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Patologia cirúrgica da

articulação temporo-
mandibular

29.06.020
Disfunção Temporomandibular (DTM)
Os dentistas acumulam, durante sua formação profissional, grande
conhecimento sobre a anatomia, fisiologia e condições patológicas da
face e da articulação temporomandibular (ATM).
É importante que os dentistas conheçam com profundidade os
distúrbios das articulações temporomandibulares (DTM)

Portanto,
DTM é um grupo de alterações ou problemas nas ATMs.
Disfunção Temporomandibular (DTM)
A DTM pode manifestar-se com um destes sinais e sintomas:

Dificuldade na excursão mandibular ( abrir, fechar a boca ou mastigar


alimentos)
Ruídos na ATM (estalos, crepitações, clics, ressaltes…na ATM)
Inchaços na face
Zumbidos
Dor na ATM, cabeça, ouvido ou na região do maxilar
Disfunção Temporomandibular (DTM)
A dor é uma experiência psicofisiológica humana complexa.
A função sensório-discriminativa permite que o dentista localize e
quantifique a dor, mas deve-se observar que essa experiência
desagradável sofre influência de fatores como experiência anterior,
comportamentos culturais e condições emocionais e clínicas.

As dores orofaciais podem ser classificadas em:


• Dor orofacial somática,
• Dor orofacial neuropática, ou
• Dor orofacial psicológica.
Disfunção Temporomandibular (DTM)
A dor neuropática origina-se de lesão ou alteração das vias de
transmissão dolorosa, mais comumente uma lesão nervosa periférica
por cirurgia ou traumatismo.

Dores orofaciais genuinamente de origem psicológica são bastante


raras e não são incluídas no diagnóstico diferencial da dor orofacial na
prática geral diária.
Disfunção Temporomandibular (DTM)
A dor somática origina-se de estruturas músculo-esqueléticas ou
viscerais interpretada por um sistema de transmissão e modulação
intacto.

Exemplos de dores músculo-esqueléticas são os distúrbios


temporomandibulares - objeto deste tema.

Exemplos de dores orofaciais viscerais incluem dor da glândula salivar e


dor causada pela pulpite dentária.
Disfunção Temporomandibular (DTM)
As causas mais comuns das disfunções temporomandibulares (DTM) que
levam grande maioria dos pacientes a procurar pelo dentista são
disfunções musculares, comumente referidas como dor e disfunção
miofasciais
Tais disfunções musculares são em geral tratadas com métodos
conservadores (tratamento não-cirúrgico).

Outras causas de dor ou disfunção temporomandibular se originam


primariamente no interior da articulação temporomandibular (ATM).

!!Classificação em intra e extra-articulares!!


Disfunção Temporomandibular (DTM)
Embora a maioria das disfunções responda ao tratamento não-
cirúrgico, alguns pacientes podem eventualmente necessitar de
tratamento cirúrgico.
Se se espera um resultado bem-sucedido, então o tratamento do
paciente precisa de um plano coordenado entre o dentista generalista,
o cirurgião bucomaxilofacial e outros profissionais.

(Uso de analgésicos, relaxantes musculares e sedativos; uso de técnicas de relaxamento, fisioterapia, dieta)
Disfunção Temporomandibular (DTM)
Diagnóstico

A avaliação do paciente com dor temporomandibular ou disfunção


temporomandibular, é a mesma do que para qualquer outro tipo de
diagnóstico.
A avaliação deve incluir:
Anamnese,
Exame físico do sistema mastigatório e
Radiografias da ATM
Disfunção Temporomandibular (DTM)
Diagnóstico
Anamnese
É a parte mais importante da avaliação porque fornece pistas para o
diagnóstico.
Para além da queixa principal, a história da doença atual deve ser
abrangente, incluindo uma descrição precisa dos sintomas do paciente,
cronologia dos sintomas, descrição de como o problema afeta o
paciente e informação sobre qualquer tratamento anterior.
Disfunção Temporomandibular (DTM)
Diagnóstico

Exame Físico
O consiste em uma avaliação de todo o sistema mastigatório. A cabeça e o
pescoço devem ser investigados quanto à assimetria de tecidos moles ou
evidência de hipertrofia muscular.
O paciente deve ser investigado quanto a sinais de hábitos parafuncionais.
Os músculos mastigatórios devem ser avaliados sistematicamente.
As ATM são investigadas quanto a ruídos e tensão.
Disfunção Temporomandibular (DTM)
Diagnóstico

Avaliação Radiológica
As radiografias de ATM são úteis para o diagnóstico de condições
patológicas intra-articulares, ósseas e de tecidos moles.
Em muitos casos, a radiografia panorâmica fornece informação
adequada, assim como uma exploração radiológica da ATM.
Disfunção Temporomandibular (DTM)
Avaliação Radiológica
Radiografia Panorâmica
Permite a visualização de ambas as ATMs no mesmo filme. Ela com
frequência fornece boa avaliação da anatomia óssea das superfícies
articulares do côndilo mandibular e da fossa glenoide.

Tomografia
A técnica de tomografia permite obter uma visão mais detalhada da
ATM e obter cortes da articulação em diferentes níveis do complexo
côndilo e fossa glenoide.
Disfunção Temporomandibular (DTM)
Avaliação Radiológica
Tomografia Computadorizada
Permite a avaliação de uma variedade de condições patológicas de
tecidos duros e moles na articulação.
As imagens por TC fornecem a melhor avaliação dos componentes
ósseos da articulação. A reconstrução por TC possibilita que imagens
captadas em um plano do espaço sejam reconstruídas de modo a
serem avaliadas em um plano diferente
Disfunção Temporomandibular (DTM)
Avaliação Radiológica
Ressonância Magnética
A técnica de diagnóstico por imagem mais eficiente para avaliar tecidos
moles da ATM.
Uma técnica valiosa para avaliação da morfologia e do posicionamento
do disco articular.
O fato de a técnica não utilizar radiação ionizante é uma vantagem
significativa.
Luxação
Deslocamentos na ATM ocorrem com frequência e são causados por
hipermobilidade mandibular.

Luxação é o deslocamento do côndilo mandibular onde este faz


translação anterior à frente da eminência articular e “trava” nessa
posição.
Luxação
Luxação
O deslocamento pode ser uni ou bilateral e pode ocorrer
espontaneamente após abertura ampla da boca, como ao bocejar,
comer ou durante um procedimento odontológico. O deslocamento do
côndilo mandibular que persiste por mais de alguns segundos se torna
doloroso e está associado frequentemente a espasmo muscular severo.

Os deslocamentos devem ser reduzidos o mais breve possível.


Essa redução é conseguida aplicando-se pressão para baixo sobre os
dentes posteriores e pressão para cima sobre o queixo, acompanhadas
por deslocamento posterior da mandíbula.
Luxação
Manobra de Nelaton
Luxação
Em geral, a redução não é difícil. Porém, os espasmos musculares
podem impedir a redução simples, particularmente quando o
deslocamento não pode ser reduzido imediatamente. Nesses casos,
anestesia do nervo auriculotemporal e dos músculos da mastigação
pode se necessária. A sedação para reduzir a ansiedade do paciente e
permitir maior relaxamento muscular pode também estar indicada.
Após a redução, o paciente deve ser orientado a restringir a abertura
da boca por 2 a 4 semanas. Calor úmido e anti-inflamatórios não-
esteroidais (AINEs) também são úteis para controlar a dor e a
inflamação.
Luxação
Luxação

Bandagem (vários tipos)


Luxação
E se não for possiver reduzir a luxação depois de várias tentativas:
Tratamento cirúrgico – tracção contínua, condilectomia, etc.
Sub-Luxação
É o deslocamento do côndilo, o qual, é autorreduzido e em geral não
necessita de tratamento clínico.

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