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ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


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ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância

PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.

GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO


Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino

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Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
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Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas


pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.

Um abraço,

Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha


é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!


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Professor: Yuri Sotero

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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.

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O setor da segurança do trabalho, apesar de existir há al-
gum tempo, ainda é um campo que necessita de muitos estudos e
investimentos. As empresas públicas e privadas buscam a cada dia
novas formas e tecnologias de aprimorar seus setores, sejam adminis-
trativos, produtivos, operacionais e de segurança do trabalho. Assim,
novas técnicas surgem a cada dia, com a evolução do processo tec-
nológico, e os acontecimentos decorrentes de acidentes fazem com
que a saúde e integridade, física e mental, do trabalhador, passem a
ser tratadas como uma das prioridades das organizações. O presente
material trata sobre as entidades que visam proteger e assegurar o
bem-estar do trabalhador, bem como os procedimentos que ajudam a
organização a administrar seus processos, para garantir a qualidade e
competitividade de seus produtos e serviços.
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Administração. Segurança do Trabalho. Organizações.

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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11

CAPÍTULO 01
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO

Técnicas de Administração _____________________________________ 17

Ênfases da Administração _______________________________________ 18

Teorias Administrativas ________________________________________ 19

Erro e Fraude __________________________________________________ 27

Recapitulando ________________________________________________ 31

CAPÍTULO 02

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ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES E ASPECTOS ÉTICOS LIGADOS À SST

Órgãos e Instituições ___________________________________________ 34

Aspectos Éticos da Profissão ___________________________________ 53

Recapitulando _________________________________________________ 55

CAPÍTULO 03
POLÍTICAS E PROGRAMAS DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO
TRABALHO, SESMT E SOFTWARES APLICADOS

Recomendações para Política, Programa e Gestão da Seguran-


ça e Saúde ___________________________________________________ 59

Tipos de Gestão ________________________________________________ 65

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Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medi-
cina do Trabalho - SESMT ________________________________________ 71

Recapitulando __________________________________________________ 76

Fechando a Unidade ____________________________________________ 80

Referências _____________________________________________________ 84
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A evolução é um processo constante na sociedade desde a
criação do mundo, exigindo do contexto presente, que se adapte às
grandes transformações. Sob essa ótica, é possível aplicar o processo
de evolução às organizações, diante do avanço tecnológico, do proces-
so de globalização e da competitividade exigida no mercado, sejam elas
públicas ou privadas.
Para que uma organização consiga, contudo, atingir seus ob-
jetivos, é de suma importância que seus funcionários sejam valorizados
e estejam em condições de exercer, com saúde e segurança, suas ati-
vidades. Assim, o sistema de saúde e segurança passa a ser um dos
pontos mais importantes a ser observado.
Para ajudar nesse processo, as técnicas administrativas atuam
como ótimos meios para a criação de sistemas que reduzam os núme-
ros de acidentes dentro da organização. Assim, esse material aborda
sobre as técnicas administrativas mais conhecidas, bem como sua área
de enfoque, para atuar como medidas preventivas e corretivas.
Outro ponto da apostila são as entidades normativas, cria-
das com intuito de prezar pela saúde e proteção à vida do trabalhador,
sendo as normas regulamentadoras (NRs) os instrumentos normativos
mais conhecidos como auxílio ao trabalhador.
As organizações devem seguir as legislações vigentes para
atuar no mercado e podem contar também com a implantação de sis-

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temas de gestão específico, visando a qualidade de seus serviços, o
desenvolvimento com sustentabilidade e melhor relacionamento com a
comunidade em geral. Dessa maneira, o cuidado com a saúde e segu-
rança do trabalho (SST) é de extrema importância, visto que provoca
a redução de acidentes, estimula a satisfação dos trabalhadores, bem
como a promoção da saúde, há melhora nos níveis operacionais, dentre
outros, melhorando significativamente a imagem da empresa e oferece
novas oportunidades de crescimento.
É importante que o profissional da SST, assim como as orga-
nizações, assuma suas responsabilidades e tenham compromisso com
a ética e a moral com os colaboradores e com a sociedade. Dessa ma-
neira, as normas aos métodos e processos utilizados para uso dos re-
cursos serão aplicadas de maneira adequada, garantindo a eficácia de
seus objetivos e resultados.

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
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Ciro Bächtold (2012) define administração como palavra que


vem do latim ad, que quer dizer direção, e minister, que quer dizer obe-
diência. Sendo assim, o administrador dirige obedecendo à vontade de
quem o contratou.
Ainda em Bächtold, vê-se que a administração surgiu como
uma ciência após a Revolução Industrial, que aconteceu no século
XVIII. No início do século XX, a atividade industrial se expandiu de for-
ma significativa e acelerada em todo o mundo, principalmente nos EUA.
Esse processo trouxe a produção de produtos como automóveis, rádios,
aparelhos elétricos, e o desenvolvimento de setores como ferroviário,
automobilístico e de produção. O estudo dessa ciência começou a ser
utilizado diante de transformações ocorridas nas relações de produção
e trabalho, que provocaram mudanças na vida em sociedade.
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Figura 1- Produções Revolução Industrial

Fonte: Conhecimento Científico, 2018.

Figura 2 - Produções Revolução Industrial

Fonte: Histórias em Cartaz, 2015.

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Figura 3 - Produções Revolução Industrial

Fonte: Trabalhos Escolares, 2008.

Para as organizações se adaptarem e cumprir suas funções é


fundamental haver uma relação direta e estreita com a administração.
Chiavenato (2004) diz que a administração é a condução racional das
atividades de uma organização, seja ela lucrativa ou não. É também uma
ciência que une a teoria e a prática à criação de princípios racionais, que
objetivam tornar as empresas mais eficientes em suas funções. Admi-
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nistrar é a forma de governar uma organização ou uma parte dela. É o
processo que compreende o planejamento, organização, direção, coor-
denação e controle no uso dos recursos que a empresa possui para que
ela consiga conquistar seus objetivos de modo eficaz e eficiente.
Para melhor desempenho das organizações, há funções como
líderes e gestores, responsáveis por sua evolução. Nas funções de li-
derança, há níveis de responsabilidade e funções específicas e exigem
responsabilidades. Para melhor desempenho dessas funções, foram
criados níveis administrativos para melhorar a execução das medidas
organizacionais. São eles:
Nível Operacional: Nesse nível, os gestores são responsáveis
pelos trabalhadores e suas funções na linha operacional da empresa.
Aqui, eles não possuem a função de supervisionar outros líderes admi-
nistradores.
Nível Intermediário: No nível intermediário é possível a inclu-
são de mais uma hierarquia da organização. Nesse nível, os gerentes
são responsáveis por outros gerentes e, em algumas situações, podem
ser responsáveis por empregados operacionais.
Nível Institucional: O nível institucional compreende os respon-
sáveis gerais pela administração. Aqui são estabelecidas políticas de
operação e interação da organização com seu ambiente. Normalmente
o título desses profissionais são os presidentes.
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Os gestores de uma organização também podem ser co-


nhecidos como administrador funcional, quando coordena pesso-
as que estão envolvidas em um mesmo conjunto de atividades e
administrador geral, quando supervisiona muitas ou todas as ativi-
dades de uma unidade na empresa.

Um bom administrador precisa desenvolver habilidades para


tornar-se um profissional completo. Esse tipo de profissional precisa da
habilidade técnica, quando mostra capacidade de saber usar os proce-
dimentos, técnicas e conhecimentos no campo de atuação; habilidade
humana, para saber trabalhar com outras pessoas em grupo, motivá-
-las para que o objetivo proposto seja cumprido e habilidade conceitual,
onde é necessária a capacidade de coordenação e integração dos inte-
resses da organização, bem como de suas atividades.
O perfil completo do administrador vem com as competências
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do conhecimento, que está ligado ao saber, onde é necessário ideias,
experiências, manter-se sempre atualizado no setor profissional, ao sa-
ber fazer, área ligada ao colocar o conhecimento em prática e ao saber
fazer acontecer, que está ligado ao ser proativo, no espírito empreende-
dor e de trabalho em equipe.
Com o exposto, a figura abaixo apresenta as funções do ad-
ministrador em seus papéis interpessoais, informacionais e decisórios.

Figura 4 - Funções do Administrador

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Fonte: Duarte - Teorias da Administração, 2019.

Assim, o gestor deve colocar suas habilidades e capacidades


em um ambiente que estiver conturbado e incerto na organização. Lidar
com situações desafiadoras e surpresas, com sabedoria e flexibilidade,
é extremamente importante para alcançar bons resultados.

Quadro 1 - Resumo Funções do Administrador

Fonte: Adaptado de Duarte - Teorias da Administração, 2019.


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Para lidar com os desafios pertinentes à função de gestor, os
profissionais da área devem se atentar a algumas necessidades que
são essenciais ao cumprimento dos objetivos. O quadro a seguir, mos-
tra de forma sucinta essas necessidades.

Quadro 2 - Necessidades do Profissional Administrador


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Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

O sucesso de uma organização depende da capacidade


de leitura e interpretação da realidade, de identificar mudanças e
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oportunidades e reconhecer as dificuldades para lidar com elas
da melhor forma possível. Portanto, não existe uma forma única
ou universal de como administrar uma empresa. Administrar, é um
processo dinâmico e que se dá por um conjunto de ações e deci-
sões a serem tomadas para alcançar as metas e objetivos.

TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO

Para que uma administração seja eficiente, é importante o


conhecimento de suas técnicas, adequando-se às particularidades de
cada sistema, para atingir os objetivos propostos. São elas: planejar,
organizar, dirigir, coordenar e controlar.
O planejamento é o processo em que se define os objetivos e
atividades, bem como os recursos que serão utilizados. Nesse processo,
define-se a missão, são formulados os objetivos e definidos os planos e,
então, programadas as atividades. Após uma etapa de planejamento “teó-
rica”, são divididos os trabalhos e definidas as atividades que serão execu-
tadas por cada membro. Agrupam-se as atividades em cargos, alocam-se
os recursos e, em seguida, determina-se a autoridade e responsabilidade.
No processo de organização são definidos os trabalhos que
devem ser realizados e as responsabilidades pela realização desses.
Além disso, é feita a distribuição dos recursos disponíveis, segundo os

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critérios estabelecidos na fase de planejamento.
Na fase de direção, se enquadra o processo de execução. As
atividades são realizadas assim como os recursos definidos são utiliza-
dos, atingindo-se o objetivo proposto. Nessa etapa, são designadas as
pessoas e coordenados os esforços. Há também as ações de comuni-
cação, motivação, liderança e orientação.
Na coordenação, são feitas articulações que fazem com que
as pessoas envolvidas no processo se sintam motivadas. É importante
salientar aqui que, há uma diferença entre motivação e satisfação. Al-
guns fatores como condições do ambiente de trabalho, relacionamento
com e entre os funcionários, segurança e salário são fatores que levam
à satisfação. Já a política da empresa, por exemplo, o desenvolvimento,
crescimento, responsabilidade, reconhecimento, realização, dentre ou-
tros, são fatores que levam à motivação.
No processo de controle, é assegurada a realização dos objetivos
e, caso seja necessário valia a-los, são aplicadas as ações corretivas. As-
sim, são definidos os padrões, monitorados os desempenhos para valia-
-los e, como dito, há a aplicação das ações corretivas quando necessárias.

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ÊNFASES DA ADMINISTRAÇÃO

Na administração, além das técnicas, existem as ênfases, as


quais a administração se encaixa, processo esses que caracterizam o
desenvolvimento da administração. Essas ênfases são abordas a seguir.

Ênfase nas Tarefas

A ênfase nas tarefas é a administração voltada para aumentar a


eficiência operacional, através de mudanças nos procedimentos de produ-
ção. Nesse enfoque, há a preocupação com a racionalização do trabalho.
Foi o marco para o desenvolvimento da administração. Em 1776, ao pu-
blicar A riqueza das Nações, Adam Smith, sem comprovação científica, já
publicava algumas ideias a respeito das vantagens da divisão do trabalho.

Ênfase na Estrutura

A proposta dessa área é melhorar a eficiência por meio de uma


reestruturação organizacional. Desse modo, procura ajustar a estrutura
da organização para atender os objetivos propostos.
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Ênfase nas Pessoas

A ênfase nas pessoas procura tornar o ambiente de trabalho


melhor para os colaboradores e, assim, tem seu foco principal nas re-
lações humanas no trabalho. O aumento da produtividade e satisfação
dos funcionários estão ligados ao ambiente de trabalho, adequados a
atender às necessidades humanas.

Ênfase no Ambiente

É o estudo que considera as influências do ambiente externo


nas organizações. Esse tipo de ênfase procura preparar a organização
para se adaptar às diversas variáveis externas, que não eram conside-
radas anteriormente.

Ênfase na Tecnologia

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Com o avanço tecnológico, se fez necessário o estudo da influ-
ência da tecnologia na organização. É a ciência que trata da aplicação
da tecnologia na empresa, visando sua evolução e melhoria contínua.

Ênfase na Competitividade

Essa ênfase prepara a empresa para lidar com as transforma-


ções constantes em um processo de mudanças cada vez mais presen-
te. Visa atender às necessidades dos clientes, ofertando produtos e ser-
viços com melhor qualidade e preço mais baixo.

TEORIAS ADMINISTRATIVAS

Conforme Maximiano (2011), diante da expansão dos novos


meios produtivos, decorrentes da Revolução Industrial, houve a necessi-
dade de expandir as empresas industriais e desenvolver novos conceitos
e métodos administrativos, visto que existia uma variedade de empresas,
com tamanhos diferenciados, insatisfação com operários, alto volume de
perdas e outros problemas. As teorias administrativas, apesar de dife-
rentes enfoques, são aplicáveis nas mais diferentes situações dos am-
bientes coorporativos do mundo contemporâneo, por isso, é importante

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que o administrador as conheça bem para usá-las como alternativa ao
solucionar os problemas que surgem ao dia a dia. A administração com-
preende variáveis fundamentais, que influenciam e são influenciadas, em
relação ao seu comportamento, sendo a tarefa, a estrutura, as pessoas, a
tecnologia, o ambiente e a competitividade. A seguir, têm-se as principais
teorias administrativas, classificadas por Bächtold (2012) e Maximiano
(2011), relacionadas a sua principal área de enfoque.
Teoria da Administração Científica: essa teoria também é co-
nhecida como Taylorismo e foi criada por Frederick Winslow Taylor. Em
relação a sua variável, têm ênfase nas tarefas, e seu foque está na ra-
cionalização do trabalho no nível operacional, ou seja, seu intuito é ga-
rantir ao sistema o melhor custo/benefício. Taylor propôs, através dessa
teoria, que o trabalho fosse racionalizado, por meio do estudo dos tem-
pos e dos movimentos, com suas áreas fundamentais, que são o plane-
jamento, o preparo, a execução, os cargos e as tarefas e padronização.
Maximiano (2011) divide os trabalhos de Taylor em dois mo-
mentos. No primeiro momento, Taylor tem a publicação de seu livro, que
foi fruto de seus estudos, onde foram efetuadas análises das tarefas
dos operários, bem como seus processos e movimentos. Assim, o livro
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aborda técnicas para racionalizar o trabalho operário por meio do Estu-
do de tempos e movimentos. Diante desse estudo, foram apresentadas
por Taylor as seguintes ideias:

Figura 5 - Ideias propostas por Taylor

Fonte: Adaptado de Duarte - Teorias da Administração, 2019.


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No segundo período de Taylor, houve a publicação de seu livro


“Princípios de Administração Científica”, onde concluiu que, para que seus
princípios pudessem ser aplicados nas organizações, a racionalização do
trabalho devia ser acompanhada de uma estruturação geral da empresa.
Chiavenato (2004) tem as seguintes ideias de Administração
Científica de Taylor:
Planejar: Substituir a improvisação pela ciência, por meio do
planejamento do método.
Preparar: Selecionar cientificamente os trabalhadores, de
acordo com suas aptidões, prepará-los e treiná-los para produzir mais
e melhor, de acordo com o método planejado. Preparar também as má-
quinas e os equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a
disposição racional das ferramentas e materiais.
Controlar: Controlar o trabalho para certificar-se de que está
sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o
plano previsto.
Executar: Distribuir distintamente as atribuições e as responsa-
bilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada.
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Já Henry Ford, outro a formular suas próprias teorias da adminis-
tração, tinha alguns princípios e políticas diferentes da linha de pensamen-
to de Taylor, observadas por Duarte - Teorias Administrativas. São elas:
• Máxima produção dentro de um período determinado (produ-
tividade);
• Distribuição dos ganhos; redução de custos; redução de preços;
• Aumentar o capital de giro que seria obtido dos próprios con-
sumidores (intensificação);
• Reduzir, ao mínimo, o volume de matéria-prima (estoque);
economicidade;
• Produção em série e contínua;
• Altos salários;
• Preços mínimos;
• Preocupação com os empregados;
• Técnicos altamente competentes.

Quadro 32 - Comparativo resumido entre Taylor e Ford

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Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2007.

Acesse o endereço a seguir e veja um fragmento do fa-


moso filme “Tempos Modernos”, de Charlie Chaplin. Nesse vídeo,
percebe-se claramente a divisão do trabalho, a especialização do
operário e a padronização da produção propostos por Taylor.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=XFXg-
7nEa7vQ>.

Teoria Clássica/Teoria Neoclássica: conhecida como Fayolismo,


tem sua ênfase na estrutura e surgiu na Europa com a vinda da Revo-
lução Industrial. Foi idealizada por Henri Fayol e se caracteriza pelo en-
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foque na estrutura organizacional formal, nos princípios gerais da admi-
nistração e nas funções do administrador, em busca de eficiência e dada
pela visão econômica. A Teoria Neoclássica reafirma os conceitos acima
descritos que caracterizam a Teoria Clássica, e possui ênfase na prática
administrativa, na gestão, nos objetivos propostos e nos resultados.

Figura 6 - Funções Básicas da empresa, segundo Fayol


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Fonte: Duarte - Teorias da Administração, 2019.

Princípios Gerais da Teoria Clássica


Divisão do Trabalho: Especialização das tarefas e das pes-
soas para aumentar a eficiência.
Autoridade e Responsabilidade: Direito de dar ordens e
esperar obediência; a responsabilidade é uma consequência da
autoridade e, por isso, devem ser equilibradas entre si.
Disciplina: Obediência, comportamento e respeito às nor-
mas estabelecidas.
Unidade de Comando: O empregado deve receber ordens
de um único superior (princípio da autoridade única).
Unidade de Direção: Uma cabeça e um plano para cada
grupo de atividades que tenham o mesmo objetivo.
Subordinação dos interesses individuais aos interesses
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gerais: Os interesses gerais devem sobrepor-se aos interesses
particulares.
Remuneração do pessoal: Essa remuneração deve ser jus-
ta, capaz de satisfazer as necessidades dos empregados e atender
à empresa em termos de retribuição.
Centralização: Concentração da autoridade no topo da em-
presa.
Cadeia Escalar: Linha de autoridade do escalão mais alto
ao mais baixo (princípio do comando).
Ordem: Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lu-
gar (ordem material e humana).
Equidade: Amabilidade e justiça para obter a lealdade do
pessoal.
Estabilidade e duração do pessoal: Quanto mais tempo um
empregado permanecer no cargo, melhor é; a rotatividade é um
fator negativo.
Iniciativa: Capacidade de visualizar um plano e assegurar
o seu sucesso.
Espírito de Equipe: Harmonia e união entre os empregados.

Para encerrar a abordagem sobre a Teoria Clássica, tem-se um


comparativo entre essa teoria e a Teoria Científica.

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Quadro 4 - Teoria Científica x Teoria Clássica

Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2007.

Teoria da Burocracia: Essa teoria foi criada por Max Weber,


considerado também um dos fundadores da sociologia. Com fundamen-
tos na racionalidade organizacional, ou seja, analisa as situações de
maneira formal e impessoal, tem sua ênfase na estrutura.
Teoria Estruturalista: Surgiu com a conciliação das teorias buro-
cráticas, clássicas e de relações humanas. Seu principal objetivo é inter-
-relacionar a organização não só com seu ambiente, mas também com
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outras organizações. Tem sua ênfase na estrutura e no ambiente com en-
foques em abordagens múltiplas: organização formal e informal, análise
intra e interorganizacional e ambiental, e abordagem de sistema aberto.
Teoria das Relações Humanas: Essa teoria teve seu início no
século XX, em um período histórico marcado pela recessão da econo-
mia, inflação, desemprego e forte presença dos sindicatos trabalhistas.
Surgiu nos EUA diante da necessidade de processos mais humanistas
e democráticos nas organizações, diante das conclusões da Experiên-
cia de Hawthorne. Possui sua ênfase nas pessoas. Ganhou força com
o evento histórico conhecido como a Grande Depressão. Possui três
características principais: o comportamento do ser humano não é me-
cânico, o homem é guiado pelo sistema social e o homem possui neces-
sidades como segurança, afeto, aprovação, dentre outras. Sua área de
enfoque é a motivação, comunicações, liderança e dinâmica de grupo.
A Teoria das Relações Humanas foi dividida em quatro fases,
conforme mostra Duarte - Teorias da Administração.

Figura 7 - 1ª Fase da Experiência de Hawthorne


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Fonte: Duarte - Teorias da Administração, 2019.

Na primeira fase, não foi encontrada relação direta entre a va-


riação da intensidade da luz, mas notou-se que os operários reagiam à
intensidade da iluminação de acordo com as suas realidades pessoais.
Assim, ficou comprovada a soberania do fator psicológico sobre o fator fi-
siológico: a eficiência dos operários é afetada por condições psicológicas.

Figura 8 - 2ª Fase da Experiência de Hawthorne

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Fonte: Duarte - Teorias da Administração, 2019.

Na segunda fase, foi demonstrado o desempenho das operá-


rias, que estava relacionado à melhoria do relacionamento entre elas,
ao ambiente de trabalho, à evolução do desempenho do trabalho em
equipe e ao desenvolvimento de comportamento de lideranças. As mu-
lheres foram analisadas por 12 meses, e verificou-se que elas gostavam
da sala onde estava sendo realizada a pesquisa, porque lá era divertido
e a supervisão era tranquila e flexível. Segundo elas, havia um ambien-
te amistoso e sem pressão, o que aumentava a satisfação no trabalho.
Elas não tinham medo do supervisor, pois, ele era um orientador de
suas funções. Assim, elas desenvolveram relações pessoais e trans-
formaram-se em uma equipe de trabalho, que desenvolveu objetivos
comuns, como aumentar o ritmo de produção.

Figura 9 - 3ª Fase da Experiência de Hawthorne

Fonte: Duarte - Teorias da Administração, 2019.

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Na terceira fase, as entrevistas revelaram existir uma organi-
zação informal que protegia os trabalhadores de possíveis ameaças da
administração ou de situações que os trabalhadores julgassem atitudes
ameaçadoras. Essa organização possui forte influência sobre os empre-
gados, no ritmo e na produção deles. Além disso, possui atitudes puniti-
vas quando algum trabalhador desrespeita as regras impostas pelo gru-
po. Ela, normalmente, é formada por indivíduos com afinidades pessoais
e estimula o surgimento de lideranças informais que mantêm o grupo uni-
do. Além disso, ajuda a manter o respeito entre os integrantes e as regras
de comportamento, buscando sempre proteger os direitos trabalhistas.

Figura 10 - 4ª Fase da Experiência de Hawthorne

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Fonte: Duarte - Teorias da Administração, 2019.

Na quarta e última fase, os grupos informais tinham influência


sobre os grupos formais. Dessa forma, a união e solidariedade ditavam
como ocorriam o processo de trabalho em relação aos operários e sua
contribuição para a organização como um todo.
Duarte ainda conclui, no estudo da teoria acima, sobre a Expe-
riência de Hawthorne:
• O nível de produção é resultante da integração social (normas
sociais e expectativas grupais). É a capacidade social que determina o
nível de competência e eficiência e não sua capacidade de executar.
• Comportamento social dos empregados: O comportamento
das pessoas é influenciado pelas regras e orientações estabelecidas
pelo grupo.
• O fator psicológico é mais importante do que a capacidade
física ou o fator fisiológico das pessoas para seu nível de produção.
• Recompensas e sanções sociais: O comportamento do em-
pregado está condicionado a normas e padrões sociais estipulados pelo
seu grupo.
• Grupos informais (comportamento social, crenças, atitude,
expectativa e motivação) existem nas organizações, influenciam os gru-
pos formais e devem ser considerados para garantir o desempenho e
resultados das empresas.
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• Relações Humanas: A interação social com grupos sociais deve


ser valorizada em qualquer organização para garantir sua existência.
• Importância do conteúdo do cargo: trabalhos simples e re-
petitivos tornam-se monótonos e maçantes, afetando negativamente a
atitude do trabalhador e reduzindo sua satisfação e eficiência.
Finalizando a teoria acima, a imagem ilustrativa abaixo apresen-
ta os itens que proporcionam motivação humana, no que diz respeito à
motivação econômica, sendo as pessoas motivadas pelo reconhecimen-
to, aprovação da sociedade e inclusão em grupos sociais onde convivem.

Figura 11 - Fatores que influenciam o lado psicológico e social do ser humano

26
Fonte: Duarte- Teorias da Administração, 2019.

Teoria do Comportamento Organizacional: Tem sua ênfase nas


pessoas e veio como uma crítica às teorias clássicas e das relações hu-
manas. Suas principais características estão no estilo de administração,
na teoria das decisões e na integração dos objetivos organizacionais e
individuais.
Teoria do Desenvolvimento Organizacional: Também com sua
ênfase nas pessoas, essa teoria é um desdobramento da abordagem
comportamental. Seu principal autor foi Leland Bradford que considera
essa teoria como a fusão do estudo da estrutura e o estudo do compor-
tamento. Possui características semelhantes às da teoria do comporta-
mento organizacional.
Teoria da Contingência: Ou teoria contingencial, tem sua ênfa-
se no ambiente e na tecnologia. Nessa teoria enfatiza-se a relatividade,
ou seja, não existe nada de absoluto nas organizações. Como enfoque
tem-se a análise ambiental, abordagem do sistema aberto e administra-
ção da tecnologia.
Novas Abordagens na Administração: Essa teoria tem sua ên-
fase na competitividade, com enfoques no caos e complexidade, apren-
dizagem organizacional e capital intelectual. Surgiu com a necessidade
de as organizações buscarem novos recursos, novos meios de produ-
ção e conceitos de qualidade diante de sua evolução.

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


É valido salientar que, com a evolução das organizações,
diante do avanço tecnológico e competitividade, a forma de adminis-
trar sempre vai encontrar novos desafios e novas soluções. Assim, as
teorias também precisam se adaptar para que consigam ser viáveis e
aplicáveis na situação proposta.

Administração - Teorias da Administração


Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=f-
gWRI0qdaKU>.

ERRO E FRAUDE

A fraude contábil decorre de defraudar terceiros em benefício


próprio, podendo ser por falsificação, roubo, estelionato, dentre outros
27
(IUDÍCIBUS, 2003). Ela é um problema cada vez mais frequente nas em-
presas, sendo caracterizada como um problema que surge devido não só
ao enfraquecimento da moral, da ética moral e social, dos valores morais
e sociais, mas principalmente devido aos fracos esforços de controle in-
terno nas organizações. O mau desempenho da administração, pressões
internas e externas, transações aparentemente incomuns, problemas in-
ternos com o trabalho de auditoria e fatores do sistema de informação
podem levar ao risco de ocorrência de fraude ou erro (CREPALDI, 2010).
Através do Quadro 5 é possível observar as diferenças entre
erro e fraude. De forma geral, erro é devido a um ato pecaminoso sem a
intenção de cometê-lo, enquanto a fraude é um ato malicioso cometido
intencionalmente (PEZZI, 2012).

Quadro 5 - Diferenças entre erro e fraude


ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

Fonte: Piezzi, 2012.

Os conceitos supramencionados são descritos no campo da


28
contabilidade. É importante realçar que na área da saúde e segurança
no trabalho os erros e fraudes ocorrem frequentemente, por exemplo,
quando determinados procedimentos passam despercebidos ou quan-
do há negligência, indiscrição ou má conduta conduzindo seja pela or-
ganização ou pelo colaborador.
As palavras “negligência”, “imprudência” e “imperícia” podem
parecer semelhantes, porém aplicam-se em situações distintas. A pri-
meira ocorre por omissão profissional em determinada situação, quan-
do ele tem ciência que o procedimento está sendo executado de modo
errado e/ou inadequado. A segunda ocorre quando o profissional tem
conhecimento dos riscos e mesmo assim os executa. Por fim, a impe-
rícia se dá por falta de qualificação técnica do profissional que executa
determinada atividade quando não tem conhecimento para isso.
A falta de manutenção preventiva em máquinas e equipamentos,
conforme descrito por um fabricante, é caracterizada como negligência.
Uma situação muito comum é a não exigência da utilização de equipa-
mentos de proteção individuais na execução de atividades laborais.
A situação supracitada é refere-se à negligência, podendo se
tornar imprudência. Com as manutenções em dia e a disponibilidade de
equipamentos de proteção individuais com as devidas orientações para
correta utilização, se o trabalhador insistir em continuar desenvolvendo
o trabalho na proteção necessária, ele torna-se imprudente.
A imperícia é quando um colaborador executa um serviço que

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não possui qualificação. Um exemplo é a atuação com instalações elé-
tricas sem possuir o curso de NR-10 ou então prestar primeiros socorros
sem possuir treinamento adequado e até mesmo utilizar empilhadeiras
sem ter realizado curso específico.
Através das Figuras 12 e 13 é possível observar a execução
de serviços em altura, na qual é obrigatório o uso de equipamentos de
segurança contra quedas. Na Figura 12 o colaborador utilizou o cinto
de segurança, conforme preconiza a NR-35, enquanto na Figura 13 há
imprudência do colaborador em não utilizar equipamentos de proteção
na realização desse mesmo tipo de serviço.

Figura 12 - Exemplo de trabalho em altura

29
Fonte: Portal no Ar, 2018.

Figura 13 - Exemplo de trabalho em altura

Fonte: G1, 2013.


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30
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: SEFAZ RJ Prova: Auditor Fiscal da
Receita Estadual Nível: Médio.
O gerente financeiro da rede de loja Mais Clara do Brasil S. A., com
o objetivo de pagar menos ICMS, adulterou o valor e o registro de
duas notas fiscais de vendas. De acordo com a NBC TI − Auditoria
Interna, o ato praticado pelo gerente configura:
a) Omissão de imposto
b) Elisão fiscal
c) Erro intencional
d) Fraude
e) Omissão de receita

QUESTÃO 2
Ano: 2017 Banca: FUNDATEC Órgão: CREMERS Prova: Analista
Contábil Nível: Médio.
O ato intencional de omissão e/ou manipulação de transações e
operações, adulteração de documentos, registros, relatórios, infor-
mações e demonstrações contábeis, tanto em termos físicos quan-
to monetários, constitui o que as normas brasileiras de contabili-
dade que tratam de auditoria interna denominam de:

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a) Fraude
b) Erro
c) Sonegação
d) Corrupção
e) Falcatrua

QUESTÃO 3
Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TCE-CE Prova: Analista de Controle
Externo Nível: Fácil.
Nos termos da NBC TA 240, o ato intencional que envolve dolo para
obtenção de vantagem ilegal é denominado
a) Erro
b) Fraude
c) Fator de risco
d) Risco de auditoria
e) Evento de risco

QUESTÃO 4
Ano: 2016 Banca: PR4 Órgão: UFRJ Prova: Administrador Nível:
31
Médio.
A medida da eficiência de um administrador (na relação entre pro-
duto e insumo) no uso dos recursos da organização, para produzir
um bem ou prestar um serviço, representa o conceito de:
a) Força de trabalho
b) Capital humano
c) Produtividade
d) Prioridade competitiva
e) Liderança

QUESTÃO 5
Ano: 2015 Banca: IBFC Órgão: Docas-PB Prova: Administrador Ní-
vel: Difícil.
O texto a seguir será a base para a questão.
Para que as organizações funcionem adequadamente e alcancem
seus objetivos, e necessário que as tarefas ou funções especia-
lizadas sejam executadas. As principais funções organizacionais
e que são coordenadas pela administração geral da empresa são
de Produção, Marketing, Pesquisa e desenvolvimento, Finanças e
Recursos Humanos.
Leia as afirmativas a seguir:
I. Produção (operações) tem como objetivo transformar insumos
(matérias-primas e outros) em produtos ou serviços para suprir a
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necessidade do cliente.
II.Relações entre a organização e seus clientes. Abrange as dife-
rentes atividades de pesquisa e desenvolvimento de produtos, dis-
tribuição, preço e promoção (publicidade e propaganda).
III. Pesquisa e desenvolvimento têm como objetivo transformar as
informações do marketing, as melhores ideias e os avanços tecno-
lógicos e da ciência em produtos e serviços.
IV. Finanças atende a organização cuidando eficazmente e prote-
gendo seus recursos financeiros.
V.Recursos humanos tem como tarefas o planejamento, recruta-
mento e seleção de pessoas para a mão-de-obra necessária, treina-
mento e desenvolvimento, avaliação e desempenho, remuneração,
higiene, saúde e segurança, administração de pessoal e funções
pós- emprego.
Assinale a alternativa correta sobre as afirmações acima.
a) Somente as afirmações I e II estão corretas.
b) Somente as afirmações II e III estão corretas.
c) Somente as afirmações I, II e III estão corretas.
d) Somente as afirmações I, II, III, IV e V estão corretas
32
QUESTÃO DISSERTATIVA - DISSERTANDO A UNIDADE
Descreva a diferença entre imperícia, imprudência e negligência.

TREINO INÉDITO
Coloque E quando uma característica se identificar como "Erro" e
F para "Fraude"
(E) ação involuntária
(F) dolo com intenção
(F) omissões de transações
(F) ocultar desvios
(E) classificação das contas incorretas
A sequência correta acima é
a) F,F,F,F,F
b) E,E,E,E,E
c) F,F,E,F,E
d) F,F,F,E,E
e) E,F,F,F,E

NA MÍDIA
'SE HOUVE IMPERÍCIA, IMPRUDÊNCIA OU NEGLIGÊNCIA', TEM
QUE PUNIR, DIZ MOURÃO SOBRE BRUMADINHO
Após desastre ocorrido com a barragem da mineradora Vale em Bruma-
dinho, que deixou muitos mortos e desaparecidos, busca-se encontrar

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os responsáveis pelo acontecimento.
Fonte: G1 - O Portal de Notícias da Globo
Data:28/01/2019
Leia a notícia na íntegra:https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noti-
cia/2019/01/28/se-houve-impericia-imprudencia-ou-negligencia-tem-
-que-punir-diz-mourao-sobre-brumadinho.ghtml

NA PRÁTICA
Apesar de saber sobre as responsabilidades civil e penal a que estão sub-
metidos, muitos profissionais passam por cima do aspecto ético e moral,
em busca de adquirir alguma vantagem com tal ação. São muitos os casos
encontrados sobre o ganho de um percentual, caso aprove ou libere algum
documento, caso omita alguma informação, dentre outras situações.
A fiscalização deve ocorrer de forma eficaz e severa, assim como o pro-
cesso de auditoria, principalmente no quesito imparcialidade. E os res-
ponsáveis por tais atos devem ser punidos rigorosamente. Uma ação
irresponsável pode causar prejuízos irreparáveis.

33
ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES E
ASPECTOS ÉTICOS LIGADOS À SST
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

ÓRGÃO E INSTITUIÇÕES

Para proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores,


existe um grupo de entidades e associações que impõem parâmetros
às organizações e se comprometem com fiscalizações. Muitas vezes
há falta de interesse por parte dos empregadores em fazer cumprir as
normas relacionadas à saúde e segurança no trabalho devido ao custo
inicial e às medidas que são necessárias para atender aos requisitos
normativos. No entanto, essas ações devem ser sempre repetidas para
garantir a segurança e o cuidado com a vida e a saúde dos colaborado-
res, garantindo assim a melhoria do processo produtivo da organização.
A preocupação com a saúde e a segurança dos trabalhadores
foi surgindo com a Revolução Industrial. Essa época foi um período de
3434
grandes transformações, tanto na economia mundial, quanto nos cenários
tecnológico, cultural e social. Entretanto, com a evolução dos meios de pro-
dução, evoluíram-se também as mais diversas doenças e mortes entre os
funcionários, mediante as condições precárias de trabalho. Além disso, ha-
via o alto número de mulheres e crianças submetidas ao trabalho, a maioria
em jornadas exaustivas, ultrapassando quatorze horas de trabalho diários.
Diante dessas condições, deram início aos primeiros movimentos
de trabalhadores contra as péssimas condições de trabalho, e ambientes
totalmente inadequados para executar os serviços, ou seja, ambientes in-
salubres. As classes dos operários se organizaram em sindicatos, em bus-
ca de organizar, defender e atingir seus interesses profissionais.
Com essas movimentações, muitas oriundas de conflitos e re-
voltas, surgiram as primeiras leis internacionais de proteção ao traba-
lhador. A Organização Internacional do Trabalho, por exemplo, veio a
surgir em 1919.

Entidades Nacionais

A PNSST - Política Nacional de Segurança e Saúde do Traba-


lhador foi criada com o intuito de garantir que, o trabalho, base da orga-
nização social e direito humano fundamental, seja realizado em condi-
ções que contribuam para a melhoria da qualidade de vida, a realização

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pessoal e social dos trabalhadores, e sem prejuízo para sua saúde,
integridade física e mental, segundo o próprio documento.
Desse modo, para que essa garantia seja efetivada, a PNSST
descreve o compromisso de alguns setores do governo, envolvidos na
execução e desenvolvimento dessa política, descriminadas a seguir.

Ministério do Trabalho e Emprego

• Formular e implementar as diretrizes e normas de atuação da


área de segurança e saúde no trabalho;
• Planejar, coordenar e orientar a execução do Programa de
Alimentação do Trabalhador e da Campanha Nacional de Prevenção de
Acidentes do Trabalho;
• Planejar, supervisionar, orientar, coordenar e controlar as ações
e atividades de inspeção do trabalho na área de segurança e saúde;
• Orientar e controlar a execução das atividades relacionadas
com a inspeção do trabalho, no âmbito das Delegacias Regionais do
Trabalho, incluindo as ações de mediação e arbitragem e fiscalização
35
dos Acordos e Convenções Coletivas;
• Garantir e coordenar as atividades da Comissão Tripartite Pa-
ritária Permanente – CTPP;
• Elaborar e revisar as Normas Regulamentadoras.

Fundacentro/MTE

• Desenvolver pesquisas relacionadas a promoção das melho-


rias das condições de trabalho;
• Produzir e difundir conhecimentos técnicos científicos, em SST;
• Desenvolver atividades de educação e treinamento em SST;
• Subsidiar a elaboração e revisão das Normas Regulamenta-
doras;
• Avaliar as atividades de modo a dimensionar o impacto das
ações desenvolvidas, permitindo sua reorientação.

Ministério do Trabalho e Emprego

• Fiscalizar e inspecionar os ambientes do trabalho, com vista


à concessão e manutenção de benefícios por incapacidade; à fidedigni-
dade das informações declaradas aos bancos de dados da Previdência
Social; e à arrecadação e cobrança das contribuições sociais decorren-
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

tes dos riscos ambientais presentes no ambiente de trabalho;


• Avaliar a incapacidade laborativa para fins de concessão de
benefícios previdenciários;
• Avaliar, em conjunto com o SUS, a relação entre as condições
de trabalho e os agravos à saúde dos trabalhadores;
• Implementar uma política tributária que privilegie as empre-
sas com menores índices de doenças e acidentes de trabalho;
• Implementar a adoção do nexo epidemiológico presumido para
a caracterização dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.

Ministério da Saúde, enquanto gestor nacional do SUS

• Coordenar, no âmbito do SUS, as ações decorrentes desta


Política e assessorar as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde
na sua execução.
• Apoiar o funcionamento da Comissão Intersetorial de Saúde
do Trabalhador do Conselho Nacional de Saúde (CIST).
• Definir mecanismos de financiamento das ações em saúde do
36
trabalhador no âmbito do SUS.
• Implantar e acompanhar a implementação da Rede Nacional
de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador – RENAST, como estraté-
gia privilegiada para as ações previstas nesta Política.
• Definir, em conjunto com estados e municípios, normas, pa-
râmetros e indicadores para o acompanhamento das ações de saúde
do trabalhador a serem desenvolvidas no SUS, segundo os respectivos
níveis de complexidade destas ações.
• Prestar cooperação técnica aos estados e municípios na im-
plementação das ações decorrentes desta Política.
• Facilitar a incorporação das ações e procedimentos de saúde
do trabalhador nos procedimentos de vigilância epidemiológica, sanitá-
ria e ambiental.
• Promover a incorporação das ações de atenção à saúde do
trabalhador na rede de serviços de saúde, organizada por níveis de
complexidade crescente, na atenção básica, serviços de urgência e
emergência, na média e alta complexidade.
• Organizar e apoiar a operacionalização da rede de informa-
ções em saúde do trabalhador no âmbito do SUS.
• Promover a revisão periódica da listagem oficial de doenças
relacionadas ao trabalho no território nacional.
• Fomentar a notificação dos agravos à saúde relacionados ao
trabalho considerados de notificação de interesse da Saúde Pública.

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• Definir e promover a implementação de estratégias voltadas
à formação e à capacitação de recursos humanos do SUS nesta área.
• Implementar a rede de laboratórios de toxicologia e avaliação
ambiental.

Papel da Sociedade Civil Organizada

A sociedade civil organizada deverá exercer o papel de con-


trole social, participando de todas as etapas e espaços consultivos e
deliberativos relativos à implementação desta política.

A Revista Proteção lista uma série de entidades nacionais


e estrangeiras que possuem compromissos e responsabilidades
no que diz respeito à SST.
37
- Nacionais. Disponível em: <http://www.protecao.com.br/
conteudo/entidades/nacionais/J9jg_AQ>.
- Internacionais (com destaque para a ACGIH e OHSAS).
Disponível em: <http://www.protecao.com.br/conteudo/entidades/
internacionais/A5yA_Ac>.

Cronologia das Legislações referente à SST

A saúde e segurança do trabalho são regidas por uma série


de normas, legislações, enfim, documentos que visam garantir a saúde
e proteção do trabalhador no mercado de trabalho. A seguir, tem-se
a principais legislações referentes à SST que são vigentes no país. É
válido ressaltar que cada uma delas será estudada detalhadamente na
disciplina de Legislação e Normas Técnicas.

Normas Regulamentadoras

Abaixo, tem-se um quadro com as Normas Regulamentadoras


- NR vigentes que abordam a saúde e segurança do trabalhador em
diversos ramos do trabalho.

Quadro 6 - Normas Regulamentadoras


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38
39
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ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

As NRs são disponibilizadas no site oficial do Governo Fe-


deral e estão em constante atualização, sendo publicadas sempre
em suas versões mais recentes: https://www.gov.br/trabalho-e-pre-
videncia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-tra-
balho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-
-regulamentadoras-nrs.

Lei Complementar

40
A Lei Nº 142, DE 8 DE MAIO DE 2013 - Regulamenta o § 1o do
art. 201 da Constituição Federal, no tocante à aposentadoria da pessoa
com deficiência segurada do Regime Geral de Previdência Social - RGPS.

Leis Federais

Quadro 7 - Leis Federais

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41
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

Decreto-Lei

DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943 - Consoli-


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dação das Leis do Trabalho.

Decretos

Quadro 8 - Decretos

42
43
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Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

Instruções Normativas

Quadro 9 - Instruções Normativas


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44
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

Portarias

Quadro 10 - Portarias

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50
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ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

Resoluções

Quadro 11 - Resoluções
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Elaborado pelo autor, 2019.

52
As certificações não são garantias de que tudo está ocor-
rendo de maneira correta nas organizações, pois, não significa al-
cançar a excelência, mas sim, atender aos requisitos mínimos, no
que se refere aos documentos de referência.
Uma das deficiências no procedimento de certificação dos
sistemas de gestão é não dar a devida importância à avaliação de
desempenho com o intuito de garantir a eficácia de controles ope-
racionais e dos programas de segurança.

ASPECTOS ÉTICOS DA PROFISSÃO

De acordo com a Resolução n.º 1002 do CONFEA - Conse-


lho Federal de Engenharia e Agronomia, o código de ética profissional
dita os fundamentos éticos e as condutas necessárias à boa e honesta
prática das profissões de engenharia e relaciona os direitos e deveres
pertencentes a esses profissionais.
Ainda na mesma resolução, é destacado o princípio da eficácia
profissional, onde a profissão é realizada pelo cumprimento de forma

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responsável e pela competência dos compromissos profissionais, utili-
zando técnicas adequadas para garantir a qualidade dos serviços e pro-
dutos, realização dos resultados esperados, se atentando à segurança
em todos os procedimentos envolvidos.
É de responsabilidade do engenheiro, especialmente o enge-
nheiro de segurança do trabalho, alertar sobre os riscos relacionados às
orientações técnicas e às possíveis consequências, caso haja o descum-
primento dessas orientações. É importante aqui, que a forma como o as-
sunto é abordado deve ser dito ao cliente, de forma a facilitar sua compre-
ensão, bem como obedecer às diretrizes ditadas pelas normas vigentes.
É vedado ao engenheiro qualquer descuido com as medidas
de segurança e saúde do trabalho, assim como ditar ritmos de trabalho
que sejam excessivos e sobrecarregados ou que exerçam pressão psi-
cológica ou algum tipo de assédio sobre os profissionais da organiza-
ção. Quaisquer condutas que inflijam o código de ética estão passíveis
de punição do conselho regional, sendo o engenheiro responsabilizado
civil e criminalmente pelos danos ocorridos, tanto ao trabalhador, quan-
to à sociedade. Todavia, espera-se que o engenheiro cumpra com sua
responsabilidade ética e social, visto que esse profissional é reconheci-
53
do pela sociedade como o capaz de provocar melhorias nas condições
de vida da comunidade como um todo. Projetar, desenvolver, pesquisar
ou melhorar processos não é o suficiente, quando há por trás de todos
esses procedimentos uma dimensão ética e social.
Além disso, a responsabilidade ética também está em dar a de-
vida importância ao tema de saúde e segurança no trabalho. Os poucos
investimentos em meios acadêmicos e profissionais ainda provocam
perdas econômicas, culturais e sociais significativas em todo o mundo.
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

54
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT 24ª Região Prova: Técnico Ju-
diciário Nível: Médio.
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes − CIPA − tem como
objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do traba-
lho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com
a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. Em
relação à CIPA, segundo a legislação,
a) os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão
eleitos, entre todos os empregados, em escrutínio secreto.
b) os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão de-
signados pelo sindicato.
c) o empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes
eleitos, o Vice-Presidente da CIPA.
d) o mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 ano,
permitida uma reeleição.
e) os empregados elegerão, dentre os empregados designados pelo
sindicato, o Presidente da CIPA.

QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: TRANSPETRO Prova: En-

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fermeiro do Trabalho Junior Nível: Médio.
A Convenção nº 182 da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), convocada em Genebra, em 1999, e ratificada pelo Brasil em
2000, dispõe sobre:
a) Igualdade de oportunidades e de tratamento para trabalhadores e
trabalhadoras com responsabilidades familiares
b) Indenização de trabalhadores por doenças ocupacionais
c) Piores formas de trabalho infantil e a ação imediata para sua elimi-
nação
d) Prevenção de acidentes industriais maiores
e) Proteção à maternidade

QUESTÃO 3
Ano: 2017 Banca: IADES Órgão: EBCT Prova: Engenheiro Segu-
rança do Trabalho Júnior Nível: Fácil.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) tem como objetivo
promover a justiça social e o reconhecimento internacional dos
direitos humanos trabalhistas. A OIT é uma agência ligada à:
a) Confederação Nacional da Indústria (CNI)
55
b) Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT)
c) Organização Nacional do Comércio
d) Organização das Nações Unidas (ONU)
e) Secretaria de Relações do Trabalho

QUESTÃO 4
Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: COMLURB Prova: Técnico de Segu-
rança do Trabalho Nível: Médio.
Em conformidade com o Decreto 93.413, de 15 de outubro de 1986,
que promulga a Convenção n° 148 sobre a Proteção dos Trabalha-
dores Contra os Riscos Profissionais Devidos à Contaminação do
Ar, ao Ruído e às Vibrações no Local de Trabalho, em seu Artigo 2,
todo Membro que, no momento da ratificação, não tenha aceito as
obrigações previstas na Convenção, relativas a todas as catego-
rias de riscos, deverá posteriormente notificar _________________
______________, quando julgue que as circunstâncias o permitem,
que aceita tais obrigações com respeito a uma ou várias das cate-
gorias anteriormente excluídas.
Selecione a alternativa que preenche corretamente a lacuna acima.
a) A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
b) O Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho.
c) O Ministério do Trabalho.
d) O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina
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do Trabalho.

QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: TRANSPETRO Prova: Co-
zinheiro Nível: Fácil.
Ocorrendo um acidente de trabalho em uma embarcação, o mes-
mo deve ser comunicado através da Comunicação de Acidentes de
Trabalho – CAT – em um determinado número de vias.
A segunda via da CAT é destinada à (ao):
a) empresa
b) INSS
c) Ministério do Trabalho
d) segurado ou dependente
e) sindicato da classe do trabalhador

QUESTÃO DISSERTATIVA - DISSERTANDO A UNIDADE


Discorra sobre as ações vedadas ao engenheiro de segurança do traba-
lho e o que se espera de sua conduta profissional.

56
TREINO INÉDITO
Analise as proposições abaixo:
I - Desenvolver pesquisas relacionadas com a promoção das me-
lhorias das condições de trabalho é um trabalho da Fundacentro.
II - Definir, em conjunto com estados e municípios, normas, parâ-
metros e indicadores para o acompanhamento das ações de saúde
do trabalhador a serem desenvolvidas no SUS, segundo os respec-
tivos níveis de complexidade destas ações, é um trabalho do MTE.
III - Orientar e controlar a execução das atividades relacionadas a ins-
peção do trabalho, no âmbito das Delegacias Regionais do Trabalho,
incluindo as ações de mediação e arbitragem e fiscalização dos Acor-
dos e Convenções Coletivas é um trabalho da Previdência Social.
IV - Implementar uma política tributária que privilegie as empresas
com menores índices de doenças e acidentes de trabalho é traba-
lho do Ministério da Previdência Social.
Estão corretas as proposições
a) I e IV, apenas.
b) I, III e IV, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.

NA MÍDIA

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


SAIBA COMO FICAM OS SERVIÇOS DO MINISTÉRIO DO TRABA-
LHO COM A EXTINÇÃO DA PASTA
A extinção do Ministério do Trabalho e Emprego provoca mudanças sig-
nificativas, especialmente na vida profissional dos trabalhadores. Ainda
é vago algumas funções, mas é fato que tantos fatores a ser tratados
por um Ministério que não possui essa função pede a refinamento.
Fonte: O Globo
Data: 04/12/2018
Leia a notícia na íntegra: https://oglobo.globo.com/economia/saiba-co-
mo-ficam-os-servicos-do-ministerio-do-trabalho-com-extincao-da-pas-
ta-23279747

NA PRÁTICA
Ainda que existisse uma pasta específica para a fiscalização no que
diz respeito ao trabalhado, sabe-se que a fiscalização ainda ocorria de
forma ineficaz. Diversas irregularidades são registradas no Ministério
Público e, em muitos casos, não se vê uma conclusão ou um parecer.
A preocupação com a notícia do MTE é a violação dos direitos trabalhis-
tas, que se tornam ainda mais delicados, e a fragilidade nas investiga-
57
ções do Ministério Público do Trabalho, que decorrem nesse setor com
benefícios para o trabalhador, como detecção de situações de trabalho
em condições precárias ou análogas a trabalho escravo, por exemplo.
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

58
POLÍTICAS E PROGRAMAS DE ENGENHARIA
DE SEGURANÇA DO TRABALHO, SESMT E

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SOFTWARES APLICADOS

RECOMENDAÇÕES PARA POLÍTICA, PROGRAMA E GESTÃO DA


SEGURANÇA E SAÚDE

O avanço tecnológico, o processo de globalização e compe-


titividade entre as organizações vêm sendo importantes fatores para
que as empresas invistam em novas ferramentas de gestão, visando a
melhoria contínua de seus produtos e serviços e do ambiente de produ-
ção. Dessa forma, não só resultado dos lucros se torna importante, mas
também a saúde e integridade dos funcionários envolvidos no processo.
Nessa perspectiva, é fundamental que as organizações invistam em po-
líticas, programas e formas de gestão específicas para garantir a saúde
e proteção de todos os colaboradores.
A política na área de engenharia de saúde e segurança do tra-
5959
balho deve ser composta de diretrizes, propostas e compromissos, prin-
cipalmente por parte da organização, que sejam específicas para cada
situação, ou seja, específica para cada organização diante do setor de
atuação, deve ser clara quanto às suas implicações, acessível a todos
os colaboradores da empresa e revisada continuamente.
As organizações devem expressar, por meio de suas políticas di-
recionadas à SST, o comprometimento com o controle de riscos existentes
diante dos processos de trabalho e produção, com as legislações e normas
regulamentadoras relacionadas à SST que visa a proteção do trabalhador,
a melhoria contínua da gestão de saúde e segurança, dentre outros.
Há também, além das políticas, os programas baseados em
normas regulamentadoras, que atuam na prevenção e correção dos
riscos existentes no ambiente de trabalho, com atuação nos campos
administrativo, operacional e técnico.
A saber, a política de uma organização se dá pelos planos de
ações criados para atuar na prevenção de acidentes e doenças ocupa-
cionais. O programa é formado por um conjunto de itens que atuam na
prevenção e correção com aplicação no trabalho direcionado tanto às
pessoas, quanto aos equipamentos e processos da empresa, visando o
estabelecimento e cumprimento de normas de segurança.
A OHSAS 18001 objetiva auxiliar as organizações com tópicos
que ajudam a produzir um Sistema de Gestão De Saúde e Segurança
do Trabalho (SGSST) eficiente para que elas possam alcançar seus
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

objetivos propostos em relação à SST. Assim, seus requisitos se encon-


tram no quadro 12 a seguir.

Quadro 12 - Requisitos OHSAS 18001

60
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS
Fonte: Adaptado de OHSAS 18001.

De acordo com Angeluci et al. (2005), a inclusão da Qualidade


de Vida no trabalho (QVT) dentro das empresas gera inúmeros benefí-
cios, ainda imensuráveis em sua totalidade e os dados estatísticos são
aleatórios. Todavia, a redução de custos com a saúde dos trabalha-
dores é significativa, apresentando diminuição dos níveis de estresse,
menor incidência e prevalência de doenças ocupacionais e todos esses
fatores associados ao aumento de produtividade.
Desse modo, segundo Alves (2011), muitas empresas têm bus-
cado incorporar programas padronizados de QVT de forma imediata,
sem planejamento técnico, operacional e de recursos, especialmente
os investimentos. Diante disso, os resultados obtidos são contrários aos
esperados. Isto se deve ao fato de que não existe um padrão quando
se trata de qualidade de vida no trabalho, pois cada organização se
encaixa em um padrão diferente. Assim, cada programa deve ter um
direcionamento, uma vez que cada empresa tem a sua especificidade.
Alves (2011) ainda explica que ao recorrer à literatura tem-se
uma gama de ações e programas implantados por grandes empresas
61
que obtiveram resultados positivos se tornando referência ou modelos
a serem seguidos. Assim, o quadro abaixo apresenta algumas destas
ações em QVT que podem ser aplicadas nas organizações, de forma
simplificada, organizada e didática.

Quadro 13 - Programas de implantação da QVT e seus resultados


ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

62
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS
Fonte: Adaptado de Alves, 2011.

Além disso, há programas específicos e abrangentes com apli-


cação das NRs exigidas pelos órgãos federais, tais como:
ASO - Atestado de Saúde Ocupacional: Esse atestado é uma
maneira de comprovar que o funcionário está apto a realizar suas fun-
ções no posto de trabalho. O ASO é normalmente realizado na admis-
são, na demissão ou em casos de mudança de função. Nesse docu-
mento ficam detalhados, também, os exames necessários para verificar
a saúde do empregado.
LTCAT - Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho:
Esse laudo possui a finalidade de documentar, conforme exigências da
Lei 8.213/1991, as necessidades de que o trabalhador obtenha a apo-
sentadoria de forma especial, devido à exposição de agentes nocivos
63
no local de trabalho. Nesse laudo, ficam registrados os elementos que
são nocivos à saúde do trabalhador, as medições realizadas no período
do levantamento, a análise do local de trabalho e as medidas preven-
tivas realizada pelas organizações. O documento deve ser arquivado
pela empresa, com aval do profissional de Engenheiro de Segurança
do Trabalho e Médico do Trabalho. Assim, pode ser apresentado ao
INSS para ocasiões de aposentadoria especial de seus colaboradores.
Qualquer empresa prestadora de serviços, empresas comerciais e in-
dustriais devem, obrigatoriamente, apresentar o LTCAT e deixá-lo à dis-
posição para fiscalização do INSS, independentemente do número de
funcionários ou da atividade que a organização executa.
PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacio-
nal: A NR-7, que rege o PCMSO, estabelece a obrigatoriedade da ela-
boração e implantação, por parte de todos os empregadores e institui-
ções que admitam trabalhadores com empregados, do PCMSO, com o
objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus tra-
balhadores. Ela também estabelece o controle de saúde, físico e men-
tal, do trabalhador, em relação às suas atividades, e obriga a realização
de exames médicos admissionais, exames periódicos, de retorno ao
trabalho, de mudança de função, e exame demissional.
PGR - Programa de Gerenciamento de Riscos: O Progra-
ma de Gerenciamento de Riscos (PGR) substituiu o antigo Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o antigo Programa de
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção


(PCMAT). De acordo com a NR-01, o PGR deve conter, no mínimo, os
seguintes documentos: inventário de riscos e plano de ação.
O inventário de riscos deve conter dados da identificação dos
perigos e das avaliações dos riscos ocupacionais. Ele deve conter, no
mínimo, as seguintes informações:
a) caracterização dos processos e ambientes de trabalho;
b) caracterização das atividades;
c) descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à
saúde dos trabalhadores, com a identificação das fontes ou circunstân-
cias, descrição de riscos gerados pelos perigos, com a indicação dos
grupos de trabalhadores sujeitos a esses riscos, e descrição de medi-
das de prevenção implementadas;
d) dados da análise preliminar ou do monitoramento das ex-
posições a agentes físicos, químicos e biológicos e os resultados da
avaliação de ergonomia nos termos da NR-17.
e) avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de
elaboração do plano de ação; e
f) critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de de-
64
cisão.
O histórico das atualizações deve ser mantido por um período
mínimo de 20 (vinte) anos ou pelo período estabelecido em normatiza-
ção específica.
A organização deve elaborar plano de ação, indicando as me-
didas de prevenção a serem introduzidas, aprimoradas ou mantidas.
Para as medidas de prevenção deve ser definido cronograma, formas
de acompanhamento e aferição de resultados.
Quando se trata da construção civil, esse programa também é
citado na NR-18, que estabelece que o PGR deve ser elaborado por pro-
fissional legalmente habilitado em segurança do trabalho e implementado
sob responsabilidade da organização. Em canteiros de obras com até 7
m (sete metros) de altura e com, no máximo, 10 (dez) trabalhadores, o
PGR pode ser elaborado por profissional qualificado em segurança do
trabalho e implementado sob responsabilidade da organização.
O PGR, além de contemplar as exigências previstas na NR-01,
deve conter os seguintes documentos:
a) projeto da área de vivência do canteiro de obras e de even-
tual frente de trabalho, em conformidade com o item 18.5 desta NR,
elaborado por profissional legalmente habilitado;
b) projeto elétrico das instalações temporárias, elaborado por
profissional legalmente habilitado;
c) projetos dos sistemas de proteção coletiva elaborados por

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


profissional legalmente habilitado;
d) projetos dos Sistemas de Proteção Individual Contra Que-
das (SPIQ), quando aplicável, elaborados por profissional legalmente
habilitado;
e) relação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e
suas respectivas especificações técnicas, de acordo com os riscos ocu-
pacionais existentes.
PCA: Programa de Conservação Auditiva: Os objetivos desse
programa são medidas preventivas e de estabilização contra perda au-
ditiva nos trabalhadores, diante de sua exposição em locais de trabalho
que apresentam ruídos.

TIPOS DE GESTÃO

Para que a organização alcance seus objetivos de maneira efi-


ciente e eficaz, podem ser utilizadas diversas estratégias para percorrer
esse processo. Assim funcionam os processos de gestão, que combi-
nados e aplicados adequadamente, diante da análise da organização,
65
levam a empresa a continuar no mundo competitivo com qualidade, e
no ramo da segurança, com saúde e zelo pela vida do trabalhador.

Gestão por Processos

As organizações buscam o desenvolvimento de processos


e atividades que levarão à produção de resultados. De acordo com o
MGP (2013), a Gestão por Processos, também conhecida como Busi-
ness Process Management (BMP) é uma abordagem sistemática, que
potencializa o desempenho da organização, priorizando a excelência
organizacional e agilidade nos negócios. Todo o processo envolve a de-
terminação de recursos necessários, monitoramento de desempenho,
manutenção e gestão do ciclo de vida do processo. Fatores críticos de
sucesso na gestão por processos estão relacionados a como mudar as
atitudes das pessoas e/ou perspectivas de processos, para avaliar o
desempenho dos processos das organizações. As metas desse tipo de
sistema de gestão estão em tornar padrão os processos coorporativos
e agilizar produtividade e eficiência.
Para colocar em prática, é necessário que sejam determinadas
as tarefas, como o quadro a seguir sugere.

Quadro 14 - Tarefas da Gestão de Processos


ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

66
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

A gestão por processos baseia-se em princípios que direcio-


nam para o desenvolvimento das ações, como satisfação dos clientes,
na gerência participativa, no desenvolvimento humano, na metodologia
padronizada, na melhoria contínua, na informação e comunicação e na
busca da excelência.

Gestão por Resultados

Para um resultado positivo, esperado por um dono de uma em-


presa, Dalledone (2012) mostra que é importante que todo o conjunto
da organização tenha uma boa comunicação e ligação, para que o ob-
jetivo seja alcançado. Assim também funciona o setor da segurança
67
e saúde do trabalho, visto que é necessário um comprometimento de
todos, enquanto funcionários e proprietários, para que o sistema de pre-
venção a correção de acidentes seja efetivado. Essas medidas só são
alcançadas com um bom gestor de resultados.
As ferramentas de gestão facilitam a compreensão e visualiza-
ção das unidades do negócio como um processo, a simular situações
que podem acontecer e prevenir o que é positivo e negativo, e a enten-
der o que sua empresa representa no mundo competitivo.
É importante compreender qual a representatividade da orga-
nização, para trabalhar melhor os diversos setores da empresa, obten-
do melhor controle e melhor gestão do resultado esperado.
Características como criatividade e pesquisas de mercado são
ferramentas importantes para o sucesso de bons resultados. Um levanta-
mento de informação, por exemplo, precisa ser conduzido por um profis-
sional com afinidades em pesquisa, estruturas e apresentação de infor-
mação. É um conjunto de aços que envolve as habilidades de selecionar
as fontes confiáveis de pesquisa, entender e filtrar as informações, que
podem afetar os resultados, trabalhar a informação para compreender o
ambiente em que o negócio está inserido, e a sua relação no campo com-
petitivo, avaliar os pontos e as tendências que podem fazer a situação do
negócio sofrer mudanças e tornar a informação recebida aplicável.
Hoje, o fator da segurança e saúde do trabalho é um importan-
te segmento a ser considerado à qualificação de uma empresa como um
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

todo. Uma organização que não zela pela vida e segurança de seus co-
laboradores, não é vista com bons olhos, e pode em muitas situações,
ficar para trás no mercado competitivo. Assim, esse fator também se torna
um marketing, quando uma empresa cria sua imagem, em que a proposta
desse conjunto se dá em fixar uma imagem na mente do consumidor e dos
clientes, quando estes devem escolher um produto ou um serviço. Nessa
perspectiva, existem cinco formas de marketing de serviços, que levam a
organização a obter resultados. São elas detalhadas na tabela abaixo.

Quadro 15 - Ferramentas de Marketing

68
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


Há várias outras maneiras de se alcançar bons resultados na
organização. O importante é que a gestão se torne cultura na empresa.
A equipe de gestão de uma organização deve ser capaz de sempre re-
formular princípios, métodos e processos, para garantir que a empresa
esteja sempre pronta para novos desafios.

Gestão de Pessoas

O gestor de pessoas deve entender e concordar com os princí-


pios e diretrizes que dita a organização onde trabalha. Esses princípios
devem ser identificados e esclarecidos, e a forma como a empresa se
relaciona com os funcionários também deve ser determinada por eles.
Se antes, o chefe de uma organização era o único que sabia
das funcionalidades, e assim, ele era o que mandava, agora passa a
existir uma nova forma de gerir os negócios, com estratégias propostas
por outros personagens na organização.
A atividade de gestão de pessoas é composta por elementos
69
que estruturam essa ferramenta, sendo a sinergia, a liderança e a com-
petição, propostas por Delledone (2012).
A sinergia se dá por um conjunto de ações que acontecem,
simultaneamente, voltadas a cumprir um objetivo comum. Ou seja, esse
elemento sugere que as ideias e competências diversas, das pesso-
as que compõem um grupo, sejam colocadas em prática para atingir e
cumprir a meta, através da soma de todas as partes. É a comprovação
do ditado que se ouve popularmente, em que muitas cabeças juntas
pensam melhor que uma só.
A liderança é uma habilidade que um indivíduo do grupo possui
de conduzir todo o grupo até um objetivo determinado pelo próprio gru-
po. Assim, é importante que o líder tenha habilidades de conhecimen-
to, estabilidade emocional, paciência, assertividade, visão estratégica
e bom relacionamento interpessoal, além de saber interpretar as mais
diversas situações propostas a ele no dia a dia, de saber estruturar con-
ceitos e habilidade de negociação.
A liderança necessita de objetividade e mobilização de recur-
sos adequados e de articulações para lidar e gerir esses recursos, em
busca de atingir o objetivo. Para que esse trabalho seja executado com
sucesso é fundamental que o grupo liderado pelo líder reconheça sua
autoridade e capacidade de estar na posição de frente.
É válido ressaltar que, existem vários tipos de liderança, sendo
que um líder pode conter todos eles ou não. São quatro os tipos de lide-
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

rança, demonstrados na tabela abaixo.

Quadro 16 - Exemplos de Tipos de Liderança

70
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

A sinergia, com as quatro modalidades de liderança, resultam


em outra habilidade, conhecida como cooperação. A cooperação faz
com que a interação entre as pessoas seja, de tal forma, a gastar o mí-
nimo de energia possível, ou seja, sem desperdício. Entretanto, sabe-se
que em um meio corporativo não há como evitar a competição, que é
outro elemento que estrutura a gestão de pessoas.
A competição é positiva para elevar o crescimento entre quem
está competindo. É claro que ela deve ser equilibrada, visto que a com-
petição em exagero pode ocasionar problemas sérios, como desperdí-
cio de tempo, energia e dinheiro, além do desgaste nas relações inter-
nas, principalmente quando essa competição se dá na disputa pelo no

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


mesmo trabalho, enquanto a falta dela pode ocasionar comodismo.
A cultura organizacional da empresa deve ser o reflexo do com-
portamento natural de seus colaboradores, por meio da forma do grupo
se expressar e do reforço de seus elos, por valores, exemplos, crenças,
hábitos e atitudes. Assim, as ações e reações da empresa frente aos
desafios oportunos, são dadas pelo conjunto desses valores, que for-
mam a expressão particular do grupo em questão.
Dessa maneira, é importante que o gestor tenha cautela, princi-
palmente se esse for novo frente a um grupo já construído, ou se sua tarefa
for mudar a forma de agir da organização. É necessário possuir conheci-
mento sobre as características da cultura vigente na empresa, bem como
seus rituais internos, para gerir as pessoas nessas situações e conduzir as
mudanças que grupo terá de enfrentar, assim como suas reações.

SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA


E EM MEDICINA DO TRABALHO - SESMT

Segundo a NR 4, as empresas privadas e públicas, os órgãos da


71
administração direta e indireta e dos Poderes Legislativo e Judiciário, que
possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho -
CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia
de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a
saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.
O SESMT vem com o intuito de assessorar as organizações
e os trabalhadores, quanto aos requisitos necessários para que o am-
biente de trabalho seja seguro e salubre, visando, assim, a promoção
da saúde e integridade do trabalhador.
Esse serviço é dimensionado conforme a gravidade do risco da
atividade principal que o funcionário exerce, bem como o total de em-
pregados da empresa. Os profissionais que compõem esse serviço são,
o engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho, o enfer-
meiro do trabalho, o auxiliar de enfermagem do trabalho e o técnico de
segurança do trabalho. A quantidade necessária de cada um desses
profissionais se dá conforme o dimensionamento, feito com base nos
anexos da NR 4, que trata apenas sobre o SESMT.
Os membros do SESMT devem ser empregados da empresa
e não podem atuar em outras atividades na empresa durante o período
de atuação no SESMT. Além disso, a implantação e manutenção do
SESMT são por conta do empregador.
Schneider cita as atribuições do SESMT da seguinte forma:
• Aplicar os conhecimentos de segurança e medicina do trabalho;
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

• Determinar a utilização de EPI e EPC;


• Responsabilizar-se tecnicamente pela orientação quanto ao
cumprimento das NRs;
• Manter permanente relacionamento com a CIPA;
• Promover a realização de atividade de conscientização, edu-
cação e orientação dos trabalhadores;
• Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes
do trabalho e doenças ocupacionais;
• Analisar todos os acidentes e doenças ocorridas na empresa.
Para a dimensão do SESMT, deve-se identificar a atividade
econômica principal da organização e, em seguida, o grau de risco que
tal atividade proporciona. Na sequência, determina-se a quantidade de
empregados que a empresa possui e, então, fazer o dimensionamento
com os profissionais necessários, de acordo com o quadro II da NR 4,
intitulado “Dimensionamento do SESMT”.
O grau de risco é dado por um valor entre os números inteiros
de 1 a 4. Esses valores classificam a atividade principal exercida pelo
trabalhador, quanto ao risco de saúde mental e física, que essa conse-
gue proporcionar. O grau de risco 1 corresponde ao grau de risco mais
72
baixo, assim como o grau de risco 4 corresponde ao maior grau de ris-
co. A NR 4 apresenta em seu quadro I, os códigos, a denominação de
cada atividade e em qual grau de risco ela se enquadra.
A tabela 11 abaixo mostra a partir de qual quantidade de em-
pregados a obrigatoriedade do SESMT é necessária. É importante lem-
brar que a quantidade de cada profissional na empresa deve ser obser-
vada na NR 4.

Tabela 1 - Número mínimo de empregados para implantação do SESMT

Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em NR 4, 2019.

O SESMT deve ser registrado ao órgão regional do Ministério do


Trabalho e no procedimento de requerimento deve conter os dados abaixo:
• Nome dos profissionais integrantes;
• Número de registro dos profissionais;

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• Número de empregados da requerente (empresa) e grau de
risco das atividades, por estabelecimento;
• Especificação dos turnos de trabalho, por estabelecimento;
• Horário de trabalho dos profissionais.
É valido ressaltar que, quando se tratar de empreiteiras ou em-
presas prestadoras de serviços, considera-se estabelecimento para a
composição do SESMT, o local onde seus empregados estiverem exer-
cendo suas atividades, conforme NR-4.

Figura 14 - Quadro do SESMT: Denominação das atividades e classificação


quanto ao Grau de Risco

73
Fonte: NR- 4: SESMT, 2023.

Figura 15 - Quadro de dimensionamento dos membros do SESMT


ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

74
75
Fonte: NR-4: SESMT, 2023.

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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2021 Banca: FEPESE Órgão: Prefeitura de Balneário Cambo-
riú - SC Prova: Engenheiro de Segurança do Trabalho Nível: Difícil.
O dimensionamento do SESMT estabelece um número mínimo de
trabalhadores especializados em Serviços Especializados em Enge-
nharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) para pro-
ver as ações a favor da saúde dos trabalhadores em uma empresa.
Assinale a alternativa correta sobre a relação de especialistas em
SESMT para a condição de uma empresa com um estabelecimento,
que apresenta grau de risco 4 e possui 750 funcionários.
a) 3 Técnico Seg. do Trabalho; 1 Engenheiro de Seg. do Trabalho; 1
Aux. Enfermagem do Trabalho.b) 3 Técnico Seg. do Trabalho; 1 Enge-
nheiro de Seg. do Trabalho; 1 Enfermeiro do Trabalho; 1 Médico do Tra-
balho.c) 4 Técnico Seg. do Trabalho; 1 Engenheiro de Seg. do Trabalho;
1 Médico do Trabalho.
d) 4 Técnico Seg. do Trabalho; 1 Engenheiro de Seg. do Trabalho; 1
Aux. Enfermagem do Trabalho; 1 Enfermeiro do Trabalho; 1 Médico do
Trabalho.
e) 4 Técnico Seg. do Trabalho; 1 Engenheiro de Seg. do Trabalho; 1
Aux. Enfermagem do Trabalho; 1 Médico do Trabalho.
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QUESTÃO 2
Ano: 2022 Banca: FCM Órgão: Prefeitura de Timóteo - MG Prova:
Engenheiro Segurança do Trabalho Nível: Médio.
Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a respeito
dos serviços especializados em engenharia de segurança e medi-
cina do trabalho, Norma Regulamentadora 4 (NR4).
( ) Os serviços especializados em engenharia de segurança e em
medicina do trabalho de que trata essa NR deverão ser registrados
no órgão regional do Ministério do trabalho.
( ) Caberá ao empregador esclarecer e conscientizar os emprega-
dos sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, estimu-
lando-os em favor da prevenção.
( ) Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de
serviços, considera-se estabelecimento, para fins de aplicação
dessa NR, o local em que os seus empregados estiverem exercen-
do suas atividades.
( ) O profissional especializado em segurança e medicina do traba-
lho poderá exercer outras atividades na empresa, durante o horá-
rio de sua atuação nos serviços especializados em engenharia de
76
segurança e em medicina do trabalho.
( ) As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da admi-
nistração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário,
que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, serviços especializa-
dos em engenharia de segurança e em medicina do trabalho.
De acordo com as afirmações, a sequência correta é:
a) F, V, F, V, F.
b) V, F, V, F, V.
c) V, V, F, V, F.
d) F, F, V, F, V.

QUESTÃO 3
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SABESP Prova: Técnico de Segu-
rança do Trabalho Nível: Médio.
Considere uma empresa com 110 funcionários no total com a Clas-
sificação Nacional de Atividade Econômica CNAE: 33.11-2 − Manu-
tenção e reparação de tanques, reservatórios metálicos e caldeiras,
exceto para veículos, cujo grau de risco é 3, de acordo com a NR-04.
A quantidade de integrantes do SESMT deve ser de:
a) 3 integrantes do SESMT, sendo 1 técnico de segurança do trabalho,
1 engenheiro de segurança do trabalho e 1 médico do trabalho.
b) 2 integrantes do SESMT, sendo os 2 técnicos de segurança do trabalho.

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


c) 1 integrante do SESMT, sendo o técnico de segurança do trabalho.
d) 2 integrantes do SESMT, sendo 1 técnico de segurança do trabalho e
1 auxiliar de enfermagem do trabalho.
e) 1 integrante do SESMT, sendo um engenheiro de segurança do tra-
balho.

QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SABESP Prova: Técnico de Segu-
rança do Trabalho Nível: Médio.
Uma empresa de saneamento básico solicitou ao SESMT que apre-
sentasse o planejamento do treinamento obrigatório para os mem-
bros da CIPA de um de seus estabelecimentos que, em função do en-
quadramento no Quadro I da NR-5, seria estabelecido pela primeira
vez. O técnico de segurança do trabalho assumiu a responsabilida-
de pela programação desse treinamento, que deverá ser realizado:
a) Nos 30 dias que antecedem a data da posse, com carga horária de
8 horas.
b) No prazo máximo de 30 dias, a partir da data da posse, com carga
horária de 20 horas.
77
c) Durante os 30 dias que antecedem a data da posse, com carga ho-
rária de 20 horas.
d) No prazo máximo de 30 dias, a partir da data da posse, com carga
horária de 8 horas.
e) Antes da posse, com carga horária de 8 horas.

QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: ALESE Prova: Analista Legislativo
Nível: Superior.
A gestão de processos na organização se vale de algumas ferra-
mentas e metodologias, entre os quais o (a):
a) Matriz swot
b) Ciclo PDCA
c) Diagrama de Pareto
d) Perfil organizacional
e) Curva ABC

QUESTÃO DISSERTATIVA - DISSERTANDO A UNIDADE


Discorra sobre os programas de implantação que impactam na qualida-
de de vida do trabalhador, bem como seus resultados.

TREINO INÉDITO
Uma empresa com 1050 funcionários tem a necessidade de com-
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

por o SESMT. Avaliando-a como grau de risco 3, qual a composição


do SESMT dessa empresa:
a) 3 téc. de segurança, 1 engenheiro de segurança,1 aux. enfermeiro do
trabalho, 1 enfermeiro do trabalho e nenhum médico do trabalho.
b) 3 téc. de segurança, 2 engenheiros de segurança,1 aux. enfermeiro
do trabalho, nenhum enfermeiro do trabalho e 1 médico do trabalho.
c) 4 téc. de segurança, 1 engenheiro de segurança, 1 aux. enfermeiro
do trabalho, 1 enfermeiro do trabalho e 1 médico do trabalho.
d) 4 téc. de segurança, 1 engenheiro de segurança, 1 aux. enfermeiro
do trabalho, nenhum enfermeiro do trabalho e 1 médico do trabalho.
e) 4 téc. de segurança, 2 engenheiros de segurança, 1 aux. enfermeiro
do trabalho, 1 enfermeiro do trabalho e 1 médico do trabalho.

NA MÍDIA
PREVENCIONISTAS RELEMBRAM A IMPORTÂNCIA DO SESMT E
DO PROFISSIONAL TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
O SESMT exige um olhar do profissional de segurança para provocar
melhorias no modo como a saúde e segurança são tratados no país,
com objetivos de promover a saúde e proteger a integridade do traba-
78
lhados no ambiente de trabalho, com olhares de prevenção.
Fonte: FUNDACENTRO
Data: 01/08/2018
Leia a notícia na íntegra:http://www.fundacentro.gov.br/noticias/detalhe-
-da-noticia/2018/8/prevencionistas-relembram-a-importancia-do-sesmt-
-e-do-profissional-tecnico-de-seguranca-do

NA PRÁTICA
Apesar de saber que um bom sistema de gestão a SST pode gerar,
além de cuidados ao trabalhador, economia significativa, muitos empre-
sários ainda se tornam resistentes à implantação do sistema.
De janeiro até julho de 2018, foram pagos mais de R$1 bilhão em bene-
fícios acidentários pela previdência social. Esses acidentes que provo-
cam esse tipo de gasto, são resultados, nas organizações, da falta de
planejamento, organização, estratégias e medidas de prevenção com a
saúde e segurança do trabalhador.
A saber, em 2018, o Brasil ocupava a 4ª posição no ranking mundial de
acidentes e doenças de trabalho, segundo dados da OIT. Dessa maneira,
evidencia-se a urgência em investir em sistemas de gestão para atuar na
prevenção de acidentes e eliminação ou redução de riscos potenciais.

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GABARITOS

CAPÍTULO 01

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

As definições de negligência, imprudência ou imperícia podem causar


alguma confusão, ou até parecer ter o mesmo conceito, mas são situa-
ções diferentes, que implicam em uma conduta errada do profissional, e
são causas de culpa. A negligência se dá pela omissão do profissional
diante da situação, quando este sabe que a execução do procedimento
é feita de maneira errada e inadequada. A imprudência se dá quando o
profissional possui o conhecimento dos riscos, e, ainda assim, executa-
-os. Já a imperícia ocorre pela falta de técnica, capacitação e conheci-
mento de um profissional que executa determinada tarefa, quando não
possui habilidades para tal.
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TREINO INÉDITO
Gabarito: E

80
CAPÍTULO 02

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

É vedado ao engenheiro qualquer descuido com as medidas de se-


gurança e saúde do trabalho, assim como ditar ritmos de trabalho que
sejam excessivos e sobrecarregados ou que exerçam pressão psico-
lógica ou algum tipo de assédio sobre os profissionais da organização.
Quaisquer condutas que inflijam o código de ética estão passíveis de
punição do conselho regional, sendo o engenheiro responsabilizado,
civil e criminalmente, pelos danos ocorridos, tanto ao trabalhador, quan-
to à sociedade. Todavia, espera-se que o engenheiro cumpra com sua
responsabilidade ética e social, visto que esse profissional é reconhe-
cido pela sociedade como capaz de provocar melhorias nas condições
de vida da comunidade como um todo. Projetar, desenvolver, pesquisar
ou melhorar processos não é o suficiente quando há por trás de todos
esses procedimentos uma dimensão ética e social.

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TREINO INÉDITO
Gabarito: A

81
CAPÍTULO 03

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA
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82
Gabarito: D
TREINO INÉDITO

83
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