócitos basofílicos, granulócitos
neutrofílicos e monócitos. Este processo é realizado inteiramente na
medula óssea no adulto normal.
Cada tipo de mieloide ou célula sanguínea (eosinófilos, basófilos,
neutrófilos e monócitos, entre outros) tem um processo gerador diferente:
Eritropoiese: formação de eritrócitos.
Trombopoiese: formação de plaquetas no sangue.
Granulopoiese: formação de granulócitos polimorfonucleares
do sangue: neutrófilos, basófilos e eosinófilos.
Monopoiese: formação de monócitos.
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Linfopoiese

É o processo pelo qual os linfócitos e as células Natural Killer


(células NK) são formados a partir de uma célula-tronco hematopoiéti-
ca. (WANG; WAGERS, 2009)

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TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO 1
O elemento que tem como característica uma forma discoidal, bi-
côncava, repleta de hemoglobina; transportando oxigênio para os
tecidos. Essa é a característica de:
A) Neutrófilo.
B) Eritrócitos.
C) Basófilo.
D) Monócito.
E) Plaquetas.

QUESTÃO 2
O basófilo tem como característica:
A) Forma esférica, núcleo trilobulado.
B) Forma esférica, núcleo irregular.
C) Forma esférica, núcleo também esférico.
D) Forma esférica, núcleo bilobulado.
E) Forma esférica, núcleo oval.

QUESTÃO 3
O componente do sangue responsável por transportar os gases é:
A) Hemácias.
B) Leucócitos.
C) Plaquetas.
D) Monócito.

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E) Basófilo.

QUESTÃO 4
As células que participam do processo de coagulação são as:
A) Hemácias.
B) Leucócitos.
C) Plaquetas.
D) Monócito.
E) Basófilo.

QUESTÃO 5
Os glóbulos vermelhos do sangue são chamados de:
A) Hemácias.
B) Leucócitos.
C) Plaquetas.
D) Monócito.
25
E) Basófilo.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


O sangue é composto por diferentes elementos, um deles é o plasma.
Sabendo disso, descreva como o plasma é constituído.

NA MÍDIA
DIMINUIÇÃO NO USO DE PLASMA PODE TER CAUSADO 29 MIL
MORTES POR CORONAVÍRUS NOS EUA
Um estudo da Escola de Saúde Pública de Johns Hopkins Bloomberg,
Estados Unidos, indica que a queda no uso de plasma convalescente
para tratar pacientes com Covid-19 pode ter de ser a causa de 29 mil
mortes a mais do que o esperado no país entre novembro de 2020 a
fevereiro de 2021.
O plasma convalescente é uma parte do sangue rica em anticorpos con-
tra a Covid-19, retirado de pacientes que já se recuperaram da doença
e pode ser utilizado no tratamento.
Os pesquisadores compararam a quantidade de plasma doados, por
paciente, aos hospitais dos EUA a partir de bancos de sangue, com o
número de mortes por coronavírus relatadas por internação hospitalar
em todo o país.
Fonte: UOL
Data: 9 junho 2021.
Leia a notícia na íntegra: https://gizmodo.uol.com.br/diminuicao-no-uso-
-de-plasma-pode-ter-causado-29-mil-mortes-por-coronavirus-nos-eua/
Acesso em: 16/06/2021
ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

NA PRÁTICA
O Hospital Municipal Antonio Giglio, em Osasco, agora tem uma Sala de
Terapia de Plasma Convalescente, para tratamento de pacientes com
covid-19 que estejam na fase inicial dos sintomas, mas não necessaria-
mente internados.
A biologista Kátia Cristina Donner São Félix, responsável pelo Banco de
Sangue do Hospital Municipal, explicou que para ter efeito, o tratamento
deve ser iniciado precocemente em pacientes infectados já no início do
ciclo da doença, ou seja, até 72 horas do aparecimento de sintomas
(tosse, febre, dor de garganta, coriza) para que haja boa eficácia no tra-
tamento e assim ofereça maior oportunidade de recuperação, evitando
um agravamento da doença.
Título: Osasco passa a usar plasma convalescente no tratamento pre-
coce de pacientes com covid-19.
Data: 16/06/2021
26
Fonte: https://www.visaooeste.com.br/osasco-passa-a-usar-usa-plas-
ma-convalescente-no-tratamento-precoce-de-pacientes-com-covid-19/
Acesso em: 16/06/2021

PARA SABER MAIS


Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=Wj15RbeP5Bc Aces-
so em: 16/06/2021
https://www.youtube.com/watch?v=e4cQw70owYA Acesso em:
16/06/2021

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

27
TRANSPLANTE DE CÉLULAS-
TRONCO: TRANSFUSÃO DE SANGUE
ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

CONCEITO

O transplante de célula-tronco é utilizado como forma de trata-


mento em doenças malignas e consiste na infusão intravenosa de cé-
lulas-tronco hematopoiéticas, com a finalidade de reconstituir a função
medular e imune de pacientes no tratamento de doenças hematológi-
cas, oncológicas, hereditárias e imunológicas (IZU et al.2021).
O Transplante de Células-tronco consiste na infusão endove-
nosa de células-tronco com finalidade de restabelecer a função da me-
dula óssea, sendo indicado no tratamento de doenças malignas e não
malignas. Para facilitar o manejo dos pacientes e assegurar a infusão
de medicamentos com segurança, os pacientes elegíveis ao transplan-
te necessitam de um Cateter Venoso Central (CVC) instalado antes do
2828
início do regime de condicionamento com quimioterápicos, que precede
o transplante (LI; SYKES, 2012).

Figura 11 - Células-tronco.

Fonte: https://www.tuasaude.com/CÉLULAS-tronco/.

O Transplante de células-tronco é utilizado para tratar pacien-

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS


tes com desordens hematológicas benignas ou malignas. O objetivo do
tratamento é obter um período de longa remissão, e em alguns casos,
mostra-se como a única opção de cura. Consiste na infusão de células-
-tronco ou células-progenitoras que, após a pega medular, promovem a
reconstituição dos sistemas hematopoiético e imunológico do paciente
ou receptor. As CTH podem advir da medula óssea (MO), do sangue
periférico (SP) ou do sangue de cordão umbilical e placentário (SCUP),
e constituem o produto infundido no receptor no dia do transplante (TI-
MURAĞAOĞLU,2015; TORMEY; SNYDER,2015).
Os pacientes submetidos ao transplante de células-tronco são
potencialmente mais susceptíveis às Infecção da Corrente Sanguínea
Relacionada ao Cateter, devido à fragilidade imunológica induzida pelo
tratamento e pela própria doença de base. Além disso, a imunossupres-
são intensa, tempo de neutropenia prolongado, quebra da integridade
cutânea para inserção do cateter e cicatrização retardada devido aos
efeitos dos quimioterápicos contribuem para a ocorrência de complica-
29
ções infecciosas (ULLMAN et al., 2015).

Figura 12 - Ilustração de uma das indicações de extração das células-tronco.

Fonte: https://www.cliquefarma.com.br/blog/transplantes-CÉLULAS-tronco-for-
madoras-sangue/.
ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

O transplante de célula-tronco tem evoluído bastante nas úl-


timas décadas, com o desenvolvimento de técnicas de mobilização e
descongelamento de células-tronco hematopoiéticas. Os transplanta-
dos são feitos em pacientes acometidos por intensos efeitos adversos,
causados pelas drogas administradas, e requerem assistência de enfer-
magem especializada e adequadamente estruturada (IZU et al.2021).

INDICAÇÕES PARA O TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO

A Sociedade Brasileira de Transplante de Medula (SBTMO)


promove anualmente um encontro para atualizar as diretrizes no intuito
de revisar as indicações de transplante em Pediatria baseadas em evi-
dências. Foi constituído grupo de trabalho com oncologistas e hemato-
logistas com experiência em pediatria (TRAINA, 2006).

30
Figura 13 - Indicações para Doação e Transplante.

Fonte: http://carlosnicolaperim.com.br/transplante-de-medula/.

Existe um grupo de patologias e complicações que são indica-


das para fazerem parte do grupo de transplantes, são elas: pacientes
com leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, do-
enças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios e do baço, e
anemias graves (BRASIL, 2009). A indicação para cada paciente, indivi-
dualmente, só deve ser feita após criteriosa avaliação das características
da doença, resposta ao tratamento, análise dos doadores disponíveis e
do risco do procedimento para aquela criança (LJUNGMAN et al., 2009).

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS


Hoje são levados em conta os fatores prognósticos ao diag-
nóstico mais importantes, descritos desde 1988, são: idade, número
de leucócitos, imunofenotipagem, citogenética e genética molecular. A
influência negativa no prognóstico com elevado número de leucócitos
reflete altas taxas de massa tumoral e proliferação celular. A idade ao
diagnóstico é o fator prognóstico mais importante e de maneira progres-
siva, quanto maior a idade pior o prognóstico (ZANICHELLI et al., 2009).

COMPLICAÇÕES LOGO APÓS O TRANSPLANTE DE CÉLULAS-


-TRONCO

Embora o transplante de células-tronco possa ser curativo,


está associado a complicações relacionadas à pancitopenia grave,
como o aumento do risco de sangramentos e de infecções fúngicas,
bacterianas ou virais (ex.: pneumonia); a toxicidade medicamentosa; e
31
o desenvolvimento da doença do enxerto contra o hospedeiro, aguda ou
crônica (DEEG; KLINGEMANN; PHILLIPS, 1992).

Figura 14 - Possíveis Complicações Após o Transplante de Células-tronco.


ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

Fonte: https://www.isaude.com.br/noticias/detalhe/noticia/transplante-de-CÉ-
LULAS-tronco-cuidados-e-possiveis-complicacoes/.

Silva (2012), em suas discussões, traz que entre as infecções


relacionadas ao transplante, as infecções virais pelo citomegalovírus e
pelo vírus sincicial respiratório são as mais frequentes e apresentam
taxa de mortalidade de 85% nos pacientes infectados; nas infecções
bacterianas há incidência tanto de bactérias gram-negativas como
gram-positivas, associadas à permanência de cateteres, lesões da pele,
das mucosas da orofaringe e do trato respiratório superior e inferior.
32
Tabela 1 - Reações Adversas Apresentadas Logo Após o Transplante.

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS


Fonte: http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/1187.

As morbidades e a mortalidade no transplante de células-tron-


co (TCT) variam de acordo com as condições clínicas pré-TCT, a toxici-
dade relacionada ao tipo de condicionamento estabelecido e as comor-
bidades prévias. A avaliação das condições da saúde é importante para
detectar as comorbidades e amenizar complicações decorrentes do tra-
tamento. A avaliação da função renal e hepática possibilita a correção
das doses dos quimioterápicos utilizados, a fim de minimizar danos a
esses órgãos (MORAIS et al.,2020).

CUIDADOS APÓS O TRANSPLANTE

As equipes de saúde devem estar atentas a cuidados ao infundir


as CTH por meio de equipe de hemotransfusão, por CVC, respeitando o
33
tempo de infusão. Ressalta-se a realização de flushing com solução salina
0,9% antes e após a infusão. A escolha pela via central garante a infusão
das células no sistema circulatório; evita danos à rede venosa periférica,
pois produtos crio preservados têm alta osmolaridade; e é ideal para infusão
de grandes volumes, como a MO fresca (FIGUEIREDO; MERCÊS,2017).

Figura 15 - Cuidados da Equipe de Saúde após o Transplante.


ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

Fonte: http://www.hemorio.rj.gov.br/Html/pdf/Protocolo_tmo.pdf.

Algumas situações podem acontecer após o transplante, ou du-


rante a infusão, nesse caso, alguns sinais são evidenciados, tais como,
náusea, êmese e pressão arterial elevada, foi observado também a dor
abdominal. Esta reação pode estar associada ao DMSO ou à ocorrência
de hemólise. Para esta reação, foi realizado, pela equipe multidisciplinar
de saúde, dentre eles estão listados alguns, como, médicos, e a equipe
de enfermagem (tec. De enfermagem e enfermeiros) para compor essas
administrações de medidas farmacológicas e não farmacológicas para
controle da dor. A medicação analgésica pode também ser prescrita e
administrada anteriormente à infusão das CTH para prevenir esta reação,
como foi feito em estudo que trabalhou no cenário de infusão de CTH
com incompatibilidade ABO maior e bidirecional, em que a ocorrência de
hemólise aguda é frequente (SHU; HEIMFELD; GAO, 2014).
A infusão das CTH, os cuidados do enfermeiro por exemplo,
34
foram, lavagem do CVC com solução salina 0,9%, manutenção da afe-
rição dos SSVV e manutenção do monitoramento do aspecto e volume
de diurese e balanço hídrico; a administração de medicações pós-in-
fusão e o registro do procedimento. As medicações pós-infusão mais
utilizadas foram os diuréticos, com o objetivo de minimizar os efeitos
das reações adversas HAS e hemólise (CURCIOLI; CARVALHO,2010).
A parte documental de enfermagem (também constitui um dos
cuidados) consistiu em anotação de SSVV e cálculo do balanço hídrico,
checagem do procedimento de infusão em prescrição médica e evolução
do paciente, incluindo as manifestações de reações adversas. A documen-
tação das informações e a organização dos dados clínicos favorece a to-
mada de decisão racional e objetiva, além de ser primordial para a análise
e entendimento das principais complicações. Uma das figuras que mais
se fazem presente nesta assistência é a enfermagem, visto que, de todas
elas, fica com o cliente/paciente 24h (CURCIOLI; CARVALHO,2010).

TRANSFUSÃO DE SANGUE

O primeiro banco de sangue do mundo ocidental foi criado em


1937, nos Estados Unidos. Na década de 1940, surgiram os primeiros
bancos de sangue no Brasil: em 1941, no Rio, o banco do Hospital
Fernandes Figueira (ligado, ao que consta, ao esforço de guerra), e em
novembro de 1945, o Banco de Sangue da Prefeitura do Distrito Federal
(SANTOS; MORAES; COELHO,1991).
O sangue sempre esteve presente na história com a crença

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS


de que dava sustento e era capaz de salvar vidas. Entretanto, foram
necessários séculos de estudos para descobrir sua real importância e o
seu papel terapêutico (PEREIMA et al., 2007).
De acordo com o site medicina diagnostica (2017), que traz um
pouco sobre os fatos históricos acerca dos experimentos com animais,
as primeiras transfusões de sangue na história remontam ao século
XVII, realizadas pelo médico britânico Richard Lower, mais precisamen-
te em Oxford, no ano de 1665. No ano de 1667, Jean Baptiste Denis,
um médico do rei Luiz XIV, realizou as primeiras experiências com hu-
manos, através de um tubo de prata, ele infundiu sangue de carneiro em
Antonie Mauroy, de 34 anos, doente mental que andava nu pelas ruas
de Paris e que veio a falecer após a terceira transfusão.
Entende-se por dador de sangue aquele que, depois de aceite
clinicamente, doa benevolamente e de forma voluntária parte do seu
sangue para fins terapêuticos (BRASIL, 2013). Antes da doação, deve
ser realizada uma avaliação prévia da tensão arterial e pulsação e o
35
dador não deve estar em jejum (deve realizar uma refeição ligeira, sem
álcool e sem gorduras e, de preferência, beber meio litro de água antes
da dádiva). É também aconselhável que não fume 2 horas antes ou
depois da dádiva (BRASIL, 2013).

Figura 16 - Técnica de Transfusão de Sangue Datada do século XVII.

Fonte: https://www.clinicmd.com.br/noticias/do-uso-de-sangue-de-animais-a-
te-os-dias-modernos-a-historia-da-transfusao-de-sangue.

Atualmente, a hemoterapia no país é regulamentada por norma


e resolução sobre os procedimentos hemoterápicos e as boas práticas
no ciclo do sangue, compreendendo desde o processo de captação de
ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

doadores até a transfusão de sangue, seus componentes e hemoderi-


vados, originados do sangue humano (BRASIL, 2013).
A transfusão de sangue tem sido sempre muito importante como
suporte na realização de muitos tratamentos, como os transplantes, qui-
mioterapias e diversas cirurgias. A medicina transfusional é um complexo
processo dependente de vários profissionais. Para realizá-la com segu-
rança, cada profissional depende não só de seus próprios conhecimentos
e habilidades, mas também dos conhecimentos e habilidades de toda a
equipe e da eficiência do sistema (MAGALHÃES; ALMEIDA, 2017).
A transfusão de sangue deve ser apropriada às necessidades de
saúde do paciente, proporcionada a tempo e administrada corretamente.
Mesmo realizada dentro das normas preconizadas, indicada e adminis-
trada corretamente, a transfusão de sangue envolve risco sanitário. Esse
risco diz respeito às reações transfusionais durante ou após a transfusão
sanguínea, além do fato de estar a ela relacionado (OMS, 2012).
A hemovigilância iniciou-se na França, em 1994, com a imple-
36
mentação de sistemas de monitorização por comités de transfusão de
sangue e estabelecimento de um sistema nacional de hemovigilância.
Rapidamente, os sistemas de hemovigilância começaram a ser geridos
por autoridades legais, e os dados recolhidos por sistemas de hemovi-
gilância solidamente estabelecidos no Reino Unido (Serious Hazards
of Transfusion [SHOT]), Canadá (Transfusion Transmitted Injuries Sur-
veillance System [TTISS]), Holanda (Transfusion Reactions in Patients
[TRIP]), Japão, Rússia, Suíça e Estados Unidos da América, permitindo
à implementação de várias medidas que aumentaram a segurança na
utilização de hemocomponentes e hemoderivados (RIBEIRO et al.,2017).
Para o procedimento de coleta de sangue, faz-se necessário
que o candidato à doação informe os seguintes dados: nome, endereço
completo, data de nascimento, filiação e documento de identidade. A
seguir, ele recebe um código emitido via software a ser adicionado à
etiqueta do código de barras acoplada à bolsa de sangue que o acom-
panha durante todo o processo. Este não permite que o candidato seja
identificado nem mesmo pelos funcionários da instituição, ocorrendo
apenas a conferência dos dados, principalmente o CEP, para que o car-
tão de doador chegue à sua residência (BOGHI,2008).
A Resolução ANVISA RDC 153, de 14 de junho de 2004, é
a legislação mais atualizada referentemente à regulamentação técni-
ca para os procedimentos de hemoterapia para coleta, processamento,
testes, armazenamento, transporte, utilização e controle de qualidade
do sangue e seus componentes. Nela não estão estabelecidas as boas
práticas a serem adotadas para validação do processamento por irra-
diação. Consta de modo bastante genérico que o controle de qualidade

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS


da fonte radioativa do equipamento deve ser realizado e documentado
no mínimo, anualmente (BRASIL,2004).
Embora a enfermagem desempenhe papel essencial na hemo-
terapia, ainda são poucas as pesquisas realizadas pela categoria nessa
temática. Com o passar do tempo, as instituições de saúde vêm adotando
o gerenciamento da qualidade utilizando modelos de gestão eficientes, que
otimizam os recursos aplicados, contribuindo para a melhoria da produtivi-
dade e satisfação tanto para quem utiliza quanto para os profissionais que
prestam os serviços de saúde (BURMESTER; PEREIRA; SCARPI, 2007).
A coleta de sangue compreenderá cerca de 450 mi com arma-
zenamento em bolsa de uso único e estéril, sendo, portanto, totalmente
segura (NETO; CARLOS,2006). Para esse fim, o Instituto do PVC, a
portaria n°. 1376 da ANVISA e a norma AAMI/IS011137 indicam o Poli-
cloreto de Vinila (PVC) (BRASIL, 1993).
A transfusão de hemocomponentes e hemoderivados, no entanto,
não está livre de riscos. Complicações relacionadas à transfusão podem
37
ocorrer e algumas delas podem trazer sérios prejuízos aos pacientes, inclu-
sive fatais. Entre as chamadas reações transfusionais estão as hemolíticas
agudas, as anafiláticas, as febris não hemolíticas, as complicações pulmo-
nares, o desequilíbrio eletrolítico, as sepsis bacterianas, a hipotermia, a do-
ença do enxerto versus hospedeiro, a aloimunização, a sobrecarga de vo-
lume, a sobrecarga de ferro e a imunossupressão (BAYRAKTAR; ERDIL,
2000). Embora algumas reações sejam inevitáveis, a maioria das reações
transfusionais fatais é atribuída a erro humano (FERREIRA et al., 2007).

INDICAÇÕES PARA TRANSFUSÃO DE SANGUE

De acordo com o artigo de Felício (2020), existem algumas pa-


tologias que podem ser corrigidas/revertidas com a transfusão de san-
gue, são elas: Hemorragia aguda; hipovolemia por perda de plasma;
correção da anemia; correção de déficits específicos.
O processo clínico transfusional pode, então, ser definido como
a transfusão de uma unidade de sangue para o doente correto, no mo-
mento correto e nas condições corretas, de acordo com as guidelines
apropriadas (BRAGA,2013).

Figura 17 - Requisitos para Doações de Sangue.


ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

38
Fonte: Hemoterapia: o que é, para que serve e riscos: CCB.

Deste processo fazem parte os hemocomponentes e os medica-


mentos derivados do plasma humano, os quais constituem um grupo par-
ticular e diferenciado dentro das especialidades farmacêuticas, uma vez
que são constituídos por proteínas plasmáticas de interesse terapêutico,
dificilmente sintetizadas por métodos convencionais, sendo então obtidos
de plasma de dadores humanos saudáveis, através de um processo tec-
nológico adequado de fracionamento e purificação (BRAGA,2013).
Segundo o Decreto-lei nº 185/2015, o dador de sangue deve
cumprir os critérios de aceitação (os critérios indicados não se aplicam
às dádivas autólogas), ou seja, dádivas em que o dador efetua uma co-
lheita de sangue para si próprio - dador e receptor são a mesma pessoa
(BRASIL,2015).
No entanto, cada transfusão implica a possibilidade de ocor-
rência de uma reação adversa que, em casos extremos, pode colocar
em risco a vida do doente (CAXARIA,2017). Uma reação adversa con-
siste numa resposta/efeito indesejável no dador ou no receptor, asso-
ciado temporalmente com a doação/administração de sangue ou de um
componente sanguíneo, respetivamente (CHEREM et al., 2017).
Para além das reações adversas, existe sempre a possibilidade
de transmissão de doenças infectocontagiosas através de uma transfusão,
uma vez que estamos a falar de produtos provenientes de sangue humano.
Assim, torna-se indispensável implementar, em todo o circuito transfusio-
nal, a hemovigilância, que consiste em um conjunto de procedimentos de
vigilância organizados, nomeadamente na recolha e avaliação de informa-

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS


ções sobre os efeitos inesperados ou indesejáveis resultantes da utiliza-
ção de produtos sanguíneos e fornecimento, aos profissionais implicados
no ato transfusional, das informações necessárias à prevenção dos riscos
transfusionais, desde a colheita de sangue e separação dos hemocompo-
nentes, até ao seguimento dos indivíduos receptores (MORGADO,2017).

PROCEDIMENTOS APÓS A COLETA DE SANGUE

A bolsa de sangue é encaminhada ao fracionamento para ser


separada em até quatro componentes com armazenamentos específicos,
sendo estes: hemácias, plasma, plaquetas e o crioprecipitado (fator de
coagulação). A seguir, cada componente recebe mais uma etiqueta com
código de barras, a qual se acrescenta à etiqueta inicial, que contém o có-
digo emitido no início do processo referente ao cadastramento. Esse có-
digo adicional distingue cada hemocomponente e o acompanha durante
39
todo o processo de irradiação e pode ser elaborado da seguinte maneira:
01 - hemácias; 02 - plasma; 03 - crioprecipitado e 04 - plaquetas. Sendo
assim, em cada bolsa de sangue é constado o código de cadastramento
do doador e o código do hemocomponente (NETO; CARLOS,2006).
Assim que as bolsas de sangue receberem as etiquetas com
os respectivos códigos de barras, cada bolsa de sangue dos hemocom-
ponentes segue para o local apropriado e, antes de ser armazenada,
tem seu registro via software para controle de entrada e saída. Após
todos os procedimentos serem concluídos, cada hemocomponente está
pronto para irradiação e transfusões de sangue (BRASIL, 2004).
Em caso de necessidade de armazenamento, as hemácias são
armazenadas em refrigeradores com temperaturas entre 2 a 6 graus
Celsius por até 35 dias; o plasma e o crioprecipitado são mantidos em
freezers em temperatura de 18 graus Celsius negativos ou menos, no
período máximo de um ano e as plaquetas são guardadas em tempera-
tura ambiente entre 20 e 24 graus Celsius, sob agitação constante, por
três a cinco dias (NETO; CARLOS, 2006).

Figura 18 - Coleta e Armazenamento do Sangue.


ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

Fonte: www.hemocentro.fmrp.usp.br/wp-content/uploads/oficina2019/dia-
-24-aula-11-Vanessa.pdf.

40
HEMODERIVADOS

Os medicamentos derivados do plasma humano, designados


hemoderivados, são constituídos por proteínas plasmáticas de inte-
resse terapêutico, que são dificilmente sintetizadas por métodos con-
vencionais, sendo obtidas de plasma de dadores humanos saudáveis,
através de um processo tecnológico adequado de fracionamento e pu-
rificação (BRAGA, 2013).
A albumina humana constitui quantitativamente mais da meta-
de da proteína total do plasma, representando cerca de 10% da ativida-
de de síntese das proteínas no fígado, sendo as suas principais funções
fisiológicas:
• Contribuição para a pressão oncótica do sangue;
• Transporte (hormonas, enzimas, medicamentos e toxinas);
• Estabilização do volume de sangue em circulação (CAXA-
RIA,2017).
A albumina encontra-se sob a forma farmacêutica de solução
para perfusão e existe em três diferentes concentrações: albumina a 5%
(50 miligramas (mg)/mL de albumina), 20% (200 mg/mL de albumina) e
25% (250 mg/mL), sendo que esta última apresenta um teor relativamen-
te baixo de eletrólitos comparativamente à primeira. Apresentam um pra-
zo de validade de 3 anos e não devem ser congeladas nem armazenadas
a temperaturas superiores a 25 °C (BARRA; COSTA; CARDOSO, 2015).
A albumina humana tem como indicações terapêuticas o resta-
belecimento e manutenção do volume sanguíneo em circulação (quan-
do é demonstrada uma redução dele) sendo que, no caso de tratamen-

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS


to de edema resistente a diuréticos em pacientes com hipoproteinémia
(síndrome nefrótica ou ascite), a utilização de albumina a 20%, em com-
binação com diuréticos, é a terapêutica de eleição (CAXARIA, 2017).

41
TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO 1
Para facilitar o manejo dos pacientes e assegurar a infusão de me-
dicamentos com segurança, os pacientes elegíveis ao transplante
necessitam de:
A) Cateter Venoso Central.
B) Cateter interligando ao intestino.
C) Cateter arterial periférico.
D) Cateter jeleco intravenoso.
E) Cateter nasal.

QUESTÃO 2
Em que década surgiram os primeiros bancos de sangue no Brasil?
A) 1940.
B) 1945.
C) 1930.
D) 1935.
E) 1950.

QUESTÃO 3
A hemovigilância teve início na:
A) Argentina.
B) Alemanha.
C) França.
D) Florida.
ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

E) Portugal.

QUESTÃO 4
Em caso de necessidade de armazenamento, as hemácias são ar-
mazenadas em refrigeradores com temperaturas:
A) Entre 10 a 15 graus.
B) Entre 5 a 10 graus.
C) Entre 2 a 6 graus.
D) Entre 3 a 8 graus.
E) Entre 0 a 5 graus.

QUESTÃO 5
A albumina encontra-se sob a forma farmacêutica de solução para
perfusão e existe em três diferentes concentrações:
A) Albumina a 10% (75 miligramas (mg)/mL de albumina), 20% (200 mg/
mL de albumina) e 25% (250 mg/mL)
42
B) Albumina a 5% (50 miligramas (mg)/mL de albumina), 20% (200 mg/
mL de albumina) e 25% (250 mg/mL)
C) Albumina a 5% (50 miligramas (mg)/mL de albumina), 15% (150 mg/
mL de albumina) e 25% (250 mg/mL)
D) Albumina a 5% (50 miligramas (mg)/mL de albumina), 20% (200 mg/
mL de albumina) e 30% (300 mg/mL)
E) Albumina a 5% (50 miligramas (mg)/mL de albumina), 20% (200 mg/
mL de albumina) e 25% (250 mg/mL)

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


Explique em que contexto foi iniciada a hemovigilância.

NA MÍDIA
CÉLULAS-TRONCO AUXILIAM NO TRATAMENTO DE AUTISMO,
MOSTRA ESTUDO
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), uma em cada
160 crianças apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou
Autismo, como é popularmente conhecido.
Por serem autorrenováveis, as células-tronco podem ser utilizadas no tra-
tamento de diversas patologias graças a sua capacidade de se transformar
nos mais variados tipos celulares, ou seja, se proliferar e produzir outras
células idênticas, ajudando a recompor tecidos danificados. Nelson Tat-
sui, diretor técnico do Grupo Criogênesis e hematologista do HC-FMUSP
(Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo) explica que já é possível notar melhora no quadro desses pacientes.
Fonte: UOL

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS


Data: 10 janeiro 2021.
Leia a notícia na íntegra: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/reda-
cao/2021/01/10/CÉLULAS-tronco-auxiliam-no-tratamento-de-autismo-
-mostra-estudo.htm Acesso em: 16/06/2021

NA PRÁTICA
“Nasci de novo”. É assim que Gustavo Prata, 26, resume a sua história.
Ele conseguiu superar um câncer raro, após transplante de medula ós-
sea (TMO) autólogo – quando as células-tronco são retiradas do próprio
paciente.
O procedimento de alta complexidade foi realizado em janeiro no Hos-
pital São Lucas, no Rio de Janeiro. Gustavo foi diagnosticado com Lin-
foma de Hodgkin, após procurar ajuda médica ao perceber um descon-
forto no pescoço.
Esse tipo de câncer ataca o sistema linfático, deixando o paciente mais
sensível às infecções. Além do surgimento de caroços em alguns luga-
43
res do corpo, febre, cansaço e coceira são alguns sintomas que acen-
dem os sinais de alerta.
Título: Descobri que estava com câncer uma semana antes do casa-
mento, não adiei e hoje estou curado.
Data: 25/05/2021
Fonte: https://razoesparaacreditar.com/cancer-antes-casamento-cura-
do/ Acesso em: 16/06/2021

PARA SABER MAIS


Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=RPBwZJIZ7oQ. Aces-
so em: 16/06/2021.
https://www.youtube.com/watch?v=Z6H8yuN0qXE. Acesso em:
16/06/2021.
ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

44
LEGISLAÇÃO APLICADA:
HEMATOPOESE EXTRAMEDULAR

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS


O artigo 199 da Constituição aprovada em 1988 estabeleceu que
a assistência à saúde é livre à iniciativa privada, e no seu parágrafo 4 diz
que a lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remo-
ção dos órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante,
pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão
de sangue e seus componentes, vedado todo tipo de comercialização.
Apenas em 2002, a regulamentação legal deste artigo, apre-
sentada por Sergio Arouca, foi aprovada com a proibição da doação gra-
tificada de sangue, conceituando a remuneração dos serviços através
da cobertura de custos de processamento (JUNQUEIRA; ROSENBLIT;
HAMERSCHLAK,2005).
O sangue e seus componentes são elementos essenciais na
medicina transfusional. A disponibilidade em estoque de diferentes tipos
de unidades (ABO e Rh) e a qualidade intrínseca de cada uma dessas
4545
unidades representam as duas condições básicas para que a interven-
ção na condição de saúde das pessoas tenha mais ampla possibilidade
de êxito (BRASIL, 2016).
O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) foi criado
com a Lei Nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999 (2) e segundo seu Art. 1º,
compreende o conjunto de atividades de regulação, normatização, con-
trole e fiscalização na área de vigilância sanitária, executado por institui-
ções da Administração Pública direta e indireta da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios (BRASIL,1992).
Ação de vigilância, é cada vez mais evidente tanto no sentido
de melhorar quanto no de manter os avanços alcançados. As flutuações
observadas na qualidade e nos mecanismos de controle dos serviços de
hemoterapia chamam a atenção para a necessidade de monitoramento
contínuo e de avaliação periódica (EPSTEIN; HOLMBERG, 2010).
A Vigilância Sanitária do Sangue se insere nesse contexto ao
exercer o controle dos riscos transfusionais relacionados aos serviços
de hemoterapia. Nesse aspecto, tem como finalidade minimizar os riscos
à saúde decorrentes da prestação desses serviços, da produção e uso
de hemocomponentes (processo hemoterápico) buscando a proteção da
saúde coletiva. De natureza complexa e dinâmica, as relações de produ-
ção e consumo de hemocomponentes são intermediadas pelo uso inten-
sivo de tecnologias resultantes dos processos econômicos que permeiam
as interações sociais. Dessa forma, a Vigilância Sanitária do Sangue tam-
bém se relaciona na lógica do mercado como espaço de intervenção ao
impor limites aos interesses individuais quando estes se mostram dano-
sos à saúde ou contrários aos direitos da coletividade (NÓBREGA, 2009).
ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou recomenda-


ções às autoridades governamentais, para que assumissem a respon-
sabilidade pela garantia do suprimento seguro de sangue à população.
Para tanto, é necessário que mecanismos regulatórios garantam a cap-
tação e a seleção de doadores, baseados em triagem clínica e epide-
miológica com o uso de testes laboratoriais de alta sensibilidade, assim
como o desenvolvimento de sistemas de hemovigilância e a elaboração
de regulamentos técnicos com ênfase em Boas Práticas de Fabricação
(BPF) aplicados aos serviços de produção de hemocomponentes e ba-
seados nas práticas de segurança do paciente submetido à transfusão
de sangue (SILVA JÚNIOR; RATTNER, 2014).
No cenário nacional, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA), a partir de 2005, iniciou a coordenação e a elaboração de um
Método para Avaliação de Riscos Potenciais em Serviços de Hemote-
rapia (MARPSH). O manual que tem sido adotado pelas VISAs no seu
processo de gerenciamento de riscos inerentes ao ciclo do sangue no
46
Brasil (EPSTEIN; HOLMBERG, 2010; SILVA JÚNIOR; RATTNER, 2014).
A RDC ANVISA nº 57, de 16 de dezembro de 2010, regula-
mentou e estabeleceu os requisitos para o funcionamento dos serviços
que desenvolvem atividades relacionadas ao ciclo produtivo do sangue
e componentes e procedimentos transfusionais, incluindo captação de
doadores, coleta, processamento, testagem, armazenamento, distribui-
ção, transporte, transfusão, controle de qualidade e proteção ao doador
e ao receptor, em todo o território nacional e publicou oficialmente, o
roteiro de inspeção sanitária em serviços de hemoterapia que constituiu
a base da matriz avaliativa do MARPSH (ANVISA, 2012).
O principal objetivo da RDC ANVISA nº 57 é estabelecer os
padrões sanitários a serem cumpridos pelos serviços de saúde que de-
senvolvem atividades relacionadas ao ciclo produtivo do sangue e com-
ponentes e procedimentos transfusionais, a fim de que seja garantida a
qualidade dos processos e produtos, a redução dos riscos sanitários e
a segurança transfusional (ANVISA, 2018).
O Ministério da Saúde publicou, em dezembro de 1995, a Por-
taria nº 127 que instituiu o Programa Nacional de Inspeção em Unidades
Hemoterápicas (PNIUH), com o objetivo de executar inspeções para ava-
liar a qualidade dos processos nas Unidades Hemoterápicas existentes
no país, como um dos mecanismos fundamentais para a garantia de qua-
lidade dos produtos hemoterápicos. Todas as informações e os relató-
rios provenientes das inspeções deveriam ser enviados à coordenação
nacional do Programa, dentro de um prazo máximo de 15 (quinze) dias, a
contar da data de sua realização, porém, o que se apresenta no cenário
brasileiro é uma situação bem diferente disso (BRASIL,1095).

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS


O último boletim nacional que compilou estas informações, o
9º Boletim Anual de Avaliação Sanitária em Serviços de Hemoterapia
(publicado em maio de 2018), apresenta resultados referentes às inspe-
ções sanitárias realizadas pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
no ano de 2016. Tal informativo compreende uma análise dos dados
referentes aos documentos produzidos em inspeções sanitárias realiza-
das e enviadas à ANVISA, considerando que tais dados apresentados
não correspondem à totalidade das inspeções realizadas, portanto, uma
análise parcial das atividades fiscalizatórias empreendidas pelo SNVS
no ano avaliado (ANVISA, 2018).

47
Figura 19 - Percentual de Cobertura dos Serviços de Hemoterapia.

Fonte: PGIS0012-D.pdf (ufsc.br).

A série histórica revela uma evolução no número de SH ava-


liados pela ANVISA, saindo de 7% em 2007 para 52% em 2016, com
pequenas oscilações no período de 2013 a 2016. O aumento da abran-
gência dos dados coletados tem sido essencial para a definição do perfil
sanitário dos SH brasileiros e para a consequente tomada de decisão
com base em um universo mais representativo. Cerca de 77% dos he-
mocentros coordenadores (HC) e 66% dos hemocentros regionais (HR)
brasileiros foram inspecionados em 2016, média de aproximadamente
71%, considerando os dois grupos (ANVISA, 2018).
Segundo dados do Sistema Nacional de Cadastro de Serviços
ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

Hemoterápicos (HEMOCAD), em 23 janeiro de 2013, o Brasil contava


com 2.014 serviços de hemoterapia, sendo 42,3% de natureza de fi-
nanciamento público, 19,6% privados, 34,8% privados conveniados ao
Sistema Único de Saúde (SUS), e 3,3% serviços de natureza não infor-
mada. Esses serviços estão organizados em rede, de forma a garantir a
gestão e o acesso aos produtos hemoterápicos em tempo oportuno em
todo território nacional (ANVISA, 2018).
O Sistema Nacional de Informação de Sangue e Hemoderiva-
dos foi instituído pela RDC/ANVISA nº 149/2001 e a estrutura de dados
foi estabelecida a partir do formulário do Sistema de Informação de Pro-
dução Hemoterápica (HEMOPROD) que tem, conforme a seguir, o fluxo
padrão para registro e envio dos dados mensalmente (BRASIL,1095).

48
Figura 20 - Fluxograma de Envio dos Dados.

Fonte: PGIS0012-D.pdf (ufsc.br).

A Lei N° 10.205/2001-MS(6), conhecida como Lei do Sangue,


apresenta os princípios e diretrizes da Política Nacional de Sangue,
Componentes e Hemoderivados e define as atividades hemoterápicas,
em seu Artigo 3º, como “todo conjunto de ações referentes ao exercício
das especialidades previstas em Normas Técnicas ou regulamentos do
Ministério da Saúde, além da proteção específica ao doador, ao recep-
tor e aos profissionais envolvidos”; no § 1º do mesmo artigo define a
hemoterapia como uma especialidade médica, estruturada e subsidiária
de diversas ações médico-sanitárias corretivas e preventivas de agravo
ao bem-estar individual e coletivo, integrando, indissoluvelmente o pro-
cesso de assistência à saúde (BRASIL.2001).

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS


A Hemorrede Nacional é coordenada, no nível federal, pela Ge-
rência Geral de Sangue, outros Tecidos e Órgãos da ANVISA / Ministério
da Saúde, e nos estados e Distrito Federal pelo gestor do Sistema Único
de Saúde — SUS. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC)/ANVISA N°
151, de 21 de agosto de 2001(7), determina a nomenclatura e conceitua-
ção dos serviços de hemoterapia, de acordo com os níveis de complexida-
de, a saber: hemocentro coordenador, hemocentro regional, núcleo de he-
moterapia, unidade de coleta e transfusão, unidade de coleta, unidade de
triagem laboratorial de doadores e agência transfusional (BRASIL,2001).
A gestão e a melhoria da qualidade nos serviços de saúde há
muito tempo vêm sendo objeto de estudos, práticas, implementações e
análises (BRASIL, 2001).
Nos serviços de hemoterapia, a qualidade do produto (resul-
tados) é consequência de uma complexa rede que combina estrutura
e processos. Esta cadeia vai desde a adequada seleção do doador até
a disponibilização e o transporte do produto para os demais pontos de
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atenção à saúde, onde serão utilizados.
Nos serviços de hemoterapia, a qualidade do produto (resul-
tados) é consequência de uma complexa rede que combina estrutura
e processos. Esta cadeia vai desde a adequada seleção do doador até
a disponibilização e o transporte do produto para os demais pontos de
atenção à saúde, onde serão utilizados (BRASIL,2016).
Nesse aspecto, a Gestão da Qualidade Total envolve ações de
planejamento, controle e aprimoramento contínuo de cada processo,
tendo como foco central o atendimento das necessidades e satisfação
dos clientes. Assim, "Gerenciar a qualidade total é agir de forma plane-
jada e sistemática para implantar e implementar um ambiente no qual,
em todas as relações fornecedor — cliente da organização, sejam elas
internas ou externas, exista a satisfação mútua”.

QUESTÃO HISTÓRICA DA HEMOTERAPIA

Na década de 1960, a hemoterapia mundial avançou e se so-


fisticou, a partir das novas técnicas de conservação e fracionamento de
sangue, que gradativamente restringiram a pouquíssimos casos a aplica-
ção de sangue integral, substituindo este por suas frações e derivados.
Isso fez aumentar o número de casos em que o sangue é utilizado como
terapêutica e exigiu sofisticação dos serviços, recursos humanos espe-
cializados e aparelhagem própria (SANTOS; MORAES; COELHO,1981).
Os primeiros bancos de sangue brasileiros surgiram na década
de 40. Na década de 50, foi fundada a Sociedade Brasileira de Hema-
ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

tologia e Hemoterapia (SBHH). Na década de 60, o Ministério da Saúde


criou a Comissão Nacional de Hemoterapia, que definiu a regulação
disciplinadora da Hemoterapia no Brasil através de decretos, portarias
e resoluções, estabelecendo o primado da doação voluntária de sangue
e a necessidade de medidas de proteção a doadores e receptores, dis-
ciplinando o fornecimento de matéria-prima para a indústria de fraciona-
mento plasmático e a importação e exportação de sangue e hemoderi-
vados (LORENZI; JAMRA, 2002).
Nesse período, a Hemoterapia no Brasil tinha legislação e nor-
matização adequadas, porém ainda carecia de uma rígida fiscalização das
atividades hemoterápicas e de uma política de sangue consistente. As in-
dústrias de hemoderivados, em geral, estimulavam a obtenção de maté-
ria-prima através de doadores remunerados e da prática da plasmaférese.
Nem sempre os cuidados com a saúde dos doadores eram priori-
tários. Para seguir no processo de organização do serviço de Hemoterapia
no Brasil, no fim da década de 70, o Ministério da Saúde criou o Programa
50
Nacional de Sangue e Hemoderivados (Pró-Sangue) (GUERRA, 2000).
O Pró-Sangue estabeleceu uma ordenação do Sistema Hemo-
terápico no Brasil, criando hemocentros nas principais cidades do país,
tendo como diretrizes a doação voluntária não remunerada de sangue e
medidas para segurança de doadores e receptores, transformando-se pos-
teriormente na Coordenação de Sangue e Hemoderivados do Ministério
da Saúde (ROSENBLIT, 2000; LORENZI; JAMRA, 2002; GUERRA, 2000).
É a parte da medicina que visa recuperar ou manter a saúde
dos pacientes, por meio do uso terapêutico de hemocomponentes, de
acordo com as necessidades de cada paciente.
Por esse motivo, historicamente, a Medicina Transfusional tem
sido associada apenas à realização de transfusões de hemácias ou
plasma. No entanto, hoje esse conceito é muito mais amplo e inclui
várias práticas, como:
Tipificações.
Estudos imunohematológicos de pacientes clínicos, cirúrgicos,
hematológicos, grávidas etc.
Transfusão de hemocomponente, como:
• Glóbulos vermelhos deplasmatizados.
• Plasma fresco.
• Plaquetas de doadores de sangue ou de aférese (plaqueta-
férese).
• Crioprecipitados.
• Componentes sanguíneos irradiados e / ou reduzidos por leuco.
Procedimentos Especiais:
• Plasmaferese: para remover substâncias nocivas (venenos etc.),

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS


autoanticorpos ou imunocomplexos da corrente sanguínea do paciente.
• Plaquetaférese: com o objetivo de colaborar para atender às
altas necessidades de transfusão de concentrado de plaquetas, princi-
palmente em pacientes hematológicos ou com refratariedade plaquetária.
• Leucaferese: Tanto em pacientes para reduzir a massa de
leucócitos na leucocitose ou como forma de obter leucócitos de doado-
res saudáveis para dar suporte a pacientes sépticos que não respon-
dem ao tratamento com Antibióticos.
• Recuperação Intraoperatória de Sangue (RIS): Utilizando
equipamentos de última geração e materiais descartáveis adequados,
permite a recuperação do sangue perdido durante um procedimento ci-
rúrgico e, após a lavagem, a reinfusão no mesmo paciente. É conside-
rado um método de Autotransfusão, uma vez que o próprio sangue do
paciente é utilizado para transfundi-lo.
• Autotransfusão: seja pela doação de unidades de sangue,
que são armazenadas para uso durante o ato cirúrgico, seja pelo pro-
51
cedimento de RIS, o objetivo é utilizar o sangue ou hemocomponente
obtido do mesmo paciente para suporte transfusional.
• Plasma Rico em Plaquetas: Permite acelerar a reparação
óssea e fortalecer a qualidade do osso formado, bem como ativar a
reparação e cicatrização de úlceras e feridas, liberando fatores que es-
timulam a reprodução celular.
Portanto, a Medicina Transfusional não é apenas a Transfusão
de Hemocomponentes, com a indicação adequada, a melhor qualidade
possível, a maior segurança disponível, em quantidade suficiente, no
momento certo e com critérios de eficácia; o controle e acompanhamen-
to de rh (d) gestantes negativas, de anemias hemolíticas autoimunes
ou a realização de aférese. Atualmente também inclui o uso de Células
Progenitoras para Transplante, Terapia Celular, Tecido e Imunoterapia.
Para isso, conta-se com laboratórios cada vez mais sofistica-
dos para minimizar os riscos de transmissão de doenças, maximizar a
compatibilidade de células e tecidos, investigando as causas das rea-
ções adversas, imunológicas ou não.

HEMATOPOESE EXTRAMEDULAR

A hematopoese extramedular (HEM) é considerada um meca-


nismo fisiológico compensatório, com a formação de células sanguíne-
as normais fora da medula óssea, que ocorre quando esta é incapaz de
suprir a demanda corporal (YAMATO; FUHRMAN,1987).
A hematopoiese extramedular é considerada um mecanismo fi-
siológico compensatório que ocorre quando a medula óssea é incapaz de
ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

suprir a demanda corporal de células sanguíneas. Frequentemente, está


associada a hemoglobinopatias congênitas ou a desordens de substituição
medular adquiridas. Embora qualquer órgão possa estar envolvido, o fíga-
do e o baço são os sítios mais comuns. O acometimento torácico é menos
frequente e geralmente se manifesta sob a forma de massas lobuladas,
para vertebrais, com densidade de partes moles (LUND; ALDRIDGE,1984).
O diagnóstico de HEM intratorácica pode ser feito por inter-
médio de radiologia convencional, tomografia computadorizada (TC) ou
ressonância magnética (RM), quando os achados radiológicos caracte-
rísticos estão presentes em associação com história de anemia crônica.
O diagnóstico diferencial é feito através das massas do mediastino pos-
terior (MOREIRA; MELO; MARCHIORI,2001).

52
Figura 21- Hematopoese Extramedular.

Fonte: SciELO - Brasil - Hematopoese extramedular: achados em tomografia


computadorizada do tórax de 6 pacientes.

A HEM está frequentemente associada a hemoglobinopatias,


como a talassemia, a anemia falciforme e a esferocitose, ou a doenças mie-

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS


lo proliferativas, como a leucemia, o linfoma, a mielodisplasia e a mielo fi-
brose (FIELDING; OWENS; NAIMARK,1991; YAMATO; FUHRMAN,1987).
A HEM é formada por áreas microscópicas difusas de tecido
hematopoiético, em geral encontradas no fígado, baço e linfonodos. Ou-
tros sítios menos frequentes são rins, pleura, pele, ovários, intestino,
escleras, sistema nervoso central, espaço epidural e suprarrenais (TSI-
TOURIDIS et al., 1999).
A patogênese da HEM intratorácica inclui a extrusão das célu-
las tronco da medula óssea, através do córtex fino dos corpos vertebrais
e costelas, para a região subperiosteal, auxiliadas pela pressão nega-
tiva. Ocorre a proliferação destas células, não só na região da extru-
são, como em outras áreas à distância, provavelmente pela proliferação
de tecido hematopoiético embolização de outras áreas, como o baço
(PORNSURIYASAK et al.,2006).
A hematopoiese extramedular é um mecanismo compensatório fi-
siológico, frequentemente associado a hemoglobinopatias, como a talasse-
53
mia, a anemia falciforme e a esferocitose, ou a desordens de substituição
medular adquiridas, como a leucemia, o linfoma e a mielo fibrose. Outras
doenças que podem estar relacionadas à hematopoiese extramedular in-
tratorácica são o hipertireoidismo, o raquitismo, a carcinomatose, a Polici-
temia vera, a eritroblastose fetal e a pneumonia, a deficiência de vitamina
B12 e folato, e o mieloma múltiplo (SAVADER; OTERO; SAVADER,1988).

Figura 22 - Imagem de Achados em Tomografia.


ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

Fonte: SciELO - Brasil - Hematopoese extramedular: achados em tomografia


computadorizada do tórax de 6 pacientes.

A hematopoiese extramedular pode se apresentar sob a forma


de massa tumoral no tórax, abdome, espaço epidural ou no retroperi-
tônio. O comprometimento do tórax na hematopoiese extramedular é
infrequente, e quando ocorre, geralmente é sob a forma de massa ar-
redondada, com densidade de partes moles, no mediastino posterior,
podendo se estender de D2 a D12, sendo mais frequente abaixo de D7,
usualmente assintomática, embora a compressão da medula já tenha
sido descrita (FALAPPA et al.,1982)
Resumindo:
A hematopoiese extramedular cutânea (HEC) é definida como a
presença de elementos hematopoiéticos fora da medula óssea. Esse pro-
54
cesso ocorre fisiologicamente em embriões de 8 a 45cm, sendo rara sua
manifestação após esse período. Casos têm sido descritos em neonatos
no contexto de infecções intrauterinas e distúrbios hematológicos. Em
adultos, pode ser observada em associação com síndromes mielodisplá-
sicas e mieloproliferativas, ou seja, distúrbios em que há hematopoiese
ineficaz ou excessiva devido à formação de um clone neoplásico deriva-
do de uma célula-tronco hematopoiética alterada. (FALAPPA et al.,1982)
Os processos mais frequentemente associados à hematopoie-
se cutânea extramedular são as síndromes mieloproliferativas crônicas,
especificamente a mielofibrose idiopática. Curiosamente, tem sido as-
sociada a outras entidades, como paquidermoperiostose, pilomatrico-
mas, hemangiomas e até mesmo após injeção subcutânea de interleu-
cina. (FALAPPA et al.,1982)
Apresentamos o caso de um paciente com história de mielo-
fibrose idiopática, que desenvolveu lesões cutâneas histologicamente
compatíveis com focos de hematopoiese cutânea extramedular após 9
anos de evolução.
A mielofibrose idiopática é caracterizada pela proliferação de
células endoteliais e fibroblastos na medula óssea, o que causa o rom-
pimento da barreira entre a medula óssea e o sangue periférico com a
subsequente migração e proliferação de células-tronco hematopoiéticas
em outros órgãos.
A hematopoiese extramedular, no contexto da mielofibrose
idiopática, foi descrita pela primeira vez por Hickling em 1937, citado por
Kuo e cols. Na maioria dos casos relatados, os focos de hematopoiese
extramedular estão localizados no baço e no fígado. Outras localiza-

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS


ções incluem nódulos, retroperitônio, coluna, rins, glândulas adrenais,
trato gastrointestinal, pulmão e seios.
O envolvimento da pele é raro e de outros órgãos, como os
testículos, excepcional. O fato de alguns órgãos serem afetados com
mais frequência do que outros pode ser devido à predileção das células-
-tronco hematopoiéticas por se implantarem em órgãos já predispostos
à hematopoiese, como o baço ou o fígado. (FALAPPA et al.,1982)
O envolvimento da pele é raro e foi estimada uma prevalên-
cia de 0,4% dos casos. Acredita-se que a esplenectomia possa atuar
como fator predisponente na disseminação de focos de hematopoiese
extramedular na pele, seja por arrasto mecânico presente durante o ato
cirúrgico, seja pela expansão desses focos de hematopoiese do baço
para outros órgãos, como fígado ou pele.
A relação entre esplenectomia e hematopoiese na pele ainda
está em discussão, pois embora haja casos descritos, na maioria não
havia história de esplenectomia prévia, ou seja, o período entre esta e o
55
aparecimento do foco de hematopoiese na pele foi demasiado longo. As
lesões cutâneas podem se manifestar de formas muito variadas, como
máculas, pápulas, nódulos e até úlceras. (FALAPPA et al.,1982)
Há casos relatados de lesões cutâneas semelhantes a angio-
mas e outros com bolhas e sangramento. A localização mais comum
em adultos é o tórax e abdômen e, em crianças, a cabeça e o pescoço.
Na maioria dos casos descritos, as lesões costumam ser múltiplas, em
número maior que, havendo relatos de casos isolados com mais de 50
lesões. O diâmetro varia entre 0,5cm e 5cm, embora alguns casos com
tamanho superior a 10cm tenham sido descritos. Nenhuma relação foi
encontrada entre o grau de fibrose da medula óssea e a extensão das
lesões cutâneas de hematopoiese extramedular. (FALAPPA et al.,1982)
Na maioria dos casos, as lesões geralmente aparecem den-
tro de um ano após o diagnóstico de mielofibrose, embora algum caso
isolado tenha sido publicado em que as lesões cutâneas surgiram até 8
anos depois, ou em que a doença começou junto com lesões cutâneas.
Histologicamente, caracteriza-se como infiltrado dérmico de as-
pecto polimórfico, composto por uma combinação de precursores mieloi-
des, eritróides e megacariócitos. Em revisão de casos de hematopoiese
cutânea extramedular, se constataram que em grande número de casos
havia apenas precursores de duas ou de uma série hematopoiética.
Em crianças, geralmente, há uma predominância de precursores
eritróides, e os megacariócitos costumam estar ausentes, enquanto em
adultos, os megacariócitos costumam ser predominantes. Apenas metade
dos casos com hematopoiese extramedular cutânea em adultos mostra
precursores eritróides na biópsia. Reações positivas para mieloperoxida-
ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

se (série mieloide) e para fator de von Willebrand (série megacariocítica)


foram observadas por meio de estudos imunohistoquímicos. A maioria das
células precursoras mieloides foram positivas apenas para mieloperoxida-
se, confirmando sua linhagem granulocítica. (FALAPPA et al.,1982)
Apenas em uma minoria de células foi observada positividade
para CD68, que se expressa tanto em células granulocíticas maduras
e imaturas quanto em monócitos e macrófagos. Em um caso publicado
por Kwon et al, foi observado um grande número de precursores eosi-
nofílicos, cujo significado era desconhecido até o momento.
O principal diagnóstico diferencial deve ser feito com a leucemia
cutânea, visto que em 8% dos casos foi descrita evolução de mielofibrose
crônica idiopática para leucemia mieloide aguda. No presente caso, havia,
no momento das biópsias, uma leucemia mieloide aguda estabelecida.
Pode-se perguntar se o infiltrado cutâneo não é realmente uma
infiltração leucêmica. A longa evolução prévia das lesões e as caracterís-
ticas histológicas do infiltrado não apoiam este diagnóstico. Em um infil-
56
trado leucêmico, esperaríamos maior monomorfismo e densidade celular,
bem como um maior número de células CD34. (FALAPPA et al.,1982)
Foram descritos casos de óbito por transformação leucêmica
da doença, principalmente naqueles com megacariócitos atípicos.
Logo, o tratamento dos focos de hematopoiese cutânea extrame-
dular é recomendado se as lesões cutâneas forem sintomáticas ou devido
à sua localização ou extensão, ou nos casos em que a doença de base
necessite de tratamento sistêmico. Respostas às lesões cutâneas foram
publicadas após o tratamento da doença de base com hidroxiureia e in-
terferon alfa, embora haja falhas terapêuticas em ambas as modalidades.

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

57
TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO 1
O principal objetivo da RDC ANVISA nº 57 é:
A) Estabelecer os padrões sanitários a serem cumpridos pelos serviços
de saúde que desenvolvem atividades relacionadas ao ciclo produtivo
do sangue e componentes e procedimentos transfusionais.
B) Estabelecer os parâmetros referentes aos riscos laboratoriais.
C) Estabelecer o Programa Nacional de Inspeção em Unidades Hemo-
terápicas.
D) Estabelecer o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
E) Garantir a gestão e o acesso aos produtos hemoterápicos em tempo
oportuno em todo território nacional.

QUESTÃO 2
A RDC/ANVISA nº 149/2001 instituiu:
A) Sistema Nacional de Cadastro de Serviços Hemoterápicos.
B) Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
C) Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
D) Sistema Nacional de Informação de Sangue e Hemoderivados.
E) Política Nacional de Sangue.

QUESTÃO 3
Na década de 60, o Ministério da Saúde criou:
A) Sistema Nacional de Cadastro de Serviços Hemoterápicos.
B) Comissão Nacional de Hemoterapia.
ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

C) Agência Nacional de Vigilância Sanitária.


D) Sistema Nacional de Informação de Sangue e Hemoderivados.
E) Política Nacional de Sangue.

QUESTÃO 4
Assinale a alternativa que contém aquilo que é considerado um me-
canismo fisiológico compensatório que ocorre quando a medula ós-
sea é incapaz de suprir a demanda corporal de células sanguíneas:
A) Hemoglobinopatias congênitas.
B) Diagnóstico de HEM intratorácica.
C) Hematopoiese extramedular.
D) Hemorrede Nacional.
E) Hemoterápicas.

QUESTÃO 5
A HEM está frequentemente associada:
58
A) Às hemoglobinopatias.
B) Ao diagnóstico de HEM intratorácica.
C) À Hematopoiese extramedular.
D) À Hemorrede Nacional.
E) Às Hemoterápicas.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


A RDC ANVISA nº 57, de 16 de dezembro de 2010, regulamentou e
estabeleceu os requisitos para o funcionamento dos serviços que de-
senvolvem atividades relacionadas ao ciclo produtivo do sangue e com-
ponentes. Com relação a RDC, elenque o seu principal objetivo.

NA MÍDIA
EM MACAÉ, SERVIÇO MUNICIPAL DE HEMOTERAPIA CONVOCA
DOADORES DE SANGUE O POSITIVO
O Serviço Municipal de Hemoterapia de Macaé está convocando os doa-
dores devido ao estoque baixo do sangue tipo O positivo. O órgão, vin-
culado à Secretaria de Saúde, reforça a importância da doação, pois o
espaço atende os principais hospitais da cidade e de outros municípios.
Durante todo mês, o Serviço Municipal de Hemoterapia realiza a Cam-
panha Junho Vermelho, para sensibilizar e chamar atenção da popu-
lação para a importância da doação de sangue. Em Macaé, a doação
pode ser feita, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h, apresentando
um documento pessoal e original com foto.
Fonte: Clique diário
Data: 15 junho 2021.

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS


Leia a notícia na íntegra: https://cliquediario.com.br/cidades/em-macae-
-servico-municipal-de-hemoterapia-convoca-doadores-de-sangue-o-
-positivo Acesso em: 16/06/2021

NA PRÁTICA
A Prefeitura de Resende, por meio da Secretaria Municipal de Saúde,
intensificou a campanha “Junho Vermelho”, que incentiva a doação de
sangue em todo o País, visando aumentar o estoque no Núcleo de He-
moterapia de Resende (NHR). Com o tema “Doe sangue, doe vida”, o
Hemonúcleo de Resende vem reforçando a campanha de doação de
sangue neste mês, alusivo ao Dia Mundial do Doador do Sangue, co-
memorado em 14 de junho.
Nesta segunda-feira, dia 14, o Núcleo de Hemoterapia acolheu, de for-
ma especial, 13 doadores de sangue, com ambiente decorado, lanche
diferenciado e distribuição de máscaras de proteção contra a Covid-19
com o slogan “Doe sangue, doe vida”.
59
Para fazer parte desta campanha, o agendamento para a doação é im-
prescindível, visando evitar aglomerações em virtude da pandemia do novo
coronavírus (Covid-19). A diretora do NHR, a biomédica Maria Fernanda
Macedo de Aguiar, informou como deve ser feito o agendamento em meio
à pandemia, lembrando quais são os requisitos básicos para doar sangue.
Título: Junho vermelho: núcleo de hemoterapia de Resende faz campa-
nha para aumentar estoque de sangue.
Data: 17/06/2021
Fonte: https://destaquepopular.com.br/2021/06/14/junho-vermelho-nu-
cleo-de-hemoterapia-de-resende-faz-campanha-para-aumentar-esto-
que-de-sangue/ Acesso em: 16/06/2021

PARA SABER MAIS


Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=wM1ARsp7nd8 Aces-
so em: 16/06/2021
https://www.youtube.com/watch?v=-D1FuAg3vdE Acesso em:
16/06/2021
ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

60
GABARITOS

CAPÍTULO 01

TREINOS INÉDITOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

O plasma é um líquido amarelo claro que representa 60% do volume


total de sangue. Ele é constituído por 90% de água, onde se encontram
dissolvidos proteínas, açúcares, gorduras e sais minerais. Através do
plasma circulam, por exemplo, elementos nutritivos necessários à vida
das células. O plasma é uma solução aquosa que contém componentes
de pequeno e elevado peso molecular, que correspondem a 10% do seu
volume. As proteínas plasmáticas constituem 7% do seu volume e os sais
inorgânicos a 0,9%, sendo o restante formado por compostos orgânicos,
entre outros, como aminoácidos, vitaminas, hormonas e glicose. As prin-
cipais proteínas plasmáticas são as albuminas, as α e β globulinas, as
lipoproteínas e as proteínas que participam na coagulação sanguínea.

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

61
CAPÍTULO 02

TREINOS INÉDITOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

A hemovigilância iniciou-se na França, em 1994, com a implementação


de sistemas de monitorização por comités de transfusão de sangue e
estabelecimento de um sistema nacional de hemovigilância. Rapida-
mente, os sistemas de hemovigilância começaram a ser geridos por
autoridades legais, e os dados foram recolhidos por sistemas de hemo-
vigilância solidamente estabelecidos no Reino Unido (Serious Hazards
of Transfusion [SHOT]), Canadá (Transfusion Transmitted Injuries Sur-
veillance System [TTISS]), Holanda (Transfusion Reactions in Patients
[TRIP]), Japão, Rússia, Suíça e Estados Unidos da América, permitindo
à implementação de várias medidas que aumentaram a segurança na
utilização de hemocomponentes e hemoderivados.
ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

62
CAPÍTULO 03

TREINOS INÉDITOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

O principal objetivo da RDC ANVISA nº 57 é estabelecer os padrões sa-


nitários a serem cumpridos pelos serviços de saúde que desenvolvem
atividades relacionadas ao ciclo produtivo do sangue e componentes e
procedimentos transfusionais, a fim de que seja garantida a qualidade
dos processos e produtos, a redução dos riscos sanitários e a seguran-
ça transfusional.

ELEMENTOS DO SANGUE E HEMATOPOESE - GRUPO PROMINAS

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