capa_eq05_01.

qxd 11/5/2006 16:29 Page 1

a revista para você que constrói DE OBRA

Cálculo de blocos
para alvenaria
de concreto

Impermeabilização
com mantas
asfálticas
Dicas para
executar Como operar
revestimentos gruas com
cerâmicos segurança

Passo a passo
05

Esquadrias
9 771806 957003
ISSN 1806-9576

de alumínio
Todas as etapas para instalar janelas
Edição no 5 Ano II
Mai/Jun 2006 R$ 4,90
www.equipedeobra.com.br
www.piniweb.com
editorial_Eq05.qxd 11/5/2006 16:30 Page 1

Sumário

o
Equipe de Obra n 5
4 Equipe Responde EDITORIAL

6 Curtas Aprendizado
contínuo
8 Certo e Errado Ninguém é tão experiente que não
precise aprender. Esse ditado popular
10 Papo de Obra: mostra bem a realidade do mercado
Juraci Braga Barbosa de trabalho hoje. As construtoras e os
clientes procuram profissionais que se
12 Medição: blocos de concreto reciclem constantemente e estejam
dispostos a aprender cada vez mais.
para alvenaria E aprender, nesse caso, significa ser
dedicado, atento e ir atrás de quem
14 Passo a passo: possa ajudar. Sabemos que nem
sempre é fácil fazer um curso ou um
esquadrias de alumínio treinamento com a correria do dia a
dia. Mas vale a pena procurar
20 Qualidade: revestimento entidades, sindicatos, escolas como o
cerâmico Senai e – por que não? – fornecedores
de materiais interessados em explicar
22 Segurança: operação de gruas e divulgar seus produtos. Esses são os
melhores caminhos para continuar na
rota da evolução. Equipe de Obra está
26 Plantas: implantação aqui para ajudar você a cumprir essa
tarefa. Procuramos mostrar as
28 Passo a passo: técnicas construtivas passo a passo,
impermeabilização com com dicas e conselhos para facilitar
o trabalho.Você pode até ter seu modo
mantas asfálticas próprio de fazer, mas há sempre algo
novo, algum detalhe que chama a
36 Perfil: carpinteiro atenção. Nesta edição, preparamos
reportagens sobre instalação de
37 Economia esquadrias de alumínio, revestimentos
cerâmicos e impermeabilização, e um
38 Pessoal especial de segurança para operação
de gruas. Aproveite!
39 Lazer
Tania Bértolo
40 Quadrinhos Editora
1 EQUIPE DE OBRA
editorial_Eq05.qxd 19/5/2006 17:37 Page 2

Vendas de manuais técnicos, TCPO Fundadores: Roberto L. Pini (1927-1966), Fausto Pini (1894-1967) e Sérgio Pini (1928-2003)
e atendimento ao assinante
Segunda a sexta das 9h às 17h Diretor Geral
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demais municípios
Apoio
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Renato Billa e Rodrigo Susnara (trainees)
Ilustração: Sergio Colotto Fotografia: Marcelo Scandaroli
Tráfego (anúncios) Conselho editorial: Carlos Eduardo Cabanas (Senai-SP), Darci Vargas,
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Nilton Vargas e Ubiraci Espinelli Lemes de Souza
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PESQUISA E ANÁLISE DE MERCADO: Regiane Grigoli Pessarello

Pesquisa de preços
Pesquisas Regionais: Erica Costa Pereira e Fábio Kawano
fone (11) 3352-6442 Índices e Custos: Ana Carolina Ferreira TCPO: Celso Francisco Afonso e Erica Costa Pereira
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Executivos de contas: Alexandre Ambros, Daniel Bagneti,
Reprints editoriais Eduardo Yamashita, Patrícia Dominguez, Patrícia Marcelino e Ricardo Coelho
Para solicitar reimpressões de reportagens ou MARKETING: Adriana Sahd Sabeh VENDAS: José Carlos Perez
RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: Mário S. Pini
artigos publicados: ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS: Tarcísio Morelli
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MANUAIS TÉCNICOS E CURSOS: Eric Cozza
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PINIsistemas Pernambuco (81) 3222-5757 Piauí (86) 223-5336 Rio de Janeiro (21) 2265-7899
Suporte Rio Grande do Norte (84) 3613-1222 Rio Grande do Sul (51) 470-3060
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equipe_de_obra_responde_05.qxd 11/5/2006 16:31 Page 4

Equipe Responde

Tire suas dúvidas

Envie sua pergunta para rua Anhaia, 964, Bom Retiro, CEP 01130-900, São Paulo-SP ou para equipedeobra@pini.com.br

POÇO ARTESIANO

O que é um poço com revestimento?

Cícero Rodrigues, São Paulo

Todo poço deve ter revestimento para evitar a revestidos, caso toda a extensão da perfuração
contaminação da água com materiais indesejáveis. seja composta por solo inconsistente. Seja qual
Alguns são parcialmente revestidos – são for o tipo, é necessário ter um projeto executivo
colocados tubos apenas nos intervalos de baseado em estudos aprofundados do subsolo.
perfuração em que o subsolo é composto por Engenheiro Ricardo Spitaliere, da Hidrogeo
material inconsistente. Outros são totalmente Poços Artesianos
Poço com Quadro de comando
revestimento
Poço sem Quadro de comando Eletroduto
revestimento
Eletroduto Cabo elétrico

Cabo elétrico Cimentação (selo sanitário)

Cimentação (selo sanitário) Alteração de rocha ou

sedimento inconsolidado
Solo ou alteração de rocha
Tubo de revestimento
Tubo de revestimento Camada
Perfuração na rocha impermeável
Perfuração na rocha
Tubo adutor
Tubo adutor
Bomba submersa Filtro
Rocha maciça
Pré-filtro Fluxo
Bomba submersa de captação
Rocha sedimentar ou da água
Fratura geológica sedimento inconsolidado subterrânea

CHURRASQUEIRA
Arquivo

Que materiais podem ser usados para a construção

de churrasqueiras?
André Luis Siqueira
Bragança Paulista, São Paulo

Existem sistemas de pré-moldados feitos com

concreto refratário e assentados com argamassa
refratária. Se optar por tijolos, use os refratários
também. Eles são melhores porque resistem a
altas temperaturas. Outra solução interessante
é instalar uma churrasqueira a gás, que produz
menos fumaça.
Engenheiro Ercio Thomaz, do Instituto de
Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
curtas_Eq05.qxd 11/5/2006 16:32 Page 6

Curtas

Produtos e dicas
Fotos: divulgação

Para mestres-de-obras e pedreiros
A bordo de um caminhão, a Sika faz cursos sobre
impermeabilização, aditivos especiais para argamassas,
vedação, fixação e colagens de estruturas. A sala de aula
é equipada com laboratório e recursos de informática,
áudio e vídeo. A unidade móvel viajará por todo o Brasil
e os interessados podem se inscrever pelo telefone
(11) 3687-4688.
Aprendizagem
no Rio de Janeiro
Os alunos do ProJovem (Programa Nacional
de Inclusão de Jovens) participarão da Escola
Carioca de Habitação Popular. A partir
de maio, começará a construção de 40 casas da
Vila Rosa Parkis, em Bangu, zona Oeste do Rio
de Janeiro. Os alunos que mais se destacarem
no programa receberão a casa própria
construída durante as aulas profissionalizantes.
Os jovens interessados em participar
do ProJovem podem se inscrever de segunda
a sexta-feira, das 6h à 0h, no telefone
0800-642-7777. Só serão aceitas chamadas
de telefones fixos. Poderão participar os jovens
residentes na cidade do Rio de Janeiro, com
idade entre 18 e 24 anos, que terminaram
a 4a série, sem concluir a 8a série do ensino
fundamental e que estejam fora do mercado
de trabalho formal.

Rejunte
O Rejunta Acrílico da
marca Fortaleza pode
ser aplicado em juntas
de assentamento de
porcelanato, pisos e Rodapé flexível
azulejos cerâmicos e O produto da Eucatex é feito de um material bem
áreas externas, inclusive mole chamado EVA, que dá bom acabamento em
fachadas, piscinas e colunas e paredes curvas em todos os ângulos. É
saunas. Fornecido em para ser usado em conjunto com piso laminado.
sacos de 1 kg, com 12
cores diferentes.
curtas_Eq05.qxd 11/5/2006 16:32 Page 7

AGENDA

Pinturas especiais
Senai - Sorocaba: Pça. Roberto
Mange, 30. Jd. Sta Rosália,
Sorocaba (SP)
Fone: (15) 233-5144
Carga horária: 40 horas
Valor: R$ 135,00

Comandos elétricos
Senai - Tatuapé: rua Teixeira de
Mello, 106, São Paulo (SP)
Fone: (11) 6191-6176
Carga horária: 100 horas
Valores: tarde e noite – 2 x R$
150,00 e sábados – 4 x R$ 75,00
Eletricistas em Guarulhos-SP
A Pial Legrand em parceria com a Prefeitura de Guarulhos oferece, Vidraceiro instalador
grátis, um curso de instalações elétricas de baixa tensão. São cerca de Senai - Tatuapé: rua Teixeira de
176 vagas para pessoas com idade acima de 16 anos e a 4a série do Mello, 106, São Paulo (SP)
ensino fundamental concluída. Os interessados podem se informar pelo Fone: (11) 6191-6176
telefone (11) 6475-9723 ou (11) 6975-9725. Carga horária: 147 horas
Valor: noite – 4 x R$ 90,00

Faça arte no canteiro

Idealizado pelo arquiteto Arthur Pugliese e pelo educador Distanciador
ambiental Daniel Cywinski, o projeto Mestres da Obra A JACP fabrica pequenas pastilhas que,
promove a implantação de um galpão-oficina dentro da colocadas junto das armaduras, servem
obra. Nesse ateliê, professores dão aulas e oficinas de para garantir o cobrimento de 15 a 30 mm
educação artística para os operários. O material de trabalho em lajes com isopor.
são sobras do próprio canteiro. Se você quer participar dos
Mestres da Obra, ligue para (11) 4436-2256.
7 EQUIPE DE OBRA
Seguranca_Eq05.qxd 11/5/2006 16:34 Page 8

Certo e Errado

Segurança e saúde n
CERTO ERRADO
Fotos: arquivo

A idéia é boa e merece ser copiada:

o duto leva o entulho diretamente do Andar em cima da laje em execução sem nenhum equipamento de
andar para a caçamba ou local proteção individual é inaceitável. Use sempre capacete, luvas, botas,
adequado no térreo do canteiro. óculos e proteção antiqueda.

ERRADO CERTO

Esse banheiro, bastante limpo e

O buraco mostrado na foto não é nenhum abismo, mas com a confortável, está na medida certa para
quantidade de objetos espalhados um tropeção e uma queda podem oferecer saúde e higiene ao pessoal da
causar ferimentos bastante sérios. Cuidado! obra. Excelente exemplo!
 Seguranca_Eq05.qxd 11/5/2006 16:34 Page 9

Marcelo Scandaroli
e nas obras José Carlos de
Arruda Sampaio

Engenheiro civil
CERTO e diretor da JDL

ERRADO

As reformas precisam ser protegidas

tanto quanto as obras novas. Os
Além dos cintos trava-quedas e dos capacetes, os operários operários da foto estão sem capacete
devem usar óculos, botas e luvas para proteger a pele do e cinto trava-quedas e a plataforma
contato com o concreto. é improvisada. Risco certo.

CERTO ERRADO

Espaço limpo e guarda-corpo com Além da montanha de entulho atrapalhar o andamento do serviço,
proteção adequada. Nota 10! é um sinal de desperdício de materiais.

9 EQUIPE DE OBRA
entrevista_Eq05.qxd 11/5/2006 16:38 Page 10

Papo de Obra

Linha de frente
Para ser chefe é preciso ser flexível
e responsável

PERFIL
Fotos: Marcelo Scandaroli

Nome: Juraci Braga Barbosa

Idade: 37 anos
De onde é? Porterinha, Minas Gerais
Onde mora? Itaim Paulista, São Paulo
Função: mestre-de-obras
Como aprendeu a técnica? Na raça,
trabalhando em obras desde 1987.
Onde trabalhou? Andrade Gutierrez, Camargo
Correa,Takplan, Líder. “Para ser
Que projeto considera o mais importante?
chefe é
Todos os projetos foram importantes, porque
sempre aprendo algo novo. preciso ter
Qual o maior sonho? Ganhar mais do que eu
ganho hoje.
muito jogo
de cintura”

Como começou sua
carreira em obras?
Eu cheguei a São Paulo em
1987 e o meu primeiro em-
prego foi na Andrade Gutier-
rez, na obra do Aeroporto de
Cumbica, em Guarulhos-SP.
Lá comecei como servente.
Eu nunca imaginei fazer ou-
tra coisa. Quando cheguei a
São Paulo, já sabia que era
para trabalhar em obras.
Como o senhor chegou
a mestre-de-obras?
Passei por todos os cargos:
já fui servente e subencarre-
gado. Na Takplan passei a
encarregado e logo que en-
trei na Líder, fiquei também
nessa mesma posição. Sou
mestre-de-obras há quatro
anos e meio.
Como é ser chefe?
Para ser chefe é preciso
ter muito jogo de cintura. O
meu trabalho é basicamen-
te acompanhar a necessi-
dade de materiais, dividir
as tarefas diárias entre os
funcionários e verificar to-
do o trabalho.
Que outras atividades
o senhor desenvolve?
É preciso saber lidar com o
público em geral e adminis-
trar a obra. O contato com
os clientes também é feito
pelo mestre-de-obras, quan-
do necessário.
E as broncas nos
subordinados?
Às vezes, tenho de chamar a
atenção dos colegas que não
cumpriram as tarefas do
dia, ou não fizeram direito o
que tinha de ser feito. Eu
sempre procuro ser político.
É minha responsabilidade
que tudo fique pronto den-
tro dos prazos estipulados
pela construtora.
É comum ter problemas
com prazo?
Eu procuro trabalhar com as
mesmas equipes, em parce-
ria com o mesmo engenhei-
ro. Juntos, nós temos mais
força e confiança e a obra
anda melhor. A Líder não
trabalha com autônomos,
então fica mais fácil manter
os funcionários na equipe.
O senhor trabalha mais do
que os outros pelo fato de
ser mestre-de-obras?
Isso pode acontecer. Eu te-
nho que cumprir um deter-
minado número de obriga-
ções diárias, e muitas vezes
faço hora-extra. Tenho de
ver as necessidades de ma-
terial para o dia seguinte, fi-
car atento para que o servi-
ço seja feito corretamente,
ou seja, todo o planejamen-
to. Como durante o expe-
diente fiscalizo os trabalhos,
a parte mais burocrática fi-
ca para mais tarde.
entrevista_Eq05.qxd 11/5/2006 16:38 Page 11

Giovanny Gerolla

1 Juraci e a esposa
Neurinete.
1

2 Nesta foto, o mestre

com os filhos João
Pedro (centro) e
Jefferson.

"Eu gosto de ser

2 empregado.
Tenho meu
O senhor acha melhor dos os meses.Tem também por incompetente. Quando
dinheiro e
trabalhar para uma um problema que eu consi- se é contratado, a empresa
empresa como a Líder, dero grave: ser mestre-de- conhece seu trabalho. Não benefícios
ou pensa em tornar-se obras autônomo pode tra- que a responsabilidade se-
autônomo? zer problemas com funcio- ja maior ou menor: é a
garantidos
Eu gosto de ser emprega- nários. Quando os operá- mesma. Mas a relação de todos os meses"
do. Tenho meu dinheiro e rios não cumprem os pra- confiança com a empresa é
benefícios garantidos to- zos, é o mestre que passa muito diferente.
11 EQUIPE DE OBRA
medicao_Eq05.qxd 11/5/2006 16:38 Page 12

Medição

Blocos de concreto
Calcule a quantidade de blocos para a obra
T I P O S D E A S S E N TA M E N TO

O tipo de assentamento dos blocos depende da função da alvenaria, que pode ser estrutural ou de vedação.
Ilustrações: Sergio Colotto

Figura 1 Figura 2

Junta-prumo: específica para alvenaria Amarração: serve para alvenarias

de vedação, não deve ser feita em estruturais e de vedação.
alvenarias estruturais.

TIPOS DE BLOCO

Para estruturas, não use blocos de vedação, pois são menos resistentes. Use blocos estruturais.

25 mm 10 mm

Figura 3 Figura 4

Os blocos estruturais são sempre Os blocos de vedação também são

vazados e com espessura das paredes vazados.Têm paredes dos furos
dos furos de, no mínimo, 25 mm. com espessura média de 10 mm
A resistência é de 6 MPa. e resistência de 2 MPa.
 medicao_Eq05.qxd 11/5/2006 16:38 Page 13

o para alvenaria Reportagem: Giovanny Gerolla

E X E M P L O D E C Á L C U L O D E B L O C O S PA R A PA R E D E C E G A

» Calcule a área da parede a ser vedada:

Área = 600 cm x 1.200 cm = 720.000 cm2

» Calcule a área que um único bloco ocupa. Não esqueça de

contar a medida da argamassa de assentamento.

Altura: 5 cm + 1 cm de junta = 6 cm
Comprimento: 19 cm + 1 cm de junta = 20 cm
Área de um bloco = 6 cm x 20 cm = 120 cm2

» Para saber quantos blocos são necessários, divida a área da

parede pela área de um bloco.
5 cm
Número de blocos = 720.000 cm ÷ 120 cm = 6.000 blocos
2 2
1 cm

19 cm

1 cm

E X E M P L O D E C Á L C U L O D E B L O C O S PA R A PA R E D E C O M V Ã O S

Para paredes com vãos, você deve subtrair a área da janela ou

porta da área total da parede

» Calcule a área do vão da porta ou janela:

Área da janela = 600 cm x 200 cm = 120.000 cm2

» Subtraia a área da janela da área total para saber a área

a ser executada.

Área a ser executada = 720.000 cm2 – 120.000 cm2 (área do vão

para janela) = 600.000 cm2

» Para saber quantos blocos são necessários, divida a área da

parede (já descontada a janela) pela área de um bloco.

Número de blocos = 600.000 cm2 ÷ 120 cm2 = 5.000 blocos

13 EQUIPE DE OBRA

Apoio técnico: Martinho da Silva Zacarias do Senai-SP

passo-a-passo_janelas_EO5.qxd 11/5/2006 16:36 Page 14

Passo a Passo

Caixilho de alumínio
Veja as dicas para instalar janelas de alumínio
ser instalada num vão de chumbar a peça,
64 cm x 64 cm. Com verifique bem o
espuma, no entanto, seria posicionamento da
necessário um vão de janela com prumo de
62 cm x 62 cm. Manter face e nível de bolha.
as placas de madeira da Para a instalação, você
embalagem até o término vai precisar de martelo,
do acabamento final das trena, lápis, linha de
paredes é fundamental pedreiro, cunhas, prego
para poupar a peça de comum, nível de bolha,
danos. Janelas de serra-mármore,
alumínio, como a deste marreta, talhadeira,
passo-a-passo, podem espuma de poliuretano,
O caixilho deverá ser entre o caixilho e a manchar em contato com prumo de face,
instalado em um vão alvenaria, enquanto cimento, cal e tinta. mangueira de nível,
bem esquadrejado, com a espuma expansiva de Garantir o prumo e desempenadeira,
tamanho adequado à poliuretano necessita de nivelamento da janela masseira, colher de
peça e ao tipo de 1 cm. Por exemplo: se for é uma das etapas mais pedreiro, balde e
chumbamento escolhido. chumbada com importantes para o broxa. Não esqueça os
A argamassa requer argamassa, uma janela sucesso da instalação. óculos, luvas, capacete
2 cm de espaçamento de 60 cm x 60 cm precisa Por isso, antes de e máscara.
Fotos: Marcelo Scandaroli

Passo 2

1 Corte a alvenaria 2 O ângulo do encaixe pode

próxima aos variar de 45º a 120º,
vértices do vão conforme o produto. Nesse
para desenhar caso, optou-se pelo ângulo
os encaixes de 120º. Você deve seguir a
Passo 1 das grapas. recomendação do fabricante.
 passo-a-passo_janelas_EO5.qxd 11/5/2006 16:36 Page 15

o Reportagem: Valentina Figuerola

Passo 3 Passo 4

3 Com marreta e talhadeira, picote a área delimitada pelo corte. 4 Depois de quebrar a alvenaria, varra
o piso para evitar acidentes.

2o ponto
Passo 5 Faça assim! Passo 6
1 ponto
o

5 Com um nível de bolha, traçar um

risco a 1,10 m de distância do piso.
Esse valor varia conforme o ambiente
em que a janela será instalada.
Banheiros, por exemplo, requerem 6 Com auxílio de uma mangueira de nível, transfira o primeiro
janelas mais altas. ponto para o segundo. Essa etapa deve ser realizada
por duas pessoas.

Apoio técnico:Tolentino Soares de Souza e Edson Pedro de Santana, da Escola Orlando Laviero Ferraiuolo, unidade do Senai-SP
15 EQUIPE DE OBRA
passo-a-passo_janelas_EO5.qxd 11/5/2006 16:37 Page 16

Passo a Passo

Passo 8

8 Faça um traço sobre cada um dos pontos superiores.

Passo 7

7 Com uma trena, transfira os pontos inferiores

para a parte superior. Nesse caso, os pontos
superiores distam 55 cm dos inferiores. Para
calcular, diminua 5 cm da altura da esquadria.

Passo 10

10 Una os pregos horizontalmente com uma

linha de pedreiro. Para isso, faça um laço em
um dos pregos, estique a linha e a amarre no
outro prego.
Passo 9

9 Insira um prego sobre cada um dos traços. Não

importa o ponto, desde que seja sobre o traço.
passo-a-passo_janelas_EO5.qxd 11/5/2006 16:37 Page 17

Passo 11 Atenção!

Passo 12

12 Antes de encaixar a esquadria, abra as grapas no

11 Remova a proteção de papelão, mas mantenha as ângulo de encaixe do vão.
placas de madeira da embalagem até a instalação
completa da esquadria.

Passo 14
Passo 13
14 Verifique o nivelamento e o prumo. Se necessário,
13 Encaixe a esquadria no vão. A janela deve ser faça os ajustes no posicionamento da esquadria
travada com auxílio de cunhas de madeira. com as cunhas.

Esquadria gentilmente cedida pela Sasazaki

17 EQUIPE DE OBRA
passo-a-passo_janelas_EO5.qxd 11/5/2006 16:37 Page 18

Passo a Passo

Passo 15 Passo 16

15 Preencha os espaços entre alvenaria e a esquadria com 16 As placas de madeira só deverão ser
espuma de poliuretano. As grapas também. As cunhas poderão retiradas depois do acabamento final
ser retiradas após 30 minutos. da alvenaria.

CHUMBAMENTO COM ARGAMASSA

Passo 2

2 Com desempenadeira e colher de pedreiro, chumbe

Passo 1 as grapas e os espaços entre a janela e a alvenaria
com argamassa de areia e cimento (traço 3:1).
1 Com a broxa embebida de água, molhe a região de Nesse tipo de chumbamento, as cunhas poderão
encaixe das grapas. ser retiradas após 24 horas.
qualidade_Eq05.qxd 11/5/2006 16:51 Page 20

Qualidade

Pisos cerâmicos
Veja como garantir o alinhamento e a boa aderência
do piso cerâmico
Fotos: Marcelo Scandaroli

Antes de iniciar, verifique se o contrapiso já foi Para manter as peças cerâmicas sempre alinhadas com a
nivelado. Esse nivelamento pode ser feito com uma parede, não se esqueça de esquadrejar a área: os lados do
mistura simples de areia e cimento, usando-se régua triângulo formado devem ter 60 cm e 80 cm, para que o
e desempenadeira. esquadrejamento seja de 1 m.

O preparo da argamassa
deve seguir recomendações
do fabricante. É melhor
misturar manualmente e
em pequenas quantidades, Umedeça o contrapiso levemente,
pois, após 90 minutos, borrifando água. Não molhe demais
a massa perde o ponto Antes de aplicar a massa, tire a poeira para não comprometer a aderência
de uso. do contrapiso com a vassoura. da argamassa.

A
qualidade_Eq05.qxd 12/5/2006 16:23 Page 21

Reportagem: Giovanny Gerolla

Na hora de frisar a argamassa com o lado dentado da desempenadeira,

os frisos devem resultar inteiros. Não deixe buracos entre os frisos:
Limpe sempre a parte branca do verso eles formarão bolhas de ar, que poderão descolar a peça do piso no
da peça com um pano úmido. futuro (detalhe).

Use espaçadores. Esses acessórios ajudam a alinhar

as peças.

AT E N Ç Ã O !

O rejunte só poderá
ser feito após 72 horas
do assentamento.
Se o piso assentado
for poroso, não
espalhe a massa
de rejunte sobre toda
a peça, pois será Após tirar o excesso de massa na junta entre as
difícil limpar. Faça peças, confira o nivelamento com uma régua e o
o trabalho junta nível de bolha.
por junta.
21 EQUIPE DE OBRA

Apoio técnico: Edson Pedro Santana, auxiliar de serviço, e Tolentino Soares de Sousa, instrutor orientador, do Senai-SP.
seguranca_Eq05.qxd 11/5/2006
Segurança
Operação de gruas
Veja as dicas para trabalhar com gruas no canteiro sem
comprometer a segurança dos trabalhadores
A
grua é um equipa-
mento que foi criado
para realizar trans-
porte vertical e horizontal
de cargas em canteiros de
obra, com maior agilidade e
segurança dos operários. O
sistema é eletrônico e dimi-
nui os prazos das obras, pois
faz em poucos minutos o
trabalho pesado que vários
homens levariam um dia in-
teiro para fazer.
As principais medidas para operar gruas com segurança
35
m/min
Não
1.100 kg
40 m/min
Figura 1
Figura 3
Não levante nem desça a
carga bruscamente ou em
alta velocidade.
16:52 Page 22
Para utilizar a grua, no en-
tanto, você precisa reciclar
seus conhecimentos. A utili-
zação de equipamentos ele-
trônicos pede medidas de
segurança, como uso de cin-
tos especiais, capacetes e
luvas, além de toda a verifi-
cação de carga e do próprio
equipamento: cabos, mani-
lhas e içamento das cargas.
Como os pesos são grandes,
o perigo de acidentes é
Não levante
carga superior
1.000 kg à capacidade
da grua, nem
em velocidade
Não
superior à
suportada
pela máquina.
Não
maior e os cuidados devem xas, telefone ou interfone.
ser redobrados. Ele autoriza a movimenta-
ção da grua, ou seja, faz a
Operador e sinaleiro amarração e a fixação das
O operador comanda a grua cargas ao equipamento, bem
de uma cabine posiciona- como seu descarregamento.
da na parte superior do É ainda da responsabilidade
equipamento, manuseando do sinaleiro verificar o peso
duas alavancas de coman- das cargas, caçambas de
do ou botoeiras. concreto (alça e trava de fe-
O sinaleiro, também chama- chamento), ganchos, caixas
do amarrador de carga, guia e demais sistemas mecâni-
o operador por rádio ou fai- cos em funcionamento.
Não arraste
Não a carga sobre
o chão com
a grua e nem
levante cargas
inclinadas
em relação
Não ao eixo reto.
Figura 2
Não
Ilustrações: Sérgio Colotto
Não
Figura 4
Não levante carga que não esteja enganchada
no eixo central da carga. O peso fora do eixo
pode fazer com que a carga tombe.
A
seguranca_Eq05.qxd 11/5/2006 16:52 Page 23

Reportagem: Giovanny Gerolla

Não

Não

Figura 5 Figura 6 Não

Nunca balance a carga. Não deixe a carga enganchada – nem

suspensa, nem sobre o solo – quando
a grua não estiver em operação.

Não

Não Sim
Sinaleiro
Figura 7 Figura 8

Não passe cargas suspensas sobre as Efetue manobras com a grua somente quando o
cabeças das pessoas. sinaleiro estiver em seu campo de visão, ou quando
ele se comunicar através de rádio transmissor.

Não Não

Figura 9 Figura 10

Evite utilizar a grua em áreas expostas Nunca transporte pessoas!

ao vento: ele pode arrastar as cargas!

23 EQUIPE DE OBRA

Apoio técnico:Walter Antonio Scigliano, diretor da Grumont e associado do Senai-SP e professor Jolivan Lopes Galvão, do Senai-SP
seguranca_Eq05.qxd 11/5/2006 16:52 Page 24

Segurança

Não

Não

Não

Figura 11 Figura 12

Não faça contramanobras: não tente Não confie nos limitadores e nos fins de
subir enquanto a carga estiver cursos preestabelecidos das máquinas:
descendo e nem descê-la enquanto verifique sempre se a carga chegou ao
estiver subindo. seu destino!

Sinaleiro
Cintas
de náilon

Canto
Operário arredondado

Figura 13 Figura 14

Não use cordas com nó nas pontas
como guia de cargas: se o nó se
prender a um operário que estiver
próximo, ele poderá ser içado junto.
Para que as cintas de náilon não se cortem ao
suspender a carga, é necessário que tenham
berços metálicos arredondados suaves e não
ásperos nos pontos de contato entre carga e
cinta, ou máquina e cinta.

Quatro
pontos
Figura 15 Figura 16

No caso de empilhamentos de lâminas Quando existir perigo de descargas elétricas, o trabalho com
ou vigas, não se esqueça de fixá-las a grua deve ser interrompido. Mesmo com o aterramento, o
primeiro entre si, e depois engatá-las moitão pode estar encostado no solo e fazer com que o raio
em, no mínimo, 4 pontos diferentes. passe pelo cabo até o chão, já que esse é o menor trajeto.
seguranca_Eq05.qxd 11/5/2006 16:53 Page 25

E Q U I PA M E N T O S D E P RO T E Ç Ã O I N D I V I D U A L

Confira alguns itens de segurança indispensáveis na operação de gruas

Fotos: Marcelo Scandaroli

Materiais utilizados para isolar a área onde a grua será operada:

cones e fitas, cabos e manilhas. A luva é um item muito importante para
quem vai mexer com cabos de aço que podem
estar desfiados, materiais ou cargas pontia-
gudas e cortantes, ou mesmo para o opera-
dor, que terá de subir na grua. Para a inspe-
ção dos materiais e do equipamento, é tam-
bém necessário que se usem as luvas.

SERVIÇO
Livro
Gruas: "O que é preciso para
se usar gruas".
Autor: Walter Antonio Scigliano, São
Paulo, 2004.

Curso
Aperfeiçoamento para operador
de grua/Sinaleiro amarrador de cargas
Senai Tatuapé
Endereço: rua Teixeira de Mello, 106,
Tatuapé, São Paulo-SP
Fone: (11) 6191-6176
Duração: os cursos são de dois dias (das
8h às 17h) na Grumont (rua dos Tucanos,
135, Parque Industrial, Carapicuíba),
com o professor Jolivan Lopes Galvão.
Valor: R$ 290,00
À esquerda, o operador de gruas. À direita, o sinaleiro. Ambos usam
equipamentos de proteção individual: capacete com jugular, luvas e
cintos trava-quedas.
25 EQUIPE DE OBRA
plantas_Eq05.qxd 19/5/2006 17:40 Page 26

Plantas

Projeto de implant
Aprenda a interpretar a simbologia de um projeto
de implantação
IMPLANTAÇÃO
 plantas_Eq05.qxd 19/5/2006 17:40 Page 27

t ação Reportagem: Daniele Rissi

A implantação é a
página principal de
todo o projeto
executivo. Com essa
planta em mãos o
engenheiro instrui o
mestre sobre a locação
da edificação no
terreno.Também serve
de guia para explicar,
discutir e decidir a
ordem de execução dos
serviços na obra.
Ilustração: Carlos Campoy

27 EQUIPE DE OBRA

Apoio técnico: Forte, Gimenes & Marcondes Ferraz Arquitetos

passo-a-passo_impermea_EO5.qxd 11/5/2006 16:47 Page 28

Passo a Passo

Impermeabilização co
Veja as dicas para instalar janelas de alumínio
Antes de iniciar esse
serviço, é preciso fazer a
regularização da superfície
com argamassa de cimento
e areia. Em rodapés,
muros, paredes e
jardineiras, os cantos
devem ser arredondados
e a argamassa de
regularização deve subir
de 30 a 40 cm. Essa etapa ser devidamente cimento e areia, maçarico,
é importante, pois garante impermeabilizados para manta asfáltica, tinta de
os caimentos adequados evitar infiltrações. Neste base asfáltica (primer),
para a água e minimiza as passo a passo, você verá colher de pedreiro, rolo
chances de perfuração da todas as dicas para que de lã, camada separadora
manta. Não esqueça de o sistema seja aplicado (filme de polietileno ou
tratar os pontos corretamente. Organize as papel Kraft) e os
problemáticos como ralos, ferramentas necessárias equipamentos de proteção
rodapés e tubulações para a impermeabilização individual - luva, máscara,
emergentes, que deverão com mantas: argamassa de capacete e óculos.

Parte 1 Impermeabilização de superfícies

Passo 2
Passo 1
2 Aplique o primer no rodapé (meia-cana), sempre de
1 Após a regularização e limpeza do local, aplique o cima para baixo.
primer na base regularizada e limpa com auxílio de
boneca ou rolo. Espere quatro horas para começar
a aplicar a manta. Passo 3 Faça assim !

3 Após a cura do primer – sempre

partindo do lado mais baixo –
desenrole a primeira manta e verifique
se o encontro com a superfície
vertical (parede, platibanda) está
perfeito. Se não estiver, enrole a
manta novamente, ajeite a posição do
rolo, e o desenrole de novo.
 passo-a-passo_impermea_EO5.qxd 11/5/2006 16:47
com manta asfáltica
Passo 4
4 Acertada a posição da primeira manta, enrole-a
novamente. Com o maçarico, aqueça
simultaneamente o primer e o verso da manta.
Passo 6 Atenção ao detalhe !
6 Depois que a primeira manta já estiver soldada
ao primer, desenrole a segunda. É preciso
sobrepor 10 cm. Cuide para que a manta já
aplicada e a nova fiquem perfeitamente
paralelas. Enrole e desenrole quantas vezes
forem necessárias, até acertar.
Apoio técnico: Ercio Thomaz, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo.
Page 29
Reportagem: Valentina Figuerola
Passo 5
5 Enquanto aquece, vá desenrolando a manta
e pressionando-a firmemente contra a base.
Passo 7
7 Com o maçarico, aqueça simultaneamente o
primer, uma faixa de 10 cm no início da manta já
instalada e o verso da manta nova. Enquanto
aquece, vá desenrolando a nova manta e
pressionando-a firmemente contra a base
e o topo da manta já instalada.
29 EQUIPE DE OBRA
passo-a-passo_impermea_EO5.qxd 11/5/2006 16:47 Page 30

Passo a Passo

Passo 9

9 Pressione o encontro das duas mantas, até fundi-las.

Passo 8

8 Aqueça a colher de pedreiro e a sobreposição de

mantas simultaneamente.

Passo 10 Atenção !

10 Deixe uma dobra de 20 cm no encontro das

mantas com superfícies verticais. No caso de
jardineiras e banheiras encostadas em paredes,
ultrapasse em 20 cm a altura em que a água Passo 11
poderá chegar.
11 Corte uma faixa de manta e aplique-a na parede
como foi feito no piso, de forma que se
sobreponha à manta aplicada na base.
passo-a-passo_impermea_EO5.qxd 11/5/2006 16:48 Page 31

Passo 13

13 Após o posicionamento da faixa recortada, retire-a. Aqueça o

Passo 12
12 No caso de jardineiras e peitoris,
cubra todo o topo da parede.
primer, o verso da faixa e a extremidade da manta aplicada na
base. Cole firmemente a faixa de manta na parede e na manta já
aplicada na base.

Passo 14 Atenção ao detalhe !

15 Pressione muito bem

a manta contra a
base e contra a
manta já aplicada.

Passo 15

16 Onde houver ralo,

faça a soldagem para
a aderência entre as
superfícies da nova
manta e a manta do
14 No caso da lateral e topo de recorte do ralo.
paredes, faça da mesma forma,
iniciando pela base e
arrematando na parte superior
da parede (detalhe). Passo 16

31 EQUIPE DE OBRA
passo-a-passo_impermea_EO5.qxd 11/5/2006 16:48 Page 32

Passo a Passo

Passo 17 Passo 18

17 Com o estilete, corte um círculo que corresponda 18 Com a colher de pedreiro aquecida, faça o
ao tamanho do ralo. acabamento.

Passo 19 Faça assim !

Passo 20

19 Deixe a área impermeabilizada imersa em água por 20 Antes de fazer o revestimento, coloque a camada
no mínimo 72 horas. separadora.

Parte 2 Impermeabilização de ralos

Passo 1 Passo 2

1 O ralo deve estar cercado de um rebaixo quadrado. 2 Corte um pedaço de manta de 20 cm x 10 cm.
passo-a-passo_impermea_EO5.qxd 11/5/2006 16:48 Page 33

Passo 3 Atenção ao detalhe !

Passo 4

4 Solde um dos cantos opostos aos recortes.

3 Com o estilete, faça cortes transversais, a cada
3 cm, sempre até a metade da manta.

Passo 6

6 Coloque o cilindro no ralo, de forma que as tiras

fiquem para fora, formando uma "margarida".

Passo 5

5 Dobre a manta e cole, formando um rolinho.

Passo 7

6 Com a ajuda do maçarico, solde as tiras sobre a

base, nas laterais do tubo de queda.

33 EQUIPE DE OBRA

Material e locação gentilmente cedidos pela Viapol

passo-a-passo_impermea_EO5.qxd 11/5/2006 16:49 Page 34

Passo a Passo

Passo 8 Passo 9

8 Com a colher de pedreiro, pressione as tiras contra 9 Corte uma faixa de manta com o tamanho
o piso. do rebaixo.

Passo 10 Passo 11

10 Posicione a manta para a soldagem. 11 Com a ajuda do maçarico, solde a manta sobre
a margarida e o primer da base.

Passo 12 12 No lugar da abertura do ralo, faça

dois cortes em forma de cruz.
passo-a-passo_impermea_EO5.qxd 11/5/2006 16:49 Page 35

Passo 13 Passo 14

13 Solde os pedaços resultantes dos cortes em cruz 14 Use a colher de pedreiro para moldar a manta
no interior do tubo de queda. nas laterais do tubo de queda.

Parte 3 Impermeabilização da tubulação emergente

Passo 1

1 Repita os passos 1 e 2 da impermeabilização do Passo 2

ralo. Mas na tubulação, coloque a manta com as
tiras para baixo e solde-as, fixando-as ao piso com 2 Coloque um pedaço de manta sobre o topo da
auxílio de maçarico e colher de pedreiro. tubulação e pressione.

Passo 4 Faça assim !

4 Insira o pedaço da
manta a partir do
topo da tubulação e
cole-a sobre as tiras
da margarida e a base,
com o auxílio do
Passo 3 maçarico. Sempre
coloque forte pressão.
3 Com estilete, corte a circunferência
marcada na manta.

35 EQUIPE DE OBRA
perfil_Eq05.qxd 11/5/2006 16:54 Page 36

Perfil

Carpinteiro Reportagem: Humberto Garrido

O profissional deve conhecer os tipos de madeira

e manejar bem as ferramentas
PROFISSIONAL
Marcelo Scandaroli

Como aprendeu a O que é preciso para ser

Nome: Alexandrino
Gonçalves
Idade: 54 anos
De onde é: Bahia
Onde mora: no bairro
do Brás, em São Paulo
Função: Carpinteiro
Empresa em que
trabalha: JLC
técnica: Na família, que
sempre foi envolvida
com construção civil.
Lugares em que já
trabalhou:Tecnisa
Há quanto tempo exerce
a profissão: 25 anos
O que faz no dia-a-dia:
Chego nas obras por
volta das 6h15, recebo
as ordens de serviço
do mestre-de-obras ou
do engenheiro, que vão
desde a montagem de
tapumes e fôrmas, até
a criação e montagem
de proteções em áreas
de segurança em todo
o canteiro.
um bom carpinteiro?
É necessário ter noções
de medidas, corte e
seguir corretamente as
indicações do mestre-
de-obras, além de estar
disposto e atento.
O maior desafio da
profissão?
Executar com
perfeição e exatidão as
medidas determinadas
em cada ordem
de serviço.
Quais seus hobbies?
Passear com a família.
Qual seu maior sonho?
Estabilizar-me e ter
minha casa própria.

O que faz o carpinteiro?
É o profissional responsá-
vel por toda a montagem e
manuseio de madeira na
obra. No início monta ta-
pumes, faz o gabarito para
traçar linhas de eixo para
o início da terraplanagem.
Depois monta fôrmas para
os blocos da fundação e pi-
lares. No fim da obra, cui-
da da montagem das pro-
teções em áreas de segu-
rança do canteiro, como
corrimão e guarda-corpo.
Que características
fazem um bom
carpinteiro?
Conhecer as diferentes
técnicas aplicadas dentro
da construção civil, ter
atenção e saber trabalhar
em equipe.
Que técnicas esse
profissional deve
dominar?
Para começar, deve conhe-
cer as madeiras, os tipos de
peças, como tábua, sarrafo,
pontalete, chapa compen-
sada e tipos de pregos. É
necessário saber ler e in-
terpretar corretamente o
projeto e utilizar máqui-
nas, como serra de banca-
da e manual e furadeiras.
Além disso, tem de seguir
as regras de segurança e
utilizar os equipamentos
de proteção individual.
Dá pra subir na
profissão?
Em geral, inicia-se como
ajudante e depois meio-
oficial. De acordo com as
habilidades e técnicas ad-
quiridas, torna-se um car-
pinteiro, que por sua vez
pode vir a ser um mestre-
de-obras.
O mercado de trabalho
está bom?
A concorrência existe, mas
se o profissional corres-
ponder às exigências das
construtoras, conseguirá
espaço no mercado.
Onde aprender?
A princípio aprende-se co-
mo ajudante de carpintei-
ro (básico), depois soma-
se conhecimento prático
até ser um carpinteiro.

Apoio técnico: Antônio Alves Goulart, mestre-de-obras e professor de carpintaria em telhados do Senai-SP.
economia_Eq05.qxd 11/5/2006 16:54 Page 37

Economia

Madeira compensada

Marcelo Scandaroli
para fôrmas Ubiraci Espinelli Lemes de Souza

Professor da Escola Politécnica

da Universidade de São Paulo
Como melhorar a produtividade
da mão-de-obra

A
s fôrmas, embora
não fiquem incor-
poradas à obra fi-
nal, representam um servi-
ço de grande importância
técnica, já que contribuem
para que a estrutura de
concreto tenha qualidade.
Além disso, envolvem
grandes custos e muitas
horas de trabalho de car-
pinteiros. Essa mão-de-
obra pode ser dividida em
duas partes: fabricação do
molde e do escoramento –
e eventuais reformas/repa-
ros –, e sucessivas monta-
gens e desmontagens do
jogo de fôrmas.
FABRICAÇÃO
As horas de fabricação/ mo-
dificação/reparo podem ser
quase desprezíveis quando
se usam cimbramentos me-
tálicos e moldes pré-fabri-
cados. Se a fôrma for feita
na obra, quanto maior o nú-
mero de utilizações, menor
o esforço de fabricação ne-
cessário para fabricar cada
m2 do sistema.
MONTAGEM E
DESMONTAGEM
Veja o que pode adiantar
ou atrasar a montagem e a
desmontagem das fôrmas:
Pilares
» Quanto maior a seção
do pilar menos mão-de-
obra será necessária/m2.
» Use tirantes de con-
tenção lateral sem atra-
vessar o corpo do pilar. É
mais fácil montar e
Vigas
» As vigas muito pequenas
são mais difíceis de serem
montadas e desmontadas/m2.
» Ter dois ou mais painéis
colocados na mesma dire-
ção facilita a desmontagem.
» Garfos são mais fáceis que
tirantes passantes, para
travar lateralmente a fôrma.
Lajes
» Panos pequenos dão
mais trabalho do que panos
maiores/m2.
» Lajes muito espessas
precisam de mais escora-

10 reutilizações
É o número necessário para transformar os 0,50
desmontar.

SAIBA MAIS
mento e dão mais trabalho.

homem-hora/m2 * para fabricar um jogo de fôrmas » Tenha em mãos um bom projeto de fôrmas.
em 0,05 homem-hora/m2 » Compatibilize as dimensões dos painéis com as
das chapas de compensado.
* Quantidade de trabalhadores / tempo para executar 1 m2
» Programe repetições de componentes estruturais
e divisão do serviço total em partes similares que
FA Ç A A S S I M ! facilitem o reuso.
» Quanto menos tirantes cruzando as peças de
Arquivo

concreto mais fácil de montar e desmontar.

» Painéis muito grandes e pesados dificultam
a montagem e a desmontagem manual.
» Trabalhar com a mesma equipe é legal: como o
serviço se repete muito, as pessoas aprendem mais.
» Proporcione condições de segurança adequadas
para os operários.
» Use desmoldantes para facilitar a desmontagem.
» Prefira andaimes de boa qualidade.
» Crie frentes de trabalho alternativas para manter
a equipe ocupada ao longo de todo o ciclo.
Usar um cimbramento racionalizado facilita
a montagem e a desmontagem

37 EQUIPE DE OBRA
pessoal_Eq05.qxd 11/5/2006 16:55 Page 38

Pessoal

O seu próximo

Divulgação
passo Engenheiro Alberto Casado Lordsleem Jr.

Professor doutor da Escola Politécnica da

Universidade de Pernambuco
A importância
do aperfeiçoamento técnico

I
SO 9000, drywall, ERP,
internet, PBQP-H, pla-
nejamento, lean cons-
truction, racionalização
construtiva, TI, coopera-
ção de projetos online. Di-
fícil encontrar o profissio-
nal que não tenha se depa-
rado com esses termos.
Quem imagina que a compe-
titividade se restringe às
empresas de construção e
trabalhar em canteiro de
obras não exige conheci-
mento técnico, está comple-
tamente enganado.
A capacitação técnica do
profissional é uma exigên-
cia crescente no mercado,
tanto que uma das princi-
pais queixas das empresas e
clientes é a baixa qualifica-
ção da mão-de-obra dispo-
nível. Não é suficiente sa-
ber fazer.Você deve saber o
quê e por quê está fazendo.
Hoje, cobra-se uma partici-
pação mais efetiva dos mes-
tres-de-obras, encarregados
e oficiais. Esses profissionais
devem contribuir para o au-
mento progressivo da orga-
nização da obra, da produti-
vidade dos serviços e da inte-
gração com os demais agen-
tes atuantes no canteiro.

“Não é suficiente saber fazer. Você deve DICAS

saber o quê e por quê está fazendo” Como buscar capacitação técnica ?

» Participe dos treinamentos da

construtora onde você trabalha.
» Procure os cursos de atualização
promovidos pelas entidades
setoriais, como Sinduscon e Secovi.
» Busque palestras e cursos nas
organizações e associações
de classe.
» Participe dos cursos oferecidos
pelos fabricantes.
» Busque formação continuada em
escolas como o Senai.
» Invista na formação de nível médio,
como o curso de Técnico em
Edificações, ou de nível superior,
como Tecnologia da Construção ou
Engenharia Civil.
» Participe de congressos,
seminários e simpósios.
» Seja atencioso, cooperativo
e interessado em aprender.
Arquivo

Quem não se mexe, corre o risco de ser atropelado pelo desenvolvimento!

Lazer_Eq05.qxd 19/5/2006 17:41 Page 39

Lazer

Caça-palavras e Sete erros

Descubra no A S F E R R A M E N TA S D O E L E T R I C I S TA
diagrama o nome D B H I P Ç M R A X N G T U C R D N K I
de 10 materiais H J F E R R S X A T E U N I N E E R P S

do canteiro que D L T B L O C O S I F G H U K M D C I A

podem ser S P E S S C H M E B O O C I T S A L P K

reutilizados T A A D G T O A R R P A V E P M P P C H

R N T Y L F U R R T A Z M V N E A Ç V A

Serragem X E A L I C A T A K C Ç V B R D T S E M
Madeira N M O P R D E B G E I E I R A F G B G T
Plástico
O R D I V O B R E M M H A T O A Ç O H C
Embalagem de papel
P Ç L R S N M T M M A G B K L P F A M T
Vidro
Aço A O A S U D I K Y G R A D G T C K A S E
Tijolos Z N R A T E U N I T E E R T S Y J Z H V
Blocos A B I F G H U K M M C E U N I P T A O B
Cerâmica
B R E V C G J K L A Ç H U K M K I B U R
Telhas
G E D D G T O A P L R G J K L Y J G A T

E D A P U M E G E Q U G B K E K O E G K

I E M B A L A G E M D E P A P E L I C V

P O E R P U M E G E Q U G B K L O P E H

N P T T J S A R T L T A A D G T S N G T

O L C T E L H A S P D W N B V A L O A P

Encontre as 7 diferenças nas figuras abaixo

Solução

Solução
Apoios da caixa d´água, árvore, bota, ligação da fossa, peitoril, blocos, alto da parede

39 EQUIPE DE OBRA
Lazer_Eq05.qxd 11/5/2006 16:56 Page 40

Quadrinhos

Amigo da natureza
Mestre Pini

Ilustração: Marcos Aurélio, Estúdio Manga