capa_eq07.

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a revista para você que constrói DE OBRA

Os procedimentos Veja como
para fazer a interpretar
textura graffiato um mapa de
topografia
Como medir a
área para executar Dicas exclusivas
um aterro sobre execução
de telhado
A postura certa cerâmico
para carregar
materiais na obra

Qualidade

Concretagem
07

9 771806 957003
ISSN 1806-9576

de laje
Recebimento, adensamento e cura de laje
Edição no 7 Ano II
com concreto dosado em central Set/Out 2006 R$ 9,50
www.equipedeobra.com.br
www.piniweb.com
editorial_Eq07.qxd 9/5/2006 3:46 PM Page 1

Sumário

o
Equipe de Obra n 7
6 Equipe Responde EDITORIAL

8 Curtas Fazer melhor

10 Agenda Nesta edição, preparamos para
você várias reportagens úteis à
11 Certo e Errado sua formação profissional. Uma
delas mostra a execução passo a
14 Papo de Obra: Antônio passo de um telhado cerâmico.
Buscamos ainda ajudar você a ficar
Mistrello por dentro das texturas em
paredes e fachadas, que estão
16 Qualidade: concretagem sendo cada vez mais requisitadas
de laje nas obras.
A seção Qualidade mostra o uso
18 Saúde: postura correta de concreto dosado em central
na execução de uma laje.
para trabalhar Leia também o artigo sobre as
armaduras, responsáveis por
22 Passo a Passo: telhado aumentar as propriedades de
cerâmico resistência do concreto. Confira
em Economia como melhorar
26 Plantas: topografia a produtividade na hora de montar
as armaduras, de acordo com
28 Medição: aterro o diâmetro do aço. Quanto maior
o diâmetro, menos tempo é gasto
30 Passo a Passo: textura para executar o trabalho de corte
e dobra.
graffiato Veja ainda como medir a área para
fazer um aterro e como interpretar
36 Perfil: armador um mapa de topografia, além das
lições de vida do mestre-de-obras
37 Economia Antônio Mistrello e o perfil do
armador Leonaldo dos Santos,
38 Pessoal que fala sobre quais as
responsabilidades de sua função.
40 Quadrinhos Boa leitura e bom trabalho!

Heloisa Medeiros
Editora
Errata - O nome da empresa do engenheiro projetista de fundações, Daniel Rozenbaum, é Solo.Net
- Engenharia de Solos e Fundações e não Fundacta como foi publicado na edição no 6 da revista
Equipe de Obra, na matéria sobre estacas de concreto. 1 EQUIPE DE OBRA
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Vendas de manuais técnicos, TCPO Fundadores: Roberto L. Pini (1927-1966), Fausto Pini (1894-1967) e Sérgio Pini (1928-2003)
e atendimento ao assinante
Segunda a sexta das 9h às 17h Diretor Geral
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4001-6400
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Equipe Responde

Tire suas dúvidas

Envie sua pergunta para rua Anhaia, 964, Bom Retiro, CEP 01130-900, São Paulo-SP ou para equipedeobra@pini.com.br

ASSENTAMENTO DE TIJOLOS DE VIDRO

Como executar juntas em alvenaria de blocos de vidro?

Nildo Boaventura, São Paulo

Em primeiro lugar é preciso escolher uma

argamassa fabricada para esse fim e utilizar
espaçadores como gabarito para garantir a
uniformidade das juntas de assentamento.
» Deixar uma junta mínima entre as peças de 10
mm, ou seguir a recomendação do fabricante.
» Armar as linhas de assentamento com barras
de aço galvanizado, de 5 mm de diâmetro, ou
O3/16", e envolvê-las com a argamassa, para
que não entrem em contato com os blocos.
» Em painéis com áreas superiores a 15 m2,
ou comprimentos superiores a 7 m, final, passando um frisador ou uma esponja
é recomendável o uso de juntas de limpa e úmida.
movimentação, empregando perfis » Se for usar rejunte colorido, frisar mais
metálicos em "U", aparafusados na estrutura profundamente as juntas (cerca de 5 mm) e
de base, conforme determinado pelo após 72 horas preenchê-las com o produto
projetista responsável ou pelo fabricante para fachadas. Depois, fazer a limpeza final
dos blocos. com um pano macio, limpo e úmido.
» Remover o excesso de argamassa nas juntas. William Aloise, diretor de marketing
» Após 20 a 40 minutos executar o acabamento da Quartzolit Weber

E S C A D A S P R É - FA B R I C A D A S D E C O N C R E T O

Como instalar escadas pré-fabricadas?

Januário Bonfim, Embu-Guaçu

Existem dois tipos de escadas pré-fabricadas. Uma
delas em grandes lances, quando o patamar e os
degraus são uma peça única. E outra em peças
separadas, que podem ser montadas na obra.
Mas, em ambos os casos, é importantíssima a
questão do nivelamento e alinhamento dos apoios.
As escadas em peças únicas, geralmente, são
erguidas com guindastes ou gruas. É preciso
verificar a capacidade de carga dos cabos de aço
e das alças de levantamento.
Já a escada de pequenas peças tem instalação
prática. As peças são ligadas à alvenaria de
apoio, ou umas às outras, por meio de parafusos
ou argamassa.
Enfim, os cuidados variam, mas para todos os
tipos de escada é fundamental a existência de
um projeto, onde devem constar as formas de
fixação, tempo de liberação da escada para uso
após a montagem (no caso de apoios e ligações
com argamassa) e todas as cotas de apoio.
Laércio Souza Gil, gerente geral de Operações,
da Munte Construções Industrializadas
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Curtas

Produtos e dicas

Serra circular mais leve

Para facilitar o trabalho dos profissionais da
construção, tais como marceneiros, carpinteiros e
telhadistas, a Bosch acaba de lançar a Serra Circular
GKS 7 ¼, que realiza cortes retos e angulares em
madeira com maior precisão e rapidez. A ferramenta
tem peso reduzido (4,3 kg), e formato anatômico.
A GKS 7 ¼ proporciona aos usuários uma visão da
base, onde há uma marcação que auxilia e orienta o
alinhamento dos cortes. A saída de pó é direcionada
para o lado, desviando-o do trabalho que está sendo
executado. A serra tem empunhadeira auxiliar, que dá
mais firmeza e segurança durante o trabalho.
O motor, com 1.450 W, possui base que pode ser
inclinada até 45º, com ajuste da profundidade de corte
e trava de segurança.

Fita para mascarar pinturas

A Adelbras, que desenvolveu uma linha específica de
produtos para a construção civil, coloca no mercado a
fita crepe Mask 710, fita adesiva para mascaramento
de pinturas. O produto pode ser aplicado sobre metal,
borracha, vidro e partes plásticas, sem deixar resíduos
de adesivo. Outros usos: fixações, proteção,
enfaixamentos, emendas, reforço.
A embalagem sanfona permite que os rolos sejam
retirados individualmente para o uso, sem que os outros
fiquem expostos ao ambiente, garantindo a durabilidade
do produto e facilitando seu armazenamento.
Fisioterapia com preço em conta
A Clínica Escola de Fisioterapia da Uni Sant'Anna, no
Tucuruvi, em São Paulo (capital), está aberta a novos
pacientes. Ligada à faculdade, oferece atendimento em
fisioterapia, ortopedia, traumatologia, neurologia para
adultos e crianças e hidroterapia. Para agendar a
consulta, o paciente deverá apresentar carta de
encaminhamento médico e exames (como radiografia,
tomografia e outros).Após cadastro, a instituição entrará
em contato com o paciente para iniciar o tratamento. Os
atendimentos serão realizados de segunda a sexta-feira,
das 8h00 às 17h00.A taxa mensal é de R$ 15,00 para
crianças e R$ 25,00 para adultos.
Informações: Clínica Escola de Fisioterapia da Uni
Sant'Anna
Endereço: Rua Comandante Antônio Paiva Sampaio,
106 - (Tucuruvi)
Telefone: (11) 6949-2655, das 9h00 às 17h00
curtas_Eq07.qxd 9/5/2006 3:51 PM Page 9

Trabalhadores da Construção
terão cursos gratuitos
Os trabalhadores da construção civil terão em
novembro cursos de qualificação gratuitos. O
Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores na
Indústria da Construção Civil), em parceria com a
Caixa Econômica Federal e a Associação Projeto
Sud Uil Brasil (entidade sindical italiana), criou
um centro de treinamento e banco de currículos de
20 mil profissionais para quem necessitar
contratar seus serviços. O centro oferecerá cursos
de pedreiro, azulejista, encanador, eletricista e
outros. O centro também concede financiamento
para compra de material de construção.
Informações: Sintracon-SP (Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil
de São Paulo)
Endereço: Rua Conde de Sarzedas, 286 - Centro -
São Paulo - SP
Telefone: (11) 3388-4800 - Fax: (11) 3207-4921
Pequenos reparos com epóxi
O mais recente lançamento da Vedacit/Otto Baumgart é
o Vedapoxi, massa adesiva epóxi para uso profissional e
pequenos reparos. Adere a diversos tipos de materiais
como madeira, metal, pedra, cerâmica, plásticos
(exceto polietileno), louças e vidros. O Vedapoxi é
indicado para vedar, fixar, moldar e reparar os mais
variados objetos, de vasos a canos, caixas d'água,
azulejos, ralos, telhas, móveis, entre outros.
Uma de suas principais características é a secagem
rápida (endurece em apenas 90 minutos) e, depois de
duas horas, permite aplicação de pintura, lixamento,
furos e serragem. O produto garante impermeabilidade
no local em que é utilizado. A aplicação é simples: basta
misturar partes iguais dos componentes de Vedapoxi até
obter uma massa homogênea de cor cinza.

Escolha da cor de tinta

A Suvinil acaba de lançar o Suvinil Color Test, base para teste de
cores do sistema tintométrico, com embalagem de 202,5 ml,
quantidade suficiente para 1 m2 de parede. O Suvinil ColorTest foi
desenvolvido, após pesquisas com diversos públicos, para identificar
as necessidades do mercado. Agora, será possível gastar menos
(entre R$ 5,00 e R$ 10,00) para decidir de maneira mais segura
sobre a cor a ser escolhida.
O teste reduz a dificuldade do usuário na hora de optar pela melhor
cor. Diversos fatores influenciam no resultado final da pintura, tais
como luz, móveis e tamanho do ambiente. Assim,
a decisão da melhor cor só é possível após a aplicação da tinta.
O Suvinil ColorTest está à venda nos principais pontos
de venda do País.

9 EQUIPE DE OBRA
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Agenda

Confira os cursos e dicas profissionais

Cursos gratuitos
A C&C Casa e Construção, rede de
varejo de materiais para construção,
realiza semanalmente uma série de
cursos gratuitos em suas lojas, nas
unidades na Grande São Paulo. Os
cursos são pátina e decapê, assenta-
mento cerâmico, texturização e
pinturas especiais de paredes, entre
outros. Inscreva-se no portal C&C
(www.cec.com.br).
Informações:
C&C - Telefone: (11) 4001-0100
E-mail: cursos@cec.com.br
Técnico em edificações
Habilitação do profissional em
planejamento, supervisão, exe-
cução e manutenção dos processos
construtivos, visando à qualidade e
produtividade, segurança do traba-
lho e preservação ambiental.
Duração: 1.600 horas (quatro
semestres).
Informações:
Escola Senai Orlando Laviero
Ferraiuolo
Telefone: (11) 6191-6176
E-mail:
senaiconstrucaocivil@sp.senai.br
Megasipat 2006
O SindusCon-SP, em parceria com o
Senai, Sesi e Seconci, definiu o
calendário 2006 da Megasipat, a
série de eventos de saúde e
prevenção do trabalho na constru-
ção civil.
Confira o calendário:
Outubro
Dia 17 - Santos (Sesi)
Dia 24 - São Paulo (Sesi - Tatuapé)
Novembro
Dia 7 - Presidente Prudente
(Sesi)
Dia 21 - Campinas (Senai)
Dia 28 - São José do Rio Preto
(Sesi)
Dezembro
Dia 5 - Santo André (Sesi)
Informações:
SindusCon-SP
Telefone: (11) 3334-5600
E-mail: caa@sindusconsp.com.br
Curso de pintura
As inscrições para os cursos de
"Pintura Decorativa" e "Pintor de
Obras", promovidos pela Escola
Senai "Orlando Laviero Ferraiuolo",
em parceria com o Sindicato da
Indústria de Tintas e Vernizes do
Estado de São Paulo (Sitivesp), já
estão abertas. Estão programadas
turmas para início nos meses de
outubro, novembro e dezembro,
com aulas no período da manhã,
tarde, noite e também aos sábados.
Pintura Decorativa - R$ 100,00
(turmas manhã e tarde) e R$ 115,00
(turmas noite e sábados);
Pintor de Obras - R$ 240,00 (tur-
mas manhã e tarde) e R$ 312,00
(turmas tarde e sábados).
Informações:
Sitivesp
Telefone: (11) 3262-4566
Site: www.sitivesp.org.br
Senai
Telefone: (11) 6191-6176
Site:
www.sp.senai.br/construcaocivil

CARTAS

Informações vidos na execução de obras, cemos sua mensagem e não obtive informações e
técnicas além dos estudantes de en- vamos estudar suas su- nem quem aplique esse
genharia, principalmente gestões com cuidado. tipo de piso. Desde já,
Olá pela informação visual e agradeço a atenção.
Meu nome é Guilherme acessível. Porém, gostaria Piso com pó de Atenciosamente,
Daffre, sou engenheiro ci- de sugerir que fossem tam- mármore Egberto Melgaço
vil e professor na Escola bém passadas algumas in- Ferreira
de Engenharia Mauá, es- formações técnicas, tais co- Olá!
tou enviando este e-mail mo características de ma- Têm sido de grande im- Resposta:
para parabenizá-los pelo teriais e/ou fornecedores. portância para mim as in- Caro Egberto. Agradece-
serviço prestado por meio Muito obrigado pela atenção, formações contidas nas mos seu contato. Respon-
do periódico "Equipe de Guilherme Daffre reportagens. Gostaria de deremos à sua dúvida na
Obra". O material é bem informações sobre a con- próxima edição da revis-
apropriado para os profis- Resposta: fecção e aplicação de piso ta, por meio da seção
sionais diretamente envol- Caro Guilherme. Agrade- com pó de mármore. Aqui Equipe Responde.
certo-errado_Eq07.qxd 9/5/2006 4:08 PM Page 38

Certo e Errado

Segurança e saúde

Marcelo Scandaroli
nas obras José Carlos de Arruda Sampaio,
Engenheiro Civil e diretor da JDL

CERTO ERRADO

Observe essa obra: além da correta

proteção com tela para evitar queda Os trabalhadores estão preparando as armaduras para
de material, a construtora aproveitou concretagem. Alguns estão de capacete, mas sem luvas. Outro
para prestigiar seus fornecedores está de luvas, mas sem capacete. Ou seja, nenhum está protegido
colocando seus logotipos na fachada. corretamente.

CERTO ERRADO

O perigo nessa situação é claro!

A plataforma de trabalho é improvisada:
o andaime é precário, não há guarda-
corpo e os trabalhadores estão sem
cinto trava-quedas. Isso não oferece
Organização no canteiro é a regra de ouro para evitar acidentes o mínimo de segurança para trabalho
e transtornos. Além de deixar um visual de dar gosto. Repare em altura.
o capricho com que a construtora arrumou as madeiras na obra.

11 EQUIPE DE OBRA
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Papo de Obra

Aprendizado na raça
Construtor fala do amor pela profissão

PERFIL
Fotos: Marcelo Scandaroli

Nome: Antônio Mistrello

Idade: 65 anos
Onde nasceu? Em Tapejara, no Paraná
Onde mora? Em Tapejara, no Paraná
Função: construtor autônomo
Como aprendeu a profissão? Devagar,
exercendo a função de pedreiro.
Onde trabalha: Em Tapejara, mas sempre é
convidado para trabalhar em outros lugares
como São Paulo (capital), Guarulhos, Cotia, "Eu sempre
Umuarama, Maringá, entre outras cidades. digo, não há
Projeto que considera mais importante?
A residência que construiu em Guarulhos estudo que
(SP) para Rogério Prenholato.
lhe faça
Qual o maior sonho? Alcançou todos os
sonhos, e sempre sonhou dentro das suas mestre-de-
possibilidades.
obras"

Onde o sr. trabalhava
antes de entrar para a
construção?
Na roça. Lavoura de café,
horta, algodão, trigo, hor-
telã, aqui no Paraná.
Por que resolveu
trabalhar na construção?
Necessidade. Era melhor,
pois tinha dinheiro men-
sal. Na lavoura se paga
por ano.
Como foram seus
estudos?
Estudei até a sétima série.
Tinha facilidade, mas lar-
guei porque tinha que tra-
balhar para viver.
O sr. acabou ensinando
tudo para seus filhos?
Eles estudaram, um fez até
faculdade de contabilida-
de, mas abandonou porque
não gostava. E ficaram na
construção. Acho que o
gosto vem de família, de
origem italiana.
O sr. chegou a montar
uma empresa?
Sim, mas está inativa. São
muitos impostos para pa-
gar. Abri a empresa para
pegar serviço da prefeitura.
Como o sr. lida com o
cliente? Já teve dor de
cabeça?
Nunca tive porque eu es-
colho meus clientes. Quan-
do vejo que é duvidoso,
saio fora.
Quais as suas exigências
de trabalho?
Não aceito bebida na cons-
trução. Outra máxima é a
limpeza, que tem que ser
absoluta na obra.
Como o sr. é com os
subordinados: durão,
severo ou tranqüilo?
Sou tranqüilo, sempre brin-
co com todos. Nunca chamo
a atenção na frente dos ou-
tros. Se precisar converso
em particular, na calma.
Que tipo de obra que o sr.
prefere?
Residencial. Já fiz obras
grandes, até gostava, mas
hoje prefiro fazer obras pe-
quenas.
Como o sr. aprendeu a ler
projeto?
Aprendi com os engenheiros
de obra. Pedia para que eles
falassem a minha língua.
Como o sr. lida com
prazos?
É preciso planejar e dar
uma margem de seguran-
ça. Se dá para terminar
em cinco meses, pede seis
de prazo.
entrevista_Eq07.qxd 9/5/2006 4:11 PM Page 15

Marcelo Scandaroli

Antônio mostra residência que construiu em Tapejara Em casa com dona Neusa
e os cachorros

"Na construção
civil é assim,
você nunca pára
de aprender"
A família toda se encontra para o almoço de domingo

Quais regras de dá para os mais novos? sempre direito e não dar

segurança que o sr. tem? A primeira coisa é gos- calote em ninguém.
Se não usar equipamento tar do que faz e se dedi-
tem que ser esperto, pre- car. Meu pai não me É bom ver seus filhos na
ver tudo o que pode acon- apoiava, era da roça. mesma área que o sr.?
tecer. Em 30 anos nunca Mas não desisti. É muito bom. É preciso es-
ninguém se machucou tudar, mas também precisa
gravemente em obra mi- Como deve ser o fazer na prática. Eu sem-
nha. Só uma ou outra profissional de pre digo, não há estudo que
martelada no dedo. construção? lhe faça mestre-de-obras.
Deve ter firmeza no rumo, Esse ramo é assim, você
Qual o conselho que o sr. honestidade, trabalhar nunca pára de aprender.

15 EQUIPE DE OBRA
qualidade_Eq07.qxd 9/5/2006 4:15 PM Page 16

Qualidade

Concretagem de laje
Veja como executar corretamente a concretagem de uma laje
nas operações de recebimento, adensamento e cura

Antes do concreto dosado em central chegar, conferir
as armaduras, eletrodutos e caixas de passagem.
Depois da chegada da betoneira, confira o lacre e as
seguintes informações na nota fiscal: volume do
concreto, tamanho da brita, aditivo solicitado,
consistência e a resistência (fck).
Para medir a consistência do concreto faça o ensaio
de abatimento ou "slump test". Utilize uma amostra
de 30 litros, posicione o cone para o teste sobre uma
placa metálica, limpa e umedecida, e apóie os pés
sobre as abas inferiores. Preencha a primeira
camada e aplique 25 golpes com a haste de
socamento, atingindo a parte inferior do cone. Repita
o procedimento com mais duas camadas, porém sem
aprofundar a haste até a camada anterior.

Agora é a vez de moldar

o corpo-de-prova para
outro teste, o de
resistência. Colete uma
amostra depois que a
terça parte da carga da
betoneira tiver sido
descarregada. Preencha
o molde cilíndrico (10 cm
de diâmetro x 20 cm de
altura) em duas camadas
Retire o cone cuidadosamente e coloque a haste que irá e aplique 12 golpes em
medir a altura do concreto. Meça a distância entre a cada. Caso o molde seja
haste e o ponto médio do concreto, conferindo se está 15 cm x 30 cm, são
rígido. Registre o resultado. Caso perceba excesso ou necessárias três camadas
falta de água, consulte a concreteira. e 25 golpes em cada.

Apoio técnico: engenheiro

 qualidade_Eq07.qxd 9/5/2006 4:15 PM Page 17

e Reportagem: Daniele Rissi

Tire o excesso do concreto

e deixe descansando por
24 horas na sombra e em
temperatura ambiente.
Após esse período a
concreteira retira os
corpos-de-prova para a
realização de testes de
resistência final no As fôrmas devem estar previamente
laboratório. A resistência O transporte do concreto pode ser limpas e molhadas para o lançamento.
final é obtida após 28 dias realizado de modo convencional, com A concretagem deve ser iniciada pela
de cura, porém alguns carrinho de mão, até o local da parte mais distante. Inicie o processo
corpos-de-prova são concretagem da laje. Atenção: o de adensamento e vibração no tempo
rompidos em sete dias concreto precisa ser usado até duas determinado. Esse procedimento
para que seja liberada a horas e meia após a adição de água elimina as bolhas de ar e deixa o
desforma da laje. pela concreteira. concreto mais compacto.

CURA DA LAJE

Após o período de cura e

Espalhe o concreto e faça o sarrafeamento;
depois dê o acabamento final.
Após três ou quatro horas, dê início ao conferência do resultado
processo de cura, ou endurecimento do do teste de resistência,
concreto. A cura deve se estender por no inicie a desmontagem
mínimo sete dias. O concreto deve ser das fôrmas.
molhado durante todo o processo, de
acordo com a temperatura e umidade do ar.

17 EQUIPE DE OBRA

técnico: engenheiros Guilherme Bolini (Abesc),Vinícius Fernandes (Supermix Concreto) e Marcus Vinícius Fernandes (LCC Construções).
ginastica_Eq07.qxd 9/5/2006 4:14 PM Page 18

Saúde

Postura correta pa r
Conheça aqui as posturas corretas para trabalhar sem sentir dor

A
dor nas costas é um
dos problemas que
mais afetam os tra-
balhadores da construção ci-
vil. Levantar peso com a pos-
tura errada e empurrar a je-
rica de forma incorreta são
os motivos mais comuns.
Além disso, pintores e pe-
dreiros executando emassa-
mentos, chapiscos ou gesso
também podem sofrer dores
fortes, no pescoço e braços,
por terem de ficar muito
tempo com a cabeça para
trás e os braços esticados.
Mas o pior é quando a dor se
torna crônica e se transforma
em uma doença conhecida co-
mo LER (Lesão por Esforços
Repetitivos) ou DORT (Dis-
túrbios Osteoarticulares Re-
lacionados ao Trabalho). Os
principais sintomas são: fra-
queza muscular, dores e dor-
mência nos dedos, mãos, pu-
nhos, cotovelos, ombros, pes-
coço e parte baixa das costas.
Se você começar a sentir al-
guns desses sintomas, procu-
re um médico, pois, quando
tratada logo, a doença pode
ser curada de forma relati-
vamente rápida. Em casos
extremos, a LER pode levar
a longos períodos de afasta-
mento do trabalho. Esse é o
alerta do médico do traba-
lho, Antonio Cândido de La-
ra Duca, que é perito judicial
e consultor sobre riscos am-
bientais e laborativos.
Uma forma de prevenir e
evitar essas doenças é fa-
zer a ginástica laboral. Os
exercícios ajudam a prepa-
rar os músculos e os ten-
dões para a atividade pro-
fissional. Condições ade-
quadas de trabalho e o uso
de equipamentos e ferra-
mentas ergonômicas – ou
seja, adaptadas às caracte-
rísticas de corpo do traba-
lhador – também ajudam a
prevenir esses problemas.

POSTURAS CORRETAS DE TRABALHO

Levante a jerica com

os joelhos meio
dobrados e os ombros
eretos. A força deve
ser nas pernas e não
na coluna.

Depois, segure o
carrinho com as costas
eretas.

Nesse caso, os joelhos

estão esticados e os
ombros mal
posicionados.

Não se deve empurrar

o carrinho com a
coluna flexionada: isso
causa dor.

Apoio técnico: Antonio Cândido de Lara Duca, médico do trabalho, perito judicial e consultor médico sobre riscos ambientais e laborativos. Dep
 ginastica_Eq07.qxd 9/5/2006 4:14 PM Page 19

ra trabalhar Reportagem: Gisele Cichinelli

POSTURAS CORRETAS DE TRABALHO

Levante com os joelhos

flexionados e com as
Antes de levantar qualquer objeto, agache o mais costas retas exercendo Erga o bloco e repouse-o
que puder, com o joelho flexionado, a coluna ereta força nas pernas e não sobre o ombro mantendo
e os braços posicionados entre as pernas. na coluna. a coluna sempre ereta.

Não erguer o bloco com Essa postura irá causar Sérias lesões podem ser causadas com essa postura
as pernas esticadas e as dor, pois os joelhos estão errada: joelho esticado e coluna encurvada em
costas encurvadas, pois esticados e a coluna movimento de torção.
isso força a coluna. curva.

19 EQUIPE DE OBRA

vos. Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo;
ginastica_Eq07.qxd 9/5/2006 4:14 PM Page 20

Saúde

E X E R C Í C I O S PA R A P R E V E N I R D O R E S *

Para alongar o glúteo e dar alívio à dor de coluna Para alongar a musculatura posterior das pernas

Mantenha o quadril na
mesma linha da cabeça e
do pé, deixando o joelho
esticado.
Mantendo as mãos no
chão, estique as pernas
Flexione e posicione as levantando o quadril até
mãos no chão, à frente o seu limite. Permaneça
Puxe uma perna de cada dos pés. por 15 segundos.
vez e abrace-a contra a
barriga por 15
segundos. Para alongar os braços

Para relaxar a coluna lombar

Apóie a mão na parede na altura do ombro, com o

cotovelo para fora.
Deite e relaxe bem o corpo, sem deixar a coluna
lombar encostar no chão.
SAIBA O QUE É LER E DORT

Os fatores que podem desencadear a LER ou DORT

não estão relacionados apenas à repetição de
movimentos, mas também às posturas inadequadas
de trabalho que geram sobrecarga nos músculos,
tendões, articulações, vasos e nervos.
Esses distúrbios podem ocorrer em qualquer local
do corpo, embora a região do pescoço, coluna
lombar e braços sejam os mais afetados. As doenças
Dobre uma perna de cada vez e abrace-a contra a mais conhecidas são as tendinites, as bursites, as
barriga, por 15 segundos. lombalgias e as cervicalgias.

* Faça os exercícios com a orientação de um médico ou fisioterapeuta

Raquel Casarotto, professora, doutora de Fisioterapia Preventiva; Clarice Tanaka, professora titular de Fisioterapia; e Cássio Marinho Siqueira, fisioterapeuta.
ginastica_Eq07.qxd 9/5/2006 4:14 PM Page 21

As fotos foram feitas em obra da Fortenge (Condomínio Costa do Sol), com argamassa da Quartzolit Weber
21 EQUIPE DE OBRA
passo-a-passo_telhado.qxd 9/5/2006 4:13 PM Page 22

Passo a Passo

Telhado cerâmico
Confira os cuidados necessários para uma boa execução
de telhado cerâmico

A telha cerâmica tipo Argamassas industrializadas Passo 2

romana, usada neste
exemplo, dispensou
amarração. "A amarração
para fixação das telhas
cerâmicas é recomendada
somente quando a
inclinação for superior a
40%", esclarece Antônio
Alves Goulart, instrutor do
Senai. O assentamento das
peças da cumeeira deverá
ser feito no sentido
contrário ao da ação dos
ventos dominantes, com
argamassa de cimento, cal e
areia no traço 1:1:8.
são uma alternativa para
quem quer ganhar tempo,
desde que apresentem
traços parecidos com o
recomendado. "Adicione pó
xadrez da cor da telha à
mistura para que a
tonalidade do emboço não
destoe do conjunto",
aconselha Goulart. Depois
de concluído o 2 Depois disso, o assentamento das telhas passa a ser
assentamento das telhas, feito por faixas verticais em vez de fiadas.
retire o excesso de emboço
com esponja úmida e, para Passo 3
finalizar, use um pano seco
para tirar o pó.

Passo 1

3 A colocação deve começar pela faixa da direita.

Passo 4
Fotos: Marcelo Scandaroli

1 Comece a colocação pelas telhas da primeira fiada, 4 Coloque as telhas na faixa, sempre no sentido do
sempre da direita para a esquerda. beiral para a cumeeira (ponto mais alto).
passo-a-passo_telhado.qxd 9/5/2006 4:13 PM Page 23

Reportagem: Valentina Figuerola

Passo 5 Passo 6

5 Verifique se estão paralelas à linha da cumeeira. Se não, 6 Prepare o emboço para assentamento
fazer a correção para garantir alinhamento. das peças de cumeeira.

Passo 7 Passo 8

8 Com a colher de pedreiro, coloque o emboço nas extremidades

das telhas, de forma a criar duas linhas contínuas, em toda a
extensão da cumeeira.

Passo 9 9 Antes de assentar a

peça seguinte,
coloque o emboço no
rebaixo da telha
anterior.

7 Antes de ser fixada na cumeeira, a

peça deverá ser mergulhada por
inteiro na água.

23 EQUIPE DE OBRA

Apoio técnico e execução: instrutor Antônio Alves Goulart, do Senai.

passo-a-passo_telhado.qxd 9/5/2006 4:13 PM Page 24

Passo a Passo

Passo 10 Passo 13

10 As telhas deverão ser encaixadas e emboçadas

com cuidado na cumeeira do telhado.

Passo 11

13 A última camada deverá ser de emboço.

Passo 14

11 Cacos de telha são inseridos no emboço,

depositados sobre os canais, para preencher os
vazios e evitar falhas.

Passo 12

12 Alterne as camadas de cacos com camadas 14 Com a colher de pedreiro, dê acabamento

de emboço. ao emboço.
passo-a-passo_telhado.qxd 9/5/2006 4:13 PM Page 25

Passo 15 Passo 17

17 Retire o excesso de emboço com uma

espuma molhada.

Passo 18

15 A camada de emboço deverá ficar rente à peça

de cumeeira, e nunca ultrapassá-la.

Passo 16
18 Passe um pano seco para tirar o pó.

DICA ÚTIL

Para manter a tesoura estável é preciso haver

encaixe perfeito entre a empena e a viga.

16 Aguarde uma hora para dar nova compactada nas

juntas e inicie a limpeza das telhas.
25 EQUIPE DE OBRA
plantas_Eq07.qxd 9/5/2006 4:22 PM Page 26

Plantas

Planta de topografia
Veja dicas de como interpretar as curvas de nível
de um mapa topográfico
O estudo da topografia é a RN, diversos pontos do medição de diversos pontos, foram traçadas as curvas de
representação, em planta, terreno (níveis) serão basta unir todos com a níveis 99, 98, 97, 96, 95 e,
das várias cotas (alturas) medidos, com alturas maio- mesma altura, obtendo-se assim por diante, até se
de um terreno, em relação res ou menores que ele. então as diversas curvas chegar à curva de nível 91,
a um ponto de partida a ser Assim são compostas as de nível. que coincide com o limite
escolhido, o referencial, curvas de nível, formadas Na planta apresentada, do terreno. Se a altura
indicado como "RN" (refe- ligando-se os pontos que percebe-se que o terreno é diminui, pode-se deduzir
rência de nível). No caso indicam um caminho, tal inclinado. Próximo à RN, que o terreno é inclinado,
desta planta, a RN=100. como num jogo infantil. Na há uma curva de nível 100 como pode ser visto do topo
A partir da definição da planta de topografia, após a (igual à RN). Na seqüência, para a base do desenho.
N=980

N=1000

N=1020

N=1040
Eixo vertical
NM

E=480

Norte Ponto referencial “RN” Projeção

99,75

(referência de nível) 99,76 Ø0.38

da sombra
No 414
101,47 99,78

das árvores
99,72
99,73
101,51
101,05 99,83 PVE
Ø0.25 99,71
1.73m

99,84 99,74
1.78m

101,08 100,77 100,64

100,02 99,81
100,35 99,80
Cimentado

Projeção
100,58 Ø0.24
100,05
99,93 99,91
PVE 100,21 Ø0.49
100,70 100,33 99,67

do caule
PVE
8.48m

99,89
8.53m

99,70

101,30 Asfalto
101,39
101,14
100,87
99,75
K1 99,71
das árvores
1.33m

100,49
Reg. 5-7= 30,34m(R=E)
m

101,13 99,77
Sabesp 99,74
Raio=65,98

Raio=84,08m

1.72m

100,83 100,54
K0=RN ARBITRÁRIO 99,79 7 99,76 E=500
99,79
96,53 100,60 100,00 99,76
Água

100,30 "
5 99,90 AC:11°00'34 99,86

Rua vizinha
AC:12°18'52" 100,08 (R) 99,50
Des:16,16m
100,07 Des=6
,05 100,43 Des:14,18m(R) Cimentado 6100,08 99,97 99,87
100,91 m
e Luz

100,74
7m(R=E)
100,66 100,20 100,07
100,50
Ø0,32 Ø0.15
Des:13,67m(R=E) 12 Des=0,51m(R)
Des:16,6 99,60
100 99,20
Ø0.42 100,50 100,13 99,56
99,38
98,78 99,47 100,33 99,48
99,89

No 439
99,23 99,45

Edificação
Ø0.21
98,66
Ø0.81 98,45
99,50 98,30 99,51
78°02'

98,77
97,80 99,52
Ø0.08 97,53
97,05 96,92 Ø0,12 97,75 K2
97,07 102,14
49"

Ø0,11 96,97 Ø0,13

No 367
96,21 (Lage)
96,42 Ø0,16 Ø0,14
96,33
7-1

Ø0,24 96,61

Eixo horizontal
96,29 Ø0,28 Ø0.15 Ø0.18
99,84 95,49 96,32 96,55
(Lage) Ø0,08 Ø0.05
31,21m (E)

95,58
31,00m

Ø0,12 95,14 Ø0,13 Ø0.19 99,49

95,42
20,77m

95,59 95,24 Ø0,11

95
Três

96,50 Ø0,17 95,93

Ø0.10 Ø0,12 96,03
Ø0.05 Ø0.05 Ø0,15 95,02
92,70 95,13 94,61 99,49
94,85 95,15
(R)

Ø0.08 99,53
31,48m

31,00m(E)

Ø0.14
31,07m( E)

30,90m(R)

Ø0.07
Ø0.19 95,26
R)

(R)

94,30 95,53
31,00m

94,95 94,63
31,00m(

94,54 94,20 94,17

31,00m

92,60 Ø0.07 94,06 94,83

Lote 11 Lote 10
94,70 99,47
94,46 Ø0.13
93,60 Ø0.06 94,63
Viela

94,52 Ø0.11 94,06 94,11 Ø0.14

79°10'

Ø0.11 94,43 94,04 99,39

3,12m

94,86
93,79
93,63 Ø0.10
94,42
Ø0.06
93,86 Ø0.12
93,70 Ø0.21
94,24
99,47
LEGENDA
12"

Ø0.17 Terra 93,82

(R)

93,94 93,45 Ø0.09 E=520

94,51
'35"

899,46
ERTO

Ø0.09 93,89
76°52'

92,97 93,49 95,74

92,69 K3
94,30 Ø0,11
Edificação
3,36m
279°19

94,11 Ø0.30 '37"

178°52
Ø0,15 93,40
TO AB

93,21 99,31
93,78 93,61
51"

99,46
(R)

92,82
EN

92,89 92,87
Ø0.24 92,99 9 99,41 Guia
ALINHAM

Ø0.34 93,00 99,33

92,21 '21"
93,05
93,29 Ø0.14 182°17 rrim
o
92,99 Ø0.11
de A K1
92,55 92,18
91,83 91,21
92,76
Ø0.23 Ø0,19
10 99,40 Muro 123.45 Estação de poligonal
92,92 92,91 Ø0,33 99,48
78°04' m(R)

92,19 91,31 93,29 92,66

Ø0.12 Ø0.16 Ø0.13
'27" Níveis
3,96 96,40

Ø0.13 92,89 92,77

8°48
91,38 92,64 96,39
92,05 Ø0.10 123.45
92,58 92,67 17 o
24"
Raio=3

rim
m

92,36 Ø0,08
Ø0.43 Ø0.05 96,38
de Ar 90,95
Raio=132,56m
Raio=108,20

91,55
91,03 90,92 92,49 92,47 92,55 Ø0,12
Muro
91,18 91,26 Ø0.30 Ø0.10 Ø0.21 Talude
51,38m

91,23 Ø0.10 Ø0,08 92,23

91,86 92,50 Ø0,10 92,67
92,36 92,27
91,22 Ø0.16 92,52
1.59m

90,98 Des=5,7 92,48 E)

Des:22,36m(R=
91,94
0m 91,03
1 90,82 115
1.57m

90,81 Des:19,52m(R=E) 91,79 11 92,04

Des=13,45m(R)
91,64 90,82
90,72
PVE 110 Curva de nível
90,39 4 90,31 91,38 Des=8,48m(R)
2 90,75
AC:1°27'
08" 90,74 90,69
AC:5°50'47"
AC:9°28'40" m(R)
90,30
3 90,37 90,41 90,57 Des:8,91
Des:11,04m(R) Cimentado Des:21,93m(R) 90,62
Árvore
5.07m

PVE 90,23 90,42

90,20
5.25m

90,31 90,47
PV APL PVE 90,79
90,95 90,22 1-4= 41,88m(R=E) 90,35
PV APL
90,18
90,73
90,97 Poço de visita
Asfalto
90,28 90,20
Detalhe
1.35m

90,80
K4 90,65 Boca-de-lobo
1.25m

90,39 90,18 90,10

90,30 E=540
90,29 90,49
Cimentado
90,34
90,57 Caixa
K5
90,61
Poste
plantas_Eq07.qxd 9/5/2006 4:22 PM Page 27

Reportagem: Giovanny Gerolla

DETALHE

(Lage) Ø0,08
Ø0,12 95,58 95,14
95,59 Ø0,11 95,42
95,24
Três

96,50 95
Ø0.10 Ø0,12
95,13 Ø0.05 Ø0.05 Ø0,15
92,70 94,85 95,15 Número da curva
31,48m

31,00m(E)
31,07m (E)

30,90m(R)
Ø0.07
Ø0.19 95,26
(R)

94,30
94,54
94,95 de nível
31,00m

94,20
31,00m

92,60 Ø0.07 94,06

Lote 11
94,70
94,46 Ø0.13
93,60 Ø0.06
Viela

94,52 Ø0.11 94,06

Ø0.11 94,43
93,79 Ø0.06
Ø0.10 93,86
93,63
Ø0.17
94,42
93,94 93,45
Terra Níveis (pontos
94,51
9'35"

de medição)
O
ABERT

92,97
92,69 94,30 Ø0,11
Ø0,15 93,40
279°1

93,21
93,78
Curva de nível
MENTO

92,82
92,89
Ø0.34
ALINHA

93,05 92,21

92,55 92,18
91,83 91,21
92,92
92,19 91,31
Ø0.12
91,38
92,05
20m

92,36 Ø0.43
Raio=132,56m

91,55 90,92 92,49

Raio=108,

91,26 91,03 Ø0.30

91,23 91,86
91,22
Cimen Des=5,70
tado m 91,03
Poste
1.57m

90,81 Des:19,52m(R=E) 91,79

90,39 4 90,31
AC:5°50'47"
91,38 Des=8,48m(R)

90,30
Des:11,04m(R 3 90,37 90,41 Guia da rua
Asfalto PVE 90,23 ) 90,42
90,20
5.25m

90,31
PV APL
90,22 1-4=41,88m(R=E) Boca-de-lobo
PV APL
90,18
Cimen 90,28
tado Poço de visita

D I C A S PA R A E N T E N D E R A P L A N TA

» Em uma planta topográfica é finalidade do terreno: para urbano importante, exige maior
sempre importante observar a construção de uma casa, de um precisão. É necessário conhecer
escala para saber as dimensões prédio residencial ou comercial, também edifícios e terrenos
da área representada: quanto para projetos de urbanização ou vizinhos para que não haja
menor for o terreno em agricultura. Cada função exige interferência nas respectivas
questão, maior será a também o conhecimento mais fundações ou estruturas.A
possibilidade de detalhar a ou menos detalhado do terreno. existência e as dimensões de ruas
topografia. Uma planta bem » A finalidade do terreno está ligada nos arredores também precisam
detalhada é a que possui grande à sua localização. Um estudo ser levadas em conta.
densidade de pontos. topográfico de pequena área em
» É importante observar qual a uma grande avenida, num centro

27 EQUIPE DE OBRA

Apoio técnico: Eduardo Kanji, da E. Kanji Topografia

medicao_Eq07.qxd 9/5/2006 4:24 PM Page 28

Medição

Aterro para nivela m

Veja como calcular o volume de terra para fazer um aterro
CÁLCULO DA QUANTIDADE DE TERRA

O cálculo da quantidade de terra para fazer o nivelamento de um terreno dependerá da topografia e da

disponibilidade de matéria-prima dentro da própria área. Mas, antes de iniciar o trabalho, é preciso limpar toda
a extensão do terreno, removendo a grama, raízes e qualquer vegetação ainda existente. Depois, deve-se
avaliar a necessidade de projetar uma barreira no aterro, que pode ser um muro de arrimo.

Área de corte de compensação

1m
10 m Área de aterro

Figura 1

Guia Rua 10 m
30 m

Nos casos em que o terreno está acima do nível da rua, o primeiro passo é fazer um corte de compensação.
A terra é retirada do ponto mais elevado do lote e colocada no ponto mais baixo. Assim, toda a área acaba
ficando nivelada. Esse nivelamento pode estar ou não alinhado com a rua, dependendo do projeto. Se a terra
do corte de compensação não for suficiente para fazer o aterro, será preciso adquiri-la (importar) de outros
lugares ou jazidas. Se, por outro lado, o volume de corte for maior que o volume do aterro, a quantidade
excedente de terra deverá ser descartada.
Suponha que em um terreno de 10 m x 30 m, seja preciso nivelar a área a 1 m de altura a partir da guia
(meio-fio). Nesse exemplo, a profundidade do terreno a ser nivelada é igual a 10 m. O cálculo do volume
necessário de terra para o aterro é feito com base no cálculo do volume do triângulo:

base x altura do triângulo x largura do terreno

2

10 m x 1 m x 10 m = 50 m3
2
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mento de terreno Reportagem: Giovanny Gerolla

A C R É S C I M O E C O M PA C TA Ç Ã O D E T E R R A

10 m

Muro de arrimo

4m
Guia Rua
Área de aterro

Figura 2
30 m

Na figura 2, o lote, de 10 m x 30 m, está abaixo do nível da rua, e a terra precisará ser importada. Como o
material para o aterro não provém do próprio terreno, é necessário observar o tipo de terra a ser trazida das
jazidas (mais arenosa ou mais argilosa), pois ela terá de ser compactada*. Assim, adiciona-se ao volume
calculado uma média de 30%, considerando-se o excesso como volume a ser compactado.

Volume do solo compactado = 30 m x 4 m x 10 m = 600 m3

2

Aumento de volume
na área de empréstimo = 30% de 600 m3 = 30 x 600 = 180 m3
100

Resultado:

Volume do solo solto = 600 m3 + 180 m3 = 780 m3

I M P O R TA N T E

* Nos casos em que a terra tenha que ser importada, ou seja, trazida de
outro local, sempre se recomenda fazer uma análise do solo do terreno,
pois ele influenciará no volume de terra necessário para o aterro. A
porcentagem de 30% a ser adicionada é variável e dependerá do tipo
de solo. Se for arenoso, menos denso, exige uma maior quantidade de
solo. Se for argiloso, mais denso, exigirá menor quantidade de terra.

29 EQUIPE DE OBRA

Apoio técnico: Antenor Pereira dos Santos e Waldomiro Gomes Júnior, da Conservar Construtora.
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Passo a Passo

Execução de textura t
Aprenda a fazer o efeito riscado em paredes e fachadas

Fotos: Sofia Mattos

O graffiato é um tipo de preparador ou seladora,
textura que proporciona que regula a absorção de
um efeito "riscado" em base e garante maior
paredes e fachadas. A aderência do produto à
massa já vem pronta para superfície. Depois que o
ser aplicada em fundo preparador estiver
alvenarias. Mas, antes de seco, é hora de aplicar a
iniciar a execução, é textura. "Para evitar
necessário preparar emendas, o serviço deverá
corretamente a ser executado de forma
superfície, removendo contínua, sem pausa",
partículas soltas ou mal- explica a arquiteta Márcia
aderidas com lixa e Lazzarin, instrutora do
escova. No caso de Senai. No entanto, ela de emenda". O último espátula de aço, rolo de
alvenaria sem emboço, as reconhece que nem sempre passo é a aplicação do gel espuma, desempenadeira
juntas deverão ser isso é possível. "Nesses envelhecedor ou tinta. de plástico branca, fita
niveladas com argamassa, casos, é preciso delimitar Materiais: lona de plástico, crepe, pano de algodão,
para dar acabamento. O com antecedência a área seladora acrílica, textura bandeja grande, rolo de
passo seguinte é aplicar que será trabalhada", em lata, gel envelhecedor, espuma grande ou
na parede o fundo aconselha. Veja as "dicas desempenadeira de aço, pequeno.

Passo 1 Passo 2

2 Caso a textura seja aplicada diretamente sobre a

alvenaria, nivele as juntas com argamassa, usando
desempenadeira e espátula para regularizar. O
1 Cubra o piso com a lona de plástico, fixando-a na trabalho só deverá ser retomado depois de oito dias,
superfície com a fita crepe. quando as juntas estiverem secas.
 passo-a-passo_texturas.qxd 9/5/2006 4:21 PM Page 31

a tipo graffiato Reportagem: Valentina Figuerola

Passo 3 Passo 4

4 Espalhe com o rolo.

Passo 6

3 Despeje a seladora na bandeja.

Passo 5

6 Com a espátula de aço, retire a textura da lata,

coloque na desempenadeira de aço lisa e aplique na
parede de baixo para cima, nunca de cima para baixo.

Passo 7

7 Procure aplicar uma camada com espessura

de 3 ou 4 mm (3 ou 4 “riscos”) e pressione
5 Com o rolo de espuma, aplique a seladora na parede. bem, para que a massa
Aguarde quatro horas para secar. possa aderir na parede.
31 EQUIPE DE OBRA

Apoio técnico e execução: arquiteta Márcia Lazzarin.

passo-a-passo_texturas.qxd 9/5/2006 4:21 PM Page 32

Passo a Passo

Passo 8 Passo 9

8 Ainda com a desempenadeira de aço, sempre de baixo

para cima, tire o excesso de material da parede.
9 Retorne o excesso para a lata.

FA Ç A A S S I M ! Passo 10

Alise o máximo possível a textura na 10 Retire o excesso com a desempenadeira

desempenadeira antes de reaplicá-la na parede. até que não saia mais massa.

Passo 12
Passo 11

12 A desempenadeira de plástico branca é usada em

11 Depois de retirar o excesso, a última passada deverá movimentos verticais de vaivém, criando os
ser de cima para baixo. riscos no revestimento.
passo-a-passo_texturas.qxd 9/5/2006 4:21 PM Page 33

Passo 13 Passo 14

13 Se tiver de parar o serviço, delimite, com a fita 14 Nas bordas, faça a aplicação com a espátula em vez
crepe, o trecho da emenda. O ideal é que isso seja da desempenadeira.
feito antes de iniciar o passo-a-passo.
Passo 16
Passo 15

16 O serviço só poderá ser retomado depois de 12 horas,

quando a massa estiver seca.

Passo 18

15 Assim que terminar de aplicar a massa na área

delimitada, retire imediatamente a fita crepe.

Passo 17

18 Reinicie a aplicação da textura na parte oposta

à da fita crepe até chegar ao ponto da emenda.

17 Coloque a fita crepe sobre a textura já seca.

33 EQUIPE DE OBRA
passo-a-passo_texturas.qxd 9/5/2006 4:21 PM Page 34

Passo a Passo

Passo 19 Passo 20

19 A aplicação deve ser finalizada com a espátula.

Passo 21

20 Com a desempenadeira de plástico, em movimentos

de vaivém, execute os riscos da texturização.

Passo 23

21 Assim que terminar a aplicação, retire

imediatamente a fita crepe.

Passo 22

22 A aplicação do gel envelhecedor só deverá ser

iniciada depois de 12 horas. 23 Inicie a aplicação do gel com o rolo de espuma.
passo-a-passo_texturas.qxd 9/5/2006 4:21 PM Page 35

Passo 24
FA Ç A A S S I M !

24 Com um pano úmido, espalhe o gel sobre a superfície.

Passo 26

Com o canto do rolo, pressione as reentrâncias da

superfície. Isso facilitará a penetração da cor nos
vincos da textura.

Passo 25

26 Para "emendar" esses trechos use o pano úmido,

em movimentos de baixo para cima.

Passo 27

25 A aplicação do gel na textura deverá ser feita por

trechos de 50 cm x 50 cm ou, no máximo, de 80 cm 27 Depois da aplicação da
x 80 cm. É necessário prever espaços de alguns textura e do gel, a parede
centímetros entre esses trechos. está pronta.
35 EQUIPE DE OBRA
perfil_Eq07.qxd 9/5/2006 4:26 PM
Perfil
Armador
Veja como trabalha esse profissional que executa
a montagem das armações de aço na obra
Marcelo Scandaroli
Nome: Leonaldo dos
Santos
Idade: 38 anos
Onde mora: Diadema
Onde nasceu: Paraíba
Função:Armador
Onde trabalha: PBA
Há quanto tempo
exerce a função?
Há 20 anos.
O que faz o armador?
Responsável por toda ferra-
gem utilizada durante o pro-
cesso da obra, o armador se-
gue sua tarefa de acordo
com o projeto, conferindo
em primeiro lugar todo ma-
terial a ser utilizado.
Em seguida faz a distribui-
ção de pessoal e material,
de acordo com a disposição
definida no projeto. O arma-
dor executa desde a arma-
ção de sapatas e caixas até
armações para pilares, vi-
gas e lajes.
Page 36
PROFISSIONAL
Onde já trabalhou?
Nova Oliveira, Okei.
Como aprendeu o ofício?
Meu irmão já trabalhava
na construção civil. Foi
quando comecei a
aprender, enquanto
auxiliava nos trabalhos
em obras. Logo, fui me
envolvendo com o
processo de armação,
tornando-me ajudante de
armador e, com o tempo,
adquiri experiência para
exercer a função.
Como é seu dia-a-dia?
Às 7 da manhã inicio
minha rotina de trabalho.
Começo verificando os
equipamentos de
segurança e, se for início
Quais características fa-
zem um bom armador?
Saber como ler o projeto
para poder interpretá-lo e
executar de acordo com o
que está determinado.
Trabalhar em equipe e
sempre seguir as normas
de segurança.
Quais técnicas o ar-
mador deve dominar?
Deve ter conhecimento
das dimensões e tipos de
ferragens e bitolas, e sa-
ber qual material utilizar,
Reportagem: Humberto Garrido
de obra, há a distribuição
de pessoal e material no
canteiro. Basicamente,
sigo o que está
estipulado no projeto,
executando a montagem
da armação de aço.
O que é necessário para
ser um bom armador?
É necessário ter
conhecimento sobre os
vários tipos de ferragens
e saber ler e interpretar
os projetos específicos.
Qual o maior desafio da
profissão?
Durante o processo de
montagem das
armações, as equipes ou
grupos responsáveis pela
execução devem
de acordo com as especifi-
cações do projeto.
Por qual etapa do proces-
so construtivo o armador
responde?
Logo depois de o carpinteiro
montar as áreas de seguran-
ça e fôrmas,entra o armador
para montar as armaduras.
Assim, a obra poderá ser li-
berada para a concretagem.
O processo é o mesmo nas
diferentes empresas?
Depende de cada empresa.
Apoio técnico: engenheiro civil Leandro Pelogia Pereira da Silva
trabalhar em conjunto.
Assim, o maior desafio é
coordenar os trabalhos
e manter as equipes e
grupos exercendo suas
funções sincronizadas.
Fora do horário de
trabalho o que você
gosta de fazer?
Gosto de viajar. E
sempre quando dá,
reúno a família para
descer a serra e pegar
uma praia.
Qual seu maior sonho?
Meu grande sonho é
ganhar o suficiente
para ter condições de
mudar para o interior, a
fim de viver e trabalhar
com a terra.
Há diferentes maneiras de
proceder em relação à or-
dem de execução dos servi-
ços, como os tipos de emen-
das utilizadas.
Como está o mercado de
trabalho?
Atualmente, existe certa
dificuldade em encontrar
empresas que dêem condi-
ções e benefícios para o
trabalhador. Assim, muitos
profissionais desempe-
nham sua função, mas não
recebem de acordo.
economia_Eq07.qxd 9/5/2006 4:26 PM
Economia
Produtividade na armação
da estrutura
Aumente a eficiência
na execução de armaduras
G
eralmente escon-
didas nas estrutu-
ras, as armaduras
são responsáveis por con-
tribuir com as proprieda-
des de resistência do con-
creto. O tempo dedicado a
trabalhar as armaduras
varia de acordo com o
diâmetro do aço: quanto
maior o diâmetro menos
tempo é gasto para execu-
tar o trabalho de corte e
dobra. Isso quer dizer
que, nesse caso, a produti-
vidade é maior.
5 mm
Marcelo Scandaroli
A pré-montagem da armadura evita ociosidade e
agiliza a montagem da fôrma.
Page 37
Já quando é necessário
fazer muitas dobras no
aço, o tempo de execução
é maior e a produtividade,
conseqüentemente, cai.
Ferragens com compri-
mento variável também
provocam demora nos tra-
balhos. Por isso, para re-
duzir o tempo de execu-
ção da armação, pode-se
atuar em diferentes mo-
mentos. Em primeiro lu-
gar, na fase de projeto,
buscando um detalhamen-
to que facilite a execução.
É o diâmetro desejável
das ferragens para que
haja menos deformações
nas peças
Marcelo Scandaroli
Ubiraci Espinelli Lemes de Souza
Professor da Escola Politécnica
da Universidade de São Paulo
Também é recomendável o trabalho, escolhendo
melhorar as informações com antecedência os
contidas nos desenhos, equipamentos adequados
aumentando a quantida- e planejando corretamen-
de de cotas de referência te o número de trabalha-
ou separando pranchas dores para tarefa.
relativas às armaduras A demanda de homens-ho-
positivas e negativas de ra por quilo de armação
laje. Escolher aço pré- pode variar significativa-
cortado e dobrado ou de mente (como mostrado no
telas de aço, ajuda em desenho a seguir), em fun-
muito a produtividade ção da dificuldade do pro-
dos trabalhos de arma- jeto, do tipo de forneci-
ção. Finalmente, na fase mento de aço, dos equipa-
de execução, pode-se ga- mentos utilizados e da or-
nhar tempo organizando ganização do trabalho.
SAIBA MAIS
» Bons projetos, com nomenclatura fácil de
»
entender e cotas de referência em boa
quantidade, são importantes.
Evitar, sempre que possível, variação da
armadura longitudinal ao longo da viga e
espaçamento variável de estribos.
» Armadura dupla pode ser interessante do ponto
de vista do consumo de materiais, mas dificulta
o trabalho dos armadores.
» Diâmetro maior que 5 mm é desejável: as peças
amassam menos e os "pontos" não escorregam.
» É recomendável a pré-montagem dos
componentes no canteiro.
» Não esquecer de fazer a conferência da viga
antes de montar a laje, para não dificultar
eventuais correções necessárias.
» Bom entrosamento dos armadores, carpinteiros
e eletricistas, pois trabalham simultaneamente
durante a execução.
37 EQUIPE DE OBRA
pessoal_Eq07.qxd 9/5/2006 4:27 PM Page 38

Pessoal

O que é responsabilidade

Marcelo Scandaroli
social Engenheiro Anderson Benite,
diretor técnico do CTE

O que cada um pode fazer pelos

problemas sociais

T
odos vivenciamos
os problemas so-
ciais em nosso
País, em nossa vizinhança
e até em nossas próprias
casas. Ficamos tristes ao
ouvir notícias na televisão,
falando de trabalho escra-
vo, infantil, analfabetis-
mo, doenças ocupacionais,
discriminação social, falta
de hospitais, de escolas,
desemprego e outros pro-
blemas semelhantes.
É mais fácil e cômodo di-
zer que todos esses pro-
blemas são de responsa-
Marcelo Scandaroli
bilidade de nossos gover- muitíssimo melhor do
nantes e não fazer nada que ficar esperando.
diante dessas situações. Porém, devemos tomar o
Mas há muitas pessoas e cuidado para saber dife-
empresas que pensam renciar entre a empresa
diferente e começam a que busca a responsabi-
tomar alguma atitude lidade social de forma
para ajudar. E isso faz séria e aquela que tenta
com que várias outras apenas criar uma boa
mudem de opinião. Ou imagem para o público,
seja, essas pessoas estão com a intenção de ven-
contribuindo de alguma der mais seus produtos e
forma para reduzir os ganhar mais dinheiro. Já
problemas sociais, mes- houve casos de empresas
mo que seja de maneira que fizeram grandes
muito humilde e, aparen- doações em dinheiro pa-
temente, simples. Mas é ra entidades de caridade
e, depois, foi descoberto
que elas possuíam traba-
Assim, ao mesmo tempo
em que devemos ficar
atentos, também devemos
dar muito valor às empre-
sas que se preocupam
com a responsabilidade
social, pois elas não ficam
só esperando.
Se as empresas podem
buscar a responsabilidade
social, por que nós como
cidadãos também não po-
demos? Nem que seja um
pouquinho! Se cada um de
nós fizer uma pequena
coisa para melhorar seu
bairro, seu local de traba-
lho ou sua cidade já é bas-
tante. Ponha a cabeça pra

lho escravo e sonegavam funcionar e coloque a mão

quantias enormes em na massa! É melhor do
impostos. que ficar esperando.

BOAS PRÁTICAS DE
RESPONSABILIDADE SOCIAL:

» Proibição de trabalho infantil (antigamente

A alfabetização de trabalhadores é uma ação de
responsabilidade social
era muito mais comum na construção civil)
» Melhoria das condições de segurança e higiene
do ambiente de trabalho (veja a diferença dos
canteiros de obras atuais e os de 20 anos atrás)
» Realização de campanhas de prevenção de
AIDS, contra o uso de drogas, bebidas
alcoólicas e fumo
» Programas de alfabetização nas obras
» Empregar pessoas com algum tipo de
deficiência física
» Trabalho voluntário em comunidades carentes
Lazer_Eq07.qxd 9/5/2006 5:18 PM Page 40

Quadrinhos

ABC da Resposabilidade
Social Mestre Pini

Ilustração: Marcos Aurélio, Estúdio Manga