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O
Volume
MARCENARIA
2
CONTINUAÇÃO
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Volume
MARCENARIA
2
Instituto de Tecnologia Social - ITS Brasil (Org.)
_________________________
São Paulo - SP - Brasil
ITS BRASIL
2015
Secretaria Adjunta
Sandra Faé
Coordenadoria do Trabalho
José Trevisol
Gráfica
Gráfica Xamã
Ficha Catalográfica
CDD 370
Rua Rego Freitas, 454, cj. 73 | República | CEP: 01220-010 | São Paulo | SP
instituto de tecnologia social Tel./fax (11) 3151-6499 | e-mail: its@itsbrasil.org.br | www.itsbrasil.org.br
Marcenaria e restauração
de móveis e patrimônios
em madeira
_________________________
São Paulo - SP - Brasil
ITS BRASIL
2015
1ª AULA
Formação Empreendedora: Reestruturação Produtiva e Emprego – Parte 1 ........................................................................................ 14
Formação Técnica: Carpintaria ......................................................................................................................................................................................................... 15
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 25
2ª AULA
Formação Empreendedora: Reestruturação Produtiva e Emprego – Parte 2 ........................................................................................ 26
Formação Técnica: Ferramentas Manuais .............................................................................................................................................................................. 27
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 35
3ª AULA
Formação Empreendedora: As Mudanças na Produção ........................................................................................................................................... 36
Formação Técnica: Ferramentas Elétricas Portáteis....................................................................................................................................................... 38
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 41
4ª AULA
Formação Empreendedora: Trabalho Qualificado e Trabalho Precarizado – Parte 1 ...................................................................... 42
Formação Técnica: Máquinas Estacionárias.......................................................................................................................................................................... 43
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 47
5ª AULA
Formação Empreendedora: Trabalho Qualificado e Trabalho Precarizado – Parte 2 ...................................................................... 48
Formação Técnica: Lixas – Parte 1 ................................................................................................................................................................................................. 49
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 52
6ª AULA
Formação Empreendedora: Profissões que se Transformam................................................................................................................................ 53
Formação Técnica: Lixas – Parte 2 ................................................................................................................................................................................................. 54
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 55
7ª AULA
Formação Empreendedora: Atividades Industriais e Atividades de Serviços........................................................................................ 56
Formação Técnica: Massas Especiais para Marcenaria ................................................................................................................................................ 57
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 60
8ª AULA
Formação Empreendedora: Diferenciando Produção de Bens e Prestação de Serviços ............................................................. 61
Formação Técnica: Brocas para Furação .................................................................................................................................................................................. 62
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 65
9ª AULA
Formação Empreendedora: Fazendo nosso Empreendimento Voar – Parte 1 ..................................................................................... 66
Formação Técnica: Fresas ...................................................................................................................................................................................................................... 67
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 70
10ª AULA
Formação Empreendedora: Fazendo Nosso Empreendimento Voar – Parte 2..................................................................................... 71
Formação Técnica: Pregos .................................................................................................................................................................................................................... 72
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 76
12ª AULA
Formação Empreendedora: Empreendedor Solidário – Parte 1 ........................................................................................................................ 83
Formação Técnica: Ferragens para Marcenaria ................................................................................................................................................................. 84
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 85
13ª AULA
Formação Empreendedora: Empreendedor Solidário – Parte 2 ........................................................................................................................ 86
Formação Técnica: Principais Ferragens – Parte 1 .......................................................................................................................................................... 87
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 88
14ª AULA
Formação Empreendedora: Empreendedor Solidário – Parte 3 ........................................................................................................................ 90
Formação Técnica: Principais Ferragens – Parte 2 .......................................................................................................................................................... 91
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 91
15ª AULA
Formação Empreendedora: Um outro Mundo é Possível........................................................................................................................................ 92
Formação Técnica: Principais Ferragens – Parte 3 .......................................................................................................................................................... 93
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 94
16ª AULA
Formação Empreendedora: A Economia Solidária – Parte 1................................................................................................................................. 95
Formação Técnica: Principais Ferragens – Parte 4 .......................................................................................................................................................... 96
17ª AULA
Formação Empreendedora: A Economia Solidária – Parte 2................................................................................................................................. 98
Formação Técnica: Principais Ferragens – Parte 5 .......................................................................................................................................................100
18ª AULA
Formação Empreendedora: A Economia Solidária – Parte 3..............................................................................................................................103
Formação Técnica: Principais Ferragens – Parte 6 .......................................................................................................................................................104
19ª AULA
Formação Empreendedora: A Economia Solidária – Parte 4..............................................................................................................................108
Formação Técnica: Principais Ferragens – Parte 7 .......................................................................................................................................................109
20ª AULA
Formação Empreendedora: A Economia e seus Fundamentos – Parte 1 ...............................................................................................110
Formação Técnica: Principais Ferragens – Parte 8 .......................................................................................................................................................111
21ª AULA
Formação Empreendedora: A Economia e seus Fundamentos - Parte 2 ................................................................................................112
Formação Técnica: Principais Ferragens – Parte 9 .......................................................................................................................................................115
22ª AULA
Formação Empreendedora: A História Confirma..........................................................................................................................................................116
Formação Técnica: Colas .....................................................................................................................................................................................................................117
23ª AULA
Formação Empreendedora: Uma outra Economia é Possível ...........................................................................................................................118
Formação Técnica: Orçamento......................................................................................................................................................................................................119
Apresentação
APRESENTAÇÃO
O CFAP já formou 24 turmas entre os anos O Curso de Qualificação Profissional
de 2009 e 2015. Foram inscritos 541 jovens e em Marcenaria e Restauração de Móveis e
adultos, destes, 332 alunos iniciaram o curso e Patrimônios em Madeira tem duração de 420
320 foram certificados. Destes 320 certificados, horas-aula. Ao final, os beneficiários recebem
221 estão empregados, cinco empresas foram o certificado de qualificação profissional.
formalizadas e 14 estão em processo de Esperamos que todos vocês participem
formalização, empresas estas que empregam ativamente, frequentando as aulas, realizando
em média três trabalhadores. O Instituto de as atividades e se empenhando, tanto
Tecnologia Social vem garantido anualmente quanto possível, a fim de obter excelente
a oferta de quatro cursos, são eles: a) aproveitamento.
Bom estudo!
Artur Henrique
Secretário de Desenvolvimento,
Trabalho e Empreendedorismo - SDTE/PMSP
A
artesão e do marceneiro e na leitura do mundo do
trabalho, descobrir, vantagens e desvantagens, de
trilhar este caminho profissional.
O Centro de Formação de Artesãos de
Parelheiros forma para quê? É uma pergunta
frequente no cotidiano escolar, pois pensamos
em um caminho gerador de possibilidades
metodologia de ensino praticada no Centro reais para a comunidade. Ou seja, não há o que
de Formação de Artesãos de Parelheiros foi esperar para gerar trabalho e renda para a região
desenvolvida em conjunto com a comunidade de Parelheiros. No entanto a urgência não nos
local, com o objetivo de o ensino proposto estar o deve tirar o dever de sempre fazer mais quanto
mais próximo possível da realidade do educando. à formação de pessoas problematizadoras da
10
Ela se compõe de quatro aspectos: a) Formação sociedade. “Quem forma se forma e re-forma ao
humana e cidadã; b) Formação técnica; c) formar e quem é formado forma-se e forma ao
Formação prática; e d) Formação empreendedora. ser formado” (FREIRE, 1998, p.25). Essa dinâmica
O educando deve sentir-se incluído e convidado a de ensino-aprendizagem, presente na obra de
INTRODUÇÃO
refletir sobre cada tema trabalhado. Paulo Freire, orienta nossas ações educativas,
Paulo Freire, quando fala da possibilidade de pois acreditamos em empreendedores, pessoas
aprendizado negado pela “escola burocrática” que podem transformar a sociedade a partir da
que ensina uma “educação bancária”, refere-se a profissionalização, gerando emprego para os
esta troca de experiência de mundo. Pois a leitura familiares e para a região. Ensinar valores, como a
dos signos é precedida da leitura do mundo, e a preservação do meio ambiente, não em uma visão
leitura dos signos não pode ser neutra, é sempre egoísta, de preservar para garantir o “meu” futuro,
apoiada em uma visão e caminho de construção mas para garantir o futuro de todos, ou seja, com o
de si mesmo e da sociedade. Quem aprende valor humano de viver em comunidade, com ética.
sempre aprende para um porquê, o ato de Para que este processo de ensino-
aprender nunca é isolado. “Quem ensina aprende aprendizagem possa verdadeiramente acontecer,
ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” é necessário que o educando, trilhe um caminho
(FREIRE, 1998, p.25). Não há desafio que não seja de descoberta pessoal, de assumir-se como ser
ao mesmo tempo estímulo, pois todo ser humano social. Não de comodismo pessoal, desinteressado
é convidado a superar seus próprios limites. pelo seu próprio desenvolvimento profissional
Assim o aprendizado é uma lida constante entre ou educacional, como se dissesse: “eu sou assim
dons e limitações, na busca de objetivos. Somos e ninguém pode fazer nada”, ou mesmo crente
convidados a conhecer o universo profissional do dos ditados populares que dizem: “pau que nasce
torto, morre torto”, “quem é bom já nasce feito”. A desde sua origem com o desenvolvimento local.
descoberta do assumir-se é melhor compreendida A formação humana e cidadã vai levar-nos a
quando Paulo Freire diz: pensar o ser humano e a sociedade como primeiro
passo da capacitação profissional. Abrange a
Outro sentido mais radical tem a assunção importância do aprendizado e dos valores éticos
ou assumir quando digo: uma das tarefas para todas as atividades do ser humano como
mais importantes da prática educativo- cidadão. Como membro de um grande corpo,
crítica é propiciar as condições em que os cada um tem função e obrigações dentro deste
educandos em suas relações uns com os complexo sistema, que não pode deixar de
outros e todos com o professor ou professora funcionar para garantir a vida social.
ensaiam a experiência profunda de assumir-se. A capacitação profissional, além de ser
Assumir-se como ser social e histórico, como ferramenta de acesso ao mercado de trabalho, deve
11
ser pensante, comunicante, transformador, contribuir para o educando conhecer o universo
criador, realizador de sonhos, capaz de ter profissional do artesão e na leitura do mundo do
raiva porque capaz de amar. Assumir-se trabalho, descobrir, vantagens e desvantagens de
como sujeito porque capaz de reconhecer-se trilhar este caminho profissional.
INTRODUÇÃO
como objeto. A assunção de nós mesmos não Num projeto de desenvolvimento pessoal e
significa a exclusão dos outros. É a “outredade” social, tendo como objetivo geral a construção
do “não eu”, ou do tu, que me faz assumir a da cidadania, é preciso definir que mulher e
radicalidade de meu eu.1 homem queremos formar. Dentro da visão do ser
humano autônomo e solidário, algumas atitudes e
Esta experiência de assumir-se é certamente características devem ser desenvolvidas para que
a primeira etapa do processo de capacitação essas qualidades possam ser atingidas. A formação
profissional do Centro de Formação de Artesãos. É a humana e cidadã trilha este caminho metodológico
partir deste passo que o educando pode relacionar- no desenvolvimento do conteúdo das aulas.
se com a sociedade. A formação técnica quer refletir a importância
É um processo de ensino-aprendizagem, da técnica, com uma apresentação minuciosa,
educativo enfim, comprometido com o paciente e detalhada de todos os aspectos do
desenvolvimento social, político e econômico da exercício da profissão do artesão e do marceneiro.
comunidade. Quando falamos em “econômico” O homem sempre fez experiências, buscando
queremos apontar para aquela economia que gera encontrar aquilo que precisa para satisfazer suas
trabalho e renda para a região, comprometida necessidades. Aprendeu lidando diretamente
Introdução
O diferencial desta unidade de ensino pode geral” não é profissão, pois seria impossível
ser completamente simbolizada com a frase, dominar todas as técnicas para ser realmente um
uma vez dita pelo ex-aluno Oscar Vicente Vieira: ajudante geral. Na verdade um ajudante geral é
“aqui se aprende fazendo”. O método consiste em uma qualificação dada para o profissional sem
escolher produtos que são inovadores e de fácil qualificação, que normalmente vai trabalhar na
comercialização no mercado, traça-se então a linha limpeza e no auxílio superficial aos profissionais de
de produção de acordo com o perfil da turma, que uma seção ou setor de uma empresa.
pode ser muito diferente de uma turma para outra. Esta é uma etapa muito importante da
Então cria-se uma ordem de aplicação das técnicas metodologia pois é neste momento que o
da marcenaria e do artesanato1 em madeira nas empreendedor define a organização estrutural da
etapas de construção do artefato em madeira. empresa. É fundamental preparar a empresa com
Experienciar as técnicas no fazer é muito mais princípios organizacionais básicos, garantindo
eficiente. Por que é assim que acontece em toda assim o crescimento. A falta de organização pode,
a nossa vida. Primeiro lemos o mundo, a vida e além de dar prejuízo, impedir o crescimento da
suas necessidades e depois lemos os signos de empresa.
(1) Nesta descrição das atividades de capacitação, serão citadas sempre em conjunto: marcenaria e artesanato em madeira. Pois o
Centro de Formação de Artesão de Parelheiros capacita em marcenaria tradicional. O ramo da atividade profissional que usa
máquinas elétricas estacionárias e portáteis, no entanto, prioriza o trabalho artesanal, o que garante um acabamento muito
procurado no mercado. Pensamos que assim a inclusão no mercado de trabalho seja mais garantida.
V a m os à s
au l a s !
AULA
1
Formação Empreendedora:
Reestruturação produtiva
e emprego - Parte 1
ATIVIDADE
Organizados em grupo, vamos conversar um pouco sobre as profissões que não necessitam de energia para
funcionar. Procurem observar a importância do trabalho artesanal, relacionado-o com o trabalho efetuado
com bases microelétricas. Escreva uma frase como síntese da conversa:
______________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________
AULA
Formação Técnica:
1 Carpintaria
A carpintaria, como sabemos, é um dos ofícios que trabalha com a madeira entre tantos outros que exis-
tem atualmente. Porém, é importante lembrar que a carpintaria em si é considerada a primeira profissão a tra-
balhar com êxito este material, pois foi a partir dela que houve a evolução para a marcenaria refinada e outros
ofícios que se dedicam a transformar a madeira em objetos úteis.
Desta forma, consideremos a carpintaria como a mãe da marcenaria que, com o passar dos anos, permite
dar às mesmas peças construídas pelos carpinteiros um toque com melhor acabamento, tendo como priori-
dade a resistência do artefato por inteiro. Com essa união, temos um profissional carpinteiro mais caprichoso,
que trabalha a madeira bruta, realizando trabalhos diversos como: treliças/tesouras, pergolados, móveis, asso-
alhos, deques, portões, caixotarias, portas, janelas e elementos relacionados à construção naval.
15
AULA - 1
Fotos: Google Imagens, 2015.
Acima (e também na próxima página) exemplos de trabalhos executados por carpinteiros, que reforçam o
quão dinâmico é o trabalho deste profissional de grande conhecimento no emprego da madeira maciça, são
estruturas de telhado, assoalhos, deques, pergolados, forros, escadas, guarda-corpos, caixilharia, habitações
de madeira, formas para concretagem de estruturas de concreto armado e construção naval.
Esquema de esforço (cargas) sobre a tesoura: ação e reação das forças de compressão e tração.
AULA - 1
Madeiras usadas
Na construção de treliças ou tesouras em madeira, o cuidado deve ser redobrado, em comparação às feitas de
aço. É de extrema importância ter o conhecimento sobre quais madeiras usar para confeccioná-las. Diferente
do aço, que desde a siderurgia passa por intensos processos industriais para chegar ao ponto ideal de traba-
lhabilidade, a madeira é um material orgânico que precisa dos devidos cuidados e técnicas, além do conheci-
mento sobre as espécies que apresentam características ideais para o trabalho de madeiramento estrutural.
Acima aprendemos que madeiras de média a alta densidade são consideradas as mais indicadas para este tipo
de construção, porque apresentam propriedades físicas específicas que garantem estabilidade e capacidade
de aguentar o peso da própria armação da treliça. Exemplos: angelim, angelim pedra, cambara, cedro, cumaru,
castanheira, eucalipto, garapeira, ipê, jatobá, pau-roxo, pau-ferro, peroba do norte, peroba rosa, sucupira, etc.
Em algumas situações, vale destacar que a madeira pinus acaba entrando na construção de elementos mais
leves com ripas, caibros, sarrafos e até vigas em casos especiais.
17
AULA - 1
Estruturas em tesoura feitas em madeiras de alta densidade, garapeira e peroba rosa (esquerda-centro),
e madeiras de média densidade pinus caribaea (direita).
Frechal Chapuz
Tabeira
Parede
Contra
Frechal Tirante Empena
Escora
Pendural Estribo
mão
francesa
tração compressão
tesoura cumeeira
diagonal
torção
A inclinação do telhado Por isso é importante ficar atento, pois cada tipo
Antes de simplesmente saber teorias matemáticas, de telha exige um caimento de inclinação mínimo
é importante saber que, para o cálculo do caimen- ou máximo para as águas da chuva escoarem com
to da água do telhado, é necessário conhecer as facilidade, e isso irá definir a altura da cumeeira.
várias telhas oferecidas no mercado, tais como as Portanto, fique atento às características climáticas
de cerâmica natural, as esmaltadas em várias cores, da região onde acontece a construção desta es-
de vidro ou de cimento colorido. Decidir por um trutura, pois em regiões muito chuvosas pode ser
ou outro modelo, é importante antes não só consi- necessário garantir uma inclinação adequada para
derar o aspecto estético, mas também o funcional, que não haja sobrecarga além do estabelecido
assim não se esqueça que as telhas, além da fun- para a estrutura e para que o escoamento não seja
ção de cobertura, têm a função de proteger toda prejudicado, comprometendo calhas e condutores
a estrutura e precisam ser adequadas ao projeto. verticais (tubulações).
Francesa
19
Cores: Vermelha, branca e de vidro
Características: Telha cerâmica natural
plana com duas cavidades na longitudinal
fazendo a função de canal.
Rendimento por m2: 16 peças
Peso por m2: 44 kg
AULA - 1
Inclinação: 25 a 44%
Paulista
Cores: Vermelha e de vidro
Características: Telha cerâmica natural
com capa e canal separados, curvos e
diferentes entre si.
Rendimento por m2: 26 peças
Peso por m2: 57 kg
Inclinação: 15 a 30%
Colonial
Cores: Vermelha, branca, palha, pêssego e
de vidro
Características: Telha cerâmica natural
curva, cujas peças com as mesmas
características fazem a função de capa e
canal, bastando para isto invertê-las.
Rendimento por m2: 23 peças
Peso por m2: 55 kg
Inclinação: 15 a 30%
Plan
Cores: Vermelha, branca e de vidro
Características: Telha cerâmica natural com capa
e canal separados, diferentes entre si, e com linhas
predominantemente retas.
Rendimento por m2: 26 peças
Peso por m2: 42 kg
Inclinação: 15 a 30%
Romana
Cores: Vermelha, esmaltadas e de vidro
Características: Telha cerâmica natural com capa e
canal retos conjugados.
Rendimento por m2: 16 peças
Peso por m2: 42 kg
Inclinação: 30 a 60%
Portuguesa ou colmar
Cores: Vermelha, branca, pêssego, mediterrânea e
esmaltada
Características: Telha cerâmica com capa em curva
e canal reto conjugado.
Rendimento por m2: 16 peças
Peso por m2: 42 kg
Inclinação: 15 a 60%
Americana
Cores: Vermelha, branca e esmaltadas
20 Características: Telha cerâmica natural com capa
curva e canal em linha reta, conjugados de modo
semelhante à telha portuguesa, mudando suas
dimensões e curvatura.
Rendimento por m2: 12 peças
Peso por m2: 38 kg
AULA - 1
Inclinação: 30%
Tégula
Cores: Cinza, cinza grafite, areia, avelã, rubi
e tabaco.
Características: Telha produzida em
concreto (cimento de alta resistência, areia
classificada e pigmento sintético).
Rendimento por m2: 10 peças
Peso por m2: 46 kg
Inclinação: 30 a 40%
Fibrocimento ondulada
Cores: Branca e cinza
Características: Telha ondulada de
fibrocimento
Rendimento por m2: variável
Inclinação: 15 a 30%
AULA - 1
Vejamos dois exemplos de cálculo utilizando a fórmula:
10,000m
Exemplo 1: uma construção apresentando
as seguintes dimensões utilizará a telha
romana adotando 44% de inclinação para o
projeto do telhado.
20,000m
2,200m
Exemplo 2: uma construção apresentando as seguintes dimensões utilizará a telha portuguesa adotando
25% de inclinação para o projeto do telhado.
18,000m
8,000m
18,000m
10,000m
8,000m
1,000m
Acabamento do telhado
22 Para todos os tipos de telhas o acabamento é feito por meio de cumeeiras e águas-furtadas. A telha de cume-
eira é a parte mais alta do telhado, que faz a união entre as duas caídas d’água, onde são assentadas as telhas
tradicionais. Para o arremate final, sobre a cumeeira se coloca argamassa de cimento com cal e areia, com à fina-
lidade de travar a fiadas de telhas, dar acabamento e direcionar o fluxo de água da chuva com mais eficiência.
Águas-furtadas são calhas com formato especial, colocadas nas junções embaixo das telhas com função de
recolher a água da chuva e conduzi-la para fora do telhado. Outro componente importante a ser instalado são
AULA - 1
água-furtada
Conhecendo o Telhado caibros
A estrutura, também cumeeira
conhecida como armação, é
composta por várias partes espigão
tesoura beiral
empena ripas
ou oitão água
terças testeira
Além da tesoura tradicional há também a possibilidade de se realizar trabalhos mais simples de estrutura em
busca de economia e praticidade de acordo com a quantidade de caimentos. Observe nas imagens abaixo:
Terças
6 cm x 8 cm
Telhas de fibrocimento
(cimento-amianto)
pontalete
terça
berço
Cantoneira
CH 50 x 6mm
Cobrejuntas de
Chapa reta madeira pregadas
23
50 x 6mm
AULA - 1
Ligação Empena - Linha,
450 prego (22 x 48 ou 22 x 42) com parafuso
Asna
chapa 30 cm Asna
Estribo
4,0
4,5 Linha
- Detalhe da emenda das terças com parafusos e chapas Detalhe da ligação entre a linha, asnas e pendural
Dir
Corte AA
eçã
doo
a pequeno Cobrejuntas de
te
Cumeeira
Caibro
Pontalete Pontalete
Berço mão-francesa
no sentido
da perede Berço
No mínimo
40 cm
Laje pré Laje maciça
24
Formas corretas de unir os elementos da estrutura de treliças ou tesoura. Essa técnica tem como base a
utilização de um componente chamado estribo, cuja função é travar os elementos ou até mesmo uni-los nos
casos de encaixes, para aumentar o comprimento da madeira, no caso de vigas.
AULA - 1
AULA
1 Formação Prática
5) Desempeno do material:
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AULA - 1
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AULA
2
Formação Empreendedora:
Reestruturação produtiva e
emprego - Parte 2
ATIVIDADE
AULA - 2
AULA
Formação Técnica:
2 Ferramentas manuais
Para que uma pessoa possa exercer o ofício da marcenaria com profissionalismo é importante conhecer as
ferramentas com as quais irá lidar em seu trabalho. É com essas ferramentas que o profissional da madeira fabrica
diversos artefatos artesanalmente, com mais agilidade e facilidade. Porém, além de conhecê-las, é indispensável
saber manuseá-las. Vamos identificar e saber para que serve cada uma dessas ferramentas na marcenaria.
AULA - 2
Alicate travador de serrote: ferramenta usada para travar os
dentes de serrotes que estão desalinhados, colocando cada dente
para um lado oposto ao outro.
29
AULA - 2
camas, mesas, cadeiras, prateleiras, etc. Usadas também para
manutenção de máquinas portáteis e estacionárias.
AULA - 2
Lima bastarda: usada para desbastar madeiras de baixa
a média densidade, proporcionando melhor acabamento em
quinas, além de ser ótima para dar acabamento em peças
cortadas na serra de fita, entre outras finalidades. Obs.: não use
em ferro pois ela não é adequada para esse tipo de desbaste.
33
Plaina manual: ferramenta indicada para aparar madeira com
o objetivo de alcançar o seu nivelamento. Obs.: perfeita para usar
em madeiras de qualquer densidade, contudo, para que exerça
bem o desbaste, é fundamental que sua faca esteja em perfeitas
condições: reta e afiada.
Atividade Prática:
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AULA
2 Formação Prática
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AULA - 2
8) Ensembles:
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AULA
3
Formação Empreendedora:
As mudanças na produção
Em qualquer produção de bens são necessários três elementos, sem os quais a produção não acontece.
São eles:
A forma de produção mecanizada – ou mecanização – introduz máquinas movidas a energia animal, elétri-
ca ou térmica, que substituem parcialmente a energia humana. A máquina faz algumas etapas da produção,
mas o operador da máquina também realiza muitos procedimentos manuais, além de acionar, regular e fazer
funcionar a máquina.
Uma forma de produção mais recente é a automatização. Ela introduziu outros tipos de máquinas: as que
36 produzem sem a intervenção direta do homem. São os sistemas automatizados, ou unidades de processamen-
to, que fazem a máquina operar. Cabe ao trabalhador preparar esses sistemas e acompanhar o processo de
produção. No sistema automatizado de produção, as máquinas fazem o produto sempre do mesmo jeito. Para
modificar o produto, é preciso também modificar componentes da máquina que o produz.
Há também a automação, que é diferente da automatização. A automação possibilita que se façam mu-
danças nos produtos sem alterar a estrutura física das máquinas. Essas máquinas automáticas são chamadas
AULA - 3
de flexíveis, pois podem ser reprogramadas para fazer operações diferentes. Um exemplo é o computador,
que pode ser programado para inúmeras atividades, desde redigir um simples texto, até gerenciar complexos
processos industriais. O que permitiu este avanço foi a difusão da base microeletrônica.
RESUMINDO...
Automação: possibilita que se façam mudanças nos produtos sem alterar a es-
trutura física das máquinas.
ATIVIDADE
Nas imagens reproduzidas a seguir, identifique diferenças entre o processo de produção mecanizado e o
processo de produção automatizado.
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Fotos: Google Imagens, 2015. 37
AULA - 3
Processo de produção AUTOMATIZADO Processo de produção MECANIZADO
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AULA
Formação Técnica:
3 Ferramentas elélicas portáteis
AULA - 3
largamente presente nas oficinas, mesmo com a disposição de
serras circulares de bancadas.
Atividade Prática:
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AULA
3 Formação Prática
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AULA
4
Formação Empreendedora:
Trabalho qualificado e
trabalho precar�ado - Parte 1
Trabalho Decente
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é uma entidade internacional, ligada à ONU, que estuda e
busca criar normas para que o trabalho se desenvolva de forma a ajudar todas as pessoas do mundo. A ideia
AULA - 4
de trabalho decente foi criada na OIT com o objetivo de definir como o trabalho pode contribuir para o
desenvolvimento humano. O “trabalho decente”, no conceito da OIT, é composto por quatro partes:
Emprego: o trabalho não só deve ser produtivo e útil para a sociedade, mas ele também deve ser remu-
nerado de maneira justa. E não se trata apenas do trabalho formal, com carteira assinada, mas também
do trabalho informal;
Seguridade social: todo trabalhador deve ter acesso a formas de seguridade social, que o ajuda em caso
de acidente e também lhe garantam uma aposentadoria justa;
Direitos dos trabalhadores: o trabalho não pode ocorrer em condições perigosas, nem pode ser algo
que atrapalhe o desenvolvimento das pessoas. Esta é uma das razões para o trabalho infantil ser proibido;
Diálogo social: os trabalhadores devem ter direito à voz não só no espaço do trabalho, mas também na
sociedade como um todo. Os trabalhadores devem ter o direito de se organizar em sindicatos ou outros
espaços, que permitam ao trabalhador participar de mesas e espaços de negociação e diálogo, seja com
os Governos, seja com os empresários.
Como se pode ver, o trabalho decente é um conceito que une vários aspectos dos direitos humanos, pois
reafirma a dignidade da pessoa por meio do trabalho em condições justas.
É importante lembrar que este conceito também se aplica aos trabalhadores do setor informal, uma par-
cela considerável dos trabalhadores brasileiros de hoje. No passado, a criação dos sindicatos foi um passo
importante para melhorar a situação do trabalhador. No modelo econômico atual, os sindicatos ainda têm im-
portância, mas nossa sociedade precisa descobrir novas estratégias e mecanismos para conter a “precarização”
e a piora das condições de trabalho.
ATIVIDADE
Imagine que depois de uma festa sobraram duas pias lotadas de louças, copos, talheres e panelas sujas. Para
fazer esse serviço, foram contratadas duas pessoas: Joana, que já trabalhou em um restaurante; e Rosa, que
trabalhou em uma locadora e nunca enfrentou uma pia nesse estado. Como foi o trabalho de cada uma
delas? Avalie o modo de trabalhar, o tempo gasto e o resultado. Anote suas observações.
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AULA
Formação técnica:
4 Máquinas estacionárias
Máquinas estacionárias
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AULA - 4
em segundos, evitando o acúmulo resíduos na oficina, tanto no
piso como no ar. De acordo com o modelo do equipamento, é
possível conectar até seis máquinas, baixando os níveis de pó e
serragem da oficina em 80%, porém para marcenarias de menor
porte acaba sendo difícil adquiri-lo, devido ao pouco espaço
existente no ambiente de trabalho.
44
AULA - 4
bruto de vigas, pilares, prancha e pranchões.
Tradicionalmente apresenta elementos básicos: guia copiadora e
canaleta para mesa pequena de esquadrejamento, podendo ter
disco rígido ou regulável em ângulo inclinado.
Atividade Prática:
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AULA
4 Formação Prática
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AULA - 4
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AULA
5
Formação Empreendedora:
Trabalho qualificado e trabalho
precar�ado -Parte 2
Parte das mudanças provocadas pela reestruturação produtiva tem a ver com a terceirização, ou seja, com a
prática de entregar etapas do trabalho para serem feitas por profissionais ou empresas que não pertencem à
empresa responsável pela produção.
Muitos empregados crêem que, para conse- ção. Essas “outras empresas” são as terceirizadas.
guir flexibilidade na produção, precisam também As empresas terceirizadas contratam os traba-
de flexibilidade nos vínculos trabalhistas com seus lhadores à medida que recebem encomendas de
empregados. Essa prática introduz no setor de re- trabalho. Quando um contrato acaba ou é anulado,
48 cursos humanos das empresas uma política vol- todo o grupo de trabalhadores perde o emprego ou
tada para a redução de custos. As empresas que é deslocado para outra atividade. É a rotatividade da
terceirizam têm um quadro de trabalhadores fixos mão-de-obra: ora se trabalha aqui, ora se trabalha
bastante reduzido. ali, ora não se trabalha. Essa situação gera insegu-
As empresas que terceirizam contratam outras rança para os trabalhadores.
empresas para realizar serviços ou etapas da produ- Segundo afirma o professor Sérgio Pinto Martins:
AULA - 5
“No Brasil, a noção de terceirização foi trazida por multinacionais na década de 1950, pelo interesse que
tinham em se preocupar apenas com a essência do seu negócio. A indústria automobilística é exemplo
de terceirização: ao contratar a prestação de serviços de terceiros para a produção de componentes do
automóvel, reunindo peças fabricadas por aqueles e procedendo à montagem final do veículo”.
A qualidade das relações de trabalho está ligada à qualidade de vida dos trabalhadores.
ATIVIDADE
Marinalva encontrou trabalho de faxineira em uma empresa de limpeza para prestar serviços em eventos. A
empresa fornece uniforme, luvas e todo o material de trabalho.
Ela não tem carteira assinada e, quando fica doente, perde o dia. Quando não tem serviço, Marinalva não ganha.
Quando tem, precisa trabalhar direto, até nos fins de semana.
Marinalva não tem direito a férias pagas nem ao décimo terceiro salário. Marinalva não contribui para o INSS.
AULA
Formação Técnica:
5 Formação técnica - L�as - Parte 1
Lixar é tarefa indispensável. Quem busca qualidade de acabamento e durabilidade do artefato, deve saber
que o processo de lixamento não está somente ligado à questão estética do móvel. Uma tarefa bem executada
com as lixas poderá proporcionar ao móvel muito mais resistência em todos os seus aspectos, como a estrutu-
ra natural da madeira, revestimentos – lâminas de madeira e laminados decorativos, pinturas –, primes, lacas
e esmaltes sintéticos, selamentos e envernizações. Pois o lixamento feio de maneira correta proporcionará o
aumento da durabilidade de todos os itens ligados à sua fabricação, garantindo resistência natural.
AULA - 5
Seladoras, Desbotamento do acabamento Maior aderência da madeira ao
vernizes e stain. sintético, acabamento grosseiro, produto aplicado, aumento ou
menor aderência na madeira e estabilidade da resistência natural
perda de resistência original do do produto, ótimo acabamento da
produto aplicado. superfície da madeira.
Fotos: Google Imagens, 2015.
Antes de realizar o procedimento de lixamento é necessário fazer o reconhecimento dos tipos e das grama-
turas/granulações das lixas disponíveis no mercado, pois será pela identificação do abrasivo que saberemos
qual lixa deverá ser escolhida, o que se confirma pelo número na parte inversa da folha de lixa. Assim se esco-
AULA - 5
Numerações e letras
Primeiramente devemos nos certificar de que a lixa que estamos usando é realmente a correta para o artefa-
to que queremos lixar. Acima, vimos as cores que caracterizam para qual tipo de material a lixa é preparada.
Porém, muito além disso, é importante também saber identificar o abrasivo da lixa e a letra correspondente à
durabilidade da mesma. Dê preferência para lixas de marcas conhecidas, pois além de oferecerem vasta tipo-
logia e gramaturas diferentes, possibilitam rápido reconhecimento de suas características no verso da folha,
onde algumas até indicam os materiais indicados para se lixar. A letra significa o tipo de material de que é feito
a lixa, ou seja, pela letra podemos saber sua real resistência. Vejamos:
320 = referente a
A = papel leve numeração do grão, o
G = papel pesado especial poder abrasivo da lixa
H = papel pesado
T = papel à prova d’água
K = pano e cola T = letra que
R = pano e resina indica essa lixa
S = combinação de papel e pano tem um papel à
W = pano à prova d’água prova d’água -
sendo assim
F = fibra
LIXA D’ÁGUA
AULA
5 Formação Prática
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2) Orçamento:
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ATIVIDADE (Tempo estimado: 30 min.)
Pesquise e responda: O que é escala? Qual a sua importância no desenho?
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AULA - 5
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AULA
6
Formação Empreendedora:
Profissões que se transformam
Precisamos pensar nas necessidades do país, mas também pensar nas necessidades das pessoas. Ou seja,
toda a formação deve buscar fundamentos científicos e o contato com áreas que permitam a reflexão sobre
eles. Não é verdade que um marceneiro não precisa pensar e não precisa de um fundamento científico. O fato
de ele executar um trabalho técnico não implica não ter essa informação geral.
Há experiências no Brasil que nos permitem inferir que, mesmo no ensino fundamental, você pode tra-
balhar certos fundamentos. A técnica tem que estar associada a isso. E preciso pensar em uma formação que
articule formação científica e técnica de forma muito intensa, para que as pessoas tenham capacidade de
transformação e de adaptação, porque as profissões também se transformam.
Os ferramenteiros e os frisadores da década de 1970 e 1980, na área da metalúrgica, por exemplo, não
existem mais como profissões. Se a formação dessas pessoas foi estritamente técnica, dificilmente elas se 53
recolocarão no mercado de trabalho, ao passo que se elas tiveram uma formação geral sólida, as chances de
recolocação aumentam.
ATIVIDADE
Converse em grupo sobre a importância do saber, do conhecer a arte de um ofício. Lembre-se de ressaltar a
AULA - 6
necessidade de ficar “ligado” no que acontece no mundo, para sempre planejar um futuro profissional mais
sólido e atualizado.
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Formação Técnica:
6 Formação técnica - L�as Parte 2
Bom saber para ficar atento: o bom lixamento não é aquele onde o principal objetivo é chegar num artefato
liso, mas sim em um artefato totalmente livre de irregularidades, como riscos, ondulações, desníveis e amassa-
dos. A partir desta observação é preciso entender que o verdadeiro objetivo é eliminar tais defeitos buscando
deixar a peça nivelada. Por consequência, após várias passadas de lixa, a peça obtém uma superfície lisa e
sedosa. Vejamos mais em detalhe essas quatro etapas básicas.
1. Calibração
Nesta etapa serão corrigidas as irregularidades mais grosseiras da superfície da madeira, como desníveis e
ondulações. É o momento de tirar a maior quantidade de material conforme a necessidade. Para esta tarefa
são indicadas lixas de granulação 50 a 120. Contudo, deve-se levar em consideração a densidade da madeira,
só assim você saberá qual lixa usar:
2. Semiacabamento
AULA - 6
Nesta etapa você vai eliminar os riscos deixados pelas lixas grossas na madeira. Aqui são indicadas lixas de
granulação 100 a 120, independentemente da densidade da madeira. Porém, em madeiras que apresentam
baixas densidades deve-se partir diretamente para a próxima etapa.
3. Acabamento
Esta é a terceira e última etapa de lixamento que se faz com madeira crua. É preciso ter cuidado, pois se trata do
toque final do seu trabalho antes do polimento. Nesta tarefa são indicadas lixas de granulação 150, 180 e 220
para qualquer densidade de madeira, sendo executada manualmente ou por intermédio de uma lixadeira orbital.
4. Polimento
Após finalizar a etapa de acabamento entramos na parte de aplicação de acabamentos sintéticos: seladoras,
vernizes, primes, lacas e resinas. Neste processo são indicadas lixas de granulação 240 a 600. Este trabalho visa
a deixar o aspecto da madeira sedoso, com um polimento superliso. Importante lembrar que após cada de-
mão de verniz e outros acabamentos, deve-se dar uma quebrada de lixa para se obter o polimento desejado,
para maior aderência do produto sintético aplicado. Lembrando que:
Lixas 240 a 280 são indicadas para vernizes poliuretanos, seladoras e vernizes nitros comuns.
Lixas 320 a 380 são indicadas para primes e laca nitroceluloses.
Lixas 400 a 600 são indicadas para gomas lacas, vernizes especiais PU-bicomponente, nitroceluloses e
resinas poliéster.
Atividade Prática:
A partir da atividade prática executada no salão de trabalho, descreva as etapas de lixas feitas sobre a peça.
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AULA
6 Formação Prática
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4) Fixação:
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AULA
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Formação Empreendedora:
Atividades industriais
e atividades de serviços
Existem várias classificações para diferenciar as atividades econômicas. Essas classificações levam em conta
algumas características das atividades. Por exemplo: a classificação em setores primário, secundário e terciário.
Assim, as atividades econômicas são classificadas de acordo com as suas características:
No setor primário se incluem todas as atividades econômicas diretamente ligadas à natureza, como
alimentos e produção de matéria prima para outros setores da economia;
No setor secundário estão as atividades industriais e os processos de transformação que, com o uso de
máquinas, transformam as matérias primas em outros bens ou produtos;
O setor terciário inclui o comércio todos os tipos de prestação de serviços. As palavras-chave do setor
terciário são serviços e atendimento ao cliente.
ATIVIDADE
56
A lista a seguir é uma classificação feita pelo IBGE, segundo um padrão nacional e internacional, chamado
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).
Marque P para as atividades do setor primário; S para as atividades do setor secundário e T para as atividades
do setor terciário.
AULA - 7
Cite cinco tipos de atividades econômicas que você conhece e marque (P) para as atividades do setor
primário; (S) para as atividades do setor secundário e (T) para as atividades do setor terciário.
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( ) ______________________________________________________________________________________
( ) ______________________________________________________________________________________
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AULA
Formação técnica:
7 Massas especiais para marcenaria
Fotos: Centro de Formação de Artesãos e Artefatos em Madeira: Projeto Artes Nascentes, 2011/2013.
naturais, é menos agressiva e mais leve para
57
aplicação na madeira. Indispensável para o
trabalho na marcenaria e também no restau-
ro, é possível corrigir de pequenas a médias
imperfeições na superfície da madeira, além
de prepará-la para uma possível pintura, seja
AULA - 7
com lacas coloridas ou tintas sintéticas. Co-
nhecida popularmente como Massa F12, está
disponível em várias cores de madeiras natu-
rais como imbuia, pau-marfim, tabaco, mog-
no e cerejeira, entre outras.
Para uma boa aplicação é preciso utilizar
uma espátula flexível e realizar um preen-
chimento superficial, evitando excesso, em
primeiro lugar para que não ocorra desper-
dício, mas principalmente para evitar que o
excesso vaze para o entorno do local aplica-
do, devido à pigmentação ocorrida no pro-
cesso de secagem, já que isso pode man-
char a superfície da madeira. A secagem da
massa varia de acordo com a quantidade DICAS
aplicada, podendo demorar minutos, horas
ou até mesmo ter que ficar de um dia para o Não exagere na quantidade de massa aplicada, pois
outro. Após a cura, recomenda-se lixar para mesmo sendo a base de água ela contém cola PVA em
obtenção de nivelamento e uniformidade sua composição, o que faz com que todo excesso em
em relação à madeira, utilizado-se lixas de volta da área aplicada fique queimado, dificultando o
granulações intermediárias: com numera- acabamento final.
ções 150, 180 e 220. Não use espátulas duras na aplicação.
merado, OSB e MDP. Porém, por não ser uma massa sintéticas, com objetivo de eliminar o acabamento
natural, não dispõe de tonalidades com as da massa poroso natural da madeira. Depois de seca recomen-
acrílica PVA. Assim, quando utilizada diretamente em da-se lixar a superfície com gramaturas 180 ou 220,
madeira maciça é preciso dar a cor adequada utilizan- para se obter uma superfície totalmente lisa e livre de
do tingimentos para envernizações incolores. imperfeições. Dentre as massas sintéticas ela é a mais
A secagem pode variar de acordo com a quanti- complexa, pois não pode ser tingida e sua aplicação
dade de massa utilizada e de catalisador adicionado, não é tão simples, exigindo espátulas bem flexíveis
normalmente por gotas. O ideal é colocar de 3 a 5 go- e preenchimentos graduais. Ou seja, não é indicada
tas de catalisador observando sempre o percentual a aplicação de uma segunda camada de massa sem
adequado para a quantidade de massa. Assim uma que a primeira tenha secado ou pelo menos ter inicia-
do sua cura. Desta maneira, seu tempo de secagem Massa acrílica tradicional e massa corrida
pode se tornar relativamente mais longo, pois a cada
aplicação é necessária uma camada fina sem grande Relacionadas a pinturas, correções de cantos
excessos, variando apenas na proporção da cavidade de paredes e rodapés e acabamentos de cantos de
ou do nível de porosidade que a madeira apresenta. batentes dentre outros, a massa acrílica tradicional
e corrida é mais comumente utilizada na junção de
Massa de madeira sintética madeira e alvenaria, quando há a montagem de
móveis embutidos sendo necessário fechar os fri-
sos existentes entre a parede e omóvel. Neste caso,
é importante observar a cor da parede para usar
a mesma tonalidade de massa. Aplicada adequa-
damente, garantirá um móvel totalmente unido à
alvenaria, sem qualquer abertura. A aplicação deve
ser feita com espátula estreita e flexível, para assim
evitar excessos causadores de manchas, já que nes-
te processo de acabamento se evita o uso de lixas,
pois somente o arremate da massa perfeitamente
aplicado resultará num ótimo acabamento.
Atividade Prática:
AULA - 7
A partir da atividade prática executada no salão de trabalho, quais tonalidades foram utilizadas no artefato.
Cores Padrão
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Branca Marfim Cerejeira Mogno Nó-de-Pinus Castanho
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Cimaru Jatobá Sucupira Imbuia Ipê
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Cerezo Carmel DF Ébano DF Freijó Granada DF Marfim Sena DF Marfim DF Marfim Natural Jatobá Clássico DF
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Mogno DF Nogueira Freijó DF Maple Verona DF Pátina Branca DF Pátina Pérola DF Pátina Bege DF
Murano DF Freijó Rústico, Nogueira Carvalho Douro Branco Malibú, Nogueira Antígua
Capri e Tauari Peroba Gris
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Pátina Marfim DF Ipê Ambar Ipê DF Carvalho Provençal DF Carvalho DF Carvalho Malta Carvalho Santorini DF
Amendoa Curaçao, Carvalho Java, Ipê Cavalho Antigo, Carvalho Cavalho Creta, Carvalho
Nogueira Baú, Nogueira Antibes, Nogueira Colonial, Cavalho Ibiza, Cavalho Viena, Teca
Palermo, Nogueira Italiana Montreal, Cavalho Reno, Vermont
Samba, Parquet Nogueira Mel, Parquet
Nogueira, Teca Ávila Maple
AULA
7 Formação Prática
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60
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AULA - 7
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AULA
8
Formação Empreendedora:
Diferenciando produção de
bens e prestação de serviços
Na economia urbana predominam atividades de guia de turismo é dar informações, oferecer roteiros
dois setores: o secundário (atividades industriais) e e guiar seus clientes em passeios. Se você teve dú-
o terciário (atividades de serviço). A tendência atu- vidas para realizar a atividade anterior, não se preo-
al é de crescimento do setor de serviços. Em muitos cupe: hoje em dia essas incertezas são comuns, pois
países, os serviços já correspondem a mais de 70% as características das atividades agro-extrativistas,
da atividade econômica. Mas, como podemos dife- industriais e de serviços estão se misturando.
renciar atividade industrial de atividade de serviços? A mecanização da agricultura e das atividades
extrativistas, por exemplo, deu a esse setor, que é
primário, características próprias do setor secun-
Diferenciando atividade industrial
dário. Em consequência, muitas atividades do setor
& atividade de serviços:
primário estão cada vez mais parecidas com as das
indústrias. É, entre outros, o caso das atividades ex-
A indústria transforma matéria-prima em
trativistas de minerais, como o petróleo e o gás na- 61
bens ou produtos.
tural, chamadas de indústria extrativista.
Serviços oferecem ações e informações
Nos outros setores isso também acontece. Cada
para atender às necessidades dos clientes.
vez mais os produtos industriais são vendidos acom-
panhados de uma série de serviços. Ao comprar um
Comércio, transportes, ensino, saúde, adminis- celular, por exemplo, que é um produto industrial,
AULA - 8
tração, finanças são atividades do setor de serviços. o consumidor tem direito a assistência técnica, cen-
O trabalho do taxista, por exemplo, é transportar trais de atendimento, promoções, clubes de consu-
passageiros; da cabeleireira é cortar ou pentear o mo e outras formas de relacionamento. E essas são
cabelo das clientes; o garçom é servir à mesa; do atividades do setor de serviços.
ATIVIDADE
Na tabela abaixo liste as atividades econômicas do seu bairro e classifique-as segundo o setor da economia.
Identifique também se fazem parte da produção de bens ou de serviços.
AULA
Formação Técnica:
8 Brocas para �ração
62 Aço carbono
Broca tradicional para furação de madeira, largamente encontrada
nas pequenas oficinas de marcenaria e robistas, devido à sua relação
custo-beneficio, se comparado a outras brocas de preço elevado.
Parecida com a broca de aço rápido, diferencia-se por seu corpo
cilíndrico escuro. É indicada somente para madeiras de baixa a média
AULA - 8
Três pontas
Broca especial de três pontas, sendo a central para localizar
perfeitamente a broca no ponto de furação, não permitindo que
escape durante o trabalho. É utilizada em todo tipo de madeiras:
duras, macias, compensados, laminados decorativos, aglomerados,
etc., pois possui um corte super poderoso ao longo de seu corpo
cilíndrico. Confeccionada em cromo-vanádio, garante maior
estabilidade e maior resistência contra perda do corte na penetração
da madeira, mesmo em espécies que contêm mais resinas.
Chata
Com formato diferente achatado, esta broca possui grande poder
de corte, devido à ponta central, que impede que escape do ponto
inicial, e às pontas laterais que riscam a madeira sem permitir
que ao redor do furo lasque ou trinque. Outra característica desta
broca é que ela possui hastes compridas, proporcionado furos de
grande profundidade, e o corpo largo, possibilitando realizar furos
cilíndricos de grande diâmetro.
Serpentina
Dentre as que proporcionam furos profundos, a broca em
serpentina é a mais indicada, pois é confeccionada com ótimo
material que dificilmente perde a afiação. É indicada para trabalho
em carpintaria, na furação de vigas, caibros, pontaletes e pilares.
Com uma ponta centradora provida de rosca que dificilmente
escapa. Por possuir formato helicoidal alongado, torna a furação
rápida e precisa, pois as aparas de madeira não se acumulam sobre
a broca, permitindo um furo limpo, preciso e seguro. Sua ponta de
fixação para furadeira tem formato sextavado, garantindo maior
aperto com menor trepidação.
Ferro de pua
Uma das primeiras brocas de furação solta usada com as
ferramentas, Arco de pua e Furadeira mecânica antiga. Este tipo 63
de broca continua sendo fabricada, já que o arco de pua ainda é
comercializado e usado em trabalhos específicos, porém os novos
modelos estão mais funcionais e aperfeiçoados, da mesma maneira
a própria broca ferro de pua.
AULA - 8
Serra-copo
Geralmente usada para furar respiros de roupeiros, dispensas,
cômodas e estrados de cama e outros trabalhos, que requerem
diâmetros maiores. A broca serra-copo está disponível em variados
tamanhos e materiais, para furar madeira, ferro, vidro e até mesmo
concreto. Estas brocas consistem numa coroa dentada com um
pino no centro que serve para centralizar o furo. Para furar madeira
e derivados não é necessário grande experiência, basta escolher
o tamanho da serra, centralizá-la corretamente no ponto e usar a
furadeira em velocidade parcial.
Verruma
Sendo uma ferramenta antiga, esta broca manual serve
exclusivamente para marcar os pontos para furação ou para casos
de pequenos parafusos como os de dobradiças, fechaduras e
corrediças. A partir da sua ponta rosqueada e pontiaguda consegue
penetrar na madeira perfurando-a levemente, mostrando-se útil
para fixações rápidas de parafusos curtos.
Aço rápido
As brocas de aço rápido são propriamente preparadas para furar
chapas de metais como alumínio, cobre e metais duros como ferro
e aço. Confeccionada em aço rápido, a haste cilíndrica da broca tem
mais resistência ao calor evitando o destemperamento. Entretanto
é importante utilizar óleos especiais ou lubrificantes para que
aumente a penetração no material evitando desgaste e o próprio
destemperamento. Apesar de ser uma ferramenta projetada com o
propósito específica da usinagem de metais, alguns profissionais a
utilizam para furar também madeira, já que é um material muito mais
leve em comparação ao metal. Porém, deve-se ter cuidado com a
seiva da madeira que pode cegar a broca ao longo de várias furações.
Widea
Esta broca foi criada para furar materiais de alta resistência, como
paredes de alvenaria, concreto, ladrilho, mármore, betão, etc. Não
serve para furar metais ou madeira já que seu corpo, apesar de
também ser helicoidal, não possui corte, ou seja, não tem afiação.
64 Com sua ponta em forma de flecha é capaz de furar em segundos
qualquer parede. Lembrando que, sempre que estiver usando esta
broca, é importante colocar a furadeira na posição de martelete
para maior impacto.
Atividade Prática:
A partir da atividade prática executada no salão de trabalho, verifique qual acessório broca foi utilizado para
a construção do artefato.
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AULA
8 Formação Prática 65
AULA - 8
Assentamento de porta lisa de passagem com batente em madeira maciça: Etapas 7 e 8.
> Folha de Porta.
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AULA
9
Formação Empreendedora:
f�endo n�so empreendimento
voar – Parte 1
zê-las acontecer.
1) O que você achou dessas características? Quais dessas características você acredita que já possui?
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2). Você acha que essas características já nascem com a gente ou elas podem ser desenvolvidas? Quais
dessas características você acha importante desenvolver?
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3) E quais dessas características você acha que “batem de frente” com as necessidades de um
empreendimento econômico solidário? Por quê?
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4). Você concorda com a frase: “ (O empreendedor) trabalha sozinho. O processo visionário é individual”?
Justifique:
67
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AULA
Formação Técnica: AULA - 9
9 Fresas
A fresa é uma ferramenta de corte lateral dispon- portáteis e estacionárias, há diversos equipamen-
do de facas de corte para desbaste vertical ou hori- tos da marcenaria que fazem uso desses acessórios,
zontal. Existem vários tipos de fresas, cada uma com dentre os quais podemos destacar: tupia lamina-
uma ou mais finalidades. Em geral, são usadas para deira/rebordadeira, tupia de coluna manual, tupia
usinar os dentes das engrenagens, abrir fendas em de coluna estacionária, furadeira vertical e furadeira
eixos ou copiar outras peças. horizontal. Importante destacar que a ferramenta
No trabalho com madeira, elas são usadas para fresa não deve ser entendida como uma broca, pois
usinar (cortar, moldar, desbastar e furar), sendo apesar de realizar furações ou iniciar o desbaste por
possível confeccionar molduras, rebaixos de baten- sua ponta superior, ela é uma ferramenta de des-
tes, embutir parafusos e dobradiças, fazer encaixes baste lateral, com facas que trabalham com arran-
para montagem de móveis, confeccionar espigas que final horizontal, sendo possível correr a madei-
de lambril, cortar peças em variados formatos, fu- ra ao sentido transversal em relação à posição de
rações, etc. Assim, com base nas máquinas elétricas instalação na máquina.
68
AULA - 9
Escareador
Esta fresa é indicada para trabalhos em que se necessita que
os parafusos fixados fiquem visivelmente aparentes, porém
parcialmente embutidos. Ou seja, com esta fresa se faz
uma cavidade inclinada de acordo com a bitola (espessura)
da cabeça dos parafusos, deixando-o mais rente ou mais
aprofundado na junção de madeiras, como é o caso de um
montante de móvel fixado nas prateleiras horizontais, por
exemplo. O objetivo desta usinagem é obter um artefato
mais acabado e durável, com as ferragens de fixação não
expostas, evitando problemas de estrutura e acidentes com
estes componentes.
Existem diferentes modelos de escareador, cada um projetado
para variadas funções e materiais, como para metais, alvenaria
e madeira, entre outros. Na marcenaria, os tipos mais adotadas
pelos profissionais marceneiros são: escareador com haste
de comprimento médio com chanfro e diâmetro de 10,4
mm, conhecido entre os profissionais como “chapéu chinês”;
e o escareador com broca ponta piloto, ideal para furos e
escareações rápidas para fixação de parafusos.
Fresa copo
Fresa especialmente desenvolvida para furação de portas
de móveis que irão receber dobradiças especiais de pressão,
conhecidas também como dobradiças de caneco ou copo. Sua
perfuração é altamente precisa, oferecendo um corte limpo
e perfeito, se o operador souber manuseá-la corretamente. 69
Possui lâminas com alto poder de desbaste que evitam
lascados ao redor do furo, caso as portas sejam revestidas
com laminado decorativo, laminado de madeira ou mesmo
em chapas de MDF já revestidas. É certo afirmar que esta fresa
possui grande vida útil, pois o copo é confeccionado com
AULA - 9
metal de alta resistência e lâminas de widea, garantindo maior
autonomia e durabilidade. Suas medidas tradicionais estão
relacionadas com as dobradiças disponíveis no mercado, com
diâmetros de 35 mm e 26 mm, mas existem outras medidas,
embora pouco usadas pelas marcenarias.
AULA
9 Formação Prática
9) Finalizar a instalação:
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70
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AULA - 9
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AULA
10
Formação Empreendedora:
F�endo n�so empreendimento
voar – parte 2
ATIVIDADE
Um encontro é pouco para a gente retirar dessa experiência tudo aquilo que ela ensina para a gente.
Agora vamos nos dedicar a registrar nossas impressões sobre como foi produzir a nossa pipa.
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AULA - 10
O que você observou da atividade que poderia servir para um empreendimento econômico?
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AULA
Formação Técnica:
10 Pregos
72
Prego galvanizado
Este prego é comum aos demais já citados, porém com uma
simples e importante diferença: tem maior resistência à corrosão
graças a um banho especial que recebe ao final na fabricação,
garantindo maior vida útil e eliminando o aparecimento de
manchas de ferrugem. Aplicações: móveis especiais, molduras,
deques e fixação externa em construção civil.
Prego telheiro
Este prego é indicado para fixação de telhas do tipo tradicional de
fibrocimento. Por ser 100% galvanizado, protege contra a corrosão
e não vaza, graças à borracha flexível em sua ponta superior.
Também é resistente à dilatação da madeira e movimentação do
telhado, pois tem um corpo em espiral, proporcionando maior
fixação e segurança às telhas. Aplicações: telhas de fibrocimento,
aço, alumínio, folhas de zinco com espessura de até 5 mm com
pequenas ondas de até 39 mm sobre estrutura de madeira.
Prego anelado
O prego anelado é considerado um dos pregos que proporciona
melhor fixação entre peças, isso porque seu corpo é estabelecido
por anéis chanfrados que possibilitam maior aderência,
garantindo alta resistência a movimentações e expressivo
rendimento de material. Aplicações: madeiras de baixa densidade
(macias), caixotes em geral, paletes, embalagens e móveis.
Prego ardox
Este prego tem alto poder de penetração, garantindo melhor
fixação entre peças. Com ótima aderência em madeiras de alta 73
densidade, possui corpo helicoidal, garantindo maior estabilidade
e resistência à movimentação das peças unidas. Aplicações:
paletes, embalagens, caixotes gerais, estrutura de madeira e
suportes de madeiras.
AULA - 10
Prego quadrado
Possuindo formato quadrado com canto em ângulo de 90°
graus, com quatro lados, torna-se o prego mais adequado
para trabalhos em peças fixadas que possam exercer intenso
movimento, garantindo total conexão e não permitindo que
a madeira movimente-se, o que ocasionaria a desunião. Não
enferruja por ser galvanizado a fogo. Aplicações: cascos de
embarcações, acabamento interno de embarcações, mata-
burros e deques de piscinas.
Imagens: http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/51/cuidados-ao-pregar-confira-dicas-para-fixar-de-maneira-265479-1.aspx.
uso de uma furadeira manual é
garantir a integridade estrutural
natural da madeira, evitando
Certo Errado
movimentações de dilatação e
patologias como corrosão por
penetração forçada.
74
Certo Errado
AULA - 10
Atividade Prática:
Descreva quais fresas foram utilizadas nas atividades práticas durante o curso.
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MEDIDAS (mm)
Designação Espessura Comprimento
5x5 1,00 11,5
6x6 1,10 13,8
7x7 1,20 16,1
8x8 1,30 18,4
9x9 1,40 20,7
10x10 1,50 23,0
10x12 1,50 27,6
11x11 1,60 25,3
12x12 1,80 27,6
12x15 1,80 34,5
13x15 2,00 34,5
13x18 2,00 41,4
13x21 2,00 48,3
14x15 2,20 34,5
14x18 2,20 41,4
14x21 2,20 48,3
15x15 2,40 34,5
15x18 2,40 41,4
15x21 2,40 48,3
16x18 2,70 41,4
16x21 2,70 48,3
16x24 2,70 55,2
16x27 2,70 62,1
17x21 3,00 48,3
Tabela 17x24 3,00 55,2
de Medida 17x27 3,00 62,1 75
de pregos 17x30 3,00 69,0
18x24 3,40 55,2
18x27 3,40 62,1
18x30 3,40 69,0
18x33 3,40 75,9
AULA - 10
18x36 3,40 82,8
18x36 3,40 82,8
19x27 3,90 62,1
19x30 3,90 69,0
20x30 4,40 69,0
20x33 4,40 75,9
20x36 4,40 82,8
20x42 4,40 96,6
21x33 4,90 75,9
21x36 4,90 82,8
21x42 4,90 96,6
21x45 4,90 103,5
22x42 5,40 96,6
22x45 5,40 103,5
22x48 5,40 110,4
23x54 5,90 124,2
23x60 5,90 138,0
24x60 6,40 138,0
25x66 7,00 151,8
26x72 7,60 165,6
26x84 7,60 193,2
26x96 7,60 220,8
AULA
10 Formação Prática
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76
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Exemplos de protótipos
Fonte Imagens: Google Imagens, 2015.
AULA
11
Formação Empreendedora:
Empreendedor tradicional
O empreendedorismo social se refere aos trabalhos realizados pelo empreendedor social, pessoa que
reconhece problemas sociais e tenta utilizar ferramentas empreendedoras para resolvê-los; o empreende-
dor social difere do empreendedor tradicional, pois tenta maximizar retornos sociais ao invés de maximi-
zar apenas o lucro.
De maneira mais ampla, o termo pode se referir a qualquer iniciativa empreendedora feita com o intuito
de avançar causas sociais e ambientais. Essa iniciativa pode ser com ou sem fins lucrativos, englobando tanto
a criação de um centro de saúde com fins lucrativos em uma aldeia onde não exista nenhuma assistência à
saúde, como a distribuição de remédios gratuitos para a população pobre.
ATIVIDADE
O empreendedor tradicional
AULA - 11
No peito, clientes mostram o segredo do sucesso
Empresárias utilizam uma tradicional banca de jornal para vender camisetas exclusivas,
com estampas e frases diversas. O movimento da “loja” é tamanho que elas atraem até
artistas famosos, como a família do cantor Xororó. (Por Neide Martingo)
Uma banca de jornal ou uma loja? As duas coi- Após a camiseta já ter sido explorada durante
sas. Na fachada, as notícias aparecem gigantes, muito tempo, por diversas grifes – famosas ou não
como marca registrada. Dentro do local, em vez de – a dupla viu na peça uma forma de ganhar dinheiro
jornais e revistas, camisetas. “É uma peça do vestuá- com criatividade. “Nossos concorrentes são todos e
rio que é um meio de comunicação. A pessoa se ex- ninguém. Todos, porque atualmente é difícil encon-
pressa quando usa”, explica uma das donas da Banca trar uma loja de roupas em que camisetas não sejam
de Camisetas, Suzana Jeha. Estampados nas roupas, vendidas. E ninguém... nas nossas mãos, o item ga-
diferentes pensamentos, em palavras ou desenhos. nhou abordagem exclusiva”, explica Débora.
A ideia principal do negócio é justamente que as O desafio da dupla é não dar rótulo ao negócio,
pessoas se identifiquem com as frases e estampas. para atender a todos os tipos de públicos. “Numa
Há três anos, Suzana aliou-se a Débora Suconic e banca de jornal encontramos as revistas de fofoca
criou a grife. “A Débora tinha a ideia. Eu, o espaço, na junto com as de economia. Queremos que o negó-
Vila Madalena. Uma banca de jornais é chamativa, cio tenha o espírito múltiplo de uma banca. Não
cheia de cores. Eu vejo o lugar como um pequeno lemos nem revista de moda para não atrapalhar a
compartimento, um mundo à parte”, diz Suzana. inspiração”, detalha Suzana. ()
Segredo: Suzana e Débora não têm graduação universitária. Elas aprenderam com as dificuldades en-
AULA - 11
frentadas na rotina e viram o negócio prosperar pelo mais tradicional meio de propaganda e marketing,
o boca-a-boca. Suzana afirma que confia na fé e no faro para dar cada passo, além das informações que
recebe de amigos e da mídia. “Antes de expandir a grife por intermédio da abertura de franquias, que-
remos estruturar o que já existe”, explica ela.
O sucesso do negócio é tamanho que artistas e intelectuais freqüentam o ambiente. Um dos consumi-
dores mais conhecidos é o Júnior, da dupla Sandy e Júnior.
Pedra: As proprietárias da Banca de Camisetas, Suzana Jeha e Débora Suconic apostam na criatividade
para ter sucesso. Esse é o desafio da dupla – crescer sem perder a autenticidade. “Não queremos apenas
lucro. Quando uma empresa cresce muito, perde a identidade”, afirma Débora Suconic.
O desafio da dupla é não dar “cara” ao negócio. “Em uma banca de jornal tradicional encontramos as
revistas de fofoca junto com as de economia. Queremos que o negócio tenha o espírito de uma banca.
Não lemos nem revista de moda para não atrapalhar a inspiração”, diz Suzana.
Discutindo o caso
a) Essa história dá o que pensar, não é? O que você achou mais interessante dessa história?
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b) Pensando naquele quadro com as características do empreendedor, quais delas você identifica que as duas
empresárias possuem?
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c) Você identifica algum aspecto especial dessa história que explique o sucesso do empreendimento? Qual
(ou quais)?
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79
d) Você consegue imaginar as razões que levaram as duas empresárias a montar esse empreendimento? Em
geral, quais são as razões que levam as pessoas a montar negócios?
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AULA - 11
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e) Em sua opinião, quais são as chances de um empreendimento desse tipo (criado num misto de criatividade
e improviso) dar certo?
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g) Você acha que a maneira charmosa delas contarem a história condiz com a realidade? Por quê?
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AULA
Formação Técnica:
11 Para�sos
O parafuso é composto de uma cabeça seguida aço inoxidável, o titânio e o bronze são os materiais
de uma haste linear com corpo em ressalto helicoi- mais utilizados. Também existem parafusos de plás-
dal (espiral), que pode ser cilíndrico ou cônico. Tem tico, nylon, porcelana e vidro.
como objetivo a fixação de objetos e elementos de Geralmente estão associados a elementos que
móveis, como: tampos, montantes, prateleiras, roda- possam em algum momento ser desmontados. No
pés, etc. Geralmente podem ser rosqueados e des- caso da movelaria, os parafusos são largamente
rosqueados e têm um poder de fixação maior que utilizados na confecção de móveis como armários
o dos pregos, permitindo a desmontagem rápida e para cozinha, roupeiros, escrivaninhas, camas, pra-
reutilização. Um parafuso que seja apertado girando teleiras, etc. Contudo, em móveis fixos, geralmente
no sentido horário é chamado de rosca à direita. maciços, como cadeiras, mesas, mesas de centro,
A cabeça pode ser confeccionada nas formas bancos, etc., o uso de parafusos não é o mais indi-
tradicionais das chaves de fenda ou philips. Existem cado, já que estes são confeccionados com o uso de
outros tipos usados em diferentes trabalhos, como encaixes e cola.
os modelos sextavado, allen, etc. Os parafusos po-
dem ser introduzidos de modo a ficar internamente
no objeto ou podem também ultrapassá-lo, neste
caso utilizando porcas rosqueantes.
Os parafusos são feitos de uma larga variedade
de materiais, sendo o aço o mais comum, mas caso Cabeça Cabeça Cabeça Cabeça
ambiente exija resistência ao tempo e à corrosão, o Chata Flangeada Flangeada Oval
80
Chave de boca
Chave inglesa Chave robertson
Chave torx
Cabeça chata
Cabeça panela
Cabeça oval
81
Cabeça panela
AULA - 11
Parafuso para cama furado com Parafuso para cama fendado
porca retangular e arruela com porca quadrada
Parafuso francês
AULA
11 Formação Prática
82
ATIVIDADE (Tempo estimado: 3 horas.)
Construção de gabinete de cozinha revestido com fórmica em madeira naval: Etapas 1, 2 e 3.
1) Desenho:
AULA - 11
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2) Orçamento:
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3) Seleção do material:
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AULA
12
Formação empreendedora:
Empreendedor solidário - Parte 1
1
Um galo sozinho não tece uma manhã:
AULA - 12
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
ATIVIDADE os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
O empreendedor solidário se vá tecendo, entre todos os galos.
Você conhece esse poema, de João Cabral
de Melo Neto? Vamos ler? 2
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
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2. Por que você acha que começamos a falar do “empreendedor solidário” a partir desse poema?
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3. Quais as características do empreendedor solidário que o diferenciam do empreendedor que fomos carac-
terizando nas últimas atividades?
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AULA
Formação Técnica:
86
12 Ferragens para marcenaria
AULA
12 Formação Prática
4) Pré-corte da madeira:
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5) Corte ajustado:
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6) Colagem da fórmica:
87
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AULA - 12
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AULA
13
Formação Empreendedora:
Empreendedor solidário -
Parte 2
ATIVIDADE
Agora nós vamos fazer uma experiência diferente: e se a gente tentar jogar um jogo que a gente conhece
desde pequeno de outra maneira? O que será que acontece? Será que nós somos capazes de nos adaptar a
novas regras? Será que isso é fácil?
AULA - 13
DINÂMICA
Objetivo: terminar o jogo com todos os participantes sentados nas cadeiras que sobrarem!
Recursos: cadeiras para todos os participantes
Número de participantes: mínimo 10
Descrição: quando a música parar, todos sentam usando as cadeiras e os colos uns dos outros. Em seguida
retiramos algumas cadeiras. E todos os participantes continuam no jogo. Na maior parte das vezes, os grupos
avançam até conseguirem sentar em uma única cadeira ou ainda utilizando-se somente do corpo de seus
parceiros. Neste processo, os participantes vão percebendo que podem se liberar dos velhos, desnecessários
e bloqueadores “padrões competitivos”. Na medida em que se desprendem dos antigos hábitos, passam a
resgatar e fortalecer a expressão do “potencial cooperativo” para jogar e viver.
Tempo previsto: 5 minutos ou prossegue até que o educador encerre.
Propósito: despertar a consciência da cooperação diante de situações de Alta Turbulência. Vivenciar situações
de pressão e mudanças, tomada de decisão, iniciativa, criatividade, integração e aquecimento.
Metodologia: exposição dialogada.
Conclusões:
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AULA
Formação Técnica:
13 Principais ferragens - Parte 1
Fechamento e trava: estas ferragens estão re- travadas dependendo exclusivamente da tipologia
lacionadas a móveis gerais que contêm portas co- das ferragens, sendo essa categoria separada em:
muns de madeiras industrializadas ou porta em fechaduras, fechos, trincos e travas.
madeira maciças, de entrada ou saída, internas e Observe nas imagens abaixo as principais ferra-
externas, podendo ser trancadas ou simplesmente gens de fechamento e trava.
89
AULA - 13
Fecho de Segurança Fechadura para Gaveta Trava Rolete Duplo Trava Haste Dupla
Imagem: Google Imagens, 2015.
AULA
13 Formação prática
AULA - 13
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91
AULA - 13
AULA
14
Formação Empreendedora:
Empreendedor solidário -
Parte 3
OBJETIVO:
Possibilitar aos participantes a consolidação de aquisição das informações por meio da organização dos
conteúdos abordados e realização de produção textual.
CONTEÚDO:
Vamos fazer um exercício de organizar um pouco tudo o que viemos discutindo até agora. Vamos usar
a tabela abaixo apenas para que seja mais fácil visualizar as diferenças e as semelhanças. Mas é importante
observar que isso não significa que tais características não se misturem na prática; afinal, a realidade é sempre
bem mais complexa do que nossa tabela.
ATIVIDADE
92 Empreendedor tradicional X Empreendedor solidário
Objetivos
AULA - 14
Formação
Como trabalha
AULA
Formação Técnica:
14 Principais ferragens - Parte 2
Deslocamento: projetadas para garantir mobilidade a móveis e estruturas que precisam de movimenta-
ção, esta ferragem leva o nome de rodízio. É encontrado em diferentes tamanhos e variados materiais, o que
determina a quantidade de carga que suporta, geralmente calculada por unidade. Observe os principais tipos:
RODÍZIOS INDUSTRIAIS
AULA - 14
AULA
14 Formação Prática
Construção de gabinete de cozinha revestido com fórmica em madeira naval: Etapas 10, 11 e 12.
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AULA
15
Formação Empreendedora:
Um outro mundo é p�sível
Segundo dados da ONU e da FAO, de 6,5 bilhões de pessoas que habitam hoje o planeta, cerca de 4 bilhões
vivem abaixo da linha da pobreza, dos quais 1,3 bilhão abaixo da linha da miséria, sendo que 950 milhões
sofrem desnutrição crônica. O mundo clama por respostas à atual crise, por um espaço plural e aberto de en-
contro que estimule o debate, a reflexão, a troca de experiências e movimentos engajados em ações concretas
pela construção de um outro mundo, mais solidário, mais democrático e justo.
Intensas mudanças têm acontecido no mundo do trabalho, especialmente com a atual crise financeira que
assola todas as partes do globo. A época do pleno emprego foi-se embora com os milhões de dólares de vários
investidores e os financistas engrossam as filas de desempregados em todos os lugares. Na verdade, esta crise
surgiu da ganância dos homens e das pessoas escravas do consumo que têm suas vidas atreladas à posse de
mercadorias, na maioria das vezes, desnecessárias à vida diária.
94
ATIVIDADE
“Não há vagas”
AULA - 15
Você reconhece as frases acima? Elas não foram tiradas de nenhum jornal específico. No entanto, a gente
sabe que elas poderiam muito bem ter sido manchetes de qualquer jornal ou revista nos últimos 20 anos.
Para começarmos, então, a conversa de hoje, vamos refletir um pouco sobre as mudanças que têm acon-
tecido no mercado de trabalho nos últimos anos. Vamos todos puxar pela memória as lembranças de nossos
avós, pais, irmãos etc. para saber como era o mundo do trabalho e como chegamos a tal ponto. Para nos aju-
dar, vamos utilizar a tabela entregue pelo técnico de incubação.
Lembranças à obra, então!
REFLETINDO...
1. Como foi fazer este exercício de olhar para as histórias de trabalho de familiares? Você percebeu alguma
coisa que nunca tinha notado? Se sim, o que?
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2. As histórias das famílias dos colegas de turma são parecidas com a sua? Em quais aspectos?
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3. O que era necessário até os anos 70 para ter um emprego, ou pelo menos um trabalho?
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5. Como você enxerga o mercado de trabalho hoje em dia? Você acha que mudou desde que você começou a
trabalhar? Mudou para melhor ou para pior?
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AULA
Formação Técnica:
15 Principais ferragens - Parte 3
95
Braços articuladores: as ferragens de articulação talvez apresentem a maior variedade entre todas as fer-
ragens para móveis, com dispositivos funcionais e bastantes úteis, com diversos modelos para dezenas de
aplicações. Estas ferragens suprem a necessidade de articulação para abertura e fechamento de portas, com
AULA - 15
garantia de resistência e ótimo acabamento. Podemos então classificar essas ferragens em: braços e dobradiças.
BRAÇOS ARTICULADORES
AULA
15 Formação Prática
Construção de gabinete de cozinha revestido com fórmica em madeira naval: Etapas 13 e 14.
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AULA - 15
AULA
16
Formação Empreendedora:
A economia solidária - Parte 1
Falar do mundo do trabalho hoje em dia até que Já adiantamos a resposta: dificilmente a gente já 97
foi fácil, não? Afinal, a gente tem muitas experiên- pode saber... Por que a economia solidária é um mo-
cias nesse mundo. A gente pode nunca ter parado vimento em construção. O que significa: é mais fácil
com calma para pensar sobre o assunto, mas a gente a gente saber como a gente QUER que ela funcione,
SABE como é que as coisas funcionam porque viveu. do que saber como ela já funciona. Além disso, são
AULA - 16
Mas em relação ao trabalho que ocorre dentro diversas experiências, em diferentes contextos des-
das cooperativas e empreendimentos econômi- se nosso país e isso garante que cada local encontre
cos solidários, será que a gente consegue imaginar o seu jeito de ir fazendo.
como as coisas funcionam? Será que a gente já é ca- Agora chega de conversa e vejamos como são
paz de SABER como é que tudo isso funciona? estas experiências de economia solidária!
A cooperativa está localizada na Zona Norte da mulheres e 2 homens e trabalha em três setores: cos-
cidade de Porto Alegre. O trabalho iniciou em 1995 tura (principalmente camisetas), serigrafia e alimen-
com o objetivo de oferecer uma atividade econô- tação (bolos para festas e jantares sob encomenda).
mica para mulheres sem oportunidade de trabalho. A cooperativa movimenta por mês em torno de R$
Estas mulheres começaram confeccionando lençóis 25.000,00 e cada sócia/o recebe 350 reais mensais.
para o hospital, mas logo partiram para outras fren- Todas/os são moradoras/es de um bairro com
tes, como a produção de multimistura, a confecção forte tradição comunitária. São vizinhas/os, conhe-
de camisetas e uniformes para empresas e, recente- cem-se há tempo e participaram anteriormente de
mente, a serigrafia. Hoje o grupo é composto por 25 lutas e movimentos comunitários. No início as reu-
niões eram realizadas na capela da comunidade e a produção e da remuneração. Hoje o grupo está mais
maior parte do trabalho era feito na casa das asso- coeso e preocupado com projetos mais amplos.
ciadas, pois não havia espaço suficiente para a pro- O marketing da Univens está direcionado às or-
dução coletiva. Através da mobilização para o Orça- ganizações sindicais, movimentos populares, enti-
mento Participativo conseguiram um espaço cedido dades de natureza sociopolítica e eventos, como o
pela Prefeitura, na Incubadora. FSM, campanhas sindicais e eleitorais etc. O grupo
Descobriram que a capacidade é algo que se participa de várias instâncias de articulação: Orça-
adquire de acordo com as oportunidades que vão mento Participativo, Fórum da Economia Popular
tendo na vida e aprenderam a administrar. Compa- Solidária, Etiqueta Popular, Feiras da Economia So-
rado com os primeiros anos houve crescimento da lidária e outras.11
Considerações:
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Formação Técnica:
98
16 Principais ferragens - Parte 4
Dobradiça: a dobradiça é um dispositivo mecânico que conecta dois objetos, permitindo a articulação en-
AULA - 16
tre eles. As dobradiças costumam ser fabricadas em metal, normalmente aço ou latão, mas também em plás-
tico e alumínio. Geralmente contém duas peças, cada uma delas fixada a um objeto interligadas por um pino/
eixo que permite a articulação. Podemos encontrá-las facilmente em portas tradicionais, janelas e móveis de
acordo com a seguinte classificação:
Para portões
Usos especiais
AULA - 16
Janela hamburguesa Porta pivontante (giratória) Dobradiça piano - móveis
Dobradiças Invisíveis: estas ferragens são indicadas para articulação de portas, tampos e divisórias de pe-
quenos objetos e móveis, proporcionando um acabamento totalmente invisível, por sua instalação embutida.
Dessa forma, podemos destacar estes componentes como elementos de acabamento indireto, já que só os
veremos ao abrir ou movimentar o objeto.
AULA
17
Formação Empreendedora:
A economia solidária - Parte 2
O programa Pão Sol - Segurança Alimentar foi desenvolvido para que a população mais necessitada de Osasco
ampliasse suas opções de trabalho. Seus objetivos e metas consolidaram a criação da Padaria Popular Solidária.
Trata-se de um espaço de capacitação técnica na área da alimentação e incubação de empreendimentos.
O objetivo é tornar esse equipamento uma referência na alimentação em Osasco e região.
Conclusões:
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Em agosto de 1999, foi organizada no Bairro xas (aluguel, eletricidade, água, telefone etc.).
Novo, periferia sul de Curitiba, a Feira dos Produ- Há uma escala de revezamento na loja, com
tores, com aproximadamente 60 feirantes, tendo cada um dos produtores atuando alguns dias por
apoio da Associação de Moradores local, com a mês como vendedores.
finalidade de comercializar diretamente os seus O espaço tem sido divulgado nas comunidades
produtos. Todos buscavam comprar os produtos da região e o volume de vendas vem aumentando
uns dos outros, contribuindo assim para garantir as aos poucos. O faturamento do empreendimento vem
vendas de cada um. A feira funcionava somente aos crescendo a cada mês. Em março, mês da inaugura-
sábados e na rua, exposta a chuvas, ventos e outras ção, a receita foi de R$ 900,00; em abril saltou par R$
intempéries. Após alguns meses de funcionamento 1.600,00 e na primeira quinzena de maio já alcançou
as dificuldades foram se alargando. Alguns feiran- R$ 1.000,00 com a previsão de atingir o final do mês
tes tinham pouco apoio da família. Outros não que- com um faturamento superior a R$ 2.000,00.
riam montar barracas para aqueles que chegavam Alguns produtores (no setor de alimentação e
mais tarde, e assim, aos poucos o número de feiran- confecções) têm um faturamento que lhes permi-
tes foi diminuindo. Por fim, restaram doze. Estes, en- te manter-se no ponto. Outros três - um que pro-
tão, decidiram estruturar um ponto permanente de duzia bolsas e outros dois que trabalhavam com
comercialização. artesanato -, tendo um volume menor de vendas,
Assim, em março de 2000, convidaram outros preferiram sair do empreendimento, uma vez que
produtores, alugaram um conjunto comercial no os custos compostos pela taxa, deslocamento e ali-
Bairro Novo e montaram a Rede Sol, atuando nas mentação (nos dia de permanência) chegavam a
áreas de confecções, artesanato, utilidades do- quarenta reais.
mésticas, armarinhos, conveniências, alimentação, Alguns dos participantes estão integrados em
plantas, ornamentação e aviário. outros espaços de economia solidária e participam
Participam do empreendimento cerca de 20 pro- de cursos de formação para qualificar a sua atua- 101
dutores ou comerciantes. Cada qual contribui com ção como empreendedores em uma perspectiva de
uma taxa mensal de 20 reais que cobre despesas fi- economia solidária. 12
Conclusões:
AULA - 17
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Fonte: http://www.milenio.com.br/mance/balanco1999.htm.
AULA
Formação Técnica:
17 Principais ferragens - Parte 5
Dobradiças de pressão para móveis: feitas em aço, são fabricadas geralmente com aberturas de 110o
(graus), podendo ser encontradas em outros ângulos como os de 45o (135o), 130o e 160o, entre outros. O diâ-
metro do caneco é de 35 ou 26 mm, porém há canecos maiores para casos especiais e a profundidade média
do caneco de 11,3 mm. Existem dobradiças retas, curvas e supercurvas, que servem para diferentes aplicações
em portas de móveis e dependerão somente do modelo e ambiente em que serão instaladas, com diferentes
fechamentos e aberturas.
Reta
Vantagens:
Fácil de instalar.
Fecho próprio graças à pressão mecânica.
Regulagem caso a porta perca o alinhamento.
Amortecimento para linhas especiais. Curva
Fácil de trocar.
Desvantagens:
Custo elevado de acordo com o modelo.
102
Sem manutenção caso haja perda da pressão.
Alta
Menor vida útil se comparada às de pino tra-
dicionais.
AULA - 17
AULA - 17
Imagens: Google Imagens, 2015.
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AULA - 17
Dobradiças angulares especiais: dobradiças para usos especiais devido ao nível de abertura que cada
tipo permite, ou seja, usadas para móveis especiais quando se quer a abertura das portas em ângulos fora do
padrão tradicional de 110º graus. A partir disso, podemos escolher entre dobradiças curvas e esta, que propor-
cionam aberturas que podem variar entre 25º a 260º.
AULA
18
Formação Empreendedora:
A economia solidária - Parte 3
O Loteamento Cavalhada é um assentamento de são tomadas pela diretoria, e é realizada uma as-
famílias que foram retiradas de zonas consideradas sembleia sempre que necessário para discutir o an-
de risco pela Prefeitura de Porto Alegre. A unidade damento do trabalho o planejamento e questões
de reciclagem, que iniciou suas atividades no final fundamentais.
de 1996, foi a forma encontrada para proporcionar A Unidade proporciona aos seus participantes
às famílias deslocadas uma atividade econômica. renda média de R$ 360,00 a 400,00, além da possi- 105
Trabalham na unidade 46 pessoas. bilidade de gestão do seu próprio trabalho. Muitos
O trabalho se realiza num galpão de alvenaria de dos integrantes da Unidade anteriormente sobrevi-
550 m², equipado com quatro prensas e duas balan- viam catando papel nas ruas da cidade e agora tra-
ças. Com exceção de uma prensa, doada pela AVI- balham com muito mais segurança, menor esforço
PAL, todos os investimentos foram feitos pelo setor físico e maior retorno econômico. Em comparação
AULA - 18
público (SMIC e DMLU). O trabalho consiste em se- com os dados da primeira pesquisa, os associados
parar os resíduos que são trazidos pelos caminhões se encontram hoje numa situação melhor. Aumen-
da coleta seletiva, prensá-los e enfardá-los para a tou sua remuneração, eles têm hoje uma conta ban-
comercialização. Ocorre um revezamento nas diver- cária com cartão para receber o pró-labore e fazer
sas atividades, sendo que todos os participantes são compras, quase todos já sabem escrever o seu nome
aptos a realizarem todas as tarefas. e a grande maioria continua estudando.
O contrato com a Prefeitura oferece escolari- Hoje, eles têm atividades de lazer, montaram
zação para todos os catadores que não possuem uma banda de Rap, um time de futebol e um grupo
ensino fundamental básico. Organizado em forma de teatro que dá palestras sobre a importância de
de associação, o grupo tem uma direção eleita por separação e tratamento do lixo, para preservação do
dois anos, que pode ser reeleita. Atualmente são meio ambiente. Participam de diversos movimentos
representados pela Federação dos Recicladores em sociais, da associação do bairro e do Orçamento Par-
nível estadual e nacional. As decisões do cotidiano ticipativo para o qual elegeram um conselheiro.13
Conclusões:
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AULA
Formação Técnica:
18 Principais ferragens - Parte 6
Corrediças: as corrediças servem para melhorar o desempenho do abrir e fechar das gavetas, já que po-
dem ser constituídas de roldanas, esferas, molas e engrenagens, agilizando e suavizando estes movimentos.
Diferente de simples guias de madeira ou plástico, algumas corrediças permitem a total abertura das gavetas,
mantendo-as firmes e sem cair quando abertas. Feitas em aço, de acordo com o modelo, podem ser banhadas
em epóxi, inox ou zincadas, capazes de suportar ações do tempo, evitando oxidações. Capaz de sustentar
grandes cargas, sua capacidade estrutural varia de 15 a 100 quilogramas, isto é claro, levando em consideração
a corrediça adequada para o tamanho da gaveta e a carga colocada sobre ela.
Corrediça telescópica: corrediça moderna, pos- sentido vertical, proporcionando gavetas maiores
sui design inovador e funcionalidade e resistência com mais aproveitamento do espaço interno. Sua
superior à corrediça de roldana, graças a seu corpo espessura é pouco maior em relação à corrediça de
reforçado em aço inox e sistema de esferas que per- roldana, com 12,7 mm, totalizando 25,4 mm, costu-
mite uma fácil instalação e deslize sutil, eliminando mando-se arrendondar para 25,5 mm, mantendo
qualquer tipo de movimentação inadequada da uma gaveta sólida, mas com abertura suavizada.
gaveta. Disponíveis nos tamanhos de 250 mm, 300 Vale ressaltar que temos dois tipos de corrediças
mm, 350 mm, 400 mm, 450 mm, 500 mm, 550 mm e telescópicas, diferenciando-se unicamente pela lar-
600 mm, suporta cargas de até 100 kg por par. Dife- gura e mínima diferença no formato. Assim temos a
rente da corrediça de roldana, esta trabalha com um corrediça tradicional de 45 mm de largura e corredi-
espaçamento menor entre gavetas, com 10 mm no ça light de 35 mm.
107
AULA - 18
Com o passar dos anos estas corrediças sofreram algumas intervenções para melhoria de sua funcionalida-
de, principalmente no quesito abertura e fechamento. Assim, ganhou um novo sistema, disposto por molas e
engates, que juntamente com as esferas proporcionam dois tipos de aberturas:
Fecho com amortecimento: sistema que permite um fechamento suavizado da gaveta evitando batidas
e garantindo mais vida útil tanto à gaveta quando à própria corrediça.
Fecho com amortecimento e disparador para abertura rápida: sistema que permite a abertura da gave-
ta com apenas um toque ao centro da mesma, eliminando a necessidade de instalar puxadores.
Importante destacar que este sistema de amortecimento e disparadores foi trazido a esta corrediça com
a finalidade de garantir sofisticação a uma corrediça mais simples e de preço mais acessível, mesmo apresen-
tando bom desempenho em resistência e qualidade na abertura de gavetas. Vale lembrar que este sistema
foi criado a partir de um modelo de corrediça de alto padrão de funcionalidade e estética, conhecido como
corrediças invisíveis, de valor agregado muito mais alto, impossibilitando a comprar para pequenos projetos
de marcenaria sob medida.
Amortecimento e Disparador
Amortecimento
título de invisível pelo fato da mesma ser instalada tidas, garantindo sobrevida tanto à gaveta quando
abaixo da caixa da gaveta. Por ser uma ferragem à própria corrediça por ser fabricada com material
de custo elevado, ela está presente somente em de alta resistência. Confeccionado com sistema de
móveis de alto padrão de acabamento. Seu com- trilho em pequenas catracas e molas, essa corre-
primento pode variar em 300 mm, 350 mm, 400 diça promove uma abertura total da gaveta, sem
mm, 450 mm, 500 mm e 550 mm, podendo supor- inclinar ou sair dos trilhos.
Slowmotion
Imagens: Google Imagens, 2015.
One touch (disparador em um toque): neste sistema a abertura da gaveta é obtido com um toque ape-
nas no centro da gaveta. Com seu sistema de disparadores de pistão e molas ajustáveis para amortecimento,
também é possível fechá-la a partir do mesmo toque. Assim, a instalação de puxadores não se faz necessária e
impactos nos montantes do móvel são improváveis.
One touch
AULA - 18
AULA
19
Formação Empreendedora:
A economia solidária - Parte 4
A experiência tem suas origens na ocupação da Todos são católicos, mas se denominam um grupo
Fazenda Santa Marta, no Município de Santa Maria, ecumênico, pois receberam apoio das Igrejas Católi-
em 1991. Na época, cerca de 3600 famílias ocupa- ca, Anglicana, Luterana e Metodista.
ram a área, pertencente ao Governo do Estado, e O grupo procura manter sua posição no assen-
nos anos seguintes lutaram por melhorias no local. tamento, concorrendo com outras padarias de fora.
Para combater o problema da falta de emprego, 6 Para isso, mantém os dois vendedores dando aten-
famílias iniciaram o projeto de uma padaria comu- dimento constante aos pequenos estabelecimentos
110 nitária, atividade na época inexistente no local, e próximos. Outras formas de comercialização rea-
deram origem ao GESMA. lizadas pelo grupo são a venda no local da produ-
Na fase atual, trabalham no GESMA 8 pessoas, de ção, onde há um espaço especialmente para isso,
4 famílias diferentes. Todas essas pessoas são mora- o fornecimento de lanches para entidades, como
dores do assentamento, com alguma qualificação sindicatos e pastorais, e a participação nas feiras
profissional, e que se encontravam desempregadas. organizadas pela COOESPERANÇA. É através desta
AULA - 19
Das oito pessoas, seis trabalham na produção e ven- organização, inclusive, que se articulam com ou-
da no local da padaria e as outras duas atuam na tros grupos para troca de experiências. Os recursos
distribuição e venda para outros comerciantes. Tra- para compra de equipamentos e construção do pré-
balham com escalas variáveis de horário, visto que a dio foram financiados pela Cáritas Regional e pelo
produção e venda de pães exige trabalho nas mais Projeto Esperança de Santa Maria, sendo que este
variadas horas do dia e da noite. último proporcionou aos participantes também um
Todos os participantes são moradores do assen- curso de panificação.
tamento. A experiência de entre-ajuda foi forjada na A remuneração dos participantes na época era
própria luta pelo assentamento e suas melhorias. entre R$ 200,00 e R$ 250,00.14
Conclusões:
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AULA
Formação Técnica:
19 Principais ferragens - Parte 7
Trilho e sistema de correr: esses sistemas per- Essa união de elementos promove o deslize das
mitem que portas sejam abertas por deslocamento portas, que podem ser instaladas em qualquer ta-
horizontal, ou seja, deslizando sobre a ferragem a manho, observando somente o tipo de sistema de
partir de trilhos + roldanas, perfis + roldanas, trilhos correr, para que assim as portas tenham o desconto
+ rolamentos esféricos ou trilhos + rodízios. para sua dimensão final correta.
111
AULA - 19
Móveis - Roldana Embutida
AULA
20
Formação Empreendedora:
A economia e seus �ndamentos -
Parte 1
O principal objetivo desta aula é apresentar aos participantes do curso um modelo comparativo dos pro-
cessos de geração de trabalho e renda, favorecendo o desenvolvimento da consciência crítica.
Relação com outras empresas Redes para diminuir custos, mas de Redes para melhoria das formas
caráter concorrencial de inserção
Fonte: 25 anos de Economia Popular Solidária. Brasília: Cáritas Brasileira, 2006, p. 16.
(15) A tabela comparativa que ora apresentamos foi elaborada com base no quadro extraído da cartilha 25 anos de Economia Popular
Solidária, publicação da Cáritas Brasileira, Brasília, 2006, Série Cartilhas n. 2, p. 16.
AULA
Formação Técnica:
20 Principais ferragens - Parte 8
Dispositivos de montagem: estes dispositivos que funcionem devidamente como foram projeta-
foram criados para facilitar a montagem e desmon- dos. Desta maneira, observar o manual de instru-
tagem de móveis, garantindo praticidade, agilidade, ções de uso é essencial e, para algumas delas, pode
ótima resistência e estética. Contudo, é importante ser conveniente criar ou adquirir alguns gabaritos
conhecer bem o dispositivo, pois alguns necessitam de montagem, pois facilitam muito a vida do profis-
de alta precisão no momento de instalação, para sional no dia-a-dia da marcenaria.
Conectores de Montagem
Girofix Rastex Tambor
113
Conectores de Prateleira
AULA - 20
Pino + Tubo Cadeira Tubinho Pino Chato Invisível
Conectores - Cantoneiras
Multiuso
Cantoneira L Fixação de Armário
AULA
21
Formação Empreendedora:
A economia e seus �ndamentos -
Parte 2
“Economia Solidária surge como um modo de produção e distribuição alternativo ao capitalismo, criado e
recriado periodicamente pelos que se encontram (ou temem ficar) marginalizados do mercado de trabalho.”
(Paul Singer)
A proposta da Economia Solidária não sur- assalariados que se associam para adquirir
ge da formulação teórica de intelectuais da em conjunto bens e serviços de consumo,
114
Universidade, mas da experiência prática de visando ganho de escala;
trabalhadores que ao longo da história, em pequenos produtores e assalariados se asso-
diversos países, vêm procurando alternativas ciam para reunir suas poupanças em fundos
frente à desigualdade e à marginalização pro- rotativos que lhes permite obter emprésti-
duzidas pela competição e relações de subor- mos a juros baixos.
AULA - 21
do assim um setor econômico que gera renda Rede Unitrabalho, que a precedeu.
para cada vez mais trabalhadores. Movimentos sociais também fazem parte
desse resgate da proposta do cooperativismo
Atuam do movimento de Economia e da Economia Solidária. Dentre eles, mais
Solidária no Brasil hoje: reconhecidamente, está o Movimento dos
Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), que
Cooperativas industriais; assentou centenas de milhares de famílias
Empreendimentos populares; e organizam diversos tipos de cooperativas,
Movimentos sociais; criando uma escola de formação de técnicos
Sindicatos; em cooperativismo.
Fóruns Municipais, Estaduais e Fórum Brasi- O envolvimento dos sindicatos, principal-
leiro de Economia Solidária; mente através da defesa dos trabalhadores
Políticas públicas de fomento à Economia de empresas em processo falimentar foi cres-
Solidária; cendo, à medida que diminuiu a resistência à
Secretaria Nacional de Economia Solidária ideia de uma luta diferente da habitual contra
(SENAES). os patrões, mas a luta pela garantia do traba-
lho e da renda para cooperados. Na CUT, por
Existem hoje centenas cooperativas in- exemplo, foi criada a Agência de Desenvol-
dustriais do setor metalúrgico, de mineração, vimento Solidário (ADS-CUT), que apoia as
de confecção, de produção de máquinas, de cooperativas formadas através de técnicos e
produção de artefatos de couro, agrícolas, en- projetos para segmentos.
tre outras. Essas cooperativas foram em geral Todas essas iniciativas começaram a ga-
formadas através de processo falimentar das nhar identidade política no 1º Fórum Social
empresas originais em que trabalhadores, Mundial em que se estabeleceu a necessida-
com apoio de assessores sindicais, conse- de de organizar Fóruns Municipais, Estaduais
guem se apossar da massa falida da empresas e Fórum Brasileiro de Economia Solidária, do
formando cooperativas, salvando postos de qual participam empreendimentos, agências
trabalho. Essas cooperativas estão organiza- de fomentos, movimentos sociais, represen- 115
das em associações, principalmente a ANTE- tantes do poder público e parlamentares.
AG (Associação Nacional de Trabalhadores de Atualmente, há no Ministério do Trabalho
Empresas Autogestionárias e de Participação e Emprego a Secretaria Nacional de Economia
Acionária) e a UNISOL BRASIL (União e Solida- Solidária (SENAES/MTE), dirigida pelo Profes-
AULA - 21
riedade das Cooperativas Empreendimentos sor Paul Singer. Essa secretaria tem o papel de
de Economia Social do Brasil). articulação de políticas públicas, e atualmente
Os empreendimentos populares são assim desenvolve o mapeamento da Economia So-
chamados por serem constituídos por pesso- lidária, o que nos dará a dimensão do número
as das camadas mais pobres, em geral sem de empreendimentos existentes e permitirá o
capital, por iniciativa própria da comunidade desenho de políticas públicas mais adequadas.
ou pela participação em programas de políti- Além disso, apoia projetos em regiões estraté-
cas públicas. Para apoiar a constituição desses gicas e articula parceiros do próprio governo
empreendimentos foram criadas Incubadoras federal para o desenvolvimento de projetos. No
Universitárias em diversos estados brasileiros, âmbito municipal, houve diversas experiências
em universidades públicas e particulares. Em de políticas públicas, com diversos desenhos,
1999, foi criada a Rede Universitária de Incu- de fomento à Economia Solidária, no Rio Gran-
badoras de Cooperativas Populares, além da de do Sul, Pernambuco, Ceará e São Paulo (...). 16
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3. Você concorda que a partir dos anos 80 houve muitas mudanças que contribuíram para que a economia
solidária surgisse? Quais principais mudanças você destacaria?
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4. O que estava acontecendo na sua vida profissional nesse período do final dos anos 70 e início dos anos 80?
AULA - 21
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5. A partir da leitura do texto, quais atividades você identificaria à economia solidária, além dos empreendi-
mentos econômicos solidários?
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AULA
Formação Técnica:
21 Principais ferragens - Parte 9
Complementares funcionais decorativas: nal dessas ferragens depende primeiro delas mes-
estas ferragens, além funcionais, em sua maioria mas, para depois serem instaladas com êxito nos
são projetadas para complementar o móvel, pro- móveis, cumprindo sua função. Dentre as ferragem
porcionando beleza e sofisticação. Essas caracterís- funcionais decorativas podemos destacar: puxado-
ticas podem ser ou não geradas de acordo com o res, pés e pernas, mãos francesas, aramados, supor-
formato e a materialidade, já que o acabamento fi- tes de cabide, etc.
Mão Francesa
117
AULA - 21
Puxador de Concha Puxador de Barra
AULA
22 Formação Empreendedora:
A história confirma
O Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES) das recuperadas pelos/as trabalhadores/as); agri-
estrutura-se de forma a garantir a articulação entre cultores familiares; fundos solidários e rotativos de
três segmentos do movimento de Economia Solidá- crédito (organizados sob diversas formas jurídicas e
ria: empreendimentos solidários, entidades de as- também informalmente); clubes e grupos de trocas
sessoria e fomento, e gestores públicos. solidárias (com ou sem o uso de moeda social, ou
Denominamos de empreendimentos solidários moeda comunitária); redes e articulações de comer-
as diversas formas concretas de manifestação da cialização e de cadeias produtivas solidárias; lojas
Economia Solidária, que são de uma riqueza e diver- de comércio justo; agências de turismo solidário. Os
sidade consideráveis. Os empreendimentos solidá- empreendimentos solidários caracterizam-se por se
rios são os principais protagonistas e público-alvo basearem nos princípios e valores expressos na Car-
do FBES, compondo a maioria da representação em ta de Princípios da Economia Solidária, dos quais se
todas as instâncias decisórias do FBES. destacam o exercício da autogestão na sua organi-
Vale citar algumas formas de manifestação da zação interna e o fato de serem suprafamiliares com
Economia Solidária, para se perceber a magnitude e caráter de atividade econômica.
heterogeneidade do segmento de empreendimen- Outro segmento do movimento consiste nas en-
tos solidários: cooperativas, associações populares tidades de assessoria e fomento, que normalmente
e grupos informais (de produção, de serviços, de se organizam na forma de associações sem fins lucra-
consumo, de comercialização e de crédito solidário, tivos (ONGs) ou universidades (incubadoras tecnoló-
nos âmbitos rural urbano); empresas recuperadas gicas e grupos de extensão) e prestam serviços de
de autogestão (antigas empresas capitalistas fali- apoio e fomento aos empreendimentos solidários,
seja na forma de ações de formação (tanto técnica composto por representantes de governos munici-
quanto econômica e política), seja na forma de apoio pais e estaduais que tenham em sua gestão progra-
direto (em estrutura, assessoria, consultoria, elabora- mas explicitamente voltados à Economia Solidária.
ção de projetos e/ou oferecimento de crédito) para a Este segmento se faz representar nacionalmente
incubação e promoção de empreendimentos. por uma rede de gestores públicos, que tem cadeira
O terceiro segmento do movimento de Econo- na Coordenação Nacional do FBES como uma das
mia Solidária brasileiro é o de gestores públicos, entidades/redes nacionais.17
AULA
Formação Técnica:
22 Colas
As colas são componente químicos que proporcionam aderência de peças, podendo exercer pega/secagem
rápida, média ou lenta, isto devido as propriedade da tipologia de cada cola. Na marcenaria é essencial a utili-
zação de colas para o trabalho do dia-a-dia, seja para revestimentos, colagem de estruturas, correções de aca-
bamentos e montagem de gabaritos. Contudo de acordo com cada trabalho que será executado é altamente
importante que o profissional fique atento as tipologias de cola criadas para colagem de elementos, vejamos:
Cola de Contato: esta cola é essencialmente Cola Branca PVA: versátil, está cola é mais uti-
utilizada para a colagem de revestimentos gerais da lizada na marcenaria, sendo uma das mais antigas
madeira, como Laminados Melamínicos, Laminado criadas. Solúvel em água, a cola pva proporciona alto
de Madeira, Laminado Pet, Fita de Bordo, pvc, os, desempenho de estruturas de madeiras maciças e
acrílico e chapas finas de madeira. Por ser uma cola artefatos gerais, onde através de encaixes bem exe-
de pega média, ou seja, permite que em poucos cutados, pode-se se eleminado pregos e parafusos
minutos ambas as peças sejam conectadas, permi- e somente trabalhar com a resistência da mesma.
te uma produção mais acelerada, porém esta colas Porém sua secagem é lenta, com média 12h a 24h 119
não deve ser utilizada para colagem de estruturas, de cura, isto de acordo com complexidade do arte-
isto porque não foi desenvolvida para exercer mo- fato. Recomenda-se umedecer o local da união dos
vimentação e dilatação, causando a descolagem e elementos para melhor aderência e resistência geral
rompimentos dos elementos unidos. do artefato após a cura e dependendo é necessário
Cola de Contato Instantaneo: esta cola foi
AULA - 22
utilizar prensas artesanais, grampos e sargentos.
desenvolvida para colagem de pequenas estruturas Cola PU: está cola permite altíssimo desempe-
que não exerçam movimentação, ou seja, engrosso nho de colagem de estruturas que exijam grandes
de tampos, prateleiras, correções de cantos quebra- esforços, como portas e portões de madeiras, jane-
dos e colagem por sobreposição. Possibilitando rá- las, assoalhos, decks, batentes, pisos laminados, etc.
pida secagem, com aderência instantânea, trabalho Sua consistência assemelha-se a uma pasta, sen-
com mdf, com montagem de moveis modulados e do necessário a utilização de prensas para que os ele-
montagem de gavetas torna-se imensamente útil, mentos se ajustem e promovam uma aderência mais
por permitir manejo do artefato ao mesmo tempo. eficiente para uma essencial resistência estrutural.
ATIVIDADE
Responda: De acordo com atividade prática exercida, descreva em qual momento foi necessário a utilização
de algumas das colas apresentadas.
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(17) Fonte: Verbete “Economia Solidária”, publicado na Wikipédia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia
solid%C3%A1ria#A_Economia_Solid.C3.A1ria_no_Brasil.
AULA
23
Formação Empreendedora:
Uma outra economia é p�sível
Vamos exercitar o raciocínio e a visão crítica sobre os processos de construção de economia solidária no
Brasil, o papel das entidades de assessoria e fomento e sua importância para o segmento.
No encontro passado a tivemos contato com a história da economia solidária. Para a gente começar o dia hoje,
vamos pôr nossas cabeças para funcionar testando nossa memória.
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2. Será que existem atividades e tarefas em que “muitas cabeças” não são necessárias? Quais?
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ATIVIDADE
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2. Será que existem atividades e tarefas em que “muitas cabeças” não são necessárias? Quais?
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DAS UTOPIAS
AULA
Formação Técnica:
23 Orçamento
Desde tempos remotos o homem executa ta- mente no custo da matéria-prima. Isso é uma
refas para seu beneficio e sobrevivência, transfor- roubada e você entenderá o porquê.
mando assim matéria-prima em algo útil, como Nunca faça suas compras sem ter toda a lista
utensílios, armas, ferramentas e objetos diversos, anotada no papel. Isso evita perda de tempo e
como móveis e roupas. Com o tempo aprimorou- garante o acerto no preço final.
-se o estudo dessas áreas, transformando esses ho- Só a experiência vai poder dizer quantas ho-
mens em verdadeiros mestres em diferentes profis- ras de trabalho serão gastas para realizar cada
sões, como carpinteiro, pedreiros, ferreiro, alfaiate, serviço e isso ninguém melhor do que você
arquiteto, marceneiro, agricultor etc. A partir do para saber.
pequeno aglomerado civil, há a formação das pe-
quenas cidades, possibilitando a esses habilidosos Vamos aos cálculos! Para fazer um orçamento,
homens meios de se promoverem pela prestação você vai precisar saber quanto seu produto custa
de serviços, já que a população crescia a cada ano realmente. Para isso é preciso entender as bases do
e poucos profissionais havia no local. Assim temos real valor do produto/serviço:
o marceneiro, como tantos outros que passaram a
trabalhar na cidade, abrindo suas oficinas a fim de O custo da matéria-prima (madeira, cola, lami-
oferecer os melhores produtos e serviços de essen- nados, pregos e cia, etc.).
cial importância, para o crescimento e o desenvol- O custo/hora de sua marcenaria.
vimento da cidade. O número de horas gastas para produzir ou
Até o surgimento da moeda, o que se tinha restaurar.
como forma de pagamento era a troca, seja de O custo da mão de obra.
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“bens” por “bens” ou de “bem” por “bens”. Todavia, O custo de comercialização do produto.
quando a cidade passa a ser algo maior do que O lucro que você deseja ter.
uma simples quantidade de casas ladeadas por
uma via principal e passa a ultrapassar os limites Etapa 1: calcular a matéria-prima
do terreno, a competitividade aparece e novos
AULA - 23
profissionais chegam para acirrar a disputa de me- A matéria-prima será todo o material direto
lhores preços. As moedas – de ouro, prata e bronze que estará envolvido na produção do objeto ou na
– passam a ser o principal modo de pagamento, o prestação do serviço. Aqui, juntamente com papel
que faz com que todos os que vendem seus pro- e caneta, você anotará tudo que será gasto na con-
dutos e serviços planejem o quanto estes mesmos fecção ou prestação de serviço analisando o proje-
valerão dentro do padrão econômico vigente. As- to requisitado. Após isso basta pesquisar o melhor
sim, surge o orçamento. preço ou simplesmente fazer a cotação com seu
O orçamento tem o papel de programar os cus- fornecedor.
tos de produção: matéria-prima, mão de obra, cus-
tos gerais de produção e lucro, de forma que, tanto Etapa 2: custo/hora da marcenaria
o profissional que oferece o produto/serviço quanto
o cliente que o recebe possam ser beneficiados por Este custo é o valor que você tem de gastar
um preço justo, sem perdas para ambas as partes. para manter seu negócio funcionando, ou seja, o
Por mais simples que seja elaborá-lo, muitos pro- custo de manutenção e funcionamento da mar-
fissionais de diferentes ramos acabam tendo enor- cenaria. Este cálculo é efetuado apenas uma vez
me dificuldade para calcular ou organizar os custos e será recalculado caso haja alteração de um ou
que envolvem a produção ou prestação de serviço, mais custos fixos.
o que faz com que percam dinheiro ou até declarem Para calcular o custo/hora de sua marcenaria
falência, mesmo fazendo um serviço de ótima quali- você vai precisar saber quais são os seus custos
dade. Por isso, vale destacar algumas dicas: fixos e qual o total de horas de trabalho disponí-
veis na mesma, ou seja, quantas horas sua oficina
Nunca dê um orçamento baseado simples- dispõe para produção ou restauro de móveis. Os
custos fixos são aqueles que você tem que desem- Etapa 4: custo de comercialização
bolsar todo o mês, como aluguel, luz, água, tele-
fone, material de limpeza, manutenção, todos os Esse custo está ligado diretamente às taxas de
salários (incluindo o seu pró-labore – salário do comercialização empregadas em microempresas e
proprietário) e os encargos sociais (FGTS, INSS, fé- microempreendedores individuais, que têm CNPJ,
rias, 13º salário, abono). Para saber o total de horas sendo necessário a emissão da nota fiscal (sendo
de trabalho disponíveis na sua empresa, calcule o um tributo comumente lançado em valor percen-
número de funcionários que trabalham incluindo tual). São impostos como ICMS, PIS, COFINS, Con-
você. Assim, teremos a seguinte média: tribuição Social, etc., mais as comissões que você
pagará ao arquiteto e/ou decorador e o valor gasto
Cada um trabalha 8 horas por dia, 5 dias por com transporte.
semana e 4,5 semanas em média por mês
Etapa 5: lucro
Desta maneira, temos o seguinte cálculo:
(N° de funcionários) x 8 x 5 x 4,5 = X O lucro é algo a ser pensado individualmente
pois somente o profissional sabe o quanto quer lu-
X = horas trabalhadas mensalmente por sua empresa crar com o serviço prestado. Contudo não exagere,
nem deixe por pouco. Uma base muito usada e re-
Etapa 3: custo de produção para o produto/serviço comendada pela consultoria Sebrae é de 20% a 40%
sobre o valor calculado até o momento. Lembre-se
Obtendo os primeiros dados, basta somar o cus- que esse lucro é líquido, já que todos os custos fo-
to total da matéria-prima e o custo de mão de obra ram incluídos nas contas.
sobre o produto/serviço, para assim obter o valor
necessário para realizar o trabalho. Assim, temos o Etapa 6: cálculo final
seguinte cálculo:
Enfim o momento mais aguardado, pois aqui
(N° horas trabalhadas) x (R$ custo/hora) + encontramos o valor correto para o nosso produto/
(R$ custo da matéria prima) = Y serviço. Para facilitar, existe uma fórmula fácil de ser
122 Y = custo de produção para o produto/serviço usada para calcular sem muita dificuldade o preço
final para o seu orçamento:
ATIVIDADE
Vamos ao Orçamento! Para exemplificar usaremos o móvel que fabricamos durante o curso de marcenaria.
Seguiremos as etapas na sequência vista acima para assim chegarmos a meta final que é obter o preço defini-
tivo do móvel, com todos os custos, inclusive com o lucro. Ótimo trabalho e vamos aos cálculos.
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