capa_eq11.

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a revista para você que constrói DE OBRA

Como aplicar
subcoberturas em
telhados

Saiba quantificar Mulher

e orçar piso trabalhando em
intertravado obra dá certo?
Confira!
Fuja da armadilha
do álcool no
trabalho

Passo a Passo

Montagem de aço
11

9 771806 957003

pronto em estruturas
ISSN 1806-9576

É um recurso que aumenta a produtividade na

obra, pois já chega cortado e dobrado no canteiro Edição no 11 Ano III
Mai/Jun 2007 R$ 9,50
www.equipedeobra.com.br
www.piniweb.com
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Sumário

Equipe de Obra n 11 o

03 Equipe Responde/ EDITORIAL

Onde encontrar
Um pouco de arte
04 Notícias & Dicas/Cartas no trabalho
08 Agenda Nesta edição preparamos, entre outras
matérias, dois passo-a-passos para você.
09 Certo e Errado Um mostrando como executar
corretamente subcoberturas de telhados.
10 Papo de Obra: Michelle Cardoso E outro sobre a utilização de aço pronto na
montagem de armadura de estruturas.
12 Passo a passo: Direto dos canteiros de obra da
Subcobertura em telhados construtora Setin destacamos o programa
Mestres da Obra, que está comemorando
18 Plantas: Hidráulica de cozinha seis anos. São ateliês montados no local de
trabalho que têm como objetivo a
20 Saúde: O problema do álcool promoção humana, a saúde mental e
no canteiro emocional, qualidade de vida e a
consciência ambiental. Muitos
24 Especial: Arte de mestres trabalhadores se tornam pintores,
na obra escultores, poetas. E, de quebra, aprendem
a preservar o meio ambiente.
28 Medição: Pavimento intertravado Outro assunto importante é o uso do álcool
no trabalho. Ele deve ser evitado ao
30 Passo a passo: Aço pronto máximo, pois a construção civil é cheia de
no canteiro situações de risco, mesmo para quem está
sóbrio. Apenas uma dose é o suficiente
34 Perfil: Gesseiro para deixar a pessoa tonta, pronta para
provocar ou sofrer acidentes de trabalho.
35 Economia
O pior é quando isso se torna um hábito, o
36 Vitrine que pode levar facilmente ao alcoolismo.
Cuidado, fique esperto e evite beber no
38 Pessoal trabalho!
Boa leitura e bom trabalho!
39 Lazer
Heloisa Medeiros
40 Quadrinhos Editora

EQUIPE DE OBRA 1
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Fundadores: Roberto L. Pini (1927-1966), Fausto Pini (1894-1967) e Sérgio Pini (1928-2003)
Vendas de assinaturas, manuais técnicos,
TCPO e atendimento ao assinante
Diretor Geral
Segunda a sexta das 9h às 18h
Ademir Pautasso Nunes

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+Info? Maurício Luiz Aires; Renato Billa (trainee) Ilustração: Sergio Colotto
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Publicidade Luiz Roberto Gasparetto (Senai-SP), Nilton Vargas e Ubiraci Espinelli Lemes de Souza
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Equipe Responde

Tire suas dúvidas

Envie sua pergunta para rua Anhaia, 964, Bom Retiro, CEP 01130-900, São Paulo-SP ou para equipedeobra@pini.com.br

F I S S U R A S E M PA R E D E S

Como posso eliminar fissuras nas paredes rebocadas? Gostaria de saber

se há algum produto, ou se tenho de refazer o reboque.
José Aparecido Alencar

Em primeiro lugar, o ideal é tentar acomodar deformações. Recomenda-se

saber a origem das fissuras. Seria
preciso detalhar um pouco mais
sobre a situação das fissuras a que
você se refere e o tipo de obra (casa,
prédio etc.), e como está a situação
por trás do reboco.
As fissuras podem ser provenientes
do revestimento ou de algum
problema na alvenaria. Pela
quantidade de componentes e as
interações com outras partes da
adotar soluções como juntas flexíveis
ou deformáveis, ou até pequenas taxas
de armadura nas paredes, para
melhorar sua deformabilidade.
Alongar o tempo entre a execução da
estrutura e a da alvenaria pode
diminuir problemas com fissuras.
Outra causa, são os materiais usados
na argamassa de revestimento.
Argamassas com muita água
(elevada relação água-cimento)

edificação, a alvenaria pode ser
bastante suscetível a problemas. As
manifestações aparecem na forma
de fissuras e destacamentos.
Daí a importância de uma alvenaria
bem-executada, com argamassas de
assentamento mistas, cimento e cal
hidratada, com maior capacidade de
tendem a se contrair mais durante a
secagem, podendo trincar. Além
disso, deve-se proteger da chuva
tanto os blocos estocados como as
paredes recém-executadas.
É preciso lembrar que as fissuras
têm o papel de juntas, concentrando
as movimentações da parede. Assim,
Arquivo
entre as técnicas recomendadas
para correção das fissuras estão
o uso de telas ou massa acrílica
para vedação.
Ercio Thomaz, pesquisador do
Cetac-IPT (Centro de Tecnologia
do Ambiente Construído)

ONDE ENCONTRAR MAIS INFORMAÇÕES*

A.A. (Alcoólicos Anônimos) – Mestres da obra – www.mestresdaobra.com.br

www.acoolicosanonimos.org.br – tel.: (11) 3229-3611 Oterprem – www.oterprem.com.br – tel.: (11) 4667-3232
ABCP – www.abcp.org.br Placo – www.placo.com.br – tel.: (11) 4795-7379
Amanco – www.amanco.com.br Sanifix – www.sanifix.com.br – tel.: (11) 3935-3333
Baruck Gesso – tel.: 6941-5572 Sasazaki – www.sasazaki.com.br – tel.: 0800-179-922
Camargo Corrêa Cimentos – www.camargocorrea.com.br Seconci-Rio – www.seconci-rio.com.br
Construtora Micura – www.micura.com.br – Secretaria Municipal de Coordenação das
tel.: (11) 4727-6857 Subprefeituras – tel.: (11) 3101-5050
C&C – www.cec.com.br Sesi-SP – www.sesisp.org.br – tel.: (11) 3146-7706
Craft Engenharia – www.craftengenharia.com.br Setin – www.setin.com.br
Denver – www.denverimper.com.br - tel.: 0800-770-1604 SindusCon-SP – www.sindusconsp.com.br
Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo – Sintracon-SP – www.sintraconsp.org.br
www.sp.senai.br/construcaocivil – Transsen – www.transsen.com.br –
tels.: (11) 6191-6176 e 2295-2722 tel.: (18) 3649-2000

* Empresas e entidades citadas nesta edição

EQUIPE DE OBRA 3
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Notícias & Dicas
O que acontece
no mundo do trabalho
Curso para instaladores hidrossanitários
A Amanco, fabricante de tubos e
conexões, e o Senai Departamento
Nacional assinaram convênio para
realização do curso Instalador
Hidrossanitário. O treinamento será
oferecido em 17 Estados até o fim do
ano. A expectativa é formar quatro
mil profissionais.
"O Senai é uma instituição reconhecida
pela indústria por sua qualidade na
capacitação profissional.Temos como
objetivo criar novas oportunidades para
Nova loja da C&C na
Vila Prudente
Com uma área de 3.600 m², foi
inaugurada a nova unidade da
Casa & Construção no Central Plaza
Shopping,Vila Prudente, em São Paulo.
São mais de 45 mil itens, incluindo
móveis, eletrônicos e utilidades
domésticas. Informações adicionais no
SAC, pelo site www.cec.com.br ou pelo
telefone 4004-1444.
jovens",afirma Marcos Bicudo,presidente
da Amanco Brasil (à direita na foto ao
lado de Orlando Clapp, do Senai).
O curso engloba todas as etapas de
planejamento e instalação de sistemas
hidrossanitários, incluindo aspectos de
segurança ambiental e novas
tecnologias. Os candidatos devem ter
entre 16 e 18 anos no mínimo
Divulgação Amanco
(dependendo do Estado) e ter
concluído o ensino fundamental. Mais
informações, nas unidades do Senai.
CARTAS
Como assinar a Equipe todos assuntos discutidos,
de Obra profundamente, num palavreado
Meu nome é Jairo Serpa, sou técnico simples e objetivo, além de um
em edificações e achei a revista muito passo-a-passo perfeito. Muito útil,
interessante. Queria saber como faço pois assim os funcionários entendem
para adquirir a revista de vocês? perfeitamente o que deve ser feito.
Parabéns.
Resposta: Recebi quase todas as revistas, está
Olá Jairo faltando somente a primeira, pois
Você pode adquirir a revista pelo ainda não era assinante. Gostaria, se
telefone 4001-6400. possível, que me enviassem então a
Ou se quiser, basta acessar o site primeira edição de abril de 2005.
(www.piniweb.com) e clicar no link Grato
da Loja no alto da página WEB, no Ricardo Di Napoli
site da PINI.
Resposta:
Pedido da edição no 1 Caro Ricardo
Tenho recebido esta utilíssima Encaminhamos seu pedido ao
revista. Estão de parabéns. Com departamento de assinaturas.
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noticias_11MAU.qxd 11/5/2007 11:49 Page 6

Notícias & Dicas

Treinamento para pedreiros

A Camargo Corrêa Cimentos está
iniciando programa de treinamento para
pedreiros e mestres-de-obras. Em
parceria com o Senai oferecerá cursos de
especialização em alvenaria,
revestimento, piso e estrutura. As aulas
serão ministradas aos sábados nos locais
de revenda dos cimentos Cauê. Até junho
deste ano, o treinamento acontecerá em
Belo Horizonte e Campinas (SP). Foram
escolhidas dez lojas em cada município. A

Divulgação Camargo Corrêa

partir do segundo semestre, o curso vai a
Campo Grande (MS). Em 2008, o
programa será levado a São Paulo, Minas
Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul.
As aulas serão ministradas por
instrutores do Senai. A Camargo espaço físico para os cursos. No final revendas associadas nos Estados do
Corrêa Cimentos será responsável pela do treinamento, o profissional receberá Mato Grosso do Sul, Mato Grosso,
estrutura dos treinamentos, fornecendo um certificado do Senai. O interessados Minas Gerais, São Paulo, Santa
computadores, material didático e precisam se cadastrar no Clube Cauê, Catarina e Paraná. Ou ligar para o
lanche. Caberá às lojas disponibilizar o preenchendo a ficha de inscrição nas telefone 0800-55-4046.

6 EQUIPE DE OBRA
noticias_11MAU.qxd 15/5/2007 14:21 Page 7

Dia da inclusão digital Reciclador móvel de resíduos

Cerca de 550 trabalhadores da
construção civil já participaram de
cursos de informática oferecidos
pelo Serviço Social da Construção
Civil do Rio (Seconci-Rio). O fato foi
comemorado no Largo da Carioca. O
Seconci-Rio montou uma tenda, com
computadores e instrutores de
informática para dar dicas.
Há oito meses o Seconci-Rio oferece
cursos de Windows, Word e Excell,
entre outros, não só aos
O equipamento tem a capacidade de
processar 200 toneladas de concreto
armado/hora, transformando-o em
agregado reciclado semelhante à
brita. Ecologicamente correto, o novo
reciclador móvel oferece ajuda ao
meio ambiente. Além disso, representa
economia, já que o resíduo reciclado
pode ser utilizado na própria obra. A
Craft Engenharia, empresa
especializada em construção pesada,
demolição, terraplenagem e

trabalhadores da construção civil,
como também aos dependentes
deles. As aulas acontecem nos dias
úteis, à noite, e aos sábados, pela
manhã e à tarde. Em abril, outros
três cursos serão oferecidos aos
empregados do setor: Primeiros
Socorros, Benefícios Previdenciários
e Desenvolvimento de Líderes.
Divulgação Craft
pavimentação está utilizando o
reciclador em suas obras.
O equipamento, de origem austríaca,
trabalha em conjunto com outra
máquina, que prepara os resíduos de
demolição para alimentar o reciclador.
Outra vantagem é a sua agilidade que
não exige nenhum tipo de montagem
especial, podendo ser transportado
para qualquer parte do canteiro ou
para outra obra. O novo reciclador
móvel vem se juntar ao reciclador
estacionário, desenvolvido pela própria
Craft e que vinha sendo utilizado até
então, para as funções de reciclagem.

EQUIPE DE OBRA 7
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Agenda

Confira os cursos
e dicas profissionais
Cursos Senai » Exercícios práticos sobre operação Construção Residencial
de grua » Teoria e Prática
Eletricista Instalador Duração: 24 horas » Higiene e Segurança no Trabalho
» Grandezas elétricas e unidades de Preço: R$ 390,00 » Fundações e Impermeabilização
medida Senai Tatuapé-SP » Tipos e características de concreto
» Geração, transmissão e distribuição Tels.: (11) 6191-6176 para fundação
de energia e (11) 2295-2722 » Fôrmas e armações de ferro para
» Norma técnica de instalações www.sp.senai.br/construcaocivil estrutura de concreto
elétricas: NBR 5410 » Tipos e características de
» Segurança em eletricidade Assentamento de Blocos impermeabilização
» Entrada de energia (padrão e Tijolos » Elevação de Parede – Blocos e Tijolos
Eletropaulo) com caixa de um e O curso fornece aos participantes co- » Uso de Prumo, Nível e Esquadro
dois medidores nhecimentos técnicos para assentar ti- » Assentamento
» Noções de aterramento jolos e blocos e para preparar arga- » Revestimento com Argamassa
» Condutores fase, neutro, retorno e massa, utilizando-se de ferramentas e Convencional
de proteção (terra) materiais apropriados, obedecendo às » Revestimento com Placas Cerâmicas
» Soldagem e isolação normas de segurança. Duração: 120 Horas
» Simbologia elétrica Duração: 48 horas Taxa de inscrição: R$ 15,00
» Tecnologia dos materiais Preço: 2 x R$ 31,35 Preço: 6 x R$ 65,00
» Execução de instalações Senai Bragança Paulista-SP Senai Araras-SP
» Campainha Tels.: (11) 4035-5422 Tels.: (19) 3542-6220
» Relé fotoelétrico e (11) 4035-5422 e (19) 3542-6222
» Instalação de eletrodutos e condutores senaibrag@sp.senai.br senaiararas@sp.senai.br
» Quadro de distribuição
» Medição de grandezas elétricas
Duração: 80 horas Curso Drywall
Preço: R$ 420,00 Estão abertas as inscrições para os Paredes Curvas:
Senai Osasco-SP cursos gratuitos Drywall da Placo,de Maio: 16
Tels.: (11) 3685-7999 e (11) 3685-7999 formação de mão-de-obra em insta- Junho: 20
www.sp.senai.br/osasco lação de paredes, forros e revesti- Forros FHP:
mentos em drywall, e para recicla- Maio: 30
Aperfeiçoamento para gem e aperfeiçoamento de instalado- Junho: 13
Operador de Grua/Sinaleiro res, orçamentistas e projetistas. Projetistas e Orçamentistas:
Amarrador de Cargas Maio: 30 e 31
» Classificação de gruas, montagem Datas: Junho: 27 e 28
e instalação Instaladores Sistemas
» Testes, regulagem e dispositivo de Placostil: Local: Centro de Treinamento
segurança Maio: 10 e 11; 17 e 18; 24 e 25; 31 (Mogi das Cruzes-SP)
» Operação de grua, amarração de e 1/6 Informações: Departamento de
cargas, sistemas de sinalização Junho: 14 e 15; 21 e 22; 28 e 29 Marketing pelo e-mail:
» Legislação de segurança NR 05, Reciclagem: sac.placo@saint-gobain.com
NR 06, NR 18 Maio: 23 Tel.: (11) 4795 7379
» Comunicação, procedimentos Junho: 27 Site: www.placo.com.br
» Planejamento e trabalho em equipe

8 EQUIPE DE OBRA
certo-errado_Eq11.qxd 11/5/2007 11:47 Page 9

Certo e Errado

Segurança
e saúde nas obras
CERTO ERRADO
Fotos: Fábio Villas Boas

Os blocos estão armazenados de maneira Nessa obra há várias irregularidades: trabalhadores

organizada e foram até amarrados com sem capacete e sem cinto trava-quedas, além de
arames para não se deslocarem. andaimes precários.

CERTO ERRADO

Vê-se que é final de obra e a equipe zelou pela Além dos pedaços de madeira entulhados, as
organização do material (EPS) que deverá ser usado pontas das ferragens estão sem proteção, o
para fazer lajes de outros prédios. que pode machucar operários e transeuntes.

Colabore com a seção Certo e Errado - envie fotos em alta resolução sobre bons e maus exemplos relacionados à organização, segu-
rança e saúde nos canteiros. Não serão identificadas construtoras ou obras. O objetivo da revista é orientação por meio de imagens.
E-mail: equipedeobra@pini.com.br.

EQUIPE DE OBRA 9
entrevista_11.qxd 11/5/2007 11:45 Page 10
Papo de obra
Toque feminino no
As mulheres são detalhistas, organizadas e gostam de obra limpa
PERFIL
Fotos: Marcelo Scandaroli
Quando e como você começou a
trabalhar na construção civil?
Entrei na Construtora Micura para tra-
balhar na área administrativa há dois
anos. Ouvindo o pessoal comentar sobre
esse sistema construtivo metálico, fiquei
interessada. Queria ver se era possível
mesmo construir uma casa em poucos
dias, com um material leve e um cantei-
ro limpo. Então, recebi o convite para
fazer o curso, com duração de seis me-
ses e com aulas diárias.Fiquei fascinada
e curiosa e, logo, eu já estava na obra.
Que atividades você executa na obra?
Eu faço a montagem da estrutura, corte
dos perfis,montagem dos painéis de steel
frame, instalação de chapas cimentícias
externas e paredes internas de drywall,
inclusive embutindo as tubulações.Tam-
bém faço forro, telhado, ou seja, pratica-
mente tudo! O interessante é que esse
10 EQUIPE DE OBRA
Nome: Michelle Cardoso
Idade: 30 anos
Onde nasceu: Mogi das Cruzes,
São Paulo
Onde trabalha: na construtora
Micura, especializada em steel frame
Função: montadora de steel frame
Em que tipo de obra trabalha:
construções residenciais e
comerciais
Como aprendeu a profissão: após
curso realizado pela própria
construtora
Maior sonho: ter a casa própria
sistema funciona como uma montagem.
A gente vai juntando uma peça na outra
e, rapidinho, a casa está pronta.
Não falta força física para
desempenhar na obra, pelo fato de
você ser mulher?
De jeito nenhum! Nesse tipo de obra em
que trabalho,os materiais e as ferramen-
tas são bastante leves. Mas mesmo em
uma obra convencional, com tijolo e ar-
gamassa, eu acho que não teria proble-
mas para trabalhar. Eu gosto desse tipo
de atividade. Subo em telhado, carrego
coisas,faço tudo o que for necessário pa-
ra que a construção seja bem-feita.
Você sempre teve a intenção de
trabalhar em obra?
Na verdade não. Depois que eu terminei
o 2o grau, quis trabalhar na área admi-
nistrativa e de recursos humanos por-
que sempre gostei de lidar com pessoas.
Mas surgiu essa oportunidade e eu a
agarrei. Hoje, eu ainda faço alguns tra-
balhos no escritório na construtora em
que trabalho, auxiliando o gerencia-
mento das obras, na compra e no rece-
bimento de materiais etc. E é engraça-
do, quando estou no escritório, sinto
saudades da obra.
O que você mais gosta em uma obra?
Gosto muito de fazer a montagem dos
perfis e dos painéis. É quando a gente
percebe a casa nascendo.
E o que você menos gosta?
Não gosto tanto da fase impermeabili-
zação, pois são necessárias várias de-
mãos. É um serviço que não dá para
terminar em um dia só.
Há muito preconceito pelo fato de
você ser mulher e trabalhar em obra?
Não. Aliás, eu nunca percebi preconcei-
to, nem das pessoas que trabalham em
construção, nem das pessoas de fora.
Aqui na construtora há mais quatro
meninas trabalhando em obra e a gente
se dá bem quando encontra outros ope-
rários homens, no canteiro. Eles nos
respeitam, principalmente porque sa-
bem que as mulheres são bem detalhis-
tas, organizadas e se preocupam mais
com a limpeza. A única diferença é que
"Subo no telhado,
carrego coisas, faço
o que for necessário
na obra"
entrevista_11.qxd 15/5/2007 14:22 Page 11
canteiro
Michele em seu apartamento, em Mogi das Cruzes
Michele prepara instalações da parede de drywall na obra
precisamos de um banheiro separado
do deles. Só isso.
Como é sua rotina de trabalho?
Deve ser muito parecida com a de outros
trabalhadores.Eu saio cedo de casa,vou
para a obra, faço o que precisa ser feito,
às vezes, vou para o escritório. No final
do dia,vou para casa.À noite e nos finais
de semana, eu saio com o meu namora-
Com o irmão, a mãe e a sobrinha
do, pegamos um cineminha, essas coisas
que as pessoas normais costumam fazer.
Qual foi a obra que você mais
gostou de trabalhar?
Todas as obras foram muito legais e é
difícil escolher uma. Mas fiz uma lan-
chonete aqui em Mogi das Cruzes, que
ficou muito bonita e foi entregue em
apenas quatro meses.
Reportagem: Juliana Nakamura
Qual é o seu maior sonho?
Do lado profissional, gostaria de conti-
nuar fazendo sempre trabalhos de que
gosto. Do lado pessoal, meu sonho, co-
mo o de várias pessoas, é adquirir mi-
nha casa. Quem sabe, no futuro, eu mes-
ma possa construí-la com minhas pró-
prias mãos?
Quais são seus planos para o futuro?
Espero continuar crescendo, melhoran-
do e aprendendo coisas novas nessa
profissão. Não pretendo mudar de
área.Trabalhar em obras tem me feito
muito feliz e já percebi que esse é um
segmento que precisa de gente especia-
lizada. Então, pretendo me especializar
cada vez mais.
Que características o profissional
da construção deve possuir para ter
sucesso, em sua opinião?
O importante é conhecer aquilo que vo-
cê está fazendo, o sistema e os mate-
riais com os quais você está trabalhan-
do. Outra coisa fundamental é ter von-
tade de aprender. Sem essa motivação,
ninguém evolui, nem sai do lugar.
EQUIPE DE OBRA 11
passo-forros.qxd 11/5/2007 12:00 Page 12

Passo a Passo

Como executar subco b

Os procedimentos para aplicar subcoberturas
em telhados
Infiltrações, goteiras e mofo são al-
guns dos problemas que podem ser evi-
tados com a instalação correta de um
sistema de subcobertura, que também
cumpre o papel de reduzir a radiação
solar, garantindo maior conforto térmi-
co à construção. Geralmente revestidas
com uma película de alumínio refletora,
as mantas são leves, fáceis de manuse-
ar e podem ser grampeadas direta-
mente sobre os caibros de madeira. Co-
mo o bom desempenho do sistema de
subcobertura está diretamente associa-
do à instalação bem-feita, toda atenção
aos detalhes é necessária durante a fix-
ação da manta e dos contracaibros.
Outro ponto delicado é o nivelamento
do ripamento, do qual depende o en- Materiais necessários: capacete, luvas, calçado de segurança, furadeira,
caixe perfeito das telhas. Para o profis- serrote, martelo, metro, esquadro, lápis, estilete, linha, galga para ripa,
sional que irá executar esse tipo de sargento para linha, grosa, cinto para ferramentas de carpinteiro e
serviço, recomenda-se sempre estar grampeador de tapeceiro.
acompanhado de um ajudante. Além
disso, os procedimentos devem ser Passo 1
feitos por fiadas, iniciando-se pelo
beiral e prosseguindo até a cumeeira.

1 O processo de execução da
subcobertura começa com a
instalação dos caibros (ou
tesouras) no madeiramento do
telhado. Isso deve ser feito com a
fixação de peças paralelas, sempre
no sentido vertical. O espaçamento
adequado entre os caibros é de 30
a 50 cm, aproximadamente.

12 EQUIPE DE OBRA
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o berturas em telhados Reportagem: Juliana Nakamura

Passo 2 Passo 3

2 Com o madeiramento pronto, o passo seguinte é a instalação

da testeira (também conhecida como tabeira), que deve ser 3 Em seguida, instale a calha do beiral com
feita com pregos e ficar nivelada com os caibros. pregos e ganchos metálicos.

Passo 4 Passo 5

5 Deixe uma sobra da manta de aproximadamente 10 cm para

4 Desenrole a subcobertura sobre os caibros dentro da calha. Essa sobra deve ser dobrada, como se a
horizontalmente, sempre de baixo para cima. manta estivesse "embrulhando" o telhado.

EQUIPE DE OBRA 13
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Passo a Passo

Passo 6 Passo 7 Observe o detalhe!

7 Para fixar a segunda

fiada da
6 Grampeie a manta nos caibros do madeiramento. É subcobertura, tome
importante que a manta não fique totalmente esticada, de cuidado para
maneira que forme pequenas calhas entre os caibros. Isso sobrepor, no mínimo
deve ser feito para garantir a formação de um colchão 10 cm da manta, sobre a primeira fiada.
de ar, necessário para garantia do desempenho térmico Faça o mesmo com as demais fiadas até
da subcobertura. concluir toda a superfície a ser coberta.

Passo 8 Passo 9

9 Em seguida, parta para a fixação dos contracaibros (também

conhecidos como recaibros) nos caibros. Inicie sempre pela fixação
das peças verticais. Os contracaibros são importantes para criar
8 Cole todas as emendas das mantas com fita um distanciamento entre a telha e a manta e permitir a circulação
adesiva antigoteira própria para subcoberturas. de ar e a passagem de água, caso alguma telha se quebre.

14 EQUIPE DE OBRA
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Passo 10 Passo 11

10 Na primeira fiada, tome o cuidado de fixar duas

ripas (uma sobre a outra). Isso é necessário
para manter o caimento adequado ao telhado.

Passo 12

11 A execução das duas primeiras ripas exige maior atenção,

pois disso dependerá todo o alinhamento das telhas. Meça
com cuidado o local de fixação da segunda ripa, de acordo
com a telha a ser utilizada. No caso de telhas de
concreto, por exemplo, a distância entre a primeira e a
segunda ripa deve ser de 29 cm. Nas demais fiadas, a
distância deve ser de 32 cm.

Passo 13

12 Para garantir 100% de nivelamento nessa

primeira fiada, antes de pregar a ripa, fixe o
sargento na madeira e utilize a linha como
referência.

Passo 14

13 Para as demais fiadas você pode trabalhar com um

dispositivo de alinhamento de ripas (uma espécie de
14 Pronto. Agora você já pode iniciar a colocação esquadro específico para esse tipo de trabalho) ou produzir
das telhas. uma galga (gabarito de madeira) no próprio canteiro.

EQUIPE DE OBRA 15
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Passo a Passo

IMPORTANTE!

Esse passo a passo foi realizado numa das

salas de aula da Escola Senai Orlando Laviero
Ferraiuolo. Portanto, é preciso lembrar que
numa situação real de trabalho em altura,
como é o caso de telhados, é imprescindível
utilizar os EPIs adequados. Para serviços em
telhados, como montagem de subcobertura, é
obrigatória a instalação de cabo-guia de aço
para fixação de cinto de segurança do tipo
pára-quedista. Outra recomendação
importante é o uso de sinalização e
isolamento, no chão próximo da obra, para
evitar que outros trabalhadores ou transeuntes
sejam atingidos por uma eventual queda de
materiais e/ou equipamentos.

DICAS

» É fundamental que haja uma

distância mínima de 6 cm entre a
manta da subcobertura e a telha.

» Como a manta normalmente possui

revestimento de alumínio
(brilhante), recomenda-se que o
instalador utilize óculos escuros,
sobretudo em dias de sol forte.

» Se a manta apresentar a película de

alumínio apenas em uma de suas
faces, o alumínio deve ser
posicionado para baixo (para otimizar
o desempenho térmico da cobertura)

» Fique atento à sua segurança

durante a instalação. Além dos EPIs
e cabo-guia, é muito importante a
utilização de uma tábua de proteção
adequada sobre o telhado, de forma
que o instalador possa andar sobre
ela e, ainda, ter um ponto de apoio
para o recebimento das telhas. Essa
tábua deve ter degraus de 40 cm de
distância entre eles e estar apoiada,
no mínimo, em três terças.

Apoio técnico: Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo. Instrutor: Antônio Alves Goulart.
16 EQUIPE DE OBRA
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Plantas

Planta de hidráulica d
Como interpretar uma planta de hidráulica de cozinha

A
ntes de iniciar qualquer obra
numa cozinha, é importante Dicas para facilitar a leitura da planta:
que o profissional faça um » Observe a legenda com atenção
planejamento para obedecer às se- » Verifique no carimbo do desenho se a escala está indicada e se a unidade
qüências lógicas de instalações hi- de medida das cotas é informada. Se o projeto estiver em escala, transfi-
dráulicas. Esse planejamento, coloca- ra as medidas para a escala real
do no papel, e representado grafica- » Identifique os pontos críticos da instalação como sobreposições, cotas de al-
mente é a planta de hidráulica. É pre- tura dos pontos, fixação na parede, distâncias horizontais e outros detalhes;
ciso ainda relacionar e conferir os ma- » Observe a espessura e forma das linhas, pois elas se referem a diferen-
teriais que serão utilizados. E seguir à tes informações
risca as informações contidas na plan- » Analise em conjunto a planta baixa e elevações
ta. Detalhes como pontos de mistura » Se a planta estiver em preto e branco,grife com canetas do tipo "marca texto",
da água quente e fria, dimensionamen- de cores diferentes, o que é esgoto, tubulação de água fria ou de água quente
to da tubulação de esgoto e medidas » Na planta de água, com vista isométrica, fique atento ao sentido das tubu-
padrão para instalação de aparelhos lações (sobe, desce, horizontal, para frente, para trás)
hidráulicos, são indicações que devem » Procure o projetista se houver alguma alteração no projeto ou dúvidas na
ser cuidadosamente observadas. leitura e interpretação do desenho
O projeto apresentado aqui, por
exemplo, mostra a instalação hidráuli-
ca de uma cozinha em que as tubula-
ções passam por dentro de shafts (du-
tos destinados para passagem de ins-
talações hidráulicas e elétricas). As
elevações e cortes demonstram como
cada item deve ser instalado. Nesse ti-
po de planta, os desenhos das peças de
esgoto e metais sanitários são forneci-
dos pelos respectivos fabricantes. O
primeiro corte mostra as instalações
de água quente e fria. O segundo, os
detalhes da instalação do esgoto. As
cotas (medidas) são fornecidas de ma-
neira a evitar confusão na interpreta-
ção do desenho. A simbologia utiliza-
da, por sua vez, é padronizada para o
dia-a-dia do canteiro de obra.

Detalhes como ponto de mistura de água quente e fria são indicados na planta

Apoio técnico: Leandro Arrabal, instrutor de Instalações Hidráulicas da Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo.
18 EQUIPE DE OBRA
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a de cozinha Reportagem: Gisele Cichinelli

B A

V-PVC TQ-PVC AF-PVC AQ-CPVC V-PVC

ø75 ø100 ø50 ø54 ø75
12.79

TQ-PVC
ø20 ø15 ø100
25.57

22.38
35.16
.15

28.77
18.38

PVC PVC
ø40 ø50 6.40 B

Corte A-A Corte B-B

RELAÇÃO DE MATERIAIS
DESCRIÇÃO QUANT.
Curva 90º curta Série N 40 mm com bolsas lisas 01 un
Joelho 45º Série N 50 mm 02 un
Junção simples Série N 100 x 50 mm 01 un
Luva simples Série N 100 mm 01 un
Luva simples Série N 75 mm 01 un
Tê Série N 50 mm 01 un
Anel de borracha 100 mm 02 un
Anel de borracha 50 mm 06 un
Anel de borracha 75 mm 02 un
Joelho 90º Série N 38 x 40 mm com anel de borracha e bolsa lisa 01 un
Bucha de redução longa Série N 100 x 50 mm 01 un
Junção invertida Série N 75 x 50 mm 01 un
Tê de redução soldável – marrom – 50 x 20 mm 01 un
Joelho 90º soldável – marrom – 20 mm 02 un
Adaptador curto soldável – marrom – 20 mm x 1/2" 02 un LEGENDA
Registro de gaveta com acabamento 1/2" 01 un DESCRIÇÃO Simbologia
Joelho 90º soldável com bucha de latão – azul – 20 mm x 1/2" 01 un Acabamento do registro
Tê Aquatherm 54 mm 01 un
Bucha de redução Aquatherm 54 x 42 mm 01 un Ponto de saída de água
Bucha de redução Aquatherm 42 x 35 mm 01 un Registro de gaveta
Bucha de redução Aquatherm 35 x 28 mm 01 un Tubo que sobe
Bucha de redução Aquatherm 28 x 22 mm 01 un Tubo que desce
Bucha de redução Aquatherm 22 x 15 mm 01 un Joelho 90º
Joelho 90º Aquatherm 15 mm 02 un Tê com redução
Conector Aquatherm 15 mm x 1/2" 01 un
Joelho 90º de transição Aquatherm 15 mm x 1/2" 02 un Água fria AF
Tubo Série N 100 mm 3m Água quente AQ
Tubo soldável – marrom – 50 mm 3m Tubo de queda – esgoto TQ
Tubo Série N 75 mm 3m Ventilação – esgoto V
Tubo Série N 50 mm 3m Linha tracejada
Tubo Série N 40 mm 3m Linha contínua
Tubo soldável – marrom – 20 mm 3m Observação:
Tubo Aquatherm 54 mm 3m Para as conexões de esgoto deve-se seguir a simbologia de cada peça,
Tubo Aquatherm 15 mm 3m representada no projeto pelo desenho da mesma.

Importante! A água fria deve vir pelo lado direito e a quente pelo lado esquerdo. Na legenda, a água fria tem linha
contínua e a água quente, linha tracejada.

EQUIPE DE OBRA 19
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Saúde

Álcool no canteiro d e
Conheça os perigos desse hábito que pode virar doença

B
aixa produtividade, má quali-
dade do trabalho, ausências,
atrasos constantes, discussões
e brigas, podem ser indícios de uso do
álcool no trabalho. Isso deve ser evita-
do ao máximo, pois a construção civil é
cheia de situações de risco, mesmo para
quem está sóbrio. E vale lembrar que
até uma dose é o suficiente para deixar
a pessoa tonta, incapacitada para as
atividades na obra, pronta para provo-
car ou sofrer acidentes de trabalho.
O pior é quando isso se torna um hábi-
to,o que pode levar facilmente ao alcoolis-
mo, considerado uma doença, que se ca-
racteriza por compulsão pela bebida.
Com o passar do tempo,a pessoa bebe ca-
da vez mais, e não consegue ficar nem
mais um dia sem ingerir álcool.Sem a be-
bida começa a ter tremores, convulsões,
alucinações,podendo evoluir para o coma
e a morte.O indivíduo que bebe de vez em
quando pode provocar situações desagra-
dáveis, mas entende o perigo e evita cair
na mesma situação novamente.
Apesar do perigo, infelizmente, o
problema é comum nos canteiros. Para
muitos a bebida acaba funcionando co-
mo um "remédio" contra o estresse, o
cansaço e a falta de perspectivas pro-
fissionais. O indivíduo bebe e experi-
menta uma sensação agradável, mas
passageira, que dependendo do rumo
se transforma em um quadro grave de
dependência, com conseqüências físi-
cas, profissionais e emocionais.
Fica violento, irritadiço, o que pre-
judica a convivência com os familiares
e amigos. Além disso, fica vulnerável a
uma série de doenças como perda de
memória, raciocínio confuso, falta de
coordenação motora, convulsões, do-
res e queimação nos braços e pernas,
cirrose, entre outros problemas.
No trabalho, a bebida é um dos maio-
res causadores de acidentes, pois altera
muito a percepção e os reflexos, mesmo
quando consumida em pequenas doses.
Doença controlada
O alcoolismo é uma doença sem cu-
ra. Mas que pode ser controlada com
acompanhamento médico e com apoio
psicológico ao doente e a sua família.

Quedas – Com o álcool, é mais fácil ficar tonto, tropeçar e cair ao trabalhar em altura ou em
escavações. A ingestão de álcool leva ao descuido, com utilização incorreta dos EPIs.
Ilustrações: Estúdio Manga

As causas do alcoolismo no canteiro são relacionadas à situação de trabalho.

Trabalho em turnos, carga horária excessiva, falta de perspectiva de crescimento no emprego fazem com
que o álcool se torne um alívio momentâneo.
Humanização e melhoria das condições de trabalho podem ser a saída.

Apoio técnico: Jolivan Lopes Galvão, instrutor de treinamento do Senai Tatuapé; Rubens Leme de Souza, médico do Sesi-SP
20 EQUIPE DE OBRA
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d e obras Reportagem: Gisele Cichinelli

Choque elétrico – Por estar com a atenção prejudicada, o trabalhador pode pegar em fios
descobertos e em outros pontos de corrente elétrica.

A pessoa deixa de ter domínio sobre alterações provocadas pelo álcool.

O álcool é uma das maiores causas de acidentes de trabalho, provocando alterações na percepção e nos reflexos.
Além disso, o álcool dá sensação de poder fazer tudo, levando a negligenciar os EPIs ou a usá-los de
maneira errada.

Ferimentos – Com o uso do álcool, fica mais fácil se ferir com as ferramentas de uso na obra
como martelos, pregos, arames, partes móveis de equipamentos e máquinas.

O trabalhador começa a ingerir álcool para relaxar.

Com o trabalho estressante, a pessoa apresenta alterações como irritabilidade e insônia, que não configuram uma
doença, mas levam a buscar o falso conforto da bebida.
Essa definitivamente não é a melhor maneira de relaxar. É preciso aprender a fazer isso de forma mais saudável.

EQUIPE DE OBRA 21
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Saúde

Intoxicação – Alcoolizados, os trabalhadores facilmente podem se intoxicar com produtos

perigosos, tais como gases, poeiras, vapores de produtos químicos, tintas, solventes, levando a
conseqüências quase sempre graves.

Por uma questão cultural o alcoolismo não é visto como um problema sério.
O álcool é barato, fácil de encontrar. Próximo das obras há sempre uma "barraca" ou um boteco que vende bebidas
alcoólicas. Na vida social, como em churrascos, festas, encontros familiares, sempre há álcool.
Mas é possível participar de atividades sociais e esportivas, com diversão garantida, mesmo sem a presença de
bebidas alcoólicas.

O isolamento dos colegas só agrava o susceptíveis a desenvolver a doença. Atenção e cuidados

quadro, pois causa depressão e dificul-
dades de relacionamento. "O alcoólatra
não deve ser marginalizado e persegui-
do pela falta de compreensão da doença
que apresenta", orienta Dr. Sergio Ru-
bens Leme de Souza, médico do Pro-
grama Saúde na Empresa, da Diretoria
de Assistência Médica e Odontológica
do Sesi-SP.
Embora fatores genéticos e sociais
contribuam, algumas pessoas são mais
Sinais do uso de bebidas alcoólicas
» Lentidão;
» Não realização de tarefas
determinadas;
» Acidentes no trabalho e fora
desse;
» Queda de produção e qualidade;
» Constantes faltas ou atrasos;
» Saídas freqüentes durante o
horário de trabalho;
» Acidentes na execução do trabalho;
» Constante alteração de humor;
Mas entre um gole e outro vale lembrar
que existe uma diferença grande entre
beber socialmente e ser um alcoólatra.
O dependente necessita da bebida para
levar seu dia adiante. Ele simplesmente
não consegue ficar sem beber.
Se você apresentar sintomas dessa
doença, não se envergonhe. Procure
ajuda urgentemente. Identificar a
doença e as suas causas são os primei-
ros passos para controlá-la.
» Mentiras e endividamentos com
os colegas;
» Pouca preocupação com a
aparência e higiene pessoal;
» Nega que bebe ou que usa
drogas, se abordado;
» Estado de excitação, euforia e
aumento de energia física;
» Tremores nas mãos e cãimbras;
» Apresenta inchaço, vermelhidão
no nariz e no rosto.
Exames médicos periódicos costu-
mam promover diagnósticos mais pre-
cisos quanto à tendência do operário
à doença.
De acordo com Jolivan Lopes Gal-
vão, instrutor de treinamento do Senai
Tatuapé, uma das maneiras de identifi-
car se o trabalhador está embriagado é
durante o chamado DDS (Diálogo Diá-
rio de Segurança).
Caso seja percebida alteração no
seu comportamento, o operário de-
verá ser afastado de qualquer ativi-
dade de risco e ser orientado a bus-
car ajuda.
Onde encontrar ajuda:
A.A. (Alcoólicos Anônimos)
http://www.alcoolicosanonimos.org.br
Tel.: 3229-3611
Sesi-SP
Av. Paulista, 1.313 - 4o andar - CEP
01311-923 - Tel.: (11) 3146-7706
http://www.sesisp.org.br/home/2006/

22 EQUIPE DE OBRA
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Especial

Arte é ferramenta de
Trabalhadores aprendem a transformar resíduos de materiais
de construção em objetos de arte e design

M
ateriais muitas vezes descar-
tados nos canteiros de obra,
como restos de tapumes de
madeira e vergalhões, estão virando ob-
jetos de arte. E os artistas, que nem
desconfiavam que podiam fazer arte,
são os próprios trabalhadores da cons-
trução civil. Esse é o objetivo central do
programa Mestres da Obra, que une
ações de responsabilidade social e am-
biental, tornando realidade a transfor-
mação de entulho em arte e de operá-
rios em artistas.
Nos canteiros de obra da constru-
tora Setin, em São Paulo, o trabalho
Fotos: Marcelo Scandaroli
vem sendo realizado há seis anos. São
montados ateliês em alguns canteiros
de obra que têm como objetivo a pro-
moção humana, a saúde mental e
emocional, qualidade de vida e a cons-
ciência ambiental. A ferramenta é a
arte. São oito aulas que acabam mar-
cando a vida desses trabalhadores pa-
ra sempre. Eles descobrem dons, gos-
tos e vocações que não conheciam,
mas que irão acompanhá-los por toda
a vida. Muitos se tornam pintores, es-
cultores, poetas. Ou apenas aprecia-
dores da arte, passando a freqüentar
museus e exposições.
As turmas são formadas com 15 a 20
alunos, que têm aulas semanais de duas
horas, no horário de trabalho. No ateliê,
aprendem desenho, pintura e escultura
utilizando resíduos de materiais de cons-
trução. Nos seis anos de existência do
projeto, cerca de 500 trabalhadores par-
ticiparam do programa.
Revalorização humana
Criado pelo educador ambiental
Daniel Cywinski e pelo arquiteto Ar-
thur Pugliese, o Mestres da Obra foi
pensado para aliviar a rotina estressan-
te e o trabalho pesado do canteiro de

Os artistas e suas obras: formandos do canteiro de obras da Setin, no Cambuci, em São Paulo

24 EQUIPE DE OBRA
 arte-ferramenta.qxd 11/5/2007 12:53 Page 25
de evolução
obras. "O programa promove a qualida-
de de vida dos trabalhadores, que so-
frem de stress físico e mental. As aulas
acabam se tornando também um mo-
mento de lazer", afirma Pugliese.
Uma característica que marca o tra-
balhador da construção é a migração,
geralmente forçada, em busca de traba-
lho nos grandes centros. "A migração é
geradora de conflitos de identidade e
stress, pois ele deixa família, cultura e
hábitos de sua terra natal, para assumir
um trabalho pesado, em cidades com es-
tilo de vida e referências completamente
diferentes do que está acostumado. Nes-
ta cultura de massa, o saber dele não va-
le mais nada. O importante é o consu-
mismo, o celular, a TV. Por isso, é preciso
revalorizar este ser humano", explica
Daniel Cywinski.
Cywinski explica que o Mestres da
Obra busca isso, uma ação de desenvol-
vimento humano, que ajuda no autoco-
nhecimento, minimizando choque cul-
tural e emocional por meio da arte. A
arte cai como uma luva nessas mãos
que trabalham, transformam mate-
riais, constroem, promovendo comuni-
cação direta com o emocional. "Eles
entram nas aulas meio desconfiados,
questionando-se sobre sua capacidade
de criar, desenhar e acabam descobrin-
do a beleza por meio da arte. Quando o
curso acaba estão mais comunicativos,
mais tranqüilos, pois desenvolveram a
auto-estima. A arte desperta um uni-
verso interior que torna mais fácil en-
frentar a vida, melhorando em muito os
relacionamentos pessoais e no traba-
lho", conta Cywinski.
Vivenciando a arte
No último mês de abril aconteceu a
formatura de cinco trabalhadores de um
Reportagem: Aline Alves e Heloisa Medeiros
Nome: João Alves Rodrigues
Idade: 26 anos
Local de nascimento: Minas Novas,
Minas Gerais
Tempo de profissão: 5 anos
Função: carpinteiro
Por que resolveu fazer o curso?
Fui convidado, fiz a primeira aula,
gostei e continuei.Achei que fosse ou-
tra coisa, não imaginei que fosse arte.
Do que mais gostou?
Gostei de tudo. Nunca tinha dese-
nhado antes e gostei muito da parte
de pintura.
O que aprendeu trabalhando com a
arte?
Aprendi sobre as tintas. Não sabia
quais eram as cores primárias e se-
cundárias.
Como a arte vai influenciar seu tra-
balho no canteiro de obras?
Quanto mais a gente aprende, melhor.
Eu aprendi até geometria e isso vai me
ajudar no trabalho porque é a mesma
linguagem. Eu também dou aula de ca-
tecismo para crianças e isso vai me aju-
dar para fazer um trabalho com elas.
empreendimento da Setin, no bairro do
Cambuci, em São Paulo. Além da entre-
ga dos certificados, houve comemoração
com direito a bolo e refrigerantes. Boa
Nome: José Adriano Segundino
dos Santos
Idade: 31 anos
Local de nascimento: Desterro,
Paraíba
Tempo de profissão: 10 anos
Função: armador
Por que resolveu fazer o curso?
Porque achei muito interessante. Já
trabalhei em muitos cantos e nunca
tinha visto isso.
O que mais gostou?
Gostei mais do projeto com madei-
ra, porque a gente pegou o que ia jo-
gar fora e ficou bem bonito. Tam-
bém achei muito interessante o tra-
balho com a fé, fiz um terço.
O que aprendeu trabalhando com a
arte?
Aprendi a desenhar.
Como a arte vai influenciar seu tra-
balho no canteiro de obras?
Agora sei para que serve o que se jo-
ga fora nas obras. O que fizemos nes-
sas peças eu faria em outras obras.
parte do que a turma produziu estava es-
palhado pelas paredes, mesas e no chão
do ateliê. As obras de arte foram desen-
volvidas a partir de alguns temas princi-
EQUIPE DE OBRA 25
arte-ferramenta.qxd 11/5/2007 12:53 Page 26
Especial
Nome: Ademilton Soares Martins
Idade: 25 anos
Local de nascimento: Chapada do
Norte, Minas Gerais
Tempo de profissão: 5 anos
Função: ajudante
Por que resolveu fazer o curso?
Porque vi os trabalhos de arte, achei
o projeto bom e gostei.
O que mais gostou?
Gostei mais do desenho.
O que aprendeu trabalhando com a
arte?
Não sabia desenhar e aprendi. Apren-
di que com o material que pensam que
é lixo dá para fazer arte.
Como a arte vai influenciar seu tra-
balho no canteiro de obras?
Acho que vai me ajudar muito.Tudo o
que a gente aprende sempre usa. E
quero continuar fazendo arte.
pais como a fé, os animais e o pintor ita-
liano Alfredo Volpi (1896-1988),que foi
morador do Cambuci.Em uma das ativi-
dades, os alunos, de diversas partes do
País, pintaram quadros fazendo uma re-
leitura da obra de Volpi e aprenderam
que tinham muito em comum com o ita-
liano, que saiu de sua terra para tentar a
vida em São Paulo.
Mesmo com o fim do curso, os alu-
nos receberam mais uma tarefa do pro-
fessor Daniel Cywinski. Com uma má-
quina digital, os trabalhadores vão re-
gistrar durante dois dias o cotidiano do
canteiro de obra. As fotos farão parte
de um projeto de âmbito mundial, cha-
mado "Olhares do canteiro", e serão ex-
26 EQUIPE DE OBRA
Nome: Pedro Jesus de Souza
Idade: 31 anos
Local de nascimento: Macaúbas, Bahia
Tempo de profissão: 7 anos
Função: ajudante
Por que resolveu fazer o curso?
O mestre-de-obras me chamou para
fazer.
O que mais gostou?
Gostei mais de desenhar os animais e
de fazer os quadros com madeira. No
começo foi difícil, mas consegui fazer.
O que aprendeu trabalhando com a
arte?
Aprendi a desenhar e agora qualquer
coisa que vejo, penso em um jeito de fa-
zer alguma obra de arte.
Como a arte vai influenciar seu traba-
lho no canteiro de obras?
Acho que ajudou a desenvolver a men-
te e vai me ajudar no trabalho.
postas ao lado de outras imagens feitas
por trabalhadores da construção civil
de diversos países.
Além das artes plásticas e da foto-
grafia, o Mestres da Obra traz também
a poesia e o teatro aos trabalhadores.
No final de 2006, o ator Caio Pugliese
Salay apresentou o espetáculo "Des
Construção", uma peça que retrata to-
da a trajetória do operário, desde o mo-
mento do nascimento até a chegada à
obra. Os trabalhadores puderam inte-
ragir com o ator em alguns momentos
do espetáculo. "Foi uma experiência
muito interessante.Todos ficaram mui-
to atentos, interagiram e brincaram",
conta Salay.
Apoio do projeto: Solvay Indupa. Apoios institucionais: SindusCon-SP, Sintracon-SP
Nome: Raimundo Alves da Silva
Idade: 46 anos
Local de nascimento: Batalha, Piauí
Tempo de profissão: 28 anos
Função: carpinteiro
Por que resolveu fazer o curso?
O mestre-de-obras me convidou para
fazer.
O que mais gostou?
Gostei de tudo, mais das pinturas e
dos professores.
O que aprendeu trabalhando com a arte?
Não sabia o que eram as tintas, o
mais importante foi conhecer as co-
res primárias e secundárias.
Como a arte vai influenciar seu tra-
balho no canteiro de obras?
O que aprendi aqui vai ajudar muito
no dia-a-dia.Também conheci como
trabalhar as cores e posso pintar pa-
redes melhor agora.
O programa Mestres da Obra não fica
só nos canteiros. Os trabalhadores têm a
oportunidade de visitar museus e exposi-
ções, como o Memorial da América Lati-
na e a Bienal de Arte, em São Paulo.
Além disso, as obras de arte produzidas
nos ateliês, em geral, são expostas em lo-
cais de destaque, como o Instituto Euro-
peo de Design e na ONG Cidade Aprendiz.
O programa também tem parcerias
com o SindusCon-SP (Sindicato da In-
dústria da Construção Civil do Estado de
São Paulo) e com o Sintracon-SP (Sin-
dicato dos Trabalhadores da Indústria da
Construção Civil de São Paulo). Além
dos ateliês, realiza workshops em obras
de outras construtoras.
arte-ferramenta.qxd 11/5/2007 12:53 Page 27
medicao_11.qxd 11/5/2007 14:45 Page 28

Medição

Calçadas com blocos

Aprenda a quantificar e a orçar os materiais
para a execução do serviço

O
pavimento intertravado é execu-
tado com blocos de concreto
pré-fabricados, assentados so-
bre colchão de areia, travados pela
contenção lateral e pelo atrito das
peças com camada de areia.
Se o solo local não apresentar uma
boa capacidade de suporte, ou se for
preciso melhorar as condições de
drenagem, recomenda-se o uso de um
material granular para compor a base,
como por exemplo, a bica corrida. O
orçamento é composto de quatro eta-
pas: a descrição da obra, o cálculo de
consumo de materiais, a definição dos
serviços e os custos totais.
Uma seção típica de pavimento in-
tertravado para calçadas compreende:

Contenção lateral
Descrição da obra* Areia de rejuntamento
Peças pré-moldadas de concreto
Comprimento da calçada (C) C = 5 (m)
Areia de assentamento
Largura da calçada (L) L = 2 (m) Base
Área da calçada (A) = C x L A= 10 (m²) Subleito
Espessura da base granular Ebg = 0,05 (m) 6 cm
4 cm
*(use os números conforme seu projeto) 5 cm

Contenção lateral
Cálculo de consumo de materiais
Peças pré-moldadas
de concreto Camada de blocos Volume de areia
(ou rolamento) para rejunte (Var)
Área de blocos (N) (Var) = A x (0,01)*
N = A x (1,05)* Var = 10 x 0,01
N = 10 x 1,05 Var = 0,1 m³
Ebg
N = 10,5 m² *Considerando o acréscimo de 25%
*Considerando uma perda de 3% por para cobrir perdas por manipulação.
ajuste, mais 2% por peças defeituosas.
O valor da perda está relacionado com Base granular
a paginação do projeto. Volume de material para base
6 cm granular (Vgr)
Areia de 4 cm Volume de areia para camada de Vgr = A x Ebg x (1,3)*
assentamento assentamento (Vac) Vgr = 10 x 0,05 x 1,3
(Vac) = A x 0,05 m Vgr = 0,65 m³
Base Vac = 10 x 0,05 *Considera-se que a espessura em
Vac = 0,5 m³ estado solto corresponda a 30% a mais.
Subleito

Apoio Técnico: Cláudio Oliveira Silva e Glécia Vieira(ABCP) e Ramon Barral (Oterprem)
28 EQUIPE DE OBRA
 medicao_11.qxd 11/5/2007 14:45 Page 29

os intertravados Reportagem: Daniele Rissi

Definição dos serviços e suas etapas Programa Passeio Livre

Considerando-se uma área de 10 m2
A Prefeitura de São Paulo criou o
» Abertura de caixa, com 15 cm de » Compactação da camada Programa Passeio Livre para in-
altura (6 cm bloco + 4 cm areia granular a 100% centivar a população a construir,
assentamento + 5 cm base) » Lançamento de colchão de areia recuperar e manter as calçadas em
» Compactação do solo do subleito com máximo de 5 cm de espessura bom estado de conservação, re-
» Instalação das contenções » Assentamento dos blocos duzindo acidentes.
laterais » Compactação dos pisos e recortes O decreto aprovado pela Prefeitura
» Lançamento da camada granular com serra apropriada estabelece um novo padrão ar-
com 5 cm de espessura » Limpeza do local quitetônico para as calçadas da
cidade de São Paulo, dividindo-as em
faixas nas cores cinza e vermelha.
Desse modo, as calçadas com até 2 m
Custos totais de largura serão divididas em duas
faixas diferenciadas por textura e cor
Planilha para cálculo do Custo do Pavimento Intertravado e as com mais de 2 m, em três faixas,
também diferenciadas.
ITEM QUANTIDADE CUSTO TOTAL A 1a faixa, na borda da calçada, des-
UNITÁRIO (R$) (R$) tina-se à colocação de árvores, ram-
MATERIAIS pas de acesso, postes de iluminação
Blocos de concreto 10,5 m2 /m2 e mobiliário urbano. A 2a faixa pre-
cisa ser livre, apenas para a circu-
Areia para camada 0,5 m3 /m3
lação de pedestres, e a 3a é uma
de assentamento
faixa de apoio ao imóvel e ao ter-
Areia para rejunte 0,1 m3 /m3 reno, caso haja espaço.
Base granular 0,65 m3 /m3 O material escolhido para aplicação
SERVIÇOS é o pavimento intertravado por ser
Abertura de caixa, 10 m2 /m2 durável, ter qualidade estética,
com 15 cm de altura preço competitivo e facilidade de ser
Compactação do solo existente /m2 encontrado no mercado. Além disso,
é um tipo de pavimento que permite
Construção da camada granular /m2
a penetração de água no solo, entre
com 5 cm de espessura
os blocos (drenante). Dessa forma,
Compactação da camada /m2 contribui no combate a enchentes e
granular a 100% poças d'água na calçada.
Lançamento de colchão de areia /m2
com máximo de 5 cm de espessura Informações: Secretaria Municipal
Assentamento dos blocos /m 2 de Coordenação das Subprefeituras
Compactação dos pisos, recortes /m2 - tel. (11) 3101-5050.
calceteiros@prefeitura.sp.gov.br
com serra apropriada
http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/pas
Limpeza do local /m2
seiolivre
TOTAL

EQUIPE DE OBRA 29
passo2x.qxd 11/5/2007 14:44 Page 30

Passo a Passo

Montagem de aço pro

Aço pronto facilita a montagem das armaduras
antes da concretagem
O aço pronto é recurso para au-
mentar a produtividade na obra. Ele Passo 1
chega cortado e dobrado no cantei-
ro, reduzindo o tempo de montagem
das ferragens e fôrmas da estrutura,
facilitando o trabalho de concreta-
gem. Mas antes disso, o tamanho, a
forma e quantidade de peças para a
armadura devem ser definidos pelo
projeto do engenheiro de estruturas.
Assim, basta seguir os desenhos do
projeto para saber quais as medidas
e como montar as peças de aço pron-
to, de maneira a compor as armadu-
ras especificadas.
Outro item que necessita de aten- 1 Antes do início da montagem, é necessário verificar no projeto o que está
ção é a armazenagem. Para que não determinado para ser feito em cada etapa
sofra processo de corrosão é muito
importante que o aço pronto fique Passo 2
num local sem umidade e longe da
água. Precisa também estar organi-
zado por medidas, em local fácil de
visualizar e manusear. O aço só será
armado no local de execução da es-
trutura, seja ela laje, pilar ou viga.
Durante a montagem é preciso ficar
atento ao nível, prumo e alinhamento
de toda armadura da estrutura. As
aferições devem ser feitas com régua
de nível, trena e aprumador. 2 As peças de aço pronto são
os estribos e os vergalhões.
Conforme o projeto, as
armaduras devem ser
unidas com fios de aço
recozido. Para isso, se
utiliza um torquês. Prepare-
se para a tarefa, colocando
luvas de segurança (de
raspa) para proteger as
mãos e evitar cortes.

30 EQUIPE DE OBRA
 passo2x.qxd 15/5/2007 14:30 Page 31

ronto em estruturas Reportagem: Aline Alves

Passo 3 Passo 4

3 Esta obra é composta

por lajes nervuradas,
que utilizam cubetas
plásticas como
fôrma. O resultado,
visto por baixo, é uma 4 As cubetas são apoiadas em estrutura executada
laje parecida com anteriormente (assoalho e chapas compensadas ou vigas do
uma colméia. escoramento) e solidarizadas umas nas outras.

Passo 6 Passo 5

6 Verifique o espaçamento na montagem das

peças de aço pronto. Deve ser o previsto em
projeto, específico para cada obra. Quanto 5 As peças de aço pronto, que formarão as armaduras, são
maior a resistência exigida da laje, mais aço é montadas entre as cubetas, antes da concretagem, para que
utilizado na montagem da armadura. a laje alcance a resistência necessária prevista em projeto.

Apoio técnico: Votorantim Metais e Hernani Fernandes Afonso, gerente de contrato da obra e engenheiro da Construtora Matec.
EQUIPE DE OBRA 31
passo2x.qxd 11/5/2007 14:44 Page 32

Passo a Passo

Passo 7 Passo 10

10 Depois de montadas todas as armaduras da

laje, é hora da lavagem e limpeza das fôrmas.
7 Monte as gaiolas usando os vergalhões e os estribos Isso evita sujeira entre concreto e aço, que
unindo-os com arame recozido. pode prejudicar a aderência entre os materiais.

Passo 8 Passo 11

8 Não deixe a armação negativa (superior) sair fora de posição. 11 A concretagem começa imediatamente
Isso compromete a estrutura. após a lavagem.

Passo 9 Observe o detalhe!

9 A colocação dos espaçadores é

feita na parte inferior e
lateral da armadura montada.
Isso serve para manter a
camada de proteção de
concreto na armadura (2 cm
de acordo com a norma).
Procure usar espaçadores
treliçados, que garantem
maior qualidade e
uniformidade de espaçamento.

32 EQUIPE DE OBRA
passo2x.qxd 15/5/2007 14:31 Page 33

Passo 12 Passo 13

13 O concreto deve ser muito bem espalhado e

nivelado com a pá.

Passo 15

12 É importante lançar e adensar bem o concreto entre os

espaços das armaduras, cuidando para que não ocorram
vazios de concretagem.

Passo 14

15 Ao final da etapa, é preciso cobrir a laje com

uma manta umedecida (sacos de estopa, manta
geotêxtil ou bidim) para que ocorra o processo
de cura, que dura cerca de 72 horas.

Passo 16

16 Assim que houver suficiente endurecimento do

concreto, é hora de passar a máquina
14 Depois, a laje tem de ser sarrafeada e nivelada. acabadora para a laje ficar pronta.

EQUIPE DE OBRA 33
novo-perfil_11.qxd 11/5/2007 14:42 Page 34

Perfil

Gesseiro Reportagem: Giovanny Gerolla

O gesseiro de molduras e decoração deve ter bom

olho para proporções
PROFISSIONAL

empresas como Arabesko,West Gesso paga melhor. Eu me lembro que

e Baruck Gesso tirava o equivalente a uns R$ 1.200
Qual o maior sonho? por semana quando era autônomo.
Montar uma empresa de gesso Depois que se tem alguma prática,
Como foi o começo? vale a pena.
Escolhi o ofício aos 16 anos porque A técnica é difícil?
Marcelo Scandaroli

Nome:Arlindo Cordeiro de
Oliveira Júnior
Idade: 38 anos
De onde é? São Paulo, SP
Onde mora? Francisco Morato,
São Paulo
Função atual: gesseiro fiscal de obra
Como aprendeu a técnica?
Na prática, com o sogro, que fazia
molduras de gesso
Em que lugares trabalhou?
Na maior parte do tempo como
autônomo, mas também em
ganhava melhor. Como eu já tinha filho,
precisava firmar na profissão.
Trabalhei em diversas outras áreas da
construção civil, menos com elétrica e
hidráulica. Mas foi no gesso que
encontrei minha aptidão.
Quem te ensinou?
Meu sogro fazia molduras e pintura,
mas não entendia muito da coisa. Fui
aprendendo e tomando gosto. Um dia
chegou um trabalho de rebaixado de
gesso, com aplicação de vidro, mais
complicado. Eu bolei o sistema, estudei
o caso, fiz o trabalho e ficou bom.
É melhor trabalhar como autônomo?
A execução do gesso é mais rápida e
A maior dificuldade está nos detalhes,
quando entram os recortes em "S". É
preciso nivelar, estudar as alturas e o
encaixe com outros materiais, como o
vidro ou mesmo a iluminação
embutida. Só ponho a mão na massa
quando é necessário. Atualmente
prefiro desenhar para os clientes os
rebaixados, ou detalhes de molduras.
Eles têm gostado muito do trabalho.
O que falta para que você seja um
profissional completo?
Eu pretendo fazer ainda um curso
de desenho técnico no Senai, para
me especializar melhor nesse
trabalho que tanto gosto.

Características da função
O que um gesseiro faz na prática – Pode fazer o gesso
decorativo, com aplicação de texturas. É preciso paciência,
principalmente com o acabamento. É um trabalho de
detalhes, e de qualidade, pois o mal-feito fica visível.
E as paredes de gesso – O profissional pode fazer paredes
de gesso sarrafeado, ou ainda estantes embutidas de gesso,
que podem ser revestidas em madeira. O gesseiro pode
ainda ser fiscal de obra.
E os que trabalham com drywall – Precisam saber lidar
com instalação de sistemas em gesso acartonado, perfis
metálicos, e conhecer leitura e interpretação de projeto,
instalação de guias e montantes das placas, além de
acabamentos, fitas metálicas e massas para emendas.
Há curso profissionalizante para drywall – É preciso
ter pelo menos 40 horas de curso, mas isso não garante a
formação do bom profissional. O curso básico, introdutório,
tem oito horas. O de nível médio tem 40 horas, e pode ser
feito por aqueles que já conhecem o material. Já o nível
avançado, também de 40 horas, só pode ser cursado por
quem possui o Crea, ou seja, engenheiros e arquitetos.
Onde há cursos – O Senai Bertioga, em São Paulo, oferece
cursos para trabalhos com gesso liso aplicado diretamente
sobre a alvenaria de tijolos de concreto. Os de gesso
acartonado podem ser cursados no Senai Tatuapé. Não há
cursos, porém, para o gesseiro de molduras, cujo trabalho é
mais artístico e detalhado.

Apoio técnico: Alessandro Cristiano Mendes e Martinho da Silva Zacarias, docentes

34 EQUIPE DE OBRA da Escola Senai Orlando L. Ferraiuolo. Agradecimento: Baruck Gesso
economia_11x.qxd 11/5/2007 14:41 Page 35
Economia
Produtividade
no revestimento
Melhoria dos serviços de
revestimento interno com argamassa
O
revestimento interno de paredes
é tradicionalmente feito com
argamassa em nosso País. Tal
revestimento tem a função de, conjun-
tamente com as paredes onde é aplica-
do, melhorar o comportamento das
vedações, por exemplo, aumentando
sua estanqueidade à água e criando
uma superfície mais adequada para a
pintura ou para a aplicação de outros
revestimentos. Os revestimentos de
argamassa podem estar presentes tan-
to em áreas secas (salas, dormitórios),
quanto em locais sujeitos a maior umi-
dade (cozinhas, banheiros).
A execução do revestimento começa
com o preparo da base, que inclui
limpeza, às vezes, necessária para a
aplicação de chapisco. Depois, vem a
execução das referências, taliscas ou
mestras, para ajudar a manter o nível
da argamassa de revestimento. E a
aplicação da camada de argamassa
divulgação
Alvenarias no prumo facilitam a exe-
cução da argamassa de revestimento
Marcelo Scandaroli
Ubiraci Espinelli Lemes de Souza
Reportagem:
Professor da Escola Politécnica
da Universidade de São Paulo
propriamente dita, o lançamento, sar- panos de alvenaria e menos quinas,
rafeamento e desempeno. maior a produtividade. Se o acabamen-
A produtividade da mão-de-obra na to superficial for o desempenado, em
execução do revestimento argamassa- vez do sarrafeado que demanda menos
do é tanto melhor quanto menor a es- esforço, o tempo de execução será
pessura a revestir. Quanto maiores os maior, reduzindo a produtividade.
de 0,35 a 0,92 Hh/m2
Gasto aproximado para execução de cada m2 de revestimento
de argamassa em função das dificuldades encontradas
SAIBA MAIS
Dicas para diminuir o desperdício de argamassa
em revestimentos
» Alvenarias no prumo diminuem a espessura, facilitando sua execução
» O mesmo acontece com paredes no esquadro, que não precisam de
acerto de massa
» Boa qualidade geométrica da base permite fazer revestimento em
cheia única
» Um projeto modular, que evite a necessidade de requadros por
diferenças de tamanho de pilares, vigas e paredes, reduz o esforço
para fazer o revestimento
» Planeje a produção de argamassa de maneira a não faltar material
» O responsável pela mistura do material deve chegar antes para
abastecer a equipe de aplicação
» Prestar atenção no transporte da argamassa de maneira a manter
os pedreiros abastecidos durante todo o dia
» Caixas de argamassa na altura adequada melhoram a produtividade
» O bom trabalhador é o que trabalha com dedicação, competência e
deixa seu posto de trabalho limpo
» Cobrar a finalização de atividades que segurem o início do revesti-
mento,como,por exemplo,a impermeabilização de pisos de banheiros
EQUIPE DE OBRA 35
vitrine_EO11.qxd 11/5/2007 14:53 Page 36
Vitrine
Equipamento
A DeWalt acrescenta tecnologia e
desenvolvimento à sua linha de esmerilhadeiras
com o lançamento da D28136 Esmerilhadeira
Angular 4 1/2" (115 mm) 1.400 W com velocidade
variável. A nova ferramenta possui motor de
quatro peças e pesa 2,5 kg. Possui carvão com
autodesligamento, responsável por desligar
automaticamente a ferramenta quando o carvão
precisar ser substituído.
Argamassa
A Top Coll, novidade da Usina Fortaleza,
assenta piso sobre piso, ardósia, porcelanato,
mármore, granito, cerâmica retificada, pastilha
cerâmica e concreto liso ou rústico. A secagem é
concluída em duas horas, e o produto está
disponível em duas versões: para uso interno e
externo (incluindo fachadas, piscinas e saunas).
36 EQUIPE DE OBRA
Janelas de alumínio
A Sasazaki traz novidades nas linhas de janelas de aço
Multiflex e Silenfort, fabricadas com perfis reforçados
e visual mais moderno. São janelas venezianas e de
correr que têm maior resistência mecânica contra
esforços. Com nova medida as linhas ganharam a versão
com 1 m de altura. As janelas são produzidas com "aço-
cor", com adição de cobre, mais resistente à corrosão,
que proporciona maior qualidade, durabilidade e
segurança. O material passa por um tratamento de
superfície e recebe uma proteção de tinta que
proporciona resistência contra oxidação.
Anel de vedação sanitário
O Anel Sanifix é produzido em PVC com agentes
antifungo. O produto serve para isolar, com eficiência, a
ligação entre a bacia e o tubo de esgoto, eliminando o
contato de líquidos e gases com o ambiente externo.
Adapta-se a todos os tipos de materiais de instalação
hidráulica em aço, ferro ou PVC, e pode ser reutilizado.
A Junta Sanifix, por sua vez, vem completa, com o
composto de anel perimétrico externo, ligado aos anéis
o'ring por aletas. De fácil instalação e uso imediato, a
junta fixa o vaso no piso de forma rápida e limpa.
Substitui o rejunte convencional, é invisível e não
embolora. É compatível com 80% das bacias sanitárias
comercializadas no mercado brasileiro.
vitrine_EO11.qxd 15/5/2007 14:34 Page 37

Coletores solares
A Transsen lança novos coletores solares para banho.
Com tecnologia desenvolvida e patenteada de 100% de
contato entre a aleta (placa de alumínio que auxilia a
transferência de calor) e o tubo de cobre. Por isso, os
coletores são mais eficientes na absorção do calor. A
linha Caribe de coletores, com classificação "A" pelo
Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial), conta com
opções de perfil nas cores preto, branco, prata e
bronze. A linha de coletores para piscina, a Acqua
Plus, também recebeu classificação "A" do Inmetro.
Esmalte
O Esmalte Eucatex Premium Base Água, lançamento
da Eucatex, é destinado à aplicação sobre metal,
madeira e alvenaria. O produto pode ser aplicado sem a
necessidade de deixar o local devido ao seu baixo odor
– a base água indica que o esmalte não é tóxico.
Fabricado na cor branca, pode ainda ser adquirido
numa das mil opções de cores do Sistema Tintométrico
E-Colors, da Eucatex.

Manta asfáltica leve

A Denver lança a Manta Asfáltica Denver, mais leve e
prática para aplicar, estocar e transportar. A empresa
desenvolveu embalagem com peso médio de 30 kg, 15
kg a menos que as mantas convencionais. A manta, à
base de asfalto, polímeros e estruturante sintético, é
usada contra infiltrações e atende aos requisitos da
norma NBR 9952. Vem em forma de rolo. É indicada
para impermeabilizar baldrames e fundações, paredes e
aterros; banheiros, cozinhas, áreas de serviço,
jardineiras e floreiras, abrigos, lajes, entre outros.

EQUIPE DE OBRA 37
pessoal_11.qxd 11/5/2007 14:47 Page 38
Pessoal
Diferença entre sorte
e sucesso
Só podemos aproveitar a sorte
se estivermos preparados
O
que é sorte? Alguns acham
que sorte é obra do destino,
outros acham que sorte é um
mero acaso.Talvez, por isso, é comum
desejarmos boa sorte aos nossos ami-
gos e parentes.
Um amigo vai concorrer a uma va-
ga de emprego, um filho vai prestar
um exame, e lá vamos nós lhes dese-
jar "boa sorte". Ou, ainda, quando
nos deparamos com pessoas bem-
sucedidas comentamos: "Que sorte
tem esse camarada!".
Por outro lado, há aqueles que acre-
ditam que "sorte é o encontro da opor-
tunidade com o preparo". E dentro des-
sa visão, o que conta é o esforço pes-
soal que leva o indivíduo a se preparar
e conseguir aproveitar as oportunida-
des que aparecem para ele.
Se pararmos para analisar profun-
damente essas posições, caro leitor, so-
mos levados a reconhecer que sorte é a
oportunidade que aparece, e ela apare-
COMO DAR UMA AJUDA À SORTE
» Estudando e nos preparando para o futuro
» Aproveitando as oportunidades oferecidas
» Cultivando a dedicação e a competência
» Tendo persistência e vontade de vencer
» Valorizando o conhecimento e a habilidade
38 EQUIPE DE OBRA
Carlos Eduardo Cabanas
Diretor da Escola Senai Orlando
Laviero Ferraiuolo
ce para todos, mas somente iremos
aproveitá-la se estivermos prontos, ou
seja, se nos prepararmos para isso.
E agora, vejamos o que é sucesso?
Diz o dicionário que sucesso é o resul-
tado feliz. Então, nesse caso, pode-
mos concluir que ter sucesso é apro-
veitar as oportunidades que a vida
nos oferece para chegar a um deter-
minado ponto, o resultado feliz.
No entanto, para obter esse tipo de
resultado é preciso mais do que sorte
(oportunidade e preparo), é preciso ter
objetivo, persistência, dedicação e
competência. E cabe aqui explicar que
uma pessoa competente, em sua área
profissional, reúne três atributos
essenciais: conhecimento, atitude e ha-
bilidade.
Como exemplo de sucesso, vale a pe-
na relembrar a história do Zé Baiano
da edição anterior desta revista. Como
o Zé Baiano tinha muita vontade de
trabalhar melhor, resolveu estudar, ou
divulgação Senai
seja, ele tinha objetivo e tratou de ga-
nhar competência. Primeiro fez curso
de alfabetização, depois curso técnico
profissionalizante. E, depois de algum
tempo, passou de ajudante geral na
obra, para ajudante de pedreiro, aju-
dante azulejista e ajudante encanador.
Dez anos depois, ele se tornou um
mestre-de-obras.
Quem o vê agora, pode pensar que
ele teve muita sorte. Mas nós sabemos
que ele teve mais que isso. Foi sua von-
tade de crescer, seu esforço, que o le-
vou a chegar onde hoje ele se encontra.
Portanto, amigo leitor, para você
que está buscando ser competente, in-
formando-se por meio desta revista,
ou qualificando-se na sua área, não lhe
desejo sorte, eu lhe desejo sucesso!
Com um objetivo
claro, é preciso
esforçar-se para
chegar lá
Lazer_Eq11final.qxd 11/5/2007 14:46 Page 39

Lazer

Caça-palavras e Sete erros

Descubra 12 EXECUÇÃO DE TELHADOS

palavras K S I V S N P T J F X S G J S L B R M L
relacionadas à N S U B C O B E R T U R A M K D D R C F
execução de B B C D S V J S J Q R B Y R U R G C I K

telhados V L D Ç A L T O P G O H N C P E N O C L

C M C B J K L U B V C R I P A M E N T O

D L D I A L D R S O A M E G B T P T M W
CAIBRO
RIPAMENTO G H G L F G O A F W B D U H E S B R J T
TELHAS K T X V A P Q S B E M S H F O R X A B P
FIADAS K M A D E I R A M E N T O W U E L C N I
SUBCOBERTURA
C U Z A X W E E D D D A W E T A T A I U
TESOURAS
MADEIRAMENTO V A F I A D A S L F V D P D E Z I I P Y

TESTEIRA A K Ç A C J S L C S N O M E L W G B A T
TABEIRA T G X T S F J O R A M C A L H A X R F P
BEIRAL
Z V H A P O C A Ç A M P A A A S M O I E
CALHA
B I W B K C A I B R O Ç R T S U F S T W
CONTRACAIBROS
H J P E P Z A S E V I K O I P C N T E Q

F P U I W E S P I S Q E O C X Z G A E A

Z U Q R S G R T R K T E S T E I R A R F

M A F A A H U R A I A P R M N G Q M Ç G

V P A W Y X H F L D G X C R V I Ç L K H

Encontre as 7 diferenças nas figuras abaixo

Solução

Solução
espessura do piso; faixa na rua; muro lateral; janela
Solução: Sombra na laje do telhado; tesoura no fim do telhado; sombra na parede externa;

EQUIPE DE OBRA 39
Lazer_Eq11final.qxd 11/5/2007 14:46 Page 40

Quadrinhos

Respeito é bom
e todos gostam Mestre Pini
Ilustração: Marcos Aurélio, Estúdio Manga

40 EQUIPE DE OBRA