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1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3
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5.4 Recordatório 24 horas (R24h) ............................................................... 27
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:............................................................. 46
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao
da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo
hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe
convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida
e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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2 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
Fonte: domalberto.edu.br
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), o estado nutricional pode ser definido
como o resultado do equilíbrio entre o consumo de nutrientes e o gasto energético do
organismo para suprir as necessidades nutricionais. O estado nutricional pode ter três
tipos de manifestação orgânica:
Adequação Nutricional: manifestação produzida pelo equilíbrio entre o consumo
e as necessidades nutricionais.
Carência Nutricional: situação em que deficiências gerais ou específicas de
energia e nutrientes resultam na instalação de processos orgânicos adversos à
saúde humana.
Distúrbio Nutricional: problemas associados ao consumo inadequado de
alimentos, tanto por escassez quanto por excesso, como a desnutrição e o
excesso de peso.
Os objetivos da avaliação nutricional são:
(1) Identificar os indivíduos que necessitam de terapia nutricional severa;
(2) Recuperar ou manter o estado nutricional do indivíduo;
(3) Identificar o tratamento nutricional adequado.
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Os pacientes com doenças agudas ou crônicas em risco para a desnutrição
devem ser mais bem avaliados. A estado de desnutrição é comum em pessoas
obesas, caquéticos ou idosos; que sofreram um trauma; e nos quais a intervenção
nutricional é negligenciada. Além disso, o estado nutricional de pacientes
hospitalizados por mais de duas semanas se deteriora. Já que muitas faculdades de
medicina contam apenas com uma formação mínima em nutrição, os médicos muitas
vezes se graduam com pouco conhecimento prático da área e das características da
desnutrição. Para manter um alto nível de conscientização, devem-se promover
regularmente programas de instrução em temas relacionados à nutrição.
Fonte: endocrino.org.br
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aplicação e sofrer alterações que não fossem devido ao estado nutricional propriamente
dito.
A antropometria é um método que permite a avaliação do peso, da estatura e de
outras medidas do corpo humano. Ele representa um importante recurso para a
avaliação do estado nutricional do indivíduo e também fornece dados para o
acompanhamento do crescimento e desenvolvimento saudável de crianças e
adolescentes.
O uso de indicadores antropométricos na avaliação do estado nutricional de
indivíduos ou coletividades é a mais adequada e viável para ser adotada em serviços de
saúde, considerando as suas vantagens como: baixo custo, a simplicidade de realização,
sua facilidade de aplicação e padronização, amplitude dos aspectos analisados, além de
não ser invasiva. A avaliação antropométrica é um método de investigação em nutrição
baseado na medição das variações físicas de alguns segmentos ou da composição
corporal como um todo. É aplicável em todas as fases da vida e permite a classificação
de indivíduos e grupos segundo o seu estado nutricional.
Uma outra vantagem adicional da utilização de indicadores antropométricos é a
grande quantidade de ferramentas e recursos metodológicos e técnicos já disponíveis
para a análise da situação nutricional de indivíduos ou populações e, principalmente,
para comunicação e comparação dos resultados. Dessa forma, o método antropométrico
estimula o agrupamento dos diagnósticos individuais e permite traçar o perfil nutricional
dos grupos de situação nutricional mais vulnerável em faixas etárias, regiões ou em nível
nacional.
Por serem de uso corrente em todo o mundo, os indicadores antropométricos
permitem que se façam comparações internacionais da situação nutricional de grupos
em risco nutricional e o amplo estudo de seus determinantes em plano regional, nacional
ou internacional.
A partir de agora serão estudados alguns itens que compõem o método
antropométrico.
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3.1 Peso
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>120 Obesidade
Fonte: BLACKBURN, G. L. & THORNTON, P. A., 1979.
(6) Peso ideal para amputados: Com a finalidade de corrigir o peso corporal ideal
de amputados, deve-se subtrair o peso da extremidade amputada do peso ideal
calculado. A imagem a seguir mostra as porcentagens do peso correspondentes
a cada seguimento do corpo:
(7) Estimativa de peso: É possível estimar o peso por meio das seguintes equações
de Chumlea:
Homem: [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69]
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Mulher: [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35]
Onde:
CP: circunferência da panturrilha
AJ: altura do joelho
CB: circunferência do braço
PCSE: prega cutânea subescapular
Perda de peso (%)= (peso usual- peso atual) x 100 ÷ peso usual
3.2 Estatura
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2- Com os calcanhares, ombros e nádegas em contato com o
antropômetro/parede;
3- Com os ossos internos dos calcanhares se tocando, assim como a parte
interna de ambos os joelhos; os pés unidos mostram um ângulo reto com as
pernas;
4- Abaixar a parte móvel do equipamento, fixando-a contra a cabeça, com
pressão satisfatória para comprimir o cabelo. Retirar o paciente, quando tiver
certeza de que o mesmo não se moveu;
5- Realizar a leitura da estatura, sem soltar a parte móvel do equipamento.
É importante ressaltar que após os quarenta anos de idade ocorre uma redução
fisiológica da estatura de 1,0 a 2,5 cm por década, decorrentes da redução dos discos
intervertebrais, achatamento das vértebras e acentuação da cifose dorsal, lordose e
escoliose.
Nem sempre temos em mãos os instrumentos necessários para a efetivação do
método antropométrico ou o paciente encontra-se incapaz de submeter ao procedimento,
como por exemplo, pacientes acamados. Desta forma, podemos lançar mão de cálculos
de estimativas de peso, altura e composição corporal conforme veremos a seguir:
Altura do joelho: o indivíduo deverá estar em posição supina ou sentado o mais
próximo possível da extremidade da cadeira, com o joelho esquerdo flexionado
em ângulo reto. O comprimento entre o calcanhar e a superfície anterior da perna
na altura do joelho pode ser medido utilizando uma régua de medir crianças ou
com um calibrador específico para isso. Tal método é indicado principalmente
para utilização em idosos e obtido, de acordo com o gênero, por meio das
seguintes equações de Chumlea:
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utilizando-se uma fita métrica flexível. A medida obtida corresponde à estimativa
de estatura do indivíduo.
Estatura recumbente: O indivíduo deverá estar em posição supina e com o leito
horizontal completo. Deve-se marcar o lençol na altura da extremidade da cabeça
e da base do pé no lado direito do indivíduo com o auxílio de um triângulo, e medir
a distância entre as marcas utilizando uma fita métrica flexível.
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≥ 18,5 e < 25 Adequado ou Eutrófico
≥ 25 e < 30 Sobrepeso
≥ 30 Obesidade
Fonte: World Health Organization (WHO), 1995.
Esta medida representa a soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseo,
muscular e gorduroso do braço. Para a sua obtenção, o braço a ser avaliado deve estar
flexionado em direção ao tórax, formando um ângulo de 90º. Localizar e marcar o ponto
médio entre o acrômio e o olécrano. Solicitar ao indivíduo que fique com o braço
estendido ao longo do corpo com a palma da mão voltada para a coxa. Contornar o braço
com a fita flexível no ponto marcado de forma ajustada evitando compressão da pele ou
folga. O resultado obtido é comparado aos valores de referência do NHANES I (National
Health and Nutrition Examination Survey). A adequação da CB pode ser determinada por
meio da equação abaixo e o estado nutricional classificado de acordo com o quadro a
seguir:
ESTADO NUTRICIONAL CB
Desnutrição grave <70%
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Desnutrição moderada 70-80%
Desnutrição leve 80-90%
Eutrofia 90-110%
Sobrepeso 110-120%
Obesidade >120%
Fonte: Blackburn. G. L.& Thornton, P. A., 1979.
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Fonte: bisturi.com.br
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Tricipital No mesmo ponto médio utilizado para a circunferência do
braço, separar levemente a dobra do braço não-
dominante, desprendendo-a do tecido muscular, e aplicar
o calibrador formando um ângulo reto. O braço deverá
estar relaxado e solto ao lado do corpo.
Bicipital Com a palma da mão voltada para fora, marcar o local da
medida 1cm acima do local marcado para a prega tricipital.
Segurar a prega verticalmente e aplicar o calibrador no
local marcado.
Subescapular Marcar o local logo abaixo do ângulo inferior da escápula.
A pele é levantada 1 cm abaixo do ângulo inferior da
escápula, de tal forma que se possa observar um ângulo
de 45º entre esta e a coluna vertebral. O calibrador deverá
ser aplicado estando o indivíduo com os braços e ombros
relaxados.
Supra-ilíaca A dobra deverá ser formada na linha média axilar, com o
dedo indicador logo acima da crista ilíaca, na posição
diagonal, ou seja, seguindo a linha de clivagem natural da
pele no lado direito do indivíduo.
Fonte: LOHMAN et al, 1991.
A forma pela qual a gordura se distribui pelo organismo é mais importante que a
gordura corporal total na determinação do risco individual de patologias de acordo com
as pesquisas científicas sobre o assunto. Dessa forma, em indivíduos obesos ou com
tendência à obesidade é fundamental lançar mão de indicadores que determinem esse
tipo de distribuição.
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Denomina-se distribuição de gordura corporal do tipo androide (obesidade superior)
quando o tecido adiposo está concentrado na região abdominal e ginoide (obesidade
inferior) quando esse tecido se concentra mais na região dos glúteos, quadris e coxas.
É de relevância clínica identificar a distribuição de gordura, visto que a obesidade
androide está associada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e
metabólicas.
Fonte: youtube.com
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Relação cintura-quadril (RCQ): É o cálculo que se faz a partir das medidas da
cintura e do quadril para verificar o risco de doenças cardiovasculares. Essa é
outra medida que pode ser aferida com o auxílio de uma fita métrica. A relação
cintura-quadril é calculada dividindo-se a medida da circunferência da cintura em
centímetros pela medida da circunferência do quadril em centímetros. O índice
de corte para risco cardiovascular é igual ou maior que 0,85 para mulheres e
0,90 para homens. Um número mais alto demonstra maior risco. Quanto menor
o valor da relação, melhor. Mulheres com RCQ de 0,8 ou menos, ou homens
com RCQ de 0,9 ou menos é considerado seguros. Uma relação de 1,0 ou maior,
para qualquer gênero, é considerada em risco.
Fonte: saude.ig.com.com
O adequado estado nutricional ao longo da vida pode ser considerado um dos fatores
que determinam a longevidade bem-sucedida. O processo de envelhecimento está
associado a diversas alterações fisiológicas, que podem ter importantes implicações
sobre o estado nutricional do indivíduo.
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A avaliação nutricional do idoso apresenta características particulares que as
diferencia da avaliação nutricional dos demais grupos populacionais. Medidas utilizadas
em jovens e adultos, como peso, altura, e cálculo do índice de massa corporal (IMC),
não têm sido validadas entre esse grupo etário. Na impossibilidade de que o indivíduo
se mantenha em pé para aferição de peso e estatura, é possível a realização do cálculo
de estimativas de peso e altura por meio de equações específicas. Essas equações são
rotineiramente utilizadas na prática clínica para a avaliação nutricional, entretanto a
acurácia e a precisão delas são pouco conhecidas para idosos brasileiros. Caso a
pesagem não seja possível, o peso corporal é estimado por meio de fórmulas de
estimativa de peso para idosos que utilizam a altura do joelho (AJ), dobra cutânea
subescapular (DCSE), circunferência do braço (CB), circunferência da panturrilha (CP) e
circunferência abdominal (CA).
A classificação do índice de Massa Corporal (IMC) utilizado para a população idosa
é distinta dos valores empregados para o diagnóstico nutricional de adultos. Essa
diferença deve-se às alterações fisiológicas nos idosos, entre as quais se destacam:
1- Declínio da altura com o avançar da idade, que ocorre em decorrência da
compressão vertebral, mudanças nos discos intervertebrais, perda do tônus
muscular e alterações posturais;
2- Diminuição do peso com a idade, que está relacionada à redução do conteúdo da
água corporal e da massa muscular, sendo mais evidente no sexo masculino;
3- Alterações ósseas em decorrência da osteoporose;
4- Mudança na quantidade e distribuição do tecido adiposo subcutâneo;
5- Redução da massa muscular devido à sua transformação em gordura
intramuscular, o que leva a alteração na elasticidade e na capacidade de
compressão dos tecidos.
O quadro a seguir traz os pontos de corte do IMC empregados para os idosos. É
importante ressaltar que para o cálculo do IMC, adota-se a mesma fórmula utilizada para
adultos que já foi citada anteriormente:
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IMC (kg/m²) DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL
≤ 22 Baixo Peso
> 22 e < 27 Adequado ou eutrófico
≥ 27 Sobrepeso
Fonte: The Nutrition Screening Initiative, 1994.
Fonte: alphasonic.com.br
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variações de peso corporal entre os indivíduos de altura similar. Por exemplo, atletas
musculosos podem ser classificados como sobrepeso, pois seu excesso de massa
muscular, não sua massa adiposa, aumenta seu peso. Os adultos mais velhos tendem
a ter densidade óssea menor e massa corporal magra reduzida e, portanto, podem pesar
menos do que os adultos mais jovens da mesma altura. A variação na composição
corporal existe entre os diferentes grupos populacionais assim como dentro do mesmo
grupo. A maioria dos estudos de composição corporal que foram realizados em brancos
pode não ser válida para outros grupos étnicos.
A determinação da composição corporal tem grande importância na prática clínica
e na avaliação de populações, devido, principalmente, à associação da gordura corporal
com diversas alterações metabólicas. Estudos demonstram que a quantidade de tecido
adiposo e sua distribuição corporal estão associadas a elevados valores de pressão
arterial, dislipidemias, com concentrações elevadas de triglicerídeos e reduzidas de
colesterol de alta densidade (HDL), intolerância à glicose e resistência insulínica, os
quais contribuem para a elevação do risco cardiovascular.
Diante da influência da quantidade de gordura corporal no estado de saúde dos
indivíduos, são indispensáveis métodos capazes de avaliar, de forma precisa e confiável,
a quantidade de gordura corporal em relação à massa corporal total. A escolha do
método a ser utilizado dependerá de quais compartimentos corporais se pretende
determinar e de aspectos como, custo, validade, aplicabilidade do método e grau de
treinamento necessário ao avaliador.
5.1.1 Dobras cutâneas
É a dobra formada por uma camada dupla de pele e gordura subcutânea medida
com o adipômetro. Uma vez que a pele humana tem somente 0,5 a 2 mm de espessura,
a medida equivale basicamente à quantidade de gordura subcutânea, sendo usada como
indicador da quantidade de gordura localizada naquela região do corpo. A dobra é a
medida da espessura de duas camadas de pele e gordura subcutânea adjacente.
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5.1.2 Bioimpedância elétrica
A bioimpedância elétrica (BIA) é um método de avaliação nutricional, que analisa a
composição corporal, por meio da resistência e a reactância dos compartimentos
corporais a correntes elétricas de baixa voltagem. Através de equações preditivas, o
método é apropriada para estimar a porcentagem de gordura corporal e massa magra.
Contudo, requer atenção, pois sua utilização possui limitações referentes a alterações
hídricas corporais.
A BIA está indicada na análise da composição corporal de pacientes com Índice de
Massa Corporal (IMC) entre 16 e 34 kg/m2, passíveis de aferição de peso e estado
adequado de hidratação.
No quadro a seguir estão descritas, resumidamente, as principais vantagens e
limitações da BIA.
VANTAGENS LIMITAÇÕES
Confortável e não-invasiva. Nem sempre os equipamentos dispõem
das equações adequadas para avaliar
determinados grupos de indivíduos, a
exemplo de jovens e idosos.
Equipamento portátil, de fácil manuseio e Apresenta custo mais elevado do que as
custo relativamente baixo. técnicas antropométricas, comumente
utilizadas.
Fornece resultados rapidamente. É influenciada pelo estado de hidratação
dos indivíduos avaliados, que pode
inviabilizar sua utilização.
Alta correlação com os métodos A confiabilidade depende do seguimento
antropométricos e técnicas consideradas do protocolo.
padrão-ouro para avaliar a composição
corporal.
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Não requer a presença de técnicos Depende de grande colaboração do
altamente especializados para a sua avaliado.
utilização.
Fonte: HEYWARD; STOLARCZYK, 2000; COSTA, 2000.
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variações do estado nutricional do indivíduo. O intervalo de tempo para repetir a
dosagem deve ser no mínimo de 20 dias.
Os valores de referência para albumina estão descritos a seguir:
NORMAL DEPLEÇÃO DEPLEÇÃO DEPLEÇÃO
LEVE MODERADA GRAVE
3,5g/dL 3,0 a 3,5g/dL 2,4 a 2,9g/dL < 2,4g/dL
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5.1.5 Índice Creatinina-Altura (ICA)
O índice de creatinina-altura é a medida indireta da massa muscular e do
nitrogênio corporal. É utilizado para estimar a massa muscular, sendo assim um
indicador de catabolismo proteico, apresentando correlação positiva entre ICA, área
muscular do braço (AMB) e massa corporal magra. É calculado a partir do volume
urinário de 24 horas. Considerações sobre a taxa de excreção de creatinina urinária
relacionada à massa muscular do indivíduo:
A creatinina é um metabólito derivado da hidrólise não enzimática da creatina e
da fosfocreatina. Ela é um composto encontrado quase exclusivamente no tecido
muscular (98%) e é sintetizada a partir dos aminoácidos glicina e arginina, no
fígado, pâncreas, cérebro, baço, glândula mamária e rim, indo depois para o
músculo. Sua síntese depende das vitaminas B12 e ácido fólico.
Considerando que o conteúdo de creatina no músculo é constante, quando um
indivíduo consome uma dieta livre de creatinina, o pool muscular é igual ao
excretado, possibilitando a avaliação do compartimento proteico somático.
Uma vez formada, a creatinina não possui função biológica específica e é
excretada via renal.
5.1.6 Avaliação da Competência Imunológica
Existe uma consistente relação entre estado nutricional e sistema imunológico. A
alimentação inadequada provoca a diminuição do substrato para a produção de
imunoglobulinas e células de defesa, que apresentam sua síntese diminuída
proporcionalmente ao estado nutricional. Com isso, a avaliação imunológica pode auxiliar
na identificação das alterações nutricionais.
No hemograma, o teste para avaliar a competência imunológica é a contagem
total de linfócitos (CTL) ou linfocitometria, que mede as reservas imunológicas
momentâneas, indicando as condições do mecanismo de defesa celular orgânica. Pode
ser calculada a partir do leucograma.
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Uma das limitações da CTL é que a mesma sofre influência de fatores não
nutricionais como infecções, algumas patologias (cirrose, hepatite, queimaduras, entre
outros) e medicações.
5.1.7 Testes cutâneos
Os testes de hipersensibilidade cutânea tardia permitem avaliar a imunidade
celular do indivíduo. Eles envolvem a injeção intradérmica de pequenas quantidades de
antígenos, bem abaixo da pele, geralmente no antebraço, braço e coxa para determinar
a reação do paciente. Os antígenos geralmente utilizados são a candidina, tricofitina,
estreptoquinase, varidase e tuberculina.
A avaliação é feita 24 a 72 horas após a injeção intradérmica. As pessoas
saudáveis reagem com induração, indicando que a exposição provavelmente ocorreu e
que a imunocompetência está intacta; já os indivíduos desnutridos graves são
geralmente anérgicos.
CLASSIFICAÇÃO INDURAÇÃO
Depleção moderada 5 - 10mm
Depleção grave < 5 mm
Fonte: Duarte e Castellani (2002)
Fonte: veja.abril.com.br
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5.2 Consumo alimentar
Fonte: Pixabay.com
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5.3 Métodos retrospectivos
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(2) Uma dificuldade em determinar se o dia que está sendo descrito representa o
consumo típico de um indivíduo;
(3) A tendência do indivíduo de superestimar ou subestimar o consumo alimentar.
O uso concomitante de questionários de frequência alimentar e recordatório de 24
horas melhora a precisão das estimativas de ingestão.
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avaliação da ingestão dietética segundo valores de recomendação de ingestão de
nutrientes. Primeiro, porque não há uma avaliação quantitativa direta das porções
individuais consumidas, pois tanto uma porção média para todos os indivíduos de um
grupo é assumida, quanto as opções de porções são limitadas a poucas categorias,
como pequena, média ou grande. Segundo, por definição do método, o QFA tem uma
lista finita de alimento e, portanto, não é capaz de contemplar todos os alimentos
consumidos pelos indivíduos. Os alimentos são limitados àqueles considerados como de
maior contribuição para os nutrientes investigados. Reconhecendo-se, portanto, as
limitações do uso do QFA no ambiente clínico, a utilização desse instrumento não é
recomendada quando se objetiva avaliar de forma quantitativa a ingestão de nutrientes.
VANTAGENS LIMITAÇÕES
- Leva em consideração as variações - Alto custo.
sazonais. - Requer um nutricionista altamente
- Fornece uma completa e detalhada treinado para aplicação sem introdução de
descrição quantitativa e qualitativa da vieses.
ingestão alimentar. - Depende da memória do entrevistado.
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- Elimina variações do dia-a-dia. - Tempo de administração longo.
- Fornece uma boa descrição da ingestão - Dificuldade de padronização da
usual. informação na abordagem coletiva.
- Descreve o hábito alimentar.
-Importante para estudos sobre a relação
entre o alimento e patologias clínicas
nutricionais.
São aqueles que registram informações presentes e estão associados à dieta atual,
ou seja, ao consumo alimentar em um curto período de tempo corrente. Os métodos
utilizados dentro dessa categoria são o recordatório 24h, registro alimentar diário,
pesagem da dieta e o orçamento familiar.
VANTAGENS DESVANTAGENS
- Não depende da memória. - Pode interferir no padrão alimentar.
- Proporciona maior acurácia e precisão - Requer tempo.
quantitativa dos alimentos. - Exige que o indivíduo saiba ler e
escrever.
- A subestimação é comum.
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- Identifica tipos de alimentos e - Exige alto nível de motivação e
preparações consumidos e horários das colaboração.
refeições. - Apresenta dificuldade para estimar a
quantidade ingerida.
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6 CONSUMO HABITUAL, ATUAL E PREFERENCIAL DE ALIMENTOS
Fonte: Pixabay.com
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Brasil. Nas áreas rurais, as médias de consumo per capita diário foram muito maiores
para arroz, feijão, batata-doce, mandioca, farinha de mandioca, manga, tangerina e
peixes. Em contraste, nas áreas urbanas, destacaram-se produtos processados e
prontos para consumo como pão, biscoitos recheados, sanduíches, salgados, pizzas, e
também refrigerantes, sucos e cerveja, caracterizando uma dieta com alto teor
energético.
Alguns alimentos como doces, refrigerantes, pizzas e frituras são considerados
menos saudáveis, pois sua ingestão leva a um grande consumo calórico. Além disso,
esses alimentos apresentam baixo teor de vitaminas e minerais necessários como cálcio,
ferro e outros. Destaca-se que o consumo desses alimentos cresce com o aumento da
renda per capita da população e é mais expressivo entre os jovens. Por outro lado, o
consumo de frutas e verduras, alimentos protetores para doenças como o câncer e as
cardiopatias, se reduz muito nas faixas de menor renda e também entre os mais jovens.
Pode-se citar como aspecto negativo da alimentação brasileira o alto consumo de
açúcar refinado e de sal. A pesquisa do IBGE mostrou que a proporção de indivíduos
com ingestão de sódio acima do nível seguro foi de 89% entre os homens e de 70% entre
as mulheres adultas. Os alimentos com a maior concentração de sódio são as carnes
salgadas e as processadas (presunto, salames, salsicha, mortadela, peito de peru), os
queijos e os biscoitos salgados.
No ciclo de vida adolescência destaca-se a alta frequência de consumo de
biscoitos industrializados, linguiça, salsicha, mortadela, sanduíches e salgados e os
valores per capita indicam um menor consumo de leguminosas como o feijão, saladas e
verduras.
Pelo lado doce, o Brasil é o segundo maior consumidor per capita de açúcar, e as
bebidas adoçadas correspondem a quase metade do consumo total de açúcar.
Refrigerantes e sucos adoçados estão presentes em quase todas as refeições e lanches
realizados no Brasil. Cabe salientar que não há nenhuma necessidade de se beber
líquidos quando nos alimentamos e que seu consumo concomitante – líquidos e sólidos
– é, por um lado, uma estratégia de mercado e, por outro, uma necessidade biológica
causada justamente pela alta concentração de sal ou de açúcar – ou os dois – nos
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alimentos processados. Em países desenvolvidos, ações visando reduzir o consumo de
refrigerantes, pelo menos entre os jovens, têm sido uma das principais estratégias para
redução da obesidade. Por outro lado, as redes de fast food internacionais utilizam cada
vez mais gigantescas porções de refrigerantes que, além do tamanho, são de consumo
permitido.
Os alimentos consumidos fora de casa no Brasil são menos saudáveis do que os
consumidos em casa, porém, ainda é pequena a parcela de alimentação fora do domicílio
no Brasil, correspondendo a 16% das calorias diárias per capita. Em outros países, como
nos Estados Unidos, quase toda alimentação já é comprada em porções individuais e o
ambiente doméstico pouco influencia na preparação dos mesmos. O Brasil caminha a
passos rápidos para um maior consumo fora de casa, que aumenta muito com o aumento
da renda. Deveriam ser pensadas políticas de alimentação inovadoras que auxiliassem
as famílias a produzir refeições mais ricas nutricionalmente.
O desafio para as políticas de saúde pública em relação a uma alimentação
saudável no Brasil é enorme, dado que recém incorporamos grande parcela da
população ao mundo do consumo e que suas opções aumentam todo dia. A mobilização
efetiva da população e das políticas públicas, até muito recentemente, se dava no campo
de promover qualquer consumo alimentar e diminuir a fome. Assim, as ações do sistema
de saúde em relação ao tema da alimentação são ainda muito restritas e quase não
existe mobilização social em prol da alimentação saudável. Embora haja uma avidez por
notícias sobre comida e alimentação, não conhecemos reivindicações organizadas de
sindicatos, partidos ou grupos populares para melhorar a alimentação, vista cada vez
mais como uma questão de opção individual. Equipamentos públicos, particularmente os
de educação e saúde, devem ser fomentadores de mudanças tanto do consumo familiar,
quanto do papel que esse núcleo desempenha nessas mudanças.
Temos oferta de calorias mais do que suficiente para alimentar toda população e
alguns produtos baratos, já de ampla produção, poderiam tirar da faixa de inadequação
em nutrientes ampla parcela da população. Por exemplo, consumir um bife de fígado
uma vez por semana tem impacto muito grande na redução de anemia ferropriva,
inadequação de vitamina A, vitamina B1, associada ao beribéri, vitamina B12, associada
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à anemia megaloblástica. Incluir na alimentação pequenas porções de oleaginosas como
castanha do Pará, amendoim e castanha de caju reduziria a alta inadequação de
consumo de vitamina E (tocoferol). Incluir sardinhas e outros peixes no consumo
semanal reduziria muitas carências como a de vitamina D. Adicionar no consumo diário
frutas e verduras poderia nos livrar da inadequação de vitamina C e melhoraria a
adequação de cálcio, ou seja, mudanças que no Brasil são muito factíveis do ponto de
vista do abastecimento.
Medidas de âmbito coletivo, como a política de enriquecimento das farinhas do
Ministério da Saúde em relação ao ferro e ácido fólico, já mostraram impacto muito
positivo com redução das prevalências de inadequação desses nutrientes.
Por outro lado, mudanças na forma de produção da indústria de alimentos são
fundamentais. Por exemplo, as oleaginosas são, na sua maioria, apresentadas com alto
teor de sal, o que é desnecessário. Os alimentos industrializados são as principais fontes
do consumo excessivo de sódio, grande parte proveniente do sal adicionado aos
alimentos.
Destaca-se como ponto de conflito para as políticas públicas a visão do consumo
alimentar como um ato de escolha individual entre os vários bens disponíveis. Mesmo
no Brasil já existem críticas cristalizadas sobre o papel interventor do Estado na definição
do que se deve ou não fazer ou comer no Brasil. Essas críticas vão além dos
representantes da indústria de alimentos, o que já seria esperado, pela possível perda
de mercados, mas conta inclusive com cientistas respeitados em suas áreas de atuação
que acreditam que indivíduos devem fazer suas escolhas, mesmo as alimentares, sem
nenhuma interferência. Essa parece ser uma pequena armadilha, dado que não há
grandes opções de escolha de alimentos a preços similares e, mais grave, não há como
optar sem conhecer os riscos associados ao grande consumo de sal, de gordura
saturada, de açúcar e poucas fibras, que caracterizam grande parte dos alimentos
industrializados e de alta circulação no Brasil.
Quando itens isolados são analisados observa-se que os indivíduos que referem
consumir, por exemplo, biscoitos recheados, salgadinhos industrializados e refrigerantes
são os que também consomem mais energia, gordura saturada, menos fibras e mais sal.
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Não seria possível, portanto, falar em adequação da alimentação sem tentar eliminar
itens que concorrem para as altas prevalências de inadequação.
Analisando-se a alta prevalência de obesidade – hoje um problema importante de
saúde pública no Brasil –, se, por um lado, é fato que ela é o resultado de um consumo
de energia, qualquer que seja ele, maior do que o gasto, por outro lado, alguns alimentos
de ampla circulação contribuem com muitas calorias e pouquíssima densidade
nutricional. Por exemplo, se fosse retirado da alimentação somente as bebidas
açucaradas, a inadequação em relação ao consumo de açúcar se reduziria muito e
também as calorias consideradas vazias.
Populações mais informadas, como ocorre, por exemplo, em países de primeiro
mundo, optam por exigir ações do poder público, relacionadas à maior oferta de produtos
saudáveis, como frutas, verduras e legumes, maior disponibilidade de tempo para
produzirem refeições nutricionalmente adequadas para suas famílias, ausência de
alimentos não saudáveis em creches e escolas, assim como em hospitais, afastando-se
da tendência crescente de maior consumo de alimentos de conveniência.
Os dados do Brasil indicam diversos caminhos para promover possibilidades de
alimentação mais saudável, resta saber quanto tempo ainda vamos levar para estimular
gestores, mídia e a população em geral a discutir e buscar ações públicas visando uma
adequada alimentação saudável que possa prevenir várias doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT) e, particularmente, o aumento exagerado que se observa das
prevalências de obesidade, particularmente entre as crianças e os jovens brasileiros.
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7 MÉTODOS SUBJETIVOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Fonte: rj.senac.br
A realização do exame físico, tanto geral como específico, é importante, pois irá
complementar a história clínica, alimentar e nutricional e proporcionar elementos
capazes de apoiar hipóteses sobre o diagnóstico nutricional. O exame físico geral pode
avaliar uma série de dados do indivíduo, incluindo os antropométricos e sinais clínicos.
O exame físico engloba observações dos diversos tecidos de proliferação rápida, os
quais refletem precocemente problemas nutricionais, quando comparados a outros
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tecidos, sistemas corporais (cardiovascular, respiratório, neurológico e gastrointestinal)
dos tecidos adiposo e muscular e da condição hídrica do paciente, buscando sempre
investigar a presença de alterações específicas.
Inicialmente, deve-se registrar a impressão sobre o estado geral do paciente por
meio da observação e relato deste. Depressão, fraqueza, tipo físico, estado de
consciência, discurso e movimentos corporais devem ser investigados.
O exame deve ser realizado de forma sistemática e progressiva, a partir da cabeça
até a região plantar. Inicia-se pelo cabelo, seguido dos olhos, narinas, face, boca (lábios,
dentes, língua), pescoço (tireoide), tórax (abdome), membros superiores (unhas, região
palmar) e inferiores (quadríceps, joelho, tornozelo, região plantar), pele e sistemas
(cardiovascular, neurológico, respiratório e gastrointestinal).
Cada parte do corpo deve ser examinada de forma cuidadosa, para que,
associada ao relato dos sintomas e de outras informações, seja possível a definição ou
suspeita diagnóstica para subsidiar a solicitação dos exames laboratoriais.
Antes de dar início à realização do exame, deve-se ter atenção aos critérios de
preparação e organização:
O profissional deve ter cuidado com a contaminação pessoal e ao paciente: deve-
se ter uma higiene criteriosa, tanto das mãos do avaliador, quanto dos
equipamentos que serão utilizados. Lembrando que essa higiene deve sempre
acontecer antes do início da avaliação e entre um paciente e outro. Caso seja
necessário, o profissional deve fazer uso de EPI’s (equipamentos de proteção
individual) como luvas, máscaras, jaleco, etc. Isso irá garantir uma maior
segurança, tanto para o avaliador como para o paciente;
O paciente deve ser preparado previamente para a realização do exame; o
avaliador deve explicar todos os procedimentos a serem realizados, os
equipamentos utilizados, as posições necessárias e dar uma prévia do tempo de
duração. Assim, o paciente melhor informado poderá colaborar com a avaliação
e evitar situações constrangedoras;
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A vestimenta deve ser adequada, tanto para o profissional como para o paciente,
procurando sempre manter o corpo do avaliado o mais coberto possível, deixando
descobertas somente as áreas a serem avaliadas;
Realizar os procedimentos sempre em locais adequados: o paciente deve se
sentir à vontade; é importante a privacidade, um ambiente silencioso,
suficientemente iluminado e com temperatura agradável;
Para avaliação do abdome, o paciente deve estar com a bexiga vazia. Os
procedimentos como aferição do peso devem ser feitos, de preferência, antes das
refeições. Em pacientes hospitalizados, recomenda-se que sejam feitas as
aferições de peso com o paciente em jejum;
Na aferição da pressão arterial sistêmica, o paciente não deve estar agitado. A
mensuração deve ser realizada quando o indivíduo estiver tranquilo,
preferencialmente do meio para o final da consulta. Deve ser questionada ao
paciente a realização de atividade física antes da consulta, bem como o uso de
medicamentos e de alimentos energéticos e/ou estimulantes, uma vez que estes
elevam a tensão arterial durante um período determinado de tempo, podendo
influenciar na aferição da real pressão arterial desse paciente;
Expressar sempre interesse e respeito pelo relato do paciente, por uma questão
humanista e ética e pela contribuição que pode dar para a definição do
estabelecimento do diagnóstico;
Existem várias técnicas e procedimentos para a realização do exame físico.
Dentre essas, abordaremos aqui as que são direcionadas para a avaliação
nutricional:
Inspeção: Para esta técnica o avaliador usa a visão, olfato e audição na avaliação
do indivíduo, por exemplo, verificando a presença de obesidade, caquexia,
condição hídrica, integridade da pele, cicatrização de feridas, icterícia, ascite,
capacidade funcional, estado mental, etc.
Palpação: Trata-se de uma avaliação tátil, na qual seu uso tem como objetivo
sentir pulsações e vibrações. Por meio desta técnica, o profissional é capaz de
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avaliar as estruturas corporais como a textura, tamanho, temperatura,
consistência e mobilidade, a exemplo do turgor, a elasticidade da pele, integridade
da derme, tamanho de órgãos, edema periférico, massas abdominais, massas
tumorais, ascite, perda de peso, entre outros.
Percussão: Consiste na avaliação de sons, para determinar o contorno, formato
e posição destes. Permite avaliar também se o órgão está sólido ou se há
presença de líquidos ou gases.
Ausculta: Nesta técnica avalia-se os sons corpóreos, que podem ser ouvidos com
ou sem o estetoscópio (ex.: sons do coração, dos pulmões- presença de líquidos,
intestinais- ruídos hidroaéreos e dos vasos sanguíneos).
Para algumas carências, o exame físico torna-se específico, como no raquitismo
(vitamina D), bócio endêmico (iodo), mancha de Bitot/xerose da conjuntiva (vitamina
A), bem como no excesso de tecido adiposo, em que é possível diagnosticar
obesidade.
As principais vantagens do exame físico são o baixo custo e a execução simples,
desde que que o profissional tenha a habilidade necessária. Contudo, é necessário
que o avaliador treine seu olhar clínico e é possível que alguns distúrbios nutricionais
sejam identificados tardiamente, uma vez que algumas manifestações exteriores só
são perceptíveis quando as alterações internas já se encontram graves.
Cada parte do corpo deve ser examinada de forma cuidadosa, para que,
associada ao relato dos sintomas e de outras informações, seja possível a definição
ou suspeita diagnóstica para subsidiar a solicitação dos exames laboratoriais.
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macios ao tato e coloração
adequada.
Face Presença de edema ou Bom Estado Geral, sem sinais de
depleção. Apresentação de: depleção ou edema.
palidez, atrofia unilateral ou
bitemporal; Fácies agudo:
exausto, cansado, não consegue
manter os olhos abertos por
muito tempo; Fácies crônico:
aparência deprimida, triste,
pouco diálogo.
Olhos Aspecto, cor das mucosas e Brilhantes, membranas róseas e
membranas, sinais de excesso úmidas, sem manchas e boa
de nutrientes – xantelasma, arco adaptação visual no escuro
córneo lipídico, sinais de
deficiência de nutrientes:
desnutrição – olhos escavados,
escuros e flacidez ao redor,
hipovitaminoses – xeroftalmia,
nictalopia, etc.
Lábios Coloração da mucosa, presença Lábios macios e sem inflamações.
de lesões decorrentes de
hipovitaminoses.
Língua Coloração, integridade papilar, Língua vermelha, sem edema, com
edema, espessamento. superfície normal e paladar
preservado.
Gengivas Edema, porosidade e Ausência de sangramentos e edema.
sangramento
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Peças dentárias Presença de cáries, ausência de Arcada dentária íntegra, sem
peças dentárias, uso de prótese ausência de peças dentárias ou uso
(bem adaptada ou não), de prótese bem adaptada – não
alterações em função de excesso ocasionar comprometimento da
ou escassez de nutrientes. mastigação.
Pele Cor, pigmentação, integridade, Cor uniforme, lisa, aparência
turgor, presença de edema, saudável, turgor preservado ou
brilho e temperatura, compatível com a idade (no caso de
manifestações decorrentes de idosos).
deficiência ou excesso de
nutrientes.
Unhas Forma, ângulo, coloração, Uniformes, arredondadas, lisas e
contorno, rigidez e presença de firmes.
micoses.
Abdôme Quanto à rigidez: flácido ou Ausência das alterações referidas.
tenso; quanto ao volume:
distendido, plano, globoso ou
escavado; quanto à presença de
gases: poucos gazes (normal),
maciez (quando há tumor) ou
timpânico.
Tecido subcutâneo Excesso de tecido adiposo, ou Ausência das alterações referidas.
déficit de tecido subcutâneo –
flacidez; presença de edema*
Tecido Muscular Retração ou atrofia Ausência das alterações referidas.
esquelético
Sistema nervoso Perdas do controle na contração Ausência das alterações referidas.
ou parestesias
Condição hídrica Desidratação ou edema* Ausência das alterações referidas.
Fonte: Adaptado de Bevilacqua (1997); Martins (2008).
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*O edema de causa nutricional deve ser: frio, mole, indolor, geralmente não forma
cacifo e é bilateral.
Fonte: multisaude.com.br
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ASG contempla por meio da anamnese, a história clínica completa. Essa valoriza
essencialmente a progressão de perda de peso do doente e o período em que ocorreu,
além de outras variáveis clínicas significantes como a existência de alterações do apetite,
a presença de sintomas gastrointestinais e as mudanças da capacidade funcional. Todas
essas variáveis são fatores relevantes que interferem no estado nutricional e que devem
ser pesquisados. Além dos dados clínicos, o exame físico é dirigido para aspectos
nutricionais que possam sugerir deficiências.
Fonte: adiva.hr
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2- No que se refere à nutrição e saúde pública, conhecer o estado nutricional da
população é de fundamental importância para o planejamento de políticas
públicas e programas na área da alimentação e nutrição; para o monitoramento
e execução de ações de promoção da alimentação saudável e de prevenção dos
distúrbios nutricionais;
3- Na nutrição clínica, em que a obtenção do diagnóstico nutricional e as causas a
ele relacionadas é condição necessária para a elaboração do plano de atenção
alimentar e nutricional para o paciente, incluindo a prescrição da dieta.
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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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presença de anemia em pacientes hospitalizados. Nutrición clínica y dietética
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