Você está na página 1de 83

1

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

2
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância

PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.

GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO


Diagramação: Gildenor Silva Fonseca

3
Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas


pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atua-
ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.

Um abraço,

Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

4
5
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!..

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha


é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!


SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

Professor: Max Florentino da Silva

6
O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

7
A principal finalidade da “segurança contra incêndio em edifica-
ções” é minimizar o risco à vida das pessoas expostas a esse incidente. A
principal causa desses óbitos é o contato com fumaça tóxica, cujo objetivo
principal da “segurança contra incêndio em edificações” é minimizar o risco
de exposição a esse sinistro. De acordo com as estatísticas internacionais,
uma vida humana é perdida a cada dez minutos devido a incêndios. En-
tende-se, portanto, como risco à vida nesse caso, a exposição severa dos
usuários da edificação à fumaça, ao calor e aos gases quentes, e, em me-
nor nível, à falência de elementos construtivos nos primeiros momentos do
perverso. Dessa forma, é extremamente importante uma avaliação sobre
os riscos e vulnerabilidades existentes no local para que seja projetado um
sistema de Prevenção e Controle que atue na proteção e na segurança
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

contra incêndios e pânico.

Sistema de prevenção e combate ao incêndio; Análise de ameaças;


Segurança contra incêndio e pânico.

8
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11

CAPÍTULO 01
PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS

Prevenção _____________________________________________________ 12

Controle _______________________________________________________ 18

Combate a Incêndios __________________________________________ 24

Recapitulando _________________________________________________ 28

CAPÍTULO 02

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


ANÁLISE DE AMEAÇAS E VULNERABILIDADE EM INCÊNDIOS

Análise de Ameaças ____________________________________________ 33

Vulnerabilidades em Incêndios _________________________________ 35

Recapitulando _________________________________________________ 48

CAPÍTULO 03
APLICAÇÃO DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA X PÂNICO NO IN-
CÊNDIO

A aplicação da Engenharia de Segurança _______________________ 53

A aplicação da Engenharia de Segurança x Pânico no Incêndio __ 57

Recapitulando ________________________________________________ 69

9
Considerações Finais __________________________________________ 74

Fechando a Unidade __________________________________________ 75

Referências ___________________________________________________ 80
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

10
Nesse estudo, reunimos as informações necessárias na área
de prevenção, combate contra incêndio das edificações para um bom
desempenho das guarnições no atendimento operacional das ocorrên-
cias. Apresentamos os aspectos principais das operacionais sobre os
sistemas de prevenção e medidas de proteção úteis no atendimento
das ocorrências, bem como das possíveis vistorias técnicas.
Posteriormente, foi necessária a efetivação de uma ampla pes-
quisa bibliográfica das normas vigentes, legislação e literatura que tra-
tam do tema proposto. Os dados da edificação foram descritos tecnica-
mente para obter-se a investigação do Plano de Prevenção e Proteção
Contra fogo.
Dessa forma, será abordado, no capítulo 1, os conceitos e
parâmetros adequados para prevenção, controle e combate a incên-
dios, assim como as medidas para contenção que devem ser tomadas,
de modo a evitar condições inseguras que possuem potencial para a
geração de incêndio, colocando em risco a vida dos usuários da edifi-
cação.
O capítulo 2 faz uma análise eficaz das ameaças que podem
provocar o incêndio, assim como os riscos de um incêndio e suas con-
sequências danosas. É salientado, também, as vulnerabilidades que
cercam esse sinistro e como trabalhar para minimizar esses pontos.

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


O capítulo 3 desenvolve fundamentos sobre a visão sistêmica
da segurança contra incêndio e pânico, e a importância da gestão pú-
blica do tema para a eficiência, eficácia e efetividade no cumprimento
dos seus objetivos.
A avaliação da vulnerabilidade no panorama multidimensional
e prospetiva que este exemplo conceptual promove possibilita obter in-
formação sobre a ordem da vulnerabilidade; facilita uma gerência do
risco mais eficaz. O que permite computar a eficácia das possíveis me-
didas a serem adotadas na gestão de riscos de incêndio e a proteção
das comunidades, transferindo uma melhor situação para fazer boas
preferências no âmbito administrativo do risco, combatendo o perigo de
incêndio florestal e urbano.
Assim, esperamos que você, aluno, aproveite o conteúdo e, ao
finalizá-lo, seja capaz de identificar as causas e características que fa-
zem com que uma edificação seja vulnerável, neutralizar esses tipos de
ameaças e constituir um bom e eficaz sistema de prevenção, controle e
combate ao incêndio e pânico.

11
PREVENÇÃO, CONTROLE &
COMBATE A INCÊNDIOS
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

PREVENÇÃO

No Brasil, embora a primeira normativa que versa sobre o tra-


balho de bombeiros seja de 1856, houve tentativas anteriores com o
objetivo de dar conta do problema dos incêndios. Na província de São
Paulo, em 1852, o Brigadeiro Machado de Oliveira apresentou um pro-
jeto de lei com o objetivo de providenciar um código de prevenção de
incêndio. Nessa proposta, o povo ficaria obrigado a colaborar com a po-
lícia nos dias de incêndio; os sineiros e sacristãos seriam responsáveis
por avisar quando da ocorrência de incêndios, por meio das badaladas
dos sinos das igrejas (NEGRISOLO; GILL, 1980).

12
Os primeiros estudos na área de engenharia de incêndios tiveram início em
1666, após o grande incêndio ocorrido em Londres, que deu origem à regu-
lamentação de segurança no ocidente e desenvolvimento de equipamentos
de combate mais eficientes (CARNEIRO, 2001, p. 34).

Diversos estados possuem legislações próprias que estabele-


cem a exigência e o dimensionamento dos sistemas de segurança que
cada tipo de edificação deve possuir. A legislação contempla os Códigos
de Obras e Edificações dos Municípios, Normas da ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas), Normas Regulamentadoras do Ministé-
rio do Trabalho, Normas das Companhias Seguradoras, dentre outras.
Atualmente, no cenário brasileiro, há uma multiplicidade de
decretos, normas, educações técnicas, leis, entre outros, referente à
área e fogo e prevenção, são consideradas ainda incompletas. Não
vigora uma legislação unificada e isto expira por dificultar e legar muitas
lacunas para comentários, o que direciona os desregramentos e,
consequentemente, reflete maiores riscos.
Entre as normas de prevenção estabelecidas na legislação
para as instalações em específico as prediais, com inúmeros sistemas
de defensa das instalações elétricas, como fundível tipo rolha, disjun-
tor, entre outros, todos devem funcionar perfeitamente, pois qualquer
princípio de incêndio pode ser motivado por descargas de curto-circuito

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


elétrico. Os trabalhadores devem sempre estar em alerta e atentos aos
teores básicos de segurança contra incêndio para evitar e prevenir aci-
dentes.
Em termos de legislação e exigências nas edificações, po-
demos incluir como exemplo a NBR-15200 (projeto de estruturas de
concreto em situação de incêndio), que prescreve que o tempo de re-
sistência ao fogo do concreto está diretamente ligado à espessura do
“recobrimento” da armadura de aço, sendo que, quanto maior o reco-
brimento da armadura, maior a resistência da estrutura do concreto. A
norma citada apresenta tabelas com a espessura de recobrimento em
função do tempo de resistência ao fogo requerido.
A prevenção de incêndios consiste em um conjunto de normas,
regulamentos e ações que são determinadas, destinada a eliminar as
possibilidades de ocorrência do fogo, bem como reduzir sua extensão
(quando ele, inevitavelmente, inicia-se), utilizando equipamentos apro-
priados e adequadamente localizados, por pessoas habilitadas a utilizá-
-los. (CAMILLO JÚNIOR, 2008).
A elaboração do PPCI de uma edificação deve ser focada em
duas premissas básicas: - evitar o início do fogo; - havendo a ocorrência
de foco de fogo, devem ser previstos meios apropriados para confinar
13
o fogo no seu local de origem, permitir a desocupação da edificação
com segurança e rapidez e facilitar o acesso e o combate ao fogo de
forma rápida e eficaz. Os principais objetivos do Projeto de Prevenção
e Combate a Incêndio devem ser a proteção da vida humana, a prote-
ção do patrimônio e, por último, a continuidade do processo produtivo
(Brentano, 2011).
As rotinas de inspeção, testes e manutenção devem ser imple-
mentadas por meio de procedimentos-padrão, que atendam às normas
de referências e orientações dos fabricantes. Essas atividades devem
ser exercidas pelas equipes de brigada de incêndio da edificação em
conjunto com as equipes técnicas de manutenção.
Uma série de medidas são adotadas para que se tenha pre-
venção de fogo, por exemplo, a partilha dos equipamentos de desco-
berta e combate ao fogo, o treinamento de pessoas em repartimen-
tos públicos e privados, a vigilância contínua da local, a ocupação das
construções considerando o risco de fogo, a organização do ambiente,
visando impedir o advento de um princípio de fogo, dificultar a sua pre-
gão, detectá-lo o mais ligeiro possível e facilitar o seu torneio ainda na
fase inicial.
Para que ocorra a prevenção, faz-se indispensável que a so-
ciedade tenha o conhecimento básico das propriedades do fogo e como
devem agir durante do incêndio, bem como as conformações e ma-
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

nuseio básico das aparelhagens de segurança. É relevante incluir e


incentivar pessoas na prevenção contra fogo, promovendo campanhas
e exercício em repartições públicas, articulares e veículos de acessos
com a automação dos comedimentos necessários à prevenção de fo-
gos e à saída desses em episódios de incêndios.
Para determinados sistemas específicos de segurança, será
necessário contratar profissionais qualificados e credenciados, que pos-
sam emitir laudos de responsabilidade técnica, referentes aos serviços
executados.
A prevenção de incêndios compreende medidas que visam evi-
tar um princípio de incêndio ou limitar a propagação do fogo na ocorrên-
cia de um sinistro, tais como determinada distribuição dos equipamentos
de detecção e combate a incêndio; treinamento de pessoal, vigilância
contínua, ocupação de edificações considerando o risco de incêndio,
arrumação geral e limpeza (FERNANDES, 2010).

Para fazermos uma prevenção de incêndio adequada é necessário primeiro


colocarmos o fogo sob todos os seus aspectos: sua constituição, suas cau-
sas, seus efeitos e, principalmente, como dominá-lo (Ferigolo, 1977, p. 11).

14
A classificação dos incêndios depende fundamentalmente do
modo como é avaliada sua periculosidade, e, qualquer que seja o ado-
tado, haverá sempre material combustível envolvido, em maior ou me-
nor quantidade, representado pelo mobiliário, pelas peças decorativas,
aparelhos elétricos, livros, paredes divisórias, forros falsos, nas áreas
residenciais e comerciais. Nas áreas industriais, outros materiais, como
os aplicados nas embalagens e nas matérias-primas de fabricação de
produtos, inclusive químicos. A esses mencionados, podem-se juntar os
utilizados na construção dos prédios (DE FARIA, 1993).
A implantação da prevenção de incêndio se faz por meio de
atividades que visam a evitar o surgimento do sinistro, possibilitar sua
extinção e reduzir seus efeitos antes da chegada do Corpo de Bombei-
ros. Os meios preventivos são aqueles recursos disponíveis para que
haja a prevenção necessária, como:
• Aquisição e manutenção de equipamentos: grande quantidade
e variedade de equipamentos garantem não somente um combate efe-
tivo, mas a prevenção por meio do seu uso nos treinamentos e cursos.
• Cortina de segurança: trata-se de uma plantação de espécies
vegetais mais resistentes à ação do fogo, retardando sua propagação,
para proteção de outras espécies que queimam com muita facilidade.
• Conscientização da população urbana e rural a respeito das for-
mas de evitar o surgimento e propagação de incêndios em vegetação e

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


a respeito dos riscos e danos decorrentes deles (Campanha Educativas).
• Aceiros: visam isolar áreas, evitando a propagação do fogo.
• Queimadas controladas:

É uma prática agrícola ou florestal em que o fogo é utilizado de forma racional,


com o controle da sua intensidade e limitado a uma área predeterminada,
atuando como um fator de produção. Há a possibilidade, inclusive, de ser
utilizado no manejo de unidades de conservação para se evitar o acúmulo de
combustível, evitando, assim, a ocorrência de incêndios com comportamento
violento e de difícil controle. (GOIÁS, 2017, p. 38).

• Treinamento das equipes: aprimoramento técnico-profissional


dos bombeiros militares e brigadistas mediante cursos e treinamentos
constantes.
As medidas preventivas são atitudes a serem tomadas que
evitam o surgimento de incêndios também na vegetação. Entre elas,
segundo Flores, Ornelas e Dias (2016), p. 43, estão:

- Quebrar o palito de fósforo antes de jogá-lo;


- Tomar cuidado com qualquer fogo;
- Ao deixar um acampamento, apagar o fogo totalmente com água ou terra;

15
- Construir aceiros de segurança em área de risco elevado;
- Capinar os terrenos, fazendo o corte preventivo e remoção do mato, impe-
dindo as queimadas
- Fumar em áreas seguras e apagar as pontas de cigarros;
- Fazer acampamentos em locais apropriados;
- Não acumular lixo em lugares impróprios e fazer queima de lixo em área
limpa aceirada.

De acordo com Goias (2014), p. 41,

As atividades que visam à proteção contra incêndio dos edifícios podem ser
agrupadas em:
a) Atividades relacionadas com as exigências de medidas de proteção contra
incêndio nas diversas ocupações;
b) Atividades relacionadas com a extinção, perícia e coleta de dados dos
incêndios pelos órgãos públicos, que visam a aprimorar técnicas de combate
e melhorar a proteção contra incêndio por meio da investigação, estudo dos
casos reais e estudo quantitativo dos incêndios.
A proteção contra incêndio deve ser entendida como o conjunto de medidas
para a detecção e controle do crescimento e sua consequente contenção ou
extinção.

Ainda de acordo com Goiás (2014), essas são divididas medi-


das em:
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

Quadro 1 - Comparação entre medidas de proteção


MEDIDAS ATIVAS MEDIDAS PASSIVAS
DE PROTEÇÃO DE PROTEÇÃO

• Abrangem a detecção, alarme e • Abrangem o controle dos materiais,


extinção do fogo (automática e/ou meios de escape, compartimentação
manual); e e proteção da estrutura do edifício.

Fonte: Adaptado de Goiás, 2014.

É importante verificar a distinção entre as ações de prevenção


e emergência:

16
Quadro 2 - Ações de Prevenção x Ações de Emergência
AÇÕES DE PREVENÇÃO AÇÕES DE EMERGÊNCIA
• Inspecionar os equipamentos de • Aplicar os procedimentos estabele-
combate a incêndio; cidos no plano de emergência contra
• Conhecer o plano de emergência incêndio.
contra incêndio da planta; • A brigada de incêndio deve atuar
• Avaliar os riscos existentes; conforme o plano de emergência
• Inspecionar as rotas de fuga; contra incêndio da planta, que deve
estar de acordo com a ABNT NBR
15219 Plano de emergências Contra
Incêndio.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Incêndios podem acontecer repentinamente, e, frequentemen-


te, ocorrem durante o período da noite. Eles também se propagam ve-
lozmente, destruindo o patrimônio, bem como causando a morte às pes-
soas. Mas, o maior vilão dos incêndios é a fumaça, que sufoca e atinge
as pessoas que estão dormindo.
São diversas as Causas de incêndio entre elas destacam-se:
• Acidental: proveniente do descuido do homem, mesmo que

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


não haja a intenção de provocar o acidente, dando causa a maioria dos
incêndios.
• Artificiais - Acidentais e Propositais: o incêndio irrompe
pela ação diretamente do homem, ou poderia ser prevenido com medi-
das de precaução.
• Naturais: o incêndio é origina-se em razão dos fenômenos da
natureza, independente da vontade humana.
• Proposital: o incêndio tem origem criminosa, com a intenção
de alguém em provocar o incêndio.

17
Quadro 3 - Exemplos de origens dos incêndios na maioria dos casos
• Aparelhos eletrodomésticos / Instalações Elétricas Inadequadas;
• Pontas de Cigarros;
• Vazamento de Gás Liquefeito de Petróleo (G.L.P.);
• Fogos de Artifícios;
• Velas, lamparinas, iluminação à chama aberta sobre móveis.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

CONTROLE

Um dos desafios que perduram a sociedade é controle do fogo.


Equipamentos foram desenvolvidos e estratégias elaboradas para que
se previna o estiramento desenfreado das chamas, mas, eventualmen-
te, elas fogem ao controle, e este fato chamamos de incêndio. A manu-
tenção de sistemas de coleta tratamento e análise de dados sobre in-
cêndios permitem organizar programas de proteção, prevenção contra
incêndios e educação em nível local e nacional (SEITO, et. al., 2008).
Os riscos podem modificar-se muito com o uso de novos ma-
teriais sem controle de sua resposta e resistência à fuzilaria; dessa ma-
neira, torna-se inevitável ensaiar todos as materiais e sistemas constru-
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

tivos do empório, o que não tem sido feito por edificações, empresas,
condomínios, entre outros.
O comportamento humano em cenários de incêndios é franca-
mente influenciado pelas condições de espaço, em que a pessoa esteja
e pela vivência do que fazer e por onde aplicar-se. O abandono de laga-
reiro em emergências é o procedimento de sair rápido por uma rota de
fuga e isso promana do recebimento do ditame de incêndio.
Primordial ter o conhecimento que o FOGO é representado por
um triângulo, ao qual denominamos “TRIÂNGULO DO FOGO”. A exis-
tência do fogo está relacionada à junção desses três elementos EM
CONDIÇÕES FAVORÁVEIS. Durante a reação, isto é, durante a QUEI-
MA, há desprendimento do CALOR e LUZ, continuamente.

18
Figura 1 - Triângulo do Fogo

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

A ventilação adequada permite que a fumaça e os gases combustíveis su-


peraquecidos sejam retirados do ambiente. Ventilação inadequada suprirá
abundante e perigosamente o local com o elemento que faltava (oxigênio),
provocando uma explosão ambiental. A ocorrência simultânea de quatro ele-
mentos: o combustível, o comburente, o calor e a reação em cadeia, que
formam o tetraedro do fogo. (VIVIAN, 2016, p. 40)

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


De acordo com Seito (2008, p.123), a ISO 8421, conceitua o
incêndio como:

Uma combustão rápida, disseminando-se de forma descontrolada no tempo


e no espaço. Ainda segundo o mesmo autor, o incêndio é o fogo que foge ao
controle do homem, queimando tudo aquilo que a ele não é destinado quei-
mar; capaz de produzir danos ao patrimônio e à vida por ação das chamas,
do calor e da fumaça.

Os corpos só queimam por efeito de uma fonte externa de ca-


lor, da ação da Energia de Ativação. É oportuno se registrar a existên-
cia de certos corpos Orgânicos Combustíveis, que podem entrar ar em
queima ou combustão, ainda que parcialmente, por conterem, em suas
moléculas, oxigênio combinado, dispensando, assim, o recebimento de
fonte externa. Vale salientar, também, o fato de uma combustão poder
ocorrer numa atmosfera de Cloro, de Óxido de Carbono ou de Nitrogê-
nio, sem a presença do Oxigênio. Tal ocorrência, porém, é tão rara que
podemos admitir, na prática, não haver combustão sem o envolvimento
do oxigênio do ar (FELTRE, 2007).
Em caso de incêndio, de acordo com o documento “Combate
19
a Incêndio”1, deve-se:

• reduza a velocidade da embarcação e coloque-a de acordo com o vento;


para combater o incêndio de barlavento (direção de onde sopra o vento);
• será acionado o alarme de incêndio;
• dirija-se ao local designado para você na tabela de emergência da embar-
cação; e
• execute as fainas, seguindo os procedimentos corretos, com relação ao
uso dos equipamentos adequados à extinção do incêndio e equipamentos de
proteção individual (EPI).

Quadro 4 - Condições que indicam uma situação de “Backdraft”


O fenômeno Backdraf refere-se à explosão decorrente da entrada repentina
de ar, num ambiente pouco ventilado, com grande concentração de gases
aquecidos, e com fogo em estado de latência.
• pequenas chamas ou inexistência destas;

• resíduos da fumaça impregnando o vidro das janelas;

• pouco ruído;

• movimento de ar para o interior do ambiente quando alguma abertura é feita


(em alguns casos ouve-se o ar assobiando ao passar pelas frestas);
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

• fumaça sob pressão, num ambiente fechado;

• fumaça escura, tornando-se densa, mudando de cor (cinza e amarelada) e


saindo do ambiente em forma de lufadas;

• calor excessivo (nota-se pela temperatura na porta).


Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Os métodos de extinção do fogo para o combate ao sinistro


consistem em três categorias: extinção por isolamento; por abafamento
e por resfriamento (De acordo com Brentano (2005), no caso de incên-
dios em edificações, a forma mais comum de extinguir o fogo é utilizan-
do o método do resfriamento.); por Extinção química.
Os extintores são equipamentos utilizados na extinção imedia-
ta de um início de incêndio. A carga útil desses aparelhos, isto é, o
produto dentro do cilindro tem vida curta e, para o bom funcionamento,
devem ser colocados em local adequado e corresponder à classe de
incêndio que se vai combater (Junior, 2008).
1 Disponível em: <http://www.borestenautica.com.br/arquivos/Combate%20%20Incendio.
pdf>.

20
Figura 2 - Simbologia das Classes Extintoras

Fonte: Camillo Junior, 2013.

Para a existência do incêndio é preciso conter combustível,


comburente e calor, quando já se admite a ocorrência de uma reação
química em cadeia. Observa-se que, para extinção do fogo, basta reti-
rar um desses elementos. Ao retiramos o material combustível do local,
evita-se que o fogo se alimente e tenha um campo de propagação. É
importante destacar que, em incêndios em edificações, é quase impos-
sível de se aplicar o método de extinção por isolamento.

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


O método de extinção por abafamento tem como objetivo reti-
rar o comburente, reduzindo a concentração do oxigênio na mistura in-
flamável. Esta ação evita que o material em combustão seja alimentado
por mais oxigênio do ar (BRENTANO, 2005).
Quando ocorre a extinção química, interrompe a reação em
cadeia. Para isso, devemos lançar determinados agentes extintores sob
o fogo, que, quando em contato com calor, têm suas moléculas disso-
ciadas em átomos e radicais livres. Estes átomos e radicais livres se
combinam com a mistura inflamável (resultante dos gases combustíveis
com o oxigênio) e a tornam não inflamável, interrompendo, assim, a
reação em cadeia (BRENTANO, 2005).
Em continuidade, de acordo com Camillo Júnior (2008), a água,
utilizada como agente extintor, atua pelos métodos de resfriamento e/ou
abafamento, conforme o seu estado físico (líquido ou gasoso).
Para controlar e finalmente extinguir o fogo, devemos eliminar
pelo menos um de seus elementos formadores: combustível, combu-
rente, calor e reação em cadeia. A maioria dos métodos de extinção do
fogo utiliza a água ou substâncias químicas sólidas, líquidas ou gasosas
para atuar diretamente sobre um desses elementos. Entretanto, elimi-
nar o combustível é muito dificultoso, assim como a retirada do oxigê-
21
nio. Então, resta apenas retirar o calor existente na reação.
O processo de escolha dos meios de extinção deve ser em fun-
ção da avaliação dos riscos de incêndio num edifício. O agente de ex-
tinção deve estar de acordo, em termos de utilização, com a classe de
fogo, determinada pela natureza do material combustível. Relativamen-
te a casos particulares, como são as instalações eléctricas, o extintor
deverá possuir na etiqueta a referência dada pelo fabricante. Deve ser
verificado, através de inspeções regulares o estado de funcionamento
dos equipamentos de extinção de incêndios, de acordo com as normas
em vigor. Um dos meios mais simples e vantajosos de utilizar, cobrindo
uma variada gama de classe de fogos, apesar de eficiência limitada, é
o extintor portátil.
O uso adequado deste equipamento, com aplicação de quanti-
dade suficiente de agente extintor diretamente sobre o foco da chama,
pode-se obter a redução drástica da taxa de liberação de calor de um
princípio de incêndio e a consequente prevenção de seu ressurgimento
(CBMPR, 2012).
Tem-se que, no estado líquido, a água é empregada na forma
de jato compacto, chuveiro ou neblina, e, no estado gasoso, ela é apli-
cada na forma de vapor. Quando utilizada na forma de jato compacto e
chuveiro, sua ação se dá, exclusivamente, por resfriamento, já na forma
de neblina, ela age tanto por resfriamento quanto por abafamento. Por
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

fim, na forma de vapor, ela atua, unicamente, por abafamento.


Os métodos de extinção de incêndio visam eliminar um ou mais
componentes do tetraedro do fogo (combustível, comburente, ignição
ou reação em cadeia), uma vez que os estudos demonstram que só há
combustão na proporção ideal dos três elementos básicos combustí-
vel, comburente ou energia para ignição. Seguindo tais preceitos é que
foram organizados os métodos modernos de combate a incêndios, ou
seja, desfazer o tetraedro para extinguir o fogo. Para tanto, existem três
possibilidades para extinção de um incêndio: resfriamento, abafamento
e isolamento (retirada do material - combustível). (PARANÁ, 2012). Be-
zerra (2003), p. 39 define as formas de extinção de incêndio da seguinte
forma:
ABAFAMENTO: consiste em impossibilitar a chegada de oxigênio (combu-
rente) à combustão, diminuindo seu percentual necessário à queima, extin-
guindo-a.
RESFRIAMENTO: consiste em diminuir a temperatura de queima, até o limite
em que a temperatura de ignição do combustível não seja proporcional para
que ocorra a combustão.
RETIRADA DO COMBUSTÍVEL: consiste em retirar do local da queima o
combustível, que poderá ser total ou parcial, diminuindo o tempo de combus-
tão ou extinguindo-o.

22
Além dos agentes extintores anteriormente explicados, po-
demos citar: a terra, areia, grafite, cal e talco como outros exemplos
(CAMILLO JUNIOR, 2008). Vejamos as definições teóricas acerca das
substâncias citadas (no qual são considerados agentes extintores, que
podem estar dispostos em aparelhos portáteis (extintores), em conjun-
tos hidráulicos (hidrantes) e dispositivos especiais (os sprinklers – chu-
veiros automáticos e os sistemas fixos de CO2).

Figura 3 - Utilização dos Agentes Extintores

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

Fonte: Adaptado de Cardo (2015).

As principais bases químicas dos pós químicos são o bicarbo-


nato de sódio, o bicarbonato de potássio e o monofosfato de amônia, os
quais são misturados com aditivos para dar estabilidade ao pó frente à
umidade e à aglutinação. Os gases inertes mais comuns na composição
dos agentes extintores são: o gás carbônico, o nitrogênio e o argônio.
O gás carbônico (CO2), também conhecido por dióxido de carbono ou
anidrido carbônico, é, dentre os gases inertes, o mais utilizado, pois,
23
além de ser mais barato, é um dos mais efetivos. O argônio e o nitrogê-
nio, apesar de mais caros, são bastante empregados, principalmente na
composição do gás Inergen (gás inerte) que é outro exemplo de agente
extintor (BRENTANO, 2005).
A espuma flutua sobre os líquidos produzindo uma cobertura
que impede o contato com o ar (oxigênio), extinguindo o incêndio por
abafamento. Uso da espuma na extinção de incêndios em óleos co-
mestíveis e de fritura bem como em outros processos de produtos ali-
mentares, deve ser analisado com critério, pois a espuma contaminará
todos esses produtos inutilizando-os e causando grandes prejuízos, o
que poderá ser minimizado com a escolha de outros agentes.
A espuma aquosa ou mecânica é produzida por meio da agi-
tação de uma mistura de água com um agente espumante (extrato) e a
aspiração simultânea do ar atmosférico (BRENTANO, 2005).
Soluções aquosas são utilizadas em combates a incêndios por
apresentarem propriedades que, juntamente com as da água, tornam-
-nas um eficiente agente extintor. Espuma mecânica é um aglomerado
de bolhas formado pela mistura de água, extrato formador e ar.

COMBATE A INCÊNDIOS
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

Quando o caso é de Combate a incêndio: tem como objetivo


eliminar o fogo por diversos processos, usando, taticamente, os equi-
pamentos de combate ao fogo ou outros meios, que poderão funcionar
automaticamente ou pela ação direta do homem (CAMILLO JÚNIOR,
2008).
A sinalização de segurança contra incêndio e pânico tem como
finalidade reduzir o risco de ocorrência de incêndio, alertando para os
riscos existentes e garantir que sejam adotadas ações adequadas à
situação de risco, orientando as ações de combate e que facilitem a lo-
calização dos equipamentos e rotas de saída para abandono seguro da
edificação em caso de incêndio (ABNT NBR 13434-1, 2004).

As normas de manutenção de sistemas e equipamentos e a aplicação de


procedimentos-padrão auxiliam e facilitam as operações diárias e de com-
bate. Os profissionais técnicos responsáveis devem ser credenciados pelo
Conselho de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) e deverá emitir o
documento denominado ART – Anotação de Responsabilidade Técnica, para
a elaboração de serviços de segurança contra incêndio (SEITO, 2008, p. 54).

Para o sucesso no combate do incêndio, deve-se colocar em


prática métodos adequados (para extinção rápida e segura) faz-se ne-
24
cessário entendermos quais são as faculdades que definem as classes
de combustíveis. Previamente veremos cinco classes de combustíveis
reconhecidas pelos maiores órgãos voltados ao estudo, sendo elas:

Quadro 5 - Características das classes de incêndio


Classe A – sóli- • Queimam em razão do seu volume. Esse tipo de com-
dos combustí- bustível deixa resíduos (cinzas ou brasas). (Extinção: ge-
veis ralmente, o incêndio nesse tipo de material é apagado por
resfriamento).

• Madeira, papel, borracha, cereais, tecidos etc.


Classe B – lí- • A queima é feita através da sua superfície e não deixa
quidos e gases resíduos. (Extinção: por abafamento)
combustíveis
• GLP, óleos, gasolina, éter, butano etc.
Classe C – ma- • Oferecem alto risco à vida na ação de combate, pela pre-
teriais energiza- sença de eletricidade, podemos tratar como incêndio em
dos classe A ou classe B. (Extinção: agentes extintores que
não conduzam eletricidade, ficando vedados a água e o
gás carbônico)

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


• Exemplos: transformadores, motores, interruptores etc.
Classe D – me- • Irradiam uma forte luz e são muito difíceis de serem apa-
tais pirofóricos gados.

• (Extinção: através do abafamento, não devendo nunca


ser usado água ou espuma).

• Exemplos: rodas de magnésio, potássio, alumínio em


pó, titânio, sódio etc.

25
Classe K – óleos • Bastante comum nas cozinhas residenciais e industriais.
e gorduras Exemplos: incêndios em cozinhas quando a banha, a gor-
dura e os óleos são aquecidos.

OBS: NUNCA UTILIZAR ÁGUA NESSE SINISTRO.

Extinção: O método mais indicado de combater o incêndio


nessa classe é através do abafamento.
Classe E, que • Nova classe ainda não é reconhecida internacionalmen-
representa os te, não nos aprofundaremos nela. (Atualização)
materiais quí-
micos e radioa-
tivos
Fonte: Elaborado pelo autor (2019).

É evidente que os incêndios de classe “A” (os que deixam


resíduos como brasas ou calor concentrado) devem ser muito bem
resfriados, pois, do contrário, uma vez extinto o fogo, as brasas
remanescentes ou a caloria concentrada, reiniciariam o incêndio
ao entrarem em contato com o comburente pelo ar atmosférico. O
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

resfriamento deve atingir toda a massa incendiada que se encontra


em profundidade. Um serviço operado superficialmente não atingirá a
parte interna do material incendiado, o qual continuará lentamente em
combustão. (PARANÁ, 2012, p. 17).
Os incêndios de classe “B” a abafação é mais eficientemente
feita com uso de escuma, mas também pode ser industriado com pós
ou água finamente pulverizada. A quebra da consequência é feita com
uso de pós extintores.
Na Classe “C”, quando o fogo envolve equipamentos elétricos,
como são sólidos, o adequado seria resfriá-los, em contrapartida, a li-
nha de haver condução da corrente elétrica caso se use água deve ser
verificado. Caso o fornecimento de pulso elétrico seja desligado, o fogo
assumirá as especificações de um fogo categoria A. Caso, seja sitiado
o fluxo elétrico, é obrigatório ter cuidado com os equipamentos que acu-
mulam energia elétrica, pois lestes continuam energizados mesmo após
a quebra da corrente elétrica.
Para classe “D”, dependem do tipo de material que queima e,
normalmente, são a base de grafite ou cloreto de sódio ou pó de talco.
Usam o CO2 ou o N2 como propulsores. Podem ser ainda compostos
dos seguintes materiais: cloreto de sódio, cloreto de bário, monofosfato
26
de amônia e grafite seco.
Conhecendo as definições de fogo e sua classificação, um in-
cêndio pode ser considerado algo anormal que simplesmente se mani-
festa, ameaçando destruir alguma coisa ou o que, não sendo obstado,
propaga-se e envolve tudo o que possa alcançar. Seja ele casual ou
intencional (CONCEIÇÃO e FERREIRA, 2000).
Os equipamentos de combate a incêndio utilizados; MATERIAL
HIDRÁULICO e MANGUEIRAS. Entende-se por material hidráulico todo
aquele que conduz ou configura ao agente extintor líquido, com mate-
riais de extrema importância para as funções de bombeiros, por isso é
influente conhecê-los, saber utilizar e manter de forma adequada.
As MANGUEIRAS são condutores flexíveis que transportam
água, do ponto de suprimento até o local em que deva ser lançada. A
mangueira mais comumente utilizada nos serviços de bombeiros cons-
titui-se de um tubo de borracha que tem por finalidade a condução da
água e um ou dois tubos de lona de algodão, fibras sintéticas (mais
comumente) ou linho como revestimento.
A manutenção dos sistemas e aparelhagens deve ser realizada
por profissionais habilitados que estejam aptos a realizar visitas e repa-
ros nos meios de proteção contra incêndio através de vistorias regula-
res, mantendo-se no local o histórico das intervenções de mantimento.

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

27
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRF Prova: Segurança e Transporte
Nível: Superior
Os extintores portáteis de incêndio são utilizados para o combate
ao fogo no seu início. Em ação elétrica energizada, o extintor de
incêndio que deve ser utilizado é de
a) Água.
b) Limalha de ferro.
c) Espuma mecânica.
d) Dióxido de carbono.
e) Pó de grafite.

QUESTÃO 2
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRF Prova: Segurança e Transporte
Nível: Superior
Em relação aos extintores portáteis, é correto armar:
a) A água pressurizada deve ser usada apenas em fogos Classe A; o
tipo dióxido de carbono também combate os fogos dessa classe (dentre
outras), porém, em seu início.
b) Podem ser localizados nas paredes das escadas, desde que sinali-
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

zados e fixados com sua parte superior a não mais de 1,60 m acima do
nível do degrau em referência.
c) Deve existir, independentemente da área ocupada, pelo menos um
extintor para cada pavimento da edificação, apropriado à classe de fogo
a extinguir.
d) O do tipo espuma, assim como o tipo água pressurizada” devem ser
usados apenas nos fogos Classe A, porém, o primeiro tipo deve ser
recarregado anualmente.
e) Devem prover todos os estabelecimentos ou locais de trabalho, exce-
to aqueles dotados de chuveiros automático.

QUESTÃO 3
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRF Prova: Segurança e Transporte
Nível: Superior
Os extintores de Dióxido de Carbono (CO2) são compostos por ga-
ses inertes, de baixa temperatura, ao passo que os extintores de
Água Pressão (AP) são compostos por determinada quantidade
de H2O, pressurizada no cilindro. Ambos podem ser utilizados no
combate a pequenos focos de incêndios classe A, como vasilha-
mes contendo lixo descartável (papéis). Assim utilizados, o foco de
28
incêndio estará sendo combatido por:
a) Abafamento e resfriamento.
b) Abafamento e confinamento.
c) Resfriamento e isolamento.
d) Isolamento e abafamento.
e) Isolamento e resfriamento.

QUESTÃO 4
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRF Prova: Segurança e Transporte
Nível: Superior
Com relação à inspeção dos extintores de incêndio, NÃO é um pro-
cedimento correto a ser adotado:
a) A inspeção visual deve ser feita a cada semestre examinando-se as-
pectos externos, como manômetros, lacres e bicos.
b) As datas em que o extintor foi carregado, bem como a próxima re-
carga, devem constar na etiqueta de identificação, presa ao bojo do
extintor.
c) A recarga dos extintores de espuma deverá ser feita anualmente.
d) A recarga dos extintores de pressão injetada deverá ser feita quando
a perda de peso for superior a 10% do peso original. Para isso, eles
deverão ser pesados a cada semestre.
e) Mesmo com a etiqueta de identificação, cada extintor deve possuir

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


também uma ficha de controle de inspeção.

QUESTÃO 5
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRF Prova: Segurança e Transporte
Nível: Superior
Com relação aos diversos materiais inamáveis que podem existir
no interior de um Tribunal, como papéis, computadores conecta-
dos à rede elétrica, gás encanado e óleo de cozinha em uma pa-
nela, associe, na respectiva sequência dos materiais citados, o
agente extintor adequado para extinção e a classe de incêndio a
que pertencem quando em combustão. A associação correta está
disposta em:
a) Água Pressurizada - Classe A; Espuma Mecânica - Classe C; Pó
Químico Seco - Classe B e Gás Carbônico - Classe B.
b) Espuma Mecânica - Classe A; Pó Químico Seco - Classe C; Gás
Carbônico - Classe D e Pó Químico Seco - Classe B.
c) Água Pressurizada - Classe A; Gás Carbônico - Classe C; Pó Quími-
co Seco - Classe B e Gás Carbônico - Classe D.
d) Gás Carbônico - Classe A; Gás Carbônico - Classe C; Pó Químico
Seco - Classe B e Pó Químico Seco - Classe B.
29
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

Discorra sobre a importância de se conhecer os tipos de combustíveis


para ter um combate efetivo do incêndio.

TREINO INÉDITO

Assunto: Prevenção, Controle e Combate a Incêndios


Marque a alternativa incorreta
a) Incêndio Tipo A é aquele que tem como combustível um líquido (ga-
solina), um gás (GLP) ou um sólido que sofre liquefação (parafina).
b) Incêndio Tipo A é aquele que tem como combustível um equipamento
elétrico energizado (gerador).
c) Incêndio Tipo A é aquele que tem como combustível um metal com-
bustível (sódio, magnésio).
d) Incêndio Tipo A aquele que tem como combustível óleo ou gordura
(cozinha).
e) Incêndio Tipo A é aquele que tem como combustível um sólido que
possui fibras (papel, tecido) e sempre gera cinzas.

NA MÍDIA
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

Ministério da Cidadania cria projeto de prevenção de incêndios em mu-


seus federais.
O Ministério da Cidadania finalizou o projeto de prevenção de incêndios
e reparos elétricos em museus federais e equipamentos tombados pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, serão cerca de 50 locais refor-
mados a um custo estimado de R$ 200 milhões. O objetivo da pasta é
usar recursos do Fundo de Defesa de Direitos Difusos, vinculado ao
Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O incêndio que atingiu a catedral de Notre Dame, em Paris, foi tema de
uma reunião com servidores dos dois ministérios na última terça-feira
(16). Eles se comprometeram a agilizar os processos de aprovação.
Entre os locais que serão recuperados, estão os museus de Arte Sacra,
em Paraty, da Inconfidência, em Ouro Preto, e o Imperial, em Petrópolis.

Fonte: Metro
Leia o texto na íntegra em: https://www.metrojornal.com.br/
foco/2019/04/17/ministerio-cidadania-cria-projeto-prevencao-incendios-
-museus-federais.html

30
NA PRÁTICA

Museu Nacional: espécie de gambiarra em ares-condicionados é


apontada como possível causa do incêndio.
Peritos da Polícia Federal de diferentes estados usaram drone e scanner
a laser 3D, além de imagens de câmeras de segurança da instituição.
RIO — Peritos da Polícia Federal elencaram, em entrevista nesta quin-
ta-feira, falhas no sistema de prevenção a incêndio no Museu Nacional,
na Quinta da Boa Vista, que foi totalmente destruído pelas chamas em
setembro do ano passado. Entre os problemas identificados, eles men-
cionaram que não havia sprinklers; o sistema de controle dos detectores
de fumaça não estava acionado; e não existiam portas corta-fogo, que
poderiam ter retardado a propagação das chamas e da fumaça. Segun-
do os peritos, que acrescentaram que diversas câmeras de segurança
no interior do prédio também não funcionavam, não havia hidrante de
parede na instituição.
Imagens de câmeras de segurança do museu que gravaram o momen-
to em que a fumaça do incêndio começa — o início das chamas não
foi registrado —  às 19h13m, contribuíram, além de outras evidências,
para que a perícia da PF sobre as causas do desastre concluísse que o
incêndio do edifício histórico, na Zona Norte do Rio, teve início no audi-
tório localizado no térreo da instituição.

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


— Se a fumaça não está tampando a imagem da câmera (os peritos
apresentaram uma imagem de uma câmera de segurança, localizada
uma escada do museu que liga o térreo ao segundo andar, que mostra o
início da propagação das chamas), o fogo veio do primeiro e não do se-
gundo andar, ou não veríamos o ambiente. Isso indica que o incêndio se
propagou no primeiro piso. Com todas as evidências, a gente colocou o
auditório como região do início do incêndio, perto do ar-condicionado e
de uma caixa de som — Carlos Alberto Trindade, perito criminal federal
que participou do laudo.
Ao todo, nove peritos da Polícia Federal de diferentes estados, como
Minas Gerais e Rio Grande do Sul, além de outros agentes, participa-
ram da investigação. Segundo o perito Marco Antônio Zatta, houve uma
carga de energia em um dos aparelhos de ar-condicionado do auditório
superior ao que o equipamento poderia suportar.

Leia mais em: https://oglobo.globo.com/rio/museu-nacional-especie-


-de-gambiarra-em-ar-condicionados-apontada-como-possivel-causa-
-do-incendio-23572704

31
PARA SABER MAIS

Livro: Fernando, Ivan Ricardo (2010). Engenharia de segurança


contra incêndio e pânico.1ª Edição. Crea-PR, Curitiba/PR;
Fonte: https://www.crea-pr.org.br/ws/wp-content/uploads/2016/12/
Engenharia-de-Seguran%C3%A7a-contra-Inc%C3%AAndio-e-P%-
C3%A2nico.pdf
Livro: Seito, et al (2008). A segurança contra incêndio no Brasil.
Projeto Editora, São Paulo-SP.
Fonte: http://www.ccb.policiamilitar.sp.gov.br/portalcb/_publicacoes/
books/aseguranca_contra_incendio_no_brasil.pdf
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

32
ANÁLISE DE AMEAÇAS &
VULNERABILIDADE EM INCÊNDIOS

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS
ANÁLISE DE AMEAÇAS

A dinâmica das cidades brasileiras que se modernizaram para


serem competitivas, dentro dos mercados globais, aumenta a comple-
xidade da produção e do serviço que, paralelamente às exigências da
população urbana, tem provocado o aumento dos riscos de incêndio
nas edificações (SEITO, 2008, p. 11).
São também causas corriqueiras a ação de incendiários, caça-
dores, pescadores e soltura de balões, entre outras. De fato, a ocorrên-
cia de grandes incêndios florestais em UC’s pode ser considerada uma
grave ameaça para a preservação da biodiversidade e manutenção de
processos ecológicos. Estes incêndios são particularmente graves para
áreas pequenas, sobretudo, em ecossistemas muito sensíveis ao fogo,
áreas com espécies raras e/ou ameaçadas de extinção. Nestas áreas,
33
há maior possibilidade de que grandes incêndios comprometam a ma-
nutenção de populações de algumas espécies (Alves e Nóbrega, 2011).

A densidade de ocupação elevada nos assentamentos precários, através de


ocupações indiscriminadas dos terrenos, com a consequente contiguidade
das edificações, tem sido uma das causas do alastramento de incêndio nes-
tes assentamentos. (SAMARA, 2009, p. 29).

Uma medida importante que pode contribuir significativamente


na tomada de decisões das atividades essenciais de manejo do fogo é
o uso de um índice de perigo de incêndio confiável, para auxiliar na to-
mada de decisões das atividades básicas de manejo do fogo, desde seu
uso até a prevenção e o combate aos eventuais incêndios (Rodrigues
et al., 2012).
É necessário também analisar criticamente os riscos de incên-
dio, quanto à sua probabilidade de ocorrência, respectivamente com
seus possíveis danos que podem causar (figura 4). Com o capitalismo
sempre em alta, a arquitetura dos prédios se modifica periodicamente
e a probabilidade de incêndio e o próprio emprego da edificação criam
condições para o aumento desse risco.

Figura 4 - Incêndio em vegetação ameaça instalações de empresa e circo.


SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

Fonte: Grupo controle (2018)

Risco é a probabilidade de ocorrer consequências danosas ou


perdas esperadas (mortos, feridos, edificações destruídas e danificadas
etc.), como resultado de interações entre um perigo natural e as con-
34
dições de vulnerabilidade local (UNDP, 2004). A falta de manutenção
periódica dos extintores e hidrantes é um dos fatores que ampliam as
causas de incêndio, devido ao acúmulo de material combustível, so-
brecarregando as instalações elétricas. Outro cenário importante a ser
mencionado são os comportamentos inadequados das pessoas, a au-
sência de conduta e de administração para a promoção da segurança
contra incêndio e pânico.
Segundo Duarte, os estudos científicos têm identificado os ris-
cos de forma avançada antes os sinistros e a divulgação em correlato
pela imprensa tem sido mais visível e intensa; criando o que gera uma
maior percepção da sociedade em relação aos riscos. A percepção ao
risco pela sociedade muda com a educação, qualidade de vida e com a
introdução de novas tecnologias.
Segundo Castro (1999, p.35), Defesa Civil é “o conjunto de
ações preventivas, de socorro, assistenciais e recuperativas destinadas
a evitar ou minimizar os desastres, preservar o moral da população e
restabelecer a normalidade social”, sendo o desastre: “o resultado de
eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um ecos-
sistema vulnerável, causando danos humanos, materiais ou ambientais
e consequentes prejuízos econômicos e sociais”.

VULNERABILIDADES EM INCÊNDIOS

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


A problemática do risco e da vulnerabilidade social vem assumindo uma visi-
bilidade crescente na definição de políticas públicas de planeamento e ges-
tão territorial, assim como nos debates de cariz mais teórico sobre a prepara-
ção e a capacidade de recuperação das populações perante acontecimentos
extremos, desastres ou catástrofes.2 

No sentido da promoção de sociedades mais resistentes a


desastres naturais, faz-se necessária uma mudança de paradigma
alterando – mas, não abandonando - o foco dos perigos naturais e
sua quantificação para a identificação, avaliação e classificação das
vulnerabilidades sociais. No documento final da Conferência Mundial
sobre Redução de Desastres, ‘‘Hyogo Framework for Action 2005–
2015’’, a comunidade internacional destacou a necessidade de promo-
ver abordagens estratégicas e sistemáticas para reduzir a vulnerabili-
dade e os riscos frente a perigos naturais (ONU, 2005). Como se lê no
documento:

2 Risco, vulnerabilidade social e cidadania. Disponível em: < http://journals.openedition.


org/rccs/173 >.

35
O ponto de partida para a redução do risco de desastres e para a promoção
de uma cultura de resiliência a desastre reside não só no conhecimento dos
perigos, mas também das vulnerabilidades física, social, econômica e am-
biental a desastres que a maioria das sociedades enfrenta, bem como das
maneiras em que os perigos e as vulnerabilidades estão mudando a curto e
longo prazo (ONU, 2005, p.7)

Farias (2005) afirma que a operacionalização do conceito de


risco – no âmbito de atuação da Assistência Social – tem o objetivo de
identificar a iminência de um evento acontecer e, consequentemente,
desenvolver esforços de prevenção, ou de se organizar para diminuir
seus efeitos quando não for possível evitar sua ocorrência. Segundo
esse autor:

Para a Assistência Social, portanto, a operacionalização do conceito risco


exige a definição do conjunto de eventos em relação aos quais lhe compete
diretamente desenvolver esforços de prevenção, ou de enfrentamento para a
redução de seus agravos. Em relação a tais eventos é necessário desenvol-
ver estudos que permitam algum tipo de mensuração da sua probabilidade
de ocorrência ou de identificação de sua iminência, além de realizar o moni-
toramento de suas incidências. (FARIAS, 2005, p.1).

É importante compreender, quando se estuda o grau de vulne-


rabilidade, estuda-se o nível de insegurança intrínseca dos sistemas e
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

dos cenários dos desastres. Como insegurança é o inverso da seguran-


ça, os estudos de vulnerabilidade têm por finalidade e objetivo aumentar
o nível de segurança intrínseca dos cenários dos desastres e dos siste-
mas (CASTRO, 1999).
Na avaliação da vulnerabilidade, diversos enfoques têm sido
utilizados. Vários estudos focalizam-se nos espaços florestais, embora
adotem ou uma vertente apenas ecológica (Alloza et al., 2006; Gonzá-
lez et al, 2007; Ibarra et al., 2007) ou combinem essa com os valores so-
cioeconómicos da floresta (p. ex., produção de madeira, atividades de
lazer, biodiversidade, conservação da natureza) (Chuvieco et al., 2010;
Rodríguez y Silva, 2007).
No mundo moderno, muitos governos usam parte de seus recursos para aju-
dar a proteger o público da ameaça de incêndios. Coletando dados sobre a
situação de incêndio para ajudar a identificar necessidades críticas, a fim de
alocar recursos de maneira mais eficaz. (Franscisco (2012) apud Miguel e
Cauduro, 2018, p. 38).
No âmbito internacional os sistemas contra incêndio são tratados como uma
ciência, sendo uma tendência em países como França, Estados Unidos da
América e Japão. O Brasil como país subdesenvolvido continua a passos
lentos quando se trata de pesquisas relativas as metodologias, prevenção
e causas de incêndio. (SEITO (2008) apud Miguel e Cauduro, 2018, p. 76).

36
No cálculo da Vulnerabilidade, é indispensável a sua utilização
como forma de identificação das áreas onde essa existe e da dimensão
destes espaços. Uma vez que a vegetação é o principal combustível
para o fogo, é obrigatória a sua consideração em qualquer indicador de
risco de incêndio.
Alguns autores consideram uma abordagem dos espaços flo-
restais, os elementos expostos do sistema humano (exemplo; popula-
ções, propriedades, edifícios, infraestruturas) (Aragoneses e Rábade,
2008; Bovio et al., 2006; Caballero et al., 2007; Finney, 2005; Lampin-
-Maillet et al.,2010; Tedim, 2012). Já Costa e Kropp (2011) focalizam-
-se apenas na vulnerabilidade física e económica das populações e do
edificado.
A vulnerabilidade aos incêndios florestais surge constituída por
componentes. Whittaker et al. (2012) identificaram duas componentes:
a exposição das pessoas que é “socialmente determinada” (Mustafa,
1998: 290), pelas opções de localização que as comunidades e as so-
ciedades fazem; e a capacidade de resposta e de adaptação aos impac-
tos do incêndio florestal.
Segundo Smith (2001), os sistemas de notificação de inciden-
tes de incêndio são uma forma tecnológica para o serviço de bombei-
ros coletar dados sobre incidentes de incêndio e as ações realizadas
em uma situação de emergência, armazenar os dados para análise e

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


relatar os dados ao público. Esses sistemas visam organizar o maior
número possível de detalhes de um incidente de incêndio para analisar
com precisão todos os fatores envolvidos na situação. Dessa forma,
é necessário reduz os riscos e as vulnerabilidades locais, ou seja, as
ameaças dos cenários, como medida de evitar que os eventos adversos
aconteçam e desencadeiem um desastre.
Para a avaliação da acessibilidade de um território, é necessá-
rio avaliar a constituição da sua rede viária. Quanto à análise do risco
de incêndio, essa variável costuma aparecer como indicador da inter-
venção humana. Neste caso, ela pretende medir as acessibilidades do
território, um fator preponderante na Vulnerabilidade, uma vez que a
progressão de um incêndio depende muito deste aspecto na eventuali-
dade de um incêndio, é importante que existam bons acessos para todo
o território. Caso isso não aconteça, o combate às chamas não será
eficaz e estas propagar-se-ão dando origem a mais estragos.

O hidrante urbano é um dos mecanismos de redução da vulnerabilidade da


comunidade com relação aos desastres provocados pelos incêndios. Dessa
forma, reduzindo-se a vulnerabilidade, tem-se um aumento da capacidade de
suportar os desastres provocados pelo fogo, que atinge a vida das pessoas

37
também no território urbano de modo intenso. (Silvia e Coelho apud Santos,
2014)

O sistema é composto basicamente por reserva de incêndio, bombas de re-


calque, rede de tubulação, hidrantes e mangotinhos, abrigo para mangueira
e acessórios e registro de recalque. É fundamental, que ao utilizar o sistema,
a chave principal de energia da edificação ou setor seja desligada, a fim de
evitar acidentes. (Uminski, 2003, apud Gomes, 2014)

Os hidrantes urbanos são equipamentos de extrema importância para o


combate aos incêndios e essenciais ao pronto abastecimento das viaturas
para dar continuidade ao combate de incêndios. Cabe a concessionária local
dos serviços de água e esgoto o desenvolvimento do projeto, a instalação,
a substituição e a manutenção da rede de hidrantes urbanos. A falta de hi-
drantes é um grande problema encontrados nas cidades, a título de exemplo
da importância de uma rede de hidrantes bem distribuída, apresenta-se dois
exemplos, com diferentes dimensões, porém que demostram o impacto da
falta dos hidrantes. (BIZERRA e SEGANTINE, 2016, p. 16)

O sistema de combate a incêndios sob comando através de hidrantes e
mangotinhos é um conjunto de equipamentos e instalações que permitem
acumular, transportar e lançar a água (agente extintor) sobre os materiais
incendiados. (UMINSKI, 2003, apud GOMES, 2014, p. 51).

Aplicam-se as definições constantes da NPT 003 – Terminolo-
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

gia de Segurança Contra Incêndio: A Instalação de hidrantes urbanos


em loteamentos e condomínios em que o loteador deve projetar e ins-
talar, além dos demais serviços e equipamentos urbanos obrigatórios,
hidrantes urbanos nas redes de distribuição de água do loteamento ou
condomínio.
Devem ser observados os seguintes parâmetros para o projeto:
Loteamentos industriais:
- Os hidrantes urbanos devem ter, cada um, um raio de ação
de, no máximo 300 m, devendo atender a toda a área do loteamento;
- O hidrante urbano mais desfavorável deve fornecer uma va-
zão mínima de 2000 l/min, sendo que deve haver, no mínimo, 2 hidran-
tes urbanos no loteamento;
- Os hidrantes urbanos devem ser instalados em rede de diâ-
metro mínimo de 150 mm.

Loteamentos e condomínios:
- Os hidrantes urbanos devem ter, cada um, um raio de ação
de, no máximo 300 m, devendo atender a toda a área do loteamento;
- O hidrante urbano mais desfavorável deve fornecer uma va-
zão entre 1000 l/min e 2000 l/min, sendo que deve haver, no mínimo, 2
38
hidrantes urbanos no loteamento;
- Os hidrantes urbanos devem ser instalados em rede de diâ-
metro mínimo de 150 mm.

No mês de maio de 2018, a cidade de São Paulo foi palco de uma tragédia
de proporções gigantescas – o incêndio e desabamento do edifício Wilton
Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, região central da cidade. O epi-
sódio trouxe à tona, mais uma vez, discussões importantes que envolvem a
disponibilidade de hidrantes em pleno funcionamento na cidade e questões
sobre segurança nas edificações.3

Conforme noticiado pelo InfraFM4, visando ajudar a amenizar


situações como essa e facilitar o trabalho dos bombeiros em emergên-
cias envolvendo incêndios, entrou em vigor, no dia 5 de junho de 2018
na cidade de São Paulo, uma lei que determina que novos prédios resi-
denciais, comerciais e industriais instalem hidrantes urbanos de coluna,
que são aqueles ligados à rede pública de água e que podem ser aco-
plados às mangueiras dos carros dos bombeiros.

Figura 5 – Bombeiro

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

Fonte: Grupo controle (2018)


3 O que muda a partir de agora com a nova lei dos hidrantes? Disponível em: https://
tribunahoje.com/noticias/brasil/2018/06/11/o-que-muda-a-partir-de-agora-com-a-nova-lei-dos-hi-
drantes
4 InfraFM. Matéria completa disponível em: < https://infrafm.com.br/Textos/1/18632/Lei-
-altera-regra-para-hidrantes-em-prdios-de-So-Paulo#:~:text=Com%20o%20prop%C3%B3sito%20
de%20ajudar,urbanos%20de%20coluna%2C%20que%20s%C3%A3o >.

39
Segundo o Corpo de Bombeiros - realizado em 2018 na cidade
de São Paulo - SP, contaram-se mapeados mais de 4 mil hidrantes.
Sendo apenas 50% vistoriada, constando-se que 60% não estava fun-
cionando. “Numa cidade com as dimensões de São Paulo, onde quase
não se vê hidrantes pelas ruas ou que não é possível afirmar se estão
em plenas condições de funcionamento, a aprovação de uma lei que re-
gularize a instalação de novos equipamentos é uma importante medida
que vai ajudar no combate a emergências e possíveis tragédias”, afirma
Gabriela Coelho da Inço-a, incorporadora com seis anos de mercado
imobiliário e cinco prédios na capital paulista.
Em decorrência da nova lei, os hidrantes deverão ser instala-
dos em edificações com mais de 40 unidades, loteamentos industriais
e comerciais, e edificações com área construída igual ou superior a 4
mil m².
Outro fator importante com as novas diretrizes é o AVCB, ou
Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, que começou a ganhar des-
taque na mídia e a atenção das pessoas. (Fonte: Assessoria – Tribuna
Hoje, 2018).

Figura 6 – Hidrante
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

Fonte: Grupo controle (2018)

40
É recomendado que a concessionária local dos serviços de água e esgotos
ou a prefeitura somente assine o “aceite” da rede de distribuição de água do
loteamento após a inspeção e testes dos hidrantes urbanos e após a verifi-
cação de que foram instalados conforme projeto aprovado, além do cumpri-
mento dos demais requisitos legais pertinentes. Essa recomendação, aplica-
-se igualmente aos loteamentos implantados pela administração. Tendo em
vista a dificuldade de visualização, a grande possibilidade de obstrução e de
contaminação da água, recomenda-se a não instalação de hidrante do tipo
subterrâneo na rede pública de distribuição de água e nas redes dos lotea-
mentos e condomínios (GOIÁS, 2014, online)

Para Castro (1999, p. 486), o incêndio se apresenta como um


possível desastre por apresentar peculiaridades próprias: O fogo que
escapou do controle do homem e assumiu as características de um
sinistro ou desastre, causando grandes danos e prejuízos. Normalmen-
te, os incêndios caracterizam-se pela combustão ativa e intensa e por
provocarem sinistros de grandes proporções, em função da perda de
controle sobre o fogo.
A Vulnerabilidade é um indicador de risco a ter em considera-
ção em todos os momentos. Enquanto o Risco de incêndio prevê em
que áreas a probabilidade de deflagrar um incêndio é maior, a Vulne-
rabilidade é uma ferramenta indispensável no planejamento do com-
bate às chamas, permitindo, assim, antecipar a propagação do fogo e

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


a identificação prévia de que áreas se encontram em maior perigo na
eventualidade de uma deflagração de um incêndio.
Essa análise, permite uma maior eficácia na fase de combate
aos incêndios, sendo uma parte de suma importância do planejamento.
Entretanto, este indicador de risco não é muito utilizado, focando-se os
especialistas na criação de metodologias para determinar o Risco de
incêndio e a Susceptibilidade, ambos os indicadores focados na identifi-
cação de áreas onde a probabilidade de ignição é superior.
A gestão de risco de incêndio possibilita a análise permanente
das condições de segurança contra incêndio, diferente do conceito de
que basta uma edificação possuir o licenciamento em dia para que es-
teja segura. Esta é uma ideia errônea, afinal, o licenciamento apenas
indica que, num determinado momento, devem ter sido verificadas e
aprovadas as medidas de segurança contra incêndio (ARMANI, 2018).
Frente à vulnerabilidade em incêndios, a NR -045 esclarece
que,

as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em


Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho são essencialmen-
5 Normas Regulamentadoras. Disponível em: <https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.
php/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default>.

41
te prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emergência,
quando se tornar necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle
de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate
a incêndios e ao salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qual-
quer outro tipo de acidente estão incluídos em suas atividades.

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e


em Medicina do Trabalho deverão manter entrosamento permanente
com a CIPA e, dela valendo-se como agente multiplicador, deverão es-
tudar suas observações e solicitações, propondo soluções corretivas e
preventivas.
Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segu-
rança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ouvida a Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomen-
dar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada
atividade. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de
2010).
Em maio de 2011, a NR 23 atualizou a norma com a porta-
ria SIT N° 221, no qual estabelece que todos os empregadores devem
adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a
legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis.
Sendo assim, o empregador deve providenciar para todos os
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

trabalhadores informações sobre:


a) Utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
b) Procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com
segurança;
c) Dispositivos de alarme existentes.

Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número


suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nes-
ses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de
emergência. As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser clara-
mente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a
direção da saída. Proibindo que nenhuma saída de emergência deverá
ser fechada à chave ou presa durante a jornada de trabalho. As saídas
de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento
que permitam fácil abertura do interior do estabelecimento.
Deve-se dar atenção à carga de incêndio, carga térmica ou
carga combustível de uma edificação ou de parte dela, expresso em
termos de massa média de materiais combustíveis por unidade de área,
pelo qual é calculada a liberação de calor baseada no valor calorífico
dos materiais, incluindo móveis e seu conteúdo, divisórias, acabamento
42
de pisos, paredes e forros, tapetes, cortinas e outros. A carga combus-
tível é expressa em MJ/m2, ou kg/m2, correspondendo à quantidade de
madeira (kg de madeira por m2) que emite a mesma quantidade de calor
que a combustão total dos materiais considerados nas dependências.
Outra atualização complementar é a LEI Nº 13.425, de 30 de
março de 2017, estabelece diretrizes gerais sobre medidas de preven-
ção e combate a incêndio e a desastres em estabelecimentos, edifica-
ções e áreas de reunião de público; alterando as Leis nos 8.078, de 11
de setembro de 1990, e 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil;
e dá outras providências.
Em que define atos sujeitos à aplicação da Lei no 8.429, de 2
de junho de 1992, que dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes
públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato,
cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou
fundacional.
Caracteriza a prevenção de incêndios e desastres como con-
dição para a execução de projetos artísticos, culturais, esportivos, cien-
tíficos e outros que envolvam incentivos fiscais da União e agora prevê
responsabilidades para os órgãos de fiscalização do exercício das pro-
fissões das áreas de engenharia e de arquitetura, na forma que espe-
cifica.
Estabelece as diretrizes gerais e ações complementares sobre

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


prevenção e combate a incêndio e a desastres em estabelecimentos,
edificações e áreas de reunião de público, atendendo ao disposto no
inciso XX do art. 21, no inciso I, in fine, do art. 24, no § 5o, in fine, do art.
144 e no caput do art. 182 da Constituição Federal.
As normas especiais previstas passam a atingir os estabele-
cimentos, edificações de comércio e serviços e áreas de reunião de
público, cobertos ou descobertos, cercados ou não, com ocupação
simultânea potencial igual ou superior a cem pessoas. Mesmo que a
ocupação ocorra de forma simultânea potencial seja inferior a cem pes-
soas, as normas especiais (figura 7) passam a ser estendidas aos es-
tabelecimentos, edificações de comércio e serviços e áreas de reunião
de público.

43
Figura 7 - Espaço

Fonte: Grupo controle (2018)

A sinalização de segurança contra incêndio e pânico reduz o


risco de ocorrência de incêndio, alertando para os riscos existentes e
garantindo que sejam adotadas medidas adequadas em caso de sinis-
tros, objetivando a sinalização e a localização dos equipamentos e das
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

rotas de saída para abandono seguro da edificação.6


Segundo Brasil (2017), em seu artigo 3º,
cabe ao Corpo de Bombeiros Militar: planejar, analisar, avaliar, vistoriar, apro-
var e fiscalizar as medidas de prevenção e combate a incêndio e a desastres
em estabelecimentos, edificações e áreas de reunião de público, sem prejuí-
zo das prerrogativas municipais no controle das edificações e do uso, do par-
celamento e da ocupação do solo urbano e das atribuições dos profissionais
responsáveis pelos respectivos projetos.

Brasil (2017) ainda determina, em seu art. 5º, § 2º que

Nos locais onde não houver possibilidade de realização de vistoria in loco


pelo Corpo de Bombeiros Militar, a vistoria será realizada apenas pelo poder
público municipal, garantida a participação da equipe técnica da prefeitura
municipal com treinamento em prevenção e combate a incêndio e a emer-
gências, mediante o convênio.

Os Estados, os Municípios e o Distrito Federal deverão considerar as pe-
culiaridades regionais e locais e poderão, por ato motivado da autoridade

6 Revista Digital Adnormas. Disponível em: < https://revistaadnormas.com.br/2019/04/02/


os-ensaios-exigidos-para-a-sinalizacao-de-seguranca-contra-incendio-e-panico>.

44
competente, determinar medidas diferenciadas para cada tipo de estabele-
cimento, edificação ou área de reunião de público, voltadas a assegurar a
prevenção e combate a incêndio e a desastres e a segurança da população
em geral. (art. 7º, BRASIL, 2017).

GERENCIAMENTO DE RISCOS

Durante o processo de queima, o fogo atua colocando em risco


a vida do ser humano, prejudicando o meio ambiente e consumindo
bens materiais. Dessa forma, com o gerenciamento de riscos, é pos-
sível levantar, analisar e avaliar tais eventos com o intuito de criar um
modelo de planejamento a fim de minimizar ou evitar a ocorrência dos
danos advindos do sinistro.
Por isso, o desenvolvimento dos planos de gerenciamento de
risco de incêndio é algo imprescindível para levantar os sinistros pro-
váveis, bem como determinar o que pode ser considerado como risco
admissível e apontar o que é mais relevante e requer proteção. Essa
atividade precisa contemplar vários fatores, sendo que os mais rele-
vantes são a garantia de que as tarefas continuarão a ser executadas
depois do incidente, a conservação das propriedades e a proteção das
pessoas partindo das suas características.
É preciso reforçar que o risco de incêndio consiste na

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


probabilidade de ocorrência de tal evento. Essa possibilidade é avaliada
em função de questões como a quantidade de ocupantes existentes no
ambiente, o material armazenado, o tipo de tarefa realizada e a área e a
altura construída. As chances de o evento supracitado acontecer estão
associadas a três componentes:
a) A possibilidade de que os produtos da combustão e do calor
impactem na estabilidade estrutural.
b) A chance de que se tenha uma quantidade suficiente de
combustível.
c) A probabilidade de que haja a ignição.

Além da probabilidade de ocorrência do evento, existe outro


parâmetro que se liga aos riscos; a gravidade, portanto, as análises
de risco só serão eficientes se atuarem a fim de reduzir qualquer uma
dessas variáveis. Vale apontar que o risco é inerente nas mais variadas
tarefas realizadas no cotidiano, estando associado a consequências
diversas e as incertezas. Isso implica que os riscos de incêndio não
podem ser considerados como nulos, uma vez que englobam tanto a
segurança dos usuários de um dado espaço, como possíveis perdas
ambientais, econômicas e sociais.
45
Frente a isso, as análises de risco surgiram para estipular um
limite mínimo de segurança que deve ser atendido por todos. Desse
modo, busca-se evitar que o sinistro se inicie, porém, se sua ocorrên-
cia for inevitável, é imprescindível assegurar que as medidas protetivas
determinadas terão a capacidade de impedir que o risco máximo seja
transposto. Através das análises de risco, é possível realizar uma série
de atividades na busca por evitar a ocorrência de incêndio, entre as
quais destacam-se:
a) Apontar quais são as fontes e as causas prováveis de um
risco.
b) Identificar a sequência na qual um fluxo de incêndio pode se
propagar.
c) Compreender como os ocupantes irão se comportar.
d) Avaliar as características estruturais.
e) Definir quais serão as medidas de proteção a serem utilizadas.
f) Determinar as consequências do evento.

A análise e o gerenciamento de riscos de incêndios contribuem


de modo direto no processo de escolha das medidas protetivas e pre-
ventivas a serem adotadas em cada projeto. Tal evento necessita que
cada edificação seja analisada de forma individual, levando em conta
suas particularidades, somente assim é que se consegue combater a
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

ocorrência e possíveis riscos.


Prever todos os riscos nos quais se está exposto é algo difícil,
mas a aplicação de métodos especiais contribui para a prevenção dos
acidentes. Existem várias ferramentas que podem ser utilizadas no pro-
cesso de análise de risco de incêndio sendo que cada uma delas conta
com suas aplicabilidades e características no processo de avaliação da
segurança aos bens e à vida.
Os métodos de avaliação de risco em incêndio são divididos
em três classes; os qualitativos, os quantitativos e os semiquantitativos.
A escolha do melhor deles deve se dar partindo do grau de exigência
requerido, bem como o que vai suprir da melhor forma os objetivos al-
mejados.
Os métodos qualitativos são os que tem aplicação mais fácil,
além de serem mais baratos, no entanto, são menos abrangentes no
que se refere ao processo de análise de risco em incêndios. Nesse
caso, parte-se de regulamentos e normas que tratam desses eventos,
considerando a ocupação para a definição do tipo e da quantidade de
proteção a ser utilizada, além disso, não se realiza a quantificação das
chances de o sinistro ocorrer. Os métodos mais conhecidos nessa clas-
se são as análises históricas de eventos e as listas de verificação.
46
Os métodos quantitativos, normalmente, geram excelentes re-
sultados, mas são demorados e caros por causa do elevado nível de
exigência tornando-o inviável em muitas situações. Entre os mais co-
nhecidos no campo de análise de risco de incêndio, destaca-se o Bui-
lding Safety Engineering Method, o Modelo de Avaliação de Custo do
Risco e o Computation of Risk Indices by Simulation Procedures.
Os métodos semiquantitativos garantem resultados satisfató-
rios ao mesmo tempo em que são menos rigorosos. No entanto, ao apli-
car tal evento para analisar os riscos, é preciso estar atendo à coleta de
dados, sendo este o processo mais trabalhoso. Após isso, consegue-se
retirar parâmetros que podem ser compreendidos facilmente se utilizan-
do de instrumentos como planilhas eletrônicas, por exemplo. As meto-
dologias semiquantitativas mais conhecidas são os Métodos de Purt, o
Risk Assessment Method for Engineering e o Método de Gretener.

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

47
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: EBSERH Prova: Engenheiro Civil
No projeto de prevenção contra incêndio de edifícios, os detec-
tores pontuais de fumaça, instalados em teto plano de ambientes
livres e desobstruídos, a uma altura de até 8 m, com até oito trocas
de ar por hora, possuem área máxima de cobertura de:
a) 25 m².
b) 47 m².
c) 53 m².
d) 77 m².
e) 81 m².

QUESTÃO 2
Ano: 2014 Banca: FUNRIO Órgão: IF-BA Prova: Engenheiro Civil
No projeto de segurança contra incêndio e pânico, devem constar
notas sobre as bombas de incêndio, tais como:
I. Quando forem para sistemas de hidrantes e mangotinhos, podem
ter dispositivos para acionamento manual ou automático;
II. A alimentação elétrica dessas bombas deve ser independente
do consumo geral, de forma a permitir o desligamento geral da
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

energia sem prejuízo do funcionamento do motor da bomba de in-


cêndio;
III. Quando as bombas de incêndio forem automatizadas, deve ser
previsto pelo menos um ponto de acompanhamento e desligamen-
to manual para elas, instalado em local seguro da edificação e que
permita fácil acesso.
Quantas dessas anotações estão corretas?
a) Apenas a primeira e a terceira.
b) Todas estão corretas.
c) Apenas as duas primeiras.
d) Apenas a segunda.
e) Apenas as duas últimas.

QUESTÃO 3
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRF Prova: Segurança e Transporte
Nível: Superior
Considerando um edifício do Tribunal Regional Federal com 8 pavi-
mentos, em caso de um incêndio no 5º pavimento, os pavimentos
de mais rápida propagação do fogo, com os quais o Agente de
Segurança deve ter maior atenção, bem como, o fenômeno físico
48
de propagação do calor predominante para esse caso são, respec-
tivamente, os pavimentos:
a) Abaixo do 5º andar e o fenômeno predominante será a condução.
b) Acima do 5º andar e o fenômeno predominante será a condução.
c) Acima do 5º andar e o fenômeno predominante será a convecção.
d) Abaixo do 5º andar e o fenômeno predominante será a irradiação.
e) Acima do 5º andar e o fenômeno predominante será a ascensão.

QUESTÃO 4
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRF Prova: Segurança e Transporte
Nível: Superior
Ao constatar um princípio de incêndio no interior de uma sala des-
tinada a depósito de materiais de escritório, de médio porte, a pri-
meira medida que um brigadista deve tomar é
a) Fazer rapidamente o combate, utilizando-se do sistema de hidrantes,
visto que possui uma reserva de agente extintor em quantidade muito
superior a um extintor portátil, pois não se pode prever o volume que o
incêndio pode atingir.
b) Fazer rapidamente o combate com o extintor de incêndio portátil ade-
quado, que é mais ágil e prático, a fim de extinguir rapidamente o incên-
dio e evitar colocar as pessoas da edificação desnecessariamente em
pânico.

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


c) Acionar o alarme de incêndio, a fim de cientificar a todos na edifica-
ção de que está ocorrendo um incêndio, para que possam sair o mais
rapidamente possível e em segurança.
d) Acionar, antes de tudo, o Corpo de Bombeiros, pois possuem equi-
pamento de segurança individual para combate a incêndio, sendo pre-
parados para tal função, cabendo a eles a avaliação do princípio de
incêndio e ver se é o caso de acionar o alarme de incêndio.
e) Pedir ajuda para mais um brigadista e, em dupla, fazer o combate
adequado ao incêndio, pois em emergências nunca se deve trabalhar
sozinho.

QUESTÃO 5
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRF Prova: Segurança e Transporte
Nível: Superior
Em uma checagem dos equipamentos de segurança contra incên-
dio de um Tribunal, um técnico da Área de Segurança e Transpor-
te constatou e anotou as situações abaixo descritas: I. As portas
corta-fogo das saídas de emergência estavam abertas, no sentido
das rotas de fuga, ficando livre a passagem das rotas para saída
dos ocupantes em caso de incêndio, sem obstruções nessas rotas,
49
que possuem largura de 1,20 metro. II. Os pontos de iluminação
de emergência possuem central com bateria, que estava em fun-
cionamento, porém tal central não estava em local com vigilância
permanente 24 horas por dia. III. A área destinada ao gerador de
energia, este de pequeno porte, estava protegida por 4 extintores
de espuma mecânica, devidamente sinalizados e com altura de fi-
xação máxima de 1,60 metro. IV. O sistema de alarme de incêndio
estava com as botoeiras de acionamento sinalizadas, com sirenes
para cada botão acionador e segurança a cada 24 horas na central
de alarme, em esquema de revezamento, havendo alternância das
pessoas. V. Os extintores de incêndio estavam localizados a cada
20 metros no interior da edificação, devidamente sinalizados e com
altura de fixação máxima de 1,60 metro.
VI. Os hidrantes estavam desobstruídos e sinalizados, pintados na
cor vermelha, trancados para evitar atitudes negligentes de tercei-
ros, sendo que todos os seguranças e brigadistas da edificação
possuem as cópias das chaves. De acordo com as medidas e nor-
mas de segurança contra incêndio, são corretas as situações dis-
postas APENAS em:
a) IV, V e VI.
b) I, II e V.
c) I, III e IV.
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

d) II, IV e V.
e) III, IV e VI

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

Explique a importância do gerenciamento de risco em incêndios.

TREINO INÉDITO

Assunto: Análise de ameaças e vulnerabilidade em incêndios


Assinale a alternativa correta:
a) Vulnerabilidade é condição intrínseca do corpo, em interação com a
magnitude de um evento ou acidente, medida em termos de intensidade
dos danos previstos.
b) Vulnerabilidade é condição extrínseca do corpo, em interação com a
magnitude de um evento ou acidente, medida em termos de intensidade
dos danos previstos.
c) Vulnerabilidade é condição intrínseca à magnitude do evento ou aci-
dente, medida em termos de intensidade dos danos previstos.
d) Vulnerabilidade é condição extrínseca à magnitude do evento ou aci-
50
dente, medida em termos de intensidade dos danos previstos.
e) Vulnerabilidade é condição intrínseca do corpo, em interação com a
magnitude de um evento ou acidente, medida em termos quantitativos.

NA MÍDIA

Por que o incêndio na Catedral de Notre Dame foi tão difícil de combater?
Por quase um milênio, a Catedral de Notre Dame, na Île de la Cité, em
Paris, manteve-se como um símbolo da história, cultura e romantismo
da cidade. Na segunda-feira, 15 de abril de 2019, milhares de pessoas
nas margens do Sena e milhões em todo o mundo observavam com
uma mistura de descrença, desgosto e desamparo a obra-prima gótica
arder em chamas diante de seus olhos.
O fogo, felizmente, não tirou vidas, mas roubou o marco de sua torre
do século XIX, o telhado, três janelas de rosas medievais e a ornamen-
tação de interiores e obras de arte de valores potencialmente inestimá-
veis. Até o momento, parece que a estrutura principal da Catedral de
Notre Dame foi salva e preservada, devido aos esforços de 500 bom-
beiros enviados para o combater o desastre.
Como muitos que assistiram à operação em tempo real, Greg Louis
Favre, antigo comandante de bombeiros de St. Louis e colaborador da
CNN, ofereceu através do Twitter uma explicação profissional dos desa-

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


fios enfrentados pelos bombeiros em Paris, e os muitos aspectos para
lidar com um incêndio estrutural dessa magnitude. A visão deste espe-
cialista concebe uma leitura informativa para arquitetos e o público em
geral, detalhando aspectos desde a concepção até a responsabilidade
para a ciência de como o fogo queima através dos edifícios.
A primeira questão identificada por Favre é o uso de madeira em igre-
jas antigas. Catedrais como Notre Dame são caracterizadas por uma
grande estrutura de madeira com espaços muito abertos e pouquíssimas
paradas de fogo para selar aberturas no edifício. Sem um sistema passivo
de proteção contra incêndios, o fogo pôde atravessar ininterruptamente
a catedral, com a estrutura de madeira como combustível. Nos casos
em que o fogo começa no alto da estrutura, o Corpo de Bombeiros pode
salvar paredes e áreas em risco. No entanto, como no incêndio de Notre
Dame, o pico e a inacessibilidade do telhado levaram à sua rendição,
com 66% do teto perdido.

Fonte: ArchDaily
Leia o texto na íntegra em: https://www.archdaily.com.br/br/915240/por-
-que-o-incendio-na-catedral-de-notre-dame-foi-tao-dificil-de-combater

51
NA PRÁTICA

Risco de incêndio ameaça patrimônio cultural do Brasil em CG.


Feira Central de Campina Grande tem problemas na estrutura, comér-
cio ‘inflamável’ e ligações elétricas irregulares; constatações são da De-
fesa Civil.
A Feira Central de Campina Grande apresenta risco de incêndio e pâ-
nico. É o que relata o técnico da Defesa Civil do município paraibano,
Jonatas Costa. Conforme ele, a área tem problema nas instalações, é
grande e, quanto maior o tamanho, mais se correm riscos. A Defesa Ci-
vil informou ainda que já são realizadas ações para a diminuição desses
perigos no local. A feira é patrimônio cultural do Brasil desde junho de
2018.
Segundo o técnico, entre as preocupações da área estão as edifica-
ções, que são antigas, e o mau dimensionamento do sistema elétrico
para a realidade atual, logo, a “sobrecarga de energia propiciaria um
desastre”. “A grande quantidade de aparelhos elétricos e formas clan-
destinas de ligações, os famosos ‘gatos’, é outro problema na feira. A
maioria dos comércios é de papelão e de madeira”.
De acordo com ele, é preciso dividir duas possibilidades de ocorrên-
cias, o pânico e o incêndio. “O pânico seria um processo inicial em uma
ameaça de incêndio, em que uma grande quantidade de pessoas ge-
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

raria fuga em massa. Em uma situação como essa na feira, ocorreria


pisoteio de pessoas, mortes por asfixia, alguns teriam problemas com
pressão alta e outras coisas”, disse ele, explicando outros motivos que
poderiam causar mortes, além de fogo.
Para exemplificar, o técnico ainda fez uma analogia da situação com o
caso da Boate Kiss, que ocorreu no ano de 2013, na cidade de Santa
Maria, no estado do Rio Grande do Sul. Não só o incêndio poderia cau-
sar uma tragédia, mas também a correria motivada pelo pânico e pelo
pouco espaço para mobilidade no local.

Leia mais em: https://portalcorreio.com.br/risco-de-incendio-ameaca-


-patrimonio-cultural-do-brasil-em-cg/

52
A APLICAÇÃO DA ENGENHARIA
DE SEGURANÇA X PÂNICO NO INCÊNDIO

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS
A APLICAÇÃO DA ENGENHARIA DE SEGURANÇA

A terminologia “segurança contra incêndio” possui um enten-


dimento ampliado. Proteger contra o incêndio é mais abrangente, vai
além do que dispor dos recursos técnicos para coibir o incêndio ou de
medidas antecipativas que evitem o surgimento do fogo (QUALHARINI;
SANTOS, 2007). Os projetos de segurança contra incêndio e pânico
devem ser delineados constantemente por diretrizes norteadoras que
conduzam à eficácia.
Os projetos que atentem quanto ao risco à vida devem prever
algumas condicionantes para o planejamento da retirada segura das
pessoas, como a perda ou redução do nível de consciência ao dormir,
dificuldade de locomoção dos ocupantes e familiarização com o espaço
(Negrisolo, 2011).
53
A Engenharia de Segurança do Trabalho age de forma pre-
ventiva, por isso faz se necessário implantar um Plano de Segurança
Contra Incêndio e Pânico em instalações industriais, em edifícios ou em
qualquer lugar onde um grande número de pessoas possa estar junto
em determinado momento.

Os objetivos fundamentais da segurança contra incêndio são: minimizar o


risco à vida e reduzir a perda patrimonial. Entende-se como risco à vida a
exposição severa à fumaça ou ao calor dos usuários da edificação e, em
menor nível, o desabamento de elementos construtivos sobre os usuários ou
equipe de combate.7

A análise e a prevenção de acidentes têm se apoiado essen-


cialmente na confiabilidade dos sistemas técnicos, o que permitiu elevar
o patamar de segurança naqueles setores onde há condições favorá-
veis à sua aplicação, como a aeronáutica, a aeroespacial e nuclear.
Desta forma, pelo menos em setores considerados estratégicos, pôde-
-se chegar a uma taxa relativamente reduzida de acidentes (ve r PERR
OW, 1984-49; REASON, 1990-52; AMALBERTI, 1996-2).
A engenharia de segurança começou a se interessar pelo fator
humano, tentando estender a o comportamento humano os mesmos
princípios e modelos utilizados para analisar os dispositivos técnicos,
o que, evidentemente, não resolverá de todo o problema, porquanto,
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

quando muito, se chegará ao mesmo impasse anterior (para uma aná-


lise crítica das técnicas de confiabilidade aplicadas à análise do erro
humano ver Reason,1990-52).
A RESOLUÇÃO Nº 359, DE 31 DE JULHO DE 1991 dispõe so-
bre o exercício profissional, o registro e as atividades do Engenheiro de
Segurança do Trabalho. O exercício da especialização de Engenheiro
de Segurança do Trabalho é permitido, exclusivamente, conforme art. 1:

I - ao Engenheiro ou Arquiteto, portador de certificado de conclusão de curso


de especialização, a nível de pós-graduação, em Engenharia de Segurança
do Trabalho;
II - ao portador de certificado de curso de especialização em Engenharia de
Segurança do Trabalho, realizado em caráter prioritário pelo Ministério do
Trabalho;
III - ao portador de registro de Engenharia de Segurança do Trabalho, ex-
pedido pelo Ministério do Trabalho, dentro de 180 (cento e oitenta) dias da
extinção do curso referido no item anterior.

7 A importância da segurança contra incêndio em elementos construtivos. Disponível


em: <https://www.sinergiasc.com.br/post/10/a-importancia-da-seguranca-contra-incendio-em-ele-
mentos-construtivos>.

54
As atividades dos Engenheiros e Arquitetos, segundo a Reso-
lução 359 do Confea de 1991, na especialidade de Engenharia de Se-
gurança do Trabalho, são as seguintes:

1 - Supervisionar, coordenar e orientar tecnicamente os serviços de Enge-


nharia de Segurança do Trabalho;
2 - Estudar as condições de segurança dos locais de trabalho e das instala-
ções e equipamentos, com vistas especialmente aos problemas de controle
de risco, controle de poluição, higiene do trabalho, ergonomia, proteção con-
tra incêndio e saneamento;
3 - Planejar e desenvolver a implantação de técnicas relativas a gerencia-
mento e controle de riscos;
4 - Vistoriar, avaliar, realizar perícias, arbitrar, emitir parecer, laudos técnicos
e indicar medidas de controle sobre grau de exposição a agentes agressivos
de riscos físicos, químicos e biológicos, tais como poluentes atmosféricos,
ruídos, calor, radiação em geral e pressões anormais, caracterizando as ati-
vidades, operações e locais insalubres e perigosos;
5 - Analisar riscos, acidentes e falhas, investigando causas, propondo me-
didas preventivas e corretivas e orientando trabalhos estatísticos, inclusive
com respeito a custo;
6 - Propor políticas, programas, normas e regulamentos de Segurança do
Trabalho, zelando pela sua observância;
7 - Elaborar projetos de sistemas de segurança e assessorar a elaboração
de projetos de obras, instalação e equipamentos, opinando do ponto de vista

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


da Engenharia de Segurança;
8 - Estudar instalações, máquinas e equipamentos, identificando seus pontos
de risco e projetando dispositivos de segurança;
9 - Projetar sistemas de proteção contra incêndios, coordenar atividades de
combate a incêndio e de salvamento e elaborar planos para emergência e
catástrofes;
10 - Inspecionar locais de trabalho no que se relaciona com a segurança do
Trabalho, delimitando áreas de periculosidade;
11 - Especificar, controlar e fiscalizar sistemas de proteção coletiva e equipa-
mentos de segurança, inclusive os de proteção individual e os de proteção
contra incêndio, assegurando-se de sua qualidade e eficiência;
12 - Opinar e participar da especificação para aquisição de substâncias e
equipamentos cuja manipulação, armazenamento, transporte ou funciona-
mento possam apresentar riscos, acompanhando o controle do recebimento
e da expedição;
13 - Elaborar planos destinados a criar e desenvolver a prevenção de aci-
dentes, promovendo a instalação de comissões e assessorando-lhes o fun-
cionamento;
14 - Orientar o treinamento específico de Segurança do Trabalho e assesso-
rar a elaboração de programas de treinamento geral, no que diz respeito à
Segurança do Trabalho;
15 - Acompanhar a execução de obras e serviços decorrentes da adoção de
medidas de segurança, quando a complexidade dos trabalhos a executar

55
assim o exigir;
16 - Colaborar na fixação de requisitos de aptidão para o exercício de fun-
ções, apontando os riscos decorrentes desses exercícios;
17 - Propor medidas preventivas no campo da Segurança do Trabalho, em
face do conhecimento da natureza e gravidade das lesões provenientes do
acidente de trabalho, incluídas as doenças do trabalho;
18 - Informar aos trabalhadores e à comunidade, diretamente ou por meio
de seus representantes, as condições que possam trazer danos a sua inte-
gridade e as medidas que eliminam ou atenuam estes riscos e que deverão
ser tomadas.

A segurança contra incêndio já é internacionalmente abordada


como uma ciência multidisciplinar e constantemente atualizada, a qual
necessita investigações em alto nível, pois aborda aspectos sociais,
tecnológicos, ambientais e humanos ao cumprimento de seus objetivos.
Exemplificamos o caso da abordagem das ciências exatas através do
conceito apresentado pela Norma Britânica BS 7974 (2001) como “a
aplicação dos princípios científicos e de engenharia para a proteção
das pessoas, da propriedade e do meio ambiente contra os incêndios”.
(PPGEC/UFRGS. 2016.).
A implantação de complexos industriais ou áreas comerciais
requer a contratação de empresas projetistas e construtoras que, a par-
tir das necessidades operacionais e ocupacionais da fábrica, desen-
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

volvem projetos básicos para posterior detalhamento. Nas construções


civis, cada setor tem suas singularidades, e os riscos de incêndios são
classificados conforme a ocupação e os equipamentos instalados (SIL-
VA, 2008).
Atualmente, a NR 23 remete à obrigatoriedade de adoção de
medidas de prevenção de incêndios às legislações dos Estados e às
normas técnicas aplicáveis. Atualmente, as medidas de prevenção e
combate a incêndios estão dispostas nas legislações estaduais, que
abrangem leis, decretos, portarias, instruções técnicas, entre outras
ferramentas jurídicas. Dentre as normas técnicas aplicáveis, são de
destaque as seguintes:
• ABNT NBR ISO 7240-5:2014/ Sistemas de detecção e alarme
de incêndio Parte 5: Detectores pontuais de temperatura;
• ABNT NBR 15808:2017/Extintores de incêndio portáteis;
• ABNT NBR 14276:2020/ Brigada de incêndio e emergência -
requisitos e procedimentos;
• ABNT NBR 13231:2015/Proteção contra incêndio em subes-
tações elétricas.

56
A norma não detalha sobre como tais informações devem ser fornecidas aos
trabalhadores. Como o objetivo da informação aos trabalhadores é aumentar
sua percepção sobre os riscos existentes no ambiente de trabalho, entende-
-se que essas informações devem ser disponibilizadas dentro do horário de
trabalho, antes de o trabalhador iniciar suas atividades.
Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dis-
postas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam aban-
doná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência. Desse modo,
está implícita a condição de que as saídas de emergência não devem estar
obstruídas por quaisquer objetos, de forma a não impedir a imediata evacua-
ção do local. (CAMISASSA, 2015).

A APLICAÇÃO DA ENGENHARIA DE SEGURANÇA X PÂNICO NO


INCÊNDIO

A NR4 regulamenta as regras de constituição dos Serviços Es-


pecializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho,
chamados SESMT, cujo objetivo é promover a saúde e proteger a inte-
gridade dos trabalhadores nos locais de trabalho. Como o próprio nome
diz, esse é um serviço especializado, o que significa que seus membros
devem ser especialistas, ou seja, qualificados para atuarem em ativida-
des relacionadas à segurança e saúde do trabalho.
Sendo uma norma de aplicação geral, a NR4 alcança todas as

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


atividades econômicas. Entretanto, algumas normas setoriais possuem
regras específicas para constituição do SESMT. Nesses casos, a NR4
se aplicará subsidiariamente, ou seja, na omissão da norma específica,
valerá o disposto na norma geral. Trata-se do princípio hermenêutico de
afastamento da norma geral, na existência de norma específica. Cito
como exemplo de normas setoriais que estabelecem regras próprias de
constituição do SESMT:

Quadro 6 - Normas setoriais que estabelecem regras próprias de constituição


do SESMT
NR 29 Segurança e saúde no trabalho portuário;
NR 30 Segurança e saúde no trabalho aquaviário;
Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvi-
NR 31
cultura, exploração florestal e aquicultura
Fonte: Elaborado pelo autor (2019).

Além dos profissionais que obrigatoriamente integrarão o SES-


MT conforme o disposto na NR4, a empresa poderá, a seu critério,
contratar outros profissionais com qualificações em diferentes áreas
57
de concentração em saúde do trabalhador, tais como fisioterapeutas
do trabalho ou psicólogos do trabalho. Ao fundamento que as normas
regulamentadoras estabelecem o grau de exigibilidade mínimo a ser
cumprido pelas empresas.
O dimensionamento dos Serviços Especializados em Enge-
nharia de Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação
do risco da atividade principal e ao número total de empregados do es-
tabelecimento, observadas as exceções previstas nesta NR.
Qualificação dos profissionais do SESMT segundo o item
4.4.1; os profissionais membros do SESMT devem possuir formação
e registro profissional de acordo com o disposto na regulamentação da
respectiva profissão e nos instrumentos normativos emitidos pelo res-
pectivo Conselho Profissional, quando existente.

O Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP) é o conjunto


de documentos que tipificam as características de um sistema proposto de
segurança contra incêndio e pânico, constituído por memoriais, planilhas,
projetos, armazenagem de produtos perigosos (PP), materiais inflamáveis e
outras informações complementares que facilitem a análise global da segu-
rança das edificações, instalações e locais de risco. (MATO GROSSO, 2005).

Independente da área construída, todas as edificações neces-


sitam ter seu PSCIP aprovado no Corpo de Bombeiros Militar do Mato
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

Grosso, conforme §1º do Art. 6° da Lei Estadual n° 8.399/05, de 22 Dez


05. A única exceção é com relação à residencial unifamiliar, como pre-
visto nos Incisos I e II do §1° do Art. 5° da mesma Lei. Somente poderão
confeccionar PSCIP profissionais da área de engenharia de segurança
e medicina do trabalho, legalmente habilitados e registrados no sistema
CONFEA/CREA e que sejam credenciados pelo Corpo de Bombeiros
Militar do Estado de Mato Grosso, conforme Art 74, 75 e 76 e seus dis-
positivos, da Lei n° 8.399/05, de 22 Dez 05 e Norma Técnica do Corpo
de Bombeiros – NTCB n° 039/06, de 09 Nov 06.
Código De Segurança Contra Incêndio E Pânico – CSCIP Se-
gundo o novo Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico – CSCIP
as disposições preliminares são:

Artigo 1º - Este Código dispõe sobre as medidas de segurança contra incên-


dio nas edificações e áreas de risco, atendendo ao previsto no artigo 144 § 5º
da Constituição Federal, ao artigo 48 da Constituição Estadual e ao disposto
na Lei Estadual nº 16.575 de 28 de setembro de 2010.
Artigo 2º - Os objetivos deste Código são:
I – proteger a vida dos ocupantes e das edificações e áreas de risco, em caso
de incêndio;
II – dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente

58
e ao patrimônio; 19
III – proporcionar meios de controle e extinção do incêndio;
IV – dar condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros;
V – proporcionar a continuidade dos serviços nas edificações e áreas de
risco.

As funções da iluminação de emergência devem satisfazer


os seguintes requisitos: de balizamento, orientar direção e sentido das
pessoas; de aclaramento, proporcionar nível de iluminamento que per-
mita o deslocamento seguro das pessoas; prevenção de pânico (SEITO
et al., 2008).
Durante o desenvolvimento do projeto, as luzes de emergência
já devem estar previstas para que em uma situação de incêndio e pâni-
co auxilie todos que estejam no local a se orientar e localizar a saída e
é o que determina a NBR – 10898 (1998).
Segundo Seito et al. (2008), a sinalização de emergência é um
dos principais aspectos para o sucesso do projeto de abandono de uma
edificação. A sinalização de emergência irá orientar os funcionários que
transitam pelas rotas de fuga, pessoas que podem ficar emocionalmen-
te alteradas e precisam de um componente de alívio para não entrar
em pânico. Uma sinalização adequada e que transmita as informações
necessárias a quem dela necessite é fator primordial.

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


Os diversos tipos de sinalização de segurança contra incêndio
e pânico devem ser implantados em função de características específi-
cas de uso e dos riscos, bem como em função de necessidades básicas
para a garantia da segurança contra incêndio na edificação (Normas
Brasileiras de Regulamentação 13434).
A NPT - 18 (2011) fixam as condições necessárias para o proje-
to e instalação do sistema de iluminação de emergência em edificações
e áreas de risco, atendendo ao previsto no Código de Segurança Contra
Incêndios e Pânico do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná.
Segundo a NPT - 011 (2011) do CSCIP compreende saída de
emergência: a) acessos; b) rotas de saídas horizontais, quando houver,
e respectivas portas ou espaço livre exterior, nas edificações térreas; c)
escadas ou rampas; d) descarga.
A sinalização de segurança contra incêndio e pânico é prescrita
na NBR 16820:2020 Versão Corrigida 2:2021 - Sistemas de sinalização
de emergência — Projeto, requisitos e métodos de ensaio.
Em situações pânico em edificações, as pessoas devem ser
orientadas por profissionais qualificados da área de confiança. A car-
ga de fogo pode ser classificada como baixa a elevação, dependendo
do tipo da fabricação, altura, idade da edificação, tipo de revestimento,
59
arreamento, entre outros fatores. Nos entrementeses, alguns fatores
podem alterar a carga inicialmente prevista, como o aditamento de ma-
teriais, ou seja, o acúmulo de materiais.
A ideia de que as pessoas terão um comportamento irracional
é muito forte devido, principalmente, à mídia, que exibe imagens inten-
sas e com interpretações equivocadas. Quando pessoas estão tentando
escapar de um edifício em chamas por uma única saída, seu compor-
tamento parece extremamente irracional para uma pessoa que analisa
a situação depois e constata que existiam outras saídas. Entretanto, as
pessoas que estão tentando sair desconhecem as outras saídas, tendo
aquela como a única disponível; tentar brigar por ela ao invés de morrer
parece ser uma escolha lógica (VALENTIN, 2008).
O processo de percepção do incêndio nas pessoas examinou
seis processos físicos e psicológicos que um indivíduo pode utilizar na
tentativa de perceber, identificar, estruturar e avaliar uma situação de
informação de incêndio, sendo estas:

Quadro 7 - Processos físicos e psicológicos em situações de incêndio


• Definição: O indivíduo tenta relatar informações quanto ao incêndio e
às variáveis contextuais e percebidas, incluindo sua posição em rela-
ção ao incêndio.
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

• Reavaliação: Uma energia física e psicológica mais intensa é alocada


para a resposta comportamental e o indivíduo tende a tornar-se menos
seletivo aos riscos envolvidos.

• Validação: Concentra-se na tentativa de validar a percepção inicial-


mente das informações do incêndio.

• Reconhecimento: Ocorre quando a pessoa identifica as informações


ambíguas do incidente e toma ciência do incêndio.

• Avaliação: O indivíduo avalia o incêndio e pose ser descrito como


uma atividade física e cognitiva necessário para a resposta isolada à
ameaça.

• Compromisso: Mecanismo utilizado pelo indivíduo para iniciar sua


resposta comportamental necessária para atingir uma estratégia de
resposta comportamental que foi formulada no processo de avaliação.
Fonte: Adaptado de Bryan (2002).

60
De acordo com Carvalho & Borges (apud Alves et al., 2012), os
alicerces do estudo das reações psicológicas frente a desastres devem
ser a resiliência emocional, o suporte social e o papel das equipes de
resgate. Os resultados podem ser aplicados em estratégias preventivas
características do pré-desastre. Para Brasil (2010, p. 82), a atuação no
pós-desastre deve “envolver as comunidades na elaboração de proje-
tos, que devem se embasar nas necessidades, laços afetivos, significa-
dos compartilhados, enfim, nas particularidades culturais e simbólicas
de cada comunidade”.
Para Horan et al. (apud Alves et al., 2012), pessoas e grupos
diferem quanto à vulnerabilidade diante de eventos traumáticos. Figuei-
ra (apud Alves et al., 2012) aponta que os sintomas característicos do
transtorno de estresse pós-traumático são reações normais após um
evento estressor como um desastre, e que a incidência é até pequena
em relação ao esperado pelos pesquisadores.

PROJETO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO (PPCI)

O PPCI é um documento que pode ser elaborado apenas por


profissionais legalmente habilitados (Arquitetos e Engenheiros Civis),
além disso é fiscalizado e aprovado pelo Corpo de Bombeiros através

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


de concessão de alvarás. Esse instrumento é necessário para o fun-
cionamento de qualquer tipo de imóvel, sendo isso uma exigência de
órgãos públicos com o objetivo de maximizar a segurança dos sujeitos.
A sua obrigatoriedade é em todos os tipos de empreendimentos existen-
tes, inclusive os que estão em reforma (as que apresentam uma área de
ampliação maior do que 10% de toda a sua área) e construção.
Os PPCIs têm como principal finalidade proteger a vida
humana, depois o patrimônio e, por fim, garantir a continuidade do
fluxo produtivo. A criação desses projetos precisa ter como base dois
elementos principais:
a) Evitar que o fogo se inicie.
b) Se o foco do fogo ocorrer, é necessário prever maneiras
adequadas de confiná-lo em seu local de origem ao mesmo tempo em
que se garante que haverá a desocupação com rapidez e segurança,
bem como a facilitação ao aceso para seu combate.

As medidas protetivas da edificação ao fogo podem ser classi-


ficadas de duas maneiras distintas, as ativas e as passivas. As passivas
são as executadas ainda na fase de criação do projeto arquitetônico e
complementares do empreendimento, pois buscam evitar que se tenha
61
a ocorrência do foco do fogo. Além disso, deve-se prever que tal evento
ocorrerá, nesses casos desenvolvem-se ações para impedir que haja
seu crescimento e alastramento. Os exemplos de proteções passivas
mais comuns são:
a) O acesso de viaturas do corpo de bombeiros à edificação.
b) A segurança das estruturas das edificações.
c) As compartimentações verticais e horizontais.
d) As brigadas de incêndio.
e) Os sistemas para a proteção contra possíveis descargas at-
mosféricas.
f) As saídas de emergência.
g) O controle de possíveis fontes de incêndio.
h) O controle dos componentes empregados no revestimento
e no acabamento.
i) O controle de fumaça oriunda do incêndio.

Já as medidas de proteção ativas também são denominadas


medidas de combate, essas são realizadas durante a ocorrência do
fogo. Com isso, tem-se equipamentos e sistemas operados e acionados
de modo automático ou manual com o intuito de extinguir ou combater
o foco ou ainda o controlá-lo até que seja extinguido. Existe ainda o
processo de ajuda aos ocupantes, isto é, desenvolvem-se medidas para
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

auxiliar os usuários a deixar o local de modo rápido e seguro, Entre as


medidas ativas, destacam-se:
a) Os sistemas de dióxido de carbono ou gases limpos.
b) Os sistemas de espuma mecânica.
c) Os sistemas com chuveiros automáticos.
d) Os sistemas de mangotinhos ou hidrantes.
e) Os sistemas de extintores de incêndio.
f) Os sistemas com iluminação de emergência.
g) Os sistemas com sinalização de emergência.
h) Os sistemas de alarme e detecção de incêndio.

Vale reforçar que o PPCI, após ser elaborado, precisa ser entre-
gue ao Corpo de Bombeiro Militar a fim de que esse órgão o analise e o
aprove. A constituição desse documento engloba as plantas detalhadas
dos sistemas supracitados (com o uso de simbologia padronizada), as
Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs), laudos e memoriais.
Vale frisar que a segurança contra o incêndio não é importante
apenas no quesito mais vital que é a proteção do ser humano, criar um
PPCI que atende as legislações, seguro e correto também apresenta
vantagens econômicas para os entes privados e públicos.
62
No setor público, esses eventos resultam na aquisição de
equipamento, gastos com o pessoal do Corpo de Bombeiros e outros
recursos como perda da população economicamente ativa, o uso de
hospitais, o pagamento de benefícios sociais, entre outras coisas. A ní-
vel privado os incêndios podem resultar na destruição parcial ou total
da estrutura, além de publicidade negativa, gastos com indenizações,
demolição e limpeza do local, perda de estoque, lucros cessantes, entre
outras coisas.
Nessas situações os valores dispendidos com o evento trans-
cendem os custos ao se adotar medidas protetivas nas fases de instala-
ção, elaboração e fiscalização do PPCI do empreendimento. Até pouco
tempo tinha-se uma visão equivocada de que gastar com medidas pro-
tetivas não era importante, no entanto, tal situação tem mudado.
Com isso, os donos das edificações passaram a compreender
que seus empreendimentos podem ser destruídos por completo se hou-
ver um incêndio e caso não sejam adotadas medidas preventivas em
sua concepção. Além disso, esses dispositivos representam entre 3 e
5% de todo o valor da obra, o que é relativamente baixo quando com-
parado com a perda do imóvel. Destaca-se ainda que a aprovação de
projetos de segurança contra o incêndio, bem como a obtenção do certi-
ficado de vistoria e a instalação dos equipamentos preventivos também
diminui o valor do seguro, além de potencializar a segurança.

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


Vale apontar que a dinâmica dos municípios nacionais se mo-
dificou consideravelmente com a modernização e a evolução da huma-
nidade, sendo isso da busca incessante para que se tenha maior com-
petitividade para tentar enfrentar os concorrentes mundiais de modo
igualitário. Com isso, elevou-se também a complexidade nos processos
de fabricação e na prestação de serviços que impactam diretamente os
ricos de incêndio nesses espaços. Para suprir a demanda da socieda-
de, tem-se armazenado grandes volumes de itens perigosos e combus-
tíveis, aumentando as chances de um evento adverso ocorrer.
Além disso, a criação de novos produtos de construção mo-
dernos requer que se compreenda seu comportamento em casos de
incêndio, uma vez que os riscos oscilam diretamente com a utilização
dos novos materiais. Assim, com os PPCIs consegue-se entender es-
sas questões a fim de minimizar os riscos à saúde do ser humano e à
propriedade.

63
Desenvolver um Projeto de Prevenção e Combate a Incêndios
é uma tarefa complexa e requer a observância de vários parâmetros.
Posto isto, compreender como se dá a elaboração desse documento
é importante para a sua formação, por isso, acesse o trabalho “Plano
de Prevenção de Combate a Incêndio (PPCI) elaboração e atualização
dos PPCI da biblioteca e bloco V da UFRR”, disponível em: https://ufrr.
br/engcivil/index.php?option=com_phocadownload&view=category&-
download=234:tcc-douglas-vieira-2019&id=33:tccs-2019&Itemid=336
para compreender os parâmetros a serem observados, bem como os
itens a serem levados em consideração nesse processo.

PRIMEIROS SOCORROS

Os primeiros socorros consistem nos processos de assistên-


cia que se dá a um sujeito após um ferimento ou uma doença tê-lo
acometido, nessas situações, os procedimentos adotados para auxiliar
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

as vítimas podem ocorrer com o uso ou não de alguns equipamentos.


Essa atividade tem como principal objetivo cuidar dos acidentados, im-
pedindo que danos maiores ocorram até que um médico especializado
chegue. Vale frisar que em muitas situações essa tarefa pode fazer dife-
rença entre a vida e a morte de uma pessoa, evidenciando, assim, sua
relevância.
Vale mencionar que tais procedimentos não visam substituir os
paramédicos, os médicos e os enfermeiros, aqui, tem-se um modo de
ajudar as vítimas com o intuito de assegurar a estabilidade em seu esta-
do de saúde até que esses profissionais cheguem. Portanto, o conheci-
mento/noções e primeiros socorros têm grande relevância no processo
de preservação da vida.
É importante capacitar a população para a prestação de
atendimento de emergência, uma vez que isso tende a contribuir para
minimizar a quantidade de casos de óbitos devido à ausência de socorro.
Porém, tem-se vivenciado um grande desafio nos dias de hoje que é
evidenciar para a população e as empresas a relevância de se apontar
o papel que esse elemento tem na manutenção da vida dos indivíduos.
Estimular o aprendizado no processo de primeiros socorros
têm grande relevância para as pessoas, independentemente da idade,
64
profissão, nível de escolaridade, entre outras coisas. Ensinar os proce-
dimentos primordiais nesse campo é essencial e deve ocorrer ao longo
de todo o ciclo de vida das pessoas seja no trabalho, seja na escola.
Introduzir esses conceitos, ainda na infância por exemplo, permite que
se desenvolva o senso de proteção, tornando as crianças mais cons-
cientes, além de lhes permitir identificar os riscos, os perigos e os seus
impactos.
Para evidenciar isso, pode-se mencionar o estudo desenvolvido
por Ammirati et al. (2014) que buscou compreender o nível de conheci-
mento adquirido pelas crianças com idade inferior a 6 anos. Os autores
compararam esse quesito em crianças que passaram e que não passa-
ram por treinamentos de primeiros socorros, nesse caso, os participan-
tes utilizaram o telefone para ligar para o serviço de emergência, bem
como analisar e descrever três imagens. Grande parte dos educandos
que eram treinados responderam corretamente os critérios da pesquisa,
além de reagirem de forma correta no que tange à avaliação da situação
para chamar o serviço de emergência. Com isso, mostra-se que é pos-
sível treinar um indivíduo desde novo para obter e assimilar adequada-
mente os conhecimentos essenciais para os primeiros socorros.
Como citado anteriormente, as crianças contribuirão para auxi-
liar a minimizar ou impedir a ocorrência de eventos mais graves aos su-
jeitos quando se preparam desde cedo para esses eventos. Posto isto,

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


é preciso mencionar os primeiros socorros nas empresas, esse instru-
mento está contido na Norma Regulamentadora 7 – Programa de Con-
trole Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) no item 3.12 que aponta:

3.12 O empregador deve garantir a disponibilidade, no local de trabalho, de


recursos médicos, incluindo oxigênio medicinal de superfície, e de pessoal
necessário para os primeiros socorros, em casos de acidentes descompres-
sivos ou outros eventos que comprometam a saúde dos trabalhadores na
frente de trabalho, sendo que o planejamento desses recursos cabe ao mé-
dico qualificado (BRASIL, 2020, p. 30).

Diante disso, ao se tratar dos primeiros socorros, é necessário


que se entenda que o acidente já ocorreu, ou seja, já acabou, desse
modo, o socorrista está diante de uma vítima que precisa de atendimen-
to e que está com o corpo lesado. O atendimento deve ocorrer de forma
adequada e relativamente rápida, requerendo uma avaliação prévia da
vítima a fim de atenuar os danos originários do evento indesejável.
As vítimas não podem ser pegas de qualquer forma e coloca-
das no carro para serem levadas ao hospital de modo rápido, pois, an-
tes de tudo, é preciso avaliá-las a fim de identificar a existência de lesão
na coluna ou na bacia. A recomendação é não movimentar o indivíduo,
65
após isso, é preciso chamar um colaborador capacitado para que este
preste o primeiro atendimento. Destaca-se que o socorrista não atua
somente no atendimento, esse sujeito pode chamar o resgate, chamar
os profissionais que atuam na área da saúde da empresa, entre outras
atividades que sirvam como suporte.
Realizar essas atividades tendem a gerar impactos mais re-
duzidos do que carregar uma vítima, pois, em muitos casos, as lesões
que acometem a coluna são irreversíveis. Além disso, as fraturas que se
encontram fechadas podem ficar expostas ao longo do transporte, uma
vez que a falta de imobilização gerou tal problema, os eventos mencio-
nados anteriormente são fruto direto da falta de conhecimento.
Qualquer profissional que atua na empresa pode ser socor-
rista, uma vez que existem poucas organizações que contam com um
serviço de enfermeiros e médicos exclusivo. Pode ocorrer ainda de o
serviço médico da empresa funcionar apenas durante o dia e o acidente
ocorrer à noite. Por isso, é imprescindível que os socorristas tenham a
capacidade de atuar sozinhos, prestando a assistência inicial até a che-
gada dos profissionais especializados.
Os socorristas precisam ter criatividade, bom senso e calma
durante a prestação dos primeiros socorros, a fim de permitir que a
intervenção da equipe de resgate e de saúde ocorra da melhor forma
posteriormente. Portanto, os primeiros socorristas são responsáveis por
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

se aproximar das vítimas e desenvolver alguma ação a fim de acalmar,


tranquilizar, entre outras coisas para evitar o pânico desse indivíduo.
Posto isto, os socorristas carregam consigo uma grande carga
de conhecimento que podem trazer contribuições significativas para sua
residência e para a comunidade na qual estão inseridos. A razão disso
é que os acidentes tendem a ocorrer nas residências ou em domicílios
próximos da casa do socorrista, permitindo-o ajudar terceiros nessas
situações. Outro pronto que merece atenção é que grande parte das
comunidades não conta com esses agentes, evidenciando ainda mais
a relevância de se capacitar esses sujeitos para atuarem tanto nas em-
presas como fora do ambiente laboral.
Os acidentes são eventos inesperados ou não programados
que geram prejuízos humanos e/ou materiais. Isso implica que sua
ocorrência pode se dar em qualquer ambiente, seja no lazer, no trânsito,
no trabalho ou em casa. Destaca-se que o trajeto entre a residência e
o local de trabalho são um dos principais causadores de acidentes com
vítimas fatais, por isso, ter noções de primeiros socorros é algo útil em
todas as situações cotidianas.
É preciso que se amplie o ensino de Primeiros Socorros
para todos os profissionais que atuam na companhia, não apenas os
66
socorristas. Esse ensino deve integrar a rotina das empresas, sendo
uma responsabilidade do setor de saúde e segurança da organização
colocar tal medida em prática, tanto nas Semanas Internas de
Prevenção de Acidentes (SIPAT) como em outros momentos da rotina
dos colaboradores.
É importante apontar que, em casos com menor gravidade, o
atendimento do primeiro socorrista, normalmente, é definitivo. Porém,
isso ocorre somente se o ferimento puder ser tratado de forma satisfató-
ria no ambiente e permitir que o colaborador retorne às suas atividades
normais. Mesmo assim, é ideal que sempre se procure um médico a
fim de avaliar a presença de possíveis lesões internas e que não foram
detectadas em um primeiro momento.
Os acidentes de trabalho, em sua grande maioria, são de pe-
quena magnitude, ou seja, raramente englobam incapacidade perma-
nente, invalidez ou morte. Isso pode ser evidenciado na figura 8, a Pirâ-
mide de Bird, que aponta que a ocorrência de uma lesão grave ou morte
é antecedida por 10 lesões, 30 incidentes ou acidentes sem lesões,
porém com danos materiais e 600 incidentes ou quase acidentes.

Figura 8 – Pirâmide de Bird

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

Fonte: Close Care. Acesso em 2021.

Isso significa que os socorristas irão atuar somente pequenas


queimaduras, traumas oculares, contusões, torções, luxações, escoria-
ções e cortes. Portanto, treinar esses agentes é essencial para que se
67
consiga atuar de modo seguro e confiável em um incidente. Além disso,
os socorristas, ao chegarem no ambiente, precisam buscar informações
sobre o evento, dialogar com os médicos acerca do acidente, entre ou-
tras coisas que irão melhorar o primeiro atendimento.
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

68
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2014 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Vacaria - RS
Prova: Engenheiro Civil
A NBR 9077 (Saídas de emergência em edifícios) constitui um ver-
dadeiro roteiro de projeto arquitetônico ao definir vários elementos
de proteção contra incêndio de uma edificação. Verifique as se-
guintes assertivas relacionadas aos tópicos da norma citada.
I. As antecâmaras de escadas pressurizadas devem obrigatoria-
mente ter ventilação forçada. II. Quando fazendo parte de uma saí-
da de emergência, uma escada ascendente, se comparada a uma
escada descendente de mesma geometria (largura, altura de de-
grau etc.), resulta em escada cuja Unidade de Passagem tem me-
nor capacidade. III. Para atender à classificação de prédio como
tipo “Z” (edificações em que a propagação do fogo é difícil) é obri-
gatório que o prédio não seja de estrutura metálica.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


e) Apenas II e III.

QUESTÃO 2
Ano: 2017 Banca: FADESP Órgão: COSANPA Prova: Engenheiro
Civil
A ABNT NBR 13434-3 (2005), Sinalização de segurança contra in-
cêndio e pânico - Parte 3: Requisitos e métodos de ensaio, apre-
senta: “Fluxo luminoso por unidade de área da superfície ilumi-
nada. Expressa em lux (lx), que é a iluminação produzida em uma
superfície de 1 m2 por um fluxo luminoso de 1 lúmen”. Esse con-
ceito define:
a) Luminância.
b) Iluminância.
c) Luz.
d) Brilho.

QUESTÃO 3
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Fede-
ral Prova: Engenheiro Civil
Para o projeto da sinalização de segurança contra incêndio e pâ-
69
nico utilizada em edificações, a sinalização de alerta deve ser ins-
talada em local visível e a uma altura mínima de 1,80 m, medida do
piso acabado à base da sinalização, próxima ao risco isolado ou
distribuída ao longo da área de risco generalizado. Neste último
caso, cada sinalização deve estar distanciada uma da outra de, no
máximo:
a) 20 m.
b) 35 m.
c) 30 m.
d) 25 m.
e) 15 m.

QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Prova: VUNESP - 2018 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Enge-
nheiro Civil
No projeto de prevenção de combate a incêndio, devem ser pre-
vistas as sinalizações de segurança contra incêndio e pânico em
edificações, próximas ao risco isolado ou distribuídas ao longo da
área de risco generalizado. A sinalização de alerta deve ser instala-
da em local visível e, em relação à medida do piso acabado à base
da sinalização, deve situar-se a uma altura mínima de:
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

a) 1,60 m.
b) 1,70 m.
c) 1,80 m.
d) 2,00 m.
e) 2,20 m.

QUESTÃO 5
Ano: 2014 Banca: FUNRIO Órgão: IF-BA Prova: Engenheiro Civil
No projeto de segurança contra incêndio e pânico, devem constar
notas sobre as bombas de incêndio, tais como:
I. quando forem para sistemas de hidrantes e mangotinhos, podem
ter dispositivos para acionamento manual ou automático;
II. a alimentação elétrica dessas bombas deve ser independente
do consumo geral, de forma a permitir o desligamento geral da
energia sem prejuízo do funcionamento do motor da bomba de in-
cêndio;
III. quando as bombas de incêndio forem automatizadas, deve ser
previsto pelo menos um ponto de acompanhamento e desligamen-
to manual para elas, instalado em local seguro da edificação e que
permita fácil acesso.
70
Quantas dessas anotações estão corretas?
a) Apenas a primeira e a terceira.
b) Todas estão corretas.
c) Apenas as duas primeiras.
d) Apenas a segunda.
e) Apenas as duas últimas.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

Discorra sobre a importância da aplicação da Engenharia de Segurança


como forma de redução do pânico em incêndios.

TREINO INÉDITO

Assunto: A aplicação da engenharia de segurança x pânico no incêndio


Assinale a alternativa correta.
a) As funções da iluminação de emergência são: de estética, ou seja, de
atender as necessidades das pessoas; de aclaramento, ou seja, propor-
cionar nível de iluminamento que permita o deslocamento seguro das
pessoas; prevenção de pânico.
b) As funções da iluminação de emergência são: de balizamento, ou
seja, de orientar direção e sentido das pessoas; de aclaramento, ou

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


seja, proporcionar nível de iluminamento que permita o deslocamento
seguro das pessoas; prevenção de pânico.
c) As funções da iluminação de emergência são: de prevenção, ou seja,
de prevenir o fluxo de pessoas; de aclaramento, ou seja, proporcionar
nível de iluminamento que permita o deslocamento seguro das pessoas;
prevenção de pânico.
d) As funções da iluminação de emergência são: de padronização, ou
seja, de padronizar as saídas de emergência; de aclaramento, ou seja,
proporcionar nível de iluminamento que permita o deslocamento seguro
das pessoas; prevenção de pânico.
e) As funções da iluminação de emergência são: de balizamento, ou
seja, de orientar direção e sentido das pessoas; de prevenção, ou seja,
de prevenir o fluxo de pessoas.

NA MÍDIA

O que se sabe sobre o incêndio no CT do Flamengo


Jogadores da base do Flamengo que sobreviveram relataram que, mi-
nutos antes de o fogo começar, houve uma explosão em um aparelho
de ar-condicionado. Também segundo esses relatos, o fogo se alastrou
71
muito rapidamente. “O ar-condicionado pegou fogo, daí foi gerando um
curto-circuito em todos os ares-condicionados, pegando tudo. Foi muito
rápido, muito rápido. Não deu para conseguir chamar quase ninguém”,
relatou Samuel Barbosa, piauiense de 16 anos que joga como zagueiro.
Ele gravou um vídeo para tranquilizar os familiares.
A perícia inicial feita pela Polícia Civil corrobora a tese. Um sobrevivente
da tragédia afirmou ao programa Fantástico, da TV Globo, que havia
uma “gambiarra” no equipamento alocado no alojamento.
O Flamengo e a NHJ do Brasil, empresa responsável pelas estruturas,
admitem a presença de poliuretano, considerado inflamável, mas de-
claram que havia tecnologia antichamas nos alojamentos. O Corpo de
Bombeiros foi acionado às 5h17min e o fogo foi controlado ainda no
início da manhã.
Nesta segunda-feira 11, haverá uma reunião de trabalho para discutir as
causas da tragédia e as atitudes que serão tomadas a partir de agora.
Estarão presentes; a Prefeitura, o Ministério Público do Rio de Janeiro
(MPRJ), o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Polícia Civil, a Defe-
sa Civil e o Corpo de Bombeiros.

Leia na íntegra: https://veja.abril.com.br/brasil/o-que-se-sabe-sobre-o-


-incendio-no-ct-do-flamengo/
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

NA PRÁTICA

Incêndio no CT do Flamengo: ‘Não existe fogo acidental, todos são


resultado de falhas’, dizem especialistas.
O Brasil não tem uma cultura de prevenção e proteção contra incên-
dios e, por isso, tragédias que destroem edifícios históricos ou deixam
dezenas de mortos tendem a se repetir no país. Essa é a avaliação
de engenheiros civis e especialistas em segurança ouvidos pela BBC
News Brasil.
Nesta sexta-feira (8), dez pessoas morreram em um incêndio no centro
de treinamento do Clube de Regatas Flamengo, no Rio de Janeiro. En-
tre os mortos, estavam jogadores adolescentes que atuavam nas divi-
sões de base da agremiação. O clube não tinha laudo de aprovação do
Corpo de Bombeiros para construir o alojamento naquela área - afirma
que estava regularizando a situação.
“Não temos uma cultura de prevenção de incêndios. O brasileiro é muito
reativo, não proativo. Ou seja, ele não previne, ele reage. Espera ter
uma tragédia como essa no Rio de Janeiro para começar a pensar no
que precisa ser feito. Por que não foi feito antes?”, afirma o engenheiro
civil Telmo Brentano, especialista em prevenção de incêndios e profes-
72
sor aposentado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O número de mortes provocadas por incêndios no Brasil foi, em média,
de 991 pessoas por ano, entre 2007 e 2016 (último ano com dados
oficiais). O recorde foi em 2013, com 1.261 vítimas. Naquele ano, 242
pessoas morreram no incêndio na Boate Kiss, no Rio Grande do Sul.
“Temos uma quantidade altíssima de incêndios por vários motivos, mas
que começa com a falta de consciência da população, das autoridades,
das empresas, do governo, das pessoas em geral”, afirma o engenhei-
ro José Carlos Tomina, superintendente do Comitê Brasileiro de Segu-
rança Contra Incêndio da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT).

Leia mais em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47177039

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

73
A finalidade da disciplina é abordar de forma geral e especifica
os principais sistemas de prevenção de incêndio de acordo com a legis-
lação em vigor, considerando ser atingível elaborar o Plano de Preven-
ção e Proteção Contra Incêndio, atendendo as diretrizes.
Podem-se inferir os seguintes aspectos que norteiam as ações
de prevenção e utilização dos equipamentos de combate a incêndio:
existe uma lacuna na formação profissional dos indivíduos no que tange
ao conhecimento técnico relativo aos hidrantes urbanos
Os profissionais da área de Engenharia da Segurança preci-
sam constantemente atualizar-se e participar de treinamentos em decor-
rência dos novos procedimentos operacionais de manobra da água; as
inspeções e manutenções, por exemplo, falta de pressão nos hidrantes
implica na demora nos abastecimento das viaturas e no deslocamento
excessivo para outros pontos de tomada da água; os comandantes de
seções têm conhecimento da queda de pressão nos hidrantes, durante
o atendimento às ocorrências de incêndio.
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

74
GABARITOS

CAPÍTULO 01

QUESTÕES DE CONCURSOS

01 02 03 04 05
D A A A D

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

A prevenção e extinção de um incêndio envolvem a eliminação de um


dos três fatores apresentados no triângulo do fogo: combustível, com-
burente e calor. Para que uma reação de combustão e um incêndio
ocorram, são necessários três fatores: combustível, comburente e rea-
ção em cadeia. Para combater cada tipo de incêndio, existe um tipo de
extintor apropriado.
Conhecendo os causadores do incêndio, é interessante conhecer quais
são as melhores substâncias químicas para apagá-lo, já que os proce-

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


dimentos básicos para extinção de incêndios envolvem evitar a entrada
de oxigênio, emulsionar, impedir a reação em cadeia, retirar o combus-
tível, por exemplo. Segue abaixo as melhores substâncias para apagar
cada tipo ou classes de incêndios:
• Tipo A: água e espuma;
• Tipo B: gás carbônico, pó químico e espuma;
• Tipo C: gás carbônico e pó químico;
• Tipo D: pó químico;
• Tipo K: agente úmido.
O combustível é qualquer material que possa ser oxidado. Eles podem
ser sólidos (papéis, madeira, algodão), líquidos (álcool, gasolina, éter,
óleo combustível) ou gasosos (gás hidrogênio, acetileno, GLP (Gás Li-
quefeito de Petróleo)).
Os tipos de incêndios são:
• Tipo A: aquele que tem como combustível um sólido que possui fibras
(papel, tecido) e sempre gera cinzas.
• Tipo B: aquele que tem como combustível um líquido (gasolina), um
gás (GLP) ou um sólido que sofre liquefação (parafina).
• Tipo C: aquele que tem como combustível um equipamento elétrico
energizado (gerador).
75
• Tipo D: aquele que tem como combustível um metal combustível (só-
dio, magnésio).
• Tipo K: aquele que tem como combustível óleo ou gordura (cozinha).
Disponível em: https://alunosonline.uol.com.br/quimica/incendios-extin-
tores.html

TREINO INÉDITO
Gabarito: E
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

76
CAPÍTULO 02

QUESTÕES DE CONCURSOS

01 02 03 04 05
E B C C D

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

A segurança é um estado de confiança, individual e coletivo, basea-


do no conhecimento e no emprego de normas e de procedimentos de
proteção e na convicção de que os riscos foram reduzidos a limites
aceitáveis. A sensação de segurança varia entre os indivíduos, pois ela
está ligada diretamente à percepção de risco, que é a impressão ou
juízo intuitivo sobre a natureza ou grandeza de um risco determinado.
A percepção de risco depende do nível de conhecimento do bombei-
ro, adquirido por meio de treinamentos e experiências reais. Quanto
maior a qualificação, somada à experiência em ocorrências, maior será
a percepção de risco do bombeiro. Para evitar essa variação, procedi-
mentos devem ser padronizados para levar o risco até um nível acei-

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


tável e a cena seja considerada segura. Para tanto, entende-se como
risco aceitável o risco determinado como tolerável e razoável, após se-
rem consideradas todas as consequências associadas a outros níveis
alternativos. Para adentrar em ambiente incendiado, o bombeiro deverá
analisar, por exemplo, o risco de desabamento, de explosões, de intoxi-
cação etc. Observados os riscos, devem ser providenciadas ações para
minimizá-los, por meio da adoção de técnicas e procedimentos opera-
cionais como escoramento, ventilação e utilização de equipamentos de
proteção. Portanto, o bombeiro para atuar deve estar certo de que o
nível de risco apresentado pode ser enfrentado desde que seja supor-
tável, sem dano, relacionado a altos ganhos (salvamento de vítima), em
razão da estrutura de proteção compatível em equipamentos e treina-
mento do pessoal envolvido na ocorrência. As operações de bombeiro
são, geralmente, realizadas em ambientes cujas características físicas
contribuem para a ocorrência de acidentes (condições inseguras), so-
mado ao fato de bombeiros exporem-se a riscos desnecessários, inva-
riavelmente, por negligência, imprudência ou imperícia (atos inseguros),
causando prejuízos a sua segurança e a sua saúde e da sua equipe. A
segurança é uma determinação operacional, parte obrigatória do pla-
nejamento e, durante a atuação na emergência, é responsabilidade de
77
todos os integrantes da equipe.

Disponível em: https://cb.es.gov.br/Media/CBMES/PDF’s/CEIB/SCE/


Material%20Didatico/CFBP-GERENCIAMENTO%20DE%20EMER-
GENCIAS%20-%202016.pdf

TREINO INÉDITO
Gabarito: A
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

78
CAPÍTULO 03

QUESTÕES DE CONCURSOS

01 02 03 04 05
E B E C B

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Os meios de escape devem ser constituídos por rotas seguras que pro-
porcionem às pessoas escapar em caso de incêndio, de qualquer ponto
da edificação a um lugar seguro, fora da edificação, sem assistência
exterior.
As rotas de fuga projetadas impropriamente, falhas nos sistemas de co-
municação e alarme, propagação de fumaça nos ambientes, bem como
a movimentação de fumaça e gases quentes, penetração de fogo e fu-
maça têm provocado perdas de vidas. Entre as soluções contra esses
fatores, estão o sistema de iluminação de emergência eficiente e efetivo,
sistemas de extinção e de supressão do fogo, a limitação na distância
de percurso, controle dos materiais de acabamento, portas corta-fogo

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


e resistentes à penetração de fumaça, ventilação natural para auxiliar
na extração de gases e rotas de fuga desobstruídas, protegidas e bem
sinalizadas, localização e capacidade adequadas para promover pronta
evacuação dos ambientes pelos ocupantes.
As edificações devem ser projetadas e construídas de modo a garantir
a proteção das vidas humanas contra os efeitos fatais oriundos do fogo.
Entre esses riscos encontramos as queimaduras (fatais ou não), asfi-
xia, envenenamento, contusões, irritações, cortes etc. Os efeitos secun-
dários do fogo ocorrem por falta de oxigênio, fumaça, gases nocivos,
agressivos ou tóxicos, pânico, colapsos materiais ou estruturais etc.

Disponível em: http://www.ccb.policiamilitar.sp.gov.br/portalcb/_publica-


coes/books/aseguranca_contra_incendio_no_brasil.pdf

TREINO INÉDITO
Gabarito: B

79
ALBUQUERQUE, Ademir Gonçalves. Nova Instrução Técnica de Hi-
drantes do Corpo de Bombeiros. São Paulo, 16 de outubro de 2008.

AMMIRATI, C. et al. Are schoolteachers able to teach first aid to children


younger than 6 years? A comparative study. BMJ open, v. 4, n. 9, 2014.

ARMANI, Cássio Roberto; SOUZA, José Carlos Lacerda. Livro SCIER:


Segurança Contra Incêndio em Edificações – Recomendações. Es-
pírito Santo: Firek Segurança Contra Incêndio, 2018. 200 p.

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Normas Técnicas


relacionadas à proteção contra incêndios.

BRASIL. Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978 Aprova as normas


regulamentadoras que consolidam as leis do trabalho, relativas à segu-
rança e medicina do trabalho. NR - 23. Proteção contra Incêndios. In:
SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. 29. ed. São Paulo: Atlas,
1995. 489 p. (Manuais de legislação, 16).

______. Portaria n.º 24/GM, de 29 de dezembro de 1994. NR 7, Nor-


ma Regulamentadora 7 (1994) Programa de controle médico de saúde
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

ocupacional. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 13


mar. 2020.

______. LEI Nº 13.425, DE 30 DE MARÇO DE 2017. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13425.
htm>. Acesso em 23 fev. de 2021.

BIZERRA, R. C.; SEGANTINE, P. C. ANÁLISE DA PRESENÇA DE HI-


DRANTES PARA ATENDER O COMBATE A INCÊNDIOS, EM CIDADES
DO ESTADO DE SÃO PAULO. Florianópolis, Santa Catarina, 2016.

Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico – CSCIP. Paraná,


2011.

CLOSE CARE. Pirâmide Bird e sua importância para a Saúde Ocu-


pacional. 2021. Disponível em: https://blog.closecare.com.br/a-impor-
tancia-da-piramide-bird-para-a-saude-ocupacional/. Acesso em: 28 jan.
2021.

80
CONFEA. RESOLUÇÃO Nº 359, DE 31 JUL 1991. Disponível em: <http://
normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=407&idTi-
poEmenta=5&Numero=359>. Acesso em 23 fev. de 2021.

Camisassa, M. Q. Segurança e saúde no trabalho: NRs 1 a 36 comen-


tadas e descomplicadas. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método:
2015.

Da SILVA, Romildo Gonçalves. Manual de Prevenção e Combate aos


Incêndios Florestais. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Re-
cursos Naturais Renováveis. Brasília, 1998.

De CASTRO, Carlos Ferreira et al. Combate a Incêndios Urbanos e


Industriais. Escola Nacional de Bombeiros (Portugal). Sintra, 2005.

FLORES, B. C.; ORNELAS, E. A.; DIAS, L. E. Fundamentos de Com-


bate a Incêndio – Manual de Bombeiros. Corpo de Bombeiros Militar do
Estado de Goiás. Goiânia-GO, 1ªed: 2016, 150p.

FUNDACENTRO. Manual de Proteção e Combate a Incêndios. Dis-


ponível em: Acesso em: ago. 201.

SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS


GOIÁS, (Estado). Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás. Nor-
ma Operacional n. 3/2010 – Da Prevenção e Combate a Incêndios
Florestal. CBM/GO. Goiânia, 2010.

_______ . NORMA TÉCNICA 02/2014 - CONCEITOS BÁSICOS DE SE-


GURANÇA CONTRA INCÊNDIO. Corpo de Bombeiros Militar do Estado
de Goiás. 2014.

_______ . Manual Operacional de Bombeiros: Prevenção e Combate a


Incêndios Florestais/ Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás. –
Goiânia: - 2017. 260p.

GOMES, T. Projeto de Prevenção e Combate à Incêndio. Trabalho de


Conclusão de Curso (Graduação). Santa Maria, Rio Grande do Sul,
2014.

José Manuel  Mendes  e Alexandre Oliveira  Tavares, «  Risco, vulne-


rabilidade social e cidadania », Revista Crítica de Ciências Sociais,
93 | 2011, 05-08.

81
MARTINS, D. V. Plano de Prevenção de Combate à Incêndio (PPCI)
elaboração e atualização dos PPCI da biblioteca e bloco V da UFRR.
2019. 107 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Enge-
nharia Civil) – Universidade Federal de Roraima, Boa Vista, 2019.

MATO GROSSO (Estado). Lei 8.399, de 22 de dezembro de 2005. Lei


de Segurança Contra Incêndio e Pânico de Mato Grosso. Disponível
em: <http://www.bombeiros.mt.gov.br/arquivos/File/LEIS_DECRETOS/
Lei%208399%20-%202005%20-%20LSCIP.pdf>. Acesso em 23 fev. de
2021.

MIGUEL, R. V.; CAUDURO, F. Análise da Ocorrência de Incêndios entre


2015 e 2017 na Cidade de Criciúma - SC. 2018.

PARANÁ. Manual de Prevenção e Combate a princípio de Incêndio.


2012. Brigada Escolar. Defesa Civil na Escola. Disponível em: http://
www.defesacivil.pr.gov.br/arquivos/File/Brigada_Escolar/Apostila_Com-
bate_a_ Principio_de_Incendio_2.pdf. Acesso em: 29 de jul. de 2017.

SANTOS, L. S., Geoprocessamento Aplicado à gestão e Análise das


Ocorrências de Incêndios Urbanos no Cento Histórico de Belém-PA -
2009 a 2011. Especialização (pós-graduação). Faculdade Internacional
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

de Curitiba. 2014.

SEITO, A. et al.. A Segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Pro-


jeto Editora, 2008. p. 496.

SIMIANO, Lucas Frates e BAUMEL, Luiz Fernando Silva. Manual de


prevenção e combate a princípios de incêndio. Coordenadoria Es-
tadual De Defesa Civil do Paraná. Curitiba, 2013.

Vivian, Nelson Ernani Santos. PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊN-


DIO. 2016.

82
83
SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS - GRUPO PROMINAS

Você também pode gostar