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Esportes Med 2001; 31 (2): 75-90

euLENDOUMAARTIGO 0112-1642/01/0002-0075/$22,00/0

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Treinamento Intervalado para Performance:

Uma Prática Científica e Empírica
Recomendações Especiais para Corridas de Média e Longa
Distância. Parte II: Treinamento Intervalado Anaeróbico

L. Véronique Billat
Faculdade de Ciências do Esporte, Universidade Lille 2, Lille, França

Abstrato Os estudos de treinamento intervalado anaeróbico podem ser divididos em 2 categorias. A

primeira categoria (os estudos mais antigos) examinou o treinamento intervalado a uma taxa de
trabalho fixa. Eles mediram o limite de tempo ou o número de repetições que o indivíduo era capaz
para sustentar por diferentes durações de pausa. As intensidades usadas nestes estudos foram
.
não máximo, mas estavam em cerca de 130 a 160% do consumo máximo de oxigênio (VO2max).
Além disso, utilizaram períodos de trabalho de 10 a 15 segundos interrompidos por pequenos
intervalos de descanso (15 a 40 segundos). A segunda categoria (os estudos mais recentes) pedia
aos participantes que repetissem as séries máximas com diferentes durações de pausa (30
segundos a 4 a 5 minutos). Esses estudos examinaram as mudanças na potência dinâmica máxima
durante sucessivos períodos de exercício e caracterizaram as mudanças metabólicas associadas no
músculo.
Usando treinamento de curto intervalo, parece ser muito difícil eliciar metabolismo
exclusivamente anaeróbico. No entanto, esses estudos demonstraram claramente que a
contribuição da glicogenólise para a demanda total de energia foi consideravelmente menor do que
se o trabalho de intensidade semelhante fosse realizado continuamente. No entanto, os últimos
estudos usaram intensidades de exercício que não podem ser descritas como máximas. este
é a principal característica da segunda categoria de treinamento intervalado realizado
.
acima da velocidade mínima associada ao VO2maxdeterminado de forma incremental
.
teste (vVO2max).
Muitos estudos sobre o efeito fisiológico a longo prazo da intermitência supramáxima
.
exercício em tenda demonstraram uma melhora no VO2maxou economia de corrida.

1. Treinamento Intervalado Anaeróbico
1.1 Respostas Fisiológicas Agudas
Os estudos de treinamento intervalado anaeróbico podem ser
de repetições que o atleta foi capaz de sustentar por
diferentes durações de pausa. As intensidades usadas nestes
estudos não foram máximos, mas estavam em cerca de 130 a
.
160% do consumo máximo de oxigênio (VO2max). Mais-

divididos em 2 categorias. A primeira categoria (os estudos mais Ao final, utilizaram períodos de trabalho de 10 a 15 segundos

antigos) examinou o treinamento intervalado a uma taxa de interrompidos por pequenos intervalos de descanso (15 a 40

trabalho fixa.[1]Eles mediram o limite de tempo ou o número segundos).

76
A segunda categoria (os estudos mais recentes) pedia
aos participantes que repetissem as séries máximas com
diferentes durações de pausa (30 segundos a 4 a 5
minutos). Esses estudos examinaram as mudanças na
potência dinâmica máxima durante sucessivos períodos
de exercício e caracterizaram as mudanças metabólicas
associadas no músculo.[2]
No entanto, o objetivo de ambas as abordagens foi
entender o envolvimento dos diferentes tipos de
metabolismo (alático, anaeróbio lático e aeróbico)
comparando a influência da duração da pausa [tempo
para ressíntese de creatina fosfato (CP)] na diminuição
da limite de tempo e trabalho total realizado e a
diminuição da velocidade ou potência de saída. Essas
diminuições no trabalho total realizado ou na taxa de
trabalho foram correlacionadas com os substratos
(glicogênio, CP) e os reagentes das diferentes vias
metabólicas por técnicas de biópsia, análise de sangue
e medidas de trocas gasosas.
1.1.1 Estudos de Taxa de Trabalho Fixa
Na primeira categoria, Margaria et al.[1]demonstraram
que para exercícios intermitentes supramáximos
[cerca de 160% da velocidade mínima associada com
. .
VO2maxdeterminado em um teste incremental (vVO2max)],
o tempo total que leva à exaustão dependeu da duração
da pausa. Além disso, quando a pausa foi 0 (corrida
ininterrupta), 10, 20 e 30 segundos, os tempos totais
executados na velocidade supramáxima foram 32, 100 e
200 segundos e indefinidos, respectivamente. Quando a
pausa era de 10 segundos, o tempo total de execução
podia ser aumentado cerca de 3 vezes e quando o período
de descanso era de 20 segundos, 6 vezes. Dobrar o
período de descanso permitiu que o atleta trabalhasse
duas vezes mais. De fato, o acúmulo de lactato no sangue
foi igual a 11 e 7,5 mmol/L e permaneceu no estado de
equilíbrio de 2 mmol/L, respectivamente, para as pausas
de 10, 20 e 30 segundos. Este estudo demonstra que a
duração da pausa foi determinante para a utilização das
vias anaeróbicas e aeróbicas. Ao traçar o acúmulo de
lactato sanguíneo em função da duração do período de
repouso, Margaria et al.[1]mostraram que o tempo mínimo
de repouso em que não ocorreu acúmulo de ácido lático
foi de cerca de 25 segundos. Esta duração corresponde ao
tempo de meia reação para o pagamento do déficit de
oxigênio alático (ou seja, CP
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Billat
tese). Esses autores mediram o consumo de oxigênio
.
(VO2) respiração a respiração em um corredor realizando 10
sessões de exercício com uma pausa de 20 segundos e eles
.
mostrou que houve um aumento muito rápido no VO2
no início do exercício e não houve diferença
apreciável durante a primeira pausa
comparado com o primeiro período de execução. Em estado estacionário,
.
a partir da quinta repetição, VO2foi ligeiramente menor
durante a pausa do que durante a corrida (por exemplo,
3,5vs4 L/min para 1 participante). A primeira corrida
ocorreu quase exclusivamente (90%) às custas do
fosfagênio. Durante os 25 segundos seguintes de
descanso, a piscina alática foi restaurada para cerca de
45% pelo pagamento da dívida de oxigênio (componente
pós-oxigênio rápido).
Durante a segunda corrida, a energia foi fornecida mais
pelo mecanismo oxidativo: 25 versus 10% da necessidade total
de energia na primeira e segunda série, respectivamente. Isso
é muito alto para ser sustentado pelo metabolismo
anaeróbico alático, uma vez que o pool de fosfagênio é
apenas igual a 45% do valor inicial de armazenamento em
repouso. Consequentemente, a glicólise anaeróbica foi
envolvida e o lactato sanguíneo se acumulou. É por isso que
os 30 segundos de pausa, suficientemente longos para
permitir a ressíntese do pool de fosfagênio, também
permitem que o atleta corra por um
longo tempo com lactato sanguíneo em estado de equilíbrio abaixo
.
2,5 mmol/L. Com pausas de apenas 10 segundos, VO2max
é atingido mais cedo e o lactato sanguíneo se acumula. Esse
tipo de treinamento intervalado realizado em intensidade
supramáxima pode provocar um metabolismo
completamente diferente, dependendo da duração da pausa.
Se o déficit de oxigênio durante o período de trabalho
supramáximo for maior que o equivalente de oxigênio
anaeróbio alático (0,5 L), o treinamento intervalado será
envolvem processos anaeróbicos lácticos. Por exemplo, um
.
corredora que tem vVO2maxigual a 16 km/h (4,44 m/
s) percorrerá 10×4,44×1,6 = 71,1 m durante
uma corrida supramáxima de 10 segundos a 160% de
.
vVO2max. Se ela pesa 50kg e tem um custo bruto de
oxigênio para correr igual a 0,210ml/kg/m, ela
precisará consumir um volume de oxigênio igual a
71,1m×0,210 = 15ml de oxigênio/kg, ou seja, 750ml.
Isso é igual a 150% do oxigênio equivalente do
metabolismo anaeróbico. Podemos, portanto, calcular
Esportes Med 2001; 31 (2)
Treinamento Intervalado Anaeróbico e Desempenho
que para as sessões de exercício de 10 segundos, a velocidade
.
deve ser proporcionalmente menor, ou seja, próximo de vVO
2max. No entanto, a pausa deve ser de pelo menos 25 segundos
para garantir que o CP consumido durante o intervalo de
trabalho seja restaurado. Conforme demonstrado por
Margaria et al.,[1]nessas condições, o treinamento intervalado
pode ser realizado por muito tempo sem sangramento
acúmulo de tato. Assim, o trabalho:proporção de pausa
.
é igual a 1:3 e VO2é submáximo (82% de
.
VO2max).[3]
Usando treinamento intervalado curto-curto, parece ser
muito difícil eliciar metabolismo exclusivamente anaeróbico.
No entanto, esses estudos demonstraram claramente que a
contribuição da glicogenólise para a demanda total de
energia foi consideravelmente menor do que se o trabalho de
intensidade semelhante fosse realizado continuamente. No
entanto, os últimos estudos usaram intensidades de exercício
que não podem ser descritas como máximas. Essa é a
principal característica do setor
ª categoria de treinamento intervalado realizado acima
. saída de potência média alta foi mais de 3 vezes o
vVO2max.
Mais recentemente, Tabata et al.[4]compararam
os perfis metabólicos de 2 tipos diferentes de
treinamento intervalado de intensidade em uma porcentagem fixa de
. foi 5 vezes maior que pVO2max. As potências médias
VO2maxequivalente. Os participantes pedalaram 6 séries de
. diminuíram significativamente a partir da quarta
20 segundos a 170% VO2maxcom 10 segundos de descanso
entre cada luta. O segundo treino intervalado
. quinta. A última repetição foi reduzida para apenas
envolveu 4 séries de 30 segundos a 200% do VO2max
com 2 minutos de descanso entre cada luta. O primeiro
protocolo de treinamento intervalado eliciou tanto o
déficit máximo de oxigênio acumulado quanto o consumo
máximo de oxigênio. Portanto, os autores concluíram que
esse treinamento intervalado supramáximo pode
sobrecarregar os sistemas de liberação de energia
anaeróbica e aeróbica perto de sua capacidade máxima.
1.1.2 Estudos de Intensidade Fixa
Deve-se notar que não podemos realmente chamar esses
exercícios de 'treinamento de intervalo', mas sim de 'sprints
máximos repetidos'. O exercício dinâmico máximo tem sido
usado recentemente (há 10 anos) por fisiologistas para
estudar a regulação das vias metabólicas e esclarecer a
etiologia da fadiga (incapacidade de sustentar uma
determinada potência) durante o exercício de alta
intensidade. Nesse tipo de estudo, Bogdanis et al.[5]
demonstrou que em um segundo 30 segundos de all-out
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77
exercício de ciclismo realizado 4 minutos após a primeira
sessão, CP, que estava em 17% do valor de repouso após
o primeiro exercício de ciclismo total, foi ressintetizado
em 79% do valor de repouso, mesmo que o pH
permanecesse em um nível baixo (pH 6.8). Apesar da
redução de 41% na energia anaeróbica, o trabalho total
realizado durante o segundo sprint de 30 segundos foi
reduzido em apenas 18%. O metabolismo aeróbico
forneceu uma parte significativa (49%) da energia e a taxa
de síntese de CP determinou a taxa de trabalho realizada
nos primeiros 10 segundos do segundo exercício total de
30 segundos.
Em outro grande estudo sobre treinamento de
exercício máximo intermitente, 10×Foram realizados
sprints máximos de 6 segundos com 30 segundos de
recuperação entre cada sprint.[6]Amostras de biópsia
por agulha foram retiradas do músculo vasto lateral
antes e após o primeiro sprint e 10 segundos antes e
imediatamente após o décimo sprint. Neste estudo, o
.
saída de potência mínima que provoca VO2maxdeter-
.
minado em um teste incremental (pVO2max). O pico
potência (a potência máxima de saída em 1 segundo)
.
repetição e a potência de pico diminuiu a partir da
73% da potência gerada durante o primeiro sprint. A
energia necessária para sustentar a alta potência
média gerada nos primeiros 6 segundos de sprint foi
fornecida por uma contribuição igual da degradação
da CP (-57% da concentração de repouso) e da
glicólise anaeróbica (o lactato muscular aumentou
para 28,6 mmol/kg peso seco). No décimo sprint, a
concentração de lactato muscular não aumentou. Os
autores sugeriram que durante o último sprint, a
potência (que foi de 73% da primeira repetição) foi
mantida pela energia derivada principalmente da
degradação da PC e do aumento do metabolismo
aeróbico.
Para fins de treinamento, devido à queda na
potência e ao alto acúmulo de lactato muscular,
essa configuração de sprint máximo intermitente
não é utilizada. O objetivo do treinamento de sprint
é aumentar a velocidade máxima
Esportes Med 2001; 31 (2)
78
por 6 a 10 segundos (60 a 100m em corrida); para isso, a
corrida máxima intermitente é separada por pausas de 4
minutos para permitir que a PC seja restaurada para que
cada repetição possa ser executada rapidamente. Para
aumentar as vias de glicólise, que respondem por 40 a
50% da energia necessária para percorrer 100m, o
treinamento intermitente consiste em uma série de 100,
120 e 150m corridas a 88 a 90% do melhor desempenho
com um descanso passivo de 5 a 6 minutos entre cada
luta. No entanto, neste protocolo, foi demonstrado que
durante o repouso passivo quase toda a PC foi
ressintetizada após 4 minutos (de 19,8 a 36,9 mmol/kg de
músculo seco, em vez de 39±
3,2 mmol/kg).[7]A metade do tempo de ressíntese de CP é de
170 segundos.[8]
No entanto, esses estudos têm uma aplicação direta para
o treinamento de sprint. De fato, Balsöm et al.[2]compararam
as respostas fisiológicas à corrida intermitente de intensidade
máxima por 15m (em 2,6 segundos), 30m (em 4,5 segundos) e
45m (em 5,6 segundos). Esses sprints eram realizados a cada
30 segundos, mas percorriam a mesma distância (trabalho) de
600m (40×15m, 20×30m, 15×40m). O tempo do último sprint
de 15m não foi significativamente diferente do primeiro (2,63±
0,04vs2,62±0,02 segundos). Este não foi o caso dos tempos de
sprint de 30m e 40m, que aumentaram significativamente. A
velocidade a 40m diminuiu após o terceiro sprint, associada a
uma perda líquida do pool de nucleotídeos de adenina.
Balsom et ai.[9]também compararam o efeito da duração da
recuperação (120, 60 e 30 segundos) no exercício intermitente
de intensidade máxima de 40m. O desempenho (tempo)
durante os primeiros 15m (fase de aceleração) foi afetado
apenas pela recuperação mais curta (30 segundos). O lactato
sanguíneo atingiu 17 mmol/L para esta curta recuperação em
comparação com o valor registrado usando 60 e 120
segundos de recuperação (12,1±
1.3 e 13.9±1,2 mmol/L, respectivamente). Embora essas sessões de
trabalho possam ser classificadas principalmente como exercício
anaeróbico, o consumo de oxigênio medido durante
períodos de descanso (método do saco de Douglas) aumentado para
. manutenção do desempenho durante 5
52, 57 e 66% do VO2max. No entanto, para melhorar o
desempenho em competições com duração de 1 minuto (1km
em ciclismo de pista ou 100m em natação e 400m
.
na corrida), geralmente realizado a 150% do VO2max,
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é importante praticar o treinamento intervalado aeróbico,
pois a contribuição do metabolismo aeróbico para a
energia total é de cerca de 30%.[2]
O aumento do tempo de recuperação permitiu que os
corredores mantivessem seu desempenho durante mais
tentativas; no entanto, o aumento da duração da
recuperação não teve efeito sobre o pool de nucleotídeos
de adenina total estimado pelas concentrações
plasmáticas de hipoxantina e ácido úrico. Quando a taxa
de hidrólise do ATP excede a taxa na qual ele pode ser
ressintetizado, o AMP é eliminado via desaminação do
AMP em IMP e subsequente oxidação em hipoxantina e
ácido úrico.
É bem conhecido que ambas as vias anaeróbicas –
lática (glicólise) e alática (degradação de CP) – são
ativadas instantaneamente no início da atividade
máxima.[10]No entanto, a capacidade de repetir sprints
máximos depende da duração da recuperação, que
não tem o mesmo efeito nas 2 vias anaeróbicas. A
ressíntese da PC depende do nível de resistência do
participante.[5,11]A porcentagem de ressíntese de CP e
a porcentagem de restauração da potência média e da
velocidade de pedalada medida nos primeiros 10
segundos no segundo exercício total de 30 segundos
foram altamente correlacionadas (r = 0,84 e 0,91,
respectivamente). De fato, o curso de tempo da
ressíntese de CP após um sprint de 30 segundos foi
encontrado em paralelo com o curso de tempo da
restauração da potência de pico (PPO).[12]
Conforme descrito acima, a glicogenólise é amplamente
desencadeada nesses exercícios intermitentes supramáximos.
A intensidade do treinamento intervalado de trabalho está
bem acima do ponto de cruzamento: ou seja, a potência na
qual a energia dos combustíveis derivados de carboidratos
predomina sobre a energia dos lipídios.[13]Jenkins et ai.[14]
demonstraram que uma dieta rica em carboidratos
(83% da ingestão total de energia) e moderada (58%
da ingestão total de energia) por 3 dias antes de
exercícios intermitentes supramáximos permitiria a
lutas de ciclismo. Cada um desses 5 períodos de exercício,
.
em cerca de 125% do pVO2max, foram separados por 5
minutos de recuperação passiva.
Esportes Med 2001; 31 (2)
Treinamento Intervalado Anaeróbico e Desempenho 79

1.2 Efeitos Fisiológicos de Longo Prazo melhorar a capacidade anaeróbica, é importante

verifique se a entrada está bem acima da saída de energia
Muitos estudos sobre a eficácia fisiológica a longo prazo
. .
associado a VO2max(pVO2max). Por exemplo, nenhum
efeito dos exercícios intermitentes supramáximos aumento foi encontrado no nível de enzimas metabólicas
.
demonstrou uma melhora no VO2max. Na década de anaeróbicas ou na porcentagem de fibras do tipo IIb
1970, Fox e sua equipe relataram que esse tipo de devido ao efeito do treinamento (apenas um aumento no
o treinamento intervalado foi eficiente em induzir uma im-
. número absoluto).[20-22]De fato, a intensidade do exercício
prova em VO2max(+15%) em homens[15]e nas intermitente (10 ou 15 vezes ×15 a 30 segundos) foi fixado
mulheres.[16]De fato, Lesmes et al.[16]comparou o em 60% do valor absoluto
efeitos de 2 tipos de treinamento intervalado supramáximo
. velocidade máxima, que corresponde a 110 a
durante um período de 8 semanas em VO2max(2 ou 4 dias/semana) .
. 120% de pVO2max. A intensidade do treinamento intermitente
em mulheres com vVO2maxigual a cerca de 12,9 km/h,
de alta intensidade mais longo (4 ou 5 vezes×60 a 90
usando alta intensidade, curta distância (50, 101, 201m)
. segundos) foi fixado em 70% da velocidade máxima
a 170% de vVO2max(22 km/h) ou de alta intensidade,
. sustentado por 90 segundos. Todas essas intensidades correm
longa distância (604, 805, 1208m) a 130% da vVO2max .
respondem, efetivamente, a 90 a 95% da vVO2max, conhecer-
(15km/h).
que um exercício sustentado por 1,5 minutos está
Para ambos os tipos de treinamento intervalado, os .
cerca de 130% do pVO2max.[23]Deve-se notar que as
intervalos de alívio consistiam em caminhar 2 a 3 vezes a
intensidades desses exercícios foram provavelmente muito
duração dos intervalos de trabalho. A melhora foi a mesma
baixas para aumentar o metabolismo anaeróbico ou modificar
para o treinamento intervalado supramáximo curto e longo e
a porcentagem de fibras do tipo II. A resposta foi a mesma do
para ambas as frequências (2 ou 4 dias de treinamento/
treinamento intervalado para melhorar a aerodinâmica.
semana). Os autores concluíram que a mudança na potência
metabolismo óbico, utilizando velocidades entre 90 e
aeróbica e frequência cardíaca submáxima para o sexo .
120% de vVO2maxdar aos participantes tempo para
feminino foi independente da frequência, distância e .
alcance e, portanto, para eliciar VO2max.[23]
intensidade. Em contraste, para os homens, foi demonstrado
Em contraste, 1 estudo[24]utilizou exercício supramáximo
que a intensidade do treinamento, em vez da frequência
verdadeiro: 2 séries de 4 repetições de 200m a 90% da
ou distância, foi o fator mais importante para
. velocidade máxima dos participantes ao longo de 200m (que
provar VO2max.[17]A diminuição do coração submáximo
. deu 29 segundos) com recuperação de 2 minutos (3 a 4 vezes
frequência durante uma corrida de 5 minutos a 50% da vVO2max
por semana) durante 5 semanas. Ao final da primeira série, o
o uso de treinamento intervalado de alta intensidade foi
devido à diminuição do drive simpático e provavelmente nível de lactato sanguíneo era de 14,5 mmol/L; após um

devido ao aumento do volume sistólico. O fato de a descanso de 10 minutos entre as 2 séries, o lactato sanguíneo

resposta ser independente da intensidade e frequência do ainda era de 13 mmol/L, e no final da segunda série de 200m

treinamento intervalado pode significar que o o lactato sanguíneo era de 17,6 mmol/L. Este tipo de

má responsividade a este programa foi alcançada treinamento intervalado claramente provocou glicólise
. anaeróbica. De fato, este treinamento intervalado de alta
para as mulheres, que começaram com um VO2maxde apenas
40 ml/min/kg. intensidade com 1:4 trabalho:A razão de repouso resultou em

Como demonstrado em ratos,[18,19]qualquer tipo de treinamento
.
programa teria o mesmo efeito no VO
.
(+15%) e em pVO2max. No entanto, o problema com
tais estudos longitudinais é o baixo grau de aptidão dos
participantes e a escolha dos chamados 'exercícios
intermitentes supramáximos', que muitas vezes são
menos intensivos do que imaginam os autores. De fato,
antes de tirar conclusões sobre a ineficiência do
treinamento intermitente de alta intensidade em
um aumento na atividade das principais enzimas envolvidas
2max na glicogenólise e na glicólise anaeróbica no músculo
esquelético. O aumento da succinato desidrogenase (SDH)
[+17,5%] não foi estatisticamente significativo. Os
participantes melhoraram seu limite de tempo em uma
corrida a 16 km/h com inclinação de 15% de inclinação (cerca
de 25 km/h equivalente em esteira nivelada de acordo com
Margaria et al.[25]), ou seja, cerca de 140 a 150% para esses
homens.

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80
Mesmo sprints muito curtos e repetidos de 5 segundos
seguidos de uma recuperação de 55 segundos induziram
um aumento na proporção de fibras de contração lenta,
de acordo com os estudos de Simoneau.[20-22]Além disso, 7
semanas desse tipo de treinamento de sprint não apenas
aumentaram a produção de lactato após uma sessão de
treinamento [associada a uma atividade 20% maior de
fosfofrutoquinase e lactato desidrogenase (LDH)], mas
também aumentou a proporção de contração lenta
fibras que estavam intimamente relacionadas com uma
. .
diminuição das fibras rápidas IIb.[26]No entanto, V.O.2maxnão
aumentou e a diminuição da potência durante cada sprint não
foi relatada. Notavelmente, 55 segundos é muito curto para
reconstituir a reserva de CP. Assim, o exercício intenso e
repetitivo poderia induzir a conversão de fibras intermediárias
para o tipo oxidativo, estando o metabolismo aeróbio
envolvido na recuperação e provavelmente cada vez mais
durante a repetição dos sprints.[26]A potência máxima medida
com o teste de força-velocidade aumentou significativamente
após o treinamento de sprint (+13%). Isso foi semelhante para
a saída de potência média em um teste total de 30 segundos
(+27%) e para a taxa de trabalho máxima alcançada no teste
Wingate. Essas melhorias no desempenho não foram
relacionadas a um aumento significativo na concentração
média de CP muscular em repouso, mas a um aumento na
produção de energia a partir da glicólise anaeróbica, como
demonstrado por Nevill et al.[27]
Como os exercícios de treinamento foram realizados
de forma intermitente e por causa de sua maior
capacidade oxidativa, as fibras do tipo I poderiam estar
mais envolvidas na reposição dos estoques de CP
esgotados durante os períodos de descanso do que as
fibras de contração rápida. Além disso, as fibras do tipo I
estão mais envolvidas na remoção do lactato acumulado
durante os períodos de exercício (52,8 mmol/kg de massa
seca) do que as fibras do tipo II. De fato, para aumentar o
metabolismo anaeróbio alático, o treinamento intervalado
atua: (i) aumentando a capacidade de diminuir a PC o
mais rápido possível por exercícios de sprint separados
por descanso suficiente (pelo menos 4 minutos) para
restaurar a reserva de PC, evitando o envolvimento de
glicólise anaeróbica; e (ii) aumentando a capacidade de
repor o mais rápido possível a reserva de CP. Para realizar
isso,
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alta capacidade oxidativa. No entanto, com pausas curtas,
como no estudo de Linossier et al.[26](55 segundos), o
metabolismo láctico anaeróbico está cada vez mais envolvido.
A acidose pode prejudicar a produção de CP via creatina
quinase mitocondrial durante a recuperação.
Hargreaves et ai.[28]estudou 6 homens durante 4×
Exercícios completos de 30 segundos. As primeiras 3 sessões
de exercício foram separadas por 4 minutos de recuperação
passiva; após a terceira luta, houve um intervalo de 4 minutos
período de descanso, seguido de 30 minutos de exercício
de 30 a 35% do VO de pico2. Isto foi seguido por
mais um período de descanso de 60 minutos antes
de completar a quarta sessão de exercícios. O
desempenho foi mantido na quarta luta porque a
ressíntese de CP está aumentada. De fato, a
potência de pico e o trabalho total não diminuíram
significativamente na quarta série em comparação
com a primeira e foram maiores do que na
segunda e na terceira série. Antes da quarta
sessão, a concentração de CP muscular estava
acima do nível de repouso (provavelmente devido
ao aumento da atividade da creatina quinase
mitocondrial durante a recuperação); IMP, lactato,
pH e captação de cálcio do retículo sarcoplasmático
foram os mesmos de antes da primeira sessão. No
entanto, ATP e glicogênio ainda estavam
esgotados. Como, nessas condições metabólicas, o
desempenho foi o mesmo da primeira luta,[28]
Heugas et ai.[29]relatados em corredores de elite de 400m
(incluindo um campeão olímpico), na fase pré-competitiva,
que realizaram sessões de treinamento com corridas máximas
de 30 segundos com 4 minutos de descanso entre elas,
seguido de um longo descanso (10 min-
utes) antes de uma corrida máxima de 30 segundos. O CA-
.
capacidade de sustentar o exercício em cerca de 150% da vVO2max
com alta acidose e a capacidade de correr uma corrida de
revezamento (4×400m) algumas horas depois é melhorado por
usando este tipo de treinamento intermitente de alta
intensidade.[29]
Em um estudo recente[30]onde o objetivo era examinar
os efeitos do treinamento intervalado de sprint na
atividade glicolítica e enzimática oxidativa muscular e no
desempenho do exercício, foi relatado que 4 sessões de
treinamento intervalado alto por semana (consistindo
Esportes Med 2001; 31 (2)
Treinamento Intervalado Anaeróbico e Desempenho
de 4×30 segundos de exercício total espaçados por uma
recuperação de 4 minutos, ou 2 minutos e 30 segundos em
semanas 1 e 2) PPO aprimorado, trabalho total acima de 30
.
segundos e VO2max. A atividade enzimática máxima da
hexoquinase, fosfofrutoquinase (enzimas de glicólise),
citrato sintase, SDH e malato desidrogenase (enzimas
oxidativas) foi aumentada após este tipo de
treinamento. Os participantes eram estudantes de
cinesiologia, fisicamente ativos, mas não atletas. A
partir da sétima semana desse treinamento, eles
foram capazes de realizar 10 intervalos com 2 minutos
e 30 segundos de recuperação por sessão. Este tipo de
treinamento intervalado alto induziu um aumento no
lactato sanguíneo de até 32 mmol/L após o décimo
intervalo de exercício. A potência de saída variou de
. .
210% do VO2maxno primeiro intervalo para 140% VO2max
pelos intervalos nono e décimo. Em tais intensidades, a
taxa de produção de piruvato pode ser considerada quase
máxima e seria de se esperar grandes aumentos na
velocidade da atividade catalítica das enzimas
concorrentes piruvato desidrogenase (PDH) e LDH. No
entanto, o aumento de 7% na LDH após esse treinamento
não foi significativamente diferente; A PDH não foi
medida, mas os autores especularam que o aumento da
atividade da PDH (que provoca uma maior taxa de
entrada de piruvato na mitocôndria) poderia ser o
estímulo para a regulação positiva das enzimas
mitocondriais. Isso pode explicar o fato de que 3 a 4
repetições de 5 minutos de treinamento intervalado eficaz
por semana (portanto, apenas 20 minutos por semana)
podem resultar em um aumento na
atividade de enzimas musculares glicolíticas e oxidativas.
.
idade, potência máxima de curto prazo e VO2max
(+7%). Os autores concluíram que o aumento da potência
(+24% em média após 4×sessões de 30 segundos) pode
ter sido o resultado de um aumento na atividade máxima
das enzimas glicolíticas (+49% para fosfofrutoquinase) e
em Na+/K+capacidade de bombeamento, enquanto o
aumento da atividade da enzima mitocondrial (+65% para
SDH) pode ter sido resultado do aumento da taxa de fluxo
de piruvato durante esse intenso treinamento intervalado
de sprint.[30]
Assim, o treinamento intervalado usando séries
curtas de exercício elicia a via glicolítica e pode ser
usado para preparar sprints longos (200 a 400m) e
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81
corredores de meia distância (800 a 1500m) cujo metabolismo
anaeróbio é determinante para o desempenho. No entanto, a
vitória em corridas mais longas, como
5000 e 10 000m depende da capacidade de cobrir
.
a última volta a uma velocidade bem acima de vVO2max,[31]
embora também existam corridas de 5.000 e 10.000m com 1
corredor 50 a 100m à frente ao iniciar a última volta, e este
corredor pode vencer em uma última volta modesta
Rapidez. Os últimos 400m de uma corrida de 10.000m podem ser executados
.
em 52 segundos, ou seja, 27,7 km/h (110% de vVO 2max
.
para os melhores performers, que têm um vVO2maxde 25
km/h). Além disso, os atletas devem aprimorar sua capacidade
anaeróbica para poder acelerar nas corridas do campeonato. Para
isso, eles podem usar o intervalo supramáximo
treino de maior duração: 1 minuto a cerca de 130%
.
de vVO2maxcom um descanso de 5 minutos entre eles.
Oito semanas deste tipo de treinamento (3 vezes por
semana) foram relatados para aumentar eficientemente a
capacidade anaeróbica medida como a intercepção y da
relação entre a taxa de trabalho e o limite de tempo.[32]O
poder crítico, ou seja, a inclinação dessa relação, não foi
modificado. Este poder crítico depende
capacidade aeróbica e tem se mostrado relacionada
.
para VO2maxe limiar de lactato.[33]Este tipo de treino
intermitente alto também tem sido utilizado para
melhorar o desempenho em ciclistas de alto nível
(ver seção 3), nos quais é mais difícil obter uma
melhora no desempenho ou modificações
fisiológicas.
Outro tipo de treinamento anaeróbico de alto intervalo é o
treinamento em circuito que consiste em exercícios de saltos
explosivos. Recentemente, com esse tipo de treinamento em
circuito, Paavollainen et al.[34]relatou uma melhora
de 5km em atletas de resistência bem treinados com
.
nenhuma mudança em seu VO2max. Isso ocorreu devido à
melhora da economia de corrida (ER), ou seja, o consumo
de oxigênio em uma determinada velocidade de limiar de
sublactato foi reduzido em 3% após 6 semanas de 3×20 a
30 minutos de treino em circuito por semana com treino
intervalado longo ou treino a distância exaustivo, mas não
com treino intervalado curto.[35]Essa melhora do ER foi
relacionada à melhora das características
neuromusculares, permitindo um aumento da velocidade
acima de 20m e em uma distância percorrida em 5 saltos
que foram transferidos para o ER melhorado. Melhorou
Esportes Med 2001; 31 (2)
82
ER após treinamento intensivo foi correlacionado com
redução da demanda ventilatória (VE). Essa melhora no ER
foi relacionada à diminuição do VE, enquanto a
composição das fibras musculares e a relação de troca
respiratória, comprimento da passada e frequência
durante a corrida não foram alteradas pelo treinamento.
Se o treinamento intervalado de longa duração e a corrida de
longa distância induzem à diminuição do ER, o treinamento em
circuito composto por exercícios de salto pode produzir o mesmo
resultado, mas provavelmente por mecanismos diferentes através
do ciclo alongamento-encurtamento.[36]De fato, é provável que o
nível de condicionamento físico dos participantes tenha um papel
de destaque nos resultados do efeito a longo prazo de diferentes
tipos de treinamento (contínuo ou intermitente).
Finalmente, para participantes não muito bem treinados, a
intensidade do exercício é mais importante do que o tipo de
exercício (ciclismo e corrida). Flynn et ai.[37]relataram que em
corredores bem treinados, 6 semanas de alta
treinamento intervalado de intensidade (entre 95 e 105%
.
pVO2max) realizado com cross-training (ciclismo e corrida) ou
treinamento específico de corrida produziu a mesma melhora
de desempenho (-30 segundos em 18 minutos e 15 segundos
em uma corrida de 5 km). No entanto, em todos esses
estudos, as conclusões são baseadas em resultados obtidos
em atletas de baixo nível. Isso está por trás do fato de que os
fisiologistas esportivos têm um impacto limitado nas práticas
de treinamento de competidores de sucesso. Os programas
de treinamento são mais frequentemente baseados na
experiência de treinadores e atletas de atletismo.[38,39]
1.3 Treinamento Intervalado Anaeróbico e
Ingestão de Creatina
Em um estudo dos efeitos da suplementação de creatina no
desempenho do ciclismo (10×sessões de 6 segundos a 880 W e 140
rev/min, separadas por períodos de descanso passivos de 30
segundos), o desempenho pode ser aprimorado pela creatina no
final de cada sessão de exercício, como demonstrado por um
declínio menor na produção de trabalho a partir de uma linha de
base ao longo do 10 tentativas nos últimos 2 segundos dos
períodos de exercício de 6 segundos.[40]
Além disso, embora mais trabalho tenha sido realizado neste
teste máximo intermitente após versus antes do período de
administração, o acúmulo de lactato sanguíneo
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Billat
ção diminuiu de 10,8 para 9,1 mmol/L. Essa melhora
deveu-se a uma maior disponibilidade de fosfato ou a
uma maior taxa de ressíntese de PB durante os períodos
de recuperação. Isso poderia explicar por que a glicólise
está menos envolvida no treinamento intervalado em
velocidade máxima.
O treinamento intermitente de alta intensidade tem se
mostrado uma forma muito eficaz de aumentar a
consumo máximo de oxigênio. Tabata et ai.[41]relatado
.
que um protocolo de 6×20 segundos a 170% do VO 2max
.
por 6 semanas aumentou o VO2maxem 13% e anaeró-
capacidade bic em 28%. Na verdade, parece que os protocolos
.
que provocam VO2max, mesmo que sejam realizados em
. .
supra-vVO2maxvelocidades, pode aumentar o VO2maxe
capacidade anaeróbica. Para isso, a recuperação tem que
ser curta, como no treino intervalado de Tabata (10
segundos).[41]
2. Treinamento Intervalado para Idosos
e Jovens
2.1 O Idoso
Dos vários métodos usados para treinar pessoas idosas,
Por exemplo, o treinamento intervalado tem sido relatado como sendo eficaz
.
na melhora da capacidade aeróbica (VO2maxe limiar
de lactato).
Em 1 estudo, o treinamento intervalado foi mais
facilmente aceito (mais de 70% dos participantes
completaram as sessões de teste e treinamento) do que o
treinamento contínuo (40%).[42]O treinamento intervalado
foi realizado na pista, tomando como referência o coração
frequência no limiar ventilatório (FCº) de 125±5
.
batimentos/min, correspondendo a 60% VO2max. O treinamento
intervalado consistiu em 1 minuto de exercício em FCº
e 1 minuto de recuperação ativa (20 batimentos/min abaixo da
FCº); 2 minutos de exercício em RHº, 1 minuto de recuperação
ativa; 4 minutos de exercício em RHº, 1 minuto de recuperação
ativa; e 10 minutos de exercício em RHº, 3 minutos de
recuperação ativa.
De sessão para sessão, a ordem e a duração das
sequências de exercício/recuperação foram variadas de forma
que os participantes aumentassem progressivamente o
tempo total de exercício de 30 para 60 minutos a partir da
oitava semana de treinamento. Este procedimento pode ser
realizado na pista e necessita apenas de um
Esportes Med 2001; 31 (2)
Treinamento Intervalado Anaeróbico e Desempenho 83

medidor de cardiofrequência. Quanto aos corredores mais jovens, o
idosos se beneficiam deste treinamento intervalado por
.
aumentando a atividade enzimática oxidativa,[43]VO2no
limiar ventilatório e débito cardíaco, uma vez que
.
pulso de oxigênio imal aumentou em 19% (como VO2max).
Além disso, o comparecimento a essas sessões de
treinamento durante períodos de até 3 meses (24 sessões e
12 sessões de treinamento intervalado) foi relatado como
sendo superior a 97,3% para os 73% dos participantes que
foram considerados como tendo completado o treinamento.
protocolos de teste. Treinamento intervalado significativo-
.
VO ligeiramente aumentado2maxem 20% (de 25±1,2
a 31 ±2,3 ml/min/kg) e a velocidade associada ao
limiar ventilatório (vVT) em 26%.
No entanto, quanto aos participantes mais jovens, o efeito
do treinamento depende do nível basal dos participantes. No
campo de treinamento, muitas vezes temos corredores
seniores (>60 anos) que conseguem correr por 6 minutos a 18
km/h. Geralmente são muito distantes
corredores (maratonas e corridas de 100km). Para aqueles que
.
já tem um VO alto2max(60 ml/min/kg na idade
60 anos) e lactato máximo em estado de equilíbrio
.
locidade (vMLSS = 85% de vVO2max) e não são
miliar com treino intervalado, repetições muito curtas
.
são bem suportados.[44]A Figura 1 mostra o VO2cinética para
um corredor de 60 anos (oitavo no campeonato mundial
sênior de 100 km 1999) durante um intervalo muito curto
val de 15 segundos a 90% e 15 segundos a 80% de
.
vVO2max. A velocidade média foi na velocidade MLSS
.
(85% vVO2max). Deve-se salientar que
este intervalo de treinamento de amplitude muito estreito permite
.
que ele permaneça por mais de 10 minutos no VO2max. O
acúmulo de lactato no sangue foi de apenas 8 mmol/L.
Mais pesquisas são necessárias para permitir que esses
idosos que já estão em boa forma melhorem seu
desempenho, mas correndo menos quilômetros.
Atualmente, muitos corredores que participam de corridas
populares acima de 5 a 100 km são de meia-idade (45 a 60
anos). Após vários anos de treinamento lento de longa
distância, eles não melhoram mais seu desempenho.
Seguindo esse tipo de treinamento, esses corredores de longa
distância apresentam um alto índice de resistência, que é

4000 ·
VO2
200
Frequência cardíaca
180
3500
160
3000
140
Frequência cardíaca (batidas/min)

2500
120
VO2(ml/min)

2000 100

80
·

1500
60
1000
40

500
20

0 0
00 0
01 5
02 0
03 5
04 0
05 0
06 5
07 0
5

09 0
10 5
11 0
12 5
0

13 5
14 0
15 5
16 0
5

19 5
20 0
21 5
22 0
5

0
:5
:5
:4
:4
:4
:3
:3
:2
:2
:1
:1
:0
:0

:5
:5
:4
:4
:3

:3

:2
:2
:1
:1
:0

:0
08

12

17

18

23

Tempo (min:s)
. .
Figura 1.Curso de tempo de consumo de oxigênio (VO2) e frequência cardíaca durante treino intervalado curto [15 segundos a 90% da vVO 2max(mínimo
. .
velocidade associada ao consumo máximo de oxigênio, VO2max) alternado com 15 segundos a 80% vVO2max] em um corredor de longa distância com 60
.
anos. Seu VO2maxfoi de 3350 ml/min.

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84
multado como a capacidade de usar uma alta fração de maxi-
.
mal consumo de oxigênio (VO2max) para uma determinada execução
duração.[45]Portanto, para melhorar seu desempenho
.
desempenho, eles têm que aumentar tanto o VO
. .
a velocidade associada ao VO2max(vVO
Para isso, o treinamento intervalado envolve
períodos de trabalho, cada um com duração de cerca de 30 segundos
. .
onds em vVO2maxa 5 minutos a 95% da vVO2max.[49]
Gorostiaga et ai.[50]mostrou que o treinamento intervalado
com repetições de 30 segundos de trabalho a 100% do
.
vVO2max, separados por 30 segundos de descanso, produzidos
.
maiores aumentos no VO2maxdo que a formação contínua
. .
a 50% vVO2max. Recentemente, como visto acima, foi
mostrou que o tempo gasto especificamente no VO2max
foi muito maior em intervalos de exercícios leves de 30/30
segundos do que em uma corrida intensa contínua.
formado a uma velocidade intermediária entre a
.
limiar de tate e vVO2max.[51]
No entanto, os tipos de treinamento intervalado descritos
acima parecem ser muito difíceis para corredores de meia-
idade que desejam iniciar o treinamento intervalado. Pode ser
possível usar durações mais curtas de menos de 20 segundos.
Christensen et ai.[3]mostrou anteriormente que
corridas intermitentes muito curtas alternando com
repetições de intensidade de 15 segundos a 100% vVO2max
com descansos completos de 15 segundos também permitiram o
. .
corredores para atingir 90% VO2max. Neste caso, o
exercício intermitente foi continuado por 30 minutos
com nível de lactato sanguíneo de apenas 4 mmol/L
até o 20º minuto (atingindo 7 mmol/L ao final do
exercício). Este baixo nível de lactato sanguíneo foi
obtido pela descarga de oxigênio da mioglobina e
lojas CP e pela sua recarga rápida durante o
.
período de recuperação passiva. Para obter VO2no seu
máximo com este treinamento intervalado 'curto-curto', a
pausa ativa pode ser preferível à recuperação passiva[51]
e uma pequena faixa de velocidades entre os turnos
de alta e baixa velocidade deve ser usada. Essa
diferença de velocidade é chamada de 'amplitude' do
treinamento intervalado.[52,53]A amplitude descreve o
grau em que a intensidade do trabalho nos diferentes
períodos do exercício varia da velocidade média.[51]Por
exemplo, para um treinamento intervalado us-
em alta e baixa velocidade de 100 e 50% de
. .
vVO2max, a velocidade média é de 75% vVO2max, e
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a amplitude do treinamento intervalado é igual a
[(100 – 75)/75]×100 = 33%.
Para corredores idosos, a velocidade média do
2maxe treinamento intervalado foi escolhida para corresponder à
[46-48]
2max). velocidade crítica, ou seja, a assíntota vertical da relação
velocidade-tempo. A velocidade crítica
é conhecido por ser sustentado por 30 minutos[54]e para
.
ser a velocidade acima da qual os corredores atingem o VO2max
com o tempo de exercício.[55]Além disso, em um grupo
de maratonistas de baixo nível (3 horas e 51 minutos±
27 minutos), a velocidade crítica foi mais próxima
correlacionada com o desempenho na maratona do que
vVO2max.[56]
.
Portanto, o objetivo deste estudo[56]era para
.
comparar o tempo de execução em VO2maxusando um protocolo de
treinamento intervalado curto-curto com a mesma velocidade
média (a velocidade crítica), mas com diferentes amplitudes. Nós
hipotetizamos que para corredores de meia-idade, um treinamento
intervalado muito curto (15 segundos de força alternada com 15
segundos de corrida mais leve) com uma pequena amplitude
permitiria que eles corressem por
uma distância maior a uma velocidade mais alta e por um
.
tempo em VO2max. Em nosso grupo de corredores de meia-idade
ners, tendo uma velocidade crítica média de 85,6±
. .
1,2% vVO2max, este estudo comparou os seguintes
tipos de treino intervalado:
• 90 a 80% vVO2max(para lutas duras e períodos de
recuperação ativa, respectivamente), amplitude igual
para 6%
.
• 100 a 70% vVO2max(para lutas duras e períodos de
recuperação ativa, respectivamente), amplitude igual
para 18%
.
• 110 a 60% vVO2max(para lutas duras e períodos de
recuperação ativa, respectivamente), amplitude igual a
30%.
Os resultados mostraram que exercícios intermitentes de curta duração
.
cisão de 15 segundos em vVO2maxalternado com 15
segundos de recuperação ativa, corra a uma velocidade média
.
igual à velocidade crítica (85% da vVO2maxdentro
deste grupo), permitiu que corredores de meia-idade alcançassem
.
e sustentar VO2max. De fato, o resultado mostra
distintamente que as amplitudes baixa e média in-
induziram o mesmo metabolismo (lactato sanguíneo e tempo
.
gasto em VO2max) e respostas de desempenho (distância,
limite de tempo).
Esportes Med 2001; 31 (2)
Treinamento Intervalado Anaeróbico e Desempenho
No entanto, conforme sublinhado por Astrand e
Rodahl,[57]'é uma questão importante, mas não resolvida,
qual tipo de treinamento é mais eficaz: manter um nível
que represente 90% do consumo máximo de oxigênio por
40 minutos, ou taxar 100% da capacidade de consumo de
oxigênio por cerca de 16 minutos'. Esta continua a ser
uma questão em aberto. Mas antes de iniciar estudos
longitudinais para tentar resolver isso, primeiro é
necessário identificar a resposta metabólica durante os
diferentes tipos de treinamento intervalado (de muito
curto a longo; ver Daniels & Scardina[49]) usado por
treinadores, especialmente para populações especiais
(novas) de corredores, como corredores de meia-idade.
Mesmo que se pense que uma melhora ótima na
aptidão cardiorrespiratória ocorre após o treinamento,
com uma intensidade correspondente a 90 a 100% da
. .
VO2max,[58]este fator central não é o único a
induzir uma melhora no desempenho.
Se considerarmos a distância percorrida em alta velocidade,
a maior distância (2390±815m) deve ser realizado
.
ed com a amplitude mais baixa 90 a 80% vVO2max
e o mais curto com a maior amplitude 110 a
.
60% vVO2max(1048±365m). No entanto, o dis-
corrida não foi significativamente diferente entre
. .
o vVO de 90 a 80%2maxe 100 a 70% vVO2max
corridas de treinamento intervalado (2390±815mvs1980±
611m, p = 0,23). Quando consideramos a distância percorrida
apenas em alta velocidade, a diferença foi menor
causa do maior pico de velocidade na faixa de 100 a 70%
. significativo para participantes não treinados versus atletas
vVO 2maxprocedimento comparado com 90 a 80%
. treinados (+15vs+5%). O treinamento intervalado consistiu de
vVO2maxprocedimento (1265±431vs1165m, p = 0,6).
. 4 a 8 repetições de 200m (3 vezes por semana durante 5
No entanto, o tempo gasto em VO2maxnão é o único
parâmetro a ser levado em consideração para julgar a
eficiência possível de um determinado tipo de treinamento intervalado
. semelhante para participantes treinados e não treinados, o
na melhora do VO2max. Mesmo que os 90
. .
a 80% da vVO2maxo treinamento intervalado induziu
2max
.
VO pela mesma duração que 100 a 70% da vVO a 2max,
.
diferença na velocidade de pico é de 10% da vVO2max,
ou seja, 1,6 km/h. Essa diferença poderia reduzir o
envolvimento das fibras rápidas IIa, e preveni-las
aumentar sua capacidade oxidativa. No entanto,
. .
mesmo rodando a 90% da vVO2maxem vez de 100%
.
de vVO2maxelicia menos as fibras do tipo IIa, devemos
. .
enfatizar que 90% da vVO2maxestava apenas 1 km/h acima
da velocidade do limiar de lactato. Portanto, nós
©Adis International Limited. Todos os direitos reservados.
85
.
pode-se supor que mesmo a 90% da vVO2max, modelo
As fibras IIa são recrutadas.
De fato, os fatores centrais relacionados ao consumo de
oxigênio não são os únicos fatores limitantes, mesmo na
corrida de longa distância. Além dos processos aeróbicos,
também estão envolvidas características neuromusculares e
anaeróbicas.[47,59]De fato, como sugerido por Noakes,[47]
os benefícios do treinamento também dependem da distância
percorrida em alta velocidade, o que determina a adaptação
muscular maximizando o número de potências.
contrações musculares completas, treinamento intervalado de 100 a
.
70% de vVO2maxé preferível a 90 a 80%
.
de vVO2max.
Para corredores idosos que estão acostumados a treinar em longas
distâncias lentas, um intervalo muito curto (15/15 segundos)
.
treino val a 100% da vVO2maxcom recuperação em
70% de vVO2maxparece ser um bom procedimento para
conciliar adaptações centrais e periféricas.[44]No entanto,
estudos longitudinais são agora necessários para
confirmar esta hipótese.
2.2 Os Jovens
Quanto aos corredores idosos, poucos estudos têm focado
o treinamento intervalado em crianças e adolescentes. A
influência da condição pré-treinamento na eficácia do
treinamento intervalado foi testada em jovens de 15 a 19
anos.[60]Verificou-se que o aumento da frequência de trabalho
a uma frequência cardíaca de 170 batimentos/min foi
semanas). A velocidade e a recuperação não foram
especificadas. Dado que o número de repetições foi
estímulo talvez tenha sido insuficiente para participantes
treinados, mesmo que eles corressem na mesma taxa de
trabalho relativa.
68 estudantes nigerianas de 15,5 anos realizaram
treinamento intervalado aeróbico [4 minutos a 90% da
frequência cardíaca máxima (FCmáximo) e 4 minutos de corrida
ging] 3 vezes por semana durante 8 semanas.[61]Outro grupo
de meninas (do mesmo nível, ou seja, VO2max39±
5 ml/min/kg) realizou trabalho contínuo (4,8km
em 80 a 85% HRmáximo). Melhoria no VO2maxfoi semelhante
para ambos os grupos (11%) e foi significativamente
Esportes Med 2001; 31 (2)
86
maior do que no grupo controle. Cabe destacar
que a intensidade não foi muito diferente (5% de
RHmáximo) e é provável que no final do
. VO2max. Sugerimos que a maior eficiência do
corrida severa de 4,8km as meninas estavam em VO2maxser-
. treinamento para melhorar o limiar ventilatório em vez de
causa do componente lento do VO2. O nível de lactato
sanguíneo final para ambos os tipos de treinamento não foi
relatado neste estudo.
Barra-Ou[62]consideraram que as crianças atingiram o estado
de equilíbrio durante o exercício intenso e se recuperaram mais
rapidamente do que os adultos após o exercício intenso. Uma
implicação prática é que, durante o treinamento intervalado de alta
intensidade, as crianças podem precisar de períodos de descanso
mais curtos do que os adultos. Pode-se acrescentar que a
contribuição aeróbia é maior. Fleck e Kraemer[63]
sublinhou o fato de que as crianças não devem copiar
programas de atletismo de elite.
Crianças de 11 anos realizaram treinamento
intervalado a 25 e 50% acima de seu limiar anaeróbio
(medido com método ventilatório) [50 minutos por sessão,
5 vezes por semana durante 6 semanas].[64]Elas
melhorou seu limiar anaeróbico (expresso em
. pressionado como uma porcentagem de VO2max.[66]
%VO2max) em 22%.
Já para adultos, a variação da velocidade de treinamento de
. um estilo de vida que é mais comparável ao intervalo
velocidade de lactato (ou ventilatória) para vVO2maxpode
ser o melhor estímulo para melhorar a capacidade
aeróbica. De fato, uma combinação de corrida contínua
em estado estacionário (2 dias por semana) e treinamento
intervalado (2 dias por semana) foi usada por 8 semanas
em meninos de 10 a 14 anos.[65]No entanto, a idade
biológica, fator crítico nessa faixa etária, não foi relatada
nesses estudos. O estado de equilíbrio contínuo foi
executado na velocidade do limiar ventilatório que os
meninos foram capazes de sustentar por 15 minutos no
início do período de treinamento para o dobro dessa
duração (30 minutos) na oitava e última semana
de treinamento. O treinamento intervalado foi executado em 90 a 100%
. o treinamento foi encontrado para melhorar tanto aeróbica (VO2max
VO2maxe foi equivalente a 135% da ventilação
. por quilograma de peso corporal: +8%) e capacidade
VO limiar histórico2. O treinamento intervalado
consistia em séries repetidas de distâncias definidas
na faixa de 100 a 800m. A distância total percorrida
neste tipo de treino variou de 1,5km no início dos 8
semanas de treino a 2,5km no final do treino
. funções aeróbicas e anaeróbicas eram independentes da
período. VO2maxfoi melhorado em 8% (45,9 a 49,4
ml/min/kg). Durante o mesmo tempo, o limiar
ventilatório foi melhorado em 19%. Portanto, antes
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.
treinando o VO2no limiar ventilatório apareceu
.
a 66,6% do VO2maxe após o treinamento em 73,8% do
.
.
do que VO2maxpode vir do fato de que a
O treinamento val aumentou tanto o limiar ventilatório quanto
.
VO2max. Portanto, as crianças tiveram 4 sessões de treinamento
sessões por semana para melhora do limiar ventilatório
mento e 2 sessões de treinamento por semana (treinamento intervalado
.
apenas) para VO2maxmelhoria. Isso significa que
meninos destreinados precisam ter alta intensidade
.
treinamento para melhorar o VO2max. Durante as 8 semanas,
altura e peso corporal não mudaram. Alguns autores
relataram que as crianças apresentam maior la-
níveis de estado ou limiares ventilatórios relativos aos seus
.
VO2maxdo que adultos.[65]No entanto, provavelmente só
uma questão de cinética de oxigênio, e quando um protocolo de
estado estacionário é usado para determinar MLSS, as crianças
têm os mesmos valores de MLSS que os adultos quando ex-
.
No entanto, as crianças têm, ou pelo menos costumavam ter,
.
treinamento igual ou superior a vVO2max. Portanto, para melhorar
.
VO2max, isso implicaria uma alta intensidade de trabalho
com treinamento intermitente muito curto (10 a 15 segundos
.
onds) acima de VO2maxou intervalos longos, suficientemente longos
.
(3 minutos de trabalho em vVO2max, 3 minutos a 50%
. .
vVO2max) para obter VO2maxpor muito tempo. Crianças
.
têm o mesmo limite de tempo em vVO2maxcomo adultos[67]
.
e a melhora na vVO2maxnão é sistematizado
como para os adultos,[67,68]acompanhado de uma melhoria
.
mento no limite de tempo em vVO2max.[66]
Em meninos de 10 a 11 anos, 9 semanas de intervalo
.
anaeróbica (potência média e potência de pico no teste de
Wingate: +10 e 14%, respectivamente). Essas melhorias foram
correlacionadas com as de uma corrida de 1200m.[69]
Docherty et ai.[70]mostraram que as mudanças nas
maturidade fisiológica determinada pelos níveis séricos de
testosterona em meninos.
Esportes Med 2001; 31 (2)
Treinamento Intervalado Anaeróbico e Desempenho
3. Estudos realizados nos principais atletas
Estudo de Acevedo e Goldfarb[71]continua sendo
um dos artigos mais citados, pois demonstraram
que o aumento da intensidade do treinamento melhorou o desempenho atlético
. [76,77]Este
desempenho em corredores previamente treinados (VO2max
65,8±2,4 ml/min/kg). O treinamento consistiu em 8 semanas
de aumento de intensidade correndo 3 dias por semana em
intervalos de 48 horas, continuando a correr de 8 a 19 km (5 a
12 milhas) por dia nos outros dias da semana. Um dia foi
dedicado ao treino intervalado a 90 a 95% da FCmáximocom
tempos de recuperação limitados entre execuções (a distância
não foi especificada). Assim que a frequência cardíaca voltou a
120 batimentos/min, eles começaram novamente. As outras 2
corridas foram fartlek
treinos de 10 a 16km no ritmo específico
. melhores melhorias no desempenho, Septo et al.[78]
de uma corrida de 10km, ou seja, cerca de 92% vVO2max. A
distância total da semana foi mantida; portanto, as
modificações podem ser atribuídas a um aumento na
intensidade do treinamento. O desempenho em 10km foi
melhorou em relação à diminuição da lac-
. segundos a 100% PPO (repouso 4,0 minutos);
nível de tato em 85 e 90% vVO2maxe sem in-
. (iii) 12×2 minutos a 90% de PPO (descanso 3,0
dobra em VO2max. Os autores levantaram a hipótese de
que a produção e depuração de lactato (como já relatado
em ratos por Denis et al.[72]) Poderia ser melhorado. Esta
suposição foi recentemente confirmada por Fukuba
et ai.[73]em triatletas. Uma melhoria no desempenho
. 3 semanas, além do treinamento aeróbico
sem aumento do VO2maxjá foi relatado em
participantes bem treinados por Daniels et
al.[74]
Uma série de estudos longitudinais realizados por um
grupo sul-africano em ciclistas de resistência bem treinados
examinou a adaptação metabólica e de desempenho ao
treinamento intervalado.[75]Eles substituíram uma parte (15%)
de seu treinamento de resistência de base de 300 km por
semana por treinamento intervalado de alta intensidade (HIT).
HIT consistiu de 6 a 9×Passeios de 5 minutos a 80% do PPO
atingido e sustentado por 1 minuto em um
teste cremental como definido por Noakes et al.[59](Este
. .
pode ser um pouco maior que vVO2max, uma vez que VO2max
pode ser alcançado antes da taxa de trabalho mais alta;
ver Billat e Koralsztein.[48]) O tempo de recuperação foi de
1 minuto. O programa durou 6 semanas e os ciclistas
realizaram 2 sessões de HIT por semana. Em todos esses
estudos, um aumento no desempenho durante a prova
de 40 km (relatado como
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87
teste) foi obtido com um aumento nos valores da taxa de
trabalho de pico. Os ciclistas geralmente foram capazes de
sustentar uma taxa de trabalho absoluta e relativa mais alta
durante os testes de tempo, que duraram cerca de 1 hora.
programa HIT permitiu que o tempo de fadiga fosse
aumentado em 150% no pico de potência (1 minuto) sem
qualquer alteração no metabolismo das enzimas oxidativas e
glicolíticas. A capacidade de tamponamento do músculo
esquelético foi melhorada após este programa HIT.[76]
Este programa melhorou o desempenho, mas foi
.
não especificado se VO2maxfoi aumentado. Não houve,
como em muitos estudos longitudinais, nenhum grupo
controle.
Para determinar se um programa de treinamento
intervalado curto-rápido ou mais longo e mais lento produzia
comparou 5 tipos de sessões de treinamento
intervalado: (i) 12×30 segundos (intervalo de
descanso 4,5 minutos) a 175% da PPO de acordo
com a definição de Noakes et al.;[59](ii) 12×60
minutos); (iv) 8×4 minutos a 85% de PPO
(descanso 1,5 minutos); ou (v) 4×8 minutos a
80% de PPO (descanso 1,0 minutos). Os ciclistas
completaram 6 sessões durante um período de
habitual. A melhoria percentual no
contrarrelógio de 40km foi modelada como uma
função polinomial da ordem de classificação da
intensidade dos intervalos de treinamento. A
tendência cúbica foi forte e estatisticamente
significativa e previu o maior aumento para os
intervalos realizados em 85% PPO e 175% PPO.
O PPO foi correlacionado com o desempenho,
ou seja, o contrarrelógio de 40km. Intervalos
executados em 100% PPO e 80% PPO não
produziram melhorias estatisticamente
significativas no desempenho. Os autores
concluíram que o treinamento intervalado com
sessões de trabalho de 3 a 6 minutos a uma
intensidade de 85% da PPO proporcionou o
aprimoramento máximo do desempenho para
este exercício ao longo de 40km, com duração
de cerca de 1 hora nessa potência. No entanto,
Esportes Med 2001; 31 (2)
88
pelo sistema aeróbio. No entanto, 12×30 segundos também
envolvem metabolismo aeróbico, e é provável que a
capacidade de tamponamento desempenhe um papel em um
exercício total de 1 hora onde a glicólise está em alta taxa.
O treinamento intervalado deve ser praticado por ciclistas,
pois Palmer et al.[79]mostraram que os ciclistas de elite que
correm em um pacote variam aleatoriamente suas taxas de
trabalho de cerca de 50% a quase 100% da potência máxima
sustentada, independentemente da pista.
Corredores de elite treinam em um nível mais alto de intensidade
.
(em relação ao seu vVO2max) do que nível inferior ath-
letes.[59,80]Os autores desses estudos sugeriram
.
aquele VO2maxe desempenho de resistência pode ser
limitada não apenas por fatores cardiovasculares centrais
. Physiol 1969; 26: 752-6
relacionado a VO2mas também pelos chamados fatores de
'potência muscular' afetados pela interação de ambas as
características neuromusculares e anaeróbicas. Portanto, o
treinamento intervalado supramáximo também pode ser
incluído em um programa para corredores de meia distância.
Mesmo que mais de 75% da energia seja fornecida pelo
metabolismo aeróbico,[81,82]capacidade anaeróbica é muito
importante para corredores de 1500m. Eles devem ser
capazes de correr os primeiros 800m em 1 minuto e 50
segundos, como visto no último campeonato mundial de
atletismo em 1999 (26,2 km/h, o que corresponde a um ritmo
de 3 minutos e 25 segundos, mais rápido que o recorde
mundial). Mesmo para a prova de 10.000m, os últimos 1000m
e 300m do último campeonato mundial foram realizados em 2
minutos e 25,2 segundos (24,8 km/h) e 39,8 segundos.
onds (27,1 km/h), respectivamente. Isso significa que se
. máxima: efeito da duração da recuperação. Int J Sports Med 1992, 13:
o campeão mundial Gebreselassie tem um vVO2max
de 25,5 km/h estimado a partir de seu melhor desempenho
. durante atividade intensa de curto prazo. Can J Physiol Pharmacol
a 3000m, ele é capaz de correr a 106% da vVO2max
durante a última (25ª) volta da corrida de 10 000m.
4. Conclusão
Muito mais estudos são necessários para entender a
base fisiológica do treinamento intervalado,
especialmente em atletas de elite. No entanto, os recordes
esportivos são realizados com velocidade variável, mesmo
em corridas de longa distância. Considerando os 3 últimos
recordes mundiais de corrida de média e longa distância
(1500, 3000, 5000 e 10 000m), pode-se observar que o
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Billat
a amplitude do coeficiente de variação da velocidade é de
1 a 5% (nos 10 000m de 1997 por Gebreselassie e nos
1500m de 1995 por Morcelli, respectivamente). Isso pode
significar que o treinamento intervalado pode ser
individualizado levando em consideração esse ritmo
estocástico individual, permitindo que os atletas alcancem
seu melhor desempenho.
Reconhecimentos
Este estudo foi financiado por doações da Caisse Centrale
de Activités Sociales d'Electricité et Gaz de France.
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Correspondências e separatas:Véronique Billat, Centro de
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França.
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