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DOCUMENTOS ODONTOLEGAIS
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Se não houver médico para emitir uma declaração de óbito, quaisquer duas pessoas
que tenham acompanhado a morte, às vezes, foi uma enfermeira ou até um dentista. Nessa
situação, de forma excepcionalmente, esses profissionais poderiam assinar a declaração de
óbito. Contudo, em regra, o dentista não assina declaração de óbito.
É importante frisar que atestado médico é fornecido pelo médico e atestado odontológico
é emitido pelo dentista. Em relação ao teor do atestado, ele pode informar, por exemplo, se
um paciente passou por um procedimento cirúrgico e, por isso, precisa de algum tempo para
repouso. Ou também se o paciente passou por um procedimento e não precisa de repouso,
podendo voltar às suas atividades normalmente. Um documento que declara que o paciente
goza de boa saúde bucal também é um atestado de saúde.
Esteja atento, pois o relatório está vinculado ao laudo pericial feito pelo perito odontole-
gista. Nesse sentido, é essencial destacar que o perito odontolegista possui duas funções
principais, primeiro, fazer o exame e, segundo, fazer o laudo. Nesse caso, primeiramente, a
autoridade deve solicitar, para que, depois, o médico ou dentista faça o seu relatório. Assim,
o profissional examina e, na sequência, faz o relatório descrevendo de forma objetiva.
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Vale salientar que há dois tipos de relatório, o laudo e o auto, os quais são bastante
semelhantes, pois ambos descrevem objetivamente uma perícia médica ou odontológica que
tem a finalidade de responder à solicitação de uma autoridade. Por exemplo, o perito faz o
exame e emite o laudo, que, antigamente, era bastante frequentemente devido ao fato de
existir ainda máquina fotográfica digital, tablets, computadores, logo, às vezes, eles eram
redigidos à mão e, outras, datilografados. Em algumas situações, o filme da máquina foto-
gráfica queimava e não se tinha foto dos fatos para que o perito pudesse consultar e verificar
se era correspondente ao que se imaginava.
Já o auto era quando o perito realizava o exame e editava o conteúdo para um escrivão
redigir. Sendo assim, o auto é um documento, em que um perito faz o exame, mas quem
escreve é o escrivão. Por essa razão, a diferença entre auto e laudo é quem redige o docu-
mento, ou seja, no laudo quem faz o exame também redige, já, no auto, o perito faz o exame
e quem redige é o escrivão.
Hoje, praticamente não se faz mais auto, logo os peritos fazem mais laudos, até porque,
atualmente, existe uma possibilidade muito maior de trabalhar com informática e com as
fotografias. Tenha muita atenção quanto a essa diferenciação, pois, apesar de simples, os
examinadores costumam cobrar em provas.
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Como o próprio nome indica, parecer exprime o que parece a quem redigiu. Por essa
razão, o parecer é repleto de subjetividade, mesmo sendo um documento de importância
médico legal e odontolegal. Mas ele é um documento subjetivo. Vale mencionar que quem
faz o parecer não é o perito odontolegista, e sim, normalmente, o assistente técnico, o qual
é contratado por cada parte.
Suponha que há um processo envolvendo um dentista e um paciente, logo cada parte
tem direito de contratar o seu assistente técnico para participar da perícia do processo. Con-
sequentemente, o assistente técnico não é imparcial, uma vez que é pago pela parte para
defender os seus interesses. Sendo assim, naturalmente, o que eles fizerem terá a intenção
de proteger o seu contratante.
Com base nisso, o parecer não é um documento considerado imparcial, em contrapar-
tida, o relatório é. Lembre-se de que o relatório é emitido pelo perito, que não busca condenar
ou absolver ninguém, pelo contrário, o perito é imparcial e é os olhos do juiz. Nesse contexto,
o perito faz o exame e entrega o resultado objetivamente, sem expressar sua opinião, para
a autoridade competente.
Por exemplo, se fosse necessário fazer um relatório sobre a camisa do professor, seria
preciso descrever como é uma camisa, quantos botões tem, qual o tamanho, qual a marca,
qual a cor, ela está usada ou é nova, tem etiqueta, se sim, o que está escrito nela. Ou seja,
esse é um relatório, repare que não foi fornecida nenhuma opinião, apenas foi descrito o que
se pode ver, isto é, são itens objetivos.
Por outro lado, se for preciso fazer um parecer sobre a camisa do professor, irá informar
se é uma camisa muito bonita, se está na moda, se combinou com o blazer do professor. Ou
ainda seria possível fazer outro parecer alegando que a camisa do professor é horrorosa,
brega, apertada demais ou frouxa demais, não combinou com o blazer. Diante disso, perceba
que foram apresentados três tipos de documentos, o relatório é objetivo e não destaca o que
a pessoa está pensando. Enquanto isso, os pareceres podem dispor de opinião daquele que
o escreve, até porque se trata de um documento carregado de subjetividade.
LAUDO PERICIAL
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Ref. IP n. 393/09 - 12 DP
Ref. Protocolo n. 427.791/09 - PCDF
LAUDO DE EXAME DE LOCAL DE MORTE VIOLENTA
Em 25 de junho de 2009, de acordo com a legislação e com os dispositivos regulamenta-
res vigentes, atendendo solicitação da autoridade da 1ª DP (Primeira Delegacia de Polícia), o
diretor deste Instituto de Criminalística, perito criminal Celso Nenevê, designou os peritos cri-
minais Paulo Ênio Garcia da Costa Filho e Nelice Roberta da Silva Costa para proceder
a exame de local de morte violenta, descrever fielmente o que for encontrado e esclarecer
tudo quanto interessar possa.
Observe o parágrafo acima, esse representa um modelo de preâmbulo. Ou seja, o pre-
âmbulo nada mais é que a introdução do laudo e mostra as informações necessárias para
quem começará a ler aquele documento para saber do que se trata.
Histórico
• Relato dos fatos que motivaram a perícia;
• Alegações do periciando, de familiares etc.;
• Informações externas.
A segunda parte do laudo pericial é o histórico, isto é, a história que alguém contou, pode
ser o próprio periciando ou um familiar. Esteja bastante atento, pois um histórico pode não ser
verdadeiro, já que ele é baseado nas informações que alguém contou, é possível que seja
carregado de subjetividade. Às vezes, a pessoa entendeu a situação de determinada forma,
porém, na realidade, não foi aquilo que aconteceu.
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Em outros casos, a pessoa está inventando para omitir sua responsabilidade sobre
alguma coisa ou para colocar a responsabilidade em alguém. No prontuário, aparece da
seguinte forma: O paciente refere que: “...”, colocando entre aspas as palavras do paciente.
Já no relatório, o perito irá escrever: O periciando refere que: “....” e ele contará a sua versão
sobre os fatos.
Por exemplo, no IML, há uma situação para fazer um exame em uma vítima de uma
lesão corporal, uma mulher que informa ter sido vítima de um crime da Lei Maria da Penha.
Nesse momento, observe que ela realmente pode ter apanhado do namorado na noite ante-
rior, como também pode não ter acontecido. De qualquer maneira, essas informações serão
registradas no laudo e, posteriormente, se tentará juntar os elementos para verificar se os
fatos aconteceram ou não.
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A imagem acima corresponde a uma radiografia, perceba que há uma reabsorção óssea
periapical indicada em branco, uma obturação endodôntica em verde, bem como o nível
ósseo em vermelho, um núcleo metálico intrarradicular em amarelo e um cone de sondagem
em rosa. Sendo assim, o perito observou e, depois, descreveu no seu laudo pericial tudo o
que viu. A imagem apresentada foi retirada do site www. Malthus.com.br.
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Discussão – Análise
• Raciocínio lógico (induções e deduções);
• Embasamento científico;
• Possibilidades e probabilidades;
• Compatibilidades e incompatibilidades em relação ao histórico.
A discussão corresponde a uma análise e a parte mais intelectual do laudo pericial. Nesse
caso, o perito irá apresentar considerações utilizando o raciocínio lógico, ou seja, induções e
deduções, a partir do que foi visto e sempre com embasamento científico. Também se estu-
dando possibilidades e probabilidades de algo ter acontecido ou não. Além de sempre estar
verificando a compatibilidade ou incompatibilidade em relação ao histórico.
Retomando o exemplo da mulher que informava ter apanhado do namorado, o dentista
irá observar e fazer o exame odontológico, para verificar se há alguma lesão. Posteriormente,
com base na sua descrição, no exame que foi feito e nas informações que foram colhidas da
periciada, o perito poderá estabelecer se houve ou não a lesão, se o tempo está compatí-
vel com a informação que ela passou, se aquelas lesões são resultantes realmente de uma
agressão que pode ter sido feita pelo namorado.
Considerando o tratamento sendo realizado em uma unidade de queimados, com toda a infra-
estrutura voltada ao grande queimado, ainda assim, a morbidade das queimaduras é grande, e
inevitável, seguindo a proporção da SCQ e a idade, conforme gráfico publicado por Merrel SW et
al: Increases survival after major thermal injury. Am J Surg 1987; 154:623.
O texto corresponde ao caso de uma pessoa que sofreu queimaduras e foi a óbito. Depois,
a família reclamou que ele havia sido vítima de erro médico, porque não estava melhorando
e, de repente, morreu. Nessa situação, no laudo pericial, há uma consideração bastante ela-
borada a partir das queimaduras sofridas, inclusive, com gráfico com referência bibliográfica.
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Conclusão – Fechamento
• Respostas objetivas;
• Relacionada ao objetivo pericial.
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A resposta especificada é uma resposta textual. Por exemplo, se questiona sobre a altura
do periciando. Nesse ponto, não é possível utilizar as outras respostas já indicadas anterior-
mente, com isso o perito irá informar que, por exemplo, a altura do periciando é 1,82 m, ou
seja, é uma resposta textual. Dessa maneira, todas essas formas de responder aos quesitos
podem ser utilizadas nos documentos.
O art. 160 do Código de Processo Penal dispõe sobre as obrigações do perito de natu-
reza criminal. Lembrando que o prazo para a elaboração do laudo é de, no máximo, 10 dias,
em casos excepcionais, podendo ser prorrogado.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Paulo Ênio Garcia da Costa Filho.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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