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Patologia Bucal

- Defeitos de desenvolvimento da regiã o


oral e maxilofacial
 Congênitas: - Linfangioma
 ANOMALIAS SIMPLES DO
- Hemagiona
DESENVOLVIMENTO
- Neurofibromatose
 Grâ nulos de Fordyce
- Glâ ndulas sebá ceas ectó picas - S. Down
encontradas em 80% da populaçã o; - S. Beckwith-Wiedemann
- Mú ltiplas lesõ es (pá pulas) branco- * Macroglossia
amareladas
* Onfalocele (protusã o de parte do
- Localizaçã o mais comum  mucosa intestino, através de um defeito na
jugal e vermelhã o do lá bio superior; parede abdominal na altura do umbigo)
- Mais comum nos adultos; *Visceromegalia
- Lesã o assintomá tica (paciente relata * Gigantismo
uma leve rugosidade);
* Hipoglicemia neonatal
- Nã o necessita de nenhum tratamento.
 Anquiloglossia (língua presa): é
 Leucoedema uma anomalia de
- Ocorre em 90% dos indivíduos da raça desenvolvimento da língua
negra; caracterizada por um freio
lingual curto, resultando na
- O leucoedema se apresenta como lesõ es limitaçã o dos movimentos da
branco-acinzentadas; língua.
- As lesõ es nã o sã o removidas por
raspagem;
- Ocorre normalmente bilateralmente na
mucosa jugal;
- Diagnosticado clinicamente com
facilidade;
- Nã o é necessá rio tratamento;
- Assintomá tico.
 Macroglossia: condiçã o pouco
comum, caracterizada pelo
aumento da língua que pode ser
causado por uma variedade de
condiçõ es, incluindo
malformaçõ es congênitas e
doenças adquiridas.  FRENECTOMIA – remoçã o do freio
 Adquiridas: - Pacientes desdentados - Indicaçõ es: - Diastema
- Carcinoma - Foniá tricas
- Outros tumores - Periodontais
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- A cirurgia pode ser feita logo depois do  Varicosidades: é uma veia
nascimento ou com 18 anos – a idade nã o anormalmente dilatada, cujo a
importa, a nã o ser que a criança/adulto causa é incerta, mais a idade
tenha problemas devido a anquiloglossia parece ser um fator importante.
*Como sabemos se temos língua presa? - A varicosidade oral mias comum é a
Pede ao paciente para colocar a língua no variz sublingual;
seu da boca e depois para fora, quando
- A varicosidade sublingual afeta 70% da
ela coloca para fora, a ponta da língua
populaçã o com mais de 60 anos;
nã o é projetada e forma um V
- Classicamente se apresentam como
-FRENECTOMMIA LINGUAL: nos recém-
mú ltiplas bolhas elevadas de coloraçã o
nascidos usa-se a tentacâ nula, já nas
purpú reo-azuladas na borda
outras idades, corta o freio e sutura.
ventrolateral da língua;
 Língua Fissurada
- Normalmente assintomá tica;
- Se caracteriza por vá rias fissuras no
- Podem ocorrer nos lá bios e bochechas.
dorso da língua;
 Exostoses: sã o protuberâ ncias
- Mú ltiplos sulcos na superfície da língua
ó sseas localizadas. Esses
variando de 6 mm;
crescimentos benignos ocorrem
- Normalmente assintomá tica (discreta na maxila e mandíbula, se
aderência é relatada); apresentando como toro
mandibular e palatino
- Afeta 2 a 5 % da populaçã o;
 Toro palatino:
- Prevalência aumenta com a idade;
- Linha média do palato duro;
- Nã o é necessá rio tratamento (somente
orientar a higiene). - Origem é multifatorial (origem
genética / fatores ambientais);
 Língua pilosa: é caracterizada por
acentuado acú mulo de ceratina - Normalmente assintomá ticas;
nas papilas filiformes da
- Mais comum que o mandibular;
superfície dorsal da língua
resultando em uma aparência - Remoçã o cirú rgica para colocaçã o de
semelhante a cabelos. pró teses.
- Afeta mais comumente a parte  Toro mandibular:
anterior à s papilas circunvaladas;
- Superfície lingual da mandíbula na
- Encontrada em 0,5% dos adultos; regiã o de pré-molares;
- A causa é discutível, porém os - Mais de 90% sã o bilaterais;
fumantes sã o os mais afetados;
- Origem é multifatorial;
- Papilas filiformes alongadas e
pigmentadas de negro ou castanho; - Normalmente assintomá tico

- Normalmente assintomá tica - Remoçã o cirú rgica para colocaçã o de


(queixas de gosto ruim). pró teses
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QUESTÕ ES ANTERIORES - A FL e FP ocorrem em 1 a cada 1000
nascimentos nos brancos e em 1 a cada
- A denominaçã o dada à malformaçã o da
3000 nascimentos nos negros.
língua caracterizada clinicamente, por
ranhuras ou sulcos numerosos na - 80% dos casos de FL sã o unilaterais.
superfície dorsal, irradiados,
- Pessoas com FL e FP podem apresentar
frequentemente, do sulco central ao
problemas na fala, dificuldade de se
longo da linha média é:
alimentar e mal oclusã o dentá ria.
(a) língua fissura
(b) glossite romboidal mediana
(c) língua fendida
(d) glossite migrató ria benigna
(e) glossite arreata esfoliativa
- A anomalia de desenvolvimento
caracterizada por glâ ndulas sebá ceas
heteró picas, na cavidade oral, é
denominada:
(a) polipose intestinal hereditá ria
(b) sinndrome de Miescher
(c) doença de Fordyce
(d) fibromatose gengival
(e) hipoplasia epitelial focal
 ANOMALIAS COMPLEXAS DO
DESENVOLVIMENTO

 Fendas orofaciais
*TRATAMENTO
 As fendas orofaciais sã o distú rbios no
desenvolvimento na formaçã o da face e 1- Queiloplastia: cirurgiã o-plá stico – 3
cavidade oral, que é de natureza meses
complexa. Envolve o desenvolvimento de
2- Platorafia: cirurgiã o-plá stico – 1 ano
mú ltiplos processos teciduais que devem
se unir e se fusionar de maneira muito 3- Enxerto ó sseo para fechamento de
bem ordenada. defeito na regiã o anterior de maxila –
buco-maxilo – 10 anos
*Características clínicas
4- Cirurgia para expansã o de maxila –
- A fenda labial é proveniente de um
buco-maxilo – 18 anos
defeito na fusã o do processo nasal
mediano com o processo maxilar.  PATOLOGIAS ASSOCIADAS AS
FENDAS OROFACIAIS
- A fenda palatina é proveniente de um
defeito na fusã o das lâ minas palatinas do  Sequência de Pierre Robin
processo maxilar. - Micrognatia mandibular;
- Glossoptose (descolamento posterior da
- 45% das fendas sã o FL+FP, 30% FP
lígua)
(isolada) e 25% FL (isolada).
- Fenda palatina
- A causa é de origem genética com
fatores ambientais envolvidos.  Fossetas labiais para medianas
- sã o invaginaçõ es congênitas raras do
lá bio inferior, que podem ser
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encontradas em combinaçã o com a fenda craniosinostoses existentes. Ocorre em 1
labial e/ou palatina como componente da a cada 130 mil nascimentos
síndrome de Wan Der Woude aproximadamente. Hereditá ria, porém o
aumento da idade dos pais também está
 Ú vula bífida associado.
- É a menor manifestaçã o da fenda
*Características clínicas
palatina, porém sua prevalência é muito
- A craniossinostose produz entre outras,
maior, ocorrendo em 1 a cada 80
acrobraquiefalia (crâ nio em forma de
indivíduos.
torre);
- Proptose ocular;
Questõ es
- Hipertelorismo;
- A micrognatia, glossoptose e fenda
- Terço médio da face acentuadamente
palatina sã o características da síndrome:
retraído;
(a) Sjogren
- Desarmonia oclusal;
(b) Albright
- Sindactilia dos dedos das mã os e pés;
(c) Pierre-Robin
(d) Steve-Johnson  Síndrome de Crouzon
- Em qual síndrome encontramos: fenda  A síndrome de Crouzon é uma
labial e/ou fenda palatina e fossetas condiçã o de um grupo de síndromes,
labiais para medianas? caracterizadas por craniossinostoses ou
(a) Piere-Robin fechamento prematuro das suturas
(b) Ppillon-Lefreve cranianas. Ocorre em cerca de 1 a 65 mil
(c) Stevens-Johnson nascimentos e é de origem hereditá ria,
(d) Sturge-Weber porém também está relacionada ao
(e) Van Der Woude aumento da idade dos pais.
 Síndrome de Eagle *Características clínicas
- A craniossinostose produz plagiocefalia,
 A síndrome de Eagle se apresenta
escafocefalia ou trigonocefalia;
como um conjunto de sintomas causado
pelo alongamento do processo estiloide
ou pela calcificaçã o do ligamento estilo
hioideo.
*Características clínicas
- Dor facial vaga (quando o paciente gira
a cabeça ou abre a boca);
- Pode ocorrer vertigem e síncope
transitó ria;
- Mais comum nos adultos;
- Classicamente ocorre apó s uma - Proptose ocular;
amigdalectomia; - Hipertelorismo;
- Pode ser descoberto por acaso em - Hipoplasia o terço médio da face;
radiografias de rotina; - Desarmonia oclusal.
- Tratamento depende da intensidade  Síndrome de Treacher-Collins
dos sintomas podendo ser cirú rgico.
 A síndrome de Treacher-Collins é uma
 Síndrome de Apert síndrome rara, que se caracteriza por
 A síndrome de Apert é uma condiçã o defeitos na formaçã o do primeiro e
rara, caracterizada por ser uma das segundo arcos branquiais, é de origem
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hereditá ria e ocorre de 1 a cada 50 mil Pode se ter HSV-2 na boca e HSV-1 na
nascimentos. genitá lia? Até poderia, porem o HSV-1 ele
fica em latência no nervo trigêmeo, já o
*Características clínicas
HSV-2 fica em nervos da pelve.
- Zigomas hipoplá sicos;
- Fissuras palpebrais com inclinaçã o
- Vírus Varicela-Zoster (VZV / HHV-3) –
obliqua;
Herpes Zoster (catapora) – você teve o
- Anomalias nas orelhas (variadas);
primeiro contato com o vírus e teve
- Hipoplasia na mandíbula.
catapora, logo depois o vírus entra em
QUESTÕ ES latência em algum nervo do corpo, o mais
comum é em algum nervo espinhal
- Imagem radiográ fica apresentando (lombares ou torá cicos). Aí,
mineralizaçã o do ligamento estilo normalmente quando você se torna
hioideo apó s histó ria de amigdalectomia, idoso, esse vírus volta e aí você tem a
com sintomas de disfagia, disfonia, herpes zoster, ou seja, é a reativaçã o do
otalgia e dor facial vaga, principalmente vírus da catapora. Como é no nervo, a
quando gira a cabeça, e cujo tratamento lesã o nã o passa da linha média. Existe
dependendo da intensidade dos sintomas uma vacina e é indicado para pessoas
é cirú rgico, é sugestivo de: acima de 50 anos.
(a) Síndrome de Eagle
(b) Defeito de Staíne *Síndrome de Ramsay Hunt (Herpes
(c) Síndrome de Peutz-Jeghers Zoster no nervo facial) – paralisia,
(d) Síndrome de Goelin vesículas no ouvido externo, forte dor no
(e) Doença de Hodgkin ouvido, zumbido e vertigem.

- Posiçã o antimongoló ide das fendas *É estimado que até 90% da populaçã o
palpebrais, hipoplasia da regiã o malar, até os 30 anos de idade seja infectado
hipoplasia da mandíbula em grau pelo HSV-1. Isso é muita ou pouca gente?
acentuado, hipertelorismo ocular e má Muita, mas se estivermos falando de uma
oclusã o dentá ria sã o sinais clínicos da lesã o ativa, você nã o vai beijar e nem
síndrome de: usar a mesma colher que essa pessoa,
(a) Síndrome de Apert entã o nã o teria a contaminaçã o.
(b) Doença de Paget
(c) Síndrome de Treacher Collins # HERPES PRIMÁ RIA
Franceschetti - O padrã o mais comum do herpes
(d) Displasia ectodérmica hereditá ria primaria é gengivo estomatite herpética
(e) Síndrome de Down aguda.
- A maioria dos casos de gengivo
 MANIFESTAÇÕ ESORAIS DAS estomatite herpética aguda ocorre em
INFECÇÕ ES crianças de 6 meses a 5 anos de idade.
 Herpes (Herpes Vírus Humano – - O início é abrupto e acompanhado por
HHV) linfadenopatia cervical, febre e lesõ es
- Vírus Herpes Simples Tipo 1 (HSV-1 / orais.
HHV-1) – dissemina-se - As lesõ es se apresentam como
predominantemente através da saliva numerosas vesículas puntiformes, que se
infectada ou das lesõ es ativas. rompem e formam ú lceras.
- Em todos os casos, a gengiva torna-se
- Vírus Herpes Simples Tipo 2 (HSV-2 / edemaciada, dolorosa e extremamente
HHV-2) – Lesõ es idênticas a herpes eritematosa.
bucal, porém na genitá lia, é uma DST.
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- A lesõ es se resolvem sozinhas dentro de observamos a superfície gengival
7 a 10 dias. vermelha extremamente sensível ao
# HERPES RECORRENTE toque com ulceraçõ es rasas cobertas por
- O sítio mais comum de recorrência para uma membrana acinzentada, rodeada
o HSV-1 é a borda do vermelhã o do lá bio por um halo vermelho distinto. O
e a pele adjacente. diagnó stico para a condiçã o descrita é:
- Os principais fatores que desencadeiam (a) gengive ulcerativa necrosante aguda
essas recorrências sã o a luz ultravioleta, (b) gengive estomatite herpética
traumatismo local, stress e (c) leucemia
imunodeficiências em geral. (d) gengiva estomatite alérgica
- Os sinais prodrô micos do herpes labial (e) candidíase
surgem, 6 a 24 horas antes do
desenvolvimento das lesõ es.  INFECÇÕ ES FÚ NGICAS
- Os sinais prodrô micos sã o dor,
ardência, prurido e eritema.
- As lesõ es se apresentam primariamente
como um grupo de vesículas preenchidas
por líquido, que se rompem e formam
crostas em mais ou menos 2 dias.
- O desaparecimento total das lesõ es
ocorre em 10 dias em média.
- As recorrências também podem ser na
regiã o intraoral, principalmente na
gengiva inserida e palato duro.
- O medicamento de escolha para o
herpes recorrente é o aciclovir.

# Atendimento odontoló gico: sempre


avaliar o risco/benefício, os
procedimentos odontoló gicos em
pacientes portadores de lesõ es
herpéticas devem ser adiados sempre
que possível, até que a cura clínica da
infecçã o se estabeleça.

QUESTÕ ES
- Qual o medicamento que tem sido
amplamente usado para tratamento das
lesõ es herpéticas bucais?
(a) nistatina
(b) clorotrimazol
(c) cetoconazol
(d) aciclovir
(e) fluconazol

- Uma senhora apresentou-se ao serviço


de emergência, conduzindo seu filho de 2
anos e 11 meses de idade que apresenta
febre alta e nã o queria se alimentar. No
exame clínico da cavidade bucal,

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