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Projeto, Dimensionamento

e Detalhamento de
Estruturas de Madeira
MPhil. Sandro V. S. Cabral

Parte 1: Concepção Estrutural

Pós-graduação em Cálculo de Estruturas


Coberta residência Itambé – PE (maçaranduba)
(arq. Sandra Moura e eng. Projectaço)

Introdução Prof. MPhil. Sandro V. S. Cabral


Metrosol Parasol, Sevilha
(arq. Jurgen Mayer)

Edifício floresta com estrutura em madeira em São Paulo - SP


Arquitetura: Tryptyque
Engenharia estrutural: Carpinteria (eng. Alan Dias)

Introdução Prof. MPhil. Sandro V. S. Cabral


Introdução
• Definições básicas:
– A madeira é um material estrutural originado do
beneficiamento do tronco de árvores.
– O uso da madeira no Brasil ainda é
predominantemente artesanal e restrito. A
indústria da madeira começa a se desenvolver em
alguns estados.
– A maioria da madeira utilizada no Brasil ainda é
ilegal.

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Casa Onda Guest House, Flórida EUA
(arq. TOTENeMS architecture)

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Restaurante Uncle Freak
(eng. Projectaço)

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Introdução
• Breve histórico
– 5000 a.c.: Aldeia Hacilar, Turquia.
– 3000 a.c.: egípcios utilizaram a madeira de pequenas
peças de arte a vigas retas para pequenos vãos.
– Assírios, Babilônicos e Romanos: desenvolvimento dos
laminados.
– Gregos: cobertas dos templos em madeira.
– Romanos: primeiras treliças em madeira para grandes
vãos.
– Orientais: templos e pagodas em madeira.
– Idade média: catedrais góticas com telhado em madeira.
– Século XVIII: início da produção de estruturas de madeira
a partir de conceitos da resistência dos materiais.
– Século XIX: evolução na laminação a partir do
desenvolvimento da serra circular.

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Aldeia Harcilar

Catedral gótica

Templo em Nara no Japão (maior estrutura de coberta em


madeira até o século XX)

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-1922: início do uso de estruturas de madeira convenientemente
dimensionadas no Brasil devido ao alto custo do aço na época.
Segunda guerra mundial: grande uso da madeira laminada em
aeronaves.
-1942: construção da coberta mais longa em madeira do mundo com 390
m (Tilamook Air Museum, EUA).
-1943 : casa Rio Branco Paranhos de Vilanova Artigas . Uso restrito da
madeira na arquitetura moderna.
-1974: primeira viga laminada colada (grulam) produzida pela Holzbau
na Europa.
-1986: uso industrial da madeira no Brasil (Casa Hélio Olga projetada
por marcos Acayaba).
2009: madeira laminada colada (MLC) produzida pela Ita Construtora.

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Tilamook Air Museum

Treliça na casa Rio Branco Paranhos

Oca Indígena

Introdução Prof. MPhil. Sandro V. S. Cabral


“Há muito mais
tecnologia em
qualquer ponte do
século XIX do que no
nosso sistema
construtivo. A minha
casa, por exemplo, é
um conjunto simples
de treliças que
qualquer engenheiro
seria capaz de
calcular”

Casa Hélio Olga Jr. (São Paulo)


(arq. Marcos Acayaba, eng. Ita Construtora)

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Concepção Estrutural
• Fisiologia e Classificação das Árvores
A madeira tem um processo de
formação que se inicia nas
raízes. A partir delas é
recolhida a seiva bruta (água +
sais minerais) que em
movimento ascendente pelo
alburno atinge as folhas. Na
presença de luz, calor e
absorção de gás carbônico
ocorre a fotossíntese
havendo a formação da seiva
elaborada. Esta em movimento
descendente (pela periferia) e
horizontal para o centro vai
se depositando no lenho,
tornando-o consistente como
madeira.
- Classes das árvores:
- Gimnospermas
• Coníferas
• Não possuem frutos
-Angiospermas
• Monocotiledônias (palmas e gramíneas) e Dicotiledônias
• O cotiledone é a primeira folha que surge quando da
germinação da semente

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- Classificação das árvores
para aplicações estruturais: OBS:
Exemplos de monocotiledônias: bambu, coco e
palmeiras. São madeiras com pouca durabilidade. Sem
-Dicotiledôneas (madeiras duras) tratamento, o bambu e o coco podem ser utilizados em
obras temporárias.
• Maior densidade
• Regiões de clima quente
• Árvores frondosas com
folhas em achatadas e
largas
• Exemplos: Peroba rosa,
sucupira, maçaranduba, Ipê,
Cumaru, Angelim vermelho, Folhas das coníferas
Eucalipto, Jatobá, etc.

-Coníferas (madeiras moles)


• Menor densidade
• Regiões de clima frio
• Folhas perenes com folhas
em escamas ou agulhas
• Exemplos: Pinho do Paraná,
Araucária

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Casa na Fazenda (Eucalipto)
(arq. James Lawrence Viana)

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Japanese Noodle House,
Jakarta
(DSA architects)

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• Propriedades físicas da madeira
• Anisotropia
• Umidade
• Retração (função da umidade)
• Dilatação linear (1/3 do aço e do concreto)
• Deteorização (resistência ao fogo, ataque de fungos e
insetos)
• Resistência
• Deformação lenta (fluência)

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• Tipos de madeira (u=12%, NBR 7190/97)
Nome r12 (kg/m3) Ec0 (MPa) fco (MPa) fto (MPa) ft90 (MPa) fv(MPa)
Sucupira 1106 21724 95,2 123,4 3,4 11,8
Nota: r12 -
MAÇARANDUBA 1143 22733 82,9 138,5 5,4 14,9 densidade aparente
a 12% de umidade,
Angelim vermelho 694 12912 59,8 75,5 3,5 8,8 Ec0- módulo de
(pedra) elasticidade
longitudinal, fwo –
EUCALIPTO 999 18421 62 123,6 3,9 10,7 resistências médias
CITRIODORA à compressão
paralela as fibras
(c), tração paralela
Canafístula 871 14613 52 84,9 6,2 11,1 as fibras (t), tração
perpendicular as
Jatobá 1074 23607 93,3 157,5 3,2 15,7 fibras (t9) e ao
IPÊ 1068 18011 76 96,8 3,1 13,1 cisalhamento (v).
Ec90=Ec0/20
Pinho do Paraná 580 15225 40,9 93,1 1,6 8,8

Valores de Ec0, fco, fto, ft90 e fv são médios

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• Defeitos da madeira
A umidade pode causar diversas patologias na
madeira. É um ambiente ideal para o ataque de
fungos e insetos

A) Nó; B)1/2/3 Rachadura provocada por


ressecamento; C)1. Anel de Crescimento 2.
Cerne; D) Arqueamento; E) Encurvamento;
F) Fissuras de comportamento das fibras;

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Concepção Estrutural Prof. MPhil. Sandro V. S. Cabral
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• Proteção e tratamento da madeira
• Tipos de tratamento (químico e secagem):
• Manual
• Industrial (Autoclave)
• Tratamentos mais utilizados
• Óleosolúveis (Creosoto, Pentaclorofenol)
• Hidrosolúveis (sulfato de cobre, ácido crômico,
ácido bórico, sulfato de zinco)
• Acabamentos da madeira
Pinturas (esmalte sintético e à base dágua)
Vernizes
Óleos (linhaça)
Poliuretano
• Vernizes
• Acrílico
• Copal
• Marítimo
• Stain impregnante
• Ultra proteção
• Filtro-solar

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Mensa Karlsruhe, Alemanha
(arq. J. Mayer)
Acabamento em poliuretano

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• Tipos de perfis de madeira
– Serrados ou Maciços – caibros, linhas, ripas, toras
– Laminados – compensados, MDF, OSB, Wall
– Laminados colados (CLT e MLC)

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• MLC
– Cola de alta resistência (sintética)
– Vantagens:
• Número menor de ligações
• Maiores seções de peças
• Comprimento limitado apenas pelo
transporte
• Curvatura com raio reduzidos
• Pode vencer grandes vãos livres
• Eliminação de defeitos naturais
• Possibilidade de tratamento em
autoclave
• Aumento da resistência em até 10%
• Pré-fabricação
• Qualidade estética
• Leveza e facilidade de montagem
– Utilização de madeiras mais macias
– Emendas finger-joints

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• MLC
– Processo de fabricação
• 1ª etapa – preparação da madeira
(recepção, classificação visual, eliminação de defeitos,
armazenamento, secagem, união longitudinal das tábuas)
• 2ª etapa - colagem (aplicação da cola, composição,
gabaritagem e pressão de colagem
• 3ª etapa – acabamento (aplainamento lateral, recortes, furos
e encaixes, proteção final)

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• Holzbau

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• Ita Construtora

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CLT (cross laminated timber)

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• Seções comerciais (perfis serrados)
A)Ripas: 4x1.5 cm e 4x2 cm.
B)Linhas ou vigas: 3”x4” (7x9.5 cm), 3”x5” (7x12 cm),
3”x6” (7x14.5 cm), 3”x8” (7x19.5 cm), 3”x10” (7x24.5
cm), 3”x12” (7x29.5 cm).
C)Caibros: 5x3.5 cm e 7x4.5 cm (caibrão, 3”x2”).
D)Pontaletes: 7x7 cm (3”x3”) e 9.5x9.5 cm (4”x4”).
E)Mourões: 14.5x14.5 cm e 19.5x19.5 cm.
F)Sarrafos: 4.5x2.5 cm, 9.5x2.5 cm e 14.5x2.5 cm.
G)Tábuas: 19.5x2.5 cm e 29.5x2.5 cm.
H)Pranchas: 39.5x4.5 cm, 49.5x4.5cm, etc.

OBS: Verificar comprimentos máximos


disponíveis.

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• Limitações nas dimensões

OBS:
-As chapas em aço de ligação e arruelas não devem ter espessura
menor do que 9mm para pontes e 6mm para os demais usos.
-A esbeltez (Lo/b) máxima de elementos comprimidos é de 40 e de
elementos tracionados é de 50. A esbeltez é a relação entre o
comprimento teórico da peça (Lo) e a menor dimensão de sua seção
transversal (b).
-Pregos com diâmetro (d) não maior do que 1/6 da espessura da
madeira e com espaçamento mínimo de 10d.
-Cavilhas estruturais com diâmetros de 16,18 ou 20mm.

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Coberta Mangai João Pessoa
(arq. Sandra Moura, eng. Projectaço)
Tesoura Pratt
Madeira: maçaranduba
Terças 3”x8” a cada 1.8m.
Caibros a cada 35 cm e ripas a cada 30cm.

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Perfis compostos

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Creche Municipal em São Paulo
(Argeplan arquitetura)

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• Tipos de ligações
Rígidas e flexíveis
Parafusadas e encaixadas
Madeira-madeira, aço-madeira e concreto-madeira

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• Sambladura (entalhe)

Dicas práticas:
a) Profundidade do dente: 1/8 a 1/4 de
h (>2cm)
b) Início da extremidade>h
c) Desenho a partir dos eixos

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• Sistemas Estruturais
– Arqueados
– Treliçados
– Viga-pilar
– Aporticados
– Vagonados

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• Arqueados
Pré-dimensionamento

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Casa em Paris (Djuric Tardio architects)
É arqueada?

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Lincoln Park Zoo South Pond (Chicago)
(Gang architects)
É arqueado?

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Concepção Estrutural Prof. MPhil. Sandro V. S. Cabral
Multiyork Cambridge UK
(arq. Benoy architecture)

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• Treliçados

Pré-dimensionamento

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Tipos de treliça
a)Pratt (diagonais tracionadas)
b) Howe (diagonais comprimidas)
c) Warren (sem montantes)
d) Fink
e) Bowstring
Tipos de treliçamento
Normal
Em X
Em K
Em Y

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Coberta em Cubatão com 30m de vão – São Paulo
(eng. Alan Dias)

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• Tesoura Pratt versus Howe

Regra dos V´s (Howe):


a) V para cima nos apoios reais ou
virtuais
b) V para baixo no meio dos vãos

OBS:
Para tesouras com variações de
deformação podem aparecer
apoios virtuais onde a regra se
inverte.

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Coberta em Gravatá – PE
(arq. Sandra Moura, eng. Projectaço)

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• Viga-pilar
Pré-dimensionamento

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Light Catcher (arq. Rooijakkers
Tomesen_
Architecten)

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• Tabelas práticas para cobertas (perfis
serrados e toras, maçaranduba, ipê ou eucalipto)

Vigas e terças
Apoio/Vão 2m 3m 4m 5m 6m 7m 8m
2 apoios 7x9.5cm 7x14.5cm 7x19.5cm 7x24.5cm 2x7x19.5cm 2x7x24.5cm Ø40cm
Ø10cm Ø15cm Ø20cm Ø25cm Ø30cm Ø35cm

3 ou mais 7x9.5cm 7x12cm 7x14.5cm 7x19.5cm 7x24.5cm 2x7x19.5cm 2x7x24.5cm


apoios Ø10cm Ø12cm Ø15cm Ø20cm Ø25cm Ø30cm Ø35cm

Balanço 0.6m 1m 1.3m 1.7m 2m 2.3m 2.7m


ideal

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Pilares e elementos comprimidos (cobertas)
Seção/Comp. 2.5m 3m 4m 5m 6m
Pilares/Pontal 7x7 cm 9.5x9.5 cm 14.5x14.5 cm 19.5x19.5 cm Ø30cm
etes Ø10cm Ø15cm 2x7x14.5 cm 2x7x19.5 cm
Ø20cm Ø25cm
Elementos de 7x14.5cm 9.5x9.5cm 14.5x14.5cm 19.5x19.5cm -
treliças 7x19.5 cm 2x7x14.5 cm 2x7x19.5cm

OBS: Para elementos tracionados as


limitações são pequenas, em geral,
função da ligação envolvida

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Haras Polana em Campos do Jordão (MLC em Eucalipto)
(Ita Construtora)

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Casa em praia Preta
(Nitsche arquitetos)

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• Aporticados
Pré-dimensionamento

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• Vagonados

Pré-dimensionamento

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Igreja Saint Pietro e Paolo (Trento)
(eng. Holzbau)

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Stand Paulo
Miranda
Arq. Sandra
Moura
Eng.
Projectaço

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Pré-dimensionamento em madeira (Fontes: Rebello 2007 e Sandro Cabral)

SISTEMA VÃOS ALTURA


ESTRUTURAL RECOM.
ARCO >15M H=0.02L

b=H/4 a H/3
TRELIÇA <15m H=1/5 a 1/10L
VIGA DE ALMA <8m Maciça e MLC: H =
CHEIA MLC: <10m 0.05L

Composta: H = 0.1L

b=H/6
PÓRTICO <10M Hviga=0.04L

Hpilar<=Hviga
VIGA VAGONADA <10m H= 0.05L

b=H/4
Obs: L representa o maior vão da estrutura, b é base do elemento. No caso de balanços os vãos
recomendados são a metade do mostrado acima.

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• Concepção de estruturas de
madeira
• Estrutura primária (ex. tesouras e pilares)
• Estrutura secundária (ex. trama ou terças)
• Elementos de fechamento ou cobertura (ex. telhas)

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• Estruturas primária e secundária podem se
confundir (estruturas bi ou multi-direcionais)

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Centre George Pompidou Mertz
(arq. Shigeru Ban)
Estrutura multidirecional

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Pavilhão temporário em Korblenz
(AKNW architects)

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• Tipos de telhas
TIPO MATERIAL DIM. PADRÃO Peso Esp. ripas ou Incl. mínima (%)
(kg/m2) terças (m)
Thermocomfor Fibro-cimento 1.83x1.10m 18 Até 1.69m 18 s/ vedação
t tégula 9 c/ vedação
Telhas Tégula concreto - 49-54 32 cm 30 outras
50 p/plana
Telhas simples Cerâmica - 40-50 28-32 cm 25

Telhas duplas Cerâmica - 40-50 28-32cm 30

Perkus Argila - 35 36.5 cm 35


microgran
Ecológica ou Material larg: 0.95 m comp: 4.2 até 60 cm 10
Onduline reciclável 2.00 m
Sanduíche Alumínio ou larg: 1.26 m 7-12 até 4m 5
(termo- galvalume
acústica)
Fibrotex Fibro-cimento larg: 0.506 m 9 Até 1.15m 27
(Brasilit) comp:1.22, ,2.13,
2.44 m
Ondulada Fibro-cimento larg: 1.10 m 18 para até 1.69 m para 9
(Brasilit) comp:1.53, 6mm 6mm e até 1.89 m
1.83,2.13, 2.44 m 24 para para 8mm
8mm
Gravicolor Galvalume 43x119cm 6.2 39.8cm 12
Colina
(Brasilit)
Colonial Fibro-cimento 62x82cm 15 53 cm 26
(Brasilit)

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• Telhas Cerâmicas

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• Telhas de Concreto (Tégula)

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Guarita Cond. Jardim Imperial
(Pontual arquitetura e Osório
Engenharia)
Gravatá – PE
Telha plana (Tégula)

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• Telhas Perkus

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• Telhas Brasilit

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• Telhas Sanduiche

Casa Praia Preta (Nitsche arquitetos)


Telha sanduiche

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• Fases de concepção
•Definição de possíveis apoios.
•Definição do material estrutural e de cobertura,
inclusive inclinação mínima.
•Definição do sistema estrutural.
•Definição da forma geral.
•Definição de interferências funcionais de acordo com
o uso.
•Definição de tipos de apoio e ligações.
•Definição do sistema de vedação, impermeabilização e
coleta ou despejo de águas de chuva (calhas e tubos de
queda).
•Definição do impacto no meio ambiente ou medidas
ambientais.

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• Tipos de concepção com relação a
tecnologia disponível/envolvida
Variável Artesanal Industrial MLC
CONFIABILIDADE menor média maior
FACILIDADE DE menor maior maior
EXECUÇÃO
MECANIZAÇÃO menor média maior
FORMAS CURVAS difíceis possíveis fáceis
ECONOMIA DE baixa média alta
MATERIAL
USO DE CHAPAS baixo alto médio
GRANDES VÃOS difícil médio fácil
LIGAÇÕES fáceis médias fáceis
DURABILIDADE menor maior maior
SUSTENTABILIDADE baixa média alta

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Arkansas Cemetery
Pennell Purifoy architects
MLC

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Telha: Tégula tradicional
Madeira: Maçaranduba
Distância entre treliças: 4m
Balanço: 2.7m

2.3

0.74

OBS:
a) Concepção industrial
b) Concepção artesanal
c) Dimensões dos perfis e
espaçamentos
3.6 d) Conceitos estruturais

1.6

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Residência (Cajazeiras)

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• Escolha do sistema estrutural
• Tipo da estrutura primária;
• Como se dá a transferência dos carregamentos
do exterior para os apoios;
• Tamanho e propriedades dos elementos de
fechamento (dimensões, deflexão, peso, etc.)
• Eficiência estrutural;
• Custo;
• Adequabilidade estética/funcional

Treliça artesanal feita in loco, podendo


ser também pré-fabricada

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• Elementos de cobertas
• Estrutura primária
• Estrutura secundária (trama ou terças)
• Contraventos
• Elementos auxiliares (mão francesa, calha, cumieira,
espigão, rincão, telhas, etc.)

Casa em Pipa (Eucalipto)

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• Nomenclatura dos
3 construtores

14
2 1

5 7 8 10
2
12 11

6
9
13

1 – Ripas 6 – Frechal 11 – Escora


2 – Caibros 7 – Chapuz 12 – Pontalete, montante ou pendural
3 – Cumeeiras 8 – Perna ou empena 13 – Ferragem ou estribo
4 – Terças 9 – Linha, tensou ou tirante 14 – ferragem ou cobrejunta
5 - Contrafrechal 10 – Pendural ou pendural central 15 – Vista, testeira ou aba
16 – Mão francesa

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• Nomenclatura estrutural (técnica)
1.Terças;
2. Mãos-francesas;
3. Tesoura – S. banzo superior; I.
banzo inferior; V. barras verticais ou
montantes; D. barras diagonais ou
simplesmente diagonais; N. nó ou junta
– ponto de interseção de barras; P.
painel – distancia entre dois nós; h.
altura da tesoura; L. vão da tesoura –
distância entre os apoios externos; α.
inclinação da tesoura –;
4. Contraventamento vertical;
5. Contraventamento horizontal;
Oitão (última tesoura ou parede).

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• Tipos de coberta
A) Uma água
B) Duas águas
C) Três ou mais águas
D) Multi-direcional
E) Arqueadas
f) Tipo shed
G) Curvas
H) Poligonais

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