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CUIABÁ, MT
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CUIABÁ, MT
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DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Acima de qualquer coisa, a Deus, o que seria de mim sem a fé que eu tenho
nele.
A minha família que, sempre ao meu lado, com muito apoio, não mediram
esforços para que eu chegasse até esta etapa de muita importância na minha vida.
Ao meu orientador Professor Ms. Marcos Roberto Godoi, pela paciência,
incentivo, auxílio, disponibilidade de tempo e material, sempre com simpatia para
que eu concluísse este trabalho.
A todos os professores, desde a primeira, que nunca esquecemos, a
Senhora Rosália, até os da graduação (Maria Maura Gonçalves, Edmur Carmona,
Gustavo Rogatto, Koiti Anzai, Profº. “Mané”), que tiveram a bondosa tarefa de
multiplicar seus conhecimentos.
Aos meus amigos, companheiros e colegas de curso: Viviane, Juliana,
Bruna, Rita de Cássia, Mônica, Fabiana, Pedrinho, Yara, Emanuele, Weyboll,
Deborah, Fábia, Chayene, Alessandra, que sem esses, minha vida não teria sentido
algum.
Aos participantes desta pesquisa que contribuíram para o desenvolvimento e
divulgação do Futebol Americano nesta cidade: a equipe “Cuiabá Angels” e aos
senhores Orlando Eustáquio Alves Ferreira Junior e Daniel Teixeira membros da
equipe “Cuiabá Arsenal”. Muitíssimo obrigada pela atenção!
Ao Cauê Gallo Vilela pela gentileza e colaboração nos últimos instantes.
A todos, caso tenha esquecido de mencionar, os meus sinceros
agradecimentos que de alguma forma doaram um pouco de si para que a conclusão
deste trabalho tornasse possível.
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RESUMO
________________________________________
Professor Ms. Edmur Carmona
COMISSÃO EXAMINADORA
__________________________________________
Prof. Orientador Ms. Marcos Roberto Godoi - UFMT
__________________________________________
Membro: Prof. Ms. Tomires Campos Lopes - UFMT
______________________________________________
Membro: Prof. Dr. Francisco Xavier F. Rodrigues - UFMT
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
Pg.
INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 12
Objetivos ............................................................................................................. 13
Justificativa ......................................................................................................... 13
Metodologia ......................................................................................................... 14
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 46
10
GLOSSÁRIO ........................................................................................................ 51
Silvana V. Goellner
INTRODUÇÃO
Objetivos
Específicos:
Metodologia
Conforme a NFL (2009), cada time possui duas equipes com 11 jogadores
em campo, sendo que uma equipe defende seu campo e a outra tenta invadir o
campo à sua frente (ataque), depois as equipes se revezam no ataque e na defesa.
As equipes também contam com jogadores reservas, e jogadores especialistas -
utilizados nas ocasiões de punt, field goal e extra-point. O número total de
jogadores chega perto de 50 nas principais ligas norte-americanas.
de entrosamento e o nível das outras equipes ainda inferior, favoreceram para que
isso viesse a ocorrer.
Por fim, o último Pantanal Bowl III, que aconteceu nos dias 11 a 13 de
junho desse ano, no estádio do “Dutrinha”. Diferentemente das outras edições, o
Sr. Ferreira Junior relata que,
“(..) a principal evolução do Pantanal Bowl I para o III, foi a questão dos
equipamentos. No I e no II nós não utilizava capacete, nem todo mundo
utilizava ombreiras – o shoulder - e hoje todo mundo utiliza. (...) Hoje a
gente pode falar que a gente joga Futebol Americano, não alguma coisa
parecida com o F.A. (...) houve também a evolução técnica de cada
jogador e as equipes foram atrás de novos jogadores, tem o crescimento
de experiência das equipes (...)”
“a entidade que nos representa a AFAB, tem esse papel, e que deve estar
tentando ação nesse tipo deve baratear os custos desses equipamentos,
isso pode ser feito de duas maneiras: na primeira é se negociar preço,
negociar alternativas de equipamentos mais baratos. Estamos falando em
comprar em grande volume dos EUA ou comprar equipamentos
recondicionados num preço mais barato. E a segunda linha, fazer gestão
junto com o Ministério dos Esportes e junto com o Ministério da Fazenda
para que esses itens que são para esporte e não tem similar no Brasil que
sejam isentos nos impostos de importação para que a gente possa ter uma
redução nesse preço final do atleta.”
1
A cultura ocidental está baseada no princípio de que as mulheres são diferentes dos homens,
inferiores e dependentes. (Ferrando, 1999, citado por Simões, 2003).
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a palavra gênero pode ser usada de duas maneiras distintas e até mesmo
contraditórias. Por um lado, “gênero”, que descreve o que é socialmente
construído, é usado em oposição a “sexo”, que descreve o que é
biologicamente dado. Por outro lado, “gênero” pode ser utilizado como
referência a qualquer construção social que tenha a ver com distinção entre
masculino/feminino, inclusive as construções que separam corpos
“femininos” de “masculinos”.
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2
O esporte participação é a dimensão social referenciado com o princípio do prazer lúdico, e que tem
como finalidade o bem-estar social dos seus praticantes. Tem relação com o lazer e o tempo livre,
ocorre em espaços não comprometidos com o tempo e fora das obrigações da vida diária (Tubino,
2001).
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Esporte performance traz consigo os propósitos de novos êxitos esportivo, a vitória sobre
adversários e é exercidos sobre regras preestabelecidas pelos organismos internacionais de cada
modalidade. Uma série de possibilidades sociais positivas e negativas pode acontecer (Tubino, 2001).
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cursinho
Em relação ao que elas conheciam do F.A. antes de praticá-lo, elas destacam que
sabiam que era uma modalidade pouco praticada no Brasil, e originada e muita
praticada nos Estados Unidos da América. Que era um esporte violento e de
contato, dinâmico, mas difícil de compreender. Que tinha que derrubar outros
jogadores e correr com a bola. Um esporte de contato, muito diferente do futebol de
campo.
a) família e parentes 4 8 6
b) amigos/amizades 12 6 0
c) técnico/treinador 14 2 2
d) prazer da atividade 17 1 0
f) modelagem corpo/estética 5 9 4
g) manutenção da saúde 12 5 1
h)desestresse/aliviar tensões 18 0 0
i)momento de lazer 18 0 0
No que tange à opinião da família sobre elas jogarem F.A. é dividida, uma
parte apóia, mesmo achando um pouco violento e perigoso, mas compreendem os
benefícios da prática esportiva. Como no exemplo das respostas abaixo:
A1: “Meus pais apóiam. A única coisa que eles sempre ficam falando é para
eu tomar cuidado! Tem medo de me machucar. Fora isso apóia e acha
legal...”
A4: “Meus pais são totalmente a favor da prática de esportes, porém, com
esta falta de incentivo e o desconhecimento do esporte, acabam não sendo
tão a favor.”
A11: “Graças a Deus minha família me apóia em tudo o que desejo praticar
(a todos os esportes).”
Para outro grupo de mulheres, suas famílias não gostam que pratiquem F.A.,
pois acha muito perigoso e violento, chegam a desencorajar a prática desta
modalidade, e até mesmo a proibir.
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A5: “Não gostam e pedem para eu parar com isso sempre que vou treinar
ou jogar. Acham muito violento.”
A8: “Não proíbem, mas também não dão força, principalmente quando
chego machucada.”
A10: “Acham perigoso e não gostam muito disso, mas deixam porque... pois
o esporte é único pelo qual me interessei.”
A13: “Para eles é um esporte muito violento e que não tem futuro aqui no
Brasil, em especial Cuiabá.”
A1: “Meus amigos homens ficam brincando e falando para eu virar mulher.
(risos). Mas acham legal!”.
A11: “Falam que não é um esporte para mulheres, mas no final sempre dão
aquele apoio”.
modalidades esportivas seriam mais apropriadas para um gênero que para o outro.
Segundo Metheny, citado por Brandão e Casal, os esportes aceitáveis para
mulheres seriam, por exemplo, ginástica e natação, que enfatizam as qualidades
estéticas em contraste com a competição. Kany e Snyder (apud. Brandão e Casal),
confirmaram que o aspecto central da estereotipação de gênero são as
características do físico. Neste sentido, esportes que envolvem contato corporal e
grande esforço físico são caracterizados como sendo masculinos por natureza,
enquanto modalidades como balé são femininas.
Todavia, elas relatam que alguns de seus amigos acham legal elas
praticarem este esporte, mesmo achando perigoso e outros ainda, acreditam que
elas não devem praticar como nos depoimentos abaixo:
A16: ”Eles adoram, até me ajudam a mentir para os meus pais para eu
poder jogar...”
A13: “No início ficaram meio “ressabiados”, não gostaram muito... ou não
acharam que a gente ia dar conta, apesar de que muitos nos apoiaram.
Com o tempo o time feminino ganhou o respeito e a amizade deles. No
fundo eles ficam felizes porque é mais gente jogando futebol americano e é
mais um time divulgando o esporte, tornando-o mais popular.”
A5: “A maioria acha que é besteira, que mulher não serve para esse tipo de
esporte, que estamos só brincando e não nos levam a sério. Mas alguns
apóiam, ajudam, dão idéias, treinos, exercícios e acreditam no nosso time”.
A9: “Que somos inexperientes e não nos leva (sic) muito a sério”.
A11: “Apesar de nos ajudar, sinto que eles ainda duvidam do potencial
feminino na prática desse esporte”.
A1: “Me sinto como se estivesse liberando alguma coisa não ruim, mais nem
boa dentro de mim... é uma coisa inexplicável!! Ao mesmo tempo bate uma
adrenalina, bate uma coragem.. parece que a gente é a pessoa mais rápida
ou forte do mundo (risos) Sem sentir medo do que pode acontecer... e é
bom sentir isso!”
A4: “Sinto muito prazer, como todos os outros os esportes que pratico e já
pratiquei, mas, ainda melhor, pois a todo o momento mudamos de
estratégia e analisamos os adversários.”
A5: “Com vontade de atingir o objetivo da minha posição no time, com garra,
energia e também com muito bom humor, para me divertir com as amigas.”
A 13: “Mais relaxada, feliz, satisfeita, uma pessoa melhor de corpo e alma”.
A diversão, de acordo com Simões et. al., um dos motivos mais importantes
que cercam a participação de meninos e meninas no cenário dos esportes. A
melhoria das habilidades motoras e a excitação pela prática fariam parte de valores
e motivações masculinos, enquanto praticar exercícios para melhorar as habilidades
faz parte dos valores do mundo feminino – afora dos desafios das competições.
A1: “Significa não ter medo do que pode vir á frente... Significa Garra, força,
união com o time!”
No que diz respeito aos benefícios da prática do F.A., grande parte das
respostas estão voltadas a saúde física, mesmo sendo um esporte considerado
violento, às questões mentais e sociais segundo elas descrevem abaixo:
A5: Ter que enganar o adversário para conseguir fazer ponto, e também
conseguir decifrar qual a próxima jogada, para conseguir defender o time. A
estratégia do jogo.
O esporte se caracteriza, por parte dos indivíduos, como uma ação de jogo,
que visa à interação com algo e/ou consigo mesmo. Nesse contexto oferece
inúmeras possibilidades para os indivíduos em relação ao prazer, como também
envolve competição, estratégia, tática e destreza física. As representações dos
acontecimentos sociais, principalmente os de tipo competitivo, estão sujeitas a
regras bem definidas e à limitação espaço-temporal. As provas mais significativas
estão ligadas com a superação de grandes obstáculos, o reconhecimento do mérito
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Por outro lado, elas também apontam o que menos gostam quando estão
praticando o F.A. Os motivos apontados foram à falta de compromisso por parte de
algumas atletas nos treinos (ausência de atletas); o preconceito de pessoas que
desconhecem o esporte por ter características masculinas e, por fim, o grande medo
de se machucarem, afinal, o F.A. é um esporte de muito contato físico.
A17: ”Quando chego ao treino não tem o número suficiente de atletas para
treinar.”
A3: “1º Falta de compromisso por parte das atletas, falta de interesse e de
esforço para ir aos treinos; 2º Falta de técnico e 3º Falta de patrocínio”.
A7: “Ter poucas equipes, o esporte ser pouco divulgado e os integrantes ter
pouca disponibilidade de tempo para treinar”.
Para compor uma equipe esportiva coletiva não é só estar nela, a todo o
momento tem de provar suas competências e disputar uma posição, convivendo de
maneira harmoniosa com outro, a fim de manter adequadamente as relações
interpessoais, realça Simões e Macedo (2003).
A6: “A falta de incentivo por parte das autoridades, para tornar o time cada
vez mais forte e o esporte mais divulgado”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
51
ALONSO, Luiza Klein. Mulher, corpo e mitos no esporte. SIMÕES, Antônio Carlos
(Org.). Mulher e Esporte: mitos e verdades. São Paulo, SP: Manole, 2003, p. 35-
47.
BONSOR, Kevin. How Stuff Works – Como funciona o futebol americano. In:
Associação de Futebol Americano e de Futebol de bandeira (FLAG) do Brasil.
Disponível em: < http://esporte.hsw.uol.com.br/futebol-americano4.htm> Acesso
em: 18 mar. 2009.
SIMÕES, Antonio Carlos (org.). Mulher e Esporte: mitos e verdades. São Paulo,
SP: Manole, 2003, p. 207-236.
GLOSSÁRIO
Downs: seriam tentativas que a equipe que está com a posse de bola (atacante)
tem para avançar no campo adversário. Num primeiro down à equipe com a posse
de bola são dados quatro downs (tentativas) para tentar ganhar 10 jardas (têm um
"first and ten", o que significa que têm um primeiro down e que precisam de dez
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jardas para conseguir outro primeiro down). O down começa com o snap (passe
entre as pernas do center ao quarterback) e termina quando a bola fica “morta” por
qualquer razão ou o passe é interceptado. Caso ela não consiga avançar as 10
End jardas em 04 downs, ela pode devolve a bola através de um punt.zone: área
encontrada nas extremidades do campo, local em que se deve chegar para marcar o
ponto.
Flackle: é uma versão adaptada para praia, na qual jogam sete jogadoras, não
possui kickoff (chute inicial), o quarterback não pode correr e o center não pode
receber o passe, também não possui o “Y” e o campo de jogo é inferior ao de
campo de grama.
Flag football: é uma versão do F.A. com regras semelhantes, sendo que em vez
de atacar jogadores para o terreno, derrubar, a equipe defensiva deve remover
uma bandeira ou fita da correia do transportador da bola.
Football: nos Estados Unidos da América é o Futebol Americano (que se joga com
as mãos) já no Brasil se traduz como futebol (que se joga com os pés).
Fullback: jogadores de ataque que tem como objetivo correr com a bola e bloquear
para o quarterback.
Halfback: jogadores de ataque que tem como objetivo correr com a bola e
bloqueiam também.
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Kicker e punter: jogadores que fazem parte da equipe especial são chutadores de
punt e kickoff.
Kickoff: jogada especial usada para iniciar cada meio jogo e também para reiniciar
o jogo depois de cada Field goal ou uma tentativa de conversão depois de um
touchdown.
Linebackers: jogam logo atrás da linha de defesa, avançam para fazer tackles e às
vezes fazem cobertura em passes curtos.
Offensive tackles: ficam na linha de ataque, mas são os que jogam nas pontas da
mesma. Sua função é proteger o quarterback (o lançador).
Punt: é o ato de pontapear a bola a fim de ganhar uma melhor posição em campo.
Quando a equipe utiliza todos os seus quatro downs sem ganhar o número de
jardas necessárias para obter um primeiro down (são 10, inicialmente) a posse de
bola é transferida para a outra equipe.
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Rugby: desporto coletivo de origem inglesa, disputado por duas equipes de quinze
jogadores, numa partida de duas partes de quarenta minutos contínuos, o relógio
só pára quando algum jogador necessita de cuidados médicos. O objetivo do jogo é
marcar o maior número de pontos. É marcado quando um jogador consegue apoiar
a bola com uma das mãos no chão (toque-no-solo) dentro da "área de validação"
adversária, que corresponde a área após a linha dos postes.
Safety: ocorre quando um jogador é derrubado ou sai pela sua própria zona final
(ou endzone) e, portanto, concede dois pontos à outra equipe. Valem 02 pontos.
Tight-end: jogador que bloqueia e também recebe passes, joga fora da linha
ofensiva. Pode ser jogador de ataque ou defesa.
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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1. Nome: ______________________________________________________
2. Data de nascimento: _____/_____/______.
3. Qual é sua profissão ou ocupação profissional atual? ______________________
4. Qual seu nível de escolaridade?
5. Ensino Fundamental (1º grau): ( ) completo; ( ) incompleto;
6. Ensino Médio (2º grau): ( ) completo; ( ) incompleto;
7. Ensino Superior ( ) completo: ( ) incompleto;
Qual área: ___________________________________________
8. Tem especialização: ( ) sim; ( ) não;
9. Tem mestrado: ( ) sim; ( ) não.
10. Já praticou outras modalidades esportivas?
( ) não;
( ) sim, anteriormente: Qual/ais____________________________
( ) sim, ainda pratico: Qual/ais_____________________________
11. Antes de praticar o futebol americano, o que você sabia sobre esta modalidade?
___________________________________________________________________
12. Quem te convidou para praticar futebol americano?
( ) pais ou familiares; ( ) namorado/a;
( ) amigos/as; ( ) professor ou técnico;
( ) outros: _________________________________________________
13. Quem mais te incentiva a jogar futebol americano?
( ) pais ou familiares; ( ) amigos/as;
60
( ) outros: ___________________________________
14. Assinale com um (x) em que medida os fatores abaixo relacionados, contribuem
para a sua permanência na prática do futebol americano:
Família e parentes
Amigos/amizades
Técnico/treinador
Modelagem do corpo/estética
Desestressa/alivia tensões
Outro:
Nome?
Data de nascimento?
Profissão?
Nível de escolaridade?
2. De quem foi a idéia de trazer o futebol americano para Cuiabá? Como foi isto?
7. Você gostaria de dizer mais alguma coisa sobre o futebol americano em Cuiabá e
que não perguntamos, ou deixar alguma mensagem final para nós?
_________________________________________