Você está na página 1de 2

Curso: Treinamento Desportivo

Disciplina: Fisiologia Neuromuscular


Responsável: Luísa Cedin
Contatos: e-mail: luisacedin@gmail.com
Identificação da tarefa: Tarefa 5. Segunda tarefa final da disciplina. Envio de
arquivo.
Pontuação: 15 pontos de 40

TAREFA 5

A flexibilidade é uma capacidade física de vital importâ ncia tanto para atletas como para
os demais indivíduos. Porém, estudos recentes têm demonstrado que essa o treinamento
dessa capacidade pode influenciar nos níveis de força e torque muscular.

Faça a leitura do texto complementar, disponível na Biblioteca da disciplina (UNIDADE


3), “Efeito de treinamentos de flexibilidade sobre a força e o torque muscular: uma
revisão crítica” (FERRARI GD, TEIXEIRA-ARROYO C.. R. bras. Ci. e Mov 2013;(2): 151-
162.) e elabore um resumo CRÍTICO sobre o assunto.

O texto deve ter entre 500 e 1.000 palavras, excluídas as referências bibliográ ficas. Vale
de 0 (zero) a 15 (quinze) pontos desde que você envie no prazo determinado e alcance
os objetivos propostos.

A definiçã o de flexibilidade é a maior amplitude de movimento para a execuçã o de uma


açã o motora. Esta capacidade é treinada por atletas com intuito de prevenir lesões, aumentar
a amplitude articular, o alongamento muscular e melhorar o desempenho. Sua melhora e
manutenção são importantes não só para atletas, mas para qualquer pessoa.

O estudo da aplicação da flexibilidade é algo que esta amplamente em estudo, sua importância
pré e pós-treinamento, suas diferentes formas de treinamento e os níveis de amplitude das
articulações.

Os métodos de treinamento de flexibilidade trabalham com exercícios de alongamento


muscular realizado cuidadosamente e progressivamente. Cada modalidade esportiva requer
capacidades e habilidades específicas, sendo necessário que o treinamento seja bastante
específico. Existem basicamente três métodos de alongamento, o alongamento estático, o
balístico e a facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP).

O alongamento estático é o método de alongamento mais utilizado por pessoas ativas


recreativamente e atletas de baixo nível. Esse método consiste na movimentação lenta até o
limite do movimento, causando desconforto e sendo mantido por determinado tempo. O
método de alongamento estático aparentemente causa aumentos significativos nos níveis de
flexibilidade quando realizado em sessões de aproximadamente 10 minutos e com tempo de
execução superior a 30 segundos.
O método balístico de alongamento, definido como um balanço ritmado que utiliza a inércia
do movimento do segmento corporal para alongar o músculo. Esse método tem uma
similaridade com movimentos de chutar, balançar e outros que através da movimentação de
um ou mais membros tendem a alongar os músculos em níveis maiores que os de repouso. O
treinamento de flexibilidade de forma balística ou dinâmica é realizado através de
movimentos controlados que levam o músculo de determinada articulação a alongar-se além
do repouso e retornar à posição inicial repetidamente, e auxilia o desenvolvimento da
flexibilidade dinâmica.

O método de Contração-Relaxamento ocorre à mobilização do membro ate seu limite


articular, depois uma contração máxima contra uma resistência por 8 segundos e o
relaxamento do musculo seguido de um forçamento passivo.

O método Contração-Relaxamento-Antagonista-Contração consiste nas mesmas etapas do


método anterior, porém a força realizada ao fim do relaxamento deve ser realizada
ativamente, pelo próprio avaliado.

O alongamento causa adaptações neurais e estruturais no músculo alongado, que podem ser
observadas imediatamente após o alongamento. Essas adaptações neurais são relativas ao
recrutamento de unidades motoras, sincronia e frequência de disparo dos motoneurônios e
controle neural da tensão muscular.

O alongamento estático com o membro flexionado induz ao aumento da pressão intra-


articular, fazendo com que os Órgãos Tendinosos de Golgi liberem o ácido gama-
aminobutírico (neurotransmissor inibidor do sistema nervoso central) na medula, provocando
assim, diminuição na força quando o efeito agudo do treinamento de flexibilidade é avaliado.
Adaptações estruturais também ocorrem imediatamente após a sessão aguda de treino,
causando diminuição nos níveis de força e torque. Em longo prazo, a rotina de exercícios de
alongamento gera aumento no número de sarcômeros em séries, ocasionando, além de
aumento na amplitude de movimento, maior capacidade de contração e geração de força.

Não temos uma conclusão definitiva sobre os efeitos dos protocolos de alongamento nos
níveis de forca e torque muscular. Parece que as sessões agudas de alongamento tendem a
produzir efeitos degradantes, enquanto o treinamento crônico revelou melhoras nos níveis
dessas variáveis.

Uma sessão de alongamento não é aconselhável antes de atividades que demandem grandes
níveis de força. Por outro lado, o treinamento de flexibilidade de no mínimo quatro semanas,
aliado ao treinamento de força pode acarretar melhoras significativas nos níveis de força e
torque muscular. O músculo que for treinado, deve ser observado pois cada músculo mostrou
responder de forma diferente aos estímulos de treinamento.

Você também pode gostar