capa_eq06.

qxd 7/20/2006 4:42 PM Page 1

a revista para você que constrói DE OBRA

Os segredos
da argamassa
industrializada

Dicas para Como instalar

cravar estacas piso elevado
de concreto
Entenda uma
Calcule o planta de
tamanho da cobertura
caixa d'água
06

Passo a passo
9 771806 957003

Fôrmas
ISSN 1806-9576

Aprenda a executar moldes feitos com

chapa de madeira compensada e metal
Edição no 6 Ano II
Jul/Ago 2006 R$ 9,50
www.equipedeobra.com.br
www.piniweb.com
editorial_Eq06.qxd 7/20/2006 4:47 PM Page 1

Sumário

o
Equipe de Obra n 6
4 Equipe Responde EDITORIAL

6 Curtas Balança equilibrada

Projetar é muito importante.
8 Certo e Errado Você já deve ter ouvido essa frase
muitas vezes nas obras ou
reformas em que trabalha.
10 Papo de Obra: Nilton dos É necessário planejar as
Santos Barboza instalações, a quantidade
de materiais, o dia-a-dia da
12 Tecnologia: argamassa mão-de-obra e, principalmente,
os custos. Controlar a
industrializada movimentação financeira é um
assunto bem delicado. Se gastar
16 Qualidade: estacas demais, o cliente reclama. Se
economizar muito, a qualidade
pré-moldadas pode cair.
O segredo está no equilíbrio.
18 Passo a Passo: fôrmas E para chegar nesse ponto tão
difícil é preciso estudar e decidir
24 Plantas: telhado quais são as melhores opções.
Nessa edição, você verá um
artigo da engenheira Regiane
26 Medição: caixa d'água Pessarello, da área de Custos
da PINI, com algumas dicas
28 Passo a Passo: piso elevado importantes. Um roteiro para
que você fique atento na hora de
36 Perfil: operador de grua orçar e toque a obra sem sustos.
Dois sistemas importantes para
37 Economia qualquer profissional são tema do
Passo a Passo: fôrmas mistas e
piso elevado. A seção Qualidade
38 Pessoal apresenta os procedimentos
corretos para cravar estacas pré-
39 Lazer moldadas de concreto e o Perfil
conta o que faz um operador de
40 Quadrinhos grua. Boa leitura!

Tania Bértolo
Editora
1 EQUIPE DE OBRA
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Vendas de manuais técnicos, TCPO Fundadores: Roberto L. Pini (1927-1966), Fausto Pini (1894-1967) e Sérgio Pini (1928-2003)
e atendimento ao assinante
Segunda a sexta das 9h às 17h Diretor Geral
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4001-6400
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Apoio
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atualizada em www.anatel.gov.br
Diretor de Redação
Publicidade Eric Cozza eric@pini.com.br
fone (11) 3352-7556 Editora: Tania Bértolo tania@pini.com.br
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e-mail: publicidade@pini.com.br Diagramação: Leticia Mantovani e Maurício Luiz Aires;
Renato Billa e Rodrigo Susnara (trainees)
Ilustração: Sergio Colotto Fotografia: Marcelo Scandaroli
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fone (11) 3352-7582 José Carlos de Arruda Sampaio, Luiz Roberto Gasparetto (Senai-SP),
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PESQUISA E ANÁLISE DE MERCADO: Regiane Grigoli Pessarello

Pesquisa de preços
Pesquisas Regionais: Erica Costa Pereira e Fábio Kawano
fone (11) 3352-6442 Índices e Custos: Ana Carolina Ferreira TCPO: Celso Francisco Afonso e Erica Costa Pereira
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Reprints editoriais Eduardo Yamashita, Patrícia Dominguez, Patrícia Marcelino e Ricardo Coelho
Para solicitar reimpressões de reportagens ou MARKETING: Adriana Sahd Sabeh VENDAS: José Carlos Perez
RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: Mário S. Pini
artigos publicados: ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS: Tarcísio Morelli
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MANUAIS TÉCNICOS E CURSOS: Eric Cozza
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editorial_Eq06.qxd 7/20/2006 4:47 PM Page 3
equipe_de_obra_responde_06.qxd 7/20/2006 5:06 PM Page 4

Equipe Responde

Tire suas dúvidas

Envie sua pergunta para rua Anhaia, 964, Bom Retiro, CEP 01130-900, São Paulo-SP ou para equipedeobra@pini.com.br

BALDRAME

Qual a forma correta de impermeabilizar baldrames para

evitar umidade?
Arlindo Ribeiro
Guarulhos, São Paulo

Observe as duas formas mais comuns:

15 cm

Manta asfáltica: desenrole a manta alinhando-a Argamassa hidrofugante: aplica-se em camadas de

sobre o baldrame. Se houver emenda, transpasse 1,5 cm de espessura, descendo 15 cm pelas laterais.
30 cm ou 10 cm, caso use solda com maçarico. Todos os tijolos, até a terceira fiada acima do nível
Depois de aplicar uma nova camada de argamassa do alicerce devem ser assentados com a mesma
de cimento e areia, pode-se construir a alvenaria. argamassa usada para a impermeabilização.

Engenheiro Ercio Thomaz

Cetac (Centro de Tecnologia do Ambiente Construído do IPT)

PROTEÇÃO CONTRA O FOGO

Quais os principais tipos de extintores e suas aplicações?

José Brito, São Paulo

Veja a aplicação dos extintores em função do tipo de incêndio:

Categoria do incêndio Tipo de extintor
Pó químico Gás carbônico Água sob pressão
Madeira, papéis, tecidos Não. Só controla fogo Não. Só controla
superficial em fibras têxteis pequenos focos Sim
Óleos, gasolina, tintas Sim Sim Não
Equipamentos elétricos Sim Sim Não

Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo

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curtas_Eq06.qxd 7/20/2006 5:06 PM Page 6

Curtas

Produtos e dicas
Marcelo Scandaroli

Ginástica na obra
A Matec Engenharia montou uma academia de
musculação no canteiro do Edifício Urbano, na Vila
Olímpia, em São Paulo. Segundo o engenheiro
Roberto Marino, responsável pela iniciativa, todos os
equipamentos de ginástica foram feitos com sobras do
próprio canteiro. Foram usados restos de concreto,
tubos de aço galvanizado, barras de aço, latas de
tinta, chapas compensadas de madeira e material
isolante para tubulação de ar-condicionado.
Fotos: divulgação
Cartilha de segurança
A construtora Emplavi lançou a cartilha "Dicas de
saúde e segurança do trabalho". O material
informa sobre diferentes temas dentro do assunto
saúde e segurança com linguagem de fácil
acesso, possibilitando aos trabalhadores
entender, por meio de ilustrações, as dicas.

Furadeira
A Furadeira/Parafusadeira
da Skil tem capacidade de
perfurar até 6 mm no aço,
18 mm na madeira e de
introduzir parafusos de até
5 mm. A ferramenta pesa 1,3 kg e vem
com bateria que dura entre 3 e 5 horas
trabalhando continuamente.
Serralheiros
O Programa Profissional do Aço é um canal de
comunicação entre os distribuidores, os serralheiros
e a Gerdau. O programa oferece informações sobre as
aplicações e vantagens dos produtos na serralheria, a
participação da empresa em eventos do setor e notícias
sobre o segmento. Para participar, cadastre-se no site
www.gerdau.com.br/profissionaldoaco, escreva para
a Caixa Postal 18.019 ou ligue para 0800-771-1830.
curtas_Eq06.qxd 7/20/2006 5:06 PM Page 7

AGENDA

Construção residencial
Senai - Araras: rua Jarbas Leme de Godoy,
Cartão de crédito s/n. Jd. J. Ometto II,Araras-SP
A Tigre e a Caixa lançaram um cartão de crédito especial Fone: (19) 3542-6220
para profissionais do setor de construção civil. O cartão Carga horária: 120 horas
permite parcelar a compra em revendas de material de Taxa de inscrição: R$ 15,00
construção em até 24 vezes. O benefício já está em teste Valor: 6 x R$ 65,00
nos mercados de Joinville, em Santa Catarina, e Campinas,
em São Paulo. A partir de julho, na capital paulista. Técnicas de impermeabilização
Senai - Sorocaba: praça Roberto Mange, 30.
Jd. Santa Rosália, Sorocaba-SP
Orçamentos Fone: (15) 233-5144
O novo manual da PINI, "Orçamento Carga horária: 20 horas
na Construção Civil", traz dicas Valor: R$ 95,00
interessantes para calcular preços
de serviços e fazer o orçamento Telhadista fibrocimento
completo de uma obra. O autor é o Senai - Tatuapé: rua Teixeira de Mello, 106.
engenheiro Maçahico Tisaka e o Tatuapé, São Paulo-SP
livro custa R$ 87. Para adquirir um Fone: (11) 6191-6176
exemplar, ligue para 4001-6400 ou Carga horária: 40 horas
0800-596-6400. GRÁTIS

Operador de elevador
Marcelo Scandaroli

Senai - Tatuapé: rua Teixeira de Mello, 106.

Tatuapé, São Paulo-SP
Fone: (11) 6191-6176
Carga horária: 8 horas
Valor: R$ 100,00

Exposição
No início de junho, foi realizada uma exposição com cerca
de 30 obras – pinturas, esculturas e utensílios –
produzidas pelos operários do Programa Social Mestres
da Obra. O evento, realizado no espaço Promon, em São
Paulo, contou com a presença dos artistas.
Carta
Obrigado pela revista Equipe de Obra. Os alunos estão
adorando e eu também.A revista possui uma gama bem
vasta de informações necessárias que irão complementar
o ensino dos nossos alunos. Fiquei muito satisfeito. Recebi
a edição que fala sobre a cura do concreto enquanto
comentava o assunto em sala de aula e foi uma bela
coincidência. Espero contribuir cada vez mais para o
conhecimento dos alunos e agradeço a contribuição de
vocês nessa jornada. Mais uma vez, obrigado.
Carlos Rene Gomes Ferreira
7 EQUIPE DE OBRA
Seguranca_Eq06.qxd 7/20/2006 4:50 PM Page 8

Certo e Errado

Segurança e saúde n
CERTO ERRADO
Fotos: arquivo

Além de limpo e bem construído,

o vestiário tem um lugar para cada Estocar materiais de forma desorganizada dificulta encontrar
funcionário guardar os próprios qualquer coisa na hora de executar o serviço. Além disso, colabora
pertences. Bom exemplo! para a sujeira na obra. Evite essa prática!

ERRADO CERTO

Qualquer trabalho em altura, inclusive

Os trabalhadores da foto estão concretando sem óculos de proteção. montar andaimes, é um risco. Use sempre
Respingos de argamassa e concreto podem irritar os olhos. Proteja-se! cinturões de segurança adequados.
 Seguranca_Eq06.qxd 7/20/2006 4:51 PM Page 9

Marcelo Scandaroli
e nas obras José Carlos de
Arruda Sampaio

Engenheiro civil
CERTO e diretor da JDL

ERRADO

O declive do terreno foi transformado

numa lixeira. Um local como esse é
O almoxarifado bem arrumado mostra a preocupação da construtora perfeito para a proliferação de ratos.
com a organização e a segurança do canteiro. Cuidado!

CERTO CERTO

Apesar de bem construída, a escada da Banheiro de acordo com as normas: espaço mínimo de 1 m2, porta
foto obriga o trabalhador a subir de um com trinco interno, divisória com 1,60 m de altura e cesto de lixo.
impulso só. Quando a altura for grande, Pra ficar perfeito, só faltou o assento
não esqueça de planejar um descanso. da bacia sanitária.

9 EQUIPE DE OBRA
entrevista_Eq06.qxd 7/20/2006 4:49 PM Page 10

Papo de Obra

Ensino técnico
Técnico em edificações fala sobre
a importância da formação

PERFIL
Fotos: Marcelo Scandaroli

Nome: Nilton dos Santos Barboza

Idade: 40 anos
Onde mora? No bairro das Perdizes, em
São Paulo
Onde nasceu? Em Flórida Paulista, interior
de São Paulo
Há quanto tempo formou-se técnico? Em
1999, mas atua na área de construção há
mais de dez anos.
Principais obras em que trabalhou: Centro
de Convenções São Camilo, no bairro da "O técnico
Pompéia, e a sede da Telefônica na avenida formado
Faria Lima, ambas em São Paulo.
Qual seu maior sonho? Concluir o curso conhece a
universitário de engenharia e evoluir para, linguagem
quem sabe, administrar uma empresa na
área. E, acima de tudo, garantir a formação técnica da
dos filhos. obra"

O que levou você a fazer
o curso técnico?
Eu já trabalhava na Sanhi-
drel, na área de orçamen-
tos e levantamento de ma-
teriais. Me ambientei com
todo o procedimento que
envolve a construção civil,
fazendo cursos de instala-
dor elétrico e hidráulico,
ambos no Senai. Surgiram
oportunidades para as
quais eu necessitava da
qualificação técnica, en-
tão senti que o curso me
capacitaria para atuar co-
mo um profissional na área
de edificações.
Foi difícil?
No meu caso tive a sorte de
começar a me envolver com
a construção na empresa que
já trabalhava.Acredito que o
curso aumente as chances de
quem já tem certa experiên-
cia na área.
Onde se formou técnico
em edificações?
Formei-me no Senai-Tatua-
pé, em São Paulo.
Quem procura o curso?
Existem dois tipos de pes-
soas que procuram o curso:
alunos de ensino médio que
não têm vivência na cons-
trução civil e o profissional
que já atua na área da cons-
trução e procura aperfei-
çoamento técnico.
Que benefícios o curso
proporciona ao
profissional?
Aprendi todo o processo da
obra, cada parte que envol-
ve a construção, o que o
projeto determina. O técni-
co formado conhece a lin-
guagem técnica da obra.
Qual o papel do técnico
em uma obra?
No processo todo da obra, o
técnico torna-se a ligação
principal entre o engenheiro e
o canteiro. Ele é responsável
pela coordenação do anda-
mento de cada parte da obra.
Qual o maior desafio para
o técnico em edificações?
Concluir a obra exatamente
entrevista_Eq06.qxd 7/20/2006 4:49 PM Page 11

Humberto Garrido

Nilton e a esposa Agda.

"A evolução da
construção civil
é constante
e cria a
necessidade
de buscar
informações
sobre as novas
técnicas,
materiais e
ferramentas"
O técnico com a família.Da esquerda para a direita: Aline,Renata,a esposa e Débora.

como determina o projeto, começando como ção da construção civil é

com tudo funcionando de técnico?
acordo com o estipulado. Independente da segu-
rança que o curso propor-
Que recomendações ciona, deve-se manter sem-
você dá para quem está pre atualizado. A evolu-
constante e cria a neces-
sidade de buscar infor-
mações sobre as novas
técnicas, materiais e fer-
ramentas.

11 EQUIPE DE OBRA
argamassa_Eq06.qxd 7/20/2006 5:13 PM
Acabamento
Argamassa industri a
Conheça e aprenda a aplicar esse material
A
argamassa de reves-
timento serve para
dar o acabamento fi-
nal em paredes e fachadas
residenciais e edifícios co-
merciais e industriais. Pode
ser aplicada em superfícies
de alvenaria, sozinha ou so-
bre as camadas de chapisco
e emboço.
O produto industrializado é
muito utilizado pelas constru-
toras para substituir a arga-
massa virada na obra. Usar o
produto pronto é mais rápido
Page 12
e pode ser mais barato. Fica
mais fácil armazenar, trans-
portar, preparar e aplicar.
Há diversas opções de mar-
cas e tipos de argamassas
industrializadas. As mais
utilizadas para revestimen-
tos são a cimentícia, a acrí-
lica e a monocapa. O uso de
cada produto depende das
indicações detalhadas pelo
fabricante na embalagem e
do grau de durabilidade exi-
gido pelo local onde o pro-
duto será aplicado.
TIPOS DE ARGAMASSA
Cimentícia: apresenta maior espessura e resistência.
Por ser feita à base de cimento, garante a integridade
da superfície por mais tempo.
Acrílica: composta de resina acrílica, possui aspecto de
pasta cremosa e tem fina espessura: cerca de 5 mm.
Dessa forma, pode apresentar manchas, bolhas e
deformações em curto prazo em fachadas expostas à
forte incidência de raios solares.
Monocapa: também conhecida como monocamada, pode
vir pigmentada. Substitui as camadas de emboço, reboco e
pintura, reduzindo a necessidade de mão-de-obra.
Apoio técnico: engenheiros Carlos Eduardo Regattieri (ABCP), Cleber Luiz Marques (Sinco Eng
 argamassa_Eq06.qxd 7/20/2006
i alizada
D I C A S PA R A A P L I C A R A R G A M A S S A M O N O C A PA E M FA C H A D A
Dica 1
1 O revestimento pode ser feito
manualmente ou por projeção
mecânica. Para aplicação manual, você
precisará de trena, desempenadeira,
colher de pedreiro, esquadro, nível de
bolha, régua perfil I, régua metálica,
sargento para segurar as réguas,
riscador para frisos e vassoura.
Dica 3
3 Deixe o material em descanso por
15 minutos antes da aplicação.
nco Engenharia), Luciano Luis Ribeiro da Silva (Poli-USP), Edison Mattos e Wagner Nóbrega Martins (Fortenge Construções e Empreendimentos)
5:13 PM Page 13
Reportagem: Daniele Rissi
Dica 2
2 Ao preparar o produto para aplicação manual, use argamassadeira
com a regulagem menor ou igual a 500 rotações por minuto.
Coloque inicialmente 75% de água limpa para cada saco. Adicione
gradativamente o pó e por último os 25% restantes da água. Bata
por dois minutos.
Dica 4
4 Lembre-se que a monocapa não é indicada para aplicação sobre
gesso, metal, revestimentos plásticos ou orgânicos. Antes de
distribuir a massa na desempenadeira, verifique se a temperatura
da superfície de aplicação está entre 5ºC e 40ºC, evitando
superfícies congeladas, muito quentes ou úmidas.
A temperatura ideal de aplicação
está entre 8ºC e 35ºC.
13 EQUIPE DE OBRA
argamassa_Eq06.qxd 7/20/2006 5:13 PM Page 14

Acabamento

Dica 6
Dica 5
6 A argamassa deve ser estriada e apertada sobre
5 A primeira camada deve ser aplicada estendendo-se a base com régua dentada. Em seguida, a
metade da espessura da monocapa: 5 a 10 mm. Isso segunda camada é colocada, também sendo
depende do tipo de acabamento final, que pode ser estriada. A última camada deve ser alisada para
raspado, travertino, chapiscado ou alisado. receber o acabamento final.

Dica 7 Dica 8

7 No caso de pilares e requadrações, são fixadas 8 Após a aplicação, aguarde o tempo necessário para
réguas com a ajuda dos sargentos para a argamassa atingir o ponto de raspagem, que deve
execução dos cantos. ser executada com régua.
argamassa_Eq06.qxd 7/20/2006 5:13 PM Page 15

Dica 10

Dica 9 10 Após a raspagem, utilize uma desempenadeira

especial para dar o efeito desejado.
9 Confira novamente o prumo e o esquadro para
a raspagem final.

Dica 12

12 Os frisos decorativos podem ter formatos

variados (quadrado, retangular ou trapezoidal)
e serem feitos no próprio revestimento ou
utilizados com perfis de alumínio ou PVC.

SERVIÇO

A Abai (Associação Brasileira de Argamassa

Industrializada) envia gratuitamente por correio
o guia "Mestre na Obra", com dicas de manuseio
e aplicação do produto. Solicite pelo telefone
(11) 3760-5399 ou e-mail: abai@abai.org.br.
Dica 11

11 Os excessos de poeira e argamassa que ficam

após a raspagem são retirados com a vassoura.

As fotos foram feitas em obra da Fortenge (Condomínio Costa do Sol), com argamassa da Quartzolit Weber
15 EQUIPE DE OBRA
qualidade_Eq06.qxd 7/20/2006 5:41 PM Page 16

Qualidade

Estacas de concreto
Confira algumas dicas para cravar
estacas pré-moldadas
Má posição

Boa posição Posição

preferível Estaca 2

Emenda metálica

Estaca 1

12 m

Para o acerto da cabeça da estaca, observe a direção do

martelo na hora de quebrar: uma fissura na ponta pode
comprometer todo o comprimento da estaca. Assim,
utilize ponteiros e martelos leves, trabalhando com
pequena inclinação, para cima, como indicado na figura.

Quando as profundidades chegam a mais de 12 m, é

Martelo necessário soldar uma estaca na outra, por meio dos
anéis metálicos. A colocação da segunda estaca
Cepo de madeira sobre a primeira deve obedecer também a regra da
verticalidade, com verificação do prumo.
Capacete de metal

Coxim de madeira

Estaca

É importante que a cabeça da estaca esteja protegida.

Entre a estaca e o capacete metálico deve existir um
coxim de madeira, e entre o pilão e o capacete deve
haver um cepo, também de madeira. Essas duas peças
aliviam a tensão da martelada sobre a cabeça da estaca,
evitando que o metal colida diretamente com o concreto,
o que provocaria fissuras.
As estacas pré-moldadas de concreto devem ser
armazenadas niveladas sobre o terreno, para que não
fissurem. Você pode construir um palete de madeira
para mantê-las em ordem.

Apoio técnico: professores Fúlvio Carlos Fernandes Lolato, Lu

 qualidade_Eq06.qxd 7/20/2006 5:41 PM Page 17

o Reportagem: Giovanny Gerolla

Armadura do pilar

Gaiola

Fôrma de
madeira

Execute o bloco de coroamento utilizando

uma fôrma de madeira para demarcar o
perímetro. Após a colocação da gaiola, é
só concretar.

1 2 Gabarito

Piquetes

A B
A B É importante que o prumo seja tirado
B
em direções ou lados variados da
40 40
estaca, para evitar que fique
reclinada. A posição vertical da
estaca é o que garante o melhor
A localização da estaca está indicada no projeto de fundações. Com desempenho.
base nessa planta é que será feito o gabarito e a cravação do piquete
que marca o local exato de cravação da estaca.

17 EQUIPE DE OBRA

Fernandes Lolato, Luiz Utida e Miguel Cesar Sestokas do Senai-SP e engenheiro projetista de fundações Daniel Rozenbaum, da Fundacta.
passo-a-passo_forma de madeira.qxd
Passo a Passo
Fôrmas
Como montar fôrmas para estruturas de concreto armado
Fotos: Marcelo Scandaroli
As fôrmas servem como
molde para as estruturas
de concreto. Podem ser
metálicas, de madeira ou
mistas – feitas de metal e
madeira. Mostraremos, a
seguir, a montagem de uma
fôrma industrializada para
pilar, composta por painéis
de madeira e algumas
peças metálicas de encaixe.
É importante que você faça
a aferição dos prumos com
prumo de nível, trena e
aprumador. Essa é uma das
partes mais importantes de
7/20/2006 5:11 PM Page 18
Passo 1
1 As fôrmas deverão ser lavadas antes do uso. Em
seguida, faça a locação dos eixos a partir das
referências topográficas.
todo o processo. Antes de
começar, a armadura deve
estar pronta e os
espaçadores – peças
plásticas que garantem
o cobrimento correto –
instalados. Para trabalhar,
separe os painéis para
fôrma, gastalhos, rolo de lã,
martelo, agulhas metálicas,
prumo, trena, aprumador
para pilar, pedaços de
vergalhão (para fixar
o aprumador no piso), Passo 2
desmoldante, chavetas
e porcas metálicas. 2 Os gastalhos deverão ser locados e fixados ao piso.
passo-a-passo_forma de madeira.qxd 7/20/2006 5:11 PM Page 19

Reportagem: Valentina Figuerola

Passo 3 Faça assim!

3 Com um rolo, aplique o desmoldante nas fôrmas que

serão utilizadas.

Passo 5 Atenção ao detalhe!

Passo 4

4 Posicione os primeiros painéis, adotando como

referência o gastalho preso ao piso.

5 Com auxílio de um
martelo, encaixe as
chavetas nos orifícios
das estruturas metálicas
dos painéis. A chaveta
(detalhe) é uma peça
usada para unir os
painéis entre si.

19 EQUIPE DE OBRA

Apoio técnico: Eduardo Viana, engenheiro de produção e Marcelo Vargas, técnico de edificações, ambos da Gafisa.
passo-a-passo_forma de madeira.qxd 7/20/2006 5:11 PM Page 20

Passo a Passo

Passo 6 Passo 7

7 Use a chaveta para uni-lo ao painel perpendicular.

Passo 8

8 O painel lateral deverá ser preso aos recém-colocados por

6 Coloque o painel lateral. meio de agulhas metálicas,com auxílio de um martelo.

Passo 9 Passo 10 Atenção ao detalhe!

10 Coloque o tubo-guia de
PVC. Ele servirá para
proteger e orientar a
trajetória da agulha, que
9 Essa agulha, que atravessará o deverá ser inserida
painel lateral, será travada por meio dentro do tubo.
de uma porca.
passo-a-passo_forma de madeira.qxd 7/20/2006 5:11 PM Page 21

Passo 11 Passo 12

11 No lado oposto, trave a barra da agulha com

uma porca.

Passo 13

12 Observe o posicionamento das porcas e chavetas

no conjunto.

Passo 14 Atenção ao detalhe!

13 Cheque o prumo na parte inferior.

Passo 15 14 A trena ajuda no processo.

15 Cheque o prumo na parte superior da fôrma.

21 EQUIPE DE OBRA

A montagem da fôrma para pilar foi feita em um dos canteiros de obra da construtora Gafisa.
passo-a-passo_forma de madeira.qxd 7/20/2006 5:12 PM Page 22

Passo a Passo

Passo 16 Passo 17

17 A peça deverá ser fixada no piso.

Passo 19

16 Após a montagem dos painéis, é instalado

o aprumador de pilar.

Passo 18 19 Use pedaços de vergalhão e um martelo para

fixar o aprumador ao piso.

DICA ÚTIL

Para peças de
grandes dimensões
e muito pesadas,
use equipamentos
especiais para içar
as fôrmas e colocá-
las no lugar.

18 Faça dois furos que correspondam

aos do aprumador.
passo-a-passo_forma de madeira.qxd 7/20/2006 5:12 PM Page 23
plantas_Eq06.qxd 7/20/2006 5:10 PM Page 24

Plantas

Telhado
Aprenda a interpretar a simbologia de um projeto de telhado
quatro águas de telhas cerâmicas

TESOURA

Cumeeira Pendural

Terças
Escora
Caibros

Ripas Tirante

Ampliação detalhe
Linha que destaca área do desenho que será Perna/empena
ampliada para demonstração de detalhe específico.
Pode ser representada por um círculo ou quadrado.
Viga/linha

O segredo para manter a tesoura estável é o encaixe perfeito entre 0 1 2 3

a empena e a viga. Se esse encaixe for mal realizado, o telhado ficará
torto e poderá permitir a entrada de água em um dia de chuva forte.

DETALHE DA PLATIBANDA

Rufo chapéu/pingadeira
Elemento que protege
a platibanda

Platibanda

Não use pregos ou

Calha parafusos para fixar o
rufo pingadeira, pois isso
pode causar oxidação
(ferrugem). Além disso,
a chapa ficará curvada,
o que favorece o acúmulo
0 0,3 de água da chuva.
plantas_Eq06.qxd 7/20/2006 5:10 PM Page 25

Reportagem: Daniele Rissi

PLANTA

1 - Terças 3 - Linha de corte

2 - Ripas A 4 - Indicação de corte
5 - Caibros

6 - Espigão

7 - Indicação
de caimento

8 - Calha
i = 30% i = 30%
9 - Platibanda Telha Telha
cerâmica cerâmica
10 - Cumeeira i = 30%
Telha cerâmica
11 - Hachura
da telha

12 - Duto
de águas
pluviais

A 0 1 2 3

1 - Terças: montadas perpendicular-
mente sobre as tesouras, têm espaça-
mento máximo de 1,60 m.
2 - Ripas: são montadas perpendicu-
larmente sobre os caibros. O espaça-
mento depende do modelo da telha.
3 - Linha de corte: indica interrupção
na indicação da telha e início da
representação do madeiramento
(corte na cobertura).
4 - Indicação de corte: símbolo que
indica a direção e o sentido do corte
(desenho). A letra (A) indica o nome
do corte.
5 - Caibros: montados perpendicular-
mente sobre as terças, têm espa-
çamento máximo de 50 cm (pelo
eixo), executado normalmente com
madeiras de seção 5 x 6 cm.
6 - Espigão: linha que representa
o divisor de águas (inclinado).
7 - Indicação de caimento: símbolo
que indica o sentido do caimento e a
inclinação que a água do telhado
deve ter (em %).
8 - Calha: indicação da calha para
captação de águas pluviais.
9 - Platibanda: indicação da parede
de alvenaria que pode ser construída
ao redor do telhado.
10 - Cumeeira: linha que representa o
encontro (horizontal) de duas águas.
11 - Hachura da telha: preenchi-
mento gráfico que representa a telha
usada na cobertura, desenhado no
sentido de colocação das telhas.
12 - Duto de águas pluviais: indica-
ção do duto de captação de águas
pluviais – descida da calha.
A planta mostra um tipo
convencional de telhado de
residência, com quatro águas,
ou seja, quatro planos que
completam o encaixe das
telhas. É importante observar
detalhes como: montagem da
estrutura em madeira,
inclinação e sentido de
colocação das telhas,
instalação de platibanda, rufo,
calhas e dutos.

25 EQUIPE DE OBRA

Apoio Técnico: arquitetos: Paulo Burckas e Umoatã Macedo de Almeida, da Pua Arquitetura
medicao_Eq06.qxd 7/20/2006 5:10 PM Page 26

Medição

Caixa d'água reside n

Veja como calcular o tamanho de um reservatório de acordo
com o consumo da residência
I N S TA L A Ç Ã O

Em residências, a caixa
d'água fica sobre o banheiro, Entrada de água
entre a laje e o telhado. Não Nível
se deve esquecer do furo para de água
vazão de água (o ladrão) e de
Ladrão/ N. A.
um ponto inferior para
esvaziamento do reservatório, extravasão Água fria para
para manutenção ou limpeza. chuveiro, lavatório,
Vazão para mictório e bacia
Essas duas saídas devem estar
limpeza com caixa acoplada
conectadas ao encanamento
que leva para a saída de
águas pluviais de dentro Registro
da casa, por baixo do normalmente Água fria para bacia com válvula
piso térreo. Figura 1
fechado
Lançar para águas pluviais ou no piso

TIPOS DE CAIXA D´ÁGUA

Vigotas de concreto Base 100%

magro ou madeira apoiada

Furação nos
Figura 2 quadrantes para
não enfraquecer
FIBROCIMENTO a parede em
um só ponto
Para caixas de fibra de cimento-amianto,
Figura 3
construa pequenas vigotas sobre a laje para
a fixação. Esses apoios podem ser de FIBRA DE VIDRO
madeira ou concreto magro. Caixas de fibra de vidro exigem que a base do
reservatório esteja 100% apoiada sobre a
superfície. Os furos para saída dos tubos devem ser
feitos sempre frente a frente, para não enfraquecer
as paredes da caixa em um único ponto.
 medicao_Eq06.qxd 7/20/2006 5:10 PM Page 27

e ncial Reportagem: Giovanny Gerolla

CÁLCULO DO TAMANHO DO RESERVATÓRIO

O cálculo do volume de um reservatório de água pode ser feito considerando-se que uma residência padrão tem um
consumo de 150 l por dia, por pessoa. Para alto padrão, considera-se um consumo de 300 l por dia, por pessoa. Se o
número de moradores não for conhecido, estima-se duas pessoas por dormitório.

Residência padrão simples de um dormitório

Volume do reservatório = 2 pessoas x 150 l por dia,
por pessoa
Volume do reservatório = 300 l
Segundo a NBR 5626/98, a capacidade mínima ideal
para uma caixa d'água deverá ser sempre de 600 l.
Assim, mesmo que o cálculo do volume seja menor,
Figura 4
deve-se optar por uma caixa de 600 l.

Figura 5

Residência padrão médio de dois dormitórios

Volume do reservatório = 4 pessoas x 150 l por
dia, por pessoa
Volume do reservatório = 600 l Figura 6

Residência alto padrão de 4 dormitórios

Volume do reservatório = 8 pessoas x 300 l por dia,
por pessoa
Volume do reservatório = 2.400 l

27 EQUIPE DE OBRA

Apoio Técnico: engenheiro Alexandre Jorge, da MHA

passo-a-passo_pisos elevados eq06.qxd 7/20/2006 5:17 PM Page 28

Passo a Passo

Instalação de piso
Veja como usar o sistema de piso elevado
Antes de iniciar a
instalação de um piso
elevado, é preciso garantir
um contrapiso
regularizado, sem
imperfeições. Isso é ainda
mais importante quando os
suportes são de
policarbonato, sem a
possibilidade de ajuste de
regulagem de altura para
compensar as
irregularidades da laje.
Este passo-a-passo mostra
a instalação de piso
elevado com suportes
metálicos que funcionam
Fotos: Marcelo Scandaroli
como macacos, permitindo
ajuste de altura para
nivelamento do piso. Mas
o ideal é ter o piso
totalmente regularizado.
Depois de tudo pronto, as
placas podem receber
revestimento. Para
instalar o piso, você
precisará de furadeira,
serra mármore, martelo
movido a pólvora, trena,
marcador de linha, broca,
lápis, macaco (suporte),
luva de algodão, régua de
alumínio, nível metálico e
chave de boca.

Passo 1 1 Antes de iniciar a Passo 3

instalação, verifique se
o piso está
devidamente
regularizado. O bom
nivelamento é
fundamental para
o desempenho
adequado do sistema.

Passo 2

2 Com uma trena,

confira o tamanho
da placa. Essa
medida será usada
para fazer a
marcação no 3 Com trena e lápis, transfira as
contrapiso. medidas para o piso.
passo-a-passo_pisos elevados eq06.qxd 7/20/2006 5:18 PM Page 29

elevado Reportagem: Valentina Figuerola

Passo 4 Atenção! Passo 5

4 Use o marcador de linha para assinalar as saídas das 5 Com trena e lápis, marque, no contrapiso, os pontos
placas e estabelecer a posição dos macacos. de acordo com a medida da placa.

Passo 6 Passo 7

6 Use o marcador de linha para assinalar no contrapiso 7 Macacos curtos (à direita) são ideais para
os eixos que irão corresponder às juntas das placas. instalações mais simples. Para grandes
Os pontos marcados no Passo 5 servirão de volumes de dutos e fios, use suportes
referência para isso. longos (à esquerda).

29 EQUIPE DE OBRA

Apoio técnico:Alessandro Mendes, instrutor do Senai

passo-a-passo_pisos elevados eq06.qxd 7/20/2006 5:18 PM Page 30

Passo a Passo

Passo 8 Faça assim! Passo 9

8 O macaco curto deverá ser posicionado no

cruzamento das linhas, de forma que os furos da
peça fiquem sobre elas. A fixação requer o uso de
martelo movido a pólvora e de pinos de aço.

Passo 10

9 Posicione o macaco grande da mesma forma

que o pequeno. Sua fixação será feita com
broca e furadeira.

Passo 12

10 Use a trena para definir a distância do piso em

relação ao contrapiso (altura) e encaixe a parte
superior do macaco.

Passo 11

12 Encaixe a borracha antiderrapante na parte

11 Aperte com uma chave de boca. superior do suporte.
passo-a-passo_pisos elevados eq06.qxd 7/20/2006 5:18 PM Page 31

Passo 13 Atenção detalhe! Passo 14

13 Nivele os macacos entre si com o nível metálico. 14 Coloque a saída das placas sobre o suporte.
Em áreas grandes, poderá ser necessário o uso de
nível a laser. Se ficar em dúvida, siga as Passo 16
recomendações do fabricante.

Passo 15

15 As placas próximas da parede poderão sofrer

ajustes de medidas para cobrirem totalmente 16 Com uma régua de alumínio, faça um risco sobre
o piso. Use trena e lápis para marcar os pontos. os pontos.

Passo 17 17 Passe a serra mármore sobre a linha

desenhada na etapa anterior. Encaixe
as placas cortadas no local
determinado. O piso está pronto para
receber o revestimento.

Esquadria gentilmente cedida pela Sasazaki

31 EQUIPE DE OBRA
passo-a-passo_pisos elevados eq06.qxd 7/20/2006 5:18 PM Page 32
passo-a-passo_pisos elevados eq06.qxd 7/20/2006 5:18 PM Page 33
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perfil_Eq06.qxd 7/20/2006 5:17 PM
Perfil
Operador de grua
Veja como trabalha esse profissional que manuseia
e transporta cargas e materiais na obra
Divulgação
Nome: Pedro Ferreira
Miranda
Idade: 53 anos
O que faz o operador
de grua?
É o responsável pelo con-
trole operacional da grua.
Dentro da cabina suspen-
sa o operador recebe, via
rádio, as instruções do si-
naleiro, que do solo tem a
visão da área a ser utili-
zada e das cargas a serem
transportadas pela grua.
Que benefícios a grua traz
ao canteiro de obras?
Com as grandes constru-
ções e os prazos curtos de
conclusão, a grua permite
a movimentação e o trans-
porte de cargas grandes ou
pesadas pela obra, dimi-
nuindo o tempo de execu-
ção dos serviços.
Page 36
PROFISSIONAL
Onde mora: Campinas,
São Paulo
Onde nasceu: Apaléia,
Minas Gerais
Função: operador
de grua
Onde trabalha: Racional
Há quanto tempo exerce
a profissão? Estou na
área desde 1975.
Onde já trabalhou?
Contrucap e Moura-
Schwark.
Como aprendeu
Qual a importância do
sinaleiro para o trabalho
do operador?
O sinaleiro permanece nas
áreas de carga e descarga
estipuladas e é a visão do
operador: supervisiona a
amarração da carga e des-
carga durante a execução
e passa as informações do
solo para o operador.
Quais os procedimentos
necessários para operar a
grua com segurança?
Diariamente antes de ini-
ciar a operação com a
grua, o operador faz uma
checagem no equipamen-
to: motor, cabos de aço, rá-
dio. No momento de carga
ou descarga de material,
Reportagem: Humberto Garrido
a operar gruas?
Tive uma oportunidade
em uma construtora de
acompanhar os
procedimentos junto
com um operador.
Como é o seu dia-a-dia?
Das 7h às 17h executo
o plano predeterminado
de acordo com o
cronograma da obra.
A maior parte do tempo
permaneço dentro da
cabina da grua
existe o responsável pela
amarração e verificação
da carga a ser içada, que
pode ser o próprio sinalei-
ro ou uma equipe determi-
nada para a função. É ne-
cessário o isolamento total
da área que a lança da
grua irá percorrer, evitan-
do acidentes graves.
Quais as expectativas
do cargo de operador
de grua?
De acordo com a experiên-
cia adquirida, um operador
de grua pode se tornar um
inspetor de grua ou encar-
regado de equipe.
Como está o mercado de
trabalho?
Apoio técnico: professor Jolivan Lopes Galvão, do Senai-SP
seguindo as
instruções do
sinaleiro, para poder
controlar e direcionar
a máquina.
O que é preciso para
ser um bom operador
de grua?
Além de possuir
conhecimento na
área, deve ter atenção
e concentração em
toda área em que
operar a grua.
Com o aumento e moder-
nização nas construções,
a utilização de gruas é
maior, tornando amplo o
mercado de trabalho pa-
ra esse profissional.
Como e onde aprender?
Normalmente surge a
oportunidade de treina-
mento para quem já tra-
balha em construção ou
na empresa que fornece
a grua, inicialmente sob
a supervisão de um ope-
rador que passa as ins-
truções sobre como ope-
rar. Depois de ambien-
tado, é necessário fazer
o curso de operador, pa-
ra assim tornar-se um
profissional.
economia_Eq06.qxd 7/20/2006 5:16 PM Page 37

Economia

Consumo de aço

Marcelo Scandaroli
Ubiraci Espinelli Lemes de Souza

Professor da Escola Politécnica

da Universidade de São Paulo
Veja como evitar perda
de material para executar as armaduras

O
aço das armaduras aço cortado e dobrado, o consumo de aço depende pois aumenta o peso por
cumpre um papel pronto para ser montado da necessidade de cada metro de barra.
importante: reforça na fôrma. Há, ainda, a pos- projeto. Edifícios mais al- A inexistência de um plano
as estruturas de concreto. sibilidade de se adquirir a tos, por exemplo, levam de corte também eleva as
Para produzir as armadu- armadura pré-montada. normalmente a maiores ta- perdas: gera uma sobra de
ras é preciso comprar bar- O consumo de aço para as xas de armadura que edifí- pontas que não serão utili-
ras de aço – em geral com armaduras depende, em cios baixos. zadas. Quanto mais grosso é
12 m –, cortar em pedaços primeiro lugar, do projeto Alguns fatores influen- o aço, maiores são essas so-
menores, dobrar de acordo estrutural. O projetista obe- ciam o desperdício de aço bras. Cuidados para estocar
com o projeto e montar tu- dece às normas e procura no canteiro. Se você rece- evitam furtos e eventual
do nas fôrmas antes da sempre especificar a menor be barras com diâmetro oxidação ou quantidade de
concretagem. Outra forma quantidade de aço, manten- superior ao especificado, sujeira excessiva, o que im-
de executar é comprar o do a estrutura segura. Mas acaba gastando mais aço, pede o uso do material.

SAIBA MAIS

4% a 16%
É a variação de valores de perdas na produção
» Contrate um bom projetista estrutural.
» Controle a bitola do aço recebido e as demais
propriedades especificadas para o material.
» Estoque o aço o mais longe possível da umidade
de armaduras no canteiro
excessiva e evite estocagens muito longas.
» Não deixe o aço em contato com o solo.
» Separe os componentes de aço de uma maneira
FA Ç A A S S I M ! organizada: no caso das barras, organize o estoque
Marcelo Scandaroli

por bitola. No caso de peças pré-cortadas e pré-

dobradas, organize-as em função dos componentes
estruturais e da parte da obra a que pertencem.
» Faça planejamento de corte para evitar sobra
excessiva de pontas.
» Organize as sobras de pontas facilitando eventual
utilização.
» O uso de aço pré-cortado e pré-dobrado elimina
as perdas no corte de barras.
» O controle da montagem minimiza as chances de
não obediência ao projeto.
» Use equipamentos adequados para o
processamento e transporte das armaduras.
O uso do aço pré-cortado e dobrado minimiza
as perdas.

37 EQUIPE DE OBRA
pessoal_Eq06.qxd 7/20/2006 5:16 PM Page 38

Pessoal

Controle os custos

Marcelo Scandaroli
da obra Engenheira Regiane Grigoli Pessarello

Quando o assunto mexe com o bolso,

vale a pena pensar duas vezes

Q
ualquer custo a mais
na obra torna-se um
grande problema. A
boa notícia é que controlar
custos não é uma tarefa tão
difícil, desde que você tenha
conhecimento das quantida-
des necessárias de mate-
riais, mão-de-obra e equi-
pamentos e saiba como re-
duzir desperdícios.
Um dos principais motivos do
aumento do custo das obras
novas ou reformas é o cálcu-
lo errado das quantidades de
materiais necessários. Mui-
tas vezes as pessoas usam
aquele velho ditado: "melhor
sobrar do que faltar" e exa-
geram nas compras. Quem
perde com isso é o dono da
obra, que sempre acaba gas-
tando mais do que precisava.
Quanto maior o porte da
obra, mais importante é
controlar os custos. Os orça-
mentos são bem mais justos
e desperdícios podem cau-
sar estragos maiores.
Você já pensou, por exem-
plo, o que um erro de leitu-
ra do projeto aumentando
1 cm na espessura das lajes
de um prédio de dez anda-
res provoca? Isso pode sig-
nificar nada mais, nada me-
nos, que um gasto de R$
5.203,24. Se considerásse-
mos, ainda, que na mesma
laje de 14 x 20 m o contra-
piso fosse executado com 2
cm, isso resultaria em um
desperdício de mais de R$
10.000,00 no prédio todo.
Veja abaixo os cálculos que
mostram o que a falta de
controle na execução das
obras pode trazer:

EXEMPLO DE CÁLCULO

Dimensões Espessura Espessura Foi Isso Total Custo

(m) prevista executada executado significa a mais
em projeto (cm) a mais ... (R$)
(cm)
Laje 14 x 20 m 8 cm 9 cm 1 cm 2,8 m³ a 28 m³ em 5.203,24
mais por um prédio de
laje 10 pavimentos
Contrapiso 14 x 20 m 3 cm 5 cm 2 cm 5,6 m³ de 56 m³ de 10.565,33
acréscimo desperdício nos
por pavimento 10 pavimentos

DICAS DE CONSUMO DE MATERIAIS

Materiais Consumo
Tinta latéx Com uma lata de 18 litros é possível pintar em média 150 m²
de parede
Massa corrida Com um galão de 3,6 litros é possível aplicar massa
em aproximadamente 8 m²
Bloco de concreto de 19 x 19 x 39 cm São necessários 13 blocos para preencher 1 m²
Bloco cerâmico 9 x 19 x 19 cm (tipo baiano) São necessários 25 blocos para preencher 1 m²
Lazer_Eq06.qxd 7/20/2006 5:34 PM Page 39

Lazer

Caça-palavras e Sete erros

Descubra no A S F E R R A M E N TA S E L É T R I CA S
diagrama o nome F T U I S V S P Ç B R T U J H L A O E F
de 11 ferramentas R A B R E J F A P Ç A S S B M I P Q E R

elétricas usadas Y L A I R C R D Z E E U E D A X E U Y Y

no canteiro Q A X L R V Y E I R D B Q E D A M M R Q

de obras U R P A A L Q I R O P Ç O R E D Z E E U

B E L R C P U M A R T E L E T E I R D B

Furadeira Ç E I B I A B Ç A S S B M I P I R O P Ç
Parafusadeira P S R E R I Ç W F L P A G B V R T P E P
Serra mármore
R V E S C T P A T G L H T O N A I Ç R R
Martelete
E B M V U E R F U R A D E I R A L H O E
Plaina
Esmeril I Ç S B L R E M E T I R S S E K O S M I
Vibrador O B E Ç A J I B D E N F O I L Ç P C R O
Lixadeira A L O B R A O P X Z A W U B M V U E A A
Tesoura de aço
V S P Ç B R A U J H L A R E V B V R M O
Politriz
Serra circular M I P Q E R T A R I E D A S U F A R A P

A P Ç A S S B M I P Q E D D Z E E U R U

D Z E E V I B R A D O R E E I R D B R E

E I R D B R O P Ç O R E A I R O P Ç E D

I R O P Ç S J A P Ç A S Ç B M I P Q S R

V S P Ç B R T U J H L A O E V I P Q E R

Encontre as 7 diferenças nas figuras abaixo

Solução

Solução:
gatilho da furadeira amarela; cabo da furadeira vermelha; gatilho e haste da serra mármore; fio, haste e pé da serra circular de bancada.

39 EQUIPE DE OBRA
Lazer_Eq06.qxd 7/20/2006 5:34 PM Page 40

Quadrinhos

Perigo nas alturas

Mestre Pini

Ilustração: Marcos Aurélio, Estúdio Manga