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3, 2013
ARTIGO DE REVISÃO
1
Grupo de Pesquisa em Neuromecânica do Treinamento de Força (GNTF), Faculdade de Educação
do Movimento Humano, Faculdade de Ciências da Saúde (FACIS), UNIMEP, Piracicaba, SP, Brasil.
Paulo H. Marchetti
E-mail: pmarchetti@unimep.br
2
RESUMO
revisar a literatura científica quanto aos efeitos da ordem dos exercícios na performance
esforço parece não ser afetada pela ordem de execução dos exercícios e o sistema
dos exercícios.
3
ABSTRACT
Several studies have been showed that the exercises' order can influence the
training. The aim of the present study was to review the scientific literature on the
observed that the effect of the exercises' order during a training session can influence
the neuromuscular performance when performed at the beginning of the training session
when compared to the end of the training session. The subjective perception of effort
does not seem to be affected by the exercises' order and the central nervous system
seems to change the pattern of the muscle recruitment for multijoint exercise when
muscles. Larger rest intervals seem to affect less the neuromuscular performance when
1. INTRODUÇÃO
podem impor menos risco de lesão pela reduzida técnica necessária, entretanto
aumentam o estresse articular. Por outro lado, exercícios multiarticulares possuem uma
maior demanda neural, resposta hormonal e são geralmente considerados como mais
efetivos para aumentar a força muscular de uma maneira geral pela grande quantidade
força (1-3).
Diversos estudos apontam que a ordem de realização dos exercícios pode afetar
monoarticulares (4, 5). Entretanto, recentemene vêm sendo sugerido que independente
treinados ao final de uma sessão tem uma tendência à diminuição na sua produção de
força em relação aos grupos treinados no início da sessão (6, 7). Portanto, o objetivo do
presente estudo foi revisar a literatura científica quanto aos efeitos da ordem dos
2. METODOLOGIA
3.REVISÃO DE LITERATURA
Os estudos que tratam de analisar a ordem dos exercícios apresentam dois principais
exercícios sobre uma sessão de treinamento foi o de Sforzo e Touey (5) que
inversa. Similar a estes resultados, Novaes et al., (7) investigaram o efeito agudo da
aleatoriamente em dois grupos, sendo que o primeiro grupo realizou a sequência dos
declinado, tríceps pulley e tríceps testa) e o segundo grupo realizou a ordem inversa.
os principais grupos musculares (corpo todo). Foi observado que na primeira condição,
um número maior de repetições foi realizado em comparação com a rotina para o corpo
todo.
Adicionalmente foi observado que a percepção subjetiva de esforço (Borg CR-10) não
uma rotina de exercícios. Miranda et al., (9) conduziu um experimento onde duas
realizada consistiu da seguinte ordem: pulley frente (pegada aberta), pulley frente
bíceps no banco com dumbbell e rosca scott, sendo que cada sessão foi realizada com
recuperação maiores.
alguns exercícios (ex: overhead press). Corroborando o estudo de Simão et al., (6) e
Salles et al., (11) onde não foram observadas diferenças na percepção subjetiva de
séries com 80% de 1RM até a falha concêntrica (até o máximo de repetições possíveis)
resultados revelaram que a concentração de creatina quinase não diferiu entre as duas
segunda).
muscular, o estudo conduzido por Spineti et al., (13) observou durante 12 semanas de
monoarticulares foi verificado maior trabalho total, apesar de não ter sido notada
Acredita-se, que tal sequência possa ter maior efeito nas respostas neural, metabólica,
(14-16).
comparando o método da pré-exaustão com a ordem inversa nos exercícios leg press
45° e cadeira extensora. Treze sujeitos treinados foram submetidos a duas sessões de
treinamento, sendo que a primeira sessão consistiu da realização do leg press antes da
cadeira extensora e na segunda sessão foi realizada a ordem inversa (chamada de pré-
exaustão). Os exercícios foram executados com uma carga de 4 séries de 8RM com um
Diferentemente de Sforzo e Touey (5) e Bellezza et al., (10), Salles et al., (11)
repetições é realizado.
conduzido por Gentil et al., (17) avaliou a atividade mioelétrica do peitoral maior,
(peck-deck antes do supino) e (2) sistema prioritário (peck-deck depois do supino). Foi
realizada uma série de cada exercício com sobrecarga de 10RM até a falha concêntrica
10
(até o máximo de repetições possíveis) (11), sem intervalo entre os exercícios. Para o
prioritário. Apesar de não ter sido verificada diferença estatística para o número total de
repetições no supino reto foi maior no sistema prioritário. Valores similares foram
movimento cinemático no exercício supino sob duas condições experimentais: (1) pré-
menor velocidade angular do ombro na fase ascendente durante o exercício supino sob
quando precedido pelo crucifixo. Similar ao resultado de Gentil et al., (17) não houve
uma série de 15 repetições de leg press 45° com 60% de 1RM. A segunda rotina foi
11
similar à primeira, porém a cadeira extensora foi realizada com 60% de 1RM. Ambas as
rotinas foram comparadas a uma rotina controle que consistiu somente na realização do
leg press 45° com 60% de 1 RM. Os resultados revelaram maiores taxas na variação da
experimentais em comparação com a rotina controle, indicando que uma série de leg
press 45° apresenta maior recrutamento das fibras musculares do que uma o mesmo
segunda rotina.
4. CONCLUSÃO
sessão de treino. A percepção subjetiva de esforço parece não ser afetada pela ordem
dos exercícios.
REFERÊNCIAS
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5. Sforzo GA, Touey PR. Manipulating exercise order affects muscular performance
1996;10(1):20-4.
6. Simão R, Farinatti PTV, Polito MD, Viveiros L, Fleck SJ. Influence of exercise
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7. Novaes JS, Salles BF, Novaes GS, Monteiro MD, Monteiro GS, Monteiro MV.
8. Spreuwenberg LPB, Kraemer WJ, Spiering BA, Volek JS, Hatfield DL, Silvestre
9. Miranda H, Simão R, Vigário PS, Salles BF, Pacheco MTT, Willardson JM.
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10. Bellezza PA, Hall EE, Miller PC, Bixby WR. The influence of exercise order on
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11. Salles BF, Oliveira E, Ribeiro FM, Simão R, Novaes JS. Comparação do método
12. Chaves CPG, Simao R, Miranda H, Ribeiro J, Soares J, Salles B, et al. Influence
13. Spineti J, Salles BF, Rhea MR, Lavigne D, Matta T, Miranda F, et al. Influence of
14. Fleck SJ, Kraemer WJ. Fundamentos do treinamento de força muscular. 3 ed.
16. Brown LE. Treinamento de força. 1 ed. Manole, São Paulo: 2008.
17. Gentil P, Oliveira E, Rocha Júnior VA, Carmo J, Bottaro M. Effects of exercise
Neuromuscular activity during bench press exercise performed with and without the
40.
14
19. Rocha Júnior VA, Bottaro M, Pereira MCC, Andrade MM, Júnior PRWP, Carmo J.