Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURSO DE NUTRIÇÃO
2
3
Dedico este trabalho as pessoas
responsáveis por me proporcionar
condições para a realização desta
faculdade: Minha Família.
4
AGRADECIMENTOS
A Deus...
Pai de amor e misericórdia por me apresentar pessoas maravilhosas ao
longo desta jornada.
Aos Espíritos de Luz...
Pela inspiração em todos os momentos da minha vida, principalmente nos
momentos mais difíceis.
A minha Família...
Minha mãe Beth, meu pai Djalma e meu irmão Duca, por suas vidas
dedicadas a família aos exemplos de amor e prática do bem, SEMPRE. Amo-os!!
Ao meu Namorado...
Kuki, por me compreender, apoiar e incentivar em minhas decisões.
Aos meus Amigos...
Aos que começaram e não terminaram e aos que permaneceram até o final
desta etapa. Em especial aquelas que tornaram a faculdade mais divertida e
proveitosa, a turma do fundão: Dani, Sá, Brunis, Mêri, Miroca, Dai.
Ao pessoal do projeto de extensão, pelas manhãs de aprendizado e de
descontração e pelas parcerias realizadas neste período. Valeu Rose, Brunoviski,
Déia, Angel, Camila, Luciana.
A minha professora orientadora...
Adriana pela paciência, compreensão e aprendizados dispensados no
transcorrer deste processo, tornando-se antes de tudo, uma grande parceira.
Aos professores da banca...
Marilia e Sílvio, por terem aceitado ao convite da banca, assim como pelo
tempo despendido para me avaliar.
Aos professores do curso...
A todos os professores que através de seus ensinamentos e profissionalismo,
contribuíram para minha formação profissional, o meu agradecimento e respeito.
Ao Criciúma Esporte Clube...
Em especial ao Beirão, Evandro e Gil, por permitirem a realização deste
trabalho no clube.
Enfim, agradeço a todos que, indiretamente, colaboraram para a conclusão de
mais esta etapa no meu processo de crescimento profissional. Muito obrigada!
5
“Foi o tempo que perdeste com a
tua rosa, que fez a tua rosa tão
importante.”
Antoine Saint Exupèry
6
RESUMO
7
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
8
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AI - Adequate Intakes;
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária;
ATP - Adenosina Tri-Fosfato;
BCAA - Aminoácidos de Cadeia Ramificada;
DCSE - Dobra Cutânea Subescapular;
DCTR - Dobras Cutâneas Tricipital;
DRI - Dietary Reference Intake;
DP - Desvio Padrão;
G - Gramas;
GC - Gordura Corporal;
IMC - Índice de Massa Corporal;
IMC/I - Índice de Massa Corporal por Idade;
KG – Quilogramas;
MM - Massa Magra;
OMS - Organização Mundial da Saúde;
RDA - Recommended Dietary Allowances;
SBME - Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva;
SC - Santa Catarina;
UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense;
UL - Tolerable Upper Level Intake;
VCT - Valor Calórico Total.
9
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................12
1.1 PROBLEMA........................................................................................................12
1.2 OBJETIVOS........................................................................................................14
1.2.1 Objetivo geral .................................................................................................14
1.2.2 Objetivos específicos.....................................................................................14
1.3 JUSTIFICATIVA..................................................................................................14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................16
2.1 FUTEBOL ...........................................................................................................16
2.2 MACRONUTRIENTES E FUTEBOL...................................................................18
2.2.1 Carboidratos ...................................................................................................18
2.2.2 Proteínas .........................................................................................................20
2.2.3 Lipídeos...........................................................................................................21
2.3 Hidratação..........................................................................................................22
2.4 Micronutrientes e Exercício..............................................................................24
2.4.1 Ferro ................................................................................................................24
2.4.2 Cálcio...............................................................................................................25
2.5 SUPLEMENTAÇÃO............................................................................................26
2.6 NUTRIÇÃO NO ATLETA ADOLESCENTE ........................................................27
3 METODOLOGIA ....................................................................................................30
3.1 ÂMBITO DO ESTUDO ........................................................................................30
3.2 DESENHO DO ESTUDO ....................................................................................30
3.3 SUJEITOS...........................................................................................................30
3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS.........................................................31
3.5 AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR .......................................................32
3.6 AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL..................................................32
3.7 COLETA DE DADOS..........................................................................................33
3.8 ANÁLISE ESTATÍSTICA ....................................................................................34
3.9 ASPECTOS ÉTICOS ..........................................................................................34
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................35
4.1 CARACTERIZAÇÃO ANTROPOMÉTRICA .......................................................35
4.2 CLASSIFICAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) ........................36
4.3 COMPOSIÇÃO CORPORAL ..............................................................................37
4.4 CONSUMO ALIMENTAR....................................................................................38
4.4.1 Energia ............................................................................................................38
10
4.4.2 Macronutrientes .............................................................................................40
4.4.3 Micronutrientes ..............................................................................................43
4.4.4 Suplementos...................................................................................................44
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................46
REFERÊNCIAS.........................................................................................................48
APÊNDICES .............................................................................................................55
ANEXOS ...................................................................................................................57
11
1 INTRODUÇÃO
1.1 PROBLEMA
12
contribuem para o aumento da demanda energética dos jogadores (MOHR et al,
2005; REILLY et al, 2000 apud TIRAPEGUI, 2005).
Tanto a quantidade quanto a qualidade do treino irão influenciar no gasto
energético do jogador. Além disso, outros fatores como a posição que é
desempenhada pelo jogador, a distância percorrida por ele durante o jogo e o estilo
por ele adotado, irão contribuir para o aumento do gasto calórico (BARROS;
GUERRA, 2004).
Sendo assim, os jogadores de futebol devem seguir uma alimentação
adequada e balanceada e seguir estratégias nutricionais as quais contribuem para
otimização do desempenho de jogadores durante os jogos e treinos
(HIRSCHBRUCH; CARVALHO, 2008).
Sabendo da importância de uma boa nutrição para o desempenho físico,
o curso de Nutrição da UNESC, que faz parte da Unidade Acadêmica da Saúde
(UNASAU), vem desenvolvendo desde novembro de 2008, um projeto de extensão
denominado “Atendimento nutricional a praticantes de exercícios físicos e atletas”. O
projeto tem por objetivo prestar atendimento nutricional individual e em grupos a
praticantes de exercícios físicos e atletas de diferentes modalidades e faixas etárias
de Criciúma e de regiões vizinhas. As atividades do programa são desenvolvidas no
ambulatório de nutrição da UNESC, contando com a participação de três bolsistas,
dois voluntários e um professor do curso de Nutrição da instituição.
A consulta ambulatorial incluía a aplicação de anamnese, avaliação do
consumo alimentar e de suplementos alimentares, avaliação da composição
corporal, orientação nutricional e prescrição nutricional com base nos objetivos dos
atletas. As modalidades esportivas praticadas incluíam musculação, ciclismo,
atletismo, futebol de campo e de salão, natação, jiu-jitsu e triatlo. Ademais, foram
realizados trabalhos de avaliação nutricional em equipes de ciclismo, futebol de
campo, futsal e natação.
13
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
14
Assim, uma alimentação adequada é essencial para que o atleta consiga
atingir a performance esportiva ótima. Tendo em vista, de que se a alimentação for
deficiente em um determinado nutriente fundamental para a produção de energia
durante o exercício, vai influenciar negativamente na performance deste atleta
(BIESEK; ALVES; GUERRA, 2005).
Além da prática de exercícios físicos, o comportamento dietético promove
também, alterações nas proporções dos diferentes componentes corporais, sendo
que a associação de dieta e exercício constitui a melhor forma de potencializar
esses resultados (HIRSCHBRUCH; CARVALHO, 2008).
A avaliação precisa da composição corporal tem como objetivo quantificar
os principais componentes da estrutura corporal: músculos, ossos e gordura; assim
tornando-se um artifício relevante para um programa completo de nutrição total e
aptidão física (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2001).
Perante isso e devido à inexistência de estudos sobre o tema nos atletas
de categoria de base desta equipe futebol de Criciúma, faz-se necessário a
realização desta pesquisa para avaliar a composição corporal e consumo alimentar
dos jogadores. Os resultados deste estudo poderão servir de base para elaboração
de programas de educação nutricional voltados a esta população.
15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 FUTEBOL
16
A literatura evidencia que o futebol é uma atividade depletora de
glicogênio e que a taxa de volume de trabalho é influenciada pelo nível de glicogênio
muscular (KIRKENDALL, 1993).
Segundo Martin (2002), o futebol é um esporte no qual as demandas
fisiológicas são multifatoriais que oscilam durante a partida onde se encontra alta
concentração de lactato sangüíneo e elevada concentração de amônia durante o
período de jogo, o que indica que ocorre maior metabolismo muscular e alterações
iônicas as quais levam à fadiga.
Devido às grandes dimensões do campo e da duração de uma partida,
cada atleta desempenha uma função específica dentro da equipe, a saber:
zagueiros, meio-campistas, goleiros, atacantes e laterais. Diante disso, cada jogador
percorre uma distância diferente, bem como o tipo e a intensidade das ações
realizadas, assim colaborando com uma sobrecarga adicional ao metabolismo
(PRADO et al, 2006).
Normalmente, a distância percorrida pelos jogadores de meio-campo
(10,2 a 11km) é maior que as dos zagueiros (9,1 a 9,6km) e atacantes (10,5km). Os
jogadores de meio-campo ficam parados 14% do tempo total, significantemente
menos que os zagueiros (21,7%) e os atacantes (17,9%). Esta distância diferenciada
percorrida pelos jogadores durante a partida pode ser influenciada pela qualidade do
oponente, pelas considerações táticas e pela importância do jogo (BIESEK; ALVES;
GUERRA, 2005).
Em relação às características físicas dos jogadores, os maiores valores
de percentual de gordura do time são encontrados nos goleiros, possivelmente
devido ao fato de as outras posições possuírem um treinamento diferente e maiores
demandas energéticas durante os jogos. Já os menores valores de percentagem
gordura corporal são atribuídos aos jogadores de meio-campo, pelo fato desses
jogadores estarem envolvidos em eventos de maior demanda aeróbia e os goleiros,
em atividades anaeróbias (TIRAPEGUI, 2005).
O percentual de gordura médio entre jogadores durante uma temporada é
de 10%, podendo chegar a 20% entre as temporadas. Geralmente, este percentual
oscila entre 6,2 e 15,7%, valores estes menores que em indivíduos não-atletas
(TIRAPEGUI, 2005).
A prioridade nutricional em relação a atletas é suprir as necessidades
energéticas. A manutenção do balanço energético é essencial para a preservação
17
da massa magra, das funções imunes e reprodutivas, e da otimização do
desempenho atlético (HIRSCHBRUCH; CARVALHO, 2008).
Uma inadequada ingestão de energia bem como de macronutrientes
podem promover alterações na composição corporal do atleta, além de levar a um
baixo rendimento em treinos e competições e aumentar a predisposição a lesões
musculares (KIRKENDALL, 1993).
Sendo assim, os jogadores de futebol devem seguir uma dieta que
contenha uma quantidade de calorias adequada e permita tanto a manutenção do
peso corporal, quanto o fornecimento de calorias suficientes, para atender a
demanda de treinos e jogos (BIESEK; ALVES; GUERRA, 2005).
2.2.1 Carboidratos
18
podem ser depletados na segunda metade do jogo, e esta depleção pode estar
associada a uma diminuição na velocidade e na distância percorrida (SANZ-RICO et
al, 1998 apud GUERRA et al, 2004).
Portanto, o carboidrato deve ser consumido antes que ocorra a fadiga
muscular, para assegurar que esteja disponível quando os níveis de glicogênio
muscular estiverem baixos (GUERRA; SOARES; BURINI, 2001).
É fundamental uma dieta com predominância de ingestão de carboidratos,
pois a depleção deste macronutriente pode aumentar a percepção de fadiga, o que
pode acarretar uma diminuição na concentração e redução na capacidade de
treinamento (JUZWIAK; PASCHOAL; LOPEZ, 2000).
A Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME),
editada por Carvalho et al (2003), e revisada por Nahas e Hernandez (2009), afirma
que em provas longas, como o futebol, os atletas devem ter o consumo de
carboidrato entre 7 e 8g/kg de peso ou 60 a 70% do valor energético diário total,
evitando assim a hipoglicemia, a depleção de glicogênio e a fadiga.
Alguns estudos demonstram que a ingestão de uma solução de
carboidrato durante testes que simulam uma partida de futebol melhora o
desempenho de jogadores durante o mesmo (OSTIJIC; MAZIC, 2002).
O consumo de carboidrato é também de fundamental importância para a
recuperação após o exercício. O termo recuperação envolve a restauração de
estoques de glicogênio hepático e muscular (GUERRA, 2004).
Esta ingestão de carboidrato simples recomendada após o exercício
exaustivo é de 0,7 a 1,5g/kg peso no período de quatro horas, o qual é suficiente
para a realização da ressíntese de glicogênio muscular (NAHAS; HERNANDEZ,
2009).
A recuperação de carboidratos após o exercício é um desafio
principalmente para o jogador de futebol, tendo em vista que geralmente os treinos e
jogos são exaustivos e o período de recuperação varia de seis a vinte e quatro horas
entre as sessões de treinamento (HIRSCHBRUCH; CARVALHO, 2008).
A ressíntese de glicogênio muscular em sua primeira fase é sensível ao
fornecimento de carboidrato, portanto é de extrema relevância que, para uma
adequada reposição destes estoques, haja o imediato consumo de alimentos fonte
de carboidratos, principalmente os de índice glicêmico alto, como pães, banana,
19
laranja e mel (ECONOMOS et al, 1993; CLARK, 1994; BURKE, 1996; BURKE et al,
2004 apud GUERRA et al, 2004).
2.2.2 Proteínas
20
O uso de aminoácidos como fonte energética está associada à depleção
dos estoques de glicogênio muscular. Aparentemente, esta redução de glicogênio
aumenta a oxidação de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), assim, nos
momentos finais do exercício de longa duração, os BCAAs colaboram com cerca de
5 a 15% da energia total da atividade (MÜLLER, 2007). Esta perda de aminoácidos
poderá comprometer o processo normal de síntese protéica. Isso por conseqüência
pode ocasionar a perda de força muscular, assim diminuindo o desempenho durante
a partida de futebol, isso se os mesmos não forem repostos por meio da alimentação
(LEMON, 1994 apud GUERRA et al, 2001).
De acordo com a SBME (CARVALHO et al, 2003; NAHAS; HERNANDEZ;
2009), o consumo de proteína mais indicado para atletas é de 1,2 a 1,8g/Kg/dia,
devido a este esporte ser de alta intensidade necessitando tanto de força quanto de
resistência.
Os jogadores brasileiros, normalmente, consomem uma quantidade diária
de proteínas em suas dietas maior que a recomendada. Esta ingestão a mais pode
estar relacionada ao consumo diário de carnes e da combinação arroz e feijão na
alimentação dos atletas (GUERRA, 2000).
2.2.3 Lipídeos
21
maior que 30% do valor energético total diário, sendo que as proporções de ácidos
graxos essenciais sejam a mesma: 10% de saturados, 10% de poliinsaturados e
10% de monoinsaturados.
Embora haja indicação de que as crianças utilizam mais gordura como
fonte de energia durante o exercício, não há nenhuma evidência de que jovens
atletas que praticam atividades de resistência se beneficiem com uma quantidade
alta de gordura na dieta. O consumo elevado de gordura, antes do exercício, pode
causar uma redução de 40% da secreção do hormônio do crescimento durante o
exercício físico (MEYER; PERRONE, 2008).
Por outro lado, este consumo protéico não deve ser excessivamente
baixo, pois estudos sugerem que níveis abaixo de 15% do valor calórico total já
produzem efeitos negativos no metabolismo de produção de energia, no transporte
de vitaminas lipossolúveis, e na composição das membranas celulares (ACSM,
2000; NAHAS; HERNANDEZ, 2009).
Segundo a ACSM; ADA; DC (2000), a alta ingestão de proteínas tem sido
considerado um problema freqüente nas dietas dos atletas, tornando mais difícil a
ingestão das quantidades preconizadas de carboidratos.
2.3 Hidratação
22
Tendo em vista que o futebol é um esporte com duração de 90 minutos,
geralmente ocorrem problemas associados à termorregulação e ao balanço hídrico.
Sabe-se que o esforço físico quando associado com o estresse térmico, aumenta a
produção de suor e do fluxo sanguíneo cutâneo (TIRAPEGUI, 2005).
Dependendo das condições climáticas e da intensidade da partida, as
perdas líquidas pelo suor de cada jogador de futebol podem variar de um a quatro
litros. Vários estudos relataram que em média, os jogadores repõem em torno de 0 a
87% de sua perda de líquido durante o jogo (MAUGHAN; BURKE, 2004).
Segundo Aragón-Vargas (2000), além das diferenças individuais, tais
como: estado de climatização, condicionamento físico e taxas de transpiração dos
atletas, no futebol existem diferenças no número de interrupções em um jogo. Isto,
somado as variações quanto ao trabalho realizado durante a partida pelos
jogadores, indicam possíveis níveis de desidratação e fadiga diferenciados, cabendo
aos profissionais da saúde ficar atentos a essas variações.
A reposição de líquidos, antes e durante o exercício, tem como objetivo
fornecer substrato como fonte de energia e anular os efeitos negativos causados
pela desidratação, já que o exercício praticado em estado de baixa hidratação
ocasiona o aumento rápido da temperatura corporal e ao início das agressões
térmicas. Deste modo, o consumo hídrico correto antes, durante e após os jogos e
treinos ajudaria na prevenção destes sintomas (GUERRA; SOARES; BURINI, 2001).
O futebol por ser um esporte com poucos intervalos regulares não permite
que a hidratação seja feita de forma correta, sua ingestão durante o exercício é
também limitada pelo tempo de esvaziamento gástrico já diminuído devido à alta
intensidade (TIRAPEGUI, 2005).
Portanto, de acordo com Nahas e Hernandez (2009), é importante iniciar
o exercício físico bem hidratado, ingerindo 250 a 500ml de água aproximadamente
duas horas antes do início do mesmo. O consumo de líquidos pode ser feito logo
nos primeiros 15 minutos e permanecer bebendo a cada 15 a 20 minutos de jogo. A
taxa de sudorese tem influência direta no volume a ser ingerido pelo jogador, mas
geralmente este volume é de 500 a 2.000ml/hora.
Em esportes intermitentes e intensos como o futebol é fundamental a
utilização de bebidas hidroeletrolíticas, contendo carboidrato (4 a 8%) e sódio (0,5 a
0,7g/l), tendo em vista que o carboidrato é essencial como repositor energético e no
retardo da fadiga, além de ter como vantagem o sabor agradável, o qual estimula
23
uma maior ingestão de líquidos pelos jovens (ACSM; ADA; DC, 2001; JUZWIAK;
PASCHOAL; LOPEZ, 2000).
Após o exercício é recomendado dar continuidade à ingestão hídrica,
água, carboidratos e sódio nas primeiras horas, para promover a ressíntese de
glicogênio, fazer uma correta reposição hídrica e de sódio (NAHAS; HERNANDEZ,
2009).
2.4.1 Ferro
24
enzimas relacionadas aos processos oxidativos e à proliferação celular (JUZWIAK;
PASCHOAL; LOPEZ, 2000).
Deve-se considerar que, as mudanças da adolescência, como o estirão
de crescimento físico e o desenvolvimento sexual e ósseo, promovem o aumento
das necessidades de ferro neste estágio da vida (EISENSTEIN, 2000).
O acelerado aumento da massa magra, do volume sanguíneo e das
células vermelhas resulta em uma necessidade maior de ferro para a mioglobulina e
a hemoglobina, elevando a possibilidade de ocorrer anemia no estirão (JUZWIAK;
PASCHOAL; LOPEZ, 2000).
Na tabela abaixo está descrita a recomendação da ingestão adequada de
ferro:
Tabela 1- Valores de RDA para Ferro: ingestão recomendada para população geral
Sexo Masculino Feminino
Faixa etária
9 a 13 anos 8 mg/dia 8 mg/dia
14 a 18 anos 11 mg/dia 15 mg/dia
19 a 50 anos 8 mg/dia 18 mg/dia
› 50 anos 8 mg/dia 8 mg/dia
Fonte: IOM (Institute of Medicine), 2000.
2.4.2 Cálcio
25
Sendo assim, exercendo importante função na liberação do sítio ativo de
pontes cruzadas actina-miosina durante a contração muscular, e por isso representa
um nutriente fundamental na prática esportiva. Ainda a perda de massa magra está
associada à osteoporose, que por sua vez, pode ser desencadeada pela baixa
ingestão de cálcio. Na atividade esportiva, a diminuição da massa muscular quase
nunca é desejável, e neste sentido, o cálcio teria a função de preservação e
manutenção da magra (BUCCI et al, 2005).
O pico de massa óssea é o resultado da interação de fatores endógenos
(genéticos e endócrinos) e fatores exógenos (nutrição e atividade física). Especula-
se que a genética contribui com 80% da massa óssea e o ambiente com os 20%
restantes (VITOLO, 2008).
O consumo adequado de cálcio é de extrema importância para os atletas
em crescimento, para reduzir as fraturas de estresse e, posteriormente, o risco de
desenvolver osteoporose (JUZWIAK; PASCHOAL; LOPEZ, 2000).
Na tabela abaixo está descrita a recomendação da ingestão adequada de
cálcio:
2.5 SUPLEMENTAÇÃO
26
Com finalidade ergogênica e estética, no Brasil, tem sido observado a
utilização abusiva de suplementos alimentares e drogas. Trata-se de atitudes que
têm crescido em ambientes de prática de exercícios físicos, tendendo à
generalização em algumas academias de ginástica e associações esportivas
(CARVALHO et al, 2003; NAHAS; HERNANDEZ 2009).
No meio atlético, existem dois fatores importantes para o sucesso, sendo
estes: a carga genética e o estado de treinamento. Em vários níveis de competição
os participantes possuem habilidades atléticas genéticas bem similares, tornando-se
bastante nivelados quando expostos aos mesmos métodos de treinamento. Pode-se
afirmar então que, pela busca de melhora no desempenho físico diante de seus
adversários, duas estratégias são adotadas: dieta adequada e utilização de recursos
ergogênicos (BIESEK; ALVES; GUERRA, 2005).
O propósito da maioria dos ergogênicos é aumentar a performance pela
intensificação da potência física, da força mental ou do limite mecânico e, dessa
forma, prevenir ou retardar o início da fadiga (ALVES; DANTAS, 2002).
A Portaria 222/1998 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA), que aprova o regulamento técnico referente a alimentos para praticantes
de atividade física, classifica os suplementos alimentares em: repositores
hidroeletrolíticos, repositores energéticos, alimentos protéicos, alimentos
compensadores, aminoácidos de cadeia ramificada e outros alimentos com fins
específicos para praticantes de atividade física.
No entanto, em novembro de 2008, a ANVISA propôs novas regras para
os alimentos destinados aos atletas encontradas na Consulta Pública nº60; nela
apresenta-se um novo conceito para este grupo específico de alimentos, além de
regulamentar o uso de suplementos de creatina e de cafeína. Estima-se que até o
fim deste ano vai ser definida a nova regulamentação.
27
A adolescência é uma etapa evolutiva peculiar ao ser humano, que
culmina todo o processo maturativo biopsicossocial do indivíduo. Caracterizada por
profundas transformações somáticas, psicológicas e sociais, compreende as idades
de 10 a 19 anos, de acordo com a Organização Mundial de saúde (WHO, 1986;
COLLI, 1992; OSÓRIO, 1992; COSTA; SOUZA, 2002 apud VITOLO, 2003)
Esta etapa da vida é considerada de risco nutricional, pois é quando
jovens incorporam seus hábitos para o futuro, estabelecendo padrões alimentares
(SILVA; TEIXEIRA; GOLDBERG, 2003).
Há vários fatores que influem na qualidade de uma dieta, principalmente
por se tratar de adolescentes, deve-se levar em consideração que nessa faixa etária
há uma busca por maior independência, e a escolha da alimentação é uma das
áreas que esses jovens mais podem mostrar sua determinação e expressar suas
preferências (JUZWIAK; PASCHOAL; LOPEZ, 2000).
Os adolescentes passam, gradativamente, maior tempo longe de casa, na
escola e com os amigos, o que também influência na escolha dos alimentos e
estabelece o que é socialmente aceito (GAMBARDELLA; FRUTUOSO; FRANCHI,
1999).
A manutenção do balanço energético é considerada uma preocupação
constante. Jovens atletas são particularmente afetados pelo desequilíbrio energético
que pode ter como conseqüência, caso se prolongue, graves implicações para a
saúde, tais como baixa estatura, atraso puberal, deficiência de nutrientes,
desidratação, irregularidade menstrual, alterações ósseas, maior incidência de
lesões e maior risco de manifestação de distúrbios alimentares (THOMPSON, 1998).
Diante dessas considerações, é difícil estabelecer uma recomendação
alimentar de referência para a energia de adolescentes que praticam atividades
físicas regularmente e até mesmo atletas. A avaliação da adequada ingestão
energética pode ser analisada através monitoração do crescimento, do peso
corporal e outras variáveis antropométricas (MEYER; PERRONE, 2008).
Com o objetivo de promover um crescimento adequado, a nutrição para
adolescentes deve ser ajustada: saudável e balanceada em quantidade e qualidade
de nutrientes, ainda sendo agradável ao paladar, principalmente na fase do estirão
de crescimento (OLIVEIRA; VITALLE, AMÂNCIO, 2000).
A Diretriz da SBME, revisada por Nahas e Hernandez (2009), recomenda
que a ingestão de carboidratos por atletas seja de 60-70% do aporte calórico diário,
28
enquanto as proteínas devem contribuir com 10-15% da dieta e os lipídeos com 30%
do valor calórico total.
Já de acordo com Juzwiak e Paschoal (2001), as fontes energéticas
devem estar balanceadas entre os macronutrientes, sendo a recomendação da dieta
para crianças e adolescentes fisicamente ativos seja rica em carboidratos (60-70%
do VCT), adequada em lipídeos (20-25% do VCT), equilibrada em proteínas (10-
15% do VCT) e com variações qualitativas a fim de alcançar as recomendações de
micronutrientes.
Portanto, ao se tratar de jovens atletas, a adequação nutricional tem que
estar relacionada com a otimização do crescimento e desenvolvimento corporal,
assim a alimentação dos atletas nesta faixa etária deve garantir as necessidades
nutricionais para a prática de exercícios físicos como também para o
desenvolvimento corporal (SILVA, 2006).
29
3 METODOLOGIA
3.3 SUJEITOS
30
- Ter idade entre 12 e 20 anos.
- Fazer parte das categorias de base da equipe;
- Atuar na equipe há dois meses;
- Participar de toda a coleta de dados e entregar os instrumentos
devidamente preenchidos;
31
uso. O consumo de suplementos descrito pelos jogadores é realizado somente no
período de competições.
32
utilizar medicamentos diuréticos sete dias antes do teste; não ingerir refeições
pesadas no dia anterior ao teste (para que o peso não seja momentaneamente
alterado) (ROSSI; TIRAPEGUI, 2001).
Os dados de massa corporal e estatura foram obtidos utilizando-se
balança antropométrica mecânica da marca “Techline” com capacidade para 180Kg,
precisão de 100g, com estadiômetro da marca “Sanny”, respectivamente.
Para aferição da massa corporal o avaliado subiu na plataforma,
cuidadosamente, colocou um pé de cada vez e posicionou-se no centro da mesma.
Estava com o mínimo de roupa possível e sem nenhum acessório nos bolsos. Esta
medida foi realizada apenas uma vez (PETROSKI, 2007).
A aferição da estatura foi realizada em posição ortostática, com os pés
descalços e unidos, procurando por em contato com o instrumento de medida as
superfícies posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região
occipital, a cabeça orientada segundo o plano Frankfurt (PETROSKI, 2007).
De posse dos valores de massa corporal e estatura, calculou-se o Índice
de Massa Corporal (IMC). Os valores de IMC foram avaliados de acordo com os
percentis para a idade (IMC/Idade), utilizando-se os pontos de corte propostos pela
Organização Mundial de Saúde (WHO, 2007).
33
realizadas no próprio clube e os equipamentos para a coleta de dados
antropométricos utilizados foram os do ambulatório de Nutrição da universidade.
34
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste estudo a idade média dos atletas foi de 16,8±1,6 anos, enquanto
massa corporal média foi de 71,4±8,5 Kg e a estatura média foi de 1,79±0,07 m.
Observou-se que o peso corporal aumentou com o avançar da idade e que a
estatura permaneceu estável em todas as categorias.
No estudo de Tanaka (2007), foram avaliados 21 jogadores de futebol
com média de 16,2+0,4 anos da categoria juvenil (sub-17) de um time do interior de
São Paulo. A massa corporal média correspondeu a 67,7±5,0 Kg, enquanto a média
de estatura foi de 1,78±7,1m, valores estes semelhantes ao presente estudo.
Ao analisar por categorias, tanto na variável peso como na variável
estatura este estudo apresentou valores maiores quando comparados ao estudo
realizado por Daros et al (2008), onde foram analisados dados antropométricos em
753 atletas de futebol de cinco diferentes categorias (mirim, infantil, juvenil, júnior e
profissional).
35
4.2 CLASSIFICAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC)
36
4.3 COMPOSIÇÃO CORPORAL
37
8,1±1,5%); enquanto a variável massa corporal magra foi aumentando (Infantil
59,4±6,6 Kg; Juvenil 64,0±5,9 Kg; Júnior 69,9±6,8 Kg).
Isso pode ser observado também no estudo de Campeiz, Oliveira e Maia
(2004), onde 54 jogadores divididos em categorias obtiveram valores crescentes de
massa corporal magra (Juvenil 56,92±4,66 Kg; Júnior 62,98±4,25 Kg e Profissional
69,09±5,42 Kg). No entanto os valores de gordura corporal destes jogadores não
acompanharam a mesma lógica do presente estudo (decréscimo com o avançar da
idade), sofrendo uma pequena variação entre as categorias (Juvenil 10,2%; Júnior
10,15% e no Profissional 10,7%).
4.4.1 Energia
38
Tabela 6: Consumo Energético dos Atletas da Equipe de Futebol de Criciúma (SC).
Categorias Infantil Juvenil Júnior Geral
(n=15) (n=19) (n=18) (n=52)
Variáveis x s x s x s x s
Necessidade Calórica (Kcal) 3796 276 3980 259 4164 294 3993 313
Ingestão Calórica (Kcal) 2397 613 2672 645 2469 487 2497 584
Adequação Calórica (%) 63,9 18,7 67,1 16,2 59,6 12,9 63,0 16,0
x= média; s= desvio padrão; n= tamanho da amostra
39
4.4.2 Macronutrientes
40
A principal função das proteínas no organismo é atuar na síntese de
tecidos, como o músculo. Pode-se observar na Tabela 7 que a percentagem média
de proteínas (15,6±2,6%) ultrapassou a recomendação da SBME (10-15% do VCT),
porém quando analisada em g/Kg de peso a média (1,39±0,42 g/Kg de peso) dos
atletas avaliados encontra-se dentro do valor preconizado (1,2-1,8 g/Kg de peso).
Entre as categorias o valor oscilou entre 1,33±0,33 a 1,44±0,53 g/Kg de peso nas
categorias júnior e infantil, respectivamente.
Apesar de saber que os atletas necessitam de um consumo protéico maior
que indivíduos sedentários, pelo fato de sua composição corporal ser constituída em
maior proporção por massa muscular e o exercício lesionar os tecidos orgânicos,
muitos estudos demonstram que o consumo elevado de proteínas (superior a 2g
proteína/kg de peso corporal ao dia) não apresenta efeitos adicionais na
performance atlética, e ainda, esse excesso na ingestão alimentar pode causar uma
sobrecarga ao fígado e rim, interferindo no funcionamento adequado desses órgãos
(HIRSCHBRUCH; CARVALHO, 2008).
O consumo inadequado de macronutrientes tem sido observado em
alguns estudos com jogadores de futebol e atletas de outras modalidades
esportivas.
Ribeiro (2005) em seu estudo de avaliação dos hábitos alimentares de
adolescentes jogadores de futebol constatou que a ingestão de macronutrientes
também não se adequou a necessidade; sendo a ingestão de carboidrato (50,1%)
menor que o presente estudo, enquanto a média de percentagem de lipídeos
(32,4%) e proteínas (17,7%) relatadas ficou acima do consumo relatado neste
estudo.
Em estudo realizado por Almeida e Soares (2003) onde avaliava o perfil
dietético e antropométrico de atletas adolescentes de voleibol encontraram também
valores menores do que os preconizados para atletas. A porcentagem de
carboidratos representou 48% do valor calórico total, ficando abaixo da
recomendação, enquanto os lipídeos e as proteínas representaram respectivamente
32% e 20% do valor calórico total, assim excedendo o limite de adequação.
Outro estudo que apresenta resultados semelhantes aos citados acima é
o estudo de Soares, Ishii e Burini (1994), o qual foi realizado uma avaliação de
dados antropométricos e dietéticos de nadadores competitivos onde se pode
41
verificar que, em ambos os sexos, a contribuição dos carboidratos foi abaixo de
50%, a das proteínas acima de 15% e a dos lipídios acima de 30%.
Cabe destacar que apesar das médias de consumo dos macronutrientes
em relação ao percentual do valor calórico parecer estar adequado, a ingestão
calórica foi deficiente para grande parte dos avaliados, sendo este um fator muito
preocupante. Ademais, quando se avalia o consumo individual, observam-se
inadequações, tanto pelo consumo insuficiente quanto pelo consumo excessivo. Tal
fato é observado na Figura 1:
42
proteínas por g/Kg observa-se que 38,5% da amostra está consumindo pouca
proteína e 15,3% dos atletas consomem de forma excessiva.
A distribuição dos macronutrientes na maior parte dos estudos revela que
há um consumo excessivo de proteínas e lipídeos e baixo consumo de carboidratos.
Este estudo vem a confirmar o trabalho realizado por Rebello et al (1999)
onde foi analisada a dificuldade dos jogadores de futebol em se alimentar com
qualidade, ressaltando assim o papel do profissional Nutricionista em realizar uma
educação nutricional no meio esportivo, com o intuito de conscientizar os atletas e
mesmo técnicos da importância de uma alimentação adequada.
4.4.3 Micronutrientes
43
A quantidade adequada de ferro corporal é vital para a performance
atlética. As atividades físicas de longa duração são dependentes de adequado
suprimento de oxigênio para os músculos solicitados no metabolismo aeróbio para
liberação de energia. Caso esta quantidade de ferro não seja adequada, propiciando
o surgimento da anemia, várias manifestações sistêmicas poderão ocorrer, dentre as
quais se encontra a redução da capacidade física (HEYDE, 1999).
O valor médio de cálcio ingerido por todas as faixas etárias não foi
suficiente para alcançar o valor preconizado (1000-1300mg). É sabido que a
deficiência de cálcio pode levar à desmineralização óssea e conseqüente
osteoporose, que predispõe o sistema ósseo à fraturas e é mais comum em
mulheres após a menopausa e atletas mirins ou jovens em treinamento extenuante
(McARDLE et al., 2003). Além disso, uma baixa ingestão de cálcio pode prejudicar o
desempenho de atletas, uma vez que este micronutriente é essencial para o
processo de contração muscular (GOMES; TIRAPEGUI, 2002).
Garcia, Gambardella, Frutuoso (2003), em estudo sobre o estado
nutricional e o consumo alimentar de adolescentes de São Paulo, obteve valores
menores destes micronutrientes; resultando em uma ingestão média de 580 mg de
cálcio enquanto o consumo médio de ferro foi de 10,1 mg.
Outros estudos de diferentes modalidades apresentam resultados
semelhantes aos encontrados no presente estudo como o de Sartori, Prates e
Tramonte (2002) onde avaliaram hábitos alimentares dos jogadores de futsal e o de
Rossi, Silva e Tirapegui (2001), cujo objetivo foi de avaliar o consumo nutricional de
atletas de karatê, ambos verificaram valores de ingestão reduzida de cálcio e
consumo excessivo de ferro.
4.4.4 Suplementos
44
Figura 2: Distribuição dos diferentes Suplementos consumidos pelos Atletas da
Equipe de Futebol de Criciúma (SC).
45
5 CONCLUSÃO
Por meio dos resultados obtidos com este estudo, que teve como objetivo
avaliar a composição corporal e o consumo alimentar de jogadores das categorias
de base de uma equipe de futebol de Criciúma (SC), atendidos em um programa de
atendimento nutricional específico para atletas, foi possível chegar às seguintes
conclusões:
46
equipe com o objetivo de contribuir com a equipe multidisciplinar na melhora do
desempenho físico dos atletas.
47
REFERÊNCIAS
ACSM.; ADA.; DC. Joint Position Stand: Nutrition & Athletic Performance. Med Sci
Sports Exerc, 2000.
48
BUCCI, M. et al. Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no
músculo esquelético. Revista Brasileira de Ciência & Movimento. v.13, n.1, 2005.
49
GARRET, J.R.; WILLIAM, E.; KIRKENDALL, D.T. A ciência do exercício e dos
esportes. Porto Alegre: Artmed, 2003.
50
______. Fisiologia do futebol. In: GARRETT, W.E., KIRKENDALL, D. T. Ciência do
exercício e dos esportes. Porto Alegre: Artmed, 2003.
LEBLANC, J.C. et al. Nutritional intake of French soccer players at the Clairefontaine
training center. International journal of sport nutrition and exercise metabolism.
12(3):268-80, Sep – 2002.
MCARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, V.L. Nutrição: para o desporto e exercício.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
51
NABHOLZ, T.V. Nutrição esportiva: aspectos relacionados à suplementação
nutricional. São Paulo: Sarvier, 2007.
______. Avaliação antropométrica nos ciclos da vida: uma visão prática. 1. ed.
São Paulo: Metha, 2007.
PQV – Programa de Qualidade de Vida - Boletim informativo 01. UFSP: São Paulo.
Disponível em: <www.craj.unifesp.br/download/nutri_futebol.doc >. Acesso em:
15/10/2009.
52
REBELLO, L.C.W. et al. A importância da avaliação nutricional no controle da dieta
de uma equipe de jogadores de futebol juniores. Revista Brasileira de Medicina do
Esporte. Set/Out; 5 (5): 173-81,1999.
53
TANAKA, M.M. Comportamento da freqüência cardíaca durante a partida de
futebol em jogadores juvenis. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Educação Física) - Universidade Estadual Paulista - UNESP – Bauru, 2007.
THOMPSON, JL. Energy balance in Young athletes. Int Journal Sports Nutrition
1998; 8: 160-74.
54
APÊNDICES
55
Apêndice 1 – Questionário de Consumo de Suplementos
56
ANEXOS
57
Anexo 1- Ficha de Anamnese
1- Identificação
Data: __/__/__
Nome: Sexo: M ( ) F ( )
Data de Nascimento: __/__/__ Idade: _____
Telefone:
Profissão:
Naturalidade: Procedência:
Motivo da consulta/objetivos:
Treinamento:
História Pessoal:
História Familiar:
Uso de medicamentos:
Tabagismo/Etilismo:
Hábitos intestinais/urinários:
Horas Sono:
Outras atividades:
Antropometria/bioimpedância:
Peso atual Peso teórico Estatura IMC - Classificação C. Cintura CC-Avaliação
Preferências Alimentares:
Aversões/Intolerâncias:
Consumo de suplementos:
Consumo de líquidos:
58
Exames Bioquímicos
HT HB Glicemia CT HDL LDL Tg
Outros:
59
Anexo 2 - Registro Alimentar
Nome: ________________________________________ Data de Nascimento: ___/___/___
Modalidade: Futebol
Orientações:
Por favor, mantenha esse registro diário com você e utilize-o para registrar todos os alimentos e
bebidas que você consumir durante o dia e à noite.
Pedimos que você forneça o máximo possível de informações. Pois isso possibilitará maior
precisão na avaliação de sua dieta.
Sempre que possível, utilize pesos, medidas e marcas que constam nas embalagens dos alimentos
ou bebidas para indicar a quantidade que você consumiu. No caso de alimentos/bebidas preparados
em casa, use medidas como colher (de servir, de sopa, de sobremesa, de chá, de cafezinho), concha
(pequena ou grande), copo (pequeno, de requeijão ou grande), xícara, prato (raso ou fundo), pires,
ponta de faca, etc.
Por favor, não altere seu consumo usual de alimentos ou bebidas, a fim de que o registro
represente sua dieta habitual.
A parte “Comentários”, no final serve para que você possa registrar qualquer fato relativo ao seu
consumo que considere importante ou útil.
Não esqueça de registrar, quando ocorrer, o consumo de suplementos alimentares.
Muito Obrigado.
Exemplo de registro alimentar:
Data: 26/03/06 Dia da semana: terça-feira
Hora Local Descrição do alimento/bebida com quantidade
7:15 casa ½ tigela de “Sucrilhos” com ½ xícara de chá de leite desnatado
2 fatias de pão de forma com 1 ponta de faca de margarina e 1 fatia fina de queijo prato
10:30 faculdade 1 lata de guaraná normal
1 bombom “Sonho de Valsa”
12:30 faculdade 2 colheres de servir de arroz
½ concha de feijão
1 bife frito grande
1 colher de sopa de farofa
2 rodelas de tomate
1 copo de requeijão de suco de abacaxi com açúcar
16:40 casa 1 copo de requeijão de leite desnatado
2 colheres de sopa de achocolatado “Nescau”
10 biscoitos água e sal
19:00 faculdade 1 lata de guaraná normal
1 pêra
1 barra de cereal de banana com chocolate
22:30 casa 1 lata de guaraná normal
1 pão de cachorro quente com 1 salsicha, molho de tomate, 1 colher de sobremesa de
maionese normal, 1 colher de sopa de batata palha, 1 colher de sobremesa de queijo ralado
1 maçã
Comentários: Como nesse dia fui dormir mais cedo, não tomei uma vitamina de fruta ( leite desnatado + fruta + açúcar) que
sempre faço antes de deitar.
60
Registro Alimentar
Data:___/___/___ Dia da semana: ( )SEG ( )TER ( )QUA ( )QUI ( )SEX ( )SAB ( )DOM
Refeição/horário/local Alimento Quantidade
61
Anexo 3 - Aprovação do Comitê de Ética
62