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Divulgao/Globo
"Ele levava na esportiva, at porque, apesar de ter uma condio de vida melhor,
nunca colocava o dinheiro na frente, nunca esnobava ou tratava mal ningum. Ia
para favela, comia o mesmo que todo mundo, falava com tudo mundo", afirma
Toninho.
"Ele era o boyzinho da turma", comenta o lateral Pavo. "A gente pegava dois
nibus pra ir treinar, e ele j tinha carro, um Kadetti, quando ningum mais tinha."
Convidado para festas como a de aniversrio de 18 anos de Caio, Pavo era um
dos mais impressionados com a casa da famlia.
"Todo mundo no via a hora de ir na casa dele. Eu que morava num predinho,
numa casinha humilde, adorava ir l. Casona boa, piscina, tudo. Pra ns era uma
manso, uma casa muito fera. Todo mundo queria andar com o Caio porque ele era
muito gente boa."
"E era rpido demais. Lembro uma vez no avio, quando tinha uma aeromoa que
todo mundo estava olhando. Um de ns tentou se aproximar e quando viu ela j
tinha dado o telefone pro Caio", conta Toninho.
Caio era o campeo de cartinhas enviadas por fs. "Placar" de 95, ele dizia que
recebia 50 cartas por semana, e que uma f havia invadido a sala de fisioterapia do
clube atrs dele.
"Teve um dia que a gente estava voltando pro CT e apostou um racha. Eu tinha um
Escortinho e passei, ganhei dele. Ele veio atrs pulando lombadas e mais
lombadas, depois arrebentou o carro todo, as molas todas, o carro ficou todo batido.
Ele disse para me dele que no sabia o que tinha acontecido e que tinha
emprestado o carro para um amigo."
Depois de se aposentar dos campos, Caio fez um curso e gesto esportiva e virou
comentarista meio por acaso. "Ele nunca se preparou propriamente para isso, mas
como se comunica muito bem, comeou a adorar a profisso", afirma o pai. Hoje,
Caio faz parte da equipe principal de comentarista da Globo de So Paulo.
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