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Nutrição Aplicada ao Esporte

Docente: Prof. Me. Felipe Veríssimo


Contato
prof.felipev@gmail.com

@nutrifv
Metodologia da pesquisa em nutrição
aplicada ao esporte
O campo da nutrição aplicada ao esporte se atualiza
constantemente e rapidamente.

Analisar a veracidade de uma nova informação produzida na


literatura e distinguir entre uma informação boa ou ruim não é tarefa fácil.
Metodologia da pesquisa em nutrição
aplicada ao esporte
A metodologia de pesquisa em nutrição aplicada ao esporte,
ressalta alguns dos pontos mais importantes a serem considerados para
avaliar a qualidade de uma nova informação produzida nesse campo.
Ponto 1 – a amostra estudada

AMOSTRA NEGLIGENCIADA
Pedroso et al. (2014) com o de Verhoeven et al. (2009)

Ambos tiveram como objetivo avaliar a eficácia terapêutica do aminoácido


leucina em animais e humanos, respectivamente.
Ponto 2 – o desenho experimental
Temos quatro desenhos experimentais mais comumente empregados:

• O estudo transversal;
• O estudo/relato de caso;
• O longitudinal crossover e;
• Estudo longitudinal de grupos paralelos.
Ponto 2 – o desenho experimental
ESTUDO TRANSVERSAL

Consiste em mensurações/medições realizadas num único momento no


tempo, com a finalidade de descrever associações entre duas ou mais variáveis,
auxiliando a caracterizar uma determinada população (por exemplo, a prevalência de
uma doença).

VANTAGEM: esse desenho experimental reside na caracterização de variáveis de uma


população com uma única medição, uma vez que nem sempre é possível
acompanhar indivíduos por longos períodos durante uma pesquisa. Por outro lado,
justamente por não acompanhar os participantes e, assim, não ter acesso aos seus
hábitos diários, os resultados do estudo não necessariamente se remetem a causa e
consequência.
Ponto 2 – o desenho experimental
ESTUDO/RELATO DE CASO

Permite uma avaliação longitudinal, isto é, ao longo do tempo. Contudo, essa


avaliação é realizada numa única unidade experimental (ou seja, um único
participante). Geralmente esse desenho é aplicado com o objetivo de compreender e
estudar fenômenos muito específicos, cujo estudo seria inviabilizado se fossem
utilizadas grandes amostras.
Ponto 2 – o desenho experimental
ESTUDO LONGITUDINAL CROSSOVER
Ponto 2 – o desenho experimental
ESTUDO LONGITUDINAL DE GRUPOS PARALELOS

Visa acompanhar o comportamento ou as alterações que ocorrem em uma


grande população de participantes ao longo do tempo, uma vez administrada uma
intervenção.
Entretanto, ao contrário do crossover, neste desenho experimental cada
participante recebe um único tratamento (intervenção, por exemplo), que ocorrerá
paralelamente ao outro tratamento (controle ou placebo).
Esse desenho é a única alternativa a ser adotada quando do estudo de
estratégias nutricionais nas quais o washout não é bem determinado. Por outro lado,
ele inviabiliza o estudo das respostas individuais aos diferentes tratamentos.
Ponto 3 – a qualidade do vendamento
No campo da nutrição aplicada ao esporte, três formas específicas de
vendamento são utilizadas: o vendamento aberto, o uni-cego e o duplo-cego.

tanto avaliador quanto avaliado sabem quais são os


ABERTO
tratamentos em questão.

UNI-CEGO apenas avaliador ou avaliado sabem o tratamento em questão.

tanto avaliador quanto avaliado estão vendados aos


DUPLO-CEGO tratamentos.
Ponto 4 – o teste físico
A acurácia e a especificidade de um teste físico também são pontos
importantes a serem considerados durante uma pesquisa conduzida para avaliar a
eficácia ergogênica de uma estratégia nutricional.

Tomemos como exemplo o estudo conduzido por Hill et


al. (2007b), no qual os autores tiveram por objetivo avaliar os
efeitos de quatro semanas de suplementação com β-alanina
no tempo de exercício até a exaustão em um teste feito no
cicloergômetro a 110% da potência máxima.
Ponto 5 – a adequação do consumo alimentar
Por definição, suplementos alimentares são alimentos que complementam,
com calorias e/ou nutrientes, a dieta de uma pessoa, em casos em que a ingestão, a
partir da alimentação, seja insuficiente; de forma que só faria sentido buscar um
suplemento nutricional no advento de uma deficiência alimentar de um nutriente
específico, pois apenas em situações de deficiência ele exibiria os seus potenciais
efeitos ergogênicos.
Ponto 6 – a acurácia da interpretação dos resultados

Na área de ciências da saúde, é comum estabelecer o critério de que a


hipótese nula só será rejeitada mediante uma probabilidade menor ou igual a 5%.
Em outras palavras, um determinado parâmetro só é significantemente diferente de
outro caso P ≤ 0.05.

Devido à agenda competitiva dos atletas, ao receio dessa população e de seus


respectivos clubes em se submeter a procedimentos invasivos e à pressão por
resultados, torna-se bastante difícil recrutar/alocar um grande número de atletas
para um estudo científico.

Uma população amostral reduzida pode inevitavelmente levar à ausência de


resultados significantes e, assim, a uma interpretação e conclusão sem acurácia.
Ponto 7 – a declaração de conflitos de interesse
Consideremos a seguinte situação: uma determinada empresa gostaria que
um estudo fosse conduzido para testar a eficácia terapêutica de um fármaco, a fim
de inseri-lo no mercado.
Para isso, além de fornecê-lo a um grupo de pesquisadores, a empresa decide
custear todos os gastos inerentes ao estudo.
Não obstante, a empresa opta ainda por financiar toda a equipe de
pesquisadores.
Em razão disso, ela se sente no direito de requerer ao grupo de
pesquisadores que o estudo apresente resultados positivos acerca do fármaco
testado, para que ele seja mais facilmente inserido no mercado e, em última
instância, a empresa lucre com a sua venda.
Bioenergética e integração metabólica
Discutimos anteriormente alguns pontos imprescindíveis a serem
considerados na avaliação da qualidade de uma nova informação
publicada/divulgada na área de nutrição aplicada ao esporte.

Faz-se necessário revisar conceitos básicos de um assunto essencial da área de


bioquímica básica e de bioquímica aplicada ao exercício:

BIOENERGÉTICA e INTEGRAÇÃO METABÓLICA


Bioenergética e integração metabólica
MAS, AFINAL, O QUE SERIA BIOENERGÉTICA?

A bioenergética é o ramo da bioquímica que aborda a transferência, conversão e


utilização de energia nos sistemas biológicos.
Josiah Gibbs (1839-1903)

Transformação da energia nos organismos vivos


Bioenergética e integração metabólica

A referida energia faz alusão à energia


química, em específico à adenosina
trifosfato (ATP)
Bioenergética e integração metabólica

Como resultado, a hidrólise de ATP,


isto é, sua quebra, libera adenosina
difosfato (ADP), íons hidrogênio
(H+) e fosfato inorgânico (Pi ), além
de importantemente liberar a
ENERGIA contida nas ligações entre
os grupamentos fosfato de sua
estrutura.
Bioenergética e integração metabólica
Tal ENERGIA pode ser direcionada para diferentes funções, tais como:
SÍNTESE E SECREÇÃO DE SUBSTÂNCIAS TRANSPORTE ATIVO DE MOLÉCULAS

Por essa razão o ATP é considerado a moeda energética do organismo, sem a qual a
manutenção da vida jamais seria possível
Bioenergética e integração metabólica
EDUCAÇÃO FÍSICA

O ATP é imprescindível para o


processo de contração muscular
Relembremos o passo a
passo do processo de
contração muscular.
Bioenergética e integração metabólica
No momento em que os níveis de ATP REDUZEM, ou em que a velocidade da sua
produção ou fornecimento à célula muscular é diminuída, há notável perda de
eficiência da maquinaria contrátil e, com isso, PIORA DO DESEMPENHO FÍSICO.
Bioenergética e integração metabólica
A tabela seguinte pode ajudar a visualizar algumas reservas, dentre as quais se
destacam o glicogênio muscular, o glicogênio hepático e os triglicerídeos do tecido
adiposo.
Bioenergética e integração metabólica
Compreender o papel da nutrição na atividade física e no esporte.
Bioenergética e integração metabólica
Mas antes de seguirmos adiante, um primeiro conceito básico: qual seria a diferença
entre:
Bioenergética e integração metabólica
Macronutrientes seriam moléculas
grandes, enquanto micronutrientes
seriam moléculas pequenas

Macronutrientes seriam moléculas


de maior peso molecular do que
os micronutrientes.

Macronutrientes seriam moléculas


de maior relevância ao
funcionamento e homeostase do
organismo que micronutrientes.
Bioenergética e integração metabólica
Macronutrientes seriam moléculas Ambas as moléculas possuem estrutura e
grandes, enquanto micronutrientes tamanho extremamente similares;
seriam moléculas pequenas

Macronutrientes seriam moléculas O peso dessas moléculas também é


de maior peso molecular do que semelhante.
os micronutrientes.

Macronutrientes seriam moléculas Ambas são importantes ao organismo, já


de maior relevância ao que a glicose lhe fornece energia e a
funcionamento e homeostase do vitamina C é um poderoso antioxidante
organismo que micronutrientes. capaz de combater os radicais livres
Bioenergética e integração metabólica
Macronutrientes e micronutrientes diferem-se, a princípio, em relação às suas
necessidades diárias

(geralmente maiores (geralmente menores


que 1 g por dia) que 1 g por dia)

Curiosamente, é errônea a crença de que suplementos multivitamínicos podem fazer


uma pessoa “engordar”, pois eles não fornecem CALORIAS ao organismo.
Bioenergética e integração metabólica
CALORIAS

Fisicamente falando, caloria é definida como a quantidade de calor necessária para


elevar em 1°C a temperatura de 1 g de água.
Bioenergética e integração metabólica
Bioenergética e integração metabólica
Bioenergética e integração metabólica
As suas necessidades diárias e a sua capacidade de fornecer calorias
diferenciam um macronutriente de um micronutriente, além disso é importante que a
célula muscular também possua sistemas capazes de gerenciar esse abastecimento. E,
de fato, tais sistemas existem, consistindo no:

• Sistema anaeróbio alático (sistema fosfagênio);

• Sistema anaeróbio lático (glicolítico);

• Sistema aeróbio (oxidativo).


Bioenergética e integração metabólica
Antes de continuar, vejamos algumas nomenclaturas do metabolismo da
GLICOSE:
Bioenergética e integração metabólica
GLICÓLISE: Degradação da
glicose por processo
anaeróbio ou aeróbio

GLICONEOGÊNESE: Síntese de GLICOGÊNESE: Síntese de


glicose a partir de outros glicogênio através da glicose,
substratos (lactato,piruvato,aa, GLICOSE podendo ser estocado no
ac.graxos) fígado e músculos.

GLICOGENÓLISE:
Glicogênio é degradado em
glicose 6-fosfato para ser
utilizado pelo músculo
Sistema anaeróbio alático

É de suma importância que a célula muscular possua um sistema capaz


de fornecer energia para a contração muscular o mais rápido o possível.

SISTEMA ANAERÓBIO ALÁTICO: trata-se de um sistema anaeróbio em que não


há presença de oxigênio dada a rápida velocidade com que a provisão de energia
é requerida, não havendo tempo para a captação e transporte de oxigênio até o
tecido muscular; e alático, não culminando na produção de lactato.
Sistema anaeróbio alático

A hidrólise de 1 mol de ATP pela enzima ATPase é capaz de gerar


aproximadamente 7,5 calorias.

A molécula de ATP não possui estoques abundantes nas células musculares,


havendo necessidade da presença de um outro SUBSTRATO para repor as suas
perdas.

A este SUBSTRATO se dá o nome de fosforilcreatina (PCr), que também contém


ligações de fosfato de alta energia. A concentração intramuscular de PCr é de
três a oito vezes mais abundante que a de ATP.
Sistema anaeróbio alático

Tais mecanismos ativam a hidrólise da PCr. Ao ser hidrolisada pela enzima


creatina quinase, a PCr cede o fosfato necessário para a ressíntese de ATP,
restando uma molécula de creatina livre (Cr). O contrário também é verdadeiro,
e sob circunstâncias de baixa demanda metabólica, ou seja, quando os estoques
de ATP estão elevados, a energia dessa molécula pode ser utilizada para gerar e
estocar PCr.
Sistema anaeróbio alático
Sistema anaeróbio alático

Apesar de os estoques intracelulares de PCr serem significantemente


mais elevados que os de ATP livre, sob elevadas demandas metabólicas esses
estoques também sofrem depleção rapidamente e, com isso, tem-se que a
rápida depleção de seus substratos é o grande limitante desse sistema.
Sistema anaeróbio alático
Na verdade, evidências estimam que tais estoques sejam o suficiente
para contribuir com a predominância do sistema anaeróbio alático por apenas
10 a 15 segundos de exercício físico de alta intensidade.
Sistema anaeróbio alático
O lançamento de disco, o lançamento de peso, o salto com vara, o salto
triplo, o levantamento olímpico, a tarefa de 50 metros livres na natação e a
prova de 100 metros rasos no atletismo são exemplos de modalidades esportivas
em que há a predominância do sistema anaeróbio alático.
Sistema anaeróbio alático
Modalidades e atividades com predominância anaeróbia alática são
substancialmente influenciadas pelas concentrações musculares de creatina.
Logo, faz sentido que essas modalidades sejam as mais beneficiadas pela
suplementação de CREATINA.
Sistema anaeróbio lático

Apesar de a PCr ser um substrato prontamente disponível para ser


utilizada na ressíntese de ATP, como já mencionado, os seus estoques sofrem
depleção rapidamente.

Com isso, há a necessidade de a célula muscular passar a utilizar um


outro substrato de modo a não interromper a produção de ATP e,
consequentemente, o exercício físico.

Tal substrato se trata da GLICOSE


Sistema anaeróbio lático

GLICOSE

Um carboidrato, armazenada nas células musculares na forma de glicogênio


muscular.

As partículas de glicogênio muscular podem conter até 50 mil porções de glicose.

De fato, em humanos, por volta de 80% do glicogênio corporal se encontra no


tecido muscular.
Sistema anaeróbio lático

GLICOSE

Conforme o exercício começa, inicia-se a degradação de glicogênio muscular em


um processo conhecido como GLICOGENÓLISE, de modo a se disponibilizar a
glicose para o processo de produção de energia.

É esperado que haja a degradação de glicogênio muscular com apenas alguns


poucos segundos até alguns poucos minutos de exercícios, mas que essa
degradação tome proporções maiores caso a duração do exercício se estenda.

Para fornecer ATP, a glicose disponibilizada pelo glicogênio adentra então a via
denominada GLICÓLISE.
Sistema anaeróbio lático

A GLICÓLISE ocorre numa sequência de 11 reações enzimáticas divididas em


duas fases:

• Fase preparatória (primeira fase): vai até a formação de duas moléculas de


gliceraldeído-3-fosfato e caracteriza-se por ser uma etapa de gasto energético,
especificamente de dois ATPs nas duas fosforilações que ocorrem nessa fase

• Fase de pagamento (segunda fase): a produção energética de quatro ATPs em


reações enzimáticas independentes de oxigênio, além da liberação de
coenzimas reduzidas, ou seja, enzimas eletricamente carregadas, como a
nicotinamida adenina dinucleotídeo (NADH)
Sistema anaeróbio lático
O piruvato será receptor dos elétrons do NADH para que o NAD+ seja
regenerado. Ao aceitar esses elétrons, o piruvato é convertido em uma molécula
chamada lactato.

RESULTADOS:
• 2 moléculas de lactato;
• 2 NAD+;
• 2 ATP;
• 2 íons de hidrogênio (H+).

O lactato produzido pode ser transportado para fora da membrana celular e,


subsequentemente, transportado pela corrente sanguínea até o fígado, onde,
em uma reação denominada gliconeogênese, pode formar glicose novamente
CICLO DE CORI
Sistema anaeróbio lático
Por outro lado, os íons H+ produzidos durante a glicólise também precisam ser
neutralizados ou expelidos da célula muscular, pois o acúmulo desses íons pode
gerar ACIDOSE MUSCULAR.

Sob pH ácido, evidências já demonstraram que enzimas importantes da via


glicolítica são desativadas, ou seja, inibidas.

Percebe-se que a produção e o acúmulo intracelular de íons H+ como um efeito


colateral da via glicolítica, já que o acúmulo desses íons, ao prejudicar os
processos contráteis e de produção de energia, pode levar à fadiga muscular.
Sistema anaeróbio lático
O corpo humano, por outro lado, possui defesas bem reguladas para a
manutenção do pH intra e extracelular dentro dos valores fisiológicos. Entre as
defesas estão os TAMPÕES químicos intracelulares e sanguíneos, o
tamponamento dinâmico, a regulação respiratória e a regulação renal.

Os tampões químicos intracelulares são constituídos principalmente por


fosfatos, proteínas, peptídeos e aminoácidos, os quais exercem seu efeito
tampão no citosol.

O tamponamento sanguíneo, por sua vez, é realizado principalmente pelo


bicarbonato (HCO3 - ), que tem a capacidade de se ligar aos íons H+ livres e ser
convertido em H2CO3 , para ser imediatamente dissociado em CO2 e H2O.
Sistema anaeróbio lático
Estratégias nutricionais com a proposta de atenuar o acúmulo de íons H+ na
célula muscular são alvos de discussão, com o potencial de proporcionar
melhora de desempenho físico em modalidades esportivas com predominância
anaeróbia láctica.
Sistema anaeróbio lático
A saber, as tarefas de 100 e 200 metros livres na natação, as tarefas de 400 e 800
metros rasos no atletismo, as distâncias de 1 e 4 quilômetros no ciclismo de pista
e lutas de característica intermitente, como o judô e o boxe, são exemplos de
modalidades esportivas em que há a predominância do sistema anaeróbio lático.
Sistema aeróbio
Em condições de aerobiose, o piruvato não é reduzido a lactato, e sim oxidado
nas mitocôndrias pelo complexo enzimático piruvato-desidrogenase, havendo a
formação de acetil-CoA.

É formado também um NADH na reação de desidrogenação, cujo destino final


será a cadeia respiratória, uma vez que já está dentro das mitocôndrias.
Sistema aeróbio
O acetil-CoA formado a partir do piruvato, então, reage com uma molécula
denominada oxaloacetato, iniciando o ciclo de Krebs, o qual ocorre na matriz
mitocondrial.
Sistema aeróbio
CICLO DE KREBS
CADEIA
TRANSPORTADORA
DE ELÉTRONS
Sistema aeróbio
Ao contrário da glicólise anaeróbia, que é capaz de gerar apenas dois ATPs por
molécula de glicose degradada, por volta de 30 a 32 ATPs são produzidos da
degradação aeróbia de glicose, ou seja, em todo seu percurso desde a via
glicolítica até a cadeia transportadora de elétrons.

Por outro lado, como vimos, esse é um processo mais lento, pois necessita do
transporte de O2 até o músculo esquelético e sua captação por ele na
degradação aeróbia da glicose até piruvato, na formação de acetil-CoA e
ocorrência do ciclo de Krebs e na reoxidação do NADH e FADH2 na cadeia
transportadora de elétrons, com subsequente formação de ATP a partir do fluxo
de prótons.
Sistema aeróbio
as modalidades em que haverá predominância do sistema aeróbio na produção
de energia para a contração muscular são aquelas de maior duração de esforço,
como o triatlo, o ciclismo de estrada, a maratona e o cross-country.
Sistema aeróbio
Em relação à bioenergética e à integração metabólica tratadas anteriormente,
vimos que a energia, na forma de ATP, permite ao corpo humano e aos seus
diversos órgãos e tecidos a manutenção de suas funções. Sem ele, não haveria
vida.
Sistema aeróbio
No que diz respeito ao exercício físico, o ATP é indispensável para o processo de
contração muscular. Uma diminuição na sua produção acarreta na incapacidade
de manter a função contrátil e, portanto, na fadiga muscular.
Sistema aeróbio
Para suprir a demanda energética, o músculo esquelético se utiliza dos três
principais sistemas energéticos: o fosfagênio, o glicolítico e o oxidativo.
Sistema aeróbio
Tema da próxima aula

Macronutrientes – carboidratos
Até semana que vem!

prof.felipev@gmail.com

@nutrifv

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