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ODONTOLOGIA

Documentos Odontolegais
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DOCUMENTOS ODONTOLEGAIS

LEGISLAÇÃO, TIPOS, CONCEITOS CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS

DOCUMENTOS MEDICOLEGAIS E ODONTOLEGAIS

• Documento é todo registro escrito com finalidade de reproduzir e representar um pen-


samento. São de interesse da justiça: notificações, atestados, relatórios e pareceres;
• Notificações são comunicações compulsórias feitas pelos profissionais às autorida-
des competentes, por necessidade social ou sanitária, sobre doença infectoconta-
giosa, morte encefálica, crime de ação pública (por exemplo, maus-tratos a menores)
ou fato profissional (como acidente de trabalho);
• Atestado é a declaração escrita de determinado fato médico e suas possíveis con-
sequências. Resume, de forma objetiva, o resultado da avaliação realizada em um
paciente, o teor da sua doença ou sua sanidade;
• Relatório médico-legal é a descrição objetiva de uma perícia médica, que tem por fina-
lidade responder à solicitação de uma autoridade. Laudo é um tipo de relatório elabo-
rado por perito(s) após os exames que julgar(em) convenientes. O auto difere do laudo
na medida em que seu conteúdo é ditado, diante de testemunhas, a um escrivão.

Quanto ao documento, normalmente, consideram-se os registros escritos. No entanto, há


a possibilidade de documentar determinada situação que está acontecendo por meio de um
vídeo gravado ou de um áudio. Com base nas referências bibliográficas do livro do professor
Genival Veloso de França e no livro do professor Vanrell, documento é todo o registro escrito
com a finalidade de reproduzir e representar o pensamento.
Além das notificações, atestados, relatórios e pareceres, é de interesse da Justiça, con-
forme Genival Veloso de França, o depoimento oral, como sendo um documento médico
legal. Nesse caso, também poderia incluir o prontuário, sendo que, sobre isso é importante
estar atento à Lei n. 13.787/2018, que trata do tempo de guarda de prontuário e da digitali-
zação desses documentos. Dessa forma, como o edital cita legislação, é preciso estar atento
a esta lei.
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Quanto às notificações, se for documentos médicos, quem faz a comunicação são os


médicos. Porém, se for documentos odontolegais, essa responsabilidade é dos dentistas.
Portanto, o médico ou dentista faz o documento e encaminha às autoridades competentes.
É relevante ressaltar que nos casos de necessidade social ou sanitária, doença infectoconta-
giosa, morte encefálica ou crime de ação pública, as notificações são obrigatórias. Por exem-
plo, os maus-tratos a menores correspondem a crimes de ação pública. Já o fato profissional
pode ser um acidente de trabalho.
Vale mencionar que a lista de doenças de notificação compulsória possui mais de 80
doenças, sendo que ela é atualizada todos os anos pela Vigilância Sanitária. Portanto, são
diversas doenças que, se o profissional médico ou dentista tiver acesso a um paciente e
diagnosticar aquele caso, ele precisará necessariamente, obrigatoriamente ou compulsoria-
mente, notificar as autoridades competentes, nessa hipótese, as autoridades sanitárias.
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Suponha que um dentista tome conhecimento sobre um crime de ação pública, como,
por exemplo, um caso de violência doméstica, no qual deve haver a aplicação da Lei Maria
da Penha. Se o dentista tiver acesso e diagnosticar as lesões como sendo esse tipo de crime
de ação pública, ele tem o dever de informar. Nesse caso, se for um crime, deve comunicar
às autoridades competentes para o crime, como uma delegacia de polícia. Já no caso envol-
vendo menores, a comunicação deve ser feita à secretaria responsável por aquela área, e os
profissionais irão, enfim, visitar aquela família e tomar as devidas providências.
Desse modo, em situações como essas, o dentista ou médico têm a obrigação de infor-
mar, por isso o termo notificação compulsória. Lembre-se de que cada tipo de notificação tem
um formulário padrão, por exemplo, quando se trata de doença de notificação compulsória, o
Ministério da Saúde disponibiliza, em seu site, um formulário que o médico ou dentista pode
preencher. Observe que, no caso de morte encefálica, a notificação será feita somente pelo
médico, pois um dentista não diagnostica esse tipo de situação.
Em provas, o examinador pode questionar o candidato sobre a possibilidade de o dentista
estar apto para emitir atestados. Nesse sentido, o atestado é um tipo de documento odon-
tolegal, porém, no que tange ao atestado de óbito, essa é uma prerrogativa do médico. Na
realidade, o nome correto é declaração de óbito, logo o médico a emite e entrega à família,
que comparece ao cartório para que seja emitida uma certidão de óbito. Ou seja, o médico
faz a declaração de óbito e o cartório faz a certidão de óbito.
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Se não houver médico para emitir uma declaração de óbito, quaisquer duas pessoas
que tenham acompanhado a morte, às vezes, foi uma enfermeira ou até um dentista. Nessa
situação, de forma excepcionalmente, esses profissionais poderiam assinar a declaração de
óbito. Contudo, em regra, o dentista não assina declaração de óbito.
É importante frisar que atestado médico é fornecido pelo médico e atestado odontológico
é emitido pelo dentista. Em relação ao teor do atestado, ele pode informar, por exemplo, se
um paciente passou por um procedimento cirúrgico e, por isso, precisa de algum tempo para
repouso. Ou também se o paciente passou por um procedimento e não precisa de repouso,
podendo voltar às suas atividades normalmente. Um documento que declara que o paciente
goza de boa saúde bucal também é um atestado de saúde.
Esteja atento, pois o relatório está vinculado ao laudo pericial feito pelo perito odontole-
gista. Nesse sentido, é essencial destacar que o perito odontolegista possui duas funções
principais, primeiro, fazer o exame e, segundo, fazer o laudo. Nesse caso, primeiramente, a
autoridade deve solicitar, para que, depois, o médico ou dentista faça o seu relatório. Assim,
o profissional examina e, na sequência, faz o relatório descrevendo de forma objetiva.
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Vale salientar que há dois tipos de relatório, o laudo e o auto, os quais são bastante
semelhantes, pois ambos descrevem objetivamente uma perícia médica ou odontológica que
tem a finalidade de responder à solicitação de uma autoridade. Por exemplo, o perito faz o
exame e emite o laudo, que, antigamente, era bastante frequentemente devido ao fato de
existir ainda máquina fotográfica digital, tablets, computadores, logo, às vezes, eles eram
redigidos à mão e, outras, datilografados. Em algumas situações, o filme da máquina foto-
gráfica queimava e não se tinha foto dos fatos para que o perito pudesse consultar e verificar
se era correspondente ao que se imaginava.
Já o auto era quando o perito realizava o exame e editava o conteúdo para um escrivão
redigir. Sendo assim, o auto é um documento, em que um perito faz o exame, mas quem
escreve é o escrivão. Por essa razão, a diferença entre auto e laudo é quem redige o docu-
mento, ou seja, no laudo quem faz o exame também redige, já, no auto, o perito faz o exame
e quem redige é o escrivão.
Hoje, praticamente não se faz mais auto, logo os peritos fazem mais laudos, até porque,
atualmente, existe uma possibilidade muito maior de trabalhar com informática e com as
fotografias. Tenha muita atenção quanto a essa diferenciação, pois, apesar de simples, os
examinadores costumam cobrar em provas.
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A imagem acima apresenta a sequência de um laudo de perícia criminal. Observe que,


nesse caso, há até 13 páginas de texto, mas elas são minoria se comparadas com as pági-
nas destinadas às fotografias e aos desenhos de uma perícia odontológica. Diante disso,
pode-se afirmar que o laudo é um relatório sobre o exame que foi feito.
Suponha que se esteja em um Instituto Médico Legal (IML), o exame odontológico é feito
e, depois, o perito prepara o relatório. Ou seja, desenvolverá um documento para informar
exatamente tudo o que foi visto de forma objetiva, para que, posteriormente, seja enviado a
uma autoridade, por exemplo, o delegado de polícia ou um juiz de direito, que fará o julga-
mento de uma determinada situação.
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• Parecer é o documento médico-legal, de natureza subjetiva, que expressa a opinião,


mesmo que fundamentada, de um profissional. Como o próprio nome, exprime o que
“parece” a quem o redige.
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Como o próprio nome indica, parecer exprime o que parece a quem redigiu. Por essa
razão, o parecer é repleto de subjetividade, mesmo sendo um documento de importância
médico legal e odontolegal. Mas ele é um documento subjetivo. Vale mencionar que quem
faz o parecer não é o perito odontolegista, e sim, normalmente, o assistente técnico, o qual
é contratado por cada parte.
Suponha que há um processo envolvendo um dentista e um paciente, logo cada parte
tem direito de contratar o seu assistente técnico para participar da perícia do processo. Con-
sequentemente, o assistente técnico não é imparcial, uma vez que é pago pela parte para
defender os seus interesses. Sendo assim, naturalmente, o que eles fizerem terá a intenção
de proteger o seu contratante.
Com base nisso, o parecer não é um documento considerado imparcial, em contrapar-
tida, o relatório é. Lembre-se de que o relatório é emitido pelo perito, que não busca condenar
ou absolver ninguém, pelo contrário, o perito é imparcial e é os olhos do juiz. Nesse contexto,
o perito faz o exame e entrega o resultado objetivamente, sem expressar sua opinião, para
a autoridade competente.
Por exemplo, se fosse necessário fazer um relatório sobre a camisa do professor, seria
preciso descrever como é uma camisa, quantos botões tem, qual o tamanho, qual a marca,
qual a cor, ela está usada ou é nova, tem etiqueta, se sim, o que está escrito nela. Ou seja,
esse é um relatório, repare que não foi fornecida nenhuma opinião, apenas foi descrito o que
se pode ver, isto é, são itens objetivos.
Por outro lado, se for preciso fazer um parecer sobre a camisa do professor, irá informar
se é uma camisa muito bonita, se está na moda, se combinou com o blazer do professor. Ou
ainda seria possível fazer outro parecer alegando que a camisa do professor é horrorosa,
brega, apertada demais ou frouxa demais, não combinou com o blazer. Diante disso, perceba
que foram apresentados três tipos de documentos, o relatório é objetivo e não destaca o que
a pessoa está pensando. Enquanto isso, os pareceres podem dispor de opinião daquele que
o escreve, até porque se trata de um documento carregado de subjetividade.

LAUDO PERICIAL

Preâmbulo – Informações Preliminares


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• Data;
• Motivo da perícia;
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• Identificação do(s) perito(s);


• Identificação da autoridade solicitante;
• Identificação do periciando;
• Indicação do diretor do instituto;
• Quesitos.

O preâmbulo é a parte do laudo que apresenta as informações preliminares. Nesse sen-


tido, é importante citar que Genival Veloso de França coloca os quesitos como uma parte
independente no laudo pericial. Contudo, alguns livros ainda incluem os quesitos dentro do
preâmbulo.

Ref. IP n. 393/09 - 12 DP
Ref. Protocolo n. 427.791/09 - PCDF
LAUDO DE EXAME DE LOCAL DE MORTE VIOLENTA
Em 25 de junho de 2009, de acordo com a legislação e com os dispositivos regulamenta-
res vigentes, atendendo solicitação da autoridade da 1ª DP (Primeira Delegacia de Polícia), o
diretor deste Instituto de Criminalística, perito criminal Celso Nenevê, designou os peritos cri-
minais Paulo Ênio Garcia da Costa Filho e Nelice Roberta da Silva Costa para proceder
a exame de local de morte violenta, descrever fielmente o que for encontrado e esclarecer
tudo quanto interessar possa.
Observe o parágrafo acima, esse representa um modelo de preâmbulo. Ou seja, o pre-
âmbulo nada mais é que a introdução do laudo e mostra as informações necessárias para
quem começará a ler aquele documento para saber do que se trata.

Histórico
• Relato dos fatos que motivaram a perícia;
• Alegações do periciando, de familiares etc.;
• Informações externas.
A segunda parte do laudo pericial é o histórico, isto é, a história que alguém contou, pode
ser o próprio periciando ou um familiar. Esteja bastante atento, pois um histórico pode não ser
verdadeiro, já que ele é baseado nas informações que alguém contou, é possível que seja
carregado de subjetividade. Às vezes, a pessoa entendeu a situação de determinada forma,
porém, na realidade, não foi aquilo que aconteceu.
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Em outros casos, a pessoa está inventando para omitir sua responsabilidade sobre
alguma coisa ou para colocar a responsabilidade em alguém. No prontuário, aparece da
seguinte forma: O paciente refere que: “...”, colocando entre aspas as palavras do paciente.
Já no relatório, o perito irá escrever: O periciando refere que: “....” e ele contará a sua versão
sobre os fatos.
Por exemplo, no IML, há uma situação para fazer um exame em uma vítima de uma
lesão corporal, uma mulher que informa ter sido vítima de um crime da Lei Maria da Penha.
Nesse momento, observe que ela realmente pode ter apanhado do namorado na noite ante-
rior, como também pode não ter acontecido. De qualquer maneira, essas informações serão
registradas no laudo e, posteriormente, se tentará juntar os elementos para verificar se os
fatos aconteceram ou não.

Descrição – “Ver e Repetir”


• Particularidades do objeto do exame;
• Localização;
• Dimensões;
• Natureza.
É fundamental salientar que a descrição é a parte mais importante do laudo pericial. A
razão disso é que o perito é contratado para ser os olhos do juiz, ou seja, ele deve informar
todas as particularidades do objeto do exame, a localização, por exemplo, das lesões, as
dimensões, a natureza, qual foi o instrumento que produziu. Nesse caso, ele descreve em
palavras tudo o que pode observar, porém ele também pode usar fotografias, esquemas,
representações gráficas etc. Desse modo, o perito conseguirá descrever melhor as informa-
ções para quem lerá aquela peça técnica. Portanto, o perito necessita ver o que está exami-
nando e, depois, ele irá repetir de forma textual ou fotográfica no seu laudo pericial.
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A imagem acima corresponde a uma radiografia, perceba que há uma reabsorção óssea
periapical indicada em branco, uma obturação endodôntica em verde, bem como o nível
ósseo em vermelho, um núcleo metálico intrarradicular em amarelo e um cone de sondagem
em rosa. Sendo assim, o perito observou e, depois, descreveu no seu laudo pericial tudo o
que viu. A imagem apresentada foi retirada do site www. Malthus.com.br.
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Essa imagem apresenta a sequência de um laudo bem ilustrado, o qual corresponde à


identificação de uma ossada. Note que descrever pode não ser algo tão fácil de fazer, pois é
necessário detalhar o máximo possível. Por exemplo, há imagens de larvas de insetos, ima-
gens do crânio visto em diversas posições de cima, de baixo, nova, frontal, lateral, bem como
dos demais membros e de tudo o que foi encontrado.

Discussão – Análise
• Raciocínio lógico (induções e deduções);
• Embasamento científico;
• Possibilidades e probabilidades;
• Compatibilidades e incompatibilidades em relação ao histórico.
A discussão corresponde a uma análise e a parte mais intelectual do laudo pericial. Nesse
caso, o perito irá apresentar considerações utilizando o raciocínio lógico, ou seja, induções e
deduções, a partir do que foi visto e sempre com embasamento científico. Também se estu-
dando possibilidades e probabilidades de algo ter acontecido ou não. Além de sempre estar
verificando a compatibilidade ou incompatibilidade em relação ao histórico.
Retomando o exemplo da mulher que informava ter apanhado do namorado, o dentista
irá observar e fazer o exame odontológico, para verificar se há alguma lesão. Posteriormente,
com base na sua descrição, no exame que foi feito e nas informações que foram colhidas da
periciada, o perito poderá estabelecer se houve ou não a lesão, se o tempo está compatí-
vel com a informação que ela passou, se aquelas lesões são resultantes realmente de uma
agressão que pode ter sido feita pelo namorado.
Considerando o tratamento sendo realizado em uma unidade de queimados, com toda a infra-
estrutura voltada ao grande queimado, ainda assim, a morbidade das queimaduras é grande, e
inevitável, seguindo a proporção da SCQ e a idade, conforme gráfico publicado por Merrel SW et
al: Increases survival after major thermal injury. Am J Surg 1987; 154:623.

O texto corresponde ao caso de uma pessoa que sofreu queimaduras e foi a óbito. Depois,
a família reclamou que ele havia sido vítima de erro médico, porque não estava melhorando
e, de repente, morreu. Nessa situação, no laudo pericial, há uma consideração bastante ela-
borada a partir das queimaduras sofridas, inclusive, com gráfico com referência bibliográfica.
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O gráfico indica o percentual de sobrevivência, na vertical, e o percentual do corpo quei-


mado, na horizontal. Sendo assim, pode-se perceber que quanto mais próxima seja da idade
adulta, entre 21 e 40 anos, maior a possibilidade de sobreviver a um incêndio ou a queima-
duras muito graves. Com relação aos idosos com mais de 71 anos e também as crianças de
zero a dois anos, são as idades que mais sofrem em relação às queimaduras, em especial,
os idosos. S
Dessa forma, como ficou muito bem definido no laudo, no caso do indivíduo que já tinha
mais de 80 anos e morreu em consequência das queimaduras, pode ter acontecido um erro
médico, mas a morte dessa pessoa era razoável, considerando-se a quantidade percentual
de pele queimada e a idade do indivíduo.
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Conclusão – Fechamento
• Respostas objetivas;
• Relacionada ao objetivo pericial.
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A conclusão do laudo pericial é o fechamento, ou seja, no qual serão apresentadas res-


postas objetivas, relacionando sempre ao objetivo da perícia. Logo, a conclusão é o resumo
da discussão, na qual o perito informará o que ele conseguiu concluir a partir do seu exame
e da sua análise na conclusão.

Respostas aos Quesitos


• Sim;
• Não;
• Aguardar;
• Sem elementos;
• Prejudicado;
• Especificada.
É essencial destacar que na conclusão existem seis tipos de respostas que podem ser
dadas aos quesitos. Nesse caso, elas podem ser subdivididas, primeiro, em sim e não;
depois, em aguardar e sem elementos; e por fim, em prejudicado e especificada. Desse
modo, se responderá sim, quando puder afastar o não, e vice-versa, responderá não, quando
puder afastar o sim.
Quando se tiver certeza de algum fato ou acontecimento, responde-se sim ou não. Entre-
tanto, quando não há certeza e não for possível praticar o sim ou não, se segue para “não
sei”, que corresponde ao segundo par, isto é, aguardar e sem elementos. Sobre isso, aguar-
dar significa que não se sabe, mas existe a possibilidade de saber no futuro. Enquanto isso,
sem elementos é quando não se sabe e não será possível ter conhecimento sobre isso.
Sendo assim, sem elementos é uma resposta definitiva, já aguardar é uma resposta provisó-
ria que pode evoluir para um sim, para um não ou para sem elementos.
Por fim, há as respostas prejudicado e especificada. Nesse sentido, a resposta prejudi-
cada é usada quando a pergunta não se aplica ou quando a pergunta apresenta uma infor-
mação falsa, na qual não se pode responder nem que sim nem que não. Por exemplo, está
sendo feito um exame em um homem e, no laudo, há o quesito questionando se aquela
pessoa está grávida. Nesse caso, não pode responder sim ou não, caso seja respondido, se
estará admitindo a possibilidade da outra coisa acontecer. Sendo assim, a pergunta está mal
formulada e não se aplica, logo a resposta é prejudicada.
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A resposta especificada é uma resposta textual. Por exemplo, se questiona sobre a altura
do periciando. Nesse ponto, não é possível utilizar as outras respostas já indicadas anterior-
mente, com isso o perito irá informar que, por exemplo, a altura do periciando é 1,82 m, ou
seja, é uma resposta textual. Dessa maneira, todas essas formas de responder aos quesitos
podem ser utilizadas nos documentos.

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL


Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que exami-
narem, e responderão aos quesitos formulados.
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este pra-
zo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.

O art. 160 do Código de Processo Penal dispõe sobre as obrigações do perito de natu-
reza criminal. Lembrando que o prazo para a elaboração do laudo é de, no máximo, 10 dias,
em casos excepcionais, podendo ser prorrogado.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Paulo Ênio Garcia da Costa Filho.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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