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Coração
Em função da sua atividade contínua, o próprio tecido cardíaco possui uma grande demanda de
nutrientes e oxigênio.
Para manter o funcionamento, esse órgão possui uma rede própria de vasos sanguíneos conhecida
como circulação coronária, ou circulação coronariana, formada por artérias (que levam sangue
rico em oxigênio e nutrientes para o tecido cardíaco) e veias (que removem os produtos tóxicos
do metabolismo dos cardiomiócitos).
As artérias coronárias emergem dos seios aórticos na raiz da aorta ascendente, e então originam
vários ramos que envolvem o coração. Assim, o sangue oxigenado atinge cada parte do órgão
O sangue venoso do coração é coletado para as veias cardíacas: magna, média, parva e posterior
do ventrículo esquerdo. Essas veias convergem para uma estrutura venosa comum, o seio
coronário, um vaso calibroso que leva sangue desoxigenado do coração para o átrio direito
Conjunto de eventos isquêmicos que resultam da obstrução aguda de uma artéria coronária. Sendo
classificadas em:
*Marcador es de necrose
miocárdica (MNM)
• SCACSST:
paciente com dor
torácica aguda e
Marcadores miocárdicos
A lesão cardíaca pode ser definida como a ruptura
da membrana celular dos miócitos cardíacos (por
necrose, apoptose ou outro mecanismo), com
consequente liberação para o espaço extracelular de
Cleise santos
Função da CK: fosforilação de forma reversível da creatina às custas da transferência do grupo fosfato
do ATP, resultando na formação de fosfocreatina e ADP. A reação processa-se no sentido inverso, na
Cleise santos
síntese de ATP para que este possa ser utilizado pelo músculo. A Fosfocreatina é uma maneira do
músculo guardar energia, produzida nos períodos de repouso e atividade muscular.
Fosforilação da creatina
Apesar de ser usada amplamente na prática, a CK-MB é um marcador que possui muitas limitações por
também ser liberada por lesão no músculo esquelético, e, portanto, nem todo aumento de marcador
indicará lesão miocárdica.
FISIOPATOLOGIA DA SCA
Os fatores de risco basicamente favorecem e provocam a ocorrência de lesão endotelial, tornando o
endotélio permeável, são eles:
Paciente com SCA, < 50 anos e com ausência de fatore de risco padrão, pensar em
uso de cocaína e maconha, pois, a cocaína provoca crise simpaticomimética,
aumento de pressão sistólica, vaso espasmo coronariano. Se a SCA for em
consequência do uso de cocaína, não administrar BB, pois a cocaína faz ação
semelhante à da adrenalina, ou seja, pode se ligar a receptores adrenérgicos – alfa e
beta – os betabloqueadores atuam bloqueando os receptores beta, ficando apenas os
receptores alfa, e a cocaína vai se ligar a eles exacerbando a vasoconstricção e vaso
espasmos coronarianos, sendo um dos principais mecanismos do IAM por uso de
cocaína) e a maconha, está comprovado que pode provocar sete consequências para
o coração, agudas (aumento do risco de infarto) e crônicas (cardiopatias dilatadas).
Pacientes que já tenham SCA não devem fazer usos dessas drogas.
Hereditariedade
HAS E DM
Sedentarismo
Estresse
Hipercolesterolemia
Aterosclerose (condição inflamatória que diz respeito ao endurecimento das
artérias)
1. O endotélio é um camada grossa de célula vascular tem como principal função servir de barreira
contra a entrada de molécula circulantes no sangue para a parede do vaso. Além disso, tem proteínas
na sua superfície que impedem a coagulação. Após a ocorrência de uma lesão no endotélio vascular,
ele fica frágil, o lipídios circulantes (LDL) começam a se acumular no local da lesão gerando uma
camada de gordura, esse LDL ao ter contato com a camada intima, oxida e se transforma numa
molécula danosa, ativando resposta inflamatória que atrai monócitos (grupo de células (glóbulo
branco) do sistema imunológico que tem a função de defender o organismo de corpos estranhos
Cleise santos
2. Esses monócitos, migram do sangue para a camada intima da parede arterial através do epitélio afim
de combater o corpo estranho, ao terem contato com a camada intima ele se converte em macrófago e
começa a fagocitar os LDLs.
3. Ao fazer isso, o macrófago acaba morrendo por tanta gordura ingerida e se torna espumoso (isso
porque, visto do microscópio, eles ficam com esse aspecto mesmo). Esses macrófagos ao morrerem,
por serem células brancas, liberam citosinas que atraem ais monócito e o ciclo se repete, até que fique
fora de controle.
4. Com essa exacerbação, as células do musculo liso começam a migrar para fora da camada de
musculo e vão para a camada de gordura na tentativa de cobrir a placa para que o trombogênico não
seja exposto ao sangue. Essa capa fibrotica feita de colágeno e elastina cobre e isola essa gordura
acumulada, além disso, os sinais liberados pelos macrófagos espumosos induzem o musculo liso a
depositar no interior da placa.
5. Essa placa cresce com esse processo para dentro do vaso, obstruindo ou atrapalhando o fluxo,
podendo se romper expondo todo o material da placa que é altamente trombogênico, ou seja,
forma um trombo.
6. Quando o sangue é bloqueado, não consegue passar pelo trombo e isso ocorre numa artéria coronária,
a parte que seria deveria ser irrigada por essa artéria obstruída ocorre uma isquemia por falta de o2 e
uma morte celular (infarto dessa região)
OBSTRUÇÃO ESTAVEL
Capa fibrótica mais grossa, muitas células
inflamatórias (monócitos), pouca gordura (lipídios)
dentro dela, obstruindo mais o lumem do vaso.
OBSTRUTIVA INSTAVEL
Formação de trombo - obstrução
Capa fibrótica mais fina e menor obstrução do
lumem do vaso e é composta de muitas células
gordurosas e muita inflamação. Obstrui menos (em
menos Área
tempo) e é mais
afetada perigosa.
– isquemia - necrose (infarto)
Se esse trombo obstruir parcialmente a luz do vaso,
estamos diante de uma angina instável ou um IAM
sem supra. Nesse caso o trombo é dito branco
porque ele é rico em plaquetas e fibrinas. Se há uma
obstrução total da luz, temos um IAMCSST ou
trombo vermelho, mais rico em hemácias,
resultando em morte celular
4b: Quando ocorre trombose do stent, caracterizada na angiografia ou na necropsia, além de manifestação
de isquemia e elevação dos marcadores de necrose. Deve ser documentado por angiografia usando os
mesmos critérios utilizados para IAM do tipo 1
Dor intensa e
prolongada no peito;
• Dor que se irradia do
peito para os ombros,
pescoço ou braços;
• Dor prolongada na
"boca do estômago";
• Desconforto no tórax e
sensação de
enfraquecimento;
• Respiração curta
mesmo no estado de
repouso;
• Sentir tonteira;
• Náusea, vômito e
intensa sudorese
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Dor intensa e
prolongada no peito;
• Dor que se irradia do
peito para os ombros,
pescoço ou braços;
• Dor prolongada na
"boca do estômago";
• Desconforto no tórax e
sensação de
enfraquecimento;
• Respiração curta
mesmo no estado de
repouso;
• Sentir tonteira;
• Náusea, vômito e
intensa sudorese
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Dor intensa e
prolongada no peito;
• Dor que se irradia do
peito para os ombros,
pescoço ou braços;
• Dor prolongada na
"boca do estômago";
• Desconforto no tórax e
sensação de
enfraquecimento;
• Respiração curta
mesmo no estado de
repouso;
• Sentir tonteira;
• Náusea, vômito e
intensa sudorese;
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Dor intensa e
prolongada no peito;
• Dor que se irradia do
peito para os ombros,
pescoço ou braços;
• Dor prolongada na
"boca do estômago";
• Desconforto no tórax e
sensação de
enfraquecimento;
• Respiração curta
mesmo no estado de
repouso;
• Sentir tonteira;
• Náusea, vômito e
intensa sudorese;
**Diabéticos, idosos, mulheres
tem maior prevalência de
sinais e sintomas atípicos.
Cleise santos
TRATAMENTO
O ACCR é muito importante nesse processo, pois as emergências geralmente estão lotadas e esse
tempo de 10 mim deve ser respeitado, fora o tempo para trombolizar ou realizar angioplastia.
SEGMENTO ST
Final do complexo QRS e início da onda T
PONTO J
Ponto inicial do seguimento onde muda a inclinação
SEGMENTO ST NORMAL
Identificamos onda P
Início da onda Q
Identificar QRS
Traçar linha imaginaria
(linha de base)
Observar se o
seguimento está na linha
de base ou acima dela.
SUPRA DE ST
Medir a amplitude desse segmento
Cleise santos
EXCESSÕES
V2 e V3 são
fisiologicamente suprados
Cleise santos
0,5 mm nas derivações V7, V8, V8 V3R e V4R já são sugestivos de IAM
A maioria das derivações tem supra >/= 1 mm e isso não é considerado IAM.
HOMEM e MULHERES se valores iguais ou acimas do considerado normal, já podemos
dizer que é supra.
Supra identificado é sugestivo de morte celular por obstrução
completa e evidencia necessidade de abrir essa artéria (com os TEMPO É VIDA
procedimentos) – a cada minuto sem suprimento equivale a 11 dia
de vida a menos para o paciente.
DERIVAÇÕES CONTÍGUAS
Derivações precordiais:
V3 e V4: ANTERO-SEPTAL
Colher
Espelho
Parede
Olho do sauro
(senhor dos anéis)
COLHER
Acolher tem uma concavidade (onde colocamos o alimento) e uma parte convexa. No ECG olhamos se
o supra está CÔNCAVO OU CONVEXO (FELIZ OU TRISTE)
Cleise santos
ESPELHO
fala a favor de infarto. Se não, fala a favor de outras coisas, como a pericardite que acomete várias
derivações de mais de uma artéria coronária gerando supra de ST ao mesmo tendo
EXEMPLOS 01
Supra de ST em 3
derivações
contiguas
A porção afetada
foi a inferior.
A mesma
coronária direita que pega um lado, pode se estender até a parede lateral e provocar esse efeito.
EXEMPLO 03
Cleise santos
EXTENSO
TROBOLÍTICOS DISPONÍVEIS
ESTREPTOKINASE (SK)
TENECTEPLASE (TNK)
Tenecteplase é melhor do
que estreptocnase.
> 75 ANOS
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Todos de uma vez (para aumentar a taxa de
perfusão)
Pacientes com fatores de risco para desenvolverem choque cardiogênico (> 70 anos, PAS <
120, FC > 110
Para que a placa de ateroma não evoluam, são utilizados Antiplaquetários ou anticoagulantes, são
prescritos juntos.
ANTIPLAQUETÁRIOS
ASS (Ácido Acetil Salicílico) + ANTAGONISTAS P2Y12
O tratamento é com os dois medicamentos, por um período mínimo de 1 ano de dupla antiagregação.
Dose de ataque de 160 a 325 mg/vo (2 a 3 comprimidos), sendo a dose de 200mg a utilizada na
admissão e doses diárias de 100 mg/dia, pois é a sua dose de manutenção.
ANTAGONISTAS P2Y12
CLOPDOGREL – Indicado quando não á na unidade os outros tipos mais
potentes; Quando o paciente que precisa usar anticoagulação a longo prazo,
como nos caos de FA ou se for um paciente de alto risco para sangramento
(idoso, debilitado, com histórico de hemorragia digestiva).
- Se o paciente for fazer CAT precoce, nas primeiras 24 horas, o clopdogrel deve
ser adiado e só administrado na sala de hemodinâmica, isso porque, se o
paciente precisar fazer alguma cirurgia de
emergência, não tem risco de sangrar.
- A dose de ataque é de 300 (4 comp.) a 600 mg
e a de manutenção de 75 mg (1 comp.) É a
opção nos casos de alergia a ASS.
AVALIAR SE HOUVE:
RIVA - Ritmo ideo ventricular
acelerado (análogo a uma TV só que
com uma frequência menor que 100
bpm)
OUTRAS ARRITIMIAS - Logo que
a artéria se abre pode ocorrer
arritmias transitórias e bloqueios
ONDA T -
Avaliar nas primeiras 4 horas, onda
R presente e T invertida.
Além disso, avaliamos a clínica do paciente: houve melhora da dor torácica? Como está a
hemodinâmica? Sinais vitais dentro dos padrões de normalidade?
Quem recebe trombolítico deve fazer também um CAT nas primeiras 2 a 24 horas, no entanto,
no HGCA, o exame é realizado em salvador e leva em média 15 dias para acontecer.
Trombolisar não exclui o CAT, quem trombolisa deve realizar o CAT assim que possível.
Caso o paciente não reperfunda é necessário fazer uma angioplastia de resgate em ate 180 mim
após o fibrinolítico.
Cleise santos
REFERÊNCIA
NICOLAU J. C. et al. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e
Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST – 2021. Arquivo Brasileiro de
Cardiologia. V. 117, n. 1, pag: 181-264, 2021.
em:< https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7ascardiovasculares/doen%C3%A7a-
coronariana/vis%C3%A3o-geral-das-s%C3%ADndromes-coronarianas-agudas-sca. Acesso em:
21/09/2022.