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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

GABRIELA RIBEIRO DO AMARAL

ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS DE PERDA DE PESO: UM ESTUDO DE


REVISÃO

Tubarão
2022
GABRIELA RIBEIRO DO AMARAL

ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS DE PERDA DE PESO: UM ESTUDO DE


REVISÃO

Trabalho de conclusão de curso,


apresentado ao curso de graduação de
nutrição, na Universidade do Sul de Santa
Catarina, como requisito parcial para a
obtenção do título de bacharel.

Orientador: Prof.ª. Dra. Morgana Prá

Tubarão
2022
GABRIELA RIBEIRO DO AMARAL

ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS DE PERDA DE PESO: UM ESTUDO DE


REVISÃO

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi


julgado adequado à obtenção do título de
Bacharel em Nutrição e aprovado em sua
forma final pelo Curso de Nutrição da
Universidade do Sul de Santa Catarina.

Tubarão, 07 de dezembro de 2022.

Prof.ª e orientadora Morgana Prá, Dra.


Universidade do Sul de Santa Catarina

Prof.ª Cristini da Rosa Turatti, Msc.


Universidade do Sul de Santa Catarina

Prof. Anderson Cargnin de Carvalho, Msc.


Universidade do Sul de Santa Catarina
“A Nutrição é arte de amar os detalhes dos alimentos
e, através deles, transformar pessoas em um quadro
maior em que semblantes caídos dão lugar a
grandes sorrisos. ”
Claudia Nascimento
AGRADECIMENTOS

À minha mãe Andréa, que sempre se dedicou a me dar uma boa educação, me
ensinou a dar o meu melhor sempre, acreditou e teve fé em mim, mesmo quando eu
mesma tinha dúvidas. Amo muito você!
Aos meus irmãos, Felipe e Caroline, cujas amizade, companheirismos e
determinação sempre me inspiraram e motivaram.
Ao meu avô Otacílio, cujo amor pela literatura e artes, além de sua icônica frase:
“nunca deixe uma palavra desconhecida passar. Sempre leia um livro com o dicionário
do lado ” me mostraram a importância do conhecimento e de um bom vocabulário.
Agradecimento em especial a minha professora e orientadora Morgana Prá, por
ter me auxiliado neste projeto, sempre com suporte positivo e paciência, me
mostrando que com determinação tudo daria certo. Muito obrigada!
E por fim, agradeço à banca pela disponibilidade de avaliar este trabalho, e por
suas considerações feitas desde o projeto. Obrigada!
APRESENTAÇÃO

A pesquisa intitulada “Estratégias Nutricionais de Perda de Peso: um estudo


de revisão”, cujo projeto foi previamente submetido e aprovado na disciplina de
Trabalho de Conclusão de Curso I (TCC I) do curso de Nutrição, será apresentada
conforme as normas estabelecidas pelo periódico definido para submissão Revista
Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento como permite a disciplina
de Trabalho de conclusão de Curso II (TCC II). Encontra-se anexado ao presente
trabalho, as instruções para os autores (ANEXO A) da Revista Brasileira de
Obesidade, Nutrição e Emagrecimento e a recomendação do orientador para
encaminhamento do TCC a banca (ANEXO B).

Atenciosamente,

Gabriela Ribeiro do Amaral

Morgana Prá
SUMÁRIO

ARTIGO........................................................................................................................8
RESUMO......................................................................................................................9
ABSTRACT................................................................................................................10
INTRODUÇÃO...........................................................................................................11
MATERIAIS E MÉTODOS.........................................................................................14
RESULTADOS...........................................................................................................15
DISCUSSÃO..............................................................................................................25
CONCLUSÃO............................................................................................................30
REFERÊNCIAS..........................................................................................................31
ANEXO A- Instruções aos autores da RBONE.......................................................38
ANEXO B-Recomendação do orientador para encaminhamento do TCC a banca.48
ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS DE PERDA DE PESO: UM ESTUDO DE

REVISÃO

Gabriela Ribeiro do Amaral¹ Morgana Prá2

1 Acadêmica do curso de nutrição Universidade do Sul de Santa Catarina,

gabi.r.amaral@outlook.com

2 Doutora, professora do curso de nutrição Universidade do Sul de Santa Catarina.

nutrimorganapra@gmail.com.

Correspondência:

Morgana Prá. Universidade do Sul de Santa Catarina, Av. José Acácio Moreira,

787, 88704-900, Tubarão, SC, Brasil. Telefone 55 51 996016292. E-mail

nutrimorganapra@gmail.com
RESUMO

Introdução: A prevalência crescente de sobrepeso e obesidade é um dos maiores

problemas de saúde pública. Nesse cenário, várias estratégias dietéticas têm

surgido como alternativas, entretanto não existe um consenso sobre qual traz

melhores resultados na perda de peso. Objetivo: Identificar a melhor estratégia

nutricional para perda de peso. Materiais e métodos: O presente estudo trata-se de

uma revisão bibliográfica, envolvendo artigos indexados nas bases de dados

Google Acadêmico, PubMed e SciELO, obtidos através de buscas que foram

realizadas entre março e abril de 2022. Para a pesquisa dos artigos foram utilizadas

as seguintes combinações das palavras-chave: “Obesidade. Dieta”, “Estratégia

dietética. Perda de peso”, “Obesity. Diet” e “ Dietary estrategy. Weight loss. ” Foram

incluídos na pesquisa estudos realizados em ambos os gêneros, no idioma inglês

ou português e publicados entre 2017 e abril de 2021. Resultados: A pesquisa nas

totalizou em 157 artigos, e 132 foram excluídos após a análise. Por fim, 25 estudos

foram incluídos nesta revisão. Discussão: Todos os métodos de emagrecimento

apresentaram redução de calorias, com melhoras nos níveis de triglicerídeos, e

insulina. Dietas muito restritivas se mostraram difíceis de manter. As dietas

reduzidas em carboidratos, e a dieta Cetogênica apresentaram maiores resultados

em menor tempo e melhor aderência dos participantes. Conclusão: os resultados

evidenciaram que redução calórica, seguindo as necessidades do paciente,

acompanhada de uma dieta reduzida em carboidratos ou Cetogênica, gera

melhores resultados. Lembrando que tanto para a perda quanto para a manutenção

do peso saudável é fundamental a ingestão adequada de nutrientes.

Palavras-chave: Obesidade. Dieta. Perda de peso.


ABSTRACT

Introduction: The increasing prevalence of overweight and obesity is one of the

biggest public health problems. In this scenario, several dietary strategies have

emerged as alternatives, however there is no consensus on which one brings better

weight loss results. Objective: To identify the best nutritional strategy for weight loss.

Materials and methods: The present study is a bibliographic review, involving

articles indexed in the Google Scholar, PubMed and SciELO databases, obtained

through searches that were carried out between March and April 2022. the following

combinations of keywords: “Obesity. Diet”, “Dietary strategy. Weight loss”, “Obesity.

Diet” and “Dietary strategy. Weight loss. ” Studies carried out in both genders, in

English or Portuguese and published between 2017 and April 2021 were included

in the research. Results: The research totaled 157 articles, and 132 were excluded

after the analysis. Finally, 25 studies were included in this review. Discussion: All

weight loss methods showed a reduction in calories, with improvements in

triglyceride and insulin levels. Very restrictive diets proved difficult to maintain. The

reduced carbohydrate diets and the Ketogenic diet showed better results in less

time and better adherence of the participants. Conclusion: the results showed that

caloric reduction, following the patient's needs, accompanied by a reduced

carbohydrate or ketogenic diet, generates better results. Remembering that for both

loss and maintenance of healthy weight, adequate intake of nutrients is essential.

Keywords: Obesity. Diet. Weight loss.


INTRODUÇÃO

Alimentação é o ato de comer e trata-se de uma ação voluntária e consciente

que depende da vontade do indivíduo, e é essencial à sua saúde e sobrevivência.

Entretanto, não é apenas uma necessidade fisiológica, visto que é o homem quem

escolhe quais alimentos, também as quantidades que vai consumir, como adquiri-los

e prepará-los e com quem vai compartilhá-los. Estas decisões estão relacionadas a

fatores religiosos, econômicos, socioculturais, psicológicos e ambientais. (Sant’anna,

Lina, 2018).

Atualmente, percebe-se que a dieta ocidental, embora contenha todos os

nutrientes em quantidades adequadas, está provavelmente contribuindo para o

crescimento do número de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). O padrão

alimentar e o estilo de vida, marcados pelo aumento do consumo de alta densidade

energética e diminuição da ingestão de alimentos ricos em fibras, imprimiram um

aumento significativo na prevalência de excesso de peso e obesidade, sendo que esta

tem sido considerada como um dos principais fatores de risco para as DCNT

(Pesquisa de orçamentos familiares (POF), 2009).

Por outo lado, a boa nutrição, ao lado de outros fatores, como a hereditariedade

e o meio em que uma pessoa vive, desempenha papel fundamental na prevenção e

no tratamento de diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial,

osteoporose, sobrepeso e obesidade. (Sant’anna, Lina, 2018). E neste cenário, a

obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal

(World Health Organization, 1998) em um nível que compromete a saúde dos

indivíduos.
A prevalência e incidência mundial de sobrepeso e obesidade, inclusive nos

países menos desenvolvidos, é um problema crescente de saúde pública. A maioria

da população mundial vive em países onde o excesso de peso e a obesidade mata

mais pessoas do que o baixo peso (Who, 2017). Segundo dados da Organização

Mundial de Saúde (OMS) (2018), existem mais de 650 milhões de adultos e 124

milhões de crianças e adolescentes (5-19 anos) com obesidade. Ademais, estima-se

que existam mais de 41 milhões de crianças com menos de 5 anos que estão acima

do peso.

Devido à complexidade do tema excesso de peso, várias temáticas

diferenciadas surgem, de tempos em tempos, propondo novas abordagens para seu

tratamento. E o mercado das dietas vem se destacando com uma infinidade de

produtos, dietas da moda, e muitos anúncios prometendo resultados milagrosos.

(Kuchkuntla et al., 2018).

Dietas restritivas com o objetivo de atingir o peso ideal e a imagem corporal

imposta pelo meio social podem ocasionar uma gama de complicações orgânicas e

comportamentais (Cordás, 1995; Nunes, 1997). Assim, emagrecer se tornou um

grande desafio, já que os métodos oficiais de emagrecimento têm sido muito

questionados e pouco mais de 10% das pessoas que realizam uma dieta conseguem

manter o peso perdido (Kraschnewski et al., 2010).

Entre as principais estratégias dietéticas que têm sido utilizadas no tratamento

do excesso de peso estão: restrição calórica (dieta hipocalórica) (NOAKES e WINDT,

2016), jejum intermitente (PATTERSON e SEARS, 2017) e dietas reduzidas em

carboidratos (MANHEIMER, 2015). Dentre as dietas de restrição calórica estão as

dietas muito baixas em calorias (com consumo energético menor de 800 kcal/dia), e
as restrições calóricas moderadas, que ofertam 1200 kcal/dia ou mais (Cowburn;

Hillsdon; R Hankey; 1997)

A dieta de baixo teor de carboidrato fundamenta-se na redução das

quantidades, inferior a 200g por dia, de forma que esse macronutriente não seja mais

o de maior quantidade na alimentação (Perroni, 2017).

Neste contexto, o objetivo desta revisão bibliográfica foi conhecer as estratégias

dietética para perda de peso e verificar qual traz os melhores resultados, para assim

contribuir com a área de nutrição e prática clínica nutricional.


MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, envolvendo artigos

indexados nas bases de dados eletrônicas Google Acadêmico, PubMed e SciELO,

obtidos através de buscas que foram realizadas entre março e abril de 2022.

A busca dos artigos objetivou encontrar dados sobre diferentes estratégias para

perda de peso. E para a pesquisa dos artigos foram utilizadas as seguintes

combinações das palavras-chave: “Obesidade. Dieta”, “Estratégia dietética. Perda de

peso”, “Obesity. Diet” e “ Dietary estrategy. Weight loss. ” Foram incluídos na pesquisa

estudos realizados com indivíduos de ambos os gêneros, no idioma inglês ou

português e que foram publicados entre 2017 e abril de 2021.

Foram excluídos da pesquisa estudos realizados com animais, outros idiomas

diferentes de inglês e português, artigos de revisão, artigos que foram publicados

antes de 2017 e depois de 2021 ou sem disponibilidade de sua versão completa e

gratuita. E por se tratar de um estudo de revisão é dispensada a necessidade de

submissão ao Comitê de ética em pesquisa, no entanto foram respeitados preceitos

éticos e mantido autenticidade de dados conforme autores pesquisados.


RESULTADOS

Através da pesquisa nas bases de dados eletrônicas foi possível encontrar 66

artigos pela plataforma PudMed, 22 artigos pela plataforma Scielo e 69 artigos pelo

Google Acadêmico, totalizando em 157 artigos, sendo realizado seleção

primeiramente pelo título, seguido da leitura e análise do resumo e após leitura do

artigo completo. Destes, 132 artigos foram excluídos após a análise, considerando os

critérios pré-determinados. Por fim, 25 estudos foram incluídos nesta revisão.

Os estudos incluídos nesta revisão foram classificados conforme estratégia

dietética (quadros 1, 2, 3 e 4). E apresentados citando autor e ano, população avaliada

e intervenção nutricional e resultados obtidos quanto a perda de peso e outros

resultados quando relatado no estudo.


Quadro 1. Características dos estudos incluídos na revisão referentes a dieta mediterrânea:

Referência População e intervenção Perda de peso Outros resultados

nutricional

Muralidharan, Jananee e 400 homens e mulheres entre 55- Após 1 ano, os participantes Reduções nos triglicerídeos,

colaboradores (2021). 75 anos, com do GI perderam uma média de glicose e hemoglobina foram

sobrepeso/obesidade, foram 4,2 kg em comparação com maiores no GI, além de um

selecionados aleatoriamente para 0,2 kg no GC. aumento significativamente maior

grupo intervenção, com dieta no colesterol HDL.

mediterrânea, redução de energia

e acompanhamento profissional

(GI, n = 200) e para grupo

controle, com dieta Mediterrânea

irrestrita e sem acompanhamento

(GC, n = 200).
Salas-Salvadó e Homens e mulheres, com idade Após 12 meses, os Os participantes do GI

colaboradores (2018). de 55 a 75 anos, com participantes do GI perderam melhoraram significativamente o

sobrepeso/obesidade, (n = 626) uma média de 3,2 kg vs. 0,7 controle glicêmico e a

foram divididos em grupos de kg no GC, uma diferença sensibilidade à insulina,

dieta mediterrânea com restrição média de 2,5 kg. juntamente com os níveis de

de energia (GI) ou um grupo triglicerídeos e colesterol HDL em

controle (GC). comparação com os do grupo

GC.

Yokose, Chio e 235 homens e mulheres com A mudança média de peso Colesterol HDL (HDL-C),

colaboradores (2020). média de idade de 52 anos, com aos 6 e 24 meses foram: 5 e triglicerídeos e concentrações de

obesidade e/ou Diabetes tipo 2, 3,1 kg para a dieta com baixo insulina melhoraram em todos os

foram designados para dietas de: teor de gordura e restrição três grupos.

baixo teor de gordura e restrição calórica, 5,1 e 4,5 kg para a

calórica (n =85); mediterrânea e dieta mediterrânea reduzida

calorias restritas (n = 76); ou em calorias, e 7,2 a 5,2 kg


baixo teor de carboidratos e sem para a dieta pobre em

restrição calórica (n = 74). carboidratos.

Goldenshluger, Ariela e 159 participantes com obesidade Após 6 meses, o peso A dieta MED/LC apresentou

colaboradores (2021). abdominal moderada e/ou corporal diminuiu de forma redução significativa da pressão

dislipidemia, de ambos os sexos, semelhante entre os grupos arterial e colesterol total (média

idade 40 a 60 anos, foram de dieta (média de 6 kg). de 4,5%)

designados para uma dieta

mediterrânea de baixo

carboidrato (MED/LC, n = 80) ou

baixo teor de gordura (LF, n= 79),

com uma ingestão de 1500

kcal/dia para as mulheres e 1800

kcal/dia para os homens.


Díaz-López, Andrés e 6.719 adultos com A perda de peso média em 1 Os resultados indicaram que uma

colaboradores (2021). sobrepeso/obesidade, de ambos ano foi de 3,7 kg no grupo de intervenção com base em uma

os gêneros e entre 55 e 75 anos, intervenção e 0,7 kg no grupo Dieta Mediterrânea pode

todos apresentando problemas controle. preservar a função renal,

renais, foram designados para retardando a progressão de

uma intervenção intensiva no Doença Renal Crônica em

estilo de vida de perda de peso adultos com

com Dieta Mediterrânea, com sobrepeso/obesidade. No grupo

suporte comportamental (grupo de intervenção houve redução de

intervenção) (redução calórica até 3,01 mg/dl nos valores de

não informada) ou creatinina sérica, e até 2,43 mg/dl

aconselhamento de cuidados no grupo controle.

habituais para aderir à dieta sem

restrição de energia (grupo

controle)
Quadro 2. Características dos estudos incluídos na revisão referentes a dieta hipocalórica:

Referência População e intervenção Perda de peso Outros resultados

nutricional

Duarte, Érika (2020). 40 mulheres de 20 a 45 anos No final da intervenção de 90 dias, G1 aumentou a sensibilidade

receberam plano alimentar G1 e G2 perderam cerca de 1% do à insulina (p˂0,01), e G2

composto por seis refeições, com peso corporal inicial. reduziu triglicerídeos em até

lipídios reduzidos (G1; n=19), ou 2% do valor inicial.

três refeições com redução de

calorias e carboidratos (G2; n=21).

Ambos diminuíram a ingestão do

valor energético total (redução de

500 a 1000 kcal/dia) e

aumentaram a ingestão de

proteínas.
Pannen, Sarah T e 98 homens e mulheres com IMC Após 12 semanas, o grupo ICR A adesão foi pior para ICR do

colaboradores (2021). entre 25 e 39,9 kg/m², entre 35–65 havia perdido entre 4,8 e 6,5 kg, que CCR. Uma proporção

anos, foram designados para: enquanto o grupo CCR havia maior de pessoas no ICR

Grupo ICR, com uma “dieta 5:2” perdido entre 3,5 e 4,7 kg. No (71,1%) do que no grupo

(ingestão de energia 100% em entanto, a perda de peso após dois CCR (32,5%) relatou que não

cinco dias e 25% em dias anos do início foi semelhante, com seguiu ou raramente seguiu

restritos), ou Grupo CCR (ingestão ICR perdendo de 3 a 5% do peso a respectiva dieta após o

diária de energia de 80%). inicial e CCR de 5 a 6%. estudo

Kalam, Faiza e 31 adultos com obesidade graus II A média de perda de peso foi entre A glicemia de jejum e a

colaboradores (2021). a III, homens e mulheres, 3 e 6 kg no mês 3 (final do período resistência à insulina

participaram do estudo seguindo de perda de peso) e em 5 a 7 kg no permaneceram inalteradas

uma dieta com baixo teor de mês 6 (final do período de ao longo do estudo

carboidratos, alternando entre manutenção do peso).

ingestão de 600 kcal/dia e “dia

livre”.
Maroofi, Mahsa e 88 indivíduos, homens e mulheres, O peso corporal diminuiu em Ambos os grupos

Nasrollahzadeh, Javad de 35 a 45 anos, com sobrepeso ambos os grupos, sendo de 2 a 6 alcançaram uma redução

(2020). ou obesidade, foram kg no grupo CCR e 2,5 a 7 kg no significativa nos triglicerídeos

randomizados para o grupo de grupo ICR sem diferença plasmáticos (em 15,6 e 6,3%

restrição calórica contínua (70%) significativa entre os grupos. nos grupos ICR e CCR,

(CCR) ou grupo ICR (uma dieta de respectivamente). Insulina,

muito baixa caloria durante 3 dias LDL, HDL e enzima hepática

da semana (30%)) por 8 semanas não tiveram grandes

(44 pacientes em cada grupo). diferenças entre os dois

grupos.

Kravchychyn, Ana 73 adolescentes de ambos os Os pacientes apresentaram Foi possível observar

Claudia Pelissari e genêros com obesidade redução significativa do peso (de melhoras significativas no

colaboradores (2021) participaram de uma terapia 4,7 a 6,9 kg perdidos) e IMC (1,5 a HDL-c (aumento de 2,9 a 7,4

clínica interdisciplinar de perda de 2,4 kg/m²). mg/dL) e no LDL-c (redução

peso de 20 semanas. A redução de 2,6 a 6,2 mg/mL)


da ingestão calórica foi de 300 a

500 kcal/dia.

Wardzinski, Ewelina e 26 participantes (12 homens e 14 A perda de peso média após 14 Apesar da perda de peso

colaboradores (2021) mulheres), com obesidade tipo I e dias de dieta hipocalórica foi de 3,6 significativa, os pacientes

idade de 29 a 31 anos, seguiram kg a 4,5 kg. tiveram dificuldade de manter

uma dieta hipocalórica (600 a 800 a dieta após os 14 dias,

kcal/dia) durante 14 dias. sentindo falta de energia.

Stentz, Frankie B e 24 mulheres e homens obesos A perda de peso entre as duas Os indivíduos na dieta HP

colaboradores (2021). com pré-diabetes entre 20 e 50 dietas foi semelhante (perda de 1,4 tiveram 100% de remissão

anos foram recrutados e a 10% para HP e 1,8 a 11% para do pré-diabetes em

randomizados para uma dieta rica HC) após os 6 meses. comparação com apenas

em proteínas (HP) (n = 12) ou rica 33% na dieta HC

em carboidratos (HC) (n = 12) por

6 meses com todos os alimentos

fornecidos. Em ambas as dietas os

pacientes reduziram 500 kcal/dia.


Quadro 3. Características dos estudos incluídos na revisão referentes a dieta reduzida em carboidratos:

Referência População e intervenção Perda de peso Outros resultados

nutricional

De Macedo, Marina e 31 indivíduos de ambos os gêneros, Após 12 semanas, a perda de Ambas estratégias

colaboradores (2017). entre 18 e 59 anos. Formaram dois peso foi e significativa em ambos dietéticas foram eficientes

grupos, R-CHO (Restrição de os grupos. Sendo similar (7,22% sobre os marcadores do

carboidrato) (n=15) e A-CHO (nível para R-CHO versus 8,47% para A- risco cardiometabólico, no

adequado de carboidrato) (n=16). CHO) entanto, a melhora no fator

Ambas as dietas eram hipocalóricas de proteção (HDL) e na

e os participantes receberam classificação final do risco

treinamento intermitente de alta apontou a adequação de

intensidade (HIIT). carboidratos na dieta como

sendo a melhor estratégia

associada a restrição

calórica e HIIT.
Liu, Yuping e 101 homens e 153 mulheres, entre Diferenças significativas no peso LDL-C e HDL-C não tiveram

colaboradores (2021). 18 a 55 anos seguiram uma dieta foram encontradas entre o início e alterações significativas

de ingestão diária reduzida em 300 3 meses depois (média de 5,7 kg durante o período de

a 500 kcal, com baixo índice de perda de peso para os homens intervenção.

glicêmico de carboidratos (<45%). e 5,1 kg para as mulheres)

Os participantes receberam

orientações por 3 meses.

Naomi, Patricia (2017). 34 participantes de ambos os Após 12 meses, a dieta de baixa Melhora nos níveis de

gêneros, com idades entre 19 e 65 caloria Dukan foi mais efetiva do triglicerídeos (172,40 mg/dL

anos, distribuídos em dois grupos: que a dieta tradicional para a para 111,90 mg/dL) e

Dieta tradicional de baixa caloria redução no peso (-10,6 kg e -2,9 resistência à insulina, foram

(n=17) e dieta Dukan, com redução kg). observados no grupo da

de carboidrato (n=17). Dieta Dukan.

Walilko, Ewa e Os indivíduos, 35 homens e A perda de peso final não foi Quando a dieta HP foi

colaboradores (2021). mulheres, idade de 30 a 55 anos, significativamente diferente usada primeiro, foi

com sobrepeso ou obesos, quando a dieta HP foi usada associada a melhora do


consumiram uma dieta hipocalórica primeiro, mas foi associada a uma perfil lipídico, com colesterol

(redução de 30%), divididos em maior perda de massa gorda: LDL reduzido em até 1%.

dieta hiper proteica (HP) ou de baixo média de 4,6 kg vs média de 2,2

índice glicêmico (BIG) por um kg da dieta BIG.

período de 4 semanas seguido por

4 semanas na dieta oposta.

Parente, Nara de Pacientes obesos de ambos os Depois de 60 dias, grupo DP DP é uma possível opção de

Andrade e gêneros, de 20 a 50 anos foram registrou maior redução de peso tratamento para a

colaboradores (2020). divididos em 2 grupos: Dieta (26.8%) do que o grupo DBD obesidade, a qual resultou

Paleolítica (DP) (n= 82) e Dieta (19,2%) na redução de marcadores

normocalórica e normoproteica antropométricos. Embora o

(DBD) (n=73). Nessa última, as grupo DP tenha sido

mulheres deviam seguir uma dieta informado de ter ingestão

com 1200 Kcal e os homens deviam alimentar ad libitum, os

ingerir 1800 Kcal por dia. indivíduos submetidos a

essa dieta ingeriram menos


calorias do que os do grupo

DBD, devido à saciedade

gerada pela dieta.

Shiba, Carolina Kim e 32 mulheres (30 a 35 anos) com O modelo de terapia utilizado A terapia obteve valores

colaboradores (2020) obesidade foram inscritas em um mostrou-se eficaz na redução do diminuídos em cerca de 5%

programa de 12 semanas de terapia peso corporal (média de 5 kg), de colesterol total, além da

interdisciplinar. Houve diminuição índice de massa corporal (redução diminuição de resistência à

do consumo de calorias, de até 2kg/m²) e gordura corporal insulina.

carboidratos, lipídios e carga (perda média de >2%). Além disso,

glicêmica, e aumento do consumo a massa corporal magra foi

de proteínas. mantida

Tricò, Domenico e 36 pacientes obesos mórbidos, Após 4 semanas, houve uma A dieta de baixo carboidrato

colaboradores (2021) idade entre 25 e 60 anos, tanto perda média de 8 kg para dieta de apresentou melhores

mulheres quanto homens, sem baixo carboidrato e 5 kg para a resultados na insulina em

diabetes, foram aleatoriamente mediterrânea, com alterações jejum (redução de 29

designados para dois tipos de dietas semelhantes na circunferência da mg/dL), em comparação


de baixa caloria: baixo carboidrato cintura, massa gorda e taxa com a mediterrânea

(n=17) e mediterrânea (n=15). metabólica basal. (redução de 27 mg/dL).

Mårtensson, Alexander 27 indivíduos com diabetes tipo 2, A perda de peso mediana em Houve melhora significativa

e colaboradores (2021) homens e mulheres, com idade de ambos os grupos foi de 7,1 kg sem nos níveis de triglicerídeos

30 a 70 anos, foram solicitados a grande diferença entre os grupos. (diminuição média de 1,6 %

seguir uma dieta paleolítica por 12 em ambos os grupos).

semanas, variando entre 1300 e

1700 kcal/dia, com um grupo

recebendo um regime de exercícios

supervisionados (grupo exercício;

n=13) e o outro grupo recebeu

recomendações gerais para realizar

exercícios não supervisionados

(grupo dieta; n=14).


Quadro 4. Características dos estudos incluídos na revisão referentes a dieta cetogênica:

Referência População e intervenção Perda de peso Outros resultados

nutricional

Tragni, Elena e 33 mulheres, com sobrepeso ou O programa resultou em O colesterol total, LDL e os

colaboradores obesidade, de 27 a 60 anos, diminuição significativa do peso triglicerídeos foram

(2021) iniciaram um programa alimentar de corporal (média de perda de significativamente reduzidos,

dietas cetogênicas de baixa caloria 14,6% do peso inicial). juntamente com um aumento

(de 700 a 1250 kcal/dia) (duração: do colesterol HDL.

24 semanas).

Moriconi, Eleonora e 30 pacientes com obesidade, Após 3 e 12 meses, o peso foi O grupo VLCKD mostrou

colaboradores (2021). homens e mulheres, entre 35 e 75 significativamente reduzido no maior satisfação do que o

anos. 15 pacientes seguiram um grupo VLCKD (de 8 a 10 kg), grupo LCD, devido à rápida

protocolo de uma dieta cetogênica enquanto permaneceu perda de peso, redução da

de muito baixa caloria (<800 substancialmente inalterado no sensação de fome e

kcal/dia, sendo aumentada grupo LCD (2 a 5 kg) sensação geral de bem-estar.

gradativamente) (grupo VLCKD) e


15 seguiram uma dieta de baixa

caloria clássica (redução de 500-

1000 kcal/dia) (grupo LCD).

Buscemi, Silvio e 31 participantes (8 homens e 23 A perda de peso dos participantes Os níveis de vitamina D dos

colaboradores (2021) mulheres) obesos, entre 18 e 60 variou entre 10 e 15 kg perdidos, pacientes aumentaram em

anos, foram selecionados e sendo todas perdas superiores a até 1% após a perda de peso.

submetidos a uma dieta cetogênica 5% do peso inicial.

de muita baixa caloria (600-800

kcal/dia, aumentando

progressivamente) por 10 a 12

semanas.

Woelber, Johan Peter 20 voluntários, 4 homens e 16 A perda de peso média foi de 1,9 Houve aumento de 0,7 a 1 %

e colaboradores mulheres, com idade de 25 a 57 kg para os participantes com IMC do HDL, enquanto LDL se

(2021) anos e IMC normal a sobrepeso, normal e 2,5 kg para os pacientes manteve inalterado.

foram submetidos a uma dieta com sobrepeso.

cetogênica, por 6 semanas. Foram


aconselhados a comer ad libitum,

mas limitar sua ingestão de

carboidratos a um máximo de 20 a

40 g/dia.

Sánchez, Enric e 30 pacientes, homens e mulheres, Após 6 meses, os participantes do Os participantes do grupo da

colaboradores (2021) entre 18 e 65 anos. 20 (com grupo da dieta cetogênica dieta cetogênica também

obesidade moderada) foram experimentaram uma diminuição relataram melhorias no

submetidos a uma dieta cetogênica significativa em seu IMC (−5,2 funcionamento físico e

de muito baixa caloria por 6 meses kg/m 2) e gordura corporal total autoestima.

(600–800 kcal/dia e aumentando (−5,7%), em comparação com o

gradativamente) e 10 com dieta grupo da dieta mediterrânea (-2,0

hipocalórica baseada na Dieta kg/m² -1,0% de gordura corporal)

Mediterrânea (redução estimada de

500 kcal).
DISCUSSÃO

Alimentação adequada necessita de escolhas que preveem qualidade e

quantidade equilibradas, pois são fundamentais para boa saúde. Deve haver

harmonia entre os alimentos para fornecer nutrientes variados, e a falta de equilibro

de nutrientes pode resultar, por exemplo, em deficiências de vitaminas e minerais ou

mesmo no aumento do peso corporal, obesidade e suas complicações.

Como o sobrepeso e obesidade são preocupações em grande parte da

população, e paralelo a isso, existe a cobrança da sociedade por um corpo magro,

muitos buscam uma perda de peso rápida, mas, por não ter acesso a informações,

não alcançam o emagrecimento desejado (Rangel, 2018).

Na presente revisão buscou-se descrever diferentes estratégias nutricionais

para perda de peso. O quadro 1 apresenta resultados na perda de peso com a dieta

mediterrânea, onde foram descritos 5 estudos e todos associaram redução calórica

no tratamento, variando em uma média de 3,2 kg até 6 kg perdidos no período de um

ano. Os estudos que tiveram resultados mais satisfatórios foram os de Yokose e

colaboradores (2020) (4,5 a 5,1 kg perdidos) e Goldenshluger e colaboradores (2021)

(média de 6 kg perdidos), onde a dieta foi associada com redução de calorias e

restrição de carboidratos. Também foi possível ver uma melhora significativa na saúde

metabólica dos participantes, principalmente com relação aos níveis de triglicerídeos,

glicose e colesterol. No caso de Díaz-López e colaboradores (2021) até houve

melhora média de até 3,01 mg/dl (miligramas/decilitro) nos valores de creatinina

sérica.

A dieta do mediterrâneo é caracterizada pelo alto consumo de alimentos de

origem vegetal (cereais integrais, hortaliças, frutas secas, frutas frescas, oleaginosas,
leguminosas, temperos a base de plantas aromáticas e especiarias), com a

particularidade de serem pouco processados, sazonais e regionais. O azeite é

consumido como a principal fonte de gordura. Além da reduzida a ingestão de farinha,

grãos refinados e açúcares. Esta dieta apresenta como vantagens a ingestão

equilibrada de macronutrientes, paladar mais apetecível, com consequente aumento

da satisfação e por isso, maior adesão do paciente a longo prazo. A Dieta

Mediterrânea tem despertado grande interesse científico, visando os benefícios que

pode trazer para a nossa saúde, como prevenção de muitas doenças, ressaltando

as doenças cardíacas (Zelmanowicz, 2009). E diferentes estudos sugerem que seu

efeito nos parâmetros de saúde é explicado pelas propriedades anti-inflamatórias dos

alimentos que a compõe (Esposito et al., 2004; Giugliano et al., 2006).

Por ser composta de alimentos naturais e evitando industrializados, a dieta

ajuda a diminuir a produção de toxinas no organismo, o que reduz inflamações e

combate a retenção de líquidos. Além disso, por ser rica em minerais, vitaminas e

fibras, ajuda no funcionamento do organismo, diminuindo a absorção de açúcar e

gordura no intestino e proporcionando a sensação de saciedade, ajudando no

emagrecimento (Zanin, Tatiana; 2022).

No quadro 2 são apresentados 7 estudos com resultados de dietas

hipocalóricas. É utilizada por quem deseja perder peso de maneira mais rápida,

restringindo a alimentação a um limite de calorias a serem consumidas durante certo

período, o que facilita a perda de peso . (Atalla, Marcio;2020). Essa dieta reduz o

consumo normal de calorias para aproximadamente um terço. De maneira geral, é

comum que homens consumam em média 2500 calorias por dia e mulheres, 2000

kcal (Direção-Geral da Saúde (DGS) 2009). Quando uma pessoa está sob uma dieta

hipocalórica, ela passa a ingerir de 800 a 1200 calorias, podendo variar, dependendo
das necessidades do paciente e atendendo a demanda de alimentos do organismo do

indivíduo (Nóbrega, Ana; 2021).

Embora tenham apresentado perda de peso rápida, chegando a até 6,5 kg

perdidos em 12 semanas, como visto no caso de Pannen e colaboradores (2021) e

até 4,5 kg em 2 semanas no estudo de Wardzinski e colaboradores (2021), foi visto

que dietas muito restritivas como essas se mostraram difíceis de aderir. Observando

os resultados de Pannen (2021) e Maroofi (2020), percebe-se que a longo prazo, a

dieta altamente restritiva não traz resultados muito superiores aos dos planos com

redução menos drástica. Nestes mesmos casos, nota-se que pacientes que ingeriam

de 70 a 80% da sua ingestão normal perdiam uma boa quantia de peso, com mais

facilidade de adesão.

Em muitos dos casos, é possível ver como a redução calórica é benéfica para

os níveis de insulina e triglicerídeos. A perda de peso pode ajudar a reverter a

resistência à insulina (quando esta age menos nos tecidos, obrigando o pâncreas a

produzir mais insulina e elevando o seu nível no sangue), que pode causar o

desenvolvimento de doenças graves, como as cardiovasculares e o diabetes. (OMS;

2017). Altos níveis de triglicerídeos no sangue também podem aumentar o risco de

doenças cardíacas. Calorias em excesso são convertidas em triglicerídeos e

armazenadas como gordura. Reduzir a quantidade calórica consumida irá contribuir

para reduzir esses níveis (Mayo Foundation; 2018).

No quadro 3, foram analisados um total de 8 estudos a respeito das dietas

reduzidas em carboidratos, incluindo as chamadas Dieta Paleolítica e Dukan, em

períodos que iam de 4 semanas até um ano, mas sempre mostrando perda de peso

e resultados satisfatórios.
Quando comparada à dieta tradicional, como nos estudos de Naomi (2017) e

Parente (2020), a dieta de baixo carboidrato apresenta resultados significativamente

melhores (7,7 kg perdidos a mais e 7,6% acima, respectivamente). No caso de Tricò

(2021) a dieta hipocalórica se mostrou mais eficiente até do que a Dieta Mediterrânea,

tanto no emagrecimento quanto na melhora de níveis de insulina. Vê-se ainda no

estudo de Parente (2020), que embora os pacientes não precisassem reduzir sua

ingestão calórica, eles ingeriam menos calorias do que o outro grupo, devido à

eficiência na promoção de saciedade gerada pela redução de carboidratos, o que

facilita o emagrecimento.

Dos programas alimentares mais buscados por quem quer perder peso hoje

em dia, as dietas baixas em carboidratos estão entre as mais procuradas. Essa

metodologia ficou famosa por propor um consumo reduzido de carboidratos para

perda de peso, e entre os planos mais conhecidos são a Dieta Dukan e a Dieta

Paleolítica(Harvard Health Publishing; 2019). No cardápio, evita-se ao máximo o

consumo de alimentos ultraprocessados, e procura-se reduzir, significativamente, o

consumo de carboidrato. Ela é caracterizada pela ingestão de alimentos ricos do ponto

de vista nutricional. A prioridade são carnes (boi, porco, peixe, frango), frutas menos

doces, oleaginosas, derivados do leite e gorduras boas (ANAD; 2021).

Por último, no quadro 4, 5 estudos avaliaram resultados da Dieta Cetogênica,

associada e uma redução significativa de calorias, variando entre períodos de 6

semanas a 1 ano, com perdas de pesos que foram de 1,9 kg até 15 kg. Os estudos

com resultados mais satisfatórios foram os de Tragni e colaboradores (2021), com

média de perda de 14,6% do peso inicial em 24 semanas (6 meses) e o de Sánchez

e colaboradores (2021) com perdas de até 5,2% do peso inicial e perda de 5,7% de

gordura, este último mostrando a Dieta Cetogênica como uma opção mais eficiente
do que a própria Dieta Mediterrânea. Embora a ingestão calórica seja relativamente

baixa no começo dos estudos, nos casos de Moriconi (2021) e de Sánchez (2021), os

participantes relataram melhoras na sensação de fome e bem-estar, melhorando sua

autoestima, mostrando alguns dos benefícios da dieta. Além disso, na maior parte dos

casos foi apresentado melhoras nos níveis de colesterol dos pacientes, e no artigo de

Buscemi e colaboradores (2021) a perda de peso pela dieta Cetogênica melhorou até

mesmo a absorção de vitamina D.

A Dieta Cetogênica propõe a redução do consumo de carboidratos e prioriza

em uma dieta rica em alimentos que possuam gordura boa e consumo moderado de

proteínas (Spina, Luciana; 2022). Utilizando essa estratégia alimentar, o corpo prioriza

os sistemas metabólicos para uso da gordura corporal como combustível de

energia. Dentre vantagens sugeridas, após o período de adaptação, há um ganho

metabólico pela utilização de energia de forma mais eficiente, o que pode contribuir

para a redução do apetite. Com a manutenção da dieta, ocorre redução dos níveis de

insulina e, consequentemente, emagrecimento mais eficiente (Spina, Luciana; 2022).

Vale lembrar que o emagrecimento depende de um balanço energético

negativo. Mais gasto de energia e menor consumo (Spina, Luciana; 2022). Para

alcançar o processo de emagrecimento (ou a manutenção de um peso corporal

saudável), é fundamental não apenas ingerir uma quantidade adequada de calorias,

mas também qualidade dos alimentos, com proporção adequada de macronutrientes

e micronutrientes (Machado, Paola; 2020).


CONCLUSÃO

Esta revisão apontou que as dietas que apresentaram melhores resultados na

redução de peso foram as dietas de baixo carboidratos e a dieta Cetogênica, com

redução de calorias, porém aumentando gradativamente, seguindo as necessidades

dos indivíduos, gerando maior satisfação dos participantes com relação à redução de

sensação de fome, melhora no metabolismo e bem-estar.

Todos os métodos apresentados, Dieta Mediterrânea, hipocalórica, reduzida

em carboidratos e Cetogênica, apresentaram perdas de peso consideráveis, além de

resultados benéficos em níveis de triglicerídeos, insulina, entre outros. Entretanto, é

importante ressaltar que dietas muito restritivas por longos períodos não mostraram

resultados duradouros, pois os pacientes não conseguiram aderir a elas depois do

período dos estudos.


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45-Tricò, Domenico; Moriconi, Diego; Berta, Rossana; et al. Effects of Low-


Carbohydrate versus Mediterranean Diets on Weight Loss, Glucose Metabolism,
Insulin Kinetics and β-Cell Function in Morbidly Obese Individuals. Nutrients,
v. 13, n. 4, p. 1345, 2021. Disponível em: <https://www.mdpi.com/2072-
6643/13/4/1345/htm>.

46-Waliłko, Ewa; Napierała, Małgorzata; Bryśkiewicz, Marta; et al. High-Protein or


Low Glycemic Index Diet—Which Energy-Restricted Diet Is Better to Start a Weight
Loss Program? Nutrients, v. 13, n. 4, p. 1086, 2021. Disponível em:
<https://www.mdpi.com/2072-6643/13/4/1086/htm>.

47-Wardzinski, Ewelina K.; Hyzy, Carolin; Duysen, Kai Uwe; et al. Hypocaloric
Dieting Unsettles the Neuroenergetic Homeostasis in Humans. Nutrients, v. 13,
n. 10, p. 3433, 2021. Disponível em: <https://www.mdpi.com/2072-
6643/13/10/3433/htm>.

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2020. Disponível em:
<https://diabetesjournals.org/care/article/43/11/2812/35926/Effects-of-Low-Fat-
Mediterranean-or-Low>.
ANEXOS
ANEXO A – Instruções aos autores da RBONE
ANEXO B- Recomendação do orientador para encaminhamento do TCC a
banca

RECOMENDAÇÃO DO TRABALHO PARA A BANCA E DEFESA PÚBLICA DO TCC DO CURSO DE


NUTRIÇÃO

Eu, Prof. Morgana Prá recomendo o trabalho de conclusão de curso da aluna Gabriela

Ribeiro do Amaral intitulado: Estratégias Nutricionais de Perda de Peso: um estudo de revisão.

Os motivos que me levaram a esta decisão foram: o trabalho foi desenvolvido pela aluna

Gabriela Ribeiro do Amaral conforme as orientações e todos os quesitos foram atendidos.

Professor(a) Orientador(a)

Tubarão, 14 de Novembro de 2022.

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