Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
APROVADO
NUTRIÇÃO
Bromatologia
Nutrição Esportiva
Coordenadora
Aline David Silva
Autoras
Katherine Maria de Araújo Veras
Luciana Tocci Belpiede
Autoras
Nutricionista pelo Centro Universitário São Camilo. Doutora em Ciências com ên-
fase em Fisiologia Humana pelo Instituto de Ciências Biomédicas (USP). Mestre em Ci-
ências com ênfase em Fisiologia Humana pelo Instituto de Ciências Biomédicas (USP).
Docente do curso de graduação em nutrição, pós-graduação em nutrição clínica, pós-
-graduação em nutrição esportiva e mestrado profissionalizante do Centro Universi-
tário São Camilo.
A presente obra foi redigida a partir do uso de 5 premissas didáticas que julgamos
ser de fundamental importância para todo estudante que deseja ser aprovado nos
mais diversos exames na Nutrição:
FÁCIL
INTERMEDIÁRIO
DÍFICIL
O livro Nutrição Esportiva será um grande facilitador para seus estudos, sendo
uma ferramenta diferencial para o aprendizado e, principalmente, ajudando você a
conseguir os seus objetivos.
Bons Estudos!
Geisel Alves
Editor
Sumário
1. Nutrição Esportiva..................................................................................10
1.1. Avaliação antropométrica e de composição corporal............................................................................10
1.2. Gasto energético total.........................................................................................................................24
1.3. Prescrição e necessidades nutricionais..................................................................................................37
1.4. Metabolismo e bioenergética.............................................................................................................51
1.5. Referências..........................................................................................................................................67
3. RESUMO ESQUEMÁTICO............................................................................149
3.1. Referências........................................................................................................................................228
Nutrição Esportiva
1
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E DE
COMPOSIÇÃO CORPORAL GRAU DE DIFICULDADE
02 (NUTRICIONISTA JÚNIOR-PETROBRÁS
- EDITAL N.º 1 - PETROBRAS PSP RH -
1/2011) O valor do percentual de gordura
tico no esporte, marque a alternativa cor-
reta.
corporal para atletas varia de acordo com ⒶⒶ O gasto energético de uma atividade
o sexo e a modalidade esportiva prati- física cessa no momento em que o exer-
cada. O nível mínimo de gordura corpo- cício termina.
ral estimada, compatível com a saúde de ⒷⒷ Em geral, indivíduos com maior quan-
atletas femininas, é: tidade de gordura corporal têm maior de-
manda energética de manutenção.
ⒶⒶ 8%. ⒸⒸ No método fatorial de estimativa das
ⒷⒷ 10%. necessidades de energia, podem-se uti-
ⒸⒸ 12%. lizar os múltiplos do metabolismo basal
ⒹⒹ 14%. ou METs, multiplicando-se o gasto ener-
ⒺⒺ 16%. gético total pelo metabolismo basal do
indivíduo.
GRAU DE DIFICULDADE ⒹⒹ Pode-se afirmar que apenas em atle-
tas o gasto energético das atividades físi-
Alternativa A: INCORRETA: Segundo Hey- cas é proporcional à massa corporal.
ward e Stolarczyk (2000), os valores per- ⒺⒺ Existem quatro vias de fornecimen-
centuais de gordura corporal para o se- to de energia durante o exercício as quais
xo feminino estão entre 12% a 16%, es- variam de acordo com a intensidade
tando, portanto, os 8% muito abaixo da e duração da atividade física.
referência.
Alternativa B: INCORRETA: Segundo Hey- GRAU DE DIFICULDADE
ward e Stolarczyk (2000), os valores per-
centuais de gordura corporal para o se- Alternativa A: INCORRETA: O gasto energé-
xo feminino estão entre 12% a 16%, es- tico gerado pela atividade física conti-
tando, portanto, os 10% ainda abaixo da nua mesmo quando o exercício terminA:
referência. Após a execução de uma sessão de exer-
Alternativa C: CORRETA: Segundo Heyward e cícios, seja aeróbio ou contrarresistên-
Stolarczyk (2000), os valores percentuais cia, a taxa metabólica permanece eleva-
de gordura corporal para o sexo femini- da em relação aos valores de repouso, pa-
no devem estar, no mínimo, entre 12% e ra que o organismo retorne ao seu esta-
16%, ou seja, no mínimo 12%. do de equilíbrio. Esse momento, denomi-
Alternativa D: INCORRETA: Segundo Heyward nado por Gaesser e Brooks como EPOC,
e Stolarczyk (2000), os valores percen- caracteriza-se pelo consumo de oxigê-
tuais de gordura corporal para o sexo fe- nio aumentado em relação ao pré-exer-
minino estão entre 12% a 16%, estando, cício. O consumo de oxigênio guarda re-
portanto, os 14% acima do mínimo. lação direta com o gasto energético, ou
Alternativa E: INCORRETA: Segundo Heyward seja, considera-se que a cada litro de O2
e Stolarczyk (2000), os valores percen- consumido, aproximadamente 5 kcal são
tuais de gordura corporal para o sexo fe- geradas no organismo.
minino estão entre 12% a 16%. Alternativa B: INCORRETA: Ao contrário dos
obesos, indivíduos com maior mas-
sa muscular em comparação ao percen-
ções são: não ingerir bebidas alcoólicas versos protocolos utilizados para estimar
nas últimas 48 horas; estar em jejum em a porcentagem de gordura corporal uti-
um período de no mínimo 4 horas; que lizando o adipômetro. . Por exemplo, al-
o avaliado tenha-se abstido da execução gumas equações são feitas de acordo
de exercícios físicos intensos nas últimas com as medidas de dobra cutânea trici-
24 horas; e não tenha consumido medi- pital; dobra cutânea biciptal; dobra cutâ-
camentos diuréticos nos últimos 7 dias nea supraescapular e dobra cutânea su-
(GUEDES, 2013). prailíaca (MARTINS et al., 2011).
Também existem outros métodos que Para a predição dos valores de densidade
não necessitam desse tipo de procedi- corporal foi utilizada a fórmula proposta
mento para sua aplicação. Um deles é por Guedes e Guedes (1998), e a determi-
a avaliação da relação cintura e quadril, nação do percentual de gordura corporal
que indica forte relação com sua medida foi feita com a fórmula proposta por Si-
e a quantidade de gordura na área cen- ri (1961). Partindo dos resultados da den-
tral do corpo (SUN et al., 2005; WANG et sidade corporal, os cálculos variam en-
al., 2006), partindo da aplicação em que tre homens (18 a 34 anos ) DC = 1,1610 -
a avaliação deve ser realizada no final de 0,0632 log (BI+ TR+ SB +SI) (18 a 27 anos)
uma expiração normal (VASQUES et al., DC = 1,0913 - 0,00116 (TR + SB), mulhe-
2009). Além da gordura, a massa mus- res (18 a 48 anos) DC = 1,06234 - 0,00068
cular também pode ser feita por meio (SB) - 0,00039 (TR) - 0,00025 (CX), crian-
de circunferência, onde reservas protei- ças (feminino) (9 a 12 anos) DC = 1,088-
cas musculares muitas vezes utilizam a 0,014 (log 10 TR) - 0,036 (log10 SB) (13 a
circunferência do braço para essa esti- 16 anos) DC = 1,114 - 0,031 (log10 TR) -
mativa (MARTINS et al., 2011). A avalia- 0,041 (log10 SB) e crianças (masculino) (9
ção da área muscular do braço vem sen- a 12 anos) DC = 1,108-0,027 (log10 TR) -
do proposta como a medida teórica mais 0,038 (log10 SB) (13 a 16 anos) DC = 1,130
correta para a avaliação indireta da mas- - 0,055 (log10 TR) - 0,026 (log10 SB) (SI-
sa muscular (VANNUCCHI; MARCHINI, RI, 1961).
1996). Outra forma utilizada para avalia- Tais medidas de espessura das dobras
ção corporal é por meio das medidas de cutâneas e das circunferências são técni-
dobras cutâneas utilizando um adipôme- cas muito utilizadas para a avaliação da
tro (GRAZIANY et al., 2014). gordura corporal e massa livre de gor-
Mesmo apresentando custo financeiro dura em diversos grupos de indivíduos
menor do que outros métodos, é ampla- e podem estimar a gordura subcutânea
mente conceituado para avaliações físi- de forma razoavelmente acurada (ANI-
cas. As medidas das dobras cutâneas não TELI et al., 2006). Além disso, tem-se ve-
são aconselhadas para indivíduos obe- rificado que as medidas de espessura de
sos, isso em virtude da gordura subcutâ- dobras cutâneas tendem a superestimar
nea não ser facilmente destacada dos a percentagem de gordura corporal nas
músculos e devido à limitação máxima mulheres jovens e de meia-idade com so-
da capacidade articular do adipômetro, brepeso e obesidade, uma vez que o au-
ambos fatores capazes de comprometer mento de gordura corporal é basicamen-
a exatidão na medida e isso subestima o te dado pelo acúmulo de gordura no teci-
total de gordura corporal (GRAZIANY et do subcutâneo (ANITELI et al., 2006).
al., 2014). Partindo do princípio das medi- Sendo assim, a avaliação da composição
das da densidade corporal conceituadas corporal, entre diversos tipos de metodo-
por (GUEDES; GUEDES, 1998). Existem di- logias, fornece dados relativos à quanti-