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1 - Medicina Legal - Aula - Alunos - 2019 PDF
1 - Medicina Legal - Aula - Alunos - 2019 PDF
O magistrado questiona ainda se o sangue encontrado nos cortes indica que a vítima estava viva
quando foi desmembrada. Os peritos respondem que a presença de sangue verificada pode ter
"ocorrido após a secção de vasos calibrosos mesmo depois da morte".
O laudo ressalta que o importante não é esse sangue, mas aquele que ficou infiltrado nos
"tecidos da borda lesada que delineia a reação vital", segundo o texto. O documento informa, na
sequência, que não é possível determinar por qual parte do corpo começaram os cortes.
O magistrado perguntou ainda: "há outros sinais vitais, ou seja, de que a vítima ainda estava viva
quando dos cortes efetuados no corpo?". Os peritos citam o estado do cadáver como um dos
complicadores para análise.
“A avançada putrefação impediu a identificar qualquer tipo de reação vital”, respondem os
legistas no documento.
O juiz indaga: "A eventual existência de sangue nos pulmões deveu-se exclusivamente ao
movimento do diafragma da vítima, ou pode, em casos que tais (inclusive com degola) ser
proveniente de outra causa?".
Os peritos apontam que o tiro pode ter causado a presença de sangue nos pulmões. "O sangue
encontrado nos brônquios provavelmente resultou em aspiração enquanto a vítima permanecia
inconsciente. O sangue pode ter sido originado do trauma da fossa anterior do crânio lesado pelo
projétil, que tem comunicação com as vias aéreas", escreve a perícia.
03/03/2019 Prof.: Laercio Veloso 26
Um ano antes, o médico legista Beltrano, do IML em xxx, escreveu no
laudo necroscópico que Fulano morreu por asfixia porque aspirou o
próprio sangue quando teve o pescoço cortado.
Quando o primeiro exame foi feito, a cabeça de Fulano ainda não tinha
sido encontrada. Por isso, não era possível descobrir que a vítima tinha
sido baleada. Além disso, o perito acreditava que a vítima era branca.